CLASSIFICAÇÃO DOS TUMORES DA BOCA E OROFARINGE CONFORME A DESCRIÇÃO ANATÔMICA REGISTRO HOSPITALAR DE CÂNCER DO HOSPITAL ERASTO GAERTNER

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1 Artigo Original CLASSIFICAÇÃO DOS TUMORES DA BOCA E OROFARINGE CONFORME A DESCRIÇÃO ANATÔMICA REGISTRO HOSPITALAR DE CÂNCER DO HOSPITAL ERASTO GAERTNER CLASSIFICATION OF ORAL CAVITY AND OROPHARYNX TUMORS ACCORDING TO THE ANATOMIC DESCRIPTION CANCER HOSPITALIZATION RECORDS OF HOSPITAL ERASTO GAERTNER BETWEEN 2000 AND 2004 PAOLA ANDREA GALBIATTI PEDRUZZI 2 FLÁVIO DANIEL SAAVEDRA TOMASICH 3 REGINA CÉLIA ANASTÁSIO DA SILVA 4 DINARTE ORLANDI 5 BENEDITO VALDECIR DE OLIVEIRA 5 GYL HENRIQUE ALBRECH RAMOS 6 LAURINDO MOACIR SASSI 7 MARIA DE FÁTIMA PAULINO 7 MARIA ELISABETE ROSSI RESUMO Introdução: As estimativas do Instituto Nacional do Câncer para o ano de 2006 apontam o câncer da boca como o nono tumor mais freqüente, sendo o sétimo mais freqüente no gênero masculino e o oitavo para o gênero feminino. Nos últimos relatórios do Registro Hospitalar de Câncer do Hospital Erasto Gaertner, bem como nos relatórios de outras instituições, algumas sub-regiões da orofaringe são agrupadas na topografia da boca como a base da língua, úvula e palato, sem distinção entre o palato duro e mole. - Médica coordenadora do Registro Hospitalar de Câncer / Hospital Erasto Gaertner (HEG). 2- Oncologista do HEG e Epidemiologista do Registro Hospitalar de Câncer do HEG. 3- Chefe do Registro Hospitalar de Câncer / Hospital Erasto Gaertner. 4- Estatístico do Registro Hospitalar de Câncer/ Hospital Erasto Gaertner. 5- Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Erasto Gaertner. 6- Chefe do Serviço de Bucomaxilofacial do HEG / Professor do Curso de Pós-graduação de Cirurgia Bucomaxilofacial/ Universidade Federal do Paraná. 7- Registradora do Registro Hospitalar de Câncer do Hospital Erasto Gaertner. Correspondência: Rua Dr. Ovande do Amaral, Curitiba, PR. paolapedruzi@yahoo.com.br Objetivo: O objetivo do estudo foi de avaliar a incidência de câncer da boca e orofaringe no Hospital Erasto Gaertner, no período de 2000 a 2004, considerando a descrição anatômica. Métodos: Os tumores de boca foram agrupados segundo os subsítios anatômicos, incluindo as sub-regiões do lábio, língua, gengiva, soalho da boca, palato duro e outras partes da boca. Os tumores da orofaringe foram separados segundo as sub-regiões das tonsilas, base da língua, palato mole e úvula e orofaringe em geral. Resultados: A topografia da boca nos relatórios anteriores esteve entre os cinco tumores mais freqüentes, pois incluía os subsítios anatômicos da base da língua e palato mole. Adotando o critério anatômico descrito, o câncer da boca passou da quarta neoplasia mais freqüente para a oitava. Os tumores da orofaringe representaram a décima neoplasia mais freqüente no Erasto Gaertner, no período de 2000 a 2004, sendo que, nos relatórios prévios, a orofaringe não constava entre os dez tumores mais freqüentes. Conclusão: A partir desses dados, passamos a padronizar a divisão das topografias boca e orofaringe, conforme a descrição anatômica, o que julgamos ser a forma adequada de avaliação da incidência do câncer da boca e orofaringe. Recebido em: 3/08/2006; aceito para publicação em: 30/09/ Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 35, nº 4, p , outubro / novembro / dezembro 2006

