Introdução. Olá!

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2 Introdução Olá! Nós, do Quero Ser Social Media, convidamos alguns profissionais e estudiosos do mercado de mídia social para entender, na visão deles, o que será tendência em Reunimos neste e-book as opiniões dos participantes para que você comece o novo ano com muita inspiração. Canais próprios, conteúdo, mídia, análise e mensuração de resultados e real time marketing foram alguns dos temas mais mencionados. Esperamos que o material contribua para a geração de insights, estratégias e resultados, e que você tenha muito sucesso em 2015! Boa leitura!

3 O que será tendência em 2015 na área de social media?

4 Ana Paula Passarelli - Co-fundadora do Plano Feminino A transparência das marcas com seus fãs e consumidores. Já entendemos que as marcas não são perfeitas e que também erram, mas aprender com os erros e ter transparência com processos construirão marcas valiosas e que não sustentam sua estratégia em quantidade de likes. Bruno Martos - Head de Mídia Programática na 2ACTION Para 2015, acredito que três tendências mereçam atenção: - A utilização eficaz do real time marketing será um dos principais objetivos para a maior parte dos clientes. Essa é uma tendência que já vimos ter início com a Coca-Cola e o Itaú, que trabalharam o real time marketing durante a Copa do Mundo através da integração de dados em salas digitais, juntamente com um time multidisciplinar de profissionais. A utilização de dashboards integrados buscando a unificação e a centralização de todas as métricas é um passo inicial para o melhor gerenciamento de dados; - Melhor integração, conhecimento e clusterização dos públicos das marcas, transferindo o conhecimento da audiência, que hoje é propriedade das plataformas de social media, para o próprio anunciante. Isso poderá ser feito com a utilização de ferramentas de DMP (Data Management Platform) para armazenagem dos dados, que são específicas para organizar, unificar e disponibilizar a audiência. Esta audiência segmentada poderá ser ativada dentro dos canais proprietários da marca ou via compra de mídia, seja em social, vídeo, mobile ou display. - Planejamento de ações integradas entre todos os canais, transpondo a régua de relacionamento já existente em e-mkt para as outras mídias. Dessa forma, podemos ter mais controle e precisão na sequência de mensagens que o usuário irá receber, conseguindo assim contar uma história para os consumidores e melhorando a lembrança de marca.

5 Carolina Terra - Consultora, pesquisadora e professora de comunicação e RP digitais Acredito que já estamos falando de consolidação das mídias sociais tanto na vida dos usuários comuns quanto na realidade das marcas e organizações. Para 2015, em termos de mídias sociais aplicadas ao ambiente corporativo, penso que: - O foco será nos dispositivos móveis. Estamos cada vez mais conectados por meio dos dispositivos móveis, portanto é natural que as marcas nos ofereçam mais conteúdo para tais meios, seja por meio dos aplicativos, sites responsivos, como também por meio de publicidade. - Conteúdo audiovisual continua sendo destaque. Não só os conteúdos visuais/gráficos que já são naturalmente atrativos, mas também pequenos vídeos, tutoriais, videocases, virais, situações de entretenimento com potencial de réplica. - Com a redução ou a quase inexistência do alcance orgânico, sobretudo no Facebook, temos duas possibilidades de visibilidade para as marcas: - Ou investem em conteúdo pago - E/Ou investem em conteúdo próprio. Creio que o inbound marketing passe a ser uma alternativa para quem quer atrair audiências e tentar convertê-las em possíveis clientes. - Conteúdo relevante, prestador de serviço e de qualidade sempre será tendência e ganhará a atenção do consumidor/usuário/cliente. - Convergência entre os meios: da TV para as redes sociais e vice-versa; dos meios eletrônicos para as redes e vice-versa e assim por diante. Não é à toa que rádios e jornais têm criado perfis no WhatsApp para dialogar com suas audiências; que programas de TV têm se utilizado de #hashtags para estimular a continuação da conversação nos meios digitais e assim por diante. - Decisões de compra baseadas em opiniões, resenhas e experiências postadas online. Nada do que eu mencionei acima é novidade. Acredito mesmo na evolução da comunicação como estamos assistindo e na mudança de comportamento por parte do consumidor que migra e transita de um meio a outro e acaba por usar as redes sociais, especialmente no ambiente online, para se expressar, se informar, decidir e se relacionar.

