Tipo Documental DiretrizAssistencial Título Documento Diretriz Assistencial para Avaliação Cardiológica do Paciente Oncológico

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Tipo Documental DiretrizAssistencial Título Documento Diretriz Assistencial para Avaliação Cardiológica do Paciente Oncológico"

Transcrição

1 OBJETIVO A identificação precoce dos pacientes com risco para o desenvolvimento de cardiotoxicidade, bem como o diagnóstico subclínico de tal complicação são medidas imprescindíveis para garantir que tais pacientes não cursem com comorbiidades cardíacas após o tratamento da neoplasia (Albini et al., 010). APLICABILIDADE Inicialmente, serão incluídos no protocolo os pacientes maiores de 18 anos, submetidos à quimioterapia com antracíclicos (com ou sem trastuzumabe e/ ou radioterapia associados). A princípio, serão incluídos apenas os pacientes que estiverem iniciando o tratamento com antracíclicos. INTRODUÇÃO O aumento de sobrevida nos pacientes com câncer correlaciona-se com o diagnóstico precoce e com a melhoria na terapêutica empregada. Consequentemente, tais pacientes ficam mais expostos a fatores de risco cardiovascular, secundariamente ao aumento da sobrevida global. Ademais, a própria quimioterapia é um fator de risco adicional para doença cardiovascular. Os efeitos cardiotóxicos dos quimioterápicos são cada vez mais diagnosticados, devido ao monitoramento clinico mais intensivo, associado ao uso de biomarcadores como a troponina e o peptídeo natriurético cerebral (BNP) e exames de imagem, incluindo eco cardiografia convencional, eco cardiografia strain e a ressonância magnética. A identificação precoce dos pacientes com risco para o desenvolvimento de 6/01/015 por

2 cardiotoxicidade, bem como o diagnóstico subclínico de tal complicação são medidas imprescindíveis para garantir que tais pacientes não cursem com comorbiidades cardíacas após o tratamento da neoplasia (Albini et al., 010). Existe um grande número de quimioterápicos com potencial de induzir mio cardiopatia. Podemos citar as antaciclinas, terapias alvo molecular como o Trastuzumab, inibidores da tirosina quinase, 5 Fluoracil entre outros. Os antraciclicos são amplamente utilizados no tratamento de linfomas, neoplasias hematológicas, câncer de mama e sarcomas. Trata-se de uma classe de droga derivada do Streptomyces bacterium, que age impedindo a transcrição e replicação do DNA e colaborando para a liberação de radicais livres o que pode causar danos ao DNA. (Chaires, 1990). Tal classe de droga associa-se a uma forma classicamente descrita como irreversível de cardiomiopatia dilatada, com caráter dose dependente (Yeh et al, 004). Podem levar a cardiotoxicidade aguda, subaguda e crônica. A cardiotoxicidade aguda é rara, habitualmente independe da dose, e tem caráter reversível. Habitualmente assintomática, porém pode apresentar-se como miocardite aguda. Em geral, resolve-se após o término da quimioterapia. Cardiotoxicidade subaguda e tardia podem ocorrer respectivamente meses ou anos após a quimioterapia e tendem a irreversibilidade (Barrett-Lee et al, 009). Os efeitos da disfunção miocárdica, mesmo que assintomática, podem afetar negativamente os pacientes acometidos e limitar suas oportunidades terapêuticas (Cardinale ET al, 006). O dexrazoxano é, atualmente, o único agente reconhecidamente cardioprotetor contra os efeitos dos antracíclicos, reduzindo a toxicidade cardíaca aguda e tardia, sem redução do efeito antitumoral dos mesmos e sem correlação com surgimento de segunda neoplasia (Barry E et al, 009). Tal droga atua no 6/01/015 por

3 metabolismo oxidativo por ação quelante ao íon ferro, impedindo a ação direta da doxorrubicina nas organelas intracelulares do cardiomiócito, evitando a produção e a liberação de radicais livres responsáveis pelos mecanismos de autofagia e apoptose celular (Lipshultz et al, 011). Todavia a maioria dos estudos foi feito em mulheres com câncer de mama e em população pediátrica. DIRETRIZ Estratificação de risco para desenvolvimento de cardiotoxicidade: Fatores relacionados ao potencial cardiotóxico são: Idade (< 15 anos e > 70 anos); Sexo feminino; Radioterapia prévia; História prévia de doença cardíaca; Susceptibilidade individual à toxicidade do fármaco, que é dose-dependente; Raça (negro>branco); Mutação HFE (hemocromatose); Tipo de antraciclina (preparação lipossomal parece exercer menor cardiotoxicidade); Dose cumulativa de antraciclina. Estudos demonstram que doses a partir de 50 mg/m aumentam de forma significante o risco de cardiotoxicidade, sendo que doses 6/01/015 por

4 maiores de mg/m devem ser desencorajadas, pelo seu altíssimo potencial cardiotóxico. Salientamos também que Diretrizes Internacionais sugerem que todos os pacientes submetidos à quimioterapia devem ser considerados pacientes de risco para o desenvolvimento de Insuficiência Cardíaca. Métodos Diagnósticos não invasivos na detecção de cardiomiopatia induzida por antraciclinas TROPONINAS As troponinas I e T são proteínas regulatórias cardíacas que controlam a interação actina- miosina mediada pelo cálcio. A troponina I é um marcador de injúria miocárdica com liberação proporcional a extensão do dano miocárdico (Cardinale et al, 010). Classicamente utilizada para avaliação de dano miocárdico secundário a insulto isquêmico, demonstrou-se em uma serie de estudos que a elevação da troponina em pacientes submetidos à quimioterapia não esta relacionada a injuria isquêmica, ressaltando-se a correlação do marcador com dano no cardiomiócito produzido pelos agentes quimioterápicos (Cardinale et al. Circulation, 004). Ademais, a elevação persistente dos níveis séricos de troponina apos ate 1 mês do termino da quimioterapia sugere que o mecanismo pelo qual ocorre a elevação do biomarcador não seja isquemia. (Dolci et al, 008). 6/01/015 por

5 Recentemente, um estudo com 43 pacientes tratadas com antracíclicos e tratuzumab, avaliou se a elevação precoce de biomarcadores seria preditor de desenvolvimento de miocardiopatia pós quimioterapia. A elevação de troponina I 3 meses após quimioterapia foi presente em seis de nove pacientes que apresentaram queda na fração de ejeção ventricular esquerda (Sawaya et al, 011). Ecodopplercardiograma A fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) é um importante e já estabelecido fator prognóstico, essencial para o diagnóstico e classificação da cardiotoxicidade relacionada às antraciclinas. Contudo, este método é pouco sensível e dependente de alguns fatores como pré-carga cardíaca, qualidade da imagem e experiência do examinador. Além disso, frequentemente pode subestimar o real dano cardíaco, uma vez que mecanismos compensatórios permitem o adequado desempenho sistólico do ventrículo esquerdo mesmo na presença de disfunção dos miócitos, e, portanto novos parâmetros estão sendo investigados para a detecção precoce de cardiotoxicidade. Na cardiotoxicidade induzida por quimioterápicos alterações na função diastólica podem preceder a disfunção sistólica, e, portanto, anormalidades nos parâmetros ecocardiográficos que avaliam a função diastólica, podem representar um sinal precoce de disfunção ventricular esquerda neste grupo de pacientes. A avaliação da função sisto-diastólica através do índice de performance miocárdica (índice de Tei) na cardiotoxicidade induzida por antraciclinas foi demonstrada em diversos estudos que revelaram uma elevação precoce do índice mesmo antes de alterações na FEVE, ainda que em baixas doses. Algumas vantagens são atribuídas ao método como a fácil obtenção, boa reprodutibilidade e 6/01/015 por

6 menor influência de variáveis como frequência cardíaca, pressão arterial e geometria do coração. Porém, a influência da pré e pós-carga levanta questionamento da sua aplicabilidade em diferentes cardiopatias. Novas técnicas ecocardiográficas como o Doppler tecidual, análise da deformação tecidual (strain e strain rate) e variantes, derivadas dos estudos bi e tridimensional, têm sido agregadas, fornecendo subsídios para a detecção precoce de disfunção ventricular esquerda em pacientes tratados com quimioterapia. 19 A análise derivada do Doppler tecidual (DTI) mostrou-se menos sensível a alterações nas condições de pré-carga e frequência cardíaca, e estudos demonstraram sua utilidade, incluindo a medida da velocidade sistólica endocárdica (onda S ) e a taxa de deformação miocárdica (redução do strain longitudinal de 15% e do strain radial de %), na detecção precoce de cardiotoxicidade induzida pela doxorrubicina e trastuzumabe, precedendo a queda da FEVE em 3 meses no grupo com cardiotoxicidade. O strain e strain rate derivados do speckle-tracking bidimensional, representa uma técnica mais robusta, menos dependente do ângulo e mais facilmente calculada que a técnica derivada do Doppler tecidual. Pequenos estudos tem demonstrado o potencial deste método na detecção subclínica da cardiotoxicidade induzida por antraciclinas, através da redução do strain longitudinal global e do strain radial antes da queda da FEVE. A ecocardiografia tridimensional permite uma análise mais acurada dos volumes, massa e fração de ejeção do ventrículo esquerdo quando comparada ao ecocardiograma bidimensional. Além disso, possibilita adequada avaliação da contratilidade segmentar, dessincronia cardíaca, morfologia e quantificação de lesões valvares e taxas de deformação miocárdica (strain e strain rate). 6/01/015 por

7 Baseando-se nestes dados e em estudo recente de Sawaia e col., que demonstrou que em pacientes com câncer de mama tratadas com antracíclicos, taxanos e trastuzumabe, o strain miocárdico sistólico longitudinal e a troponina I ultrassensível mensurados no término da terapia com antracíclicos foram preditores de cardiotoxicidade subsequente e capazes de guiar o tratamento, para se evitar cardiotoxicidade, propomos o seguinte protocolo de monitorização para os pacientes submetidos à terapia Quimioterápica: AVALIAÇÃO INICIAL: PRIMEIRA CONSULTA Anamnese Clínica Exame Clínico (sempre constar peso e altura) Eletrocardiograma: sempre calcular QTc e anexar ao laudo o Solicitar: Laboratório: hemograma, creatinina, ureia, sódio, potássio, magnésio, TSH T4, colesterol total e frações, triglicérides, glicemia, hemoglobina glicosilada, troponina. o Imagem: Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain. Recomendar que o paciente fizesse o Ecodopplercardiograma Strain sempre na mesma instituição, visto que o valor de referência do Strain varia de acordo com o aparelho em que ele é realizado. o Conforme recomendado pelas Diretrizes Internacionais para o Manejo da Insuficiência Cardíaca, pacientes assintomáticos, sem Disfunção de Ventrículo Esquerdo, recebendo quimioterapia, devem ser considerados pacientes de risco para o desenvolvimento de Insuficiência Cardíaca e, como tal, devem ter os outros fatores de risco para o desenvolvimento de ICC (como HAS, DM, intolerância à glicose, síndrome metabólica, obesidade e tabagismo) bem controlados. 6/01/015 por