2 Descritores: câncer da boca; câncer da orofaringe; registro hospitalar de câncer. ABSTRACT Introduction: The estimative of Instituto Nacional do Câncer regarding e year 2006 shows e oral cavity cancer as e 9 most frequent type, e 7 most frequent among men and e 8 most frequent among women. In e latest reports of Cancer Hospitalization Records of Hospital Erasto Gaertner, as well as in e reports from oer institutions, some sub-regions of oropharynx were grouped as oral cavity such as tongue base, uvula and palate, wiout a distinction between hard palate and soft palate. Objective: To evaluate e incidence of oral cavity and oropharynx cancer at Hospital Erasto Gaertner, between 2000 and 2004, according to e anatomic description. Meods: The oral cavity tumors were grouped according to e anatomic sub-sites, considering lip, tongue, gingiva, floor of mou, hard palate and oer areas of mou. The oropharynx tumors were separated in tonsil, tongue base, soft palate, uvula and oropharynx in general. Results: In previous reports, e oral cavity cancer was one of e five most frequent tumors, as it included e anatomic subsites of e tongue base and e soft palate. Considering e anatomic criteria described, e oral cavity cancer went from e 4 most frequent type of neoplasm to e 8 one. The oropharyngeal tumors represented e 0 most frequent type of neoplasm in Hospital Erasto Gaertner, between 2000 and In previous reports, oropharyngeal tumors did not appear among e ten most frequent tumors. Conclusion: From ese data we started to standardize e topographic divisions of oral cavity and oropharynx, according to e anatomic description, which we considered e adequate form of evaluation of incidence of oral cavity and oropharynx cancer. Key words: oral cancer; oropharynx cancer; cancer hospitalization records. Tradicionalmente, os relatórios dos registros de câncer codificam e incluem os tumores da base da língua, úvula e palato mole como parte da topografia da boca, contrariando a classificação anatômica. O objetivo do estudo foi de avaliar a incidência de câncer da boca e orofaringe no Hospital Erasto Gaertner, no período de 2000 a 2004, considerando a descrição anatômica. MÉTODO No período de 2000 a 2004, foram admitidos, no Hospital Erasto Gaertner, pacientes com tumores malignos, sendo que (57,0%) foram considerados elegíveis pelo RHC, (44,7%) do gênero masculino e (55,3%) do gênero feminino. A maioria dos pacientes (96,2%) apresentava tumor primário único no momento do preenchimento da ficha de admissão, enquanto 3,4% apresentavam mais de um tumor primário, totalizando, dessa forma,.270 fichas de admissão preenchidas entre os casos elegíveis. Os tumores de boca foram agrupados, segundo os subsítios anatômicos descritos pela União Internacional Contra o Câncer (UICC), que inclui o lábio (C00), língua (C02), gengiva (C03), soalho da boca (C04), palato duro (C05.0) e outras partes (C06), que inclui a mucosa jugal, áreas retromolares e vestíbulo bucal. Os tumores da orofaringe foram separados segundo as sub-regiões da tonsila (C09), base da língua (C0), palato mole e úvula (C05. a C05.9) e orofaringe em geral (C0), conforme descrição anatômica de 4 UICC. Todos os casos elegíveis receberam alguma forma de tratamento para o câncer, seguindo os protocolos de tratamento preconizados, incluindo cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Foram analisados alguns dos dados contidos na ficha de admissão, incluindo idade, gênero, estadiamento, topografia, morfologia, tratamento realizado e situação da doença ao final do tratamento. O período analisado do estudo, 2000 a 2004, não possibilitou a análise da sobrevida em 5 anos. Os dados de sobrevida do RHC referentes aos anos de a 999 estão disponíveis no