Publicado em 19 de julho de 2015 em

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Publicado em 19 de julho de 2015 em"

Transcrição

1 ANÁLISE DA RECENTE EXPANSÃO DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS Claudio Antonio Tonegutti 1 INTRODUÇÃO Neste trabalho pretendemos analisar a política educacional do governo federal no presente século, no que tange à expansão das Universidades Federais e ao seu financiamento. Esse período abrange o final do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, os dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva e o governo de Dilma Vana Rousseff. Para a pesquisa, utilizamos informações obtidas por análise documental, de várias fontes, e informações quantitativas compreendendo, principalmente, dados educacionais obtidos dos Censos do Ensino Superior do MEC/INEP, ou das respectivas Sinopses Estatísticas, de 2000 a 2013, de dados financeiros obtidos no programa Siga Brasil, disponível no Senado Federal e no site da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e dados econômicos obtidos no site do Banco Central do Brasil. Na primeira parte deste trabalho daremos uma visão geral da expansão do ensino superior a partir do ano de 2000 e em uma segunda parte faremos a discussão específica sobre as Instituições Federais de Ensino Superior, com ênfase nas suas universidades. Não é o objetivo aqui o aprofundamento da discussão da evolução histórica da expansão do ensino superior brasileiro, mas como pode ser visto pelo gráfico 1, nas décadas seguintes aos anos 1980 a participação do setor privado no ensino superior foi se ampliando até atingir os atuais (2013) 28,9% de matrículas na graduação presencial no setor público contra 71,1% no setor privado, o que confere para o ensino superior brasileiro a posição de um dos mais privatizados do mundo. Gráfico 1: Evolução das matrículas de graduação presencial Total (milhares) Privado Público Fonte: Dados dos Censos do Ensino Superior do INEP elaborados pelo autor. 1 Professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) tonegutti@ufpr.br

2 Deve-se registrar que a expansão mais recente das matrículas na graduação presencial do setor privado ocorre a partir do final dos anos 1990 e se intensifica nos anos Apesar de se verificar um expressivo aumento também das matrículas no setor público, estas se encontram muito aquém de suprir a demanda por acesso ao ensino superior e esse fato se mantém como o principal fator motivador do crescimento do setor privado, ao que se somam os incentivos econômicos introduzidos pelo governo federal que garantem a sustentabilidade desse crescimento. O primeiro incentivo econômico é o PROUNI, vigente a partir de 2003, que concede renuncia fiscal às IES privadas mediante a contrapartida em bolsas integrais ou parciais. O público alvo do programa são estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede privada com renda familiar per capita máxima de três salários mínimos. Sobre o PROUNI assim comentou Rezende Pinto (2004, p. 750) Aparente ovo de Colombo, trata-se de proposta de quem conhece pouco a lógica que domina o setor privado. O que este deseja é a ampliação do FIES e a redução de tributos. O segundo incentivo econômico é o FIES, Fundo de Financiamento Estudantil, destinado aos estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação. Em 2010 o FIES passou a funcionar em um novo formato, passando o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a ser o agente operador do programa e os juros foram reduzidos para 3,4% ao ano, além de outras facilidades introduzidas, o que resultou em grande aumento da procura. Atualmente, o FIES é o principal programa público de sustentação da expansão privada, conforme pode ser deduzido facilmente dos dados do gráfico 2. As IES privadas mais estruturadas veem investindo em campanhas de marketing para levar a sua base de estudantes para dentro do FIES, dadas as vantagens que o mesmo oferece, principalmente na eliminação da inadimplência. Tendo em vista que a despesa liquidada do MEC em 2013 foi de R$ 71,5 bilhões, o PROUNI representou 1,1% desse valor (como despesa tributária) e o FIES representou 9,35% (como despesa liquidada). Uma estimativa que fizemos com o resultado do Censo do Ensino Superior de 2012 sobre a receita das IES privadas apresentou que o tamanho desse mercado (em 2011) era, aproximadamente, equivalente ao orçamento executado pelo MEC (da ordem de R$ 50 bilhões em valores de junho de 2014 corrigidos pelo IPCA), então os valores envolvidos principalmente no FIES são bastante significativos. Como exemplo dessa importância, a Kroton Educacional (KROTON, 2014), uma IES com fins lucrativos, passou de 10,9 % de sua base de alunos no FIES no 2º semestre de 2010 para 60,7 % no 1º semestre de Em outras palavras, isto significa que uma IES privada com fins lucrativos tem 60,7% de sua receita garantida pelo governo federal através do FIES. Gráfico 2: FIES e PROUNI : 2005 a , , , , , , , ,00,00 PROUNI (Despesa tributária R$) FIES (Despesa liquidada R$)

3 Fonte: Secretaria da Receita Federal, valores de agosto de 2014 pelo IPCA. EXPANSÃO DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS (UF) NO SÉCULO XXI No início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, o Ministério da Educação (MEC) elaborou um conjunto de políticas educacionais envolvendo os diversos níveis de ensino, buscando concretizar propostas de campanha do novo governo e dar cumprimento à LDB (Lei nº 9.394/1996) e ao Plano Nacional de Educação (Lei nº /2001). Muitas dessas políticas foram refeitas no início do segundo governo de Lula da Silva ( ), constituindo o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) de Sobre o PDE Saviani (2007) comenta: Apresentado ao país em 15 de março de 2007, o assim chamado Plano de Desenvolvimento da Educação foi lançado oficialmente em 24 de abril, simultaneamente à promulgação do Decreto n , dispondo sobre o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. Este é, com efeito, o carro-chefe do Plano. No entanto, a composição global do PDE agregou outras 29 ações do MEC. Na verdade, o denominado PDE aparece como um grande guarda-chuva que abriga praticamente todos os programas em desenvolvimento pelo MEC. Ao que parece, na circunstância do lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pelo governo federal, cada ministério teria que indicar as ações que se enquadrariam no referido Programa. O MEC aproveitou, então, o ensejo e lançou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e a ele atrelou as diversas ações que já se encontravam na pauta do Ministério, ajustando e atualizando algumas delas. Trata-se, com efeito, de ações que cobrem todas as áreas de atuação do MEC, abrangendo os níveis e modalidades de ensino, além de medidas de apoio e de infraestrutura. As 30 ações apresentadas como integrantes do PDE aparecem no site do MEC de forma individualizada, encontrando-se justapostas, sem nenhum critério de agrupamento. A síntese das principais políticas educacionais relativas ao ensino superior nesse período é dada na tabela 1. Tabela 1: Principais políticas para o ensino superior Ano Política Objetivos Ato normativo 2003 Programa de Expansão das IFES (Expansão Fase I) Expandir e interiorizar as IFES levando desenvolvimento econômico e social para os municípios do interior dos Estados Não há 2003 Programa Universidade para Todos (PROUNI) 2005 Programa de Ações Afirmativas para a população negra nas IFES (Uniafro) 2004 Programa de Acessibilidade na Educação Superior (Incluir) 2006 Universidade Aberta do Brasil 2007 Programa de Reestruturação e Conceder bolsas integrais e parciais em instituições privadas como contrapartida a renuncia fiscal Ações afirmativas voltadas à formação inicial na modalidade presencial e à distância para professores da educação básica Garantir o pleno acesso de pessoas com deficiências às IFES Expansão da oferta de cursos de formação inicial e de formação continuada por meio do ensino a distância pelas IES públicas Ampliar o acesso e permanência na graduação e pós-graduação mediante a Medida Provisória nº 213/2003, Lei nº /2005 e Lei nº /2011. Não há Decretos nº 5.296/2004 e nº 5.626/2005 Decreto nº 5.800/2006 Decreto nº 6.096/2007

