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1 ALUNO(A): ANO: 8 o E.F. II PROFESSOR(A): ALEXANDRA FREITAS TURMA: N o DISCIPLINA: HISTÓRIA TRIMESTRE: II DATA: / / LEITURA COMPLEMENTAR O ILUMINISMO Você sabia que a Estátua da Liberdade, erguida na Baía de Nova York, foi um presente da França ao povo norte-americano? A estátua foi projetada para celebrar o centenário da Declaração de Independência dos Estados Unidos, comemorado em 1876, e selar a amizade entre os dois países. Mas as obras atrasaram e o monumento só foi inaugurado em 1886, dez anos depois. Com esse gesto, os franceses também reconheciam a importância dos Estados Unidos na difusão das ideias iluministas. Os intelectuais iluministas do século XVIII criticavam o absolutismo monárquico, a submissão da sociedade ao controle da religião e as diferenças sociais com base no nascimento. Para eles, a França precisava sair da obscuridade criada pela superstição e encontrar a razão e a ciência para promover a liberdade política e jurídica. Nas batalhas para libertar-se do domínio colonial inglês, as treze colônias foram inspiradas por essas ideias iluministas, que atravessaram o oceano e chegaram à América. Não há nada mais poderoso do que uma ideia cujo momento chegou. Por que essa frase do escritor francês Victor Hugo pode ser aplicada tanto à França como às treze colônias inglesas no século XVIII? Você acha que a sociedade brasileira, atualmente, deveria se mobilizar em defesa de algumas ideias? Quais ideias deveriam impulsionar essa luta? Vista da Estátua da Liberdade, com a ilha de Manhattan ao fundo. Nova York, Estados Unidos, 2013.

2 2 Os princípios liberais A sociedade europeia do início do século XVIII mantinha, na maior parte dos casos, as divisões de classe de origem feudal. Em outras palavras, as pessoas eram classificadas de acordo com sua condição de nascimento, o que acabava por privilegiar os indivíduos nascidos em famílias nobres. Dessa forma, o clero e a nobreza eram donos das maiores propriedades, isentos de muitos impostos e sustentados com a renda dos tributos pagos pelos camponeses, pelos trabalhadores urbanos e pelos burgueses. Os pensadores liberais contestavam essa situação e apresentavam propostas para uma nova organização social. Na política, defendiam a limitação do poder do governante por uma Constituição e pela existência de um Parlamento com poder efetivo. Na economia, eles combatiam as restrições mercantilistas, como os monopólios e as taxas alfandegárias, e pregavam a liberdade do indivíduo de prosperar por seu próprio mérito. John Locke O filósofo inglês John Locke ( ) foi um dos formuladores dos princípios liberais. Locke partiu da definição de direitos naturais, que seriam aqueles dados pela natureza, como o direito à vida, à liberdade e aos bens necessários para a conservação de ambos. Para Locke, a propriedade privada era um direito natural, pois os frutos do trabalho deviam pertencer ao indivíduo que os conquistou. Essas ideias foram muito bem aceitas pela burguesia, que considerava a terra e outros bens como propriedades que podiam ser adquiridas pela compra. Locke acreditava que a função dos governos era garantir esses direitos naturais do homem. Caso os governantes não agissem assim, os indivíduos teriam o direito e o dever de se revoltar contra eles. Por causa de suas ideias, Locke foi obrigado a fugir da Inglaterra. Hoje, entretanto, o modelo de governo que ele defendia é seguido na maior parte dos países do Ocidente. Adam Smith No século XVIII, o grande debate entre os economistas girava em torno do que fazia uma nação ser rica. Na França, os chamados fisiocratas afirmavam que a riqueza de uma nação provinha dos recursos naturais, ou seja, das atividades econômicas ligadas à natureza, principalmente a agricultura. Nesse período, as atividades econômicas ainda estavam ligadas em especial à terra, e a maior parte da população vivia no campo. Entretanto, essa teoria não atendia às necessidades de muitas nações, em especial daquelas que não tinham condições de desenvolver plenamente sua agricultura. Era o caso da Escócia: naquele país, apenas 10% das terras serviam para a agricultura, e menos de 18%, para o pastoreio. O escocês Adam Smith ( ), em sua obra A riqueza das nações, discordou dos fisiocratas e estabeleceu outro critério para explicar a produção de riqueza: o trabalho humano. Os

3 3 indivíduos, completamente livres para agir, sem o Estado intervindo nos negócios, trabalhariam motivados para satisfazer os seus próprios interesses e atender às suas necessidades. A soma de todos os trabalhos executados pelos indivíduos de um país produziria a riqueza da nação. Com suas ideias, Smith criticava o mercantilismo e o colonialismo, pois pregava que os países deveriam ser livres para estabelecer suas relações comerciais. A crescente burguesia industrial inglesa, que necessitava ampliar os mercados para os seus produtos, adotou muito rapidamente suas ideias. Adam Smith é considerado o pai do liberalismo econômico, e suas obras são muito estudadas ainda hoje. Placa afixada em uma fazenda no condado de Cheshire, Inglaterra, com os dizeres: Propriedade privada. Mantenha-se afastado, Para o filósofo John Locke, a propriedade privada era um direito natural e inviolável. O ILUMINISMO O iluminismo, também conhecido como Ilustração ou Esclarecimento, foi um movimento filosófico que atingiu o seu auge na Europa do século XVIII, mas que teve suas bases teóricas estabelecidas no século anterior. Grandes defensores da liberdade, os pensadores iluministas combatiam a tirania dos reis e pregavam a igualdade de todos perante a lei. Rejeitando a força da tradição e dos dogmas religiosos, pregavam uma sociedade guiada pela razão, que, segundo eles, permitiria ao ser humano superar o atraso e conquistar o progresso e a plena felicidade.

