Incidência, mortalidade e tendência do câncer de cavidade oral e orofaringe em Goiânia de 1988 a 2003

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1 Artigo Original Incidência, mortalidade e tendência do câncer de cavidade oral e orofaringe em Goiânia de 1988 a 003 Incidence, mortality and trends of the oral cavity and oropharynx in Goiânia from 1988 to 003 José Carlos de Oliveira¹, Maria Paula Curado² 3 Edesio Martins, 4 Marise Amaral Rebouças Moreira RESUMO ABSTRACT Introdução: os cânceres de boca e orofaringe apresentam distribuição mundial heterogênea, com predomínio em homens acima de 50 anos. No Brasil, foi registrada alta incidência de câncer oral em Porto Alegre, Belém, Goiânia, Campinas e Fortaleza, sendo considerado o quarto mais freqüente em homens e o sétimo mais freqüente em mulheres. Objetivo: avaliar incidência, mortalidade e tendências do câncer oral e de orofaringe em Goiânia, de Método: os casos incidentes foram obtidos do Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia (RCBPGO), de e foram estratificados em grupos <45 e >45 anos. Resultados: as taxas acumuladas para o câncer oral foram 0,73/ ( ) e 0,97/ ( ) para <45 anos e de 4,30 a 9,5/ >45 anos em homens, respectivamente. Nas mulheres, as taxas foram 0,41/ ( ) e 0,5/ ( ). As taxas para o câncer de orofaringe, em homens, nos períodos de , e foram 0,1; 0,35 e 0,8/ (<45) e 1,87; 5,04 e 3,66/ (>45) respectivamente; nas mulheres foram 0,84; 0,73 e 1,00/ (<45), 3,0;,56 e 3,65/100000, respectivamente. A tendência evidenciou discreto aumento de casos incidentes de câncer oral e pequena redução em orofaringe. As taxas de mortalidade mantiveram-se elevadas nos homens e estáveis nas mulheres. Conclusão: os dados analisados no câncer de boca e orofaringe demonstraram que a dificuldade de acesso ao tratamento, assim como a exposição ao tabaco e álcool, são fatores que impedem a redução da mortalidade dessas neoplasias em Goiânia. Descritores: incidência; mortalidade; câncer; cavidade oral; orofaringe. INTRODUÇÃO Segundo a Organização Mundial de Saúde, o número estimado anual de casos novos de câncer passará de 10 milhões em 000 e para 15 milhões em 00, sendo que 60% dos casos novos ocorrerão em regiões menos desenvolvidas do mundo, em países que possuem menos do que 5% de recursos para o 1 controle do câncer. Os cânceres da cavidade oral e orofaringe apresentam uma distribuição geográfica mundial heterogênea, com diferentes incidências dependendo do desenvolvimento industrial regional. É predominante no gênero masculino (75% dos casos), acomete principalmente as faixas etárias acima dos 50 Introduction: oropharynx and mouth cancers show a world heterogeneous distribution predominantly in men aged more than 50 years. There has been registered high incidence of oral cancer in Brazil in the cities of Porto Alegre, Belém, Goiânia, Campinas and Fortaleza, being it considered the fourth most common cancer in men and the seventh most often in women. Objective: to analyze the incidence, mortality and tendency of mouth and oropharynx cancer in Goiânia during the period of Methods: incident cases were obtained from Goiânia Population Based Cancer Registry (PBCR-GO) from 1988 to 003 and were stratified into groups <45 and >45 years old. Results: cumulative incidence rates for oral cancer were 0.73/ ( ) and 0.97/ ( ) <45 years old and 4.30 to 9,5/ >45 years old in men, respectively. In women, the rates were 0,41/ ( ) and 0.5/ ( ). Oropharyngeal cancer levels in men over the period of , and were 0.1; 0.35 and 0.8/ (<45) and 1.87; 5.04 and 3.66/ (>45) respectively, in women were 0.84; 0.73 and 1.00/ (<45), 3.0;.56 and 3.65/ respectively. It was shown a slight increasing in the incidence of oral cancer and a small decreasing in oropharyngeal ones. Mortality levels were kept high in men and stable in women. Conclusion: according to the analyzed data in oropharyngeal and oral cancer, it is still difficult the access to the treatment. Furthermore, the exposition to tobacco and alcohol are factors whose prevention is decreasing the mortality rates from these malignancies in Goiânia. Key words: incidence; mortality; cancer; oral cavity; oropharynx. anos, sendo o carcinoma espinocelular o tipo histológico mais freqüente. Nos países desenvolvidos, o câncer da boca e orofaringe têm contribuído com 3% do total da ocorrência, ocupando a