6 Cinara Moura - Gerente de Mídias Sociais na AG2 Nurun Acredito que a principal tendência para 2015 e que continuará nos anos seguintes esteja no fato que Social Media precisará ser mais competência global e menos uma área dentro do ecossistema. Isso vem à tona como decorrência de um processo de integração de habilidades, em que a centralização do conhecimento em uma área ou setor específico deixa de ser coerente e perde força. Empresas com maior maturidade digital começam a provar que as mídias sociais que fazem sentido são aquelas trabalhadas de forma horizontal, conjuntamente por profissionais de habilidades distintas, que trocam conhecimento e ideias dentro do ecossistema, enriquecendo as entregas. Esta é minha principal aposta para 2015! Daniel Miura Diretor de Mídia Social e Planejamento na NR-7 Comunicação O ano de 2015 para a Social Media será um período de consolidação em vários níveis. O Facebook, principal plataforma no País, encaminha-se para se tornar um canal efetivo de mídia paga também para os médios e pequenos, uma vez que é cada vez mais dispare o ROI obtido em relação ao alcance orgânico. Outro ponto será a retomada do Twitter, muito por conta do investimento que os canais de TV tem feito na interação via microblog. Por último, é possível esperar um aumento ainda maior de investimento em ações que privilegiem a experiência e o relacionamento com produtos e serviços, visto que o usuário brasileiro entendeu que mais do que gostar de uma marca, as redes podem ser um local importante de cobrança e via de benefícios.

7 Dani Rodrigues - Real Time Conceptor da Movimento (agência do grupo Flag Interpublic) Plataformas proprietárias de conteúdo Conteúdo em tempo real A produção de conteúdo passa a mesclar de modo mais intenso Business Intelligence e criação. Calendários/planilhas de conteúdo (chame como for) mensais ou mesmo semanais dão lugar à criação em tempo real pautado no contexto e na lógica dos algoritmos. E quando pensamos em ação em tempo real não se trata de pegar carona em qualquer fato, fazendo uma graça. Entram em jogo quatro elementos: contexto + estratégia + criatividade + timing. Por exemplo, a cobertura de um evento como o Oscar pode ser feita com 100 posts ou 1 certeiro. Depende da marca em questão, da estrutura disponível, do objetivo de comunicação de todas as frentes e da afinidade do evento com o público do seu produto ou serviço. Marcas devem apostar cada vez mais em espaços de conteúdo proprietário, valendo a máxima não se aplica todo o seu dinheiro em uma casa alugada, porque o dono pode pedir de volta. Ou seja, Facebook e Twitter são plataformas de mídia. Natural que busquem rentabilizá-las. Reclamar do alcance do Facebook é #old, ok? Gerar conversas em um ambiente mais friendly e identitário deixa de ser a exceção. Segunda tela O uso de múltiplas telas não é novidade. O que deve (precisa) ganhar corpo é o investimento em estratégias e conteúdos nativos para cada ambiente. As redes sociais passam de reverberadoras de awareness em torno de determinados temas para ambientes relevantes no processo de significação de uma mensagem. O comentário no Twitter sobre o show no Rock In Rio, por exemplo, é envolto em uma teia de comunicação que interfere de modo mais incisivo na percepção do evento. O aplicativo de mobile que servia como mero agregador de menções nas redes sociais sobre o programa esportivo passa a ter conteúdo exclusivo, como desempenho dos atletas, agregando sentido ao uso do app ao mesmo tempo em que a mensagem na tela principal é exibida.

8 Eduardo Prange CBO da Seekr O meu olhar de tendência está diretamente relacionado à evolução da maneira com que as marcas e as pessoas se relacionam no ambiente digital. Há tempos que ouvimos conceitos relacionados à Convergência Digital e Multicanalidade. Porém, acredito que em 2015 estes conceitos sairão do discurso e passarão a ser executados, de fato, pelas organizações. Algumas pesquisas comprovam que, em menos de uma década, houve uma verdadeira revolução nas centrais de atendimento no que tange a redução de chamadas no atendimento humano por meio de projetos de modernização. A nova revolução está ligada ao autosserviço ou autoatendimento, e mais, tudo isso através de dispositivos móveis, ou seja, na palma da mão dos consumidores. As organizações precisarão investir em plataformas de atendimento que promovam uma melhor experiência aos seus consumidores e comportem diferentes públicos e meios de contato, possibilitando pontos de convergência entre o que acontece no ambiente tradicional (1.0) e no ambiente digital (2.0), o que estamos chamando de Plataformas de SAC 3.0. Eric Messa - Professor da Faculdade de Comunicação e Marketing e Coordenador do Núcleo de Inovação em Mídia Digital da FAAP Algo que vem se firmando e deve crescer bastante em 2015 são as ações de comunicação que envolvem a possibilidade do consumidor vivenciar experiências reais. Algo que se inicie nas redes sociais mas de alguma forma, extrapole os limites do virtual e interfira no cotidiano do indivíduo. Além disso, o avanço dos softwares de análise e monitoramento dos rastros digitais permitirão a criação de estratégias de comunicação que utilizarão um grande volume de informações sobre o consumidor. Ao mesmo tempo em que essas ações serão premiadas pelo nível nunca antes alcançado de segmentação e personalização, elas também devem gerar boas reflexões sobre os limites entre público X privado.