4 Expansão das Universidades Federais (REUNI) 2009 Melhoria do Ensino das Instituições de Educação Superior - Programa IES 2010 Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) - reformulação 2010 Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2011 Ciência sem Fronteiras expansão de vagas e o redimensionamento da infraestrutura física e de recursos humanos Linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) visando a melhoria da qualidade de ensino nas IES públicas ou privadas. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passou a ser o agente operador, os juros caíram para 3,4% ao ano e condições para o financiamento foram facilitadas Instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Propiciar a formação e capacitação de pessoas com elevada qualificação em IES e centros de pesquisa estrangeiros de excelência, além de atrair para o Brasil jovens talentos e pesquisadores estrangeiros de elevada qualificação, em áreas de conhecimento definidas como prioritárias Cotas nas IFES Reserva de vagas para ingresso nas IFES de estudantes egressos da escola pública, negros e indígenas Royalties do petróleo Destina 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde e 50% do Fundo Social do Pré-Sal também para as áreas da educação e saúde Programa Mais Médicos 2014 Plano Nacional de Educação (PNE) Melhoria do atendimento aos usuários do SUS. Entre as ações inclui a expansão de vagas e cursos de medicina, públicos e privados. PNE instituído para o período Na graduação pretende elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, com 40% das novas matrículas no setor público. Para o financiamento da educação, ampliar o investimento público em Educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do PIB em 2018 e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio. Fonte: De Arruda (2011, p. 111), modificado pelos autores. Circular BNDES nº 94/2009 Lei nº /2001 Portaria Normativa MEC nº 01/2010 Portaria normativa nº 02/2010 Decreto nº 7.642/2011 Lei nº /2012 Lei nº /2013 Lei nº /2013 Lei nº /2014 Com relação ao ensino superior, os programas que nos interessam mais de perto para a discussão aqui são: o Programa de Expansão da Educação Superior Pública - Expandir, , que se estendeu

5 até 2010, o Programa de Apoio a Planos de Expansão e Reestruturação de Universidades Federais REUNI e um terceiro ciclo chamado de Expansão com integração regional e internacional, , que trata especificamente da implantação de quatro novas universidades (RAMALHO FILHO, 2009). O Expandir no período de 2003 a 2006 teve um modesto impacto na expansão das matrículas nas Universidades Federais, que no período tiveram um aumento de 11,1%. Em relação às instituições, houve no período a consolidação de duas universidades, a transformação de cinco Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) em universidades e a criação de cinco novas universidades. O REUNI teve um impacto mais efetivo na ampliação de vagas na graduação presencial, um aumento de 67,6% de 2007 a Tabela 2: Dados Gerais Brasil, União e Universidades Federais Ano Receita líquida da União (R$ bilhão) (*) Despesa Liquidada das UF (R$ bilhão) (*) Matrículas nas UF (graduação presencial) Despesa liquidada das UF por matrícula (R$) (*) PIB Brasil (R$ bilhão) (*) Funções docentes em exercício nas UF Matrículas por função docente em exercício ,96 16, , , ,09 15, , , ,97 17, , , ,76 17, , , ,59 21, , , ,35 23, , , ,84 24, , , ,34 29, , , ,14 33, , , ,05 35, , , ,59 33, , , ,81 37, , ,6 (*) Valores trazidos para agosto de 2014 utilizando o IPCA. Com respeito ao corpo docente, conforme pode ser observado dos dados da tabela 2, as contratações seguiram aproximadamente a evolução das matrículas presenciais de graduação nas UF de tal forma que a relação aluno matriculado por função docente em exercício se manteve estável no período na média de 11, 3 ± 0,34 alunos por professor. Não há uma tendência distinta entre o período anterior ao REUNI ( ) e o período REUNI ( ) nesse indicador. Entretanto, se deve registrar que este indicador não se confunde com a relação aluno-professor (RAP) estabelecida pelo REUNI (parágrafo 1º do artigo 1º do Decreto nº de 24/04/2007), que é um calculo complexo que inclui, entre outros, as vagas ofertadas, os professores equivalentes e a pós-

6 graduação (TONEGUTTI e MARTINEZ, 2008). Segundo a Secretaria de Ensino Superior - SESU (BRASIL, 2014, p. 21), A análise das quantidades levantadas no período de 2007 a 2011 demonstram que após um decréscimo discreto em 2008, ocorreu um crescimento constante que culminou com o atingimento da meta em 2009 com a quantidade de 18,70 alunos por professor. Em 2012, o valor apurado para a relação aluno por professor foi de 18,26. Entretanto, a SESU não apresentou as memórias de cálculo e tampouco encontramos informações para verificar essas afirmativas. No tocante aos técnicos-administrativos, também se verifica uma certa estabilidade na relação aluno por técnico, mostrada na tabela 3, a não ser uma queda marcante no ano de 2009, recuperada nos anos seguintes, estando a média no período em 9,0 ± 0,5 alunos por técnico. Tabela 3: Servidores técnico-administrativos em exercício e afastados nas UF e relação aluno por técnico de Ano Total de Técnicos Aluno / Técnico , , , , , , , , , , , ,5 Dados: INEP Um quadro da variação das matrículas no período, considerando todo o ensino superior presencial, é mostrado na tabela 4. O aumento total das matrículas no período (pré-reuni) foi de 40,2% tendo a participação de 18% do setor público. No período seguinte há uma desaceleração no crescimento, mas com aumento da taxa de crescimento do setor público de 18% para 43,3%. Tabela 4: Variação das matrículas no Ensino Superior presencial Variação (%) Variação (%) Total Brasil ,2 26,1 Pública ,0 43,3 Federal ,8 69,9 Estadual ,2 15,5 Municipal ,5 22,6 Privada ,9 20,2 Fonte: INEP Trazendo à discussão a expansão do Ensino Superior (ES) segundo as metas definidas pelo Plano Nacional de Educação - PNE (Lei nº / 2014), elaboramos a projeção mostrada na tabela 5.

7 Tabela 5: projeções do ensino superior para o PNE Indicadores População brasileira de 18 a 24 anos (*) Matrículas ES (presencial + EAD) Total Públicas Privadas Em 2024: Taxa bruta de matrículas em 50% Novas matrículas % das novas matrículas públicas Públicas Privadas Dados: (*) Brasil,2008 e INEP. Para a meta da ampliação das matrículas no ensino superior ser atingida em 2024 deverá haver uma expansão de 93,2% no setor público e de 50,3% no setor privado. A distribuição geral das matrículas será de 31,6% no setor público e 68,4% no setor privado, o que praticamente mantém o atual panorama de privatização. Vale registrar também a expansão prevista no Programa Mais Médicos, de novas vagas em cursos de medicina, sendo 702 em instituições públicas e 873 em instituições privadas, bem como a préseleção de 49 municípios para instalação de cursos privados de Medicina, com previsão de oferta de mais vagas, para Também está prevista nas IFES a criação de vagas até 2017 incluindo a criação de 31 novos cursos (BRASIL, 2014, p. 18). No tocante ao financiamento, notamos que outros estudos procuraram relacionar as despesas das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) com a arrecadação de impostos federais, o que é uma decorrência natural do fato de que o financiamento da educação nos entes federados está atrelado aos impostos em um percentual mínimo estabelecido na Constituição Federal (18% para a União e 25% para Estados e Municípios). Nessa linha, Jacob Chaves e Amaral (2014) analisaram as despesas liquidadas das IFES de 1989 a 2012 e concluíram que: Os dados expostos na tabela 1 mostram uma grande oscilação das despesas com as IFES no período de 1989 a Evidenciam, ainda, que não existe uma relação direta entre a evolução anual da receita de impostos arrecadada pela União e as despesas com essas instituições, pois, em quase todos os anos, o aumento da receita não teve repercussão direta nas despesas com as IFES. Contudo, cabe ressaltar que a pesquisa constatou que, a partir de 2006, último ano do primeiro mandato do presidente Lula da Silva ( ) e até o final do segundo mandato ( ) foram implementadas algumas ações governamentais que elevaram os recursos financeiros nas IFES para a contratação de pessoal, outros custeios (água, luz, telefone, vigilância, limpeza, etc.) e investimentos (obras de infraestrutura, equipamentos, livros, etc.), além da eliminação da Gratificação de Estímulo a Docência GED. Entretanto, se em vez da receita de impostos utilizarmos a receita líquida da União surpreendentemente temos uma muito forte correlação positiva (coeficiente de correlação de Pearson = +0,983), conforme pode ser visto no gráfico 3 adiante. A explicação do por que isso se verifica com a receita líquida e não com a receita de impostos é um ponto para estudo futuro.