oitava posição entre os cânceres mais importantes, enquanto que, em países em desenvolvimento, o câncer de boca ocupa a quarta posição, contribuindo com 8% do total de -5 casos de neoplasias. Em países em desenvolvimento, cânceres do trato digestivo alto aparecem em segundo lugar entre as neoplasias mais 6 freqüentes. A incidência de câncer oral e de laringe em homens da região Sul do Brasil está entre as mais altas do mundo cujas 7 taxas de incidência variam de 8,9 a 0,/ Em países como Bangladesh, Índia, Paquistão e Sri Lanka, a 1) Mestre em em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pelo Hospital Heliópolis; Chefe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Araújo Jorge, Goiânia. ) Doutora em Medicina pelo Curso de Pós-Graduação em Ciências da Fundação Antônio Prudente, São Paulo; Cirurgiã de Cabeça e Pescoço do Serviço de Cabeça e Pescoço do Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás, Goiânia, GO; Coordenadora do Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia. 3) Mestrando em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Biólogo pela Universidade Católica de Goiás; Pesquisador do Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia do Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás, Goiânia, GO. 4) Doutora em Patologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Professora adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Instituição: Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Araújo Jorge, Goiânia e Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia. Correspondência: Dra. Maria Paula Curado, Rua 39, n.181 Setor Leste Universitário, Goiânia Goiás. mpcurado@terra.com.br Recebido em: 8/03/007; aceito para publicação em: 08/05/007; publicado on line em: 15/06/ Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 36, nº, p , abril / maio / junho 007

2 boca é o sítio de câncer mais freqüente. As taxas de incidência mais altas foram registradas no gênero masculino, em algumas localidades da França (incidência anual superior a 40/ ), onde estão associadas com o hábito de fumar e o elevado consumo de álcool. Entre as mulheres, na Índia (incidência anual é superior a 10/ ), está associada ao hábito de 5,8 mascar folhas de betel. Comparando-se as taxas de incidência padronizadas pela população mundial ajustadas por idade, entre os países da América Latina e Caribe, distinguem-se três diferentes níveis de taxas de incidência de câncer de cavidade oral e orofaringe em homens: menor do que 10/ na América Central e países Andinos; entre 10 a 15/ em países do Caribe e no extremo da América do Sul (Argentina e Uruguai); e taxas 9 maiores que 15/ em Porto Rico e Brasil. A estimativa de casos novos de câncer de boca para o ano de 006 para o gênero masculino foram 10 casos para o estado e 80 casos para Goiânia, enquanto, para as mulheres, estima- 7 ram-se 80 casos para o estado e 0 casos para a Capital. Foram registradas altas incidências de câncer da cavidade oral e orofaringe em cidades brasileiras: no gênero masculino, 15,9/ habitantes para Porto Alegre (1993), seguida por Belém (1,4/ em ), Goiânia (11,8/ em 1995), Campinas (9.9/ ,1993) e Fortaleza (7.4/ ). Para o gênero feminino, essas taxas foram: 4.1/ em Fortaleza, 4.0/ para Belém, 3,5/ para Goiânia,,/ para Campinas e 10,5,11 1,3/ para Porto Alegre. Esses números colocam o câncer da boca como o quarto câncer mais freqüente no gênero masculino e o sétimo mais freqüente no gênero feminino no Brasil. Mortalidade: as taxas de incidência e mortalidade por câncer da cavidade oral padronizadas por idade e gênero, no período de 1980 a 1998, na cidade de São Paulo, destacam que as tendências de incidências e mortalidade permanecem estáveis para ambos os gêneros. A taxa média de mortalidade para o gênero feminino foi 0,79 (IC 95%: 0,71: 0,88) e para o gênero masculino foi de 3,60 ( IC 95% 3,44: 3,75), sendo a taxa global de,15 (IC 95%:,05:,5) óbitos por habitantes. A mortalidade do câncer da cavidade oral por sítios específicos destaca que a proporção de óbitos por câncer de língua é de 49,5% e, em partes inespecíficas da boca, é de 16,3%. Esses resultados convergem com outros estudos realizados no Brasil, que demonstram que esses sítios para o câncer de boca são os mais prevalentes e de pior prognóstico e sobrevida. A alta magnitude da mortalidade por câncer em partes específicas