9 Estevão Rizzo - Empresário, Sócio Diretor de Marketing e Novos Negócios no Grupo WTW (80 20 Marketeria Digital, Gestão Ativa, Mais Empresas, Superbiz e Just Works) Todo final/começo de ano, profissionais de todas as áreas se juntam para fazer um exercício de futurologia sobre seus mercados; alguns acertam algumas coisas, outros acertam poucas coisas e, a maioria, erra quase tudo. Mas, sem dúvida, é sempre válido dar atenção ao que esses profissionais tem a dizer e ficar de olho nessas tendências. Acredito que 2015 será ainda mais o ano do mobile, com várias tendências de 2014 finalmente se concretizando e se tornando mainstream. Entre elas, destaque para: 1 - Mobile ainda mais como primeira tela e com várias camadas da população usando cada vez menos seus desktops e laptops, com a parcela mais jovem da população quase abandonando essas plataformas. Além disso, o acesso a sites via mobile aumentarão muito e as empresas que não aderirem ao modelo Mobile-only/Mobile-first vão perder vendas e clientes. 2 - Pagamentos via celular e in app finalmente vão se tornar realidade, através de sistemas de pagamento como Apple Pay, leitores de cartões conectados a smartphones e pagamentos através de aplicativos e redes sociais (como o Snapchat). 3 - Consumo de redes sociais tradicionais deve diminuir e passar ainda mais para redes sociais de função única como Instagram, Snapchat, Tinder e outras, talvez novas, nas quais um clique leva a uma única função (ver fotos, enviar em vídeos, etc.). Por isso, as redes sociais tradicionais devem separar ainda mais suas funções em apps independentes, mas acredito eu, sem muito sucesso. Além disso, o foco das pessoas está deixando de ser grandes números de contatos para poucos contatos reais. 4 - Preocupação com privacidade deve aumentar e empresas e redes sociais que não aumentarem o poder de seus clientes em resguardar seus dados pessoais devem começar a perder usuários. 5 - Branded content e Inbound marketing vão se tornar muito mais fortes e passar a integrar, ou até mesmo, dominar planejamentos de marketing digital de grandes empresas e também de pequenas de alguns ramos. 6 - Web semântica começa a fazer parte real do dia a dia de usuários de smartphones e da web em geral. Buscadores, assistentes pessoais (como Siri e Google Now) e até redes sociais devem começar a entender muito mais as nossas necessidades e nos trazer resultados cada vez mais relevantes ao invés de simplesmente entregar corres

10 pondências simples para nossas buscas. (é importante notar que essa tendência começou em 2014, mas agora deve se concretizar e alcançar uma parcela muito maior e mais significativa da população) 7 - Vídeo web também deve virar centro das estratégias de marketing digital para clientes de todos os portes, uma vez que o consumo de vídeos online já ultrapassa o da TV a Cabo em alguns países e pesquisas mostram que adolescentes já pesquisam antes no YouTube e, se não encontram resposta, vão para os buscadores tradicionais. Além disso, o custo de produção de vídeo baixou muito nos últimos anos com um número muito maior de profissionais da área e de equipamentos de qualidade muito mais baratos. 8 - O foco em qualidade de conteúdo vai aumentar, já que a grande maioria das estratégias de marketing digital se baseia em produção de conteúdo e, com isso, se torna cada vez mais difícil fazer o conteúdo chegar a quem interessa (sem contar as alterações de algoritmos que vão continuar diminuindo o impacto do conteúdo produzido por empresas). O foco em qualidade deve fazer empresas deixarem de produzir vários conteúdos por semana e fazer com que produzam apenas alguns no mesmo período, mas esses, feitos em cima de dados e com foco em viralização e engajamento (muitos serão infográficos animados). 9 - A cultura pop digital vai se fragmentar ainda mais e os grandes fenômenos de viralização e os tão populares memes vão ter seus impactos diminuídos, visto que o desejo de ser popular não é mais o centro de interesse nas redes sociais e as pessoas estão se juntando em grupos de interesse para discutir assuntos específicos A automação de marketing e micro targeting vão ser uma realidade cada vez mais presente devido ao aumento do custo da mídia digital, o surgimento de ferramentas específicas e a melhoria no uso de dados (nem vamos entrar em big data ok?!) Com a crise financeira, o valor da mídia online vai subir, isso porque as grandes empresas já aprenderam a usar e mensurar os resultados da web e, dessa vez, as verbas de mídia devem ser cortadas antes nas mídias que não tem comprovação de resultados tão clara e por isso migrarem para a internet O Pay to Play finalmente chegará à Internet, o que deve forçar a profissionalização do mercado ajudar agências digitais a finalmente entrarem para o mundo dos adultos e causar uma consolidação do ramo com algumas compras e aquisições. O lado negativo é que vai ficar cada vez mais difícil para as pequenas empresas investirem no digital, o que deve fazer com que elas voltem a recorrer à campanhas de guerrilha. Enfim, preparem-se para um ano de muitas emoções!

