UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AUDIOLOGIA

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1 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AUDIOLOGIA WAGNER TEOBALDO LOPES DE ANDRADE ACHADOS AUDIOMÉTRICOS EM TRABALHADORES EXPOSTOS A RUÍDO DE UMA USINA SEM PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA Recife 2004

2 WAGNER TEOBALDO LOPES DE ANDRADE ACHADOS AUDIOMÉTRICOS EM TRABALHADORES EXPOSTOS A RUÍDO DE UMA USINA SEM PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA Monografia apresentada à Universidade Católica de Pernambuco como requisito parcial para a obtenção do certificado de Especialista em Audiologia, sob orientação da Profª Patrícia Maria de Andrade Leite-Barros e co-orientação da Profª Maria Luiza Lopes Timóteo de Lima. Recife 2004

3 A553e Andrade, Wagner Teobaldo Lopes de Achados audiométricos em trabalhadores expostos a ruído de uma usina sem programa de conservação auditiva / Wagner Teobaldo Lopes de Andrade, f. Orientadora: Patrícia Maria de Andrade Leite-Barros Monografia (Especialização em Audiologia) Universidade Católica de Pernambuco, Surdez provocada por ruído. 2. Distúrbios da audição Prevenção. 3. Audiologia. I. Título. CDU

4 Achados audiométricos em trabalhadores expostos a ruído de uma usina sem programa de conservação auditiva Wagner Teobaldo Lopes de Andrade Orientadora: Patrícia Maria de Andrade Leite-Barros Co-orientadora: Maria Luiza Lopes Timóteo de Lima Monografia submetida ao corpo docente do curso de pós-graduação em Audiologia da Universidade Católica de Pernambuco como requisito parcial para a obtenção do certificado de especialista. Aprovada em 20 de agosto de Banca examinadora: Profª Patrícia Maria de Andrade Leite-Barros UNICAP / FIR / FUNESO Prof. Paulo Marcelo Freitas de Barros UNICAP / UNIPÊ Recife 2004

5 AGRADECIMENTOS Às minhas orientadoras Patrícia Leite e Maria Luiza Timóteo, sumidades em Audiologia, pelo interesse, dedicação e incentivo com que nortearam esta pesquisa. Não é por acaso que vocês foram escolhidas... Ao meu grande amigo José Maria (e a Uga!!), pela fortaleza psicológica erguida ao meu redor, sem a qual a bigorna ainda estaria sobre os meus ombros. Ao Prof. (sempre mestre) Paulo Freitas, pelo conjunto da obra. Sem seus ensinamentos, este pesquisador jamais seria completo e, principalmente, apaixonado pela pesquisa. Além de tudo, foi uma honra tê-lo como examinador, com sugestões sempre bastante enriquecedoras. À Profª Jonia Lucena, um agradecimento em tamanho 14, pela enorme solicitude e constante disponibilidade ao atender o seu eterno pupilo. À Profª Denise Menezes, eterna referência em Audiologia, pela revisão do abstract mas, principalmente, por até hoje me ensinar a ser fonoaudiólogo. Aos meus estagiários Adriano Rockland, Graziella Antal e Maria Eduarda Gomes pela ajuda na elaboração do banco de dados. A Adriano, em especial, pela amizade e ajuda na realização das audiometrias. A Valência Marinho ( Voz da Audiologia ), querida amiga, pelas sugestões na análise de dados. A Wanessa Tenório, pelo fornecimento de materiais, revisão da monografia e, principalmente, pela grande amizade. A Morgana Boudoux e Patrícia Barboza, grandes incentivadoras e, acima de tudo, queridíssimas amigas. A Andréa Sant Ana, nova, querida e tão especial amiga. A Eduardo Coelho, diretor administrativo da Audibel, pela concessão dos exames audiométricos dos trabalhadores da usina. A Andréa Coelho, por me abrir os olhos diante de tão interessante tema. Às colegas de turma, em especial, Dani Machado, Michelle, Fernanda, Michelly e Ana Carla, pelas sugestões no decorrer da monografia.

6 A Rosa, Fernanda e, especialmente, Edna (NIC) que tão paciente e rapidamente me atendiam nos momentos sempre urgentes de impressão da monografia. A Jorge (Multimeios), pelas impressões e momentos de descontração nestas horas nervosas. Aos trabalhadores, cujos exames audiométricos compuseram esta pesquisa, por contribuírem, mesmo que inconscientemente, para o engrandecimento da Audiologia. A todos aqueles que injustamente foram esquecidos, porém, direta ou indiretamente, participaram da construção deste trabalho.

7 Se muitas enfermidades resistem aos esforços dos médicos, isto se deve ao fato de que eles desconhecem o todo (Platão)

8 RESUMO O ruído constitui-se um dos mais difusos agentes nocivos à saúde nos ambientes de trabalho, acometendo milhares de trabalhadores. A maior conseqüência da exposição a este agente, quando esta ocorre por várias horas ao dia e por longo tempo, é a perda auditiva, apesar de serem conhecidas, também, conseqüências extra-auditivas. A melhor alternativa para a prevenção destas alterações é o desenvolvimento do Programa de Conservação Auditiva (PCA), que visa, também, evitar a progressão das perdas auditivas já existentes. A ausência do PCA, portanto, pode fazer com que o trabalhador fique desprotegido auditivamente e, com isso, desenvolva perda auditiva. Desta forma, este estudo teve como objetivo investigar achados audiométricos em trabalhadores de uma usina de álcool e açúcar que apresenta níveis de pressão sonora superiores a 85dBNPS e não possui PCA. Foram analisados, através de um banco de dados, os exames audiométricos de 60 trabalhadores desta usina expostos a tais níveis de pressão sonora por mais de oito horas diárias. De acordo com os resultados, foi grande a ocorrência de perda auditiva sensório-neural, bilateral e simétrica. Verificou-se, ainda, grande diferença entre o tempo médio de exposição a ruído e tempo médio de uso de equipamento de proteção individual (EPI). Além disso, a média dos limiares auditivos apresentou configuração em entalhe bilateral. Concluiuse, portanto, ser grande a ocorrência de perdas auditivas sugestivamente induzidas por ruído entre os trabalhadores expostos a ruído desta usina sem PCA. Este trabalho vem a contribuir com as pesquisas na área da Audiologia Ocupacional na medida em que mostra as alterações auditivas sofridas por trabalhadores expostos a ruído ocupacional, confirmando a importância da implantação e do desenvolvimento do PCA em empresas que apresentem em seu ambiente de trabalho, níveis de pressão sonora elevados, a fim de se prevenir a perda auditiva dos trabalhadores que apresentam audição normal, assim como evitar o agravamento das perdas auditivas existentes favorecendo, desta forma, a melhoria da qualidade de vida do trabalhador. Palavras-chave: Ruído ocupacional, Prevenção Primária, Surdez.