8 Gráfico 3: Despesa Liquidada das UF (y) versus receita líquida da União (x) de 2002 a 2013 (em R$ bilhão) y = 0,0415x - 6,4292 R² = 0, Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional (2014), sendo os dados processados pelos autores e trazidos para valores de agosto de 2014 pelo IPCA. As despesas liquidadas das UF também guardam uma forte correlação com a evolução do PIB no período, como consequência da correlação da receita líquida com o PIB evidenciando a dependência dessas variáveis, conforme é mostrado pelo gráfico 4. Gráfico 4: Despesa liquidada das UF versus PIB Brasil, de 2002 a 2013 (em R$ bilhão) y = 0,0103x - 15,611 R² = 0, Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional (2014), sendo os dados processados pelo autor e trazidos valores de agosto de 2014 pelo IPCA. para Para a despesa liquidada por matrícula no período (em preços de agosto de 2014 atualizados pelo IPCA) mostrada no gráfico 5, verifica-se uma estabilidade de 2001 a 2005, uma tendência de aumento de 2006 a 2010 e de queda a partir de 2011.

9 EUA Suíça Noruega Finlândia Alemanha Japão Austrália França Reino Unido Média OCDE Espanha Brasil Itália Coreia do Sul Portugal Chile México Gráfico 5: Despesa liquidada nas UF por matrícula ,00 Despesa líquidada por matrícula (R$) , , , , No gráfico 6 trazemos uma comparação do nível de financiamento do ensino superior entre o Brasil e alguns países selecionados, bem como para a média dos países da Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE), em relação ao qual o investimento por aluno do ensino superior do Brasil nas IES públicas se encontrava pouco abaixo dessa média em Gráfico 6: Investimento por aluno do ensino superior em países selecionados ,00 Ensino Superior , , , , ,00 0,00 Fonte: OCDE (2014) Valores em US$ equivalentes convertidos por paridade de poder de compra (PPP) CONCLUSÕES Os dados quantitativos apresentados e analisados não permitem estabelecer realidades muito distintas para o financiamento ou para as condições de trabalho pedagógico das Universidades Federais entre o período anterior e o período posterior ao REUNI, do ponto de vista do conjunto das instituições. Mas existem muitos indícios registrados (ANDES, 2013, I e II) de que a implantação do REUNI pelo Brasil afora foi bastante assimétrica, inclusive no aporte financeiro, com promessas não cumpridas.

10 Isso nos leva a indicar a necessidade de estudos envolvendo instituições específicas (estudos de casos) visando verificar a ocorrência, ou não, de reestruturações na organização do trabalho pedagógico e em quais condições de financiamento e de pessoal a expansão se deu. Outro aspecto que pode ser explorado é em que extensão o formato de uma política de governo do tipo REUNI fortalece grupos específicos no interior das IES em detrimento de um planejamento e ação integrada. Também, a expansão recente do FIES e as metas para o ensino superior estabelecidas no PNE nos permitem concluir que a expansão das vagas de graduação nesse período deve manter a prevalência do setor privado em relação ao público, visto que a meta para a participação do setor público (40% das novas vagas) pouco alterará a razão público / privado e que também as vagas apoiadas por programas como o PROUNI e o FIES poderão vir a contar como se públicas fossem. REFERÊNCIAS ALMEIDA DE CARVALHO, Cristina H. Reforma Universitária e os Mecanismos de Incentivo à Expansão do Ensino Superior Privado no Brasil ( ). Dissertação (Mestrado em Ciências Economias). Campinas, p. Programa de Pós Graduação em Ciências Econômicas, Universidade Estadual de Campinas ANDES. Precarização das Condições de Trabalho I. Revista ANDES Especial. Brasília, Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), abril ANDES. Precarização das Condições de Trabalho II. Revista ANDES Especial. Brasília, Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), novembro BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o período Revisão Estudos e Pesquisas Informação Demográfica e Socioeconômica nº 24. Rio de Janeiro, BRASIL. Programa de apoio a planos de reestruturação e expansão das universidades federais: Reuni 2008 relatório de primeiro ano. Relatório. MEC/SESu/DIFES Brasília, BRASIL. Análise sobre a Expansão das Universidades Federais 2003 a MEC. Relatório. Brasília, BRASIL. Relatório de Gestão de Relatório. Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Ensino Superior (SESU). Brasília, DE ARRUDA, Ana L. B. Expansão da educação superior: uma análise do programa de apoio a planos de reestruturação e expansão das Universidades Federais (REUNI) na Universidade Federal de Pernambuco. Recife, p. Tese (Doutorado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Pernambuco JACOB CHAVES, Vera L.; AMARAL, Nelson C. Política de financiamento da educação superior análise dos Planos Nacionais de Educação pós-constituição/1988. Revista Eletrônica de Educação. São Carlos, vol. 8, n. 1, p KROTON Educacional. Apresentação dos Resultados do 2º Trimestre de São Paulo, Disponível em < Acesso em 16 outubro OCDE. Education at a Glance 2014 OECD indicators. Paris, p. OECD Publishing. Disponível em < Acesso em 16 outubro RAMALHO FILHO, Rodrigo. Programa de apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais REUNI. Audiência pública. Brasília, abril Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal. Disponível em

11 < Acesso em 13 outubro REZENDE PINTO, José Marcelino de. O Acesso à Educação Superior no Brasil. Educação & Sociedade. Campinas, Vol. 25, n. 88, p SAVIANI, Dermeval. O Plano de Desenvolvimento da Educação: análise do projeto do MEC. Educação &. Sociedade. Campinas, outubro vol. 28, n especial, p SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL (STN). Resultado Fiscal do Governo Central - Dados Anuais. Série histórica. Brasília, Tabela 5.1. Resultado Primário do Governo Central - Brasil - Anual a SPELLER, Paulo. 10 anos de PROUNI Programa Universidade para Todos. Seminário (apresentação). Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Brasília, 20 maio Disponível em < Acesso em 16 outubro TONEGUTTI, Claudio A., MARTINEZ, Milena. O REUNI e a Precarização nas IFES. Universidade e Sociedade. Brasília, Vol. 41, p Disponível em < >. Acesso em 23 outubro 2014.

Análise do financiamento da União destinado às instituições federais de educação superior no Brasil ( )

Análise do financiamento da União destinado às instituições federais de educação superior no Brasil ( ) Análise do financiamento da União destinado às instituições federais de educação superior no Brasil (1995-2008) Cristina Helena Almeida de Carvalho Professora da Faculdade de Educação da Universidade de

Leia mais

Mendonça Filho março Educação no Brasil: começo de uma grande mudança

Mendonça Filho março Educação no Brasil: começo de uma grande mudança Mendonça Filho março 2018 Educação no Brasil: começo de uma grande mudança Investimento em Educação x PIB no Brasil 10,0 Estimativa do Percentual do Investimento Público Total e Investimento Público Direto

Leia mais

Políticas Públicas e Legislação Educacional

Políticas Públicas e Legislação Educacional Políticas Públicas e Legislação Educacional Aula IV Profª Ms. Renata Rodrigues As políticas públicas de acesso a Educação Superior no Brasil A Educação Superior no Brasil e as tendências políticas na ampliação

Leia mais

Financiamento do Ensino Superior

Financiamento do Ensino Superior Financiamento do Ensino Superior 8º Seminário Nacional do Reuni Universidades Federais: Consolidação e Expansão 2011-2020 Subsídios para o Plano Nacional de Educação JANEIRO 2010 Ricardo José Grossi Fabrino