8 1 RETORNO: Será realizado com a dose cumulativa de 150 mg/m (para Doxorrubicina) ou de 300 mg/m (para Epirrubicina) o Será realizada consulta clínica (com o oncologista do paciente). Se houver sintomas ou alteração no exame físico, ou alteração de troponina, ou alteração no Eco Strain, o oncologista deve encaminhar o paciente ao cardiologista. o Coletar troponina o Realizar Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain o RETORNO Será realizado com a dose cumulativa de 300 mg/m (para Doxorrubicina) ou de 600 mg/m (para Epirrubicina) ou ao término do tratamento, se forem utilizadas doses cumulativas menores do que as mencionadas acima; Será realizada consulta clínica (com o oncologista do paciente). Se houver sintomas ou alteração no exame físico, ou alteração de troponina, ou alteração no Eco Strain, o oncologista deve encaminhar o paciente ao cardiologista. Eletrocardiograma (se este for o retorno de término do tratamento) Laboratório: troponina Imagem: Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain 3 o RETORNO Será realizado com a dose cumulativa de 400 mg/m (para Doxorrubicina) ou de 750 mg/m (para Epirrubicina) ou ao término do tratamento, se forem utilizadas doses cumulativas menores do que as mencionadas acima; 6/01/015 por

9 Tipo Documental Será realizada consulta clínica (com o oncologista do paciente). Se houver sintomas ou alteração no exame físico, ou alteração de troponina, ou alteração no Eco Strain, o oncologista deve encaminhar o paciente ao cardiologista. Eletrocardiograma Laboratório: tropo nina Imagem: Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain APÓS 6 MESES APÓS TÉRMINO DA QUIMIOTERAPIA Será realizada consulta clínica (com o oncologista do paciente). Se houver sintomas ou alteração no exame físico, ou alteração de troponina, ou alteração no Eco Strain, o oncologista deve encaminhar o paciente ao cardiologista. Eletrocardiograma Laboratório: troponina Imagem: Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain APÓS 1 ANO APÓS TÉRMINO DA QUIMIOTERAPIA Será realizada consulta clínica (com o oncologista do paciente). Se houver sintomas ou alteração no exame físico, ou alteração de troponina, ou alteração no Eco Strain, o oncologista deve encaminhar o paciente ao cardiologista. Eletrocardiograma Laboratório: troponina Imagem: Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain DO º AO 5º ANO APÓS TÉRMINO DA QUIMIOTERAPIA Avaliação anual, constando de: 6/01/015 por

10 Tipo Documental Será realizada consulta clínica (com o oncologista do paciente). Se houver sintomas ou alteração no exame físico, ou alteração de troponina, ou alteração no Eco Strain, o oncologista deve encaminhar o paciente ao cardiologista. Eletrocardiograma Laboratório: troponina Imagem: Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain A PARTIR DO 6º ANO APÓS TÉRMINO DA QUIMIOTERAPIA Avaliação anual com oncologista do paciente, com exames complementares a critério do mesmo. Sugerimos periodicidade de exames a cada a 3 anos, de forma vitalícia. Prevenção Primária Todos os pacientes submetidos à quimioterapia com antracíclicos, associada ou não à radioterapia, devem ser submetidos a uma avaliação clínica pré-tratamento oncológico. A avaliação inicial dos pacientes oncológicos submetidos à quimioterapia cardiotóxica tem como objetivos: excluir pacientes com evidências clínicas, laboratorial e radiológica de insuficiência cardíaca congestiva (IC) antes do início do tratamento quimioterápico, identificar pacientes com redução da fração de ejeção, associada a sintomas ou não, durante a quimioterapia. É fundamental diagnosticar IC para evitar piora na qualidade de vida e aumento do risco de mortalidade dos pacientes, visto que uma das principais e mais temidas complicações do tratamento oncológico é a IC. De acordo com diretrizes nacionais e internacionais, a insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica complexa de caráter sistêmico, definida 6/01/015 por

11 como disfunção cardíaca que ocasiona inadequado suprimento sanguíneo para atender as necessidades metabólicas tissulares. O mecanismo responsável pelos sintomas e sinais clínicos da IC pode ser decorrente de disfunção sistólica, diastólica ou de ambas, acometendo um ou ambos os ventrículos. A insuficiência cardíaca pode ser classificada em estágios evolutivos: Estágio A - Inclui pacientes sob-risco de desenvolver insuficiência cardíaca, mas ainda sem doença estrutural perceptível e sem sintomas atribuíveis à insuficiência cardíaca. Estágio B - Pacientes que adquiriram lesão estrutural cardíaca, mas ainda sem sintomas atribuíveis à insuficiência cardíaca. Estágio C - Pacientes com lesão estrutural cardíaca e sintomas atuais ou pregressos de insuficiência cardíaca. Estágio D - Pacientes com sintomas refratários ao tratamento convencional, e que requerem intervenções especializadas ou cuidados paliativos. A IC por cardiotoxicidade geralmente ocorre nos primeiros meses após o ciclo de quimioterapia, podendo ainda ocorrer nas primeiras semanas, e mesmo tardiamente, anos após o tratamento. Porém, quadros agudos podem ocorrer ainda durante o tratamento, especialmente em indivíduos com fatores de risco ou quando doses acumuladas mais elevadas são utilizadas. O principal sintoma que leva o paciente a procurar atendimento é a dispneia. As presenças de ortopneia e de dispneia paroxística noturna também favorecem o diagnóstico de IC. Outros sintomas incluem cansaço, fadiga e sintomas digestivos, como anorexia, distensão abdominal e diarreia (em casos de isquemia ou congestão visceral). 6/01/015 por

12 Deve-se proceder a um cuidadoso exame físico, avaliando sinais que indiquem pressões de enchimento de ventrículo esquerdo (VE) aumentadas, congestão pulmonar e sistêmica e sinais de baixo débito cardíaco. Entre os sinais de exame físico, aqueles com maior especificidade para IC são a presença de terceira bulha e a turgência jugular. Entretanto, a sensibilidade desses sinais é baixa e sua ausência não exclui o diagnóstico de IC. Outros sinais observados incluem edema de membros inferiores, hepatomegalia, ascite e taquicardia. Sinais típicos de baixo débito cardíaco incluem hipotensão arterial, alterações do nível de consciência, oligúria, pulso filiforme e extremidades frias. Derrame pleural é comum em pacientes com IC descompensada. Formatted: Font: 11 pt POSOLOGIA DE DEXRAZOXANO Recomenda-se que seja administrada uma dose de 1000mg/m quando for utilizada doxorrubicina na dose de 50mg/m (1:0) ou epirrubicina na dose de 100mg/m (1:10). 6/01/015 por

13 DOXORRUBICINA (mg/m) Tipo Documental DEXRAZOXANO (mg/m) RELAÇÃO DE DOSES : : : :0 Maior que :10 /1:0 Nos pacientes pediátricos é recomendada dose na proporção de 10:1 de Dexrazoxano para doxorrubicina, por exemplo: 500 mg/m de Dexrazoxano para 50 mg/m de doxorrubicina. O tratamento com dexrazoxano deve ser iniciado simultaneamente com a primeira dose da antraciclina e deve ser repetido a cada administração da antraciclina. Nos pacientes com insuficiência renal moderada à grave (clearence de Cr < 40 ml/min), a dose de dexrazoxano deve ser diminuída em 50%. Nos pacientes com insuficiência hepática a dose de dexrazoxane deve manter a relação de proporcionalidade, sendo ajustada de acordo com a dose da antraciclina. Não existem recomendações especiais de dose para pessoas idosas. Situações Especiais 6/01/015 por

14 1. PACIENTES COM DISFUNÇÃO VENTRICULAR (FEVE 55%), ASSINTOMÁTICOS PREVIAMENTE AO INÍCIO DO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO. O oncologista deve considerar riscos e benefícios do tratamento na escolha do esquema quimioterápico com antraciclina. Tem ficado cada vez mais claro que não há doses seguras de antraciclina, mas tem-se demonstrado que doses superiores a 50 mg/m² de doxorrubina levam a maior toxicidade. Além disto, sugerimos que para este grupo de pacientes a infusão de quimioterápicos ocorra de forma mais lenta (sugerimos uma infusão de 4 horas), visto que dados da literatura sugere que esta forma de infusão está associada a menor risco de cardiotoxicidade PACIENTES SEM TRATAMENTO PARA DISFUNÇÃO VENTRICULAR - Iniciar tratamento com betabloqueador ( Carvedilol- dose inicial 3,15mg Via Oral 1 1hs com progressão da dose conforme tolerabilidade do paciente) E inibidor da enzima conversora de angiotensina ou bloqueador do receptor de angiotensina, salvo contraindicações peculiares ao paciente em avaliação para o uso de tais medicações. 1.- PACIENTES SOB TRATAMENTO PARA DISFUNÇÃO VENTRICULAR: Assegurar que entre as medicações utilizadas pelo paciente estejam contemplados: betabloqueador E inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) ou bloqueador do receptor de angiotensina (BRA), fazendo a reconciliação terapêutica caso necessário. 6/01/015 por