9 ABSTRACT Environmental noise consists in one of the most harmful agent to workers health. The biggest consequence of intense noise exposure is the hearing loss, although extraauditory consequences are also documented. The best alternative to prevent these consequences is the implantation of a Hearing Conservation Program (HCP). The purpose of this study was to investigate audiometric findings in workers exposed to high level noise (over 85 dbspl) in a sugar and alcohol industry which lacks a HCP. The audiometries of 60 workers exposed to this sound pressure level for more than eight hours daily showed large occurrence of bilateral and symmetrical sensorineural hearing loss. In addition, it was verified a great difference in average time between the exposure to noise and the use of a hearing individual protection. Moreover, most of the audiograms presented a bilateral configuration in notch, suggesting noise-induced hearing loss among these workers. These findings may contribute to reinforce the importance of the implantation of these programs in companies with high level noise working environment in order to prevent hearing loss and others consequences. Therefore, this study intends to offer scientific information in order to improve the worker quality of life. Keywords: Occupational Noise, Primary Prevention, Deafness.

10 LISTA DE QUADROS Quadro 01 Relação entre nível de ruído e tempo máximo de exposição permitido sem uso de EPI Quadro 02 Graduação da perda auditiva induzida por ruído... 25

11 LISTA DE TABELAS Tabela 01 Distribuição dos trabalhadores da usina quanto à idade Tabela 02 Distribuição dos trabalhadores da usina quanto ao tempo de exposição a ruído Tabela 03 Distribuição dos trabalhadores da usina quanto ao tempo de uso de EPI Tabela 04 Distribuição dos trabalhadores da usina quanto à conclusão audiométrica de acordo com o tipo da perda auditiva Tabela 05 Distribuição dos trabalhadores da usina quanto à conclusão audiométrica de acordo com a lateralidade da perda auditiva Tabela 06 Distribuição dos trabalhadores da usina com perda auditiva bilateral quanto à classificação da perda auditiva x nexo com a atividade laborativa Tabela 07 Distribuição dos trabalhadores da usina que apresentaram audiometria sugestiva de PAIRO quanto à simetria da perda auditiva na OD e na OE Tabela 08 Distribuição comparativa dos trabalhadores da usina que apresentaram audição normal e audiometria sugestiva de PAIRO quanto à idade Tabela 09 Distribuição comparativa dos trabalhadores da usina que apresentaram audição normal e audiometria sugestiva de PAIRO quanto ao tempo de exposição a ruído Tabela 10 Distribuição comparativa dos trabalhadores da usina que apresentaram audição normal e audiometria sugestiva de PAIRO quanto ao tempo 46 de uso de EPI... Tabela 11 Distribuição dos trabalhadores da usina que apresentaram audiometria sugestiva de PAIRO quanto à exposição a produtos químicos Tabela 12 Distribuição dos trabalhadores da usina que apresentaram audiometria sugestiva de PAIRO quanto à exposição a ruído extra-laborativo Tabela 13 Distribuição dos trabalhadores da usina que apresentaram audiometria sugestiva de PAIRO quanto ao grau da perda auditiva na OD e OE Tabela 14 Média (em db) dos limiares auditivos das audiometrias sugestivas de PAIRO... 49

12 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01 Representação da média dos audiogramas dos exames sugestivos de PAIRO para OD e OE... 49

13 LISTA DE SIGLAS db dbna dbnps EPI Hz IRF MPL MTL MTLIR NPS NR OD OE ORL PAIR PAIRO PCA PPP Q WHO Decibel Decibel nível de audição Decibel nível de pressão sonora Equipamento de proteção individual Hertz Índice de reconhecimento de fala Mudança permanente de limiar Mudança temporária de limiar Mudança temporária de limiar induzida por ruído Nível de pressão sonora Norma regulamentadora Orelha direita Orelha esquerda Otorrinolaringologi(st)a Perda auditiva induzida por ruído Perda auditiva induzida por ruído ocupacional Programa de conservação auditiva Perfil profissiográfico previdenciário Fator de troca World Health Organization (Organização Mundial de Saúde)

14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O ruído Perda auditiva induzida por ruído ocupacional Outros efeitos auditivos da exposição ao ruído Repercussões extra-auditivas decorrentes da exposição ao ruído Programa de conservação auditiva MÉTODO Participantes Materiais Procedimentos Definição da variável Considerações éticas RESULTADOS E DISCUSSÕES CONCLUSÕES SUGESTÕES REFERÊNCIAS APÊNDICE

15 14 1 INTRODUÇÃO O ruído constitui-se um dos agentes nocivos à saúde mais difusos nos ambientes de trabalho, acometendo milhares de trabalhadores e a literatura em Audiologia Ocupacional é unânime em relacionar a exposição a este agente à perda auditiva. A perda auditiva induzida por ruído ocupacional (PAIRO) pode estar acompanhada de outros sintomas auditivos e extra-auditivos que prejudicam a qualidade de vida do trabalhador. Uma forma eficiente de se prevenir a ocorrência de todas estas alterações é o desenvolvimento do programa de conservação auditiva (PCA) que, apesar de obrigatório, nem sempre é realizado. No entanto, uma razão importante para o aumento de interesse nos problemas relacionados ao ruído industrial é o pagamento de indenização por perda auditiva ocupacional, ou seja, muitas vezes é levado em consideração o fator financeiro em detrimento da saúde do trabalhador. O interesse para a realização desta pesquisa surgiu no momento em que, ao avaliar a audição de 60 trabalhadores de uma usina que possui elevados níveis de pressão sonora (superior a 85dBNPS decibels nível de pressão sonora) sem PCA, foi percebida, informalmente, alta ocorrência de perdas auditivas (sugestivas e não sugestivas de PAIRO). Sabendo da grande importância do PCA para a qualidade de vida dos funcionários expostos a elevados níveis de pressão sonora, o objetivo geral desta pesquisa foi investigar achados audiométricos em trabalhadores expostos a ruído ocupacional em uma usina em que não há a realização deste programa. Como objetivos específicos, teve-se: investigar a relação entre o tempo médio de exposição a ruído e o tempo médio de uso de EPI, investigar a existência de alterações auditivas nos trabalhadores, seu tipo, lateralidade e simetria e, ao final, correlacionar os achados audiométricos dos funcionários com audição normal e perda auditiva sugestiva de indução por ruído ocupacional. A fundamentação teórica do presente estudo consta de alguns pilares básicos, necessários à compreensão da temática abordada. Inicialmente, será exposto, de forma

16 15 breve, o histórico da exposição a ruído ocupacional, seguindo-se o estudo deste agente físico nocivo. Na seqüência, a perda auditiva induzida por ruído ocupacional, os demais efeitos auditivos e os extra-auditivos que podem ocorrer de forma concomitante. Finalizando, o PCA e a sua importância para a manutenção e/ou melhora da saúde auditiva dos trabalhadores.