Leia mais

O contexto político e econômico e a situação orçamentária e financeira da UFG. Assembléia Universitária Goiânia, UFG, 13/05/2019 Reitoria da UFG

O contexto político e econômico e a situação orçamentária e financeira da UFG. Assembléia Universitária Goiânia, UFG, 13/05/2019 Reitoria da UFG O contexto político e econômico e a situação orçamentária e financeira da UFG Assembléia Universitária Goiânia, UFG, 13/05/2019 Reitoria da UFG Universidades Federais: Mitos a serem debatidos e desvendados

Leia mais

Patrimônio da Sociedade Brasileira

Patrimônio da Sociedade Brasileira O SISTEMA DE UNIVERSIDADES PÚBLICAS FEDERAIS ANDIFES Patrimônio da Sociedade Brasileira UnB, Brasília, 27 de outubro de 2017 Fontes de Informação Censo da Educação Superior 2016, do INEP. Projeções da

Leia mais

Sub cinco Acesso e Permanência na Educação Superior Brasileira 1996 a 2013

Sub cinco Acesso e Permanência na Educação Superior Brasileira 1996 a 2013 XXIII Seminário Nacional da Rede UNIVERSITAS/Br Políticas de Educação Superior no Brasil: A expansão privado-mercantil em questão Sub cinco Acesso e Permanência na Educação Superior Brasileira 1996 a 2013

Leia mais

Acesso e Permanência no Ensino Superior

Acesso e Permanência no Ensino Superior Acesso e Permanência no Ensino Superior José Francisco Soares Presidente do INEP Brasília-DF Março 2015 Censo da Educação Superior Características: Anual e sistemático; Declaratório; Participação obrigatória;

Leia mais

Políticas para a Educação Superior. Programas de Governo Demandas do Setor Plano Nacional de Educação

Políticas para a Educação Superior. Programas de Governo Demandas do Setor Plano Nacional de Educação Políticas para a Educação Superior Programas de Governo Demandas do Setor Plano Nacional de Educação Ricardo Martins Outubro 2014 Os documentos dos candidatos apresentam várias convergências AÉCIO NEVES

Leia mais

Webinar HOPER Presente e Futuro das Pequenas e Médias IES no Brasil

Webinar HOPER Presente e Futuro das Pequenas e Médias IES no Brasil 1 Presente e Futuro das Pequenas e Médias IES no Brasil Principais Tópicos: A representatividade das pequenas e média IES no mercado. O que esperar do Novo Fies. Novas regras para a EaD e o impacto nas

Leia mais

4.11. Aspectos financeiros e orçamentários

4.11. Aspectos financeiros e orçamentários 4.11. Aspectos financeiros e orçamentários O planejamento é uma atividade fundamental para alcançar os objetivos de uma organização. O desenvolvimento institucional passa pela reunião de esforços coletivos

Leia mais

11. Demonstrativo de Capacidade e Sustentabilidade Financeira

11. Demonstrativo de Capacidade e Sustentabilidade Financeira 11. Demonstrativo de Capacidade e Sustentabilidade Financeira 188 PDI 2015-2019 11.1 Planejamento orçamentário e financeiro O Orçamento Público, em sentido amplo, é um documento legal (aprovado por lei)

Leia mais

BRASIL 5a. ECONOMIA DO MUNDO: CHEGAREMOS LÁ?

BRASIL 5a. ECONOMIA DO MUNDO: CHEGAREMOS LÁ? 1 Secretaria de Acompanhamento Econômico - SEAE BRASIL 5a. ECONOMIA DO MUNDO: CHEGAREMOS LÁ? Antonio Henrique P. Silveira Secretário de Acompanhamento Econômico 6 de fevereiro de 2010 1 Sumário A Estratégia

Leia mais

Importância do financiamento estudantil para a educação superior brasileira. Sólon Caldas

Importância do financiamento estudantil para a educação superior brasileira. Sólon Caldas Importância do financiamento estudantil para a educação superior brasileira Sólon Caldas Representatividade no total de matrículas Total de matrículas particulares presenciais 2016 Regular Fies BR 74%

Leia mais

PEC 15/2015. O novo Fundeb como contribuição para a construção do custo aluno qualidade (CAQ) Nelson Cardoso Amaral Universidade Federal de Goiás

PEC 15/2015. O novo Fundeb como contribuição para a construção do custo aluno qualidade (CAQ) Nelson Cardoso Amaral Universidade Federal de Goiás PEC 15/2015 O novo Fundeb como contribuição para a construção do custo aluno qualidade (CAQ) Nelson Cardoso Amaral Universidade Federal de Goiás Há uma inter-relação entre o PNE, o CAQ e o Fundeb Meta

Leia mais

ESTUDO SOBRE A EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA. RESUMO

ESTUDO SOBRE A EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA. RESUMO ESTUDO SOBRE A EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA. Rogério Erbereli 1 ; Daniel Augusto Borges Pavani 2 1,2 Faculdade Anhanguera de Matão SP - erbereli@yahoo.com.br RESUMO A abertura de novas vagas

Leia mais

Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo

Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo Junho 211 Boletim nº 2 Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo Dispêndio em P&D no Estado de São Paulo atingiu, em 21, o maior valor real dos últimos anos O valor chegou a quase R$ 2

Leia mais

Organização dos Estados Ibero-americanos. Para a Educação, a Ciência e a Cultura

Organização dos Estados Ibero-americanos. Para a Educação, a Ciência e a Cultura Organização dos Estados Ibero-americanos Para a Educação, a Ciência e a Cultura TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA CONSULTOR POR PRODUTO 1. Projeto: Aprimoramento da sistemática de gestão

Leia mais

Educação no Brasil. Lílian Nogueira Rolim! Marcela Cerávolo Salomão! Rafael Soares Farias

Educação no Brasil. Lílian Nogueira Rolim! Marcela Cerávolo Salomão! Rafael Soares Farias Educação no Brasil Lílian Nogueira Rolim! Marcela Cerávolo Salomão! Rafael Soares Farias Histórico da Educação no Brasil "2 Histórico da Educação no Brasil Educação associada a Companhia de Jesus por 210

Leia mais

Educação como direito de todos (as)

Educação como direito de todos (as) Educação como direito de todos (as) O que é a Assistência Estudantil? As desigualdades implicam oportunidades diferentes na fruição dos direitos; Assistência / Direito x Assistencialismo / ajuda/favor;

Leia mais

O ACESSO E PERMANÊNCIA DOS ESTUDANTES NO ENSINO SUPERIOR E A PRÁXIS DO GESTOR

O ACESSO E PERMANÊNCIA DOS ESTUDANTES NO ENSINO SUPERIOR E A PRÁXIS DO GESTOR O ACESSO E PERMANÊNCIA DOS ESTUDANTES NO ENSINO SUPERIOR E A PRÁXIS DO GESTOR Gisele do Rocio Cordeiro Luis Fernando Lopes RESUMO A pesquisa tem o intuito de contribuir com a discussão sobre o papel do

Leia mais

O PROCESSO DE EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL: ALGUNS DADOS e

O PROCESSO DE EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL: ALGUNS DADOS e 1 O PROCESSO DE EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL: ALGUNS DADOS - 2001 e 2012. 1 Formação e Gestão em Processos Educativos Fernanda Zanette de Oliveira Introdução No ano de 2001 (BRASIL, 2001), o

Leia mais

Transferência de renda é a principal marca da gestão Lula

Transferência de renda é a principal marca da gestão Lula Valor Econômico 27 de dezembro de 2010 Governo: Gasto adicional de 2,2% do PIB significa que foram transferidos R$ 75 bi a mais em relação a 2002 Transferência de renda é a principal marca da gestão Lula