relatório impresso. INTRODUÇÃO Os Registros Hospitalares de Câncer (RHCs) têm por finalidade coletar e armazenar os dados referentes aos casos de câncer da instituição, divulgando os resultados gerados através de relatórios. O Registro Hospitalar de Câncer do Hospital Erasto Gaertner, atualmente, conta com um banco de dados de tumores cadastrados (elegíveis para o registro), referentes ao período de º de janeiro de 990 a 3 de dezembro de 2004, totalizando 5 anos. Quanto às fichas de seguimento, o RHC do Hospital Erasto Gaertner tem acumulado um cadastro de seguimento dos casos do período de º de janeiro de 990 a 30 de junho de 2004, todos disponíveis em sistema informativo e com dados atualizados,2 de sobrevida. O câncer da boca é o tumor mais freqüente da cabeça e pescoço, seguido dos tumores da orofaringe e laringe. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCa) para o ano de 2006 é de casos novos de câncer da boca no Brasil, sendo o nono tumor mais freqüente (sétimo 3 mais comum entre os homens e oitavo entre as mulheres). RESULTADOS As topografias mais freqüentes foram pele, com casos (20,7%); colo do útero,.783 casos (5,8%); mama,.399 casos (2,4%); próstata, 63 casos (5,4%); cólon e reto, 47 casos (4,2%); esôfago, 456 casos (4,0%); estômago, 429 casos (3,8%); boca, 44 casos (3,7%); brônquios e pulmão, 409 casos (3,6%); e orofaringe, 300 casos (2,7%). Os demais tumores totalizaram casos (23,7%) (tabela ). No gênero masculino, os tumores mais freqüentes foram o câncer de pele, com.23 casos (24,2%); próstata, 63 (2,0%) casos; boca, 340 casos (6,7%); esôfago, 332 casos (6,5%); estômago, 302 casos (5,9%); brônquios e pulmão, 27 casos (5,3%); e orofaringe, 262 casos (5,%) (gráfico ). No gênero feminino, os tumores mais freqüentes foram o câncer do colo do útero,.783 casos (28,9%); mama,.385 casos (22,4%); pele,.097 casos (7,8%); ovário, 40 casos (2,2%); brônquios e pulmão, 38 casos (2,2%); corpo do útero, 35 casos (2,2%) gráfico. O câncer da boca foi responsável por 74 (,2%) casos e o câncer da orofaringe, 38 (0,6%) casos no gênero feminino. 23

3 Tabela Distribuição dos casos elegíveis no RHC , segundo a localização topográfica, incluindo ambos os gêneros. incidência entre gênero masculino e feminino foi de aproximadamente 5:, sendo 340 (84,2%) dos casos no gênero masculino e 74 casos (5,8%) no gênero feminino. Observamos uma incidência maior, para ambos os gêneros, na faixa etária entre 55 e 59 anos, com outro pico de incidência entre 45 e 49 anos. Nas mulheres, entre 65 e 74 anos, observamos ainda um terceiro pico de incidência do câncer da boca (gráfico 2). O tipo histológico mais comum foi o carcinoma espinocelular, em 399 casos (96,4%) tabela 2. Gráfico 2 Distribuição dos casos (câncer da boca) segundo faixa etária e gênero. Tabela 2 Distribuição dos casos (câncer da boca) segundo os tipos histológicos mais freqüentes. Os subsítios anatômicos mais comuns foram o lábio, com 5 casos (36,5%); soalho da boca, 87 casos (2,0%); e outras partes da língua, com 29 casos (9,%). A tabela 3 mostra os subsítios anatômicos de acordo com o gênero. Quanto ao estadiamento, 0 pacientes (24,4%) apresentaram estádio I; 89 pacientes (2,5%), estádio II; 58 pacientes (4,0%), estádio III; 30 pacientes (3,4%), estádio IV; e 2 pacientes (0,5%), carcinoma in situ. Os demais tumores não puderam ser estadiados ou não havia informações no prontuário médico (gráfico 3). Tabela 3 Distribuição dos casos (câncer da boca) segundo as topografias. Gráfico Distribuição dos casos elegíveis no RHC , segundo as principais localizações topográficas. No período de 2000 a 2004, o Registro Hospitalar de Câncer do Hospital Erasto Gaertner cadastrou 44 casos novos de câncer da boca, o que representou a oitava neoplasia mais freqüente na instituição. A proporção da 232