17 16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA De acordo com Mendes (1995), historiadores da Medicina mostram que é possível detectar referências à associação entre o trabalho e a saúde-doença desde os papiros egípcios e, mais tarde, no mundo greco-romano. Uma das primeiras atividades industriais, entretanto, que envolveu a saúde (e a doença) auditiva foi o forjamento, uma operação responsável por perdas auditivas induzidas por ruído, dano causado pelo ruído do impacto do martelo e da prensa e, em menor grau, pela batida do pino da operação dos cilindros de vapor e ar (BURGESS, 1997). No entanto, a Revolução Industrial, que ocorreu entre meados dos séculos XVIII e XIX, na Inglaterra, baseada na organização de um produtivo sistema fabril e possibilitada por relevantes progressos tecnológicos, como o aperfeiçoamento de máquinas de fiação e tecelagem e a invenção da máquina a vapor, da locomotiva e de inúmeras máquinas-ferramenta (MOTA, 1973), tornou-se um marco na abordagem das doenças do trabalho (MIRANDA, 1998). Isto ocorreu em virtude da introdução de uma nova forma de produzir e organizar o trabalho, que levou a profundas repercussões no modo de viver, adoecer e morrer dos trabalhadores (MENDES e DIAS, 1999). Mendes (1995) refere que os baixos salários (pagos especialmente a mulheres e crianças) e os impactos das condições de trabalho na saúde dos trabalhadores levaram a um movimento social que obrigou políticos e legisladores a introduzirem medidas de controle das condições e ambientes de trabalho. A partir da Revolução Industrial, acentuou-se o desenvolvimento tecnológico, sendo intensificados, da mesma forma, os cuidados com a atuação profissional e, especialmente, com os riscos e doenças dela decorrentes, como a PAIRO 1, foco do presente estudo. 1 Neste trabalho, será priorizado o termo PAIRO em detrimento de PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído, termo mais difundido na literatura), em função da maior especificidade à atividade laborativa.

18 O ruído De acordo com Morata e Carnicelli (1988), o ruído é a superposição de vários movimentos de vibração com freqüências (número de vibrações completas de determinado som em um segundo) e intensidades (quantidade de energia vibratória que se propaga nas áreas próximas a partir da fonte sonora) diferentes e cujos componentes são desarmônicos. Santos e Matos (1996a) referem que, em geral, som é utilizado para descrever sensações prazerosas, ou seja, freqüências em harmonia, enquanto que ruído é usado para revelar sons desagradáveis, apesar de o conceito de agradabilidade ser, essencialmente, individual. A permanência em um ambiente ruidoso afeta de forma significativa, segundo os mesmos autores, o bem-estar das pessoas, que podem apresentar variações bruscas de humor, estresse e maior predisposição a alterações orgânicas. Já a ABNT (1978, apud ALMEIDA, RUSSO e MOMENSOHN-SANTOS, 2001) conceitua ruído como um fenômeno acústico dissonante ou anárquico, aperiódico ou indesejável; uma mistura de sons cujas freqüências diferem entre si por valor inferior à habilidade de discriminação em freqüência da orelha. Morata e Carnicelli (1988) classificam os ruídos em dois grupos distintos, de acordo com a sua duração: os contínuos e os não-contínuos. Sendo assim, o ruído contínuo é aquele que persiste por algum tempo, como um rádio fora de sintonia, enquanto o não-contínuo refere-se ao ruído com menos de um segundo de duração e intervalos superiores a um segundo. Entre os ruídos não-contínuos, destaca-se o ruído de impacto, em geral associado a explosões e considerado um dos tipos de ruído mais nocivos à audição. A estes grupos, Santos e Matos (1996a) acrescentam o ruído intermitente, caracterizado pela redução do nível de ruído ao valor de fundo por várias vezes durante o período de observação. Os ruídos contínuos podem ser, ainda, segundo Russo (1999), subdivididos em estacionário (variação desprezível de nível durante o período de observação), nãoestacionário (variação significativa de nível durante o período de observação) e flutuante (variação contínua de nível).

19 18 Apesar de se perceber a presença de ruído em quase todos os lugares (como ruas e locais de lazer), principalmente em se considerando a sociedade urbana atual, o ruído que vem, há algum tempo, preocupando os profissionais da saúde (especialmente fonoaudiólogos e médicos do trabalho) é o chamado ruído ocupacional, que difere do ruído social pelo fato de ocorrer em decorrência da atividade laborativa, possibilitando a exposição prolongada (a seus níveis excessivos, durante um longo período de tempo) das pessoas que ali trabalham. O ruído ocupacional encontrado em usinas, indústrias, gráficas, serralharias e outros locais é gerado pela maquinaria utilizada e pode levar a diversas conseqüências na qualidade de vida dos trabalhadores. Dentre estas conseqüências, destaca-se a perda auditiva, sendo a literatura em Audiologia Ocupacional unânime em afirmar a relação direta existente entre a exposição ao ruído ocupacional e a PAIRO. 2.2 Perda auditiva induzida por ruído ocupacional De acordo com Ferreira Júnior (1998), a PAIRO é a doença crônica e irreversível resultante da agressão às células ciliadas do órgão de Corti (alteração sensório-neural) decorrente da exposição sistemática e prolongada a ruído de intensidade (em nível de pressão sonora NPS) elevada. A PAIRO é uma condição específica com sintomas estabelecidos e achados objetivos (MORATA e LEMASTERS, 2001), uma das doenças mais freqüentes do aparelho auditivo (ATTI et al., 2000) e por exercício laborativo (TRINDADE et al., 1993; MARTÍNEZ, 1995). A exposição a sons de intensidades elevadas pode levar a dois tipos de perdas auditivas: a mudança temporária de limiar (MTL) e a mudança permanente de limiar (MPL), além do trauma sonoro (RUSSO, 1999). A MTL é um efeito a curto prazo representado pela redução da sensibilidade auditiva que retorna gradualmente ao normal depois de cessada a exposição, sendo dependente do tempo de exposição, intensidade e freqüência do ruído, assim como da susceptibilidade individual. A maior parte da MTL se recupera nas primeiras duas a três horas após cessada a exposição e pode levar até 16 horas para recuperação completa,