Leia mais

O que a E.C. nº 95/2016 fez com os recursos da Educação? Lisete Arelaro

O que a E.C. nº 95/2016 fez com os recursos da Educação? Lisete Arelaro O que a E.C. nº 95/2016 fez com os recursos da Educação? Lisete Arelaro liselaro@usp.br VINCULAÇÃO É PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto

Leia mais

EXPANSÃO DO FIES NO ATINGIMENTO DA META 12 DO PNE ( ): UM ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O FIES E O AUMENTO DE MATRÍCULAS NO ENSINO SUPERIOR

EXPANSÃO DO FIES NO ATINGIMENTO DA META 12 DO PNE ( ): UM ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O FIES E O AUMENTO DE MATRÍCULAS NO ENSINO SUPERIOR EXPANSÃO DO FIES NO ATINGIMENTO DA META 12 DO PNE (2014-2024): UM ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O FIES E O AUMENTO DE MATRÍCULAS NO ENSINO SUPERIOR Francisco Gonçalves Henriques Júnior Universidade Católica

Leia mais

Novas Políticas para Educação Profissional e Tecnológica. Marco Antonio de Oliveira Ministério da Educação

Novas Políticas para Educação Profissional e Tecnológica. Marco Antonio de Oliveira Ministério da Educação Novas Políticas para Educação Profissional e Tecnológica Marco Antonio de Oliveira Ministério da Educação marco.antonio@mec.gov.br Ensino Médio Matrículas no Ensino Médio 2012: 8,4 milhões; Jovens entre

Leia mais

Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira

Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira INFORMATIVO TÉCNICO Nº 2/2015 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 2014-2024: LINHA DE BASE E PROJEÇÕES DE METAS INTRODUÇÃO A Lei do Plano Nacional de Educação (Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014) estabelece

Leia mais

A Expansão do Ensino Superior no Brasil

A Expansão do Ensino Superior no Brasil AULA MAGNA UFPE 2009.1 A Expansão do Ensino Superior no Brasil Prof. Amaro Henrique Pessoa Lins Reitor UFPE POR QUE EXPANDIR? O ensino público, gratuito e de qualidade é essencial para reverter a situação

Leia mais

DIAGNÓSTICO DAS PEQUENAS E MÉDIAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADAS NO BRASIL: INDICAÇÕES PARA MELHORIA DA COMPETITIVIDADE

DIAGNÓSTICO DAS PEQUENAS E MÉDIAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADAS NO BRASIL: INDICAÇÕES PARA MELHORIA DA COMPETITIVIDADE DIAGNÓSTICO DAS PEQUENAS E MÉDIAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADAS NO BRASIL: INDICAÇÕES PARA MELHORIA DA COMPETITIVIDADE 2014 METODOLOGIA Utilização de dados do Censo do Ensino Superior (Inep/MEC),

Leia mais

Seminário de Educação: Presente e futuro das Universidades e Institutos Federais. - PROIFES-Federação -

Seminário de Educação: Presente e futuro das Universidades e Institutos Federais. - PROIFES-Federação - Seminário de Educação: Presente e futuro das Universidades e Institutos Federais. - PROIFES-Federação - A perspectiva das Universidades e dos Institutos Federais Rui V. Oppermann Reitor Universidade Federal

Leia mais

Educação como direito de todos (as)

Educação como direito de todos (as) Educação como direito de todos (as) Política de Assistência Estudantil: desafios e perspectivas Como as IFES darão respostas a estas demandas do novo Plano Nacional de Educação? Meta 12: elevar a taxa

Leia mais

POLÍTICAS DE ACESSO E PERMANÊNCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA ANÁLISE DO PROGRAMA INCLUIR EM MATO GROSSO DO SUL Cleudimara Sanches Sartori Silva UCDB

POLÍTICAS DE ACESSO E PERMANÊNCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA ANÁLISE DO PROGRAMA INCLUIR EM MATO GROSSO DO SUL Cleudimara Sanches Sartori Silva UCDB POLÍTICAS DE ACESSO E PERMANÊNCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA ANÁLISE DO PROGRAMA INCLUIR EM MATO GROSSO DO SUL Cleudimara Sanches Sartori Silva UCDB Introdução Este texto tem o propósito de apresentar os

Leia mais

FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO LUCIENE C. FERNANDES

FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO LUCIENE C. FERNANDES FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO LUCIENE C. FERNANDES 1 1. Há como financiar uma educação universal e de qualidade? O investimento em educação foi elevado, nos governos Lula e Dilma, de 4,5% do PIB/ano para 6,5%

Leia mais

O FINANCIAMENTO DO PNE: A VIABILIDADE DA META 20

O FINANCIAMENTO DO PNE: A VIABILIDADE DA META 20 O FINANCIAMENTO DO PNE: A VIABILIDADE DA META 20 Bob Verhine Universidade Federal da Bahia rverhine@gmail.com Importância do PNE O que mais nos ajuda em momentos como este é o fato temos um plano de Estado

Leia mais

SIMULADO PNE. da direita de acordo com sua correspondência com a coluna da esquerda.

SIMULADO PNE. da direita de acordo com sua correspondência com a coluna da esquerda. SIMULADO PNE 1. (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/2017) Sobre o Plano Nacional de Educação PNE, aprovado pela Lei n. 13.005/2014, é incorreto afirmar que: a) Uma de suas diretrizes é a promoção dos princípios

Leia mais

FINANCIAMENTO ESTUDANTIL: REALIDADE E PERSPECTIVAS. Claudia Meucci Andreatini UNIP Universidade Paulista Seminário ABMES 05 de julho de 2016

FINANCIAMENTO ESTUDANTIL: REALIDADE E PERSPECTIVAS. Claudia Meucci Andreatini UNIP Universidade Paulista Seminário ABMES 05 de julho de 2016 FINANCIAMENTO ESTUDANTIL: REALIDADE E PERSPECTIVAS Claudia Meucci Andreatini UNIP Universidade Paulista Seminário ABMES 05 de julho de 2016 Distribuição de vagas do FIES 2010 a 1º/2016 2010 até 2015/1

Leia mais

A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO NO PERÍODO DE 2007 A 2013

A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO NO PERÍODO DE 2007 A 2013 00211 A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO NO PERÍODO DE 2007 A 2013 Resumo: Marileide Gonçalves França Rosângela Gavioli Prieto (Orientadora) Universidade de São Paulo A última década tem se

Leia mais

Quanto custa financiar um PNE pra valer?

Quanto custa financiar um PNE pra valer? Quanto custa financiar um PNE pra valer? José Marcelino de Rezende Pinto USP ANPED Campanha Nacional pelo Direito à Educação CEDES Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação - Fineduca

Leia mais

Brasil 2015 SETOR PÚBLICO

Brasil 2015 SETOR PÚBLICO Brasil 2015 CENÁRIOS ECONÔMICOS PARA NEGOCIAÇÃO NO SETOR PÚBLICO Roteiro da Apresentação Conjuntura Econômica Geral Economia do Setor Público Orçamento 2015 Desafios 2015 Conjuntura Econômica Geral O QUE

Leia mais

Uma década de Fundeb... rumo ao Fundeb Permanente

Uma década de Fundeb... rumo ao Fundeb Permanente Uma década de Fundeb... rumo ao Fundeb Permanente Nalú Farenzena Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Membro da Fineduca Novembro 2018 DELIMITAÇÕES Algumas características

Leia mais

EXECUTIVO. Prefeitura Municipal de Muniz Ferreira. Terça Feira 06 de setembro de 2016 Ano III N Publicações deste Diário

EXECUTIVO. Prefeitura Municipal de Muniz Ferreira. Terça Feira 06 de setembro de 2016 Ano III N Publicações deste Diário Prefeitura Municipal de Muniz Ferreira Terça Feira Ano III N 1396 Publicações deste Diário MEMÓRIA E METODOLOGIA DE CÁLCULO DAS METAS ANUAIS ATOS OFICIAIS PORTARIA Nº 1, 11, 12, 13/216 site: pmmunizferreiraba.imprensaoficial.org

