PERSPECTIVAS DE CONSUMO DE LEITE NO BRASIL
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- Stéphanie Rico Aveiro
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1 BOLETIM DO LEITE Uma publicação do CEPEA - USP/ESALQ Ano 11 - Nº130 - Fevereiro de 2005 PERSPECTIVAS DE CONSUMO DE LEITE NO BRASIL Produção avança para um excedente interno e exportar é caminho obrigatório para a saúde do setor Ao Produtor Consumo interno e exportação antecipam valorizações do leite ainda na safra Pág. 02 Derivados SimLeite inicia divulgação mensal de preços de derivados Pág. 04 Fique Atento Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP
2 AO PRODUTOR PREÇOS SOBEM EM FINAL DE SAFRA Os preços do leite seguem em patamares elevados neste final de safra, contrariando a expectativa de muitos especialistas. As novas valorizações neste ano são atribuídas à continuidade do bom desempenho das exportações e ao aumento da atividade econômica no último trimestre. Dado esse cenário, fica a dúvida de como os preços do leite e dos derivados se comportarão durante a entressafra 2005 (inverno). Em fevereiro, os preços reais do leite já descontada a inflação medida pelo IGP-DI, recebidos pelo produtor, foram 17,3% superiores aos do mesmo período do ano passado, na média dos seis estados pesquisados pelo Cepea. As valorizações de destaque no período ficaram por conta de Goiás, com elevação de 25,9%, e do Rio Grande do Sul, alta de 20,7%. Pesquisadores do Cepea alertam que o aumento das exportações está sendo decisivo para a mudança que vem ocorrendo no cenário da pecuária de leite no Brasil. O ano de 2004 foi o primeiro em que as vendas externas superaram as importações, promovendo um saldo positivo na balança comercial do leite. Desde então, com o maior deslocamento da oferta para o exterior, a disponibilidade interna do produto tem se mantido relativamente enxuta, mesmo durante a safra. Em janeiro deste ano, o Brasil exportou toneladas de leite, 160% a mais que as toneladas embarcadas no mesmo período de 2004, segundo a Secex. No Rio Grande do Sul, particularmente, a oferta de leite esteve ainda mais restrita, reflexo da estiagem prolongada no estado, que vem reduzindo as pastagens e, portanto, diminuindo a produtividade Preço pago ao produtor em fevereiro/05 referente ao leite de janeiro/05 - R$/litro Mesorregiões de São Paulo Mesorregiões de Goiás Mesorregiões de Minas Gerais 1 Valor Bruto: Inclusos frete + INSS 2 Valor Líquido: Livre de frete e INSS E X P E D I E N T E O Boletim do Leite é uma publicação do CEPEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - USP/ESALQ - Depto. de Economia, Administração e Sociologia Coordenador Científico: Prof. Dr. Geraldo Sant Ana de Camargo Barros Editor Executivo: Eng. Ag. Leandro Augusto Ponchio Conselho Editorial: - Ademir de Lucas - técnico em extensão rural, depto. Economia, Administração e Sociologia / Esalq-USP.; - Paulo do Carmo Martins - Chefe da Embrapa Gado de Leite - Juiz de Fora Diretor Financeiro: Sergio De Zen Jornalista Responsável: Ana Paula da Silva - MTb: Revisão: Ana Júlia Vidal Equipe Técnica: Erica Rodrigues da Paz, Raquel Mortari Gimenes, Juliana M. Angelo, e Priscila A. Cardoso. Apoio: FEALQ Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz Diagramação Eletrônica/Arte: Thiago Luiz Dias Siqueira Barros Fotolitos: BAU Fotolitos Fone: baufotolitos@fasternet.com.br Impressão: Elbergráfica Artes Gráficas Fone: elbergrafica@vivax.com.br Tiragem: exemplares Contato: C.Postal Piracicaba, SP Tel: leitecepea@esalq.usp.br O Boletim do Leite pertence ao Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - USP/ Esalq. A reprodução de matérias publicadas por este imformativo é permitida desde que citados os nomes dos autores, a fonte Boletim do Leite/Cepea e a devida data de publicação.