15 - Fazer uso de Doxorrubicina Lipossomal ou, se houver contraindicação para tal uso, fazer uso de Doxorrubicina + Dexrazoxane -Acompanhamento com consulta cardiológica a cada 4 semanas, até o término da quimioterapia. -Após término do tratamento: -Se FEVE > 55%: Paciente será reavaliado com a periodicidade dos pacientes sem disfunção ventricular prévia -Se FEVE continuar 55%: Paciente será reavaliado a cada 3 meses no 1º ano, a cada 6 meses no º ano e anualmente a partir de então.. PACIENTES PREVIAMENTE HIPERTENSOS AO INÍCIO DO TRATAMENTO: Assegurar que entre os anti-hipertensivos utilizados pelo paciente estejam inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) ou bloqueador do receptor de angotensina (BRA) 3. PACIENTES COM ALTERAÇÃO DOS BIOMARCADORES E/OU DO ECO STRAIN DURANTE O TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: Alteração de troponina durante o tratamento: realizar ecocardiograma e iniciar tratamento com IECA BRA em dose mínima e/ou betabloqueador, se necessário. Repetir dosagem de troponina e o ecocardiograma Strain em 4 semanas. 6/01/015 por

16 Se houver normalização da troponina e do Eco Strain: paciente retorna ao protocolo, sendo mantidas e otimizadas sempre que possível às medicações introduzidas. Se não houver normalização da troponina e do Eco Strain: associar Betabloqueador. Repetir em 4 semanas. Se houver normalização da troponina e do Eco Strain: paciente retorna ao protocolo, sendo mantidas e otimizadas sempre que possível às medicações introduzidas. Se não houver normalização da troponina e do Eco Strain: otimizar medicações. 4. PACIENTES COM QUEDA DE FRAÇÃO DE EJEÇÃO VENTRICULAR ESQUERDA (FEVE) DURANTE O TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: 4.1- Queda de fração de ejeção de VE durante quimioterapia inferior a 10% do valor basal, com o paciente assintomático: iniciar tratamento com IECA BRA e betabloqueador. Dosagem quinzenal de troponina e BNP. Repetir ecocardiograma Strain em 4 semanas: Carvedilol. Dosar troponina a cada 15 dias. Repetir ecocardiograma em semanas. Manutenção da FEVE ou melhora da mesma= prosseguir tratamento, com seguimento a cada 4 semanas. Fazer uso de Doxorrubicina Lipossomal ou, se houver contraindicação para tal uso, fazer uso de Doxorrubicina + Dexrazoxane. 4.- Queda de fração de ejeção de VE durante quimioterapia superior a 10% do valor basal ou fração de ejeção após início de tratamento com valores inferiores a 45% ou paciente sintomático: Iniciar ou otimizar tratamento com IECA BRA e 6/01/015 por

17 Conversar com o oncologista do paciente e recomendar suspensão da Quimioterapia ou adaptação do esquema quimioterápico Após semanas: Manutenção da função com valor acima de 45%: manter tratamento e reiniciar quimioterapia. Reavaliar em semanas. Manutenção da função com valor inferior a 45% paciente assintomático: prosseguir tratamento e rever quimioterapia. Reavaliar em semanas. Queda da FEVE ou paciente sintomático: manter tratamento para disfunção ventricular e discutir com equipe assistente oncologia outras possibilidades terapêuticas. No seguimento após semanas de suspensão da Quimioterapia: Se houver melhora ou manutenção da FEVE: reavaliar em 4 semanas, mantendo otimização da medicação para ICC. Se houver piora da FEVE: otimizar medicação e manter ou recomendar suspensão da Quimioterapia. Reavaliar paciente em semanas. Se paciente evoluir com ICC Classe Funcional IV: solicitar internação do paciente. 6/01/015 por

18 Diretriz Assistencial para Avaliação Cardiológica do Pacientee Oncológico 6/01/015 por Marques Oscar Fernando Pavao dos

19 Diretriz Assistencial para Avaliação Cardiológica do Pacientee Oncológico 6/01/015 por Marques Oscar Fernando Pavao dos

20 Arritmias e uso de Antieméticos Deve-se ter cautela no uso de antagonistas do HT3 (ondansetrona, granisetrona ou palonosetrona), principalmente nos pacientes cardiopatas, particularmente naqueles recebendo antiarrítmicos, uma vez que estes antieméticos podem prolongar o intervalo QT. Pacientes com hipocalemia e hipomagnesemia devem ser monitorados com muito mais cuidado. Uma taquicardia ventricular rara denominada Torsade de Pointes, pode se desenvolver nestes pacientes. Para pacientes com mais de 75 anos a dose não pode exceder 8 mg de ondasentrona por dose e nos com idade inferior a dose máxima deve ser 16 mg por dose. A velocidade de infusão deve ser diminuída naqueles com mais de 65 anos. Em todos os pacientes deve-se monitorizar e corrigir distúrbios hidroeletrolíticos. Em pacientes com maior risco de arritmia, como os previamente cardiopatas, os pacientes em uso de antiarrítmico e naqueles que estão usando outros medicamentos que podem prolongar o intervalo QT (por exemplo: azitromicina, claritromicina, ciprofloxacino, levofloxacino, hidroclorotiazida, furosemida) sugerimos a realização de pelo menos um eletrocardiograma durante o período de quimioterapia (além do ECG basal e do ECG ao término dos ciclos). 6/01/015 por

21 ADENDO Isquemia miocárdica Com o aumento da expectativa global de vida, os pacientes com câncer estão mais expostos a fatores de risco associados a aterosclerose. O aparecimento de doença coronária em pacientes oncológicos associa-se também ao uso terapêutico de alguns fármacos antineoplásicos, particularmente a capecitabina, 5-fluoracil (5-FU) e bevacizumab. No entanto, outras drogas também estão relacionadas com eventos isquêmicos, como os agentes antimicrotúbulos (paclitaxel e docetaxel), os inibidores da tirosina-quinase (sorafenib, sunitinib) e os alcalóides da vinca (vincristina, vinorelbina). O mecanismo fisiopatológico que proporciona a isquemia relacionado com a administração de 5-FU é o vasoespasmo. Muitos dos indivíduos afetados possuem doença arterial coronária prévia, o que pode aumentar o potencial isquêmico do 5-FU. Outros fatores que aumentam o risco de ocorrência de angina, arritmias, isquemia miocárdica e morte súbita associados com 5-FU e com capecitabina são coronariopatia prévia, RT mediastinal, uso concomitante de cisplatina, dose utilizada, velocidade de infusão, idade avançada. Com o evento isquêmico controlado, o tratamento deve ser realizado continuamente e com maior atenção na prevenção de recidiva. Além disso, o bevacizumab é um anticorpo monoclonal contra o fator de crescimento vascular endotelial ( e demonstra uma atividade antitumoral significativa quando combinado com quimioterapia). O uso deste agente terapêutico está associado, raramente, a eventos trombóticos arteriais, incluindo a ocorrência de infarto agudo do miocárdio em até 1,5% dos pacientes. Os mecanismos de ação responsáveis pela sua cardiotoxicidade ainda não foram completamente elucidados. 6/01/015 por

22 Na vigência de um evento coronariano agudo, o uso de ácido acetil-salicílico e de clopidogrel estão totalmente autorizados e recomenda-se que se dê preferência ao uso de Stent Convencional, e não o Farmacológico. Arritmias A taxa de incidência de arritmias no doente oncológico varia de acordo com o tratamento empregado e ainda não está bem determinada. Fatores de risco incluem a idade, o uso de radiação cardíaca, a ocorrência de infiltrações amilóides ou qualquer outra anomalia subjacente ao sistema de condução e o uso concomitante de drogas pró-arritmogênicas. Por outro lado, o câncer gera por si só um ambiente pró-arritmogénico, independentemente de outros fatores de risco. A fibrilação atrial é a arritmia mais prevalente em doentes com câncer. Atualmente, existe uma grande dificuldade em determinar a relação causal dos eventos arrítmicos com cada um dos fármacos utilizados clinicamente. Os quimioterápicos mais conhecidos por causar arritmias são as antraciclinas (DOX, EPI), os agentes antimicrotúbulos (paclitaxel e docetaxel), os antimetabólitos (capecitabina, 5-fluoracilo, e gemcitabina), os agentes alquilantes (cisplatina e ciclofosfamida), os inibidores da tirosinacínase (trastuzumab e cetuximab), o trióxido de arsénio, a talidomida e a interleucina-. Deve-se também, durante a quimioterapia, ter-se cautela no uso de antieméticos, especialmente de antagonistas do HT3 (ondansetrona, granisetrona ou palonosetrona), principalmente nos pacientes cardiopatas, particularmente naqueles recebendo antiarrítmicos, uma vez que estes antieméticos podem prolongar o intervalo QT. Pacientes com hipocalemia e hipomagnesemia devem ser monitorados com muito mais cuidado, tendo-se sempre o cuidado de se corrigir estes distúrbios hidro-eletrolíticos. Uma taquicardia ventricular rara denominada Torsade de Pointes, pode se desenvolver nestes pacientes. Para pacientes com mais de 75 anos a dose não pode exceder 8 mg de ondesentrona por dose e nos com idade inferior a dose máxima deve ser 16 mg por dose. A velocidade de infusão deve ser diminuída naqueles com mais de 65 anos. Em pacientes com maior risco 6/01/015 por

23 de arritmia, como os previamente cardiopatas, os pacientes em uso de anti-arrítmico e naqueles que estão usando outros medicamentos que podem prolongar o intervalo QT (por exemplo: azitromicina, claritromicina, ciprofloxacino, levofloxacino, hidroclorotiazida, furosemida, anti-depressivos) sugerimos avaliação de um cardiologista. Recomendamos que todo o paciente oncológico, antes de iniciar o tratamento (seja cirurgia, radioterapia ou quimioterapia) realize um eletrocardiograma, com laudo e mensuração do intervalo QT. Caso o intervalo QT basal do paciente já encontre-se no limite da normalidade ou aumentado, recomendamos que o mesmo seja encaminhado a um cardiologista. Hipertensão arterial sistémica Alguns agentes quimioterápicos que inibem a angiogênese, como o bevacizumab, sutinib e sorafenib, agravam ou induzem o aumento da pressão arterial sistémica. Antes da introdução deste tipo de fármacos, a prevalência de hipertensão arterial nos doentes oncológicos era semelhante à da população adulta em geral. No entanto, com a maior sobrevida dos doentes e o aumento da utilização de quimioterápicos que interferem com pressão arterial sistêmica, a hipertensão arterial tem sido diagnosticada mais frequentemente nestes indivíduos. Os agentes antineoplásicos inibidores da angiogênese diminuem a atividade da tirosinaquinase do receptor do fator de crescimento endotelial vascular, que é responsável pela produção de óxido nítrico, aumento da permeabilidade capilar e proliferação das células endoteliais. A hipertensão arterial (HAS) preexistente nos doentes é um importante fator de risco para a ocorrência de hipertensão durante o tratamento com esse grupo de quimioterápicos. O tratamento hipertensão arterial sistêmica deve ocorrer preferencialmente através do uso de Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina/Bloqueadores do Receptor de Angiotensina e/ou de Beta-Bloqueador. Lembramos também que é proscrita a utilização de bloqueadores dos canais de cálcio não diidropiridínicos (diltiazem, verapamil) 6/01/015 por