Leia mais

Reunião do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social. Brasília, 17 de Fevereiro de 2016

Reunião do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social. Brasília, 17 de Fevereiro de 2016 Reunião do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social Brasília, 17 de Fevereiro de 2016 1 A taxa de fecundidade caiu 57,7% entre 1980 e 2015, passando de 4,1

Leia mais

A Política Fiscal Brasileira em Tempos de Crise

A Política Fiscal Brasileira em Tempos de Crise Ministério da A Política Fiscal Brasileira em Tempos de Crise Encontro de Política Fiscal - FGV Ministro Guido Mantega Brasília, 7 de novembro de 2014 Antes de 2008, Brasil tinha Situação Fiscal Confortável

Leia mais

Renata Ramos da Silva Carvalho UEG/UFG Agência Financiadora: FAPEG e Apoio financeiro do Programa de Auxílio Eventos da UEG (Pró-Eventos)

Renata Ramos da Silva Carvalho UEG/UFG Agência Financiadora: FAPEG e Apoio financeiro do Programa de Auxílio Eventos da UEG (Pró-Eventos) GT11 - Política da Educação Superior Pôster 308 UNIVERSIDADES ESTADUAIS BRASILEIRAS: POLÍTICAS E DESAFIOS DE FINANCIAMENTO DOS ESTADOS BRASILEIROS FRENTE ÀS METAS DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - PNE (2014-2024)

Leia mais

Brasília, 27 de julho de 2007

Brasília, 27 de julho de 2007 Brasília, 27 de julho de 2007 Grupo Assessor Grupo Assessor nomeado pela Portaria nº 552 SESu/MEC, de 25 de junho de 2007, em complemento ao art. 1º 2º do Decreto Presidencial nº 6.096, de 24 de abril

Leia mais

Nota Técnica 04/18. GT Custos das IFES FORPLAD. Rio de Janeiro, Agosto/2018

Nota Técnica 04/18. GT Custos das IFES FORPLAD. Rio de Janeiro, Agosto/2018 Nota Técnica 04/18 GT Custos das IFES FORPLAD Rio de Janeiro, Agosto/2018 1. Metodologia de apuração do valor gasto pelo MEC com as Objetivos universidades federais em uma perspectiva gerencial 2. Refletir

Leia mais

Pereira Barreto, 21 de maio de 2010 Ilona Becskeházy

Pereira Barreto, 21 de maio de 2010 Ilona Becskeházy Pereira Barreto, 21 de maio de 2010 Ilona Becskeházy Em 2007 o PIB de São Paulo foi de R$902 bi (US$ 463 bi): 34 % do PIB do Brasil Só é menor que o PIB de 26 países no mundo É maior que o PIB dos seguintes

Leia mais

Seminário ABMES Censo 2014 x realidade 2015 tendências e rumos para o ensino superior

Seminário ABMES Censo 2014 x realidade 2015 tendências e rumos para o ensino superior Seminário ABMES Censo 2014 x realidade 2015 tendências e rumos para o ensino superior Censo da Educação Superior: Estratégias e Resultados Carlos Eduardo Moreno Sampaio Diretor de Estatísticas Educacionais

Leia mais

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS Município de Araraquara - SP Poder Executivo DAAE - Departamento Autônomo de Água e Esgotos LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS Demonstrativo I - Metas Anuais LRF, art.4º, 1º Valores em R$ 1,00 ESPECIFICAÇÃO

Leia mais

Tema: Politica Governamental para Inovação e Competitividade. 08 de março de 2014

Tema: Politica Governamental para Inovação e Competitividade. 08 de março de 2014 Tema: Politica Governamental para Inovação e Competitividade 08 de março de 2014 DEPUTADO FEDERAL NEWTON LIMA PT-SP MEMBRO TITULAR DA COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA DA CÂMARA

Leia mais

Educação no Brasil Desafios da Educação no século XXI

Educação no Brasil Desafios da Educação no século XXI Educação no Brasil Desafios da Educação no século XXI Cesar Callegari Secretário de Educação Básica Brasília, 09 de Agosto de 2012 Educação Infantil 0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 Taxas

Leia mais

A experiência da Kroton em formas alternativas de financiamento estudantil. Jamil Saud Marques Kroton Educacional

A experiência da Kroton em formas alternativas de financiamento estudantil. Jamil Saud Marques Kroton Educacional A experiência da Kroton em formas alternativas de financiamento estudantil Jamil Saud Marques Kroton Educacional Kroton Educacional Transforme seu futuro Kroton teve seu início há 51 anos com a fundação

Leia mais

Tabelas anexas Capítulo 3A

Tabelas anexas Capítulo 3A Tabelas anexas Capítulo 3A Tabela anexa 3.1A Índices e dados econômicos e demográficos Brasil e Estado de São Paulo 1995-2008 10-2 Tabela anexa 3.2A Valores despendidos pelas agências federais de apoio

Leia mais

O AMBIENTE PÚBLICO DE FORMAÇÃO DE PESQUISADORES E DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA NO BRASIL As Universidades Federais

O AMBIENTE PÚBLICO DE FORMAÇÃO DE PESQUISADORES E DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA NO BRASIL As Universidades Federais O AMBIENTE PÚBLICO DE FORMAÇÃO DE PESQUISADORES E DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA NO BRASIL As Universidades Federais EMMANUEL ZAGURY TOURINHO (UFPA) ANPEPP, Fortaleza, 17 de novembro de 2017. O Sistema Nacional

Leia mais

Novo - FIES. 25de junho

Novo - FIES. 25de junho Novo - FIES 25de junho Contextualização Discussão inicial 1. Política Pública de acesso ao Ensino Superior 2. Financiamento Funding - Orçamento Crédito Valores autos e pouca capacidade de pagamento Operacional

Leia mais

Diferentes modos de privatização da educação e sua repercussão na realidade brasileira

Diferentes modos de privatização da educação e sua repercussão na realidade brasileira Diferentes modos de privatização da educação e sua repercussão na realidade brasileira Dalila Andrade Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil. Antecedentes históricos: A reforma do Estado

Leia mais

ANÁLISE CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS (PROUNI)

ANÁLISE CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS (PROUNI) FACULDADE CATÓLICA DE ANÁPOLIS CURSO DE PÓS-GRADUÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA ANÁLISE CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS (PROUNI) Análise crítica apresentada ao

Leia mais

Fundeb: Valorização dos profissionais do magistério e garantia do direito à educação. Março de 2017

Fundeb: Valorização dos profissionais do magistério e garantia do direito à educação. Março de 2017 Fundeb: Valorização dos profissionais do magistério e garantia do direito à educação Março de 2017 Fundeb Alguns dos principais méritos: 1. Conquista da educação brasileira 2. Redistribuição de recursos

Leia mais

PROGRAMA: Educação Profissional e Tecnológica

PROGRAMA: Educação Profissional e Tecnológica PROGRAMA: 2031 - Educação Profissional e Tecnológica INDICADORES Número de matrículas em cursos de educação profissional técnica de nível médio Número de matrículas em cursos de educação profissional tecnológica

Leia mais

Panorama da Administração no Censo da Educação Superior

Panorama da Administração no Censo da Educação Superior Panorama da Administração no Censo da Educação Superior Sumário 1. O Censo da Educação Superior 1.1 O Censo 2009 1.2 O Censo 2010 2. Resultados 1. O Censo da Educação Superior Disposto pelo Decreto nº

Leia mais

Envelhecimento Populacional e seus impactos sobre Previdência: A necessidade de reforma

Envelhecimento Populacional e seus impactos sobre Previdência: A necessidade de reforma Envelhecimento Populacional e seus impactos sobre Previdência: A necessidade de reforma Paulo Tafner CÂMARA FEDERAL Brasília Novembro de 2016. Previdência Social Os fatos COMECEMOS POR UMA EXCELENTE NOTÍCIA