3 do setor. Em comparação a janeiro deste ano, os preços subiram 2,83% no RS, para a média de R$ 0,5437/l em fevereiro. Contribuiu ainda para impulsionar as cotações no mercado interno, como um todo, o aumento da demanda também no Brasil. Nos estados de Goiás e São Paulo, os valores recebidos pelos produtores mantiveram-se praticamente estáveis, a R$ 0,5299/l e R$ 0,5383/l, respectivamente. Foi somente no Paraná e na Bahia que os criadores receberam preços abaixo da casa de R$ 0,50/l, sendo os únicos estados em que os valores recebidos em fevereiro foram inferiores à média de janeiro (queda de 1,74% no PR e de 2,27% na BA). No mercado baiano, a média de fevereiro foi de R$ 0,4656/l, a menor entre os estados analisados e apenas 0,08% superior à de fevereiro de 2004, descontando a inflação. É normal haver diferença da tendência de preços entre os estados, pois em algumas regiões a transmissão das cotações dos derivados de leite ao produtor é mais rápida que em outras. Preço pago ao produtor em fevereiro/05 referente ao leite de janeiro/05 - R$/litro Mesorregiões do Rio Grande do Sul Mesorregiões do Paraná Box informativo: Mesorregiões da Bahia * Ingredientes do concentrado: Farelo de Soja, Milho, Uréia e Sal Mineral 1 Valor Bruto: Inclusos frete + INSS 2 Valor Líquido: Livre de frete e INSS
4 SIMLEITE REVELA OSCILAÇÕES SUPERIORES A 100% NO MERCADO DE DERIVADOS O acompanhamento sistemático de preços dos derivados no mercado atacadista feito pelo SimLeite, programa do Cepea/Esalq, Embrapa Gado de Leite e OCB/CBCL, revela variações de até 134% entre os preços mínimos e máximos de alguns derivados no mês de janeiro. Analistas responsáveis pelo SimLeite adiantam que há também uma tendência de elevação nos preços do leite em pó e de queda no preço do queijo prato. A manteiga e a mussarela, por sua vez, podem oscilar entre altas e baixas. DERIVADOS Em Goiás, o leite pasteurizado foi comercializado a R$ 0,64/litro e também a R$ 1,20/litro, o que indica uma diferença de quase 90%. Situação semelhante para este derivado ocorreu em Minas Gerais, onde a distância entre o mínimo e máximo do pasteurizado ficou por volta dos 74%. Em Goiás, chama a atenção os 110% de diferença entre os preços da manteiga e os 83% do queijo mussarela. Além da diferença em função das marcas (imagem reconhecida e valorizada pelo consumidor), as variações acentuadas indicam também as distintas capacidades de armazenagem de cada processador (laticínio e cooperativa), bem como a força de negociação dessas empresas frente aos compradores do atacado. Média dos preços dos queijos Mussarela e Prato no Atacado do Estado de São Paulo Queijo Prato Média dos preços dos leites pasteurizado e UHT no Atacado do Estado de São Paulo Média dos preços do leite em Pó e da Manteiga no Atacado do Estado de São Paulo Média dos preços do leite Cru e do Leite ao Produtor no Estado de São Paulo No estado de São Paulo, as variações mais discrepantes ocorreram com os preços dos queijos prato e mussarela. Enquanto alguns laticínios/cooperativas venderam o quilo do prato a R$ 6,51, outros alcançaram R$ 13,12/kg, ou seja, intervalo de 101,5%.