20 19 dependendo da intensidade do som a que o indivíduo foi exposto (SANTOS e MORATA, 1996). Devido ao fato de o ruído produzir MTL, esta alteração é conhecida mais especificamente como mudança temporária de limiar induzida por ruído (MTLIR) (MELNICK, 1999). Este mesmo autor refere, ainda, que a MTL pode variar de uma sensibilidade auditiva de poucos decibels (db) em uma faixa estreita de freqüências a alterações que tornam a orelha temporariamente surda, sendo os ruídos com energia concentrada na faixa de freqüências entre e 6.000Hz os que produzem mais MTL comparados aos de outras faixas de freqüência. Já a MPL, de acordo com Santos e Morata (1996), é a evolução da situação de fadiga auditiva fisiológica para patológica, ou seja, que não retorna ao normal após um período de repouso acústico, caracterizando uma sobrecarga mecânica/metabólica, representando, assim, um processo de instalação dos danos auditivos irreversíveis. Melnick (1999) acrescenta que há quatro fatores que contribuem ao perigo em potencial do ruído com relação à audição: nível sonoro total (medido em db), distribuição espectral (distribuição da energia sonora por freqüência), duração e distribuição do ruído e exposição cumulativa em dias, semanas e anos. Havendo mudança do limiar auditivo de forma permanente, não existe qualquer possibilidade de recuperação da audição com o passar do tempo, mesmo após cessada a exposição. Conforme a Portaria 19 do Ministério do Trabalho (BRASIL, 1998), a PAIRO tem como principais características: irreversibilidade e progressão gradual com tempo de exposição ao ruído, com acometimento inicial dos limiares auditivos de uma ou mais freqüências da faixa de a 6.000Hz e, posteriormente, afecção das freqüências mais altas e mais baixas. Além disso, uma vez cessada a exposição, não haverá progressão da surdez. Já a Portaria do INSS com respeito à perda auditiva induzida por ruído ocupacional (BRASIL, 1997a) refere como características da PAIRO (com base no Comitê de Ruído e Conservação Auditiva da American College of Occupational Medicine e no Comitê Nacional de Ruído e Conservação Auditiva): ser sempre sensório-neural, por comprometer as células do órgão de Corti;

21 20 ser quase sempre bilateral, simétrica e irreversível, apesar de a unilateralidade e assimetria não serem, por si sós, fatores de exclusão de diagnóstico de PAIRO, pois dependendo do tipo de exposição das orelhas ao ruído, o grau da perda pode preponderar em um lado em relação ao outro (SANTOS, 1989; FERREIRA JÚNIOR, 1998). Kwitko e Pezzi (1993) referem que, mesmo estando a PAIRO limitada a uma única freqüência em uma orelha já indica um problema e merece atenção; não ultrapassa 40dBNA (decibels nível de audição) nas baixas freqüências e 75dBNA nas altas freqüências, no entanto, segundo Ferreira Júnior (1998), mesmo em quadros com perda que ultrapasse estes valores, o diagnóstico de PAIRO deve ser mantido até que seja aventada outra etiologia plausível. Já Piza (1997) afirma que a PAIRO pode variar de leve a profunda; a perda tem seu início, e predomina, nas freqüências de 6.000, e/ou 3.000Hz, progredindo lentamente às freqüências de 8.000, 2.000, 1.000, 500 e 250Hz, para atingir seu nível máximo nas freqüências altas nos primeiros 10 a 15 anos de exposição estável a NPS elevados, dando ao traçado audiométrico um aspecto característico, denominado entalhe. Segundo a WHO (1997), o ruído afeta o suprimento sanguíneo das células ciliadas, inicialmente, na freqüência em torno de 4.000Hz; atingir a cóclea, podendo o trabalhador desenvolver recrutamento, perda de capacidade de reconhecer palavras e zumbidos, prejudicando o processo de comunicação; cessada a exposição aos NPS elevados, não há progressão da PAIRO, levando-se em consideração que a progressividade da surdez por ruído é condicionada à persistência da exposição do trabalhador a este agente; exposições pregressas não tornam o ouvido mais sensível a exposições futuras; ser influenciada pelas características físicas do ruído, tempo e dose de exposição e susceptibilidade individual nas perdas. Os limites de tolerância para exposição a ruído contínuo ou intermitente com NPS elevados, de acordo com o Anexo 1 da NR-15 (Norma regulamentadora nº 15) (BRASIL, [19--]) serão descritos no quadro 01. Estes limites de tolerância, segundo Gonzaga (2002), apresentam fator de troca (Q) de 5dB (para cada aumento de 5dB há

22 21 redução, pela metade, do tempo máximo de exposição por dia), considerando-se 85dBNPS como a intensidade inicial capaz de promover lesão auditiva (sem equipamento de proteção individual EPI). É importante ressaltar que o fator de troca adotado pela maioria dos países já é de 3dB (aumento de 3dB e diminuição do tempo pela metade), no intuito de se aumentar a proteção auditiva dos trabalhadores (GONZAGA, 2002). Quadro 01 Relação entre nível de ruído e tempo máximo de exposição permitido sem uso de EPI. Nível de ruído db(a) Máximo tempo de exposição diária permissível (Legislação Brasileira, Q = 5) 85 8h 86 7h 87 6h 88 5h 89 4h30min 90 4h 91 3h30min 92 3h 93 2h40min 94 2h15min 95 2h 96 1h45min 98 1h15min 100 1h min min min min min min min min min Fonte: Brasil ([19--]). Melnick (1999) refere que o risco de alteração auditiva para exposição de 80dB fica entre 0-5%; para 85dB, aumenta para 10-15%, enquanto que para 90dB, a estimativa fica entre 21-29%. Isto torna claro que a exposição a ruído abaixo de 80dB é