11 Fred Fagundes - Diretor de Conteúdo da Donanete Acredito que as marcas vão, cada vez mais, adaptar suas ferramentas para se aproximar do cliente/fã. Não simplesmente estando em todos os lugares o tempo todos, mas sim, levando uma informação ainda mais artesanal, de bastidores, influenciando a identificação e o caráter pessoal do diálogo. Por isso, destaco os grupos abertos do Viber. A curiosidade do fã sobre a rotina interna de uma marca não vem de agora. É natural desejarmos saber como um produto é desenvolvido. É o valor da informação. Faz você sentir-se um privilegiado e parte de uma marca - especialmente quando ela retribui essa curiosidade. Quem trabalhar corretamente as infinitas possibilidades do grupos abertos do Viber, dando ao consumidor, além de uma fonte nova de informação, a oportunidade de participar, mesmo que passivamente, do desenvolvimento e rotina da marca, tem grande possibilidade de humanizar o seu produto de uma maneira ainda mais verdadeira, sem as já tradicionais definições de preferências do usuário e personalização de mensagem. Afinal, a marca estará sendo real, expondo aquilo que contribui para ser o que ela é. E, ainda, nada melhor que a sinceridade para convencer. Gabriel Ishida - Coordenador de Social Intelligence na DP6 Quando penso em tendências, costumo mais olhar o que já acontece agora e está ganhando força do que prever algum comportamento que pode ocorrer. No caso de social media, o que vejo que está começando a ocorrer é uma diversidade maior do investimento, ou seja, o Facebook está perdendo espaço no budget para dar lugar a outras redes. Nesse sentido, o Facebook, ao meu ver, ainda será o principal canal de muitas marcas, mas não será mais o centralizador total. Vejo muitas marcas começando a olhar com mais carinho para o Instagram e o Twitter. Com os excelentes resultados do Twitter durante a Copa, creio que muita gente irá começar a fazer experimentos nessa rede em 2015 para se preparar para as Olimpíadas em E o Instagram vem se consolidando como uma rede para branding de marcas,

12 o que tem sido bastante atraente para gerar engajamento. É bem provável que já no começo de 2015 comecem a chegar as opções de mídia paga na rede e creio que teremos algumas ações legais na rede. Israel Scussel Degasperi Coordenador de Marketing de Conteúdo na Lopes Consultoria de Imóveis Olá, tudo bem? Quero começar dizendo que é um prazer estar aqui a convite do Beto e da Dani escrevendo para o Quero Ser Social Media, projeto que acompanho e admiro desde o começo. Sempre levei muito a sério a minha profissão e acredito que você também, motivo pelo qual está aqui lendo estes textos. Só quem é realmente bom e dedicado vai continuar neste mercado. O ano de 2014 foi marcado pela queda drástica do alcance orgânico do Facebook e 2015 não vai ser diferente. Há poucas semanas o Facebook anunciou que vai diminuir ainda mais o alcance orgânico de páginas de empresas que fazem aqueles posts clássicos de produtos e de promoções. Isto é muito bom para nós, profissionais do mercado. Com isso, o Facebook está combatendo os sobrinhos (e aquelas pessoas que costumam dizer, mas é só postar!) e as empresas pequenas que não tem um profissional dedicado para se trabalhar com mídias sociais. Eu vejo isso como oportunidade! Cada vez mais um post vai ter que ser uma obra prima. Bem planejado, com um estudo dos assuntos e horários que mais funcionam na página e com uma imagem impecável, vídeo ou um excelente texto. Em vez de reclamar, aja e melhore a qualidade do seu conteúdo. Isso vai diferenciar meninos de homens. Dá trabalho e exige esforço, afinal era muito mais fácil quando postávamos qualquer coisa e todo mundo via e depois de alguns muitos interagiam. Agora não muda muito, mas para verem seu conteúdo e interagirem com ele, vai ter que ser realmente muito bom. Aborde assuntos do cotidiano sobre uma perspectiva diferente e aposto que você terá bons resultados! Outro estudo polêmico foi da Forrester que disse que não vale mais a pena investir em mídias sociais, como Facebook e Twitter e devemos nos focar em ter um site com excelente qualidade e trabalhar com marketing. Gente, desde o início da minha profissão eu sabia que não iria viver para sempre de mídias sociais. As coisas evoluem. Você deve evoluir como profissional também. Nunca uma empresa está 100% segura investindo em um canal de comunicação que não tem o controle. Sempre falei em sala de aula que é um