24 para HAS associada aos inibidores de angiogênese metobolizados pelo CYP3A4 (Sorafenib/Sunitinib). A utilização de nifedipina no manejo da HAS associada aos inibidores da angiogênese metabolizados pelo CYP3A4 é considerada classe II b pelas Diretrizes Brasileiras de Cardio-Oncologia. Tromboembolismo O tromboembolismo venoso (TEV) é uma das principais causas de morte nos pacientes oncológicos. A doença tromboembólica venosa tem sido associada ao uso de drogas antiangiogênicas, talidomida, lenalidomida, bevacizumab e terapias hormonais (tamoxifeno). É importante salientar que o câncer aumenta risco TEV em até 4 vezes e a quimioterapia pode aumentar este risco em até 6 vezes (drogas e terapia hormonal). Para o diagnóstico de TEV no paciente oncológico, o Dimero D apresenta valor prognóstico questionável, pela alta probabilidade de falso positivo. Em casos de alta probabilidade, sugere-se a angiotomografia pulmonar, ou, na impossibilidade de se realizar a mesma, uma cintilografia ventilação-perfusão pulmonar. A talidomida é o agente antineoplásico mais comumente relacionado com os eventos tromboembólicos. O uso desta droga está associado a uma incidência de 5% de fenômenos trombóticos. Por outro lado, a lenalidomida é um análogo da talidomida com um perfil de toxicidade geral mais favorável. Contudo, o risco de eventos tromboembólicos relacionados com a sua utilização também é alto. O mecanismo trombogênico destas drogas envolve uma ação direta nas células endoteliais e o aumento da agregação plaquetária. O tamoxifeno, antagonista do recetor do estrógeno, também está associado a um aumento da incidência de complicações tromboembólicas. 6/01/015 por

25 Em relação ao manejo do Tromboembolismo, a Heparina de Baixo peso molecular é considerada melhor que a varfarina. O implante de Filtro de veia cava inferior é recomendado, se for contra-indicada a anticoagulação. Não recomendamos o uso dos novos anti-coagulantes orais (rivaroxabana, apixabana, dabigatrana) em pacientes oncológicos com tromboembolismo, devido à falta de evidências na literatura a respeito de sua segurança e eficácia, nestes casos. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 1. Barrett Lee, P. J.; Dixon, J. M.; Farrel, C.; Jones, A.; Leonar, R.; Murray, N.; Palmieri, C.; Plummer, C. J.; Stanley, A.; Verrill, M. W. Expert opinion on the use of anthracyclines in patients with advanced breast cancer at cardiac risk. Annals of Oncology, Dordrecht, v. 0, n. 5, p , Ewer, M. S; Lippman, S. M. Type II Chemotherapy-related cardiac dysfunction: time to recognize a new entity. Journal of Clinical Oncology, Alexandria, v. 3, n. 13, p , ACC AHA ASE 003 guideline update for the clinical application of echocardiography: summary article. A report of the American College of Cardiology American Heart Association 4. M.V.C., Paiva M.G., Macedo C.R.D.P., Petrilli A.S. Azeka E., Jatene I.B. et al. I Diretriz Brasileira de Cardio-Oncologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de cardiologia. Arq Bras Cardiol. 013; 100 (5 supl.1): Swain SM, Whaley FS, Ewer MS. Congestive heart failure in patients treated with doxorubicin: a retrospective analyses of three trials. Cancer 003 ; 97: /01/015 por

26 6. Libby P, Bonow R, Mann D, Zipes D, Braunwald-Tratado de Doenças Cardiovasculares 8ª Edição 7. Kalil Filho R, Hajjar LA, Bacal F, Hoff PM, et al. I Diretriz Brasileirade Cardio-oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 011; 96( supl.1): Sawaya H, Sebag IA, Plana JC, Januzzi JL, Ky B, Tan TC, Cohen V, Banchs J, Carver JR, Wiegers SE, Martin RP, Picard MH, Gerszten RE, Halpern EF, Passeri J, Kuter I, Scherrer-Crosbie M. Assessment of echocardiography and biomarkers for the extended prediction of cardiotoxicity in patients treated with anthracyclines, taxanes, and trastuzumab. Circ Cardiovasc Imaging. 01 Sep 1;5(5): Ky B, Putt M, Sawaya H, French B, Januzzi JL Jr, Sebag IA, Plana JC, Cohen V, Banchs J, Carver JR, Wiegers SE, Martin RP, Picard MH, Gerszten RE, Halpern EF, Passeri J, Kuter I, Scherrer-Crosbie M. Early increases in multiple biomarkers predict subsequent cardiotoxicity in patients with breast cancer treated with doxorubicin, taxanes, and trastuzumab. J Am Coll Cardiol. 014 Mar 4;63(8): Libby P, Bonow R, Mann D, Zipes D, Braunwald-Tratado de Doenças Cardiovasculares 8ª Edição. 11. Ky B, Putt M, Sawaya H, French B, Januzzi JL Jr, Sebag IA, Plana JC, Cohen V, Banchs J, Carver JR, Wiegers SE, Martin RP, Picard MH, Gerszten RE, Halpern EF, Passeri J, Kuter I, Scherrer-Crosbie M. Early increases in multiple biomarkers predict subsequent cardiotoxicity in patients with breast cancer treated with doxorubicin, taxanes, and trastuzumab. J Am Coll Cardiol. 014 Mar 4;63(8): /01/015 por

27 13. Kalil Filho R, Hajjar LA, Bacal F, Hoff PM, et al. I Diretriz Brasileirade Cardiooncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 011; 96( supl.1): 1-5. RESUMO O aumento de sobrevida nos pacientes com câncer correlaciona-se com o diagnóstico precoce e com a melhoria na terapêutica empregada. Consequentemente, tais pacientes ficam mais expostos a fatores de risco cardiovascular, secundariamente ao aumento da sobrevida global. Ademais, a própria quimioterapia é um fator de risco adicional para doença cardiovascular. Os efeitos cardiotóxicos dos quimioterápicos são cada vez mais diagnosticados, devido ao monitoramento clinico mais intensivo, associado ao uso de biomarcadores e exames de imagem. A identificação precoce dos pacientes com risco para o desenvolvimento de cardiotoxicidade, bem como o diagnóstico subclínico de tal complicação são medidas imprescindíveis para garantir que tais pacientes não cursem com comorbidades cardíacas após o tratamento da neoplasia. Baseando-se nestes dados e em estudo recente, que demonstrou que em pacientes com câncer de mama tratadas com antracíclicos, taxanos e trastuzumabe, o strain miocárdico sistólico longitudinal e a troponina I ultrassensível mensurados no término da terapia com antracíclicos foram preditores de cardiotoxicidade subsequente, e capazes de guiar o tratamento, para se evitar cardiotoxicidade, propomos o um protocolo de monitorização para os pacientes submetidos à terapia Quimioterápica. Inicialmente, serão incluídos no protocolo os pacientes maiores de 18 anos, submetidos à quimioterapia com antracíclicos (com ou sem trastuzumabe e/ ou 6/01/015 por

28 Tipo Documental radioterapia associados). A princípio, serão incluídos apenas os pacientes que estiverem iniciando o tratamento com antracíclicos. Sugerimos o seguinte esquema de Monitorização, nestes pacientes: PRIMEIRA CONSULTA Anamnese Clínica Exame Clínico (sempre constar peso e altura) Eletrocardiograma: sempre calcular QTc e anexar ao laudo o Solicitar: Laboratório: hemograma, creatinina, ureia, sódio, potássio, magnésio, TSH T4, colesterol total e frações, triglicérides, glicemia, hemoglobina glicosilada, troponina. o Imagem: Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain. Recomendar que o paciente fizesse o Ecodopplercardiograma Strain sempre na mesma instituição, visto que o valor de referência do Strain varia de acordo com o aparelho em que ele é realizado. o Conforme recomendado pelas Diretrizes Internacionais para o Manejo da Insuficiência Cardíaca, pacientes assintomáticos, sem Disfunção de Ventrículo Esquerdo, recebendo quimioterapia, devem ser considerados pacientes de risco para o desenvolvimento de Insuficiência Cardíaca e, como tal, devem ter os outros fatores de risco para o desenvolvimento de ICC (como HAS, DM, intolerância à glicose, síndrome metabólica, obesidade e tabagismo) bem controlados. 1 RETORNO: Será realizado com a dose cumulativa de 150 mg/m (para Doxorrubicina) ou de 300 mg/m (para Epirrubicina) 6/01/015 por

29 o Tipo Documental Será realizada consulta clínica (com o oncologista do paciente). Se houver sintomas ou alteração no exame físico, ou alteração de troponina, ou alteração no Eco Strain, o oncologista deve encaminhar o paciente ao cardiologista. o o Coletar troponina Realizar Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain o RETORNO Será realizado com a dose cumulativa de 300 mg/m (para Doxorrubicina) ou de 600 mg/m (para Epirrubicina) ou ao término do tratamento, se forem utilizadas doses cumulativas menores do que as mencionadas acima; Será realizada consulta clínica (com o oncologista do paciente). Se houver sintomas ou alteração no exame físico, ou alteração de troponina, ou alteração no Eco Strain, o oncologista deve encaminhar o paciente ao cardiologista. Eletrocardiograma (se este for o retorno de término do tratamento) Laboratório: troponina Imagem: Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain 3 o RETORNO Será realizado com a dose cumulativa de 400 mg/m (para Doxorrubicina) ou de 750 mg/m (para Epirrubicina) ou ao término do tratamento, se forem utilizadas doses cumulativas menores do que as mencionadas acima; Será realizada consulta clínica (com o oncologista do paciente). Se houver sintomas ou alteração no exame físico, ou alteração de troponina, ou alteração no Eco Strain, o oncologista deve encaminhar o paciente ao cardiologista. Eletrocardiograma Laboratório: troponina 6/01/015 por