4 Gráfico 3 Distribuição percentual (câncer da boca), segundo o estadiamento. Quanto à forma de tratamento, 40 pacientes (33,8%) receberam tratamento combinado; 5 pacientes (36,5%), cirurgia exclusiva; 7 pacientes (28,3%), radioterapia exclusiva; e 5 pacientes (,2%), quimioterapia isolada (gráfico 4). Gráfico 6 - Distribuição dos casos (câncer da orofaringe) segundo faixa etária e gênero. Tabela 4 Distribuição dos casos (câncer da orofaringe) segundo os tipos histológicos. Gráfico 4 Distribuição percentual (câncer da boca), segundo o tratamento realizado na instituição. Ao final do tratamento, 350 pacientes (84,5%) estavam vivos e sem sinais de doença; 62 pacientes (5,0%) evoluíram a óbito; e 2 pacientes (0,5%) tiveram perda de seguimento (gráfico 5). Nos tumores da orofaringe, as topografias mais comuns, seguindo a codificação utilizada pelos registradores, foram a orofaringe em geral, 34 casos (44,7%); base da língua, 85 casos (28,3%); tonsilas, 46 casos (5,3%); e palato mole, 35 casos (,7%). A tabela 5 mostra os subsítios anatômicos, de acordo com o gênero. Tabela 5 Distribuição dos casos de câncer da orofaringe segundo topografia e gênero. Gráfico 5 Distribuição percentual (câncer da boca) segundo a condição ao final da primeira fase do tratamento. No período analisado, foram cadastrados 300 casos de câncer da orofaringe, sendo 262 (87,3%) homens e 38 (2,7%) mulheres, o que resultou numa proporção da incidência entre gênero masculino e feminino de, aproximadamente, 7:. Observamos uma incidência maior, para ambos os gêneros, na faixa etária entre 55 e 59 anos. Nos homens, observamos um segundo pico de incidência entre os 45 e 49 anos, enquanto, nas mulheres, o segundo pico ocorreu entre os 70 e 74 anos (gráfico 6). O tipo histológico mais comum foi o carcinoma espinocelular (CEC), em 276 dos casos (92,0%) tabela 4. Quanto ao estadiamento, 8 pacientes (60,3%) apresentaram doença em estádio IV; 55 pacientes (8,3%), estádio III; 9 pacientes (6,3%), estádio II; e pacientes (3,7%), estádio I. Nenhum paciente foi diagnosticado com carcinoma in situ. Os demais 34 pacientes estavam sem informações de estadiamento (0,3%) ou não foram estadiados (,0%) gráfico

5 Gráfico 7 - Distribuição percentual (câncer da orofaringe) segundo o estadiamento. Quanto à forma de tratamento, 70 pacientes (56,7%) receberam radioterapia exclusiva; 3 pacientes (37,7%), tratamento combinado; 2 pacientes (4%), cirurgia exclusiva; e 5 pacientes (,7%), quimioterapia exclusiva (gráfico 8). Ao final do tratamento, 90 pacientes (63,3%) portadores de câncer da orofaringe estavam vivos e sem sinais de doença; 08 pacientes (36%) evoluíram a óbito e 2 pacientes (0,7%) tiveram perda de seguimento (gráfico 9). Gráfico 8 Distribuição percentual (câncer da orofaringe) segundo o tratamento. Gráfico 9 Distribuição percentual (câncer da orofaringe), segundo a condição ao final da primeira fase do tratamento. DISCUSSÃO O câncer da boca representa 30% das neoplasias da cabeça e pescoço e há prevalência em países como a Índia, onde corresponde a 50% das neoplasias malignas. Devido à alta prevalência, o câncer da boca é considerado um problema de saúde pública. Os principais fatores de risco identificados no câncer da boca e orofaringe são o tabaco e o álcool. No câncer do lábio, o principal fator etiológico é