da boca sugere retardo no diagnóstico e no estabelecimento de 1 condutas terapêuticas. As tendências de mortalidade para o câncer de boca, em São Paulo, no período de 1969 a 1998, foram estáveis, para o câncer de língua e orofaringe foram decrescentes no gênero masculino e no feminino, enquanto as tendências de mortalida- 13 de para o câncer de boca mantiveram-se estáveis. Analisando pelo sistema de informações sobre mortalidade do 14 Datasus, Curado et al. (006), observaram que as taxas padronizadas de câncer de lábio, cavidade oral e de orofaringe apresentaram índices acumulados, no gênero masculino, mais altas nas cidades de Salvador (75.33/ ) e São Paulo 6.81/ ). No gênero feminino, as taxas mais altas encontradas foram em Natal e Salvador (14.64/ e 13.71/ ). As demais capitais apresentaram taxas padronizadas de mortalidade abaixo de 55/ O objetivo desse estudo foi avaliar a incidência, a mortalidade e as tendências do câncer de boca e orofaringe no período de 1988 a 003 na cidade de em Goiânia. MÉTODO Os dados de incidência de câncer de cavidade oral e orofaringe foram obtidos no Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia (RCBPGO) no período de 1988 a 003. Os casos incidentes de câncer de boca e orofaringe foram estratificados por faixas etárias em décadas e, posteriormente, em dois grupos de pacientes: um grupo com idade abaixo de 45 anos e o outro acima de 45 anos. Na análise de incidência, os períodos foram estratificados em qüinqüênio conforme os seguintes: , e Os coeficientes analisados foram: Coeficiente de incidência é o número de casos novos ocorridos em um determinado período de tempo dividido pela população de risco, multiplicados por habitantes. Esse coeficiente representa o risco médio de desenvolver-se um câncer em uma população. Coeficiente de Mortalidade corresponde ao número de mortes ocorridas em um determinado período de tempo divididas pela população expressos por pessoas ao ano. Essa taxa mede o risco médio de morte por um câncer específico em uma população de risco. Os dados de mortalidade foram retirados do Sistema de Informação em Mortalidade do Datasus/MS. Coeficientes Padronizados calcula-se a somatória dos coeficientes brutos de incidência/mortalidade por faixa etária, multiplicada pela população padrão mundial da mesma faixa etária e divida por habitantes. Para o cálculo das taxas, as populações foram obtidas do 15 Ministério da Saúde/Datasus. Utilizou-se a população mundial padronizada por Segi (1960) e modificada por Doll (1966) para análise das taxas padronizadas tanto para incidência como para mortalidade. Para os qüinqüênios, foi calculada a taxa acumulada de cinco anos cujo cálculo baseia-se na população no ponto médio dos cinco anos multiplicada por 5. No cálculo das tendências, utilizou-se a regressão linear e polinomial, de acordo com o número de casos e o ano, ajustados pela população padronizada. Foram apresentadas as análises estatisticamente significativas com o intervalo de confiança em 95%. Utilizou-se o software Excel na elaboração das tabelas e gráficos e, para a análise estatística, o software SPSS. RESULTADOS Foram coletados, pelo RCBPGO, 554 casos de câncer de cavidade oral, sendo 391 casos para o gênero masculino e 154 para o gênero feminino e 10 casos de câncer de orofaringe, sendo 17 para o gênero masculino e 38 para o gênero feminino em Goiânia, no período de 1988 a 003. Segundo o sistema de informação em mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, houve, em Goiânia, 36 óbitos por câncer de lábio, cavidade oral e orofaringe, sendo 51 para o gênero masculino e 75 para o gênero feminino. A taxa bruta de incidência para o câncer de orofaringe foi,63/ em 1988 e,37/ em 003 no gênero masculino, 1,/ em 1988 e 1,5/ em 003 no gênero feminino. Já as taxas padronizadas nos anos de 1988 e 003 para o gênero masculino foram,8/ e 1,98/ respectivamente, enquanto que, no gênero feminino, não houve notificação de casos em 1988 e a taxa para o ano de 003 foi 0,81/ As taxas brutas de incidência no câncer de cavidade oral para o gênero masculino foram 3,73/ (1988) e 8,9/ (003). No gênero feminino, a taxa de incidência bruta foi 0,4/ (1988) e 5,6/ ( 003). As taxas de incidência acumuladas brutas e padronizadas por gênero, grupo etário abaixo e acima de 45 anos foram calculadas por qüinqüênio para o câncer de orofaringe e cavidade oral estão apresentadas nas tabelas 1 e, respectivamente. 71