30 Tipo Documental Imagem: Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain APÓS 6 MESES APÓS TÉRMINO DA QUIMIOTERAPIA Será realizada consulta clínica (com o oncologista do paciente). Se houver sintomas ou alteração no exame físico, ou alteração de troponina, ou alteração no Eco Strain, o oncologista deve encaminhar o paciente ao cardiologista. Eletrocardiograma Laboratório: troponina Imagem: Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain APÓS 1 ANO APÓS TÉRMINO DA QUIMIOTERAPIA Será realizada consulta clínica (com o oncologista do paciente). Se houver sintomas ou alteração no exame físico, ou alteração de troponina, ou alteração no Eco Strain, o oncologista deve encaminhar o paciente ao cardiologista. Eletrocardiograma Laboratório : troponina Imagem: Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain DO º AO 5º ANO APÓS TÉRMINO DA QUIMIOTERAPIA Avaliação anual, constando de: Será realizada consulta clínica (com o oncologista do paciente). Se houver sintomas ou alteração no exame físico, ou alteração de troponina, ou alteração no Eco Strain, o oncologista deve encaminhar o paciente ao cardiologista. Eletrocardiograma 6/01/015 por

31 Tipo Documental Laboratório: troponina Imagem: Ecodopplercardiograma Transtorácico com Strain A PARTIR DO 6º ANO APÓS TÉRMINO DA QUIMIOTERAPIA Avaliação anual com oncologista do paciente, com exames complementares a critério do mesmo. Sugerimos periodicidade de exames a cada a 3 anos, de forma vitalícia. ANEXOS N/A DOCUMENTOS RELACIONADOS N/A DESCRIÇÃO RESUMIDA DA REVISÃO 0 (1/01/015 0:58:46 PM) - Diretriz Assistencial para Avaliação Cardiológica do Paciente Oncológico elaborado pelo Grupo Médico Assistencial (GMA) - Cardio Oncologia sob responsabilidade do Gerente Médico Renato Melli Carrera e Coordenadora Médica Tatiana de Fátima Gonçalves Galvão (10/04/015 06:03:1 PM) - Acrescido Adendo elaborado por Dra. Tatiana de Fátima Gonçalves Galvão 6/01/015 por

Detecção precoce de cardiotoxicidade no doente oncológico deve ser efectuada sistematicamente? Andreia Magalhães Hospital de Santa Maria

Detecção precoce de cardiotoxicidade no doente oncológico deve ser efectuada sistematicamente? Andreia Magalhães Hospital de Santa Maria Detecção precoce de cardiotoxicidade no doente oncológico deve ser efectuada sistematicamente? Andreia Magalhães Hospital de Santa Maria Detecção precoce de cardiotoxicidade no doente oncológico deve ser

Leia mais

PREVENÇÃO DA CARDIOTOXICIDADE ESTRATÉGIAS QUE DÃO CERTO

PREVENÇÃO DA CARDIOTOXICIDADE ESTRATÉGIAS QUE DÃO CERTO PREVENÇÃO DA CARDIOTOXICIDADE ESTRATÉGIAS QUE DÃO CERTO Eline Lôbo de Souza OBJETIVO PRIMÁRIO DO TRATAMENTO DO CÂNCER: a. Erradicar e prevenir sua recorrência b. Prolongar a vida e a qualidade de vida

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Parte 4 Profª. Tatiane da Silva Campos Insuficiência Cardíaca: - é uma síndrome clínica na qual existe uma anormalidade na estrutura ou na função cardíaca,

Leia mais

INTERVENÇÕES PREVENTIVAS E TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA

INTERVENÇÕES PREVENTIVAS E TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA INTERVENÇÕES PREVENTIVAS E TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ASSOCIADA A CARDIOTOXICIDADE Andreia Magalhães Serviço de Cardiologia Hospital de Santa Maria, CHULN Desafio para os Oncologistas e para

Leia mais

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FUNÇÃO VENTRICULAR PRESERVADA. Dr. José Maria Peixoto

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FUNÇÃO VENTRICULAR PRESERVADA. Dr. José Maria Peixoto INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FUNÇÃO VENTRICULAR PRESERVADA Dr. José Maria Peixoto Introdução A síndrome da IC poder ocorrer na presença da função ventricular preservada ou não. Cerca de 20% a 50 % dos pacientes

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doença Cardiovascular Parte 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Para a avaliação do risco cardiovascular, adotam-se: Fase 1: presença de doença aterosclerótica

Leia mais

Síndromes Coronarianas Agudas. Mariana Pereira Ribeiro

Síndromes Coronarianas Agudas. Mariana Pereira Ribeiro Síndromes Coronarianas Agudas Mariana Pereira Ribeiro O que é uma SCA? Conjunto de sintomas clínicos compatíveis com isquemia aguda do miocárdio. Manifesta-se principalmente como uma dor torácica devido

Leia mais

14 de setembro de 2012 sexta-feira

14 de setembro de 2012 sexta-feira 14 de setembro de 2012 sexta-feira MESA-REDONDA 08:30-10:30h Síndromes coronarianas agudas Auditório 02 (Térreo) 1º Andar(500) Agudas (12127) Estado da Arte no Tratamento Contemporâneo das Síndromes Coronárias

Leia mais

NOVOS BIOMARCADORES PARA A DETECÇÃO PRECOCE DE CARDIOTOXICIDADE

NOVOS BIOMARCADORES PARA A DETECÇÃO PRECOCE DE CARDIOTOXICIDADE NOVOS BIOMARCADORES PARA A DETECÇÃO PRECOCE DE CARDIOTOXICIDADE Andreia Magalhães MD Manuela Fiúza, MD, PhD INTRODUÇÃO Cardiotoxicidade Lesão cardíaca induzida por fármacos utilizados no tratamento das

Leia mais

ONTARGET - Telmisartan, Ramipril, or Both in Patients at High Risk for Vascular Events N Engl J Med 2008;358:

ONTARGET - Telmisartan, Ramipril, or Both in Patients at High Risk for Vascular Events N Engl J Med 2008;358: ONTARGET - Telmisartan, Ramipril, or Both in Patients at High Risk for Vascular Events N Engl J Med 2008;358:1547-59 Alexandre Alessi Doutor em Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doença Cardiovascular Parte 3 Profª. Tatiane da Silva Campos - A identificação de indivíduos assintomáticos portadores de aterosclerose e sob risco de eventos

Leia mais

Atualização Rápida CardioAula 2019

Atualização Rápida CardioAula 2019 CRONOGRAMA Atualização Rápida CardioAula 2019 ABRIL A SETEMBRO. 350 horas/aulas. EM 25 SEMANAS ENVIO DA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) ENVIO DA APOSTILA VOLUME 02 (HAS E DISLIPIDEMIAS) ENVIO

Leia mais

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2019 INTENSIVO. ABRIL A SETEMBRO. PROVA: OUTUBRO. 360 horas/aulas. EM 25 SEMANAS

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2019 INTENSIVO. ABRIL A SETEMBRO. PROVA: OUTUBRO. 360 horas/aulas. EM 25 SEMANAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2019 INTENSIVO ABRIL A SETEMBRO. PROVA: OUTUBRO. 360 horas/aulas. EM 25 SEMANAS ENVIO DA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) Semiologia - Aula 10 - Sopros Especiais /

Leia mais

SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA

SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) Aula Inaugural CardioAula 2018 e apresentação dos Professores! Como assistir suas aulas e provas no seu PC ou Notebook Semiologia -

Leia mais

JANEIRO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS EM 34 SEMANAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 EXTENSIVO

JANEIRO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS EM 34 SEMANAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 EXTENSIVO JANEIRO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS EM 34 SEMANAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 EXTENSIVO 22/01 Aula Inaugural CardioAula 2018 e apresentação dos Professores! Como assistir suas aulas

Leia mais

julho A SETEMBRO. PROVA: OUTUBRO. 360 horas/aulas. EM 14 SEMANAS

julho A SETEMBRO. PROVA: OUTUBRO. 360 horas/aulas. EM 14 SEMANAS julho A SETEMBRO. PROVA: OUTUBRO. 360 horas/aulas. EM 14 SEMANAS ENVIO DA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) ENVIO DA APOSTILA VOLUME 02 (HAS E DISLIPIDEMIAS) Semiologia - Aula 1 - Introdução

Leia mais

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA FMRPUSP PAULO EVORA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA FATORES DE RISCO Tabagismo Hipercolesterolemia Diabetes mellitus Idade Sexo masculino História familiar Estresse A isquemia é

Leia mais

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 INTENSIVO ABRIL A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 INTENSIVO ABRIL A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 INTENSIVO ABRIL A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS ENVIO DA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) 09/04 Aula Inaugural CardioAula 2018 e apresentação dos

Leia mais

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 SUPER INTENSIVO JUNHO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 SUPER INTENSIVO JUNHO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 SUPER INTENSIVO JUNHO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS ENVIO DA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) ENVIO DA APOSTILA VOLUME 02 (HAS E DISLIPIDEMIAS)

Leia mais

CRONOGRAMA PRÉVIO CARDIOAULA TEC 2019 EXTENSIVO. JANEIRO A SETEMBRO. PROVA: SETEMBRO. 350 horas/aulas. EM 35 SEMANAS

CRONOGRAMA PRÉVIO CARDIOAULA TEC 2019 EXTENSIVO. JANEIRO A SETEMBRO. PROVA: SETEMBRO. 350 horas/aulas. EM 35 SEMANAS CRONOGRAMA PRÉVIO CARDIOAULA TEC 2019 EXTENSIVO JANEIRO A SETEMBRO. PROVA: SETEMBRO. 350 horas/aulas. EM 35 SEMANAS ENVIO DA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) 28/01 Aula inaugural CardioAula

Leia mais

Programação Científica do Congresso 10 de setembro, quarta-feira

Programação Científica do Congresso 10 de setembro, quarta-feira 08:30-09:15h COMO EU FAÇO Auditório 10(114) (5995) Abordagem do paciente com insuficiência cardíaca descompensada 08:30-08:45h Uso racional dos diuréticos, vasodilatadores e beta-bloqueadores 08:45-09:00h

Leia mais

aca Tratamento Nelson Siqueira de Morais Campo Grande MS Outubro / 2010

aca Tratamento Nelson Siqueira de Morais Campo Grande MS Outubro / 2010 Insuficiência ncia Cardíaca aca Tratamento Nenhum conflito de interesse Nelson Siqueira de Morais Campo Grande MS Outubro / 2010 nsmorais@cardiol.br Conceitos Fisiopatológicos A IC é uma síndrome com múltiplas

Leia mais

Atividade Física e Cardiopatia

Atividade Física e Cardiopatia AF e GR ESPECIAIS Cardiopatia Atividade Física e Cardiopatia Prof. Ivan Wallan Tertuliano E-mail: ivantertuliano@anhanguera.com Cardiopatias Anormalidade da estrutura ou função do coração. Exemplos de

Leia mais

Estratificação de risco cardiovascular no perioperatório

Estratificação de risco cardiovascular no perioperatório Estratificação de risco cardiovascular no perioperatório André P. Schmidt, MD, PhD, TSA/SBA Co-responsável pelo CET do Serviço de Anestesia e Medicina Perioperatória do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Leia mais

COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL?

COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL? COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL? Profa. Dra. Rosália Morais Torres VI Diretrizes Brasileiras de hipertensão arterial Arq Bras Cardiol 2010; 95 (1 supl.1): 1-51 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS)

Leia mais

QUINTA-FEIRA - 1º DE OUTUBRO

QUINTA-FEIRA - 1º DE OUTUBRO 14h00-15h30: SALA A - PERGUNTAS RELEVANTES RESPOSTAS OBJETIVAS. 14h00 - Ultra-som Intracoronário - Quando Solicitar seu Auxílio no Paciente Eletivo? 14h10 - Terapia Celular na Doença Coronariana. Onde

Leia mais

PROGRAMAÇÃO DE ESTÁGIO CARDIOLOGIA

PROGRAMAÇÃO DE ESTÁGIO CARDIOLOGIA PROGRAMAÇÃO DE ESTÁGIO CARDIOLOGIA 2019 Estágio em Cardiologia Reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia Essa programação objetiva promover os conhecimentos necessários ao primeiro ano de Estágio

Leia mais

SCA Estratificação de Risco Teste de exercício

SCA Estratificação de Risco Teste de exercício SCA Estratificação de Risco Teste de exercício Bernard R Chaitman MD Professor de Medicina Diretor de Pesquisa Cardiovascular St Louis University School of Medicine Estratificação Não-Invasiva de Risco

Leia mais

Cardio-oncologia Onde estamos? Cardio-oncology Where we are?

Cardio-oncologia Onde estamos? Cardio-oncology Where we are? Cardio-oncologia Onde estamos? Cardio-oncology Where we are? Ricardo M. Rocha* Roberta S. Schneider Ivan Moreira Resumo O progresso no tratamento de pacientes oncológicos nas últimas décadas resultou no

Leia mais

Índice Remissivo do Volume 31 - Por assunto

Índice Remissivo do Volume 31 - Por assunto Palavra-chave A Ablação por Cateter Acidentes por Quedas Acreditação/ ecocardiografia Nome e página do artigo Mensagem do Presidente, 1 Mensagem da Editora, 3, 82 Amilóide Amiloidose de Cadeia Leve de

Leia mais

O Papel do Ecocardiograma na Quimioterapia

O Papel do Ecocardiograma na Quimioterapia The Role of Echocardiography in Chemotherapy Angelo Antunes Salgado 1,2,3,4, Celso Dias Coelho Filho 1,2, Camila Aparecida de Souza Segrégio Reis 1 Hospital Universitário Pedro Ernesto - UERJ 1, Hospital

Leia mais

22 de Junho de :00-10:30 AUDITÓRIO 6 AUDITÓRIO 7

22 de Junho de :00-10:30 AUDITÓRIO 6 AUDITÓRIO 7 22 de Junho de 2019 SE9 - CUIDADOS PALIATIVOS 09:00-10:30 AUDITÓRIO 6 CUIDADOS PALIATIVOS EM CARDIOLOGIA Cuidados Paliativos no século XXI: evidências e desafios Cardiopata crônico: a parceria com paliativistas

Leia mais

Hospital São Paulo SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade

Hospital São Paulo SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade DESCRITOR: Página:! 1/! 1. INTRODUÇÃO Estima-se que anualmente são realizadas cercas de 240 milhões de procedimentos cirúrgicos em todo mundo, sendo que a taxa de mortalidade para pacientes com menos de

Leia mais

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. Leonardo A. M. Zornoff Departamento de Clínica Médica

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. Leonardo A. M. Zornoff Departamento de Clínica Médica INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Leonardo A. M. Zornoff Departamento de Clínica Médica Definição Síndrome caracterizada por alteração cardíaca estrutural ou funcional, que resulta em prejuízo da capacidade de ejeção

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA. Área: Médica Versão: 1ª

PROTOCOLO MÉDICO INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA. Área: Médica Versão: 1ª Página: 1 de 11 1. DIAGNÓSTICO: Critérios de Framingham para diagnóstico de IC: 1.1 Maiores: -Dispnéia paroxicística noturna -Estase jugular -Estertores crepitantes na ausculta pulmonar -Cardiomegalia

Leia mais

PROGRAMA SOCERJ. 04 a 06 de OUTUBRO Hotel Atlântico Búzios Convention Armação dos Búzios - Rio de Janeiro. Especiais: Conecte Estúdio Design

PROGRAMA SOCERJ. 04 a 06 de OUTUBRO Hotel Atlântico Búzios Convention Armação dos Búzios - Rio de Janeiro. Especiais: Conecte Estúdio Design 15 PROGRAMA 04 a 06 de OUTUBRO 2018 Hotel Atlântico Búzios Convention Armação dos Búzios - Rio de Janeiro Conecte Estúdio Design Realização: SOCERJ Patrocinadores Especiais: QUINTA-FEIRA 04 DE OUTUBRO

Leia mais

Cardio-oncologia Onde estamos? Cardio-oncology Where we are?

Cardio-oncologia Onde estamos? Cardio-oncology Where we are? Cardio-oncologia Onde estamos? Cardio-oncology Where we are? Ricardo M. Rocha* Roberta S. Schneider Ivan Moreira Resumo O progresso no tratamento de pacientes oncológicos nas últimas décadas resultou no

Leia mais

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR Março de 2016 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 3 2. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS... 3 3. ESTRATIFICAÇÃO INDIVIDUAL DE RISCO CARDIOVASCULAR... 4 4. CALCULE O SEU RISCO E DE SEUS

Leia mais

16/04/2015. Insuficiência Cardíaca e DPOC. Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP

16/04/2015. Insuficiência Cardíaca e DPOC. Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP Insuficiência Cardíaca e DPOC Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP Potencial conflito de interesse CFM nº 1.59/00 de 18/5/2000 ANVISA nº 120/2000 de 30/11/2000 CREMESP : 38357 Nos últimos doze meses

Leia mais

Angina Estável: Estratificação de Risco e Tratamento Clínico. Dr Anielo Itajubá Leite Greco

Angina Estável: Estratificação de Risco e Tratamento Clínico. Dr Anielo Itajubá Leite Greco Angina Estável: Estratificação de Risco e Tratamento Clínico Dr Anielo Itajubá Leite Greco Angina Estável vel: Fisiopatologia da Insuficiência Coronária ria Isquemia de baixo fluxo ( suprimento): Redução

Leia mais

Programação Preliminar do 71º Congresso Brasileiro de Cardiologia

Programação Preliminar do 71º Congresso Brasileiro de Cardiologia Programação Preliminar do 71º Congresso Brasileiro de Cardiologia Sexta-Feira, 23 de Setembro de 2016 Auditório 01 (Capacidade 250) (21338) Atualização Ergometria, Reabilitação Cardíaca e Cardiologia Desportiva

Leia mais

Declaração obrigatória de conflito de interesses. Se nos últimos 3 anos o autor/colaborador das Diretrizes:

Declaração obrigatória de conflito de interesses. Se nos últimos 3 anos o autor/colaborador das Diretrizes: Declaração obrigatória de conflito de interesses Se nos últimos 3 anos o autor/colaborador das : Nomes Integrantes da Diretriz Participou de estudos clínicos e/ou experimentais subvencionados pela indústria

Leia mais

Curso de Reciclagem em Cardiologia ESTENOSE VALVAR AÓRTICA

Curso de Reciclagem em Cardiologia ESTENOSE VALVAR AÓRTICA Curso de Reciclagem em Cardiologia SBC- Florianópolis 2006 ESTENOSE VALVAR AÓRTICA Miguel De Patta ESTENOSE AÓRTICA- ETIOLOGIA Em todo o mundo : DR USA/ Europa Válvula aórtica tricúspide calcificada: senil

Leia mais

DÚVIDAS FREQUENTES NO EXAME CARDIOLÓGICO NO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL

DÚVIDAS FREQUENTES NO EXAME CARDIOLÓGICO NO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL DÚVIDAS FREQUENTES NO EXAME CARDIOLÓGICO NO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL XI JORNADA DE MEDICINA DO TRÁFEGO Belo Horizonte, 18-19 julho 2014 AMMETRA- ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE MEDICINA DO TRÁFEGO AMMETRA

Leia mais

- Dislipidemia aumento do LDL e redução do HDL; - Idade > 45 anos no homem e 55 anos na mulher;

- Dislipidemia aumento do LDL e redução do HDL; - Idade > 45 anos no homem e 55 anos na mulher; Doença Isquêmica do Miocárdio Introdução A isquemia cardíaca é o resultado de um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de O2 pelo miocárdio, tendo como causa primordial a aterosclerose coronariana.

Leia mais

FIBRILAÇÃO ATRIAL E FLUTTER ATRIAL

FIBRILAÇÃO ATRIAL E FLUTTER ATRIAL Página: 1 de 7 1. Diagnóstico - História clínica + exame físico. - Eletrocardiograma. Fibrilação atrial (FA) é caracterizada pela ausência de atividade elétrica, contrátil, rítmica e sincronizada dos átrios.