13 erro uma empresa ou agência ter seu site dentro do Facebook. Pelo simples fato de que nós não sabemos o que se passa na cabeça do Tio Zuckerberg. Sabendo disso, fui estudar cada vez mais SEO, Marketing, CRM, Mídia, Web Analytics, Monitoramento. Nós não podemos nos acomodar. Se você é um analista de mídias sociais e pretende continuar trabalhando com digital, precisa aumentar seus conhecimentos. Não é novidade para ninguém que ter um excelente site, investir em conteúdo no seu site e blog, gerar conteúdo exclusivo e disponibilizar para download pedindo o nome, e cidade ou profissão, é uma excelente estratégia. Nós já fazemos isso. marketing, se bem feito, é um canal que converte muito em vendas. Só não pode ser feito de qualquer jeito. A questão agora é que a concorrência está muito alta nas redes sociais, pois todas as empresas querem se aproveitar desta bocada. E só quem fizer um trabalho realmente bom e diferenciado, vai continuar conseguindo bons resultados. E eu tenho certeza que seremos um desses profissionais que iremos vencer todos estes obstáculos. Um excelente 2015 para todos nós! João Pedro Salles Braconi - Key Account Manager na 5 ERA Nos últimos anos o mercado falou muito em qualidade ao invés de quantidade, conteúdo segmentado e atendimento personalizado, ou seja, foco total na experiência do consumidor além de trazer uma experiência única de marca, independente do ponto de contato. Hoje se fala muito em real time marketing, segunda tela e adventos que tornem mais rica essa experiência para o público. Uma vez que o poder passa para as mãos do consumidor, as empresas começam a correr atrás do tempo perdido para atender toda a demanda gerada, buscando na customização das mensagens uma forma de atingir cada usuário da forma, onde e quando ele deseja ser impactado. Nesse próximo momento cabe aos CMOs e profissionais da área buscar integração em suas ferramentas, analisar e decodificar a infinidade de dados gerados nas trocas do dia a dia, mas para isso precisamos saber quais perguntas fazer. Um dos grandes desafios dos novos CMOs passa ser a integração das áreas de TI e Marketing, principalmente nos canais de venda a fim de tangibilizar as vendas nessa multicanalidade, além de ser essencial a definição de KPIs e saber analisar o ROI para apresentar números a fim de

14 comprovar o valor de toda essa entrega. Há diversas ferramentas que podem suportar tomadores de decisão nessas entregas, mas cabe a eles achar a ferramenta ideal e tornando assim essa entrega de forma integrada e completa, eliminando gaps entre monitoramento, publicação, engajamento e análise. Mais do que nunca, a conta precisa fechar no fim das ações. Por fim, mais do que uma tendência, deixo uma pergunta: Qual é o valor da sua entrega para o seu cliente? Juliana Guerra - Gerente de Mídias Digitais na ConceptPR 2015 será mais um ano de desafios. Contudo, os desafios são diferentes para as empresas, de acordo com a experiência online que cada uma tem. Ainda há aquelas que estão descobrindo o mundo maravilhoso do Facebook e a oportunidade de relacionamento com usuários, e porque não, fazer publicidade dentro do orçamento possível. Ao mesmo tempo, temos as empresas investindo pesado em novos canais de relacionamento são veteranas de Facebook e acreditam que esta fronteira já foi cruzada. Acredito em dois desafios comuns a todas as iniciativas: Humanização de relacionamentos e Investimento em capacitação. Relacionamento com consumidor, SAC 2.0, Humanização. A rotina entre empresa e consumidor já ganhou vários nomes, mas no fundo, é a essência do atendimento, no sentido da palavra: esclarecer dúvidas, tratar de reclamações e sugestões. O consumidor migra das formas tradicionais de relacionamento, especialmente no telefone (0800) para as redes sociais, em busca de rapidez e eficiência. Em 2015, estabelecer o perfil responsável pelo atendimento, a linha editorial e a forma com que ele será feito será um grande passo para muitas empresas, especialmente aquelas que enfrentam um grande volume de atendimento diário. Verificar, dentro da estratégia de comunicação e marketing se ter um personagem será melhor do que assumir pessoas de carne e osso (e nome) do outro lado da tela; a forma de atendimento, sua organização e fluxos enfim, todo o processo envolvido. O segundo desafio eu acredito ser de capacitação. Não só de equipes de atendimento em agências, que geralmente estão à frente do trabalho em redes sociais (postagem, relacionamento, monitoramento, avaliação), mas também dos clientes. Sim, pois clientes também precisam ser capacitados! Também precisam entender o que dizemos nos relatórios, o que os indicadores nos dizem, e mesmo que não entendam tudo, que se interessem pelas entrelinhas, que saiam da primeira página e descubram, junto com suas equipes,