23 22 relativamente segura à audição, enquanto que o risco de perda auditiva começa a aumentar rapidamente em 85dB e em níveis mais altos. De acordo com esta afirmação, a exposição a ruído superior a 80dB já pode causar alteração auditiva, no entanto, neste estudo, será considerada a intensidade de 85dB como a intensidade inicial capaz de proporcionar lesão do sistema auditivo. De acordo com Russo (1999), uma motocicleta e um carro de corrida podem produzir sons de até 120dB, permitindo ao seu piloto uma exposição (segura) de apenas três minutos e meio, seguindo a razão entre aumento de intensidade e diminuição de tempo acima citada. Verifica-se, portanto, o quão intensos podem ser os sons (ocupacionais ou não) sem que o indivíduo perceba seus prejuízos auditivos, orgânicos e na comunicação. Em grande parte dos casos, quando o trabalhador chega ao serviço de diagnóstico audiológico (nas situações em que não há oferta deste serviço dentro da empresa), já houve a instalação, mesmo que em grau leve, da PAIRO (SANTOS e MORATA, 1996). A Portaria 19 do Ministério do Trabalho (BRASIL, 1998) enumera como os procedimentos necessários para a avaliação auditiva do trabalhador: a anamnese clínico-ocupacional, o exame otológico, o exame audiométrico e outros exames audiológicos complementares solicitados a critério médico. A anamnese clínico-ocupacional tem como objetivo investigar a história ocupacional do trabalhador para o estabelecimento do nexo com o trabalho, bem como identificar outros fatores que possam estar causando dano auditivo, possibilitando o diagnóstico diferencial. De acordo com a Portaria do INSS com respeito à perda auditiva induzida por ruído ocupacional (BRASIL, 1997a), devem ser investigados os seguintes itens: tipo de profissão, função exercida, exposição atual e pregressa a NPS elevados, exposição a produtos químicos e/ou vibração, uso de medicação (potencialmente ototóxica), história familiar de perda auditiva, exposição extra-laborativa a NPS elevados, dificuldade de reconhecer palavras e queixa de zumbido. Santos (1996) acrescenta, ainda, que também devem ser investigados antecedentes mórbidos que possam influir na audição.

24 23 Em seguida, deverá ser feita a meatoscopia para detecção de fatores que possam influenciar, em geral de forma temporária, os resultados do exame audiométrico, como excesso de cerumen ou presença de corpo estranho no meato acústico externo (FERREIRA JÚNIOR, 1998). Após a meatoscopia, sucede-se a realização da audiometria que, segundo Kwitko (1998) é o único meio de monitorar a audição dos trabalhadores expostos a ruído. Este procedimento é iniciado pela testagem do limiar auditivo por via aérea na freqüência de 1.000Hz, seguida por 2.000, 3.000, 4.000, 6.000, 8.000, 500 e 250Hz, apesar de, conforme a NR-15 (BRASIL, [19--]), esta última freqüência não ser obrigatória na avaliação auditiva ocupacional. A testagem dos limiares auditivos por via óssea deverá ser realizada quando os limiares auditivos de uma ou mais freqüências entre 500 e 4.000Hz for superior a 25dB (limite de normalidade auditiva em exames audiométricos ocupacionais) a fim de ser definido o tipo da alteração auditiva (condutiva, sensório-neural ou mista). Estudos, no entanto, revelam inadequação do limite de normalidade para todas as freqüências. Eles demonstram que 25dBNA pode ser um valor elevado para as baixas e médias freqüências (250, 500, 1.000, e 3.000Hz) e baixo para as altas freqüências (4.000, e 8.000Hz), sugerindo a revisão deste limite de normalidade universal (FERREIRA JÚNIOR, 1998). Apesar de tais constatações, este estudo considerará o limite de normalidade de 25dBNA para todas as freqüências, como descrito pela Portaria 19 do Ministério do Trabalho (BRASIL, 1998). A audiometria ocupacional possibilita três tipos de resultados: compatível com a normalidade, compatível com (ou sugestivo de) PAIRO e não compatível com (ou não sugestivo de) PAIRO. Dentre eles, destacam-se os dois primeiros por se relacionarem diretamente ao objetivo da pesquisa em questão. O audiograma compatível com a normalidade é aquele cujos limiares auditivos por via aérea são iguais ou inferiores a 25dBNA sem diferença significativa entre os limiares das baixas e das altas freqüências, considerando-se que pode haver entalhe audiométrico dentro da faixa de normalidade (FERREIRA JÚNIOR, 2000). O audiograma é considerado sugestivo de PAIRO quando há maior elevação dos limiares auditivos nas freqüências de 3.000, e/ou 6.000Hz do que nas outras

25 24 freqüências testadas, tanto por via aérea, quanto por via óssea (surdez sensórioneural), caracterizando o entalhe audiométrico. É importante ressaltar que um audiograma com todos os limiares dentro dos padrões de normalidade, porém com diferença entre as freqüências altas e baixas deve ser levado em consideração para fins preventivos ou de diagnóstico na fase inicial da perda auditiva. Em geral, a alteração auditiva é bilateral e simétrica (FERREIRA JÚNIOR, 1998). Este mesmo autor afirma que o audiograma não compatível com PAIRO demonstra alguma alteração que foge às suas características. Entre estas alterações, destacam-se as perdas auditivas condutiva e mista (podendo esta estar associada ou não à PAIRO) ou sensório-neurais com limiares tonais igualmente comprometidos ou mais elevados nas baixas freqüências. Apesar de qualquer indivíduo exposto a ruído ocupacional apresentar risco de desenvolver perda auditiva, um aspecto se torna essencial na avaliação deste risco: a susceptibilidade individual, que qualifica pessoas como mais ou menos resistentes à ação de determinado agente nocivo à saúde. Desta forma, um trabalhador pode estar exposto a ruído por 10 anos e apresentar nenhuma ou mínima alteração audiométrica, enquanto outro pode apresentar maior alteração em um menor período de tempo exposto a ruído de mesma intensidade (SANTINO e COUTO, 1995). Há diversas classificações de perdas auditivas ocupacionais no que se refere à sua graduação. Neste trabalho, será utilizada a classificação desenvolvida por Costa (1992, apud SANTINO e COUTO, 1995) em sete graus: 0, 0+, I, II, III, IV e V, que considera as médias das freqüências de 500Hz / 1.000Hz / 2.000Hz e 3.000Hz / 4.000Hz / 6.000Hz (ver quadro 02).