5 PARCERIA No caso da mussarela no atacado paulista média estadual, o intervalo ficou entre R$ 5,30 e R$ 12,43/kg, impressionantes 134%. Para o leite cru comercializado in natura, sem embalagem, as variações entre os mínimos e máximos foram menores. A maior delas ocorreu em São Paulo, limitada aos 22,6%. Os maiores valores dentre as médias dos cinco principais estados produtores do Pais foram verificados em São Paulo e em Minas Gerais. Nas praças paulistas e mineiras, foram observadas também as maiores dispersões entre preços mínimos e máximos pagos ao produtor. Paraná foi o estado onde os derivados eo leite cru tiveram as menores variações entre os mínimos e os máximos. A maior delas foi para a mussarela, de 43%. Preços médios praticados no Atacado em Janeiro/05 De dezembro para janeiro - Segundo os responsáveis pelo SimLeite, no mês de janeiro (frente a dezembro), os preços médios do leite cru tiveram pequenas quedas em Goiás, Minas e no Rio Grande do Sul. No Paraná, ocorreu a variação mais significativa: baixa de 3,6% em relação a dezembro. Já em São Paulo, os preços oscilaram ao contrário de todo o mercado, havendo alta de R$ 0,02/litro em relação a dezembro. No caso do queijo mussarela, os preços médios praticados no mercado de São Paulo recuaram quase 9%. Já para o leite pasteurizado, as variações nas cinco praças pesquisadas foram pouco representativas, oscilando entre alta de 2,65% no Paraná e recuo 0,75% em São Paulo. Analistas do SimLeite ressaltam que, se a flutuação observada nos anos anteriores se repetir neste, os preços tendem a aumentar a partir de março. Monitoramento - Os valores que compõem o SimLeite são apurados em 89 cooperativas (representando cerca de 25% da produção nacional) e 270 laticínios. A partir deste mês, os números serão divulgados mensalmente e publicados nos sites das instituições envolvidas no projeto: Fonte: SimLeite (Cepea, Embrapa-Gado de Leite, OCB/CBCL)
6 PERSPECTIVAS DE CONSUMO DE LEITE NO BRASIL Por Leandro Augusto Ponchio 1 e Alexandre Lopes Gomes 2 ARTIGO A nova situação da balança comercial láctea bem como os rumos do mercado interno foram as motivações para este trabalho, que avalia as perspectivas de consumo de leite e derivados no Brasil nos próximos 10 anos, com base em modelos econométricos. A partir desta previsão, será possível verificar quanto o País deverá exportar neste período para manter o equilíbrio no mercado interno. A virada surpreendente ocorrida em 2004, quando foram exportados 633 milhões de litros, equivale a um aumento de 1.576% no volume exportado em relação a 1999 e de 57,65% se comparado a Além de garantir ao Brasil uma importante posição de exportador de leite e derivados, abre espaço para uma série de benefícios para diversos elos da cadeia produtiva. Vale lembrar que um dos benefícios das exportações é alavancar a modernização do setor e manter o produtor na atividade. Os dados de produção de leite incluem os volumes formal e informal do Brasil, no período de 1996 a 2004, obtidos junto à Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Quanto à importação e exportação nos nove anos analisados, a fonte dos dados é a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do governo brasileiro (Ministério da Indústria e Comércio). Partindo desse conjunto de informações, foram calculados dois importantes indicadores. O primeiro mostra o consumo per capita de leite, obtido a partir da soma da produção com as importações, deduzindo-se o volume exportado, o que leva ao consumo aparente. Em seguida, dividiu-se este valor pela população residente, chegando-se, assim, ao consumo per capita neste período. Para a obtenção dos dados anuais da população residente brasileira nestes nove anos, foram consideradas estimativas da Fundação Getúlio Vargas FGV. O segundo indicador mostra o PIB per capita real no Brasil nos anos de 1996 e Os valores do PIB nominal e do PIB real utilizados são os valores publicados pelo Instituto de Pesquisa Economia Aplicada IPEA. Os valores de consumo estimados para 2005 até 2015 foram obtidos através do modelo proposto em 1987 pelo professor da Esalq/USP Geraldo Barros. O modelo é dado por: Qt = Qo (1 + ey + ry ) (1 + p) Onde: Qo = quantidade consumida no ano inicial; ey = elasticidade-renda da demanda do produto em questão; ry = taxa de crescimento da renda per capita; p = taxa de crescimento da população. Para os valores de elasticidade-renda (ey) do leite e derivados, foi utilizado o valor divulgado por Hoffmann em 2000, estimado a partir de uma média ponderada da elasticidade de três estratos de renda. Estes estratos foram classsificados da seguinte forma: a) até 3 salários mínimos; b) de 3 a 6 salários mínimos; c) superior a 6 salários mínimos. A média obtida resultou em uma elasticidade-renda da ordem de 0,392 para as despesas com leite e derivados. Vale lembrar que a elasticidade-renda mede o quanto aumenta ou diminui o consumo de um determinado bem diante de uma variação percentual na renda do indivíduo. Para a taxa de crescimento da renda per capita e para a taxa de crescimento da população, foram considerados três cenários. No primeiro, otimista, estimou-se que a taxa de crescimento do PIB per capita é de 2%. Já num cenário pessimista, esta variação do PIB per capita é negativa em 2%. E para um cenário intermediário, estima-se que não haverá variação na taxa de crescimento do PIB per capita. Esses cenários foram analisados em três diferentes níveis de crescimento da produção. Num dos casos, considerou-se um crescimento da produção total do país em 3% ao ano; noutro, 4% e no terceiro, 5% ao ano. Estes valores foram assumidos a partir da taxa da taxa geométrica de cerscimento da produção de leite no período de 1996 a 2004, que foi de 2,96%. A hipótese utilizada é de que a produção deverá crescer a taxas semelhantes nos próximos anos. Na Tabela 1 estão ilustradas as estimativas do consumo per capita e do excedente de leite para os anos de 2005 a Nas simulações realizadas, estão descritos os valores utilizados do PIB per capita e da taxa de crescimento da produção nacional considerada. Nota-se que, se houver um decréscimo de 2% ao ano do PIB per capita e a produção crescer a uma taxa de 3% a.a, poderá haver em 2015 um excedente de 7,8 bilhões de litros. Neste cenário, o consumo per capita seria de 117,83 litros/hab/ano. Quando aplicada ao
7 modelo uma taxa de crescimento do PIB per capita de 2% ao ano e crescimento da produção de 5% ao ano, nota-se que o excedente se torna ainda maior, sendo da ordem de 10,9 bilhões de litros, mesmo havendo uma expansão do consumo para 140 litros/hab/ano. Portanto, mesmo trabalhando com um cenário pessimista de crescimento pouco expressivo da produção de leite e da renda per capita, o modelo mostra que o setor leiteiro caminha para um excesso de produto no mercado interno. Para conter este excedente, Eliseu Alves, pesquisador da Embrapa, se baseia em um artigo de Hoffmann (2000) e cita duas estratégias interessantes: aumentar a demanda interna e aumentar as exportações. Alves conclui que o aumento da demanda interna terá mais efeito se houver políticas de elevação da renda do estrato mais pobre da população. Caso haja um incremento de 10% na renda deste estrato, seu consumo poderá aumentar em 10%. O estrato intermediário, diante de um aumento de 10% da renda, expandiria em 6% seu consumo de lácteos e o estrato mais rico, em apenas 1%. Fazendo uma média ponderada pelo número estimado de consumidores dos três estratos de renda, temse um aumento de 4% no consumo de leite. Considerando um crescimento da população de 1,32% ao ano, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, pode-se atingir uma expansão da demanda de até 5,32%. No entanto, o consumo per capta cresce a taxas mais lentas que essas estimativas. Nos últimos nove anos, esta taxa foi de apenas 1,14% ao ano. No ano de 2004, o consumo per capta foi de 125 litros, que ainda é bem abaixo das recomendações da Organização Mundial de Saúde. Portanto, a saída para que o setor evite o excesso de leite nos próximos anos é aumentar as exportações. Mas ainda há entraves a serem superados para alavancar as exportações. Aumentar a produção formal, via industrialização e modernização do parque industrial, é uma das medidas. Analisando-se as taxas de crescimento da produção formal e informal, notase que a produção formal cresceu pouco de 1996 a Expectativas do consumo per capita e do excedente de leite para os anos de 2005, 2007, 2010 e 2015 para diferentes cenários 2004, passando de 12,6 para 13,6 bilhões de litros. Isto representou o equivalente ao crescimento anual de 2,92%. Por outro lado, a produção informal saltou de 6,4 para 9,9 bilhões de litros, representando um crescimento 4,11% ao ano. Há portanto, a necessidade do aumento do parque industrial do País, para