15 as melhores práticas para o sucesso do trabalho online. Mostrar as diferenças entre o trabalho de assessoria / relacionamento com imprensa, especialmente na avaliação dos resultados e na estratégia. É preciso entender melhor para conquistar novas metas, atingir novos desafios. Estamos prontos pra 2015! Liliane Ferrari - Palestrante, consultora de Mídias Sociais e fundadora da rede BlogMe Acredito que com a diminuição mais drástica ainda do alcance orgânico das fan pages em 2015, e a falta de tempo real no newsfeed do Facebook, será o momento de ver as marcas apostando em outras redes e plataformas novas que estão ganhando força ou mesmo no bom e velho Twitter. O Pinterest vai despontar no Brasil porque é ideal para e-commerces, já o Snapchat, WhatsApp e Ello vão começar a ser incluídas nos planejamentos digitais de marcas ligadas ao público jovem. Marcel Ayres - Sócio-Diretor da PaperCliQ Comunicação e Estratégia Digital e Sócio-executivo da COM Inteligência Digital, empresas com atuações em Salvador, Recife e Brasília Acredito que 2015 será um ano com boas novidades para a área de Social Media, entre elas estão: - Vídeos Online: os vídeos serão a nova gasolina das mídias sociais. Tal qual a produção de fotografias e imagens (cards, gifs, memes etc.) imperaram nos últimos dois anos, principalmente em mídias como Facebook e Instagram (até mesmo no Twitter), os vídeos ganharam (em 2014) e ganharão ainda mais força em O vídeo online será destaque nas estratégias de marketing em mídias sociais e deve ser explorado com base em diferentes táticas, tais como: desdobramentos de campanhas televisivas, backstages, streaming, dicas (how to dos), webséries etc.

16 - Social e Mobile Ads: os anúncios na web desempenharão um papel-chave em Empresas de diferentes portes estão aumentando consideravelmente seus investimentos anuais em mídia online, não com o intuito de substituir a mídia tradicional, mas, sim, com o objetivo de equilibrar o bolo publicitário e reforçar as estratégias de veiculação de forma integrada. Com novos formatos em plataformas já consolidadas como Google Adwords e Facebook Ads, recursos com segmentações ainda mais assertivas, e com a ascensão de plataformas como o Waze (comprado pelo Google), Spotify, Instagram, os anúncios online serão imprescindíveis na busca pela performance e resultados. - Mídia Programática: ainda falando de publicidade online, a mídia programática ganhará ainda mais visibilidade no mercado em 2015, tornando o uso da Big Data uma realidade próxima para clientes de diversos portes e, com isso, permitindo que os anunciantes possam otimizar ainda mais seus investimentos, alcançando usuários que estejam em consonância com a segmentação estabelecida e com a estratégica de comunicação e marketing. - Monitoramento: o monitoramento de mídias sociais continua em um processo contínuo de amadurecimento no mercado e passa a ser visto não apenas como uma forma de avaliar marcas, assuntos, campanhas, usuários etc., mas, também, como uma prática essencial em atividades que envolvem a gestão de relacionamento com o consumidor e o atendimento na web (SAC e CRM s). - Mercado: Por fim, o movimento de internalização da produção de conteúdo e relacionamento em mídias sociais por organizações (privadas e públicas) deve continuar em crescimento em Isto, contudo, não significa o fim das agências especializadas em Social Media. Este movimento gera espaço para um novo tipo de atuação, com um foco maior em pesquisas e planejamento estratégico, articulando as operações com empresas e profissionais que possuem diferentes expertises.