26 25 Quadro 02 Graduação da perda auditiva induzida por ruído. Grau Média Média 500Hz / 1.000Hz / 2.000Hz 3.000Hz / 4.000Hz / 6.000Hz 0 25dB 25dB 0+ 25dB 25dB* I 25dB > 25dB II 25dB > 25dB e 3000Hz > 25dB III 25dB > 25dB e 2000Hz > 25dB IV > 25dB > 25dB V Traçados anômalos (patologia não relacionada ao ruído) * Com ou ou 6.000Hz > 25dB Fonte: Costa (1992, apud SANTINO e COUTO, 1995). Apesar de saber-se que a perda da capacidade de audição é a maior conseqüência da exposição a ruídos intensos, são conhecidos outros efeitos auditivos decorrentes da atividade laborativa com elevados níveis de pressão sonora, como o zumbido, a deterioração da discriminação da fala e a intolerância a sons intensos (COSTA e KITAMURA, 1995). 2.3 Outros efeitos auditivos decorrentes da exposição ao ruído O zumbido pode ser definido como a sensação de um som percebido pelo indivíduo independentemente de haver uma fonte sonora externa. É também denominado tinnitus ou tinito (FUKUDA, 1998). De acordo com este mesmo autor, um terço da população adulta apresenta zumbido e deste, em 5% dos casos chega a ser incomodativo, dificultando as funções mentais normais, como raciocínio, memória e compreensão. Estas alterações influenciam negativamente a qualidade de vida desta população, que pode se mostrar irritadiça, angustiada, deprimida, ansiosa, insone e, em raras situações, com tendência ao suicídio.

27 26 O zumbido é o primeiro sintoma da exposição a ruído intenso (OLSEN, 2001) e uma das queixas mais comuns das pessoas com PAIRO (KÓS e KÓS, 1998), presente em 76,7% dos trabalhadores metalúrgicos (AMBRÓZIO, 1995, apud COSTA, 2001) e em 41,2% dos operários expostos a ruído superior a 95dBNPS (ANDRADE et al., 1998). Por vezes, o zumbido pode ser sintoma de uma perda auditiva passageira (MTL), porém, no contexto ocupacional, costuma estar associado a perdas auditivas permanentes (sensório-neurais). Na grande maioria das vezes, o zumbido não é relacionado a algum evento específico, pois aparece gradualmente ao longo dos anos de trabalho em um ambiente ruidoso (OLSEN, 2001). Almeida et al. (1992, apud OLSEN, 2001) referem que a freqüência do zumbido, em geral, encontra-se entre e Hz, podendo apresentar componentes de diversas freqüências e diferenças interaurais com relação à freqüência e à intensidade. Entre as pessoas com PAIRO, poucas referem o zumbido como sendo intenso. Quanto ao local, alguns sentem-no como proveniente do interior da cabeça, dos ouvidos, de fora da cabeça ou de uma localidade difusa (FUKUDA, 1998). De acordo com Ferreira Júnior (1998), a maioria das pessoas com PAIRO refere maior intensidade do zumbido à noite, o que pode ser explicado pelo fato de este período do dia ser mais silencioso, havendo, portanto, sua maior percepção. Não é possível relacionar claramente a intensidade do zumbido e a sensação psicoacústica do paciente (OLSEN, 2001), pois isto depende exclusivamente da sensação de desconforto e irritabilidade de cada sujeito. Desta forma, um zumbido intenso não necessariamente será referido como grave, assim como um zumbido de fraca intensidade poderá ser referido como um incômodo extremo. Além da perda auditiva e do zumbido, os trabalhadores podem apresentar, também como repercussões auditivas da exposição ao ruído ocupacional, deterioração da capacidade de discriminação da fala e intolerância a sons intensos. A discriminação de fala pode mostrar-se bastante prejudicada nos trabalhadores com exposição a ruído por conta da alteração coclear causada pelos níveis elevados de pressão sonora. De acordo com Miller e Nicely (1955, apud RUSSO e BEHLAU, 1993), abaixo de 500Hz concentra-se 60% da energia acústica da fala, que contribui com 5%

28 27 da sua inteligibilidade, enquanto que acima de 1.000Hz encontra-se apenas 5% da energia acústica que será responsável por 60% da inteligibilidade da informação. Fletcher (1953, apud RUSSO e BEHLAU, 1993) refere que a faixa de freqüência entre e 8.000Hz compreende apenas 2% da energia acústica e é responsável por 25% da inteligibilidade da fala, enfatizando a importância das freqüências altas (as mais acometidas pela PAIRO) na adequada compreensão da mensagem falada. No entanto, mesmo com a cóclea lesada, o indivíduo ainda poderá ter uma boa discriminação em condições favoráveis de audibilidade por se valer de outras pistas de compensação (COSTA e KITAMURA, 1995). Apesar disto, o mascaramento e a reverberação ambientais do dia-a-dia poderão afetar estes mecanismos de compensação, reduzindo a inteligibilidade da fala, que pode ser avaliada através do teste de IRF (índice de reconhecimento de fala), componente da audiometria vocal. Cóser et al. (2000) afirmam que o reconhecimento de sentenças é comprometido de forma significante no indivíduo com PAIRO, tanto em ambientes silenciosos quanto em ambientes ruidosos. Já a intolerância a sons intensos (recrutamento), também causada pela lesão às células ciliadas do órgão de Corti (localizado na cóclea), poderá ser diagnosticada pela pesquisa dos limiares dos reflexos estapédicos, durante a imitanciometria. Além disso, Araújo (2002) verificou queixa de otorréia em 6% dos trabalhadores de indústria metalúrgica, no entanto, não é explicitada relação entre este sintoma e a exposição ao ruído. Apesar de serem os sintomas auditivos os mais salientes, a exposição a ruído também afeta sobremaneira a qualidade de vida do trabalhador no que se refere a alterações extra-auditivas, especialmente quando se tem em mente que a perda auditiva é apenas um dos males que os sons intensos podem causar (CASTRO, 2001). Fiorini (2004) refere que, em 1980, a Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização Mundial de Saúde reconheceram que o ruído pode perturbar o trabalho, o descanso, o sono e a comunicação dos seres humanos, além de poder causar reações psicológicas, fisiológicas e até patológicas.