Leia mais

ESTADO SOCIAL E OS DESAFIOS DA ECONOMIA MODERNA

ESTADO SOCIAL E OS DESAFIOS DA ECONOMIA MODERNA VI Fórum Jurídico de Lisboa: Reforma do Estado Social no Contexto da Globalização. Lisboa-PT ESTADO SOCIAL E OS DESAFIOS DA ECONOMIA MODERNA Mansueto Almeida 03 de abril de 2018 Secretário de Acompanhamento

Leia mais

RELATÓRIO DE GESTÃO 2016

RELATÓRIO DE GESTÃO 2016 RELATÓRIO DE GESTÃO 2016 Apresentação ao Conselho Universitário Pró-Reitoria de Planejamento e Orçamento - PROPLAN Salvador 20/03/2017 SUMÁRIO EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA 2016 MACROPROCESSOS FINALÍSTICOS ENSINO

Leia mais

18/05/2017. Gasto Público Total no Brasil. Carga Tributária % do PIB. GASTO FISCAL NO BRASIL: crescimento e dilemas

18/05/2017. Gasto Público Total no Brasil. Carga Tributária % do PIB. GASTO FISCAL NO BRASIL: crescimento e dilemas Gasto Público Total no Brasil Pelos dados do FMI, Brasil tem uma despesa pública total (inclusive juros) de 40% do PIB. GASTO FISCAL NO BRASIL: crescimento e dilemas Econ. Edilson Aguiais Material Disponível

Leia mais

Censo Da Educação Superior 2016 Divulgação

Censo Da Educação Superior 2016 Divulgação Censo Da Educação Superior 2016 Divulgação Brasília-DF 31 de agosto 2017 Os desafios para acelerar o ritmo e a direção da expansão da educação superior em sintonia com o Plano Nacional de Educação Meta

Leia mais

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 101/2017/CUn, DE 27 DE JUNHO DE 2017

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 101/2017/CUn, DE 27 DE JUNHO DE 2017 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA ÓRGÃOS DELIBERATIVOS CENTRAIS Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima - Trindade CEP: 88040-900 - Florianópolis - SC Telefone:

Leia mais

FGV EBAPE. Educação Básica no Brasil: Desafios e possibilidades dos ensinos infantil e médio. Henrique Paim. 25 de Setembro de 2017

FGV EBAPE. Educação Básica no Brasil: Desafios e possibilidades dos ensinos infantil e médio. Henrique Paim. 25 de Setembro de 2017 FGV EBAPE Educação Básica no Brasil: Desafios e possibilidades dos ensinos infantil e médio Henrique Paim 25 de Setembro de 2017 Educação Básica Despertar tardio Acesso, Equidade e Qualidade Estatísticas

Leia mais

II FÓRUM CPA Comissão Própria da Avaliação

II FÓRUM CPA Comissão Própria da Avaliação II FÓRUM CPA Comissão Própria da Avaliação 25 de maio de 2016 EIXO 1: PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL Dimensão 8: Planejamento e avaliação Fragilidades Melhorar as reuniões da CPA e reestruturar

Leia mais

Piso do Magistério e Plano Municipal de Educação

Piso do Magistério e Plano Municipal de Educação Piso do Magistério e Plano Municipal de Educação O DESAFIO DOS MUNICÍPIOS CARLOS EDUARDO SANCHES 20/08/2018 Financiamento da educação básica pública no esforço de estados e municípios com uma pequena participação

Leia mais

Reforma da Previdência

Reforma da Previdência Reforma da Previdência Henrique Meirelles Ministro da Março, 2017. Evolução do Gasto Primário do Governo Central 2 Gasto Primário do Governo Central (% PIB) 20% 19,3% 19,7% 18% 16% 14,8% 15,9% 16,8% 17,0%

Leia mais

USP: PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA PARA 2016

USP: PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA PARA 2016 1 USP: PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA PARA 2016 Com base no Projeto de Lei Orçamentária do Estado de São Paulo para 2016, (Projeto de Lei nº 071/2015), encaminhada à Assembleia Legislativa, e nas vigentes Diretrizes

Leia mais

EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Financiamento e Condições de Qualidade das Escolas Públicas da Rede Municipal de Ensino de Curitiba

EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Financiamento e Condições de Qualidade das Escolas Públicas da Rede Municipal de Ensino de Curitiba EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Financiamento e Condições de Qualidade das Escolas Públicas da Rede Municipal de Ensino de Curitiba Karin Cristina Santos O propósito desse trabalho é apresentar dados parciais

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO NORMA DE PLANEJAMENTO PLURIANUAL

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO NORMA DE PLANEJAMENTO PLURIANUAL UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO NORMA DE PLANEJAMENTO PLURIANUAL 2019-2022 Novembro/2018 1. Introdução Em atendimento ao previsto no Capítulo I, art.1º, da Resolução 7344 de 30 de maio de 2017, apresentamos

Leia mais

NOTAS ESTATÍSTICAS Censo da Educação Superior 2015

NOTAS ESTATÍSTICAS Censo da Educação Superior 2015 NOTAS ESTATÍSTICAS 2015 2015 Notas Estatísticas O, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), constitui-se em importante instrumento de obtenção

Leia mais

Maria Helena Guimarães de Castro Outubro Política Nacional de Formação de Professores

Maria Helena Guimarães de Castro Outubro Política Nacional de Formação de Professores Maria Helena Guimarães de Castro Outubro 2017 Política Nacional de Formação de Professores PREMISSAS A QUALIDADE DAS APRENDIZAGENS DEPENDE DA QUALIDADE DO TRABALHO DO PROFESSOR Evidências mostram que,

Leia mais

Gestão em Saúde Gestão do SUS Financiamento. Prof. Arruda Bastos (85)

Gestão em Saúde Gestão do SUS Financiamento. Prof. Arruda Bastos (85) Gestão em Saúde Gestão do SUS Financiamento Prof. Arruda Bastos arrudabastos@gmail.com (85) 99925.1122 Gestão em Saúde 1. Apresentação da Disciplina / Plano de Aula / Apresentação Discente e Docente; 2.

Leia mais

Censo da Educação Superior Notas Estatísticas

Censo da Educação Superior Notas Estatísticas Censo da Educação Superior 2016 Notas Estatísticas 2016 Notas Estatísticas O, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), constitui-se importante

Leia mais

UNIVERSIDADE PÚBLICA E SEUS DESAFIOS : contexto de Mato Grosso

UNIVERSIDADE PÚBLICA E SEUS DESAFIOS : contexto de Mato Grosso UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO - UNEMAT UNIVERSIDADE PÚBLICA E SEUS DESAFIOS : contexto de Mato Grosso Tereza Christina M. Aguiar Veloso Apoio: Jhessika L. Kirch Bolsista da Capes no projeto OBEDUC

Leia mais

Estudo ACIRP Escolas Públicas e educação 2018 Fevereiro/2018

Estudo ACIRP Escolas Públicas e educação 2018 Fevereiro/2018 Estudo ACIRP Escolas Públicas e educação 2018 Fevereiro/2018 Brasil aponta baixo nível de qualificação da população frente a outros países Educação e qualificação da mão-de-obra no Brasil ainda estão longe

Leia mais

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 26, DE 5 DE JUNHO DE 2018

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 26, DE 5 DE JUNHO DE 2018 Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 26, DE 5 DE JUNHO DE 2018 Dispõe sobre o estabelecimento dos indicadores de desempenho

Leia mais

MECANISMOS DE SELEÇÃO E SUA RELAÇÃO COM A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR

MECANISMOS DE SELEÇÃO E SUA RELAÇÃO COM A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR MECANISMOS DE SELEÇÃO E SUA RELAÇÃO COM A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR Isabel Silveira da Silva Leite (1); Amanda Gonçalves da Silva (2) Universidade Federal Fluminense, isabelleite@id.uff.br