3 Tabela 1 Taxas acumulada da incidência bruta e padronizada do câncer de orofaringe em Goiânia de 1988 a 003 por qüinqüênios, gênero e faixa etária acima e abaixo de 45 anos. Ano Masculino *TB = Taxa Bruta; ** TP = Taxa Padronizada. Tabela As taxas de incidência bruta e padronizada de câncer de cavidade oral por qüinqüênio, gênero e faixa etária acima e abaixo de 45 em Goiânia de 1988 a 003. * TB =TAXA Bruta; ** TP = TAXA Padronizada. Feminino <45 >45 <45 >45 TB* TP** TB TP TB TP TB TP ,34 0,1 7,17 1,87,46 0,84 11,6 3, ,03 0,35 19,38 5,04,14 0,73 9,86, ,81 0,8 14,06 3,66,95 1,00 14,03 3,65 Ano Masculino Feminino <45 >45 <45 >45 TB* TP** TB TP TB TP TB TP ,15 0,73 16,53 4,30 1,0 0,41 5,16 1, ,78 0,94 3,03 5,99 1,6 0,43 7,80, ,84 0,97 36,63 9,5 0,74 0,5 7,88.05 Os gráficos 1 e apresentam as variações por qüinqüênio gênero para as idades <45 e >45 para os cânceres de cavidade oral e orofaringe. 1 Gráfico 1 Coeficiente de incidência padronizado de câncer de cavidade oral por qüinqüênio, Grupo etário <45 e >45 de ,00 9,00 7,00 5,00 3,00 1, Mas<45 Mas>45 Fem<45 Fem>45 taxas de mortalidade de câncer de cabeça e pescoço restrito a lábio e cavidade oral. Nesse estudo, observou-se que houve uma notificação de 39 óbitos por neoplasias de lábio, cavidade oral e faringe, sendo 53 óbitos para o gênero masculino e 76 óbitos para o gênero feminino. Foram excluídos da análise três casos, sendo dois masculinos e um feminino, por não haver informação da idade. As taxas de incidência bruta e padronizada para os qüinqüênios estão apresentadas no gráfico Gráfico 3 Coeficiente de mortalidade padronizado de lábio, cavidade oral e faringe por ano e grupo etário <45 e >45 em Goiânia As análises de tendência das incidências de câncer de cavidade oral, por regressão linear, foram estatisticamente significativas para o gênero masculino demonstrando uma discreta tendência de aumento (gráfico 4) Gráfico 4 Tendência da incidência de câncer de cavidade oral no gênero masculino pelo método de regressão linear em Goiânia 1988 a 003. A analise pelo método de regressão polinomial, das tendências de incidência dos cânceres de orofaringe foram significantes somente para o gênero masculino com um R de 0,38 e um valor de p=0,045 (gráfico 5) Série1 Masc <45 Masc >45 Fem <45 Fem >45 Linear (Série1) 3,00 mas<45 mas>45 fem<45 fem>45 1, Gráfico Coeficiente de incidência padronizado de câncer de orofaringe por qüinqüênio, Grupo etário <45 e >45 de Mortalidade. Os dados de mortalidade das neoplasias malignas de cabeça e pescoço foram obtidos do Sistema de Informação em Mortalidade (SIM). O sistema de mortalidade classificou as neoplasias malignas de cabeça e pescoço em duas topografias: lábio, cavidade oral e faringe; e laringe. Desse modo, foi prejudicada a análise por regiões topográficas semelhante aos da incidência. Assim, apresentaremos as Gráfico 5 Tendência da incidência de câncer de orofaringe no gênero masculino pelo método de regressão linear em Goiânia 1988 a 003. DISCUSSÃO Em Goiânia, observamos que a taxa de incidência acumulada em cinco anos para o câncer de cavidade oral tem aumentado nos últimos 15 anos em todos os grupos etários no gênero 7

4 masculino. Para o gênero feminino abaixo de 45 anos, houve uma redução do número de casos no período de 1998 a 003. Esses dados coincidem com outros descritos, que observaram um aumento de incidência de câncer de língua de 16% e de amígdala de 1%, com redução da mortalidade para todos os 18 sítios. Por outro lado, Shiboski et al. (004) observaram um aumento de câncer de língua e orofaringe em pacientes abaixo de anos. Em Goiânia, o aumento do câncer de orofaringe foi mais acentuado nas mulheres e continua em ascendência. Este fato provavelmente se deve ao incremento do diagnóstico. O aumento percentual de casos no gênero masculino foi,1% maior no período de 1988 a 003 e, para as mulheres, esse aumento foi 1,5% no período de 1988 a 003. As taxas de incidência acumulada por cinco anos do câncer de orofaringe em Goiânia mostraram que houve aumento de incidência no período de 1993 a 1997, tanto acima como abaixo dos 45 anos e queda no período de 1998 a 003 para o gênero masculino, enquanto que, no gênero feminino, observou-se um aumento da taxa de incidência no período de 1988 a 003. Essa redução no gênero masculino pode