17 Marcelo Salgado - Gerente de Redes Sociais do Banco Bradesco Prever o futuro em social é bem difícil, seja um ano à frente ou uma semana. Mas, alguns comportamentos já nos mostram que plataformas de nicho vão crescer no Brasil - por mais contraditório que pareça. Snapchat e até o Instagram devem receber ainda mais usuários descontentes com feed e público do Facebook. O Facebook, por sua parte, deve manter sua corrida contra o ostracismo, criando e testando novos features, comprando empresas menores por bilhões e evoluindo seu algoritmo para obrigar empresas, publishers e usuários a fazer conteúdos melhores. Canais no YouTube devem ficar cada vez mais profissionais - porque os custos de produção estão barateando - enquanto Facebook brigará pela liderança de vídeo content com coisas menos elaboradas. De uma forma ou de outra, o que podemos garantir é que esse negócio de conexão não tem volta e vamos nos juntar cada vez mais, inexoravelmente. Mariana Oliveira - Gerente de BI & Monitoramento na Agência RIOT Na área de Social Media, há tópicos polêmicos que foram intensamente debatidos por profissionais da área, como, por exemplo, a dominação do Facebook dentre as plataformas e a transformação do conteúdo orgânico em pago. Estes são alguns dos fatores que justificam o que acredito que sejam as principais tendências para Social Media em 2015: - Existe vida além do Facebook: a chegada de anúncios em plataformas como Twitter (já disponível para algumas marcas no BR) e Instagram deve tirar um pouco o Facebook do centro das ativações de Social Media. Muitos clientes e agências já perceberam que, mais do que número de fãs, é preciso ter relevância, conteúdo de qualidade e afinidade com o público-alvo. E, para isso, é preciso escolher a plataforma certa para se conectar com este público - que nem sempre é o Facebook. - Especialização do profissional de Social Media: cada vez mais o perfil buscado para trabalhar com Social Media possui habilidades específicas, e não um faz-tudo que não faz nada direito. Hoje o mercado demanda profissionais que sejam especializados em áreas como Monitoramento, Métricas, Criação, Conteúdo, Relacionamento... e conhecer o am-

18 biente de Social se torna uma cultura da empresa, e não mais uma profissão. - Social Media também é Paid Media: Desde as grandes mudanças no algoritmo do Facebook, que fizeram todo o mercado digital se questionar acerca da sobrevivência do modelo orgânico em Social Media, é crescente o investimento em anúncios nas plataformas sociais. Com as possibilidades de segmentação de audiência e interesses oferecidas pelas plataformas, a tendência é que os anúncios sejam cada vez mais segmentados, personalizados e assertivos. Nino Carvalho Consultor e coordenador dos programas de MBA e Pós-MBA da FGV em diversas cidades no Brasil Trabalho com digital, no mínimo, pelo mesmo tempo que qualquer um na internet (comecei em 1997) e leio ou participo anualmente de previsões (inclusive me intero do que veem como trends lá fora). Infelizmente a visão de muitos, na minha opinião, continua ou desinformada ou utópica demais. Minha visão é mais fria, dura, ou como prefiro pensar, mais realista, racional e consciente. Em linhas gerais, tenho a esperança que a mentalidade das organizações mude. Espero que os investimentos sejam mais inteligentes e racionais. Torço pra que o marketing seja maior que o digital dentro do que chama-se de marketing digital. E, por fim, rogo para que o foco das atividades da marca sejam nos seus públicos com vistas a entregar os objetivos organizacionais e que isso passe longe de priorizar ferramentas, modismos ou desperdícios de recursos em atividades equivocadas. Dito isso, reforço que não sou louco ou leviano de afirmar coisas do tipo não invista no Facebook se você é uma empresa pequena à toa ou por mera birra em relação à inteligentíssima armadilha do Zuckberg (ou às similares, tanto faz...). O que está por trás dessas frases fortes e aparentemente insensatas (e isso requer uma abstração mínima do interlocutor) é a seguinte reflexão: os recursos de sua organização são limitados (particularmente, dinheiro, tempo e pessoas). Não importa o tamanho de sua marca, os recursos têm limites. Com isso em mente, entenda, aceite e reconheça que toda e qualquer decisão de marketing é uma Escolha de Sofia. Se você alocar recursos ali, irá faltar acolá. Fato. Simples. Sendo assim, a questão que nos resta é - será que realmente a iniciativa mais sensata, eficiente, ótima e mais atraente em termos de resultados para minha organização é... (e aqui você