Leia mais

Seminário Internacional de Finanças e Educação Básica. 22 de março de 2018

Seminário Internacional de Finanças e Educação Básica. 22 de março de 2018 Seminário Internacional de Finanças e Educação Básica 22 de março de 2018 2 Sumário da apresentação 11. Desafios Fiscais 22. Gasto Público em Educação no Brasil e no Mundo 33. Ensino Básico 44. Ensino

Leia mais

EXPANSÃO DO ATENDIMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E A EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO DO FUNDEB

EXPANSÃO DO ATENDIMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E A EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO DO FUNDEB EXPANSÃO DO ATENDIMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E A EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO DO FUNDEB Dr. Joedson Brito dos Santos 1 Universidade Federal do Tocantins Apresentação e justificativa

Leia mais

Panorama do sistema educacional brasileiro

Panorama do sistema educacional brasileiro Panorama do sistema educacional brasileiro Notas Estatísticas com base no Censo da Educação Superior 216 Brasília, 26 de outubro de 217 A Rede de Educação Superior Brasileira 87,7% das instituições de

Leia mais

O ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO COM DEFICIÊNCIA: CAMINHOS A SEREM PERCORRIDOS. Ana Laura Herrero Pereira¹; Juliana Mantovani²

O ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO COM DEFICIÊNCIA: CAMINHOS A SEREM PERCORRIDOS. Ana Laura Herrero Pereira¹; Juliana Mantovani² O ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO COM DEFICIÊNCIA: CAMINHOS A SEREM PERCORRIDOS Ana Laura Herrero Pereira¹; Juliana Mantovani² ¹Centro de Ciências da Saúde Departamento de Terapia Ocupacional anasherreros@hotmail.com;

Leia mais

Política Fiscal CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA. Consultoria Desenvolvendo soluções, alavancando resultados!

Política Fiscal CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA. Consultoria Desenvolvendo soluções, alavancando resultados! Política Fiscal 2 CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA Consultoria Desenvolvendo soluções, alavancando resultados! Política Fiscal Neste Sumário serão analisados os principais indicadores de Política Fiscal.

Leia mais

EXPANSÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: A CONTRIBUIÇÃO DOS INSTITUTOS FEDERAIS Moacir Gubert Tavares PPGE-UEPG/IFC - Campus Rio do Sul RESUMO

EXPANSÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: A CONTRIBUIÇÃO DOS INSTITUTOS FEDERAIS Moacir Gubert Tavares PPGE-UEPG/IFC - Campus Rio do Sul RESUMO EXPANSÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: A CONTRIBUIÇÃO DOS INSTITUTOS FEDERAIS Moacir Gubert Tavares PPGE-UEPG/IFC - Campus Rio do Sul RESUMO Este trabalho aborda a expansão do Ensino Superior no Brasil,

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL E INOVAÇÃO. O papel das estatísticas e da avaliação no monitoramento das políticas e da qualidade na Educação Superior

RESPONSABILIDADE SOCIAL E INOVAÇÃO. O papel das estatísticas e da avaliação no monitoramento das políticas e da qualidade na Educação Superior RESPONSABILIDADE SOCIAL E INOVAÇÃO O papel das estatísticas e da avaliação no monitoramento das políticas e da qualidade na Educação Superior Diretoria de Estatísticas Educacionais - Deed Brasília DF 6

Leia mais

A situação financeira dos Municípios Brasileiros: avaliação das despesas e receitas próprias de 2000 a 2007

A situação financeira dos Municípios Brasileiros: avaliação das despesas e receitas próprias de 2000 a 2007 A situação financeira dos Municípios Brasileiros: avaliação das despesas e receitas próprias de 2000 a 2007 Apesar de os municípios estarem assumindo cada vez mais atribuições, a participação desse ente

Leia mais

Reforma da Previdência

Reforma da Previdência Reforma da Previdência Henrique Meirelles Ministro da Abril, 2017. Evolução do Gasto Primário do Governo Central 2 Gasto Primário do Governo Central (% PIB) 20% 19,3% 19,7% 18% 16% 14,8% 15,9% 16,8% 17,0%

Leia mais

Investimentos Públicos no Brasil: desafios e oportunidades para a melhoria do gasto público

Investimentos Públicos no Brasil: desafios e oportunidades para a melhoria do gasto público Investimentos Públicos no Brasil: desafios e oportunidades para a melhoria do gasto público Perspectivas sobre Avanços Recentes no Brasil Débora Nogueira Beserra SPI/MP Brasília, 16/06/11 AGENDA 1.O Brasil

Leia mais

Apoio ao Transporte Escolar para a Educação Básica - Caminho da Escola. Concessão de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID

Apoio ao Transporte Escolar para a Educação Básica - Caminho da Escola. Concessão de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID Programa 1448 Qualidade na Escola Ações Orçamentárias Número de Ações 16 0E530000 Apoio ao Transporte Escolar para a Educação Básica - Caminho da Escola Veículo adquirido Unidade de Medida: unidade UO:

Leia mais

ACEITABILIDADE E GRAU DE APROVAÇÃO DO PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS (PROUNI), SEGUNDO PERCEPÇÕES DOS SEUS BENEFICIÁRIOS

ACEITABILIDADE E GRAU DE APROVAÇÃO DO PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS (PROUNI), SEGUNDO PERCEPÇÕES DOS SEUS BENEFICIÁRIOS ACEITABILIDADE E GRAU DE APROVAÇÃO DO PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS (PROUNI), SEGUNDO PERCEPÇÕES DOS SEUS BENEFICIÁRIOS 09/2011 Currículo, Conhecimento e Cultura Pontifícia Universidade Católica de

Leia mais

A DÍVIDA ATIVA INSCRITA PELOS MUNICÍPIOS E A RECEITA COM ELA AUFERIDA: A SITUAÇÃO EM 2010

A DÍVIDA ATIVA INSCRITA PELOS MUNICÍPIOS E A RECEITA COM ELA AUFERIDA: A SITUAÇÃO EM 2010 A DÍVIDA ATIVA INSCRITA PELOS MUNICÍPIOS E A RECEITA COM ELA AUFERIDA: A SITUAÇÃO EM 2010 (Estudo Técnico nº 174) François E. J. de Bremaeker Salvador, junho de 2012 2 A DÍVIDA ATIVA INSCRITA PELOS MUNICÍPIOS

Leia mais

Brasil destina menos recursos para pagar professores do que países da OCDE

Brasil destina menos recursos para pagar professores do que países da OCDE Brasil destina menos recursos para pagar professores do que países da OCDE Os salários iniciais dos professores no Brasil são menores do que em outros países latino-americanos, como Chile, Colômbia e México,

Leia mais

Curso para Jornalistas: Questões Fiscais Vilma da Conceição Pinto* 17 de Março de 2017

Curso para Jornalistas: Questões Fiscais Vilma da Conceição Pinto* 17 de Março de 2017 Curso para Jornalistas: Questões Fiscais Vilma da Conceição Pinto* 17 de Março de 2017 * Vilma da Conceição Pinto é Economista, Pesquisadora da FGV/IBRE. Especialista em Política Fiscal. Sumário Orçamento

Leia mais

Panorama Geral da Evasão e Retenção no Ensino Superior no Brasil (IFES)

Panorama Geral da Evasão e Retenção no Ensino Superior no Brasil (IFES) Recife, 18 a 21 de agosto de 2013 Panorama Geral da Evasão e Retenção no Ensino Superior no Brasil (IFES) Prof. Dr. Raul Ceretta Nunes UFSM/RS COGRAD/ANDIFES O que é Evasão? [José Lino O. Bueno - 1993]*

Leia mais

Realidade e perspectivas do ENADE

Realidade e perspectivas do ENADE Avaliação de cursos de Graduação em Ciência Contábeis: Realidade e perspectivas do ENADE Profa. Dra. Marion Creutzberg Coordenadora da Comissão Própria de Avaliação (CPA/PUCRS) Tópicos Coordenador x avaliação

Leia mais