ser atribuída ao diagnóstico pela inspeção da cavidade oral levando ao excesso de casos de câncer de boca sítio inespecífico, sendo que o diagnóstico do câncer de orofaringe demanda um exame local mais detalhado. As taxas de incidência acumulada, em Goiânia, foram mais altas nos homens do que nas mulheres. Tal fato foi também comprovado por Morse & Kerr (006), que observaram que as taxas de incidência ajustadas no período de 1975 a 00 foram mais altas nos homens que nas mulheres, em meados dos 0 anos 80. Tumino & Vicario (004) observaram que a incidência e a mortalidade por câncer de cavidade oral diminuíram significantemente no período de 1986 a 1997 em ambos os gêneros, embora, para a orofaringe, essa redução tenha sido apenas 1 para homens. Os coeficientes de mortalidade para câncer de boca e faringe em Goiânia evidenciaram que as taxas aumentaram no gênero masculino acima de 45 anos e, para o gênero feminino, os coeficientes de mortalidade mantiveram-se estáveis ao longo do período de 1996 a 004. Analisando-se os dados por regiões brasileiras, observou-se que a mortalidade do câncer de cavidade oral manteve-se estável e, para o câncer de orofarin- 1 ge, houve aumento para ambos os gêneros respectivamente. A mortalidade do câncer de boca e orofaringe foi mais alta nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Na Europa, observou-se que a mortalidade por câncer de boca aumentou na maioria dos 8 paises na década de 80 em homens. Houve declínio em países da Europa Ocidental e aumento em alguns paises como Bélgica, Dinamarca, Portugal etc. Essas tendências podem ser interpretadas como mudanças de exposição ao álcool ao tabaco. Na região Centro-Oeste, atribui-se a alta taxa de mortalidade provavelmente devida à alta porcentagem de consumidores de álcool 60,5% e fumantes 34,0%. A tendência de incidência do câncer de boca, em Goiânia, foi de aumento para o gênero masculino, com um valor de p <7; R 0,413; e, para o câncer de orofaringe, houve uma tendência de redução discreta, R =0, 38, p= 45. Em Munbai, na Índia, estimou-se a tendência de incidência e o risco de desenvolver câncer oral baseados em dados de coleta de 15 anos e observou-se que houve redução com o tempo de 3 1,70% anualmente. Essa redução foi significante em homens acima de 40 anos. Contudo, para os homens abaixo de 40 anos, não houve redução, tendo-se mantido estável. Nas mulheres, houve uma redução não significativa, porém, nas faixas etárias de 40 a 59 anos, a redução foi significativa. Os achados de tendência em Goiânia evidenciam que o câncer de boca ainda apresenta taxas elevadas no gênero masculino nas faixas etária acima de 45 anos. Este fato reforça a necessidade de implementar política de prevenção e diagnóstico precoce e tratamento, uma vez que as taxas de mortalidade mantêm-se elevadas, apesar de haver um aumento no número de casos diagnosticados anualmente. CONCLUSÃO Em Goiânia, o câncer de cavidade oral aumentou nos últimos 15 anos e observou-se uma redução para o gênero feminino abaixo dos 45 anos a partir do final da década 90. O câncer de orofaringe diminuiu sua incidência nos homens e manteve-se estável nas mulheres. As taxas de mortalidade mantiveram-se elevadas nos gêneros masculinos e estáveis para o gênero feminino. As tendências de incidência do câncer da boca mantiveram discreto aumento e para o câncer de orofaringe. Dessa forma, observa-se que o câncer de boca é uma neoplasia de alta incidência em Goiânia, com mortalidade elevada. Esses fatos demonstram que, apesar da melhora do diagnóstico, o acesso ao tratamento ainda é um problema para o paciente portador de câncer de boca e orofaringe, assim como a exposição aos fatores de risco tabaco e álcool. REFERÊNCIAS 1. [WHO] World Health Organization. World Cancer Report. International Agency for Research on Cancer. IARC. pp35, Parkin DM, Pisani P, Ferlay J. Estimates of the worldwide incidence of eighteen major cancers in Int J Cancer. 1993;54(4): Blot WJ, Mclauglin JK, Devessa SS, Fraumeni Junior JF, Cancers of the oral cavity and pharynx. In: Schottenfeld D, Fraumeni Junior JF. (ed). Cancer Epidemiology and Prevention. New York (NY): Oxford University; pp Franco EL. Epidemiology in the study of Cancer, In: Encyclopedia of Cancer. San Diego: Academic Press; 1997, pp Wünsch-Filho V, de Camargo EA. 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