19 completa a frase com o que quiser, ter um perfl no Instagram, comprar facebook ads, criar um app móvel para meus eventos etc). Assim, tentei organizar os pensamentos em três tópicos a seguir, que certamente não são infalíveis, suficientes ou imutáveis. Crescimento de uma visão mais consciente, racional e realista acerca do papel das mídias sociais para as organizações Tenho reparado que muitas organizações estão tomando decisões mais racionais acerca da utilização das mídias sociais em suas atividades. Parte disso é devido à ilusão construída acerca do pseudo sucesso fácil meramente por estar no Facebook ou no Instagram, por exemplo. Sendo assim, suponho que as marcas irão passar a focar mais em resultados atrelados aos KPIs organizacionais e menos festinhas que levam a volume de métricas vãs. Aumento das discussões sobre privacidade, monopólios e fraudes O final de 2014 claramente foi recheado de debates sobre o monopólio do Google na Europa, o abuso do Facebook em países diversos, como a França, e até mesmo problemas financeiros e ligados a impostos protagonizados por alguns dos grandes players globais de redes sociais. Adicione a isso a análise de profissionais renomados e de alguns dos principais blogs/sites da área digital quando do lançamento da mais nova versão da Política de Privacidade (irônica e propositalmente entre aspas) do Facebook. Acredito (e espero com muuuuita esperança mesmo) que as organizações reflitam e debatam mais e melhor o poder que estão dando (em parceria com a sociedade!) para as empresas privadas que dominam o mercado de mídias sociais no mundo. Conteúdo multimídia em alta, mobile em falsa ascensão Talvez pelo terceiro ou quarto ano seguido vou falar a mesma coisa (sendo que em relação a Mobile costumo receber risadas em troca...) os formatos multimídia (vídeo, áudio, infográficos, imagens, animações etc) irão aumentar em volume, frequência, profundidade e retorno sobre o investimento, particularmente no Brasil, dadas as características do público internauta. De forma diametralmente oposta, continuo (como disse, pelo terceiro ano seguido) sustentando que ainda não será a vez do mobile. Sim, os números de linhas de celular, aparelhos, adesão a planos 3G etc estão crescendo, mas isso está longe de ser devido à aplicação real do mobile para business. O mobile ainda está em fase de amadurecimento no país e continuamos com falhas estruturais (no lado dos provedores e de telecoms), de competências e habilidades específicas (do ponto de vista dos fornecedores de serviços), de dificuldades financeiras (que afetam toda a cadeia) e do uso concreto por parte dos usuários (majoritariamente games, aplicativos que ajudam a deixar a mente vazia e aplicações de bate-papo e outras versões de relacionamento interpessoal e disseminação de fofocas). Apesar de ser uma visão talvez dura, honestamente se você não é

20 focado em vender aplicativos inúteis ou games, use seu dinheiro para investir em aspectos mais essenciais e de base em marketing digital. Pedro Vitor de Melo - Líder de Comunicação Digital e Publicidade da GE para América Latina Acredito que 2015 continuará sendo um ano excelente para os profissionais e empresas que entenderem as mídias sociais como uma importante plataforma em seus mix de meios e mídias para o relacionamento com seus mais diversos públicos estratégicos. De forma bem especial, destaco uma tendência de consolidação dos canais de marcas em mídias sociais com perfil individual na interação com os fãs das marcas, tais como Viber, Snapchat e WhatsApp. Este movimento tende acontecer uma vez que o fã vê nestes canais uma maneira mais personalizada e verdadeira de interação. Este comportamento já foi destacado pela Interbrand em seu relatório das 2014 Best Global Brands como Age of you. As ações já lançadas, tais como o perfil mundial da GE no Snapchat para dialogar sobre ciência e inovação, para uma marca B2B, se consagrou como um importante movimento da marca para aumentar seu alcance de diálogo com os públicos estratégicos. Outra iniciativa interessante, do segmento B2C, foi a de Hellmann s com a campanha WhatsCook, auxiliando os fãs a prepararem receitas personalizadas com o que eles tinham disponível em suas casas via WhatsApp. Em apenas 10 dias, a marca impactou mais de 4 milhões de pessoas com um investimento muito baixo em mídia para divulgação da campanha. Outra tendência que destaco, será a das marcas em produzir conteúdos relevantes realmente adequados para cada um dos canais que estão presentes. Isso parece simples e rotineiro, no entanto muitas marcas ainda não consideram a produção de conteúdo fator chave para o sucesso em mídias sociais. Exemplo disso, será a capacidade das marcas em desenvolver em seus canais no YouTube uma programação específica para a audiência do canal, alinhado a estratégia de Comunicação e Marketing. Os influenciadores online já

21 entenderam isso e devem, em grande parte, o sucesso de sua presença digital a está estratégia bem executada. Lembrem-se: se o Conteúdo é Rei, o Contexto é a Rainha do sucesso! Bons negócios em 2015! Rafael Sbarai - Creative Product do GloboEsporte Pensei em três itens mais mercadológicos que terão impacto direto na área de mídia social. 1) O Facebook vai enfrentar um novo desafio à sua altura: aumentar a rentabilidade nos mercados onde o público da rede social mais cresce e, principalmente, identificar evolução em países em que a rede social atingiu o topo casos de Canadá e Estados Unidos. O produto já reúne metade das pessoas conectadas à rede (excluindo a China, onde o site é bloqueado) e deve se reinventar, mais uma vez, para mostrar o quão é poderoso. 2) Será um ano decisivo para o Google+, um dos mais ambiciosos projetos desenvolvidos pelo Google. Uma possível chave para o sucesso pode estar no coração da empresa: as buscas. Ainda falta um plus à rede é um Google+-. 3) Vamos acompanhar também um ingresso das redes sociais na oferta dos meios de pagamento digital. Sim, eles também vão querer a sua carteira.