29 Repercussões extra-auditivas da exposição ao ruído De acordo com Zocchio (1992), são várias as conseqüências de uma doença profissional. Na grande maioria das vezes, a vítima de um acidente de trabalho sofre algum tipo de perturbação psicológica. Embora certo de que poderá exercer normalmente suas funções laborativas, poderá sentir-se inferiorizado diante dos demais trabalhadores, se sentir piedosamente aceito pela empresa ou, ainda, preocupado com uma possível marginalização no trabalho. A PAIRO, por ser um distúrbio invísivel e que, em grande parte dos casos, não incapacita o trabalhador para o seu exercício profissional, não se enquadra perfeitamente entre as doenças profissionais que levam a alteração psicológica. No entanto, pode ocasionar aborrecimentos (MELNICK, 1999), conflitos familiares, isolamento e solidão (FERREIRA JÚNIOR, 2000). É sabido, também, que o ruído excessivo pode desencadear uma série de distúrbios que irão afetar diretamente a qualidade de vida do trabalhador à sua exposição (CASTRO, 2001). Os efeitos não-auditivos da exposição ao ruído são produzidos, de acordo com Costa e Kitamura (1995), por via polineuronal, através das conexões colaterais na substância reticular do tronco cerebral, que podem levar a perturbação do equilíbrio hormonal e neurovegetativo, pelas relações com o hipotálamo. Andrade et al. (1998) referem que as alterações extra-auditivas mais citadas por funcionários expostos a ruído foram: indisposição e cansaço (62,5%), ansiedade (55%), desatenção (37,5%) e dor de cabeça (36,5%). Já Okamoto e Santos (1996) citam alterações cardiocirculatórias (ação do ruído sobre o sistema circulatório, ocorrendo vasoconstrição e hipertensão arterial sistêmica), dilatação pupilar e alteração na motilidade dos olhos, alterações gastrointestinais (gastrite e úlcera gastroduodenal, pela ação do ruído de freqüências menores que 500Hz nos órgãos ocos estômago e intestino desencadeando estimulação neuroquímica e conseqüente estimulação do sistema nervoso central e ocorrência de hipersecreção gastroduodenal) e perda da habilidade (possibilitando maior número de acidentes de trabalho).

30 29 Ibañez, Schneider e Seligman (2001) afirmam que a exposição a ruído pode levar a alterações do sono (insônias importantes e, consequentemente, dificuldade de compreensão e memória), neurológicas (tremores nas mãos) e comportamentais (mudanças na conduta e no humor, redução da potência sexual, depressão e estresse). Além disso, segundo Costa e Kitamura (1995), alterações na comunicação podem ocorrer, pois o ruído intenso provoca o mascaramento da voz e de outros sinais, podendo atrapalhar a execução ou o entendimento de ordens e a recepção de avisos de alerta. O trabalhador com PAIRO pode apresentar, ainda, fadiga muscular (BELLUSCI, 1996), fadiga mental (GERGES, 2000) e diminuição da acuidade visual (AIDAR, 1999). Frequentemente, na prática clínica, observam-se queixas de alterações do equilíbrio em trabalhadores com exposição a ruído ocupacional, que pode provocar, ainda, dificuldade na marcha, nistagmo e desmaios (IBAÑEZ, SCHNEIDER e SELIGMAN, 2001). Lima (2003) verificou ocorrência de queixa de tontura em 34,14% dos bacamarteiros do interior do estado de Pernambuco, enquanto Andrade et al. (1998) verificaram esta mesma queixa em 26,25% dos trabalhadores expostos a ruído industrial. Golz et al. (2001) verificaram que as desordens do equilíbrio acontecem em trabalhadores com perda auditiva assimétrica. De acordo com Guerra (2002), a saúde ocupacional deve englobar promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos ocupacionais, através de vigilâncias epidemiológicas e sanitárias. Segundo Ussan (1999), situações que exponham o empregado a grave e iminente risco não podem ser toleradas, sendo a intervenção obrigatória. Uma alternativa eficiente para prevenção das alterações não só auditivas, como extra-auditivas, decorrentes de exposição a ruído é o desenvolvimento do PCA que, apesar de obrigatório (BRASIL, 1997b), nem sempre é realizado ou o é de forma ineficaz (MATOS e SANTOS, 1996). O termo conservação auditiva foi, recentemente, substituído pelo termo prevenção de perda auditiva, para enfatizar a noção de absoluta intolerância em relação à condição quase totalmente passível de prevenção da perda auditiva

31 ocupacional (NIOSH, 1998, apud SIMPSON, 2001). No entanto, este trabalho considerará o termo conservação auditiva por ser o mais difundido na literatura Programa de conservação auditiva Bernardi e Saldanha Júnior (2003a) afirmam que o fonoaudiólogo é o profissional que tem competência técnica para coordenar um PCA, cujo conceito é unânime na literatura em Audiologia Ocupacional como uma série de medidas desenvolvidas com o objetivo de prevenir ou estabilizar as perdas auditivas de origem ocupacional (BERNARDI e SALDANHA JÚNIOR, 2003b; FERREIRA JÚNIOR, 1998; SANTOS e MATOS, 1996b; MORATA e CARNICELLI, 1998; FIORINI e NASCIMENTO, 2001). Marano (1996) afirma que o PCA desempenha um importante papel nas atividades destinadas à proteção da saúde do trabalhador contra os agravos provocados pelo ruído que, como já destacado, levam a conseqüências altamente prejudiciais para a sua atuação profissional e, sobretudo, para a sua convivência familiar e participação na sociedade. Bernardi e Saldanha Júnior (2003b) referem, como objetivos do PCA: 1) Melhorar a qualidade de vida do trabalhador, evitando a surdez e reduzindo os efeitos extra-auditivos causados pela exposição a níveis de pressão sonora elevados e outros agentes de risco. Isto expõe, de forma bastante clara, a natureza prevencionista do programa. 2) Identificar funcionários com patologias de orelhas e audição não relacionadas ao trabalho, encaminhando-os para tratamento adequado, se fazendo importante o estabelecimento de diagnósticos diferenciais. Para isso, o trabalhador com perda auditiva passível de tratamento deve ser encaminhado ao otorrinolaringologista (ORL), cuja participação ocorre através de solicitação do médico do trabalho (ALMEIDA, 1994). 3) Diagnosticar precocemente os casos de perda auditiva ocupacional, estabelecendo medidas eficazes que preservem a saúde auditiva dos trabalhadores, ou seja, a