a, 5 exposição solar. O CEC é o tipo histológico mais comum, correspondendo a 90% dos casos, seguido de neoplasias das glândulas salivares menores (carcinoma adenóide cístico, mucoepidermóide, células acinares e adenocarcinoma) e,5 tumores de origem mesenquimal, como os sarcomas. Nesse estudo, o tipo histológico mais comum foi o CEC, em 399 (96,4%) casos de câncer da boca e 276 (92,0%) casos de câncer da orofaringe. Houve predomínio dos tumores no gênero masculino numa proporção de :7 para os tumores da orofaringe e de :5 nos tumores da boca, sendo que esses dados coincidem com os achados de Perreira et a.l, na análise de 322 casos de 6 câncer da boca. As localizações mais comuns são a língua (30%), principalmente, bordos laterais entre o terço médio e posterior, seguido de lábios (25%), soalho da boca (5%), 7 gengivas (0%), mucosa bucal (0%) e palato (0%). Fardin et a.,l analisando.440 casos de câncer da boca, encontraram como subsítios mais freqüentes a língua (4%), língua e soalho (30%), gengiva (3%), palato (2%) e região 8 jugal (4%). No estudo, as topografias mais comuns da boca foram o lábio (36,5%), soalho da boca (2,0%) e língua (9,%). Nos tumores da orofaringe, 34 casos (44,7%) foram codificados na topografia orofaringe em geral, possivelmente por dificuldades na avaliação precisa do local inicial desses tumores pelos registradores, uma vez que a maioria dos tumores da orofaringe apresenta doença avançada ao diagnóstico. O relatório de 990 a 999 do RHC do Hospital Erasto Gaertner, incluindo a base da língua, palato mole e úvula, na topografia da boca, demonstrou 28,5% dos tumores da boca em estádio inicial (I e II) e 53,3% estádio avançado (III e IV). Os dados do presente estudo, excluindo-se a base da língua, palato mole e úvula da topografia da boca, demonstraram que 45,9% dos casos apresentavam doença em estádio inicial e 45,4%, doença avançada. A diferença de freqüência de doença inicial do relatório de (28,5%) para o presente relatório (45,9%) explica-se pela exclusão dos subsítios da orofaringe neste estudo, que, em geral, apresentam doença mais avançada em comparação aos tumores da boca. Os tumores de boca, apesar da fácil visualização, correspondem a 29,2% do total de tumores 9 estádio IV. O Centro de Diagnóstico de Lesões Bucais, instituído pela Secretaria Municipal de Saúde na cidade de Curitiba em 2000 detectou, no período de 5 meses, 5 casos de câncer da boca, num total de.36 indivíduos atendidos. Apesar das campanhas de prevenção na cidade de Curitiba, os números dos relatórios da nossa instituição enfatizam a necessidade de intensificação das campanhas de prevenção, pois a proporção de casos de carcinomas in situ é baixa, em 0 comparação aos tumores avançados. A estimativa do INCa, para o ano de 2006, é de casos novos de câncer da boca no Brasil, sendo o nono mais freqüente (sétimo mais comum entre os homens e oitavo entre as mulheres). No estado do Paraná, a estimativa, para o ano de 2006, é de.080 casos novos, sendo 20 casos 3 na capital Curitiba. Os relatórios da Sociedade Americana de Câncer classificam os tumores da boca de forma conjunta aos tumores da faringe e a estimativa para o ano de 2006 aponta o câncer da boca e faringe como a oitava neoplasia mais comum nos homens (3% dos casos de câncer), não constando entre as 0 neoplasias mais freqüentes nas mulheres. No relatório de (incluindo os subsítios anatômicos da base da língua, palato mole e úvula na topografia da boca), a boca foi a quarta neoplasia mais freqüente, considerando-se ambos os gêneros, representando 4,3% das neoplasias. No gênero masculino, o câncer da boca foi a segunda neoplasia mais comum, totalizando 0,4% dos casos. Da mesma forma, o relatório do 234