4 4 De acordo com o iluminismo, no período medieval a humanidade se deixou levar pela ignorância e pelos dogmas bíblicos. O pensamento religioso teria prevalecido na Europa, impedindo o homem de raciocinar livremente. Todos os acontecimentos seriam explicados pela religião, de acordo com as orientações da Igreja. O pensamento iluminista teria vindo para libertar o homem das algemas da ignorância por meio da razão. Segundo os iluministas, os seres humanos, guiados pela razão, seriam capazes de compreender e explicar racionalmente os acontecimentos políticos, econômicos e sociais e as manifestações da natureza. Por esse motivo, o século XVIII tornou-se conhecido como Século das Luzes, em contraposição à Idade Média, chamada, desde a época dos renascentistas, de Idade das Trevas. O iluminismo ajudou a criar a base intelectual para a independência dos Estados Unidos, as revoluções na França e no Haiti e para os movimentos de independência na América Latina, entre outros acontecimentos importantes dos séculos XVIII e XIX. Porém, ao contrário do que se pensa, o iluminismo não pode ser visto como um sistema coeso de ideias ou como um modelo de pensamento único, pois havia importantes diferenças entre os seus representantes. O único ponto sobre o qual todos os iluministas tinham acordo era o direito de o ser humano expressar livremente suas opiniões por meio da razão. A Ilustração, ou Esclarecimento, não é um conjunto de ideias: é a atitude de falar publicamente usando a própria razão e recusando as explicações tradicionais. Os resultados deste método nem sempre formam um conjunto coerente e definitivo de ideais assim como seria incoerente com o Esclarecimento se creditássemos que as noções correntes de liberdade e democracia devem estar isentas de crítica. ELIAS, Rodrigo. Essa luz. Revista de História da Biblioteca Nacional, 1 o maio Disponível em capa/essa-luz. Acesso em 9 set Principais pensadores iluministas Foi na França que o movimento iluminista mais cresceu e se radicalizou, com a adesão de inúmeros intelectuais. Alguns deles estiveram na Inglaterra após a Revolução Gloriosa e ficaram muito impressionados com o clima de liberdade que lá existia. Esse contato deu enorme impulso à luta antiabsolutista na França. Conheça agora os principais pensadores da Ilustração. Voltaire François-Marie Arouet, que ficou conhecido como Voltaire ( ), é o mais famoso dos iluministas franceses e o que teve mais seguidores. Autor de várias obras, Voltaire dedicou sua vida à luta pela liberdade de expressão e contra a ignorância e a superstição em que, segundo ele, vivia a população francesa. Criticou com firmeza a Igreja Católica, que, no seu entender, mantinha o povo na

5 5 ignorância. Convencido de que a tarefa de combater o misticismo e a ignorância era também dos governos, Voltaire aproximou-se de monarcas absolutistas, como Frederico II, da Prússia, influenciando muitos atos da sua administração. Montesquieu O jurista Charles-Louis de Secondat, o barão de Montesquieu ( ), direcionou suas críticas ao poder absoluto dos reis. Com sua obra O espírito das leis, ele propôs a criação de três poderes: o Executivo, responsável por governar e garantir o cumprimento das leis no país; o Legislativo, encarregado de elaborar as leis; e o Judiciário, responsável por analisar a constitucionalidade das leis e julgar as situações de conflito. Dessa forma, segundo Montesquieu, haveria liberdade no país e todos os cidadãos seriam iguais perante a lei. A teoria da divisão dos três poderes influenciou a formação da maioria dos Estados contemporâneos, incluindo o Brasil. Leitura da tragédia O órfão da China, de Voltaire, no salão de Madame Geoffrin, pintura de Anicet Charles Gabriel Lemmonier, Museu Nacional do Castelo de Malmaison, França. Rousseau Jean-Jacques Rousseau ( ) nasceu em Genebra, na Suíça, mas ainda na adolescência se mudou para Paris. Rousseau foi, na política e na educação, o mais radical dos iluministas. Para ele, o homem é um ser bom por natureza. Com o passar do tempo, porém, a sociedade o desvirtuou, seus aspectos negativos sobressaíram e ele se tornou mau. Por isso, a