32 31 audiometria tem a sua importância explicitada ao proporcionar condições para o estabelecimento do diagnóstico nosológico e do nexo com a função desempenhada. 4) Adequar a empresa às exigências legais (Ministério do Trabalho e Ministério da Previdência e Assistência Social INSS), entre as quais destaca-se, por ser recente, o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), que mostrou a necessidade do trabalho do fonoaudiólogo como um consultor de PCA (BERNARDI e SALDANHA JÚNIOR, 2003a). 5) Redução do custo da insalubridade com comprovação científica. 6) Redução do custo com reclamações trabalhistas. As razões básicas para a implantação de um PCA, de acordo com Strasser (1980, apud MORATA e CARNICELLI, 1988) são: o bem-estar do trabalhador, o cumprimento da legislação sobre segurança e medicina do trabalho, maior produtividade alcançada por trabalhadores saudáveis e satisfeitos e a prevenção da PAIRO, que pode significar economia em indenizações. No entanto, segundo o Guide for conservation of hearing in noise, da American Academy of Otolaryngology, as três condições básicas para as quais são indicadas a implantação do PCA são: dificuldade de compreensão oral no ruído, ruídos na cabeça ou barulhos nas orelhas após o trabalho no ruído por diversas horas e ocorrência de perda auditiva temporária que altere a qualidade dos sons após diversas horas de exposição ao ruído (MELNICK, 1999). As etapas básicas do PCA, segundo Santos e Matos (1996b) são: Avaliação e monitoramento da exposição ao ruído, o que inclui o conhecimento do ambiente de trabalho (presença de ruídos, produtos químicos, ritmo, jornada e demais aspectos relacionados à organização do trabalho), interferência do ruído na comunicação oral, identificação e avaliação das fontes emissoras de ruído e identificação dos grupos com maior e menor risco de desenvolver alteração auditiva; Controle de engenharia (mudança nos equipamentos, alteração na emissão de ruído na fonte ou na transmissão) e controle administrativo, que tem como objetivo alterar o esquema de trabalho ou das operações, produzindo redução da exposição; Monitoramento audiológico, que tem como propósitos: estabelecer a audiometria inicial dos trabalhadores, fazer o acompanhamento periódico da saúde auditiva,

33 32 identificar os indivíduos que necessitam ser encaminhados ao ORL e contribuir para a implantação e efetividade do PCA (BRASIL, 1997a); Indicação de EPI, cuja informação é transmitida aos trabalhadores, predominantemente, pelo técnico de segurança do trabalho (LACERDA e SILVEIRA, 2002); Educação e motivação, que têm como objetivo proporcionar conhecimento ao trabalhador sobre os riscos à exposição e das medidas de controle ambiental, organizativas e pessoal; Avaliação da eficácia e eficiência do programa, consistente de três aspectos básicos: avaliação da perfeição e qualidade dos componentes do programa, avaliação dos dados do exame audiológico e a opinião dos trabalhadores. A estes aspectos, a Portaria 19 do Ministério do Trabalho (BRASIL, 1998) inclui a conservação de registros (resultados de audiometrias, avaliações ambientais e medidas de proteção coletiva) pelo período de 30 anos. A prevenção é, indiscutivelmente, a melhor forma de se evitar a ocorrência da PAIRO. As medidas de proteção podem ser caras e, muitas vezes, demoradas e complexas (FERREIRA JÚNIOR, 1998), mas altos também são os custos de suas conseqüências tanto para a empresa quanto para o trabalhador, que terá prejuízos irreversíveis em sua audição e, conseqüentemente, em sua qualidade de vida (WHO, 1997). De acordo com Kwitko (1999), um dos fatores que dificulta a implantação do PCA é a falta de conhecimento, pelos administradores, do efeito do ruído na audição, de que a perda auditiva é irreversível e de que os EPI não garantem garantia total de proteção. No entanto, segundo Melnick (1999), uma razão importante para o aumento de interesse nos problemas relacionados ao ruído industrial é o pagamento de indenização por perda auditiva ocupacional, ou seja, muitas vezes é levado em consideração o fator financeiro em detrimento da saúde do trabalhador, cuja qualidade pode ser assustadoramente deteriorada durante/após a instalação da PAIRO.

34 33 3 MÉTODO 3.1 Participantes A presente pesquisa refere-se à análise de um banco de dados de exames audiométricos de 60 trabalhadores, do sexo masculino, com idade entre 21 e 56 anos (média de 34 anos) e expostos a ruído de intensidade superior a 85dBNPS por mais de oito horas diárias. Estes trabalhadores estão vinculados a uma usina de açúcar e álcool, localizada na região meridional do estado de Pernambuco, onde não há atuação de médico do trabalho e desenvolvimento de PCA e possui um total de 90 funcionários expostos a ruído superior a 85dBNPS. 3.2 Materiais - Termo de consentimento livre e esclarecido da empresa (Apêndice); - Exames audiométricos dos trabalhadores Procedimentos O presente estudo é observacional (pois o investigador não interferiu nas variáveis), descritivo (comprometendo-se com a descrição dos dados observados) e transversal (devido ao fato de ser feito um corte pontual no tempo e não ser de seguimento). Foi realizada a análise de um banco de dados de audiometrias realizadas pelo pesquisador no mês de fevereiro de 2004, no ambiente da empresa, com cabina acústica e utilização de audiômetro (marca Beltone, modelo 112, devidamente

35 34 calibrado) e otoscópio (marca Heine). Os trabalhadores encontravam-se, no momento da avaliação audiométrica, em repouso auditivo de, no mínimo, 14 horas. De acordo com relatórios desenvolvidos pelos técnicos em segurança do trabalho, o nível de ruído existente na empresa, de forma geral, varia entre 88 e 102dBNPS, com média de 93dBNPS. No entanto, não foi conseguida definição de setor de cada trabalhador submetido a avaliação auditiva e intensidade de ruído de cada setor, o que impossibilitou a análise audiométrica setorial dos funcionários. A medição da intensidade de ruído é feita, pelos técnicos em segurança do trabalho, por meio de decibelímetro. A análise dos dados foi feita de forma percentual, de acordo com as informações contidas na anamnese e exame audiométrico ocupacional de cada trabalhador. 3.4 Definição da variável Classificação do audiograma em relação ao nexo com a atividade laborativa: será considerado audiograma sugestivo de PAIRO aquele em que houver maior elevação dos limiares auditivos nas freqüências de 3.000, e/ou 6.000Hz do que nas outras freqüências testadas, tanto por via aérea, quanto por via óssea (perda auditiva sensório-neural), caracterizando o entalhe audiométrico (FERREIRA JÚNIOR, 1998). 3.5 Considerações éticas Inicialmente, o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) com seres humanos do Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP), sendo sua aprovação declarada sob o número 388. O responsável pela empresa recebeu e assinou um termo de consentimento livre e esclarecido (Apêndice), que o informou sobre os objetivos, riscos e benefícios da pesquisa, devendo a participação dos trabalhadores da usina ser autorizada e assinada

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