6 INCa no ano de 994 (incluindo os subsítios anatômicos da base da língua, palato mole e úvula na topografia da boca) apontou o câncer da boca como a segunda neoplasia mais comum nos homens, correspondendo a 2,6% dos casos e a quinta neoplasia de maior incidência nas mulheres, 9 correspondendo a 3,7% dos casos. Adotando o critério anatômico nesse estudo, o câncer da boca passou da quarta neoplasia mais freqüente para a oitava, representando 3,7% do total de neoplasias. Entre os homens, adotando a classificação anatômica, o câncer da boca foi a terceira neoplasia mais freqüente, representando 6,7% dos casos. Os tumores da orofaringe, separados conforme subsítios anatômicos, representaram a décima neoplasia mais freqüente, considerando ambos os gêneros e a sexta neoplasia mais comum nos homens. Nos relatórios anteriores, a topografia da orofaringe não esteve incluída entre as dez mais freqüentes. Caso incluíssemos os subsítios da base da língua (85 casos) e do palato mole (35 casos) como parte da topografia da boca nesse estudo, teríamos 534 casos de câncer da boca, representando a quarta neoplasia mais freqüente, o que se compara aos dados do último relatório da nossa instituição, citados anteriormente. CONCLUSÕES A inclusão dos subsítios da base da língua, úvula e palato mole na topografia da boca resulta na avaliação inadequada do número real de casos da doença em nosso país. A partir dos resultados desse estudo, o Registro Hospitalar de Câncer do Hospital Erasto Gaertner passou a considerar a descrição anatômica para a separação dos tumores de boca e orofaringe, pois julgamos ser esta a forma adequada de avaliação da incidência da doença em nosso meio. REFERÊNCIAS. Tomasich FDS, Oliveira BV, Sassi LM et al. Câncer da Boca 0 anos de Registro Hospitalar de Câncer do Hospital Erasto Gaertner. BCI. Rev Bras Cir Implant. 2003;: Pedruzzi PAG, Silva RCA, Orlandi D et al. Relatório do Registro Hospitalar de Câncer 2000 a Incluindo estudo de sobrevida de pacientes de 990 a 999 com seguimento de 5 anos. Curitiba Liga Paranaense de Combate ao Câncer, Hospital Erasto Gaertner. Home page: 3. Estimativa 2006: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: I n s t i t u t o N a c i o n a l d o C â n c e r, H o m e p a g e : 4. Sobin LH, Wittekind Ch. TNM Classification of Malignant Tumors. 5 ed. New York: John Wiley & Sons, Inc.; Carcinoma epidermóide da cabeça e pescoço. Condutas do INCA, Ministério da Saúde. Rev Bras Cancerol. 200;47(4): Pereira LA, Andrade Sobrinho J, Rapaport A et al. Epidemiologia do câncer bucal em Barretos, São Paulo. Rev Bras Cir Cab Pesc. 2003;3: Harrison LB, Sessions RB, Hong WK. Head and neck cancer: a st multidisciplinary approach. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins Fardini M, Rapaport A, Amar A et al. Fatores de risco no prognóstico do câncer da boca. Estudo de 440 casos. Rev Bras Cir Cab Pesc. 2004;33: Rebelo PAP, Paiva Filho FS, Sousa AF. Registro Hospitalar de Câncer Relatório Anual Instituto Nacional do Câncer. Ministério da Saúde. Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Câncer; Sassi LM, Miyachi S, Tommasi MHM et al. Centro de Diagnóstico de Lesões Bucais: potencial e impacto na epidemiologia do câncer de boca em Curitiba. Rev Bras Cir Implant. 2003;: Jemal A, Siegel R, Ward E et al. Cancer statistics, CA Cancer J Clin. 2006;56(2):

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