6 6 sociedade deveria ser reorganizada, para que a bondade natural do ser humano pudesse ser resgatada. Nesse processo de recuperação do indivíduo, a educação das crianças teria papel fundamental. No romance pedagógico Emílio ou Da educação, Rousseau procurou demonstrar como a educação ajudaria a resgatar a bondade natural do ser humano, pervertida pela sociedade. Rousseau também afirmava que o poder pertence ao povo, e não ao Estado, ou seja, o Estado apenas exerce o poder em nome do povo. Assim, um Estado só será legítimo se o povo puder escolher os seus representantes, para governar e elaborar as leis. Contudo, segundo Rousseau, para que as pessoas fossem capazes de se opor à tirania e à opressão dos governos, elas precisavam ser criadas na liberdade. Só um povo livre, educado para ter um pensamento autônomo, seria capaz de instituir governos democráticos. Rousseau também se afastou dos demais iluministas ao atacar a propriedade privada e acusá-la de ser a origem da desigualdade social entre os homens. O primeiro que, tendo cercado um terreno, atreveu-se a dizer: isto é meu, e encontrou pessoas simples o suficiente para acreditar nele, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras, assassínios, quantas misérias e horrores não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, houvesse gritado aos seus semelhantes: Evitai ouvir esse impostor. Estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não é de ninguém. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Os enciclopedistas Fontes, p Os iluministas utilizaram todos os meios para divulgar o conhecimento: cartas, jornais, livros, livretos, panfletos etc. Sem isso, pensavam eles, seria muito difícil a população abandonar suas crenças no sobrenatural, suas superstições e seus preconceitos e criar uma sociedade livre e baseada na razão. Em 1745, o editor e livreiro francês André Le Breton obteve licença para publicar, em francês, a Cyclopaedia (Dicionário universal das ciências e das artes), obra que havia feito muito sucesso na Inglaterra e que muitos iluministas viam como modelo de um manual do conhecimento. Sob essa inspiração, o filósofo francês Denis Diderot ( ), com a ajuda do matemático Jean D Alambert ( ), iniciou a criação da Enciclopédia, um conjunto de livros que, segundo eles, sistematizaria todo o conhecimento produzido pela humanidade até então.

7 7 Gravuras elaboradas entre 1751 e 1757 para ilustrar a Enciclopédia. A obra tratava dos mais diversos assuntos, desde as chamadas ciências da natureza, com estudos sobre a fauna, a flora e a anatomia, até temas como a história do Egito e dos povos mesopotâmicos. O primeiro volume recebeu forte oposição da sociedade francesa e da Igreja Católica. Isso porque o livro seguia os princípios da tolerância religiosa e do racionalismo, elogiando pensadores protestantes e desafiando dogmas religiosos. Em 1759, a Igreja incluiu a Enciclopédia no Índice dos Livros Proibidos. Mas os enciclopedistas não se intimidaram. Com a tolerância de algumas autoridades, o trabalho prosseguiu em sigilo até 1765, quando a Enciclopédia completou a primeira parte. A obra continuou a ser escrita até 1780, quando os dois últimos volumes foram finalizados. No total, a Enciclopédia é formada por 21 volumes de textos, 12 volumes de ilustrações e 2 volumes de índices gerais, perfazendo 35 livros. O conjunto da obra tem 25 mil páginas, com 71 mil artigos e ilustrações. Ela contou com a colaboração de 160 pessoas, entre editores, articulistas, resenhistas, gráficos e ilustradores. Déspotas esclarecidos Déspota é sinônimo de indivíduo autoritário, tirano; esclarecido designa uma pessoa que tem conhecimento das coisas. Despotismo esclarecido é o nome que recebeu o tipo de governo que, no final do século XVIII, combinava o absolutismo do rei com algumas ideias iluministas. Os déspotas esclarecidos mantinham o poder centralizado, mas adotavam medidas que modernizavam a

8 8 administração, como o incentivo à educação pública, o controle das finanças e a redução do poder da Igreja. A Rússia, por exemplo, um Estado despótico e uma das economias menos desenvolvidas da Europa, adotou algumas ideias iluministas sob o governo da czarina Catarina II. A burguesia russa era praticamente inexistente no século XVIII. Assim, as medidas modernizadoras de Catarina II foram pouco eficientes em um país essencialmente agrário e feudal. Entre as medidas tomadas, destacaram-se a relativa liberdade de culto concedida aos súditos e o controle da Igreja Ortodoxa pelo Estado. Tal como aconteceu na Rússia, o iluminismo foi introduzido no Império Austríaco por obra do monarca José II. Porém, ao contrário de Catarina II, as suas reformas foram mais profundas e eficazes. José II aboliu a servidão, concedeu liberdade de culto, estabeleceu a igualdade de todos perante a lei e admitiu não católicos nos postos de trabalho da administração pública. O monarca da Prússia, Frederico II, por sua vez, foi um grande amigo de Voltaire. Influenciado pelo filósofo francês, implantou em seu reino várias medidas defendidas pelos iluministas, como a abolição da tortura e dos direitos feudais, a criação de escolas, o incentivo à instrução pública e a tolerância religiosa. 1.Gravura do século XVIII que representa o rei da Prússia, Frederico II (em pé), visitando Voltaire. 2. Catarina II, a Grande ( ), imperatriz da Rússia, em pintura de Alexander Roslin, Museu Hermitage, Rússia. FONTES:

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