Leia mais

Insuficiência Cardiaca

Insuficiência Cardiaca Enfermagem em Clínica Médica Insuficiência Cardiaca Enfermeiro: Elton Chaves email: eltonchaves76@hotmail.com EPIDEMIOLOGIA A Insuficiência Cardíaca ou insuficiência cardíaca congestiva - é resultante

Leia mais

BRADIARRITMIAS E BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BRADIARRITMIAS E BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES Página: 1 de 8 1. Diagnóstico - História clínica + exame físico - FC

Leia mais

Monitorização Eletrocardiográfica Ambulatorial. Helcio Garcia Nascimento

Monitorização Eletrocardiográfica Ambulatorial. Helcio Garcia Nascimento Monitorização Eletrocardiográfica Ambulatorial Helcio Garcia Nascimento Norman Jefferis Holter 1914-1983 Helena Montana EUA Norman Jefferis Holter (desenvolvimento) 1947 até 1965 JAMA Detection of phantom

Leia mais

SUMÁRIO. ... página Manifestações clínicas/diagnóstico... página Tratamento... página 15

SUMÁRIO. ... página Manifestações clínicas/diagnóstico... página Tratamento... página 15 SUMÁRIO 1. Introdução... página 3 2. Definição de cardiotoxicidade... página 3 3. Insuficiência cardíaca... página 4 3.1. Incidência e agentes mais envolvidos... página 4 3.2. Fisiopatologia... página

Leia mais

comuns. ou o faz -carga). comorbidades. -lo. Desvio do ictus cordis para baixo e para a esquerda A presença de sopros EPIDEMIOLOGIA

comuns. ou o faz -carga). comorbidades. -lo. Desvio do ictus cordis para baixo e para a esquerda A presença de sopros EPIDEMIOLOGIA 1 ou o faz carga). comuns. lo. comorbidades. EPIDEMIOLOGIA No Brasil, estimase que ce nos pacientes acima de 60 anos de idade. o cres hipertensos. Desvio do ictus cordis para baixo e para a esquerda A

Leia mais

Curso Preparatório para Concursos- Enfermeiro 2012 Infarto Agudo do Miocárdio

Curso Preparatório para Concursos- Enfermeiro 2012 Infarto Agudo do Miocárdio Curso Preparatório para Concursos- Enfermeiro 2012 Infarto Agudo do Miocárdio Prof. Fernando Ramos-Msc IAM: definição É a necrose da célula miocárdica resultante da oferta inadequada de oxigênio ao músculo

Leia mais

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial Informações essenciais para prevenir e tratar a doença Apesar de a Hipertensão Arterial Sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, ser

Leia mais

Julho de 2016 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Julho de 2016 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Julho de 2016 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA SUMÁRIO 1. CONTEXTUALIZAÇÃO... 3 2. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS... 3 3. FISIOPATOLOGIA... 3 4. AVALIAÇÃO CLÍNICA E DIAGNÓSTICO... 6 5. CLASSIFICAÇÃO... 8 6. OPÇÕES DE TRATAMENTO...

Leia mais

Farmacoterapia de Distúrbios Cardiovasculares. Profa. Fernanda Datti

Farmacoterapia de Distúrbios Cardiovasculares. Profa. Fernanda Datti Farmacoterapia de Distúrbios Cardiovasculares Profa. Fernanda Datti Circulação Batimentos cardíacos células musculares células neuromusculares Nodo sinoatrial (SA) Nodo atrioventricular (AV) Sistema Purkinje

Leia mais

TRATAMENTO DAS SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS

TRATAMENTO DAS SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS TRATAMENTO DAS SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS CURSO NACIONAL DE RECICLAGEM EM CARDIOLOGIA DA REGIÃO SUL FLORIANÓPOLIS SET 2006 DR HARRY CORREA FILHO TERAPIA MEDICAMENTOSA Repouso no leito com monitorização

Leia mais

ARRITMIAS CARDÍACAS. Dr. Vinício Elia Soares

ARRITMIAS CARDÍACAS. Dr. Vinício Elia Soares ARRITMIAS CARDÍACAS Dr. Vinício Elia Soares Arritmias cardíacas classificações freqüência cardíaca sítio anatômico mecanismo fisiopatológico da gênese ocorrência em surtos duração do evento 1 CONDIÇÕES

Leia mais

BENEFIT e CHAGASICS TRIAL

BENEFIT e CHAGASICS TRIAL BENEFIT e CHAGASICS TRIAL Estudos Clínicos em Chagas Patricia Rueda Doença de Chagas Terceira doença parasitária mais comum do mundo (Malária e Esquistossomose) Cardiopatia chagásica é a forma mais comum

Leia mais

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Leonardo A M Zornoff Departamento de Clínica Médica Definição Injúria irreversível do tecido cardíaco em consequência de baixa perfusão tecidual IAM - Fisiopatologia < 10% 90%

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Abcd. Cardizem CD cloridrato de diltiazem

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Abcd. Cardizem CD cloridrato de diltiazem IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Abcd Cardizem CD cloridrato de diltiazem FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES Cápsula de liberação prolongada de 180 mg: embalagem com 16 cápsulas. Cápsula de liberação prolongada

Leia mais

XXV JORNADA DE CARDIOLOGIA DA SBC- REGIONAL FSA SEXTA, 04/08/2017

XXV JORNADA DE CARDIOLOGIA DA SBC- REGIONAL FSA SEXTA, 04/08/2017 7:30-8:00 Inscrições, entrega de material e recepção 8:00 8:15 Abertura- Israel Costa Reis Presidente da SBC-FSA 8:15 9:50 MESA REDONDA: PREVENÇÃO CARDIOVASCULAR XXV JORNADA DE CARDIOLOGIA DA SBC- REGIONAL

Leia mais

Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Sul Florianópolis Jamil Mattar Valente

Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Sul Florianópolis Jamil Mattar Valente Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Sul Florianópolis 2006 Jamil Mattar Valente jamil@cardiol.br Ecodopplercardiografia nas Pericardiopatias, Cardiomiopatias e Insuficiência Cardíaca

Leia mais

Insuficiência Cardíaca

Insuficiência Cardíaca Insuficiência Cardíaca Epidemiologia, Cenários Fisiopatológicos e Clínicos Carlos Aguiar Epidemiologia 1 Doença a epidémica 15 milhões na Europa ~20% das pessoas vivas aos 40 anos desenvolverão IC 75%

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CARDIOLOGIA FACULDADE DE MEDICINA. Eliza de Almeida Gripp

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CARDIOLOGIA FACULDADE DE MEDICINA. Eliza de Almeida Gripp UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CARDIOLOGIA FACULDADE DE MEDICINA Eliza de Almeida Gripp COMPORTAMENTO DA DEFORMIDADE MIOCÁRDICA ATRAVÉS DO STRAIN 2D NOS PACIENTES EM

Leia mais

Introdução ao Protocolo

Introdução ao Protocolo Programa Einstein de Cardiologia Protocolo Gerenciado de Insuficiência Cardíaca Introdução ao Protocolo Conforme dados da American Heart Association, o risco de um americano com 40 anos de idade ou mais

Leia mais

Unidade de Internação Cardiológica (UIC)

Unidade de Internação Cardiológica (UIC) AGJ NOTA OFICIAL - Capanema - Pa, 17 de Maio de 2018. Unidade de Internação Cardiológica (UIC) A Cardiologia é uma das especialidades estratégicas da AGJ O objetivo é que a Cardiologia seja uma especialidade

Leia mais

SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES IDOSOS HIPERTENSOS COM CAPACIDADE COGNITIVA

SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES IDOSOS HIPERTENSOS COM CAPACIDADE COGNITIVA SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES IDOSOS HIPERTENSOS COM CAPACIDADE COGNITIVA Gabriela Keylla Alvarenga Militão¹; Nathália Modesto Xavier de Araújo²; Maria Ladjane Sodré de Melo 3 Universidade

Leia mais

PRODUÇÃO TÉCNICA DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO OU INSTRUCIONAL FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU- UNESP. Programa de PG em Medicina

PRODUÇÃO TÉCNICA DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO OU INSTRUCIONAL FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU- UNESP. Programa de PG em Medicina PRODUÇÃO TÉCNICA DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO OU INSTRUCIONAL FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU- UNESP Programa de PG em Medicina Mestrado Profissional Associado à Residência Médica MEPAREM AUTORA:

Leia mais

Tromboembolismo Pulmonar. Fernanda Queiroz

Tromboembolismo Pulmonar. Fernanda Queiroz Tromboembolismo Pulmonar Fernanda Queiroz EMBOLIA PULMONAR DEFINIÇÃO: É a obstrução de vasos da circulação arterial pulmonar causada pela impactação de particulas cujo diâmetro seja maior do que o do vaso

Leia mais

COMISSÃO COORDENADORA DO TRATAMENTO DAS DOENÇAS LISOSSOMAIS DE SOBRECARGA

COMISSÃO COORDENADORA DO TRATAMENTO DAS DOENÇAS LISOSSOMAIS DE SOBRECARGA COMISSÃO COORDENADORA DO TRATAMENTO DAS DOENÇAS LISOSSOMAIS DE SOBRECARGA REGISTO DE MONITORIZAÇÃO Défice de Lipase Ácida Lisossomal (todos os doentes, excepto doença de Wolman ) (Preencher com letra legível)

Leia mais

Tratamento adjuvante sistêmico (como decidir)

Tratamento adjuvante sistêmico (como decidir) Tópicos atuais em câncer de mama Tratamento adjuvante sistêmico (como decidir) Dr. André Sasse Oncologista Clínico sasse@cevon.com.br Centro de Evidências em Oncologia HC UNICAMP Centro de Evidências em

Leia mais

DOENÇAS DO MIOCÁRDIO E PERICÁRDIO. Patrícia Vaz Silva

DOENÇAS DO MIOCÁRDIO E PERICÁRDIO. Patrícia Vaz Silva DOENÇAS DO MIOCÁRDIO E PERICÁRDIO Patrícia Vaz Silva Curso Básico de Cardiologia Pediátrica - Coimbra, 4 e 5 de Abril de 2016 INTRODUÇÃO A. DOENÇAS DO MIOCÁRDIO Doenças do músculo cardíaco, caracterizadas

Leia mais

BIOMARCADORES e PROTOCOLOS de URGÊNCIA

BIOMARCADORES e PROTOCOLOS de URGÊNCIA BIOMARCADORES e PROTOCOLOS de URGÊNCIA Sílvio Leal Hospital Santa Cruz, CHLO - Hospital Lusíadas Lisboa Pós-Graduação em Medicina de Emergência Abordagem urgente das Síndromes Coronárias Agudas (António

Leia mais

Coração Normal. Fisiologia Cardíaca. Insuficiência Cardíaca Congestiva. Eficiência Cardíaca. Fisiopatogenia da Insuficiência Cardíaca Congestiva

Coração Normal. Fisiologia Cardíaca. Insuficiência Cardíaca Congestiva. Eficiência Cardíaca. Fisiopatogenia da Insuficiência Cardíaca Congestiva Coração Normal Fisiopatogenia da Insuficiência Cardíaca Congestiva Marlos Gonçalves Sousa, MV, MSc, PhD Fisiologia Cardíaca Desempenho mecânico do coração Envolve a capacidade do coração exercer sua função

Leia mais

Anexo III. Adenda às secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e Folheto Informativo

Anexo III. Adenda às secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e Folheto Informativo Anexo III Adenda às secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e Folheto Informativo Nota: Esta adenda às secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e Folheto

Leia mais

Síndrome Coronariana Aguda

Síndrome Coronariana Aguda Síndrome Coronariana Aguda Wilson Braz Corrêa Filho Rio de Janeiro, 2010 Curso de Capacitação de Urgência e Emergência Objetivos: Apresentar a epidemiologia da síndrome coronariana aguda nas unidades de

Leia mais

15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10

15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10 Fóruns 28 de setembro de 2013 15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10 Insuficiência Cardíaca Como abordar na: IC Fração de ejeção reduzida / normal IC descompensada IC Crônica IC Chagásica

Leia mais

PROVA DO PROGRAMA DE RM DE ECOCARDIOGRAFIA 2018/ ) Em relação à Hipertensão Arterial Sistêmica, assinale a alternativa correta:

PROVA DO PROGRAMA DE RM DE ECOCARDIOGRAFIA 2018/ ) Em relação à Hipertensão Arterial Sistêmica, assinale a alternativa correta: PROVA DO PROGRAMA DE RM DE ECOCARDIOGRAFIA 2018/2019 1) Em relação à Hipertensão Arterial Sistêmica, assinale a alternativa correta: I- Na hipertensão arterial sistêmica leve, geralmente a hipertrofia

Leia mais

DROGAS VASODILATADORAS E VASOATIVAS. Profª EnfªLuzia Bonfim.

DROGAS VASODILATADORAS E VASOATIVAS. Profª EnfªLuzia Bonfim. DROGAS VASODILATADORAS E VASOATIVAS Profª EnfªLuzia Bonfim. DROGAS VASODILATADORAS São agentes úteis no controle da cardiopatia isquêmica aguda, HAS, Insuficiência Cardíaca e outras situações que exigem

Leia mais

DR. CARLOS ROBERTO CAMPOS INSUFICIÊNCIA MITRAL (I.M.I)

DR. CARLOS ROBERTO CAMPOS INSUFICIÊNCIA MITRAL (I.M.I) DR. CARLOS ROBERTO CAMPOS CURSO INSUFICIÊNCIA NACIONAL MITRAL DE RECICLAGEM (I.M.I) EM CARDIOLOGIA - SUL INSUFICIÊNCIA MITRAL (I.M.I) APARELHO VALVAR MITRAL FOLHETOS CORDAS TENDÍNEAS MÚSCULOS PAPILARES

Leia mais

Rosângela de Oliveira Alves ROA

Rosângela de Oliveira Alves ROA Cardiomiopatia Dilatada Felina Rosângela de Oliveira Alves ROA CMD Felina Histórico taurina idiopática Raças Siamês Absínio Birmanês Fisiopatogenia contratilidade miocárdica Encurtamento da fibra DSF e

Leia mais

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DEFINIÇÃO É a incapacidade do coração em adequar sua ejeção às necessidades metabólicas do organismo, ou fazê-la somente através de elevadas pressões de enchimento. BRAUNWALD, E.

Leia mais

PROGRAMA STRICTO SENSU CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/2019 DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS

PROGRAMA STRICTO SENSU CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/2019 DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS PROGRAMA STRICTO SENSU CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/2019 DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS BIOESTATÍSTICA Ementa: conceitos básicos; descrição e apresentação de dados; representação gráfica;

Leia mais

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO DE DIFÍCIL CONTROLE

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO DE DIFÍCIL CONTROLE Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil Sub-Secretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde Gerência do Programa de Hipertensão TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO DE DIFÍCIL CONTROLE São assim

Leia mais

2017 DIRETRIZ PARA PREVENÇÃO, DETECÇÃO, AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM ADULTOS

2017 DIRETRIZ PARA PREVENÇÃO, DETECÇÃO, AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM ADULTOS Urgência e Emergência Prof.ª André Rodrigues 2017 DIRETRIZ PARA PREVENÇÃO, DETECÇÃO, AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM ADULTOS Colégio Americano de Cardiologia Associação Americana do Coração

Leia mais

Insuficiência Cardíaca Aguda (ICA) Leonardo A. M. Zornoff Departamento de Clínica Médica

Insuficiência Cardíaca Aguda (ICA) Leonardo A. M. Zornoff Departamento de Clínica Médica Insuficiência Cardíaca Aguda (ICA) Leonardo A. M. Zornoff Departamento de Clínica Médica ICA: Definição Aparecimento/piora aguda dos sinais/sintomas de insuficiência cardíaca Diagnóstico Clínico Critérios

Leia mais

Diretriz Assistencial. Ataque Isquêmico Transitório

Diretriz Assistencial. Ataque Isquêmico Transitório Diretriz Assistencial Ataque Isquêmico Transitório Versão eletrônica atualizada em Março- 2010 Introdução: O ataque isquêmico transitório (AIT) é definido como um episódio transitório de disfunção neurológica

Leia mais

Caso clínico. S.A.G, 35 anos

Caso clínico. S.A.G, 35 anos Caso clínico S.A.G, 35 anos Negra, casada, prendas domésticas. Natural de Poços de Caldas - MG, Procedente de Botucatu - SP. G4 P3 A0 C0 DUM: 23/07/2014 1º US: 27/10/2014 (14s 1d DUM correta) IG: 32s 5d

Leia mais

1. Estratificação de risco clínico (cardiovascular global) para Hipertensão Arterial Sistêmica

1. Estratificação de risco clínico (cardiovascular global) para Hipertensão Arterial Sistêmica 1. Estratificação de risco clínico (cardiovascular global) para Hipertensão Arterial Sistêmica A VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2010) valorizou a estratificação de risco, baseada nos seguintes

Leia mais

TÍTULO: OS MARCADORES BIOQUÍMICOS NO DIAGNÓSTICO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

TÍTULO: OS MARCADORES BIOQUÍMICOS NO DIAGNÓSTICO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS TÍTULO: OS MARCADORES BIOQUÍMICOS NO DIAGNÓSTICO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES

Leia mais

PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES Dra Fabrícia de Oliveira Assis Cantadori Cardiologista do HUJM Cuiabá, maio de 2015 UFMT PREVENÇÃO É procurar e utilizar métodos para prevenir doenças e/ou suas complicações,

Leia mais

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. Prof. Adélia Dalva

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. Prof. Adélia Dalva URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Prof. Adélia Dalva 1. O tratamento emergencial da hipovolemia grave, em uma unidade de pronto atendimento, causada por choque hemorrágico, compreende as seguintes condutas terapêuticas,

Leia mais

Perjeta HER. (pertuzumabe + trastuzumabe) Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.

Perjeta HER. (pertuzumabe + trastuzumabe) Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. Perjeta HER (pertuzumabe + trastuzumabe) Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. Solução para diluição para infusão 420 mg/14 ml + Pó liofilizado para solução injetável 440 mg Perjeta HER pertuzumabe

Leia mais

TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL COM BETABLOQUEADORES

TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL COM BETABLOQUEADORES TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL COM BETABLOQUEADORES Luciana Rodrigues Ferreira 1 Núbia Martins Silva Dias 1 Sebastião Alves da Silva 1 Marcelo Elias Pereira 2 Stela Ramirez de Oliveira 2 RESUMO: A

Leia mais

Protocolo de Atendimento a Pacientes Hepatopatas com Injúria Renal Aguda e Síndrome Hepatorrenal

Protocolo de Atendimento a Pacientes Hepatopatas com Injúria Renal Aguda e Síndrome Hepatorrenal Protocolo de Atendimento a Pacientes Hepatopatas com Injúria Renal Aguda e Síndrome Hepatorrenal Dr. Rodrigo Brandão Dr. Rafael Ximenes Unidade de Emergência Referenciada (PSM) HCFMUSP Nome e Sinonímia

Leia mais

69º Congresso Brasileiro de Cardiologia Brasília - DF. Avaliação Especiais DEPARTAMENTO DE CARDIOGERIATRIA 13:30 16:30

69º Congresso Brasileiro de Cardiologia Brasília - DF. Avaliação Especiais DEPARTAMENTO DE CARDIOGERIATRIA 13:30 16:30 69º Congresso Brasileiro de Cardiologia Brasília - DF Avaliação Especiais DEPARTAMENTO DE CARDIOGERIATRIA 13:30 16:30 69º Congresso Brasileiro de Cardiologia Brasília - DF Abertura Josmar de Castro Alves

Leia mais

Informação importante para os profissionais de saúde acerca dos riscos graves associados a CAPRELSA

Informação importante para os profissionais de saúde acerca dos riscos graves associados a CAPRELSA CAPRELSA (vandetanib) Informação importante para os profissionais de saúde acerca dos riscos graves associados a CAPRELSA Estes materiais educacionais estão focados no risco de prolongamento do intervalo

Leia mais

Viviane Rohrig Rabassa

Viviane Rohrig Rabassa Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Veterinária Departamento de Clínicas Veterinária Viviane Rohrig Rabassa Prof a. Adjunta de Semiologia Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária Sistema

Leia mais

Angiotomografia Coronária. Ana Paula Toniello Cardoso Hospital Nove de Julho

Angiotomografia Coronária. Ana Paula Toniello Cardoso Hospital Nove de Julho Angiotomografia Coronária Ana Paula Toniello Cardoso Hospital Nove de Julho S Aterosclerose S A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão

Leia mais

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES AVANÇADAS Maio de 2013 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Conteúdo Definições atualmente utilizadas Diagnóstico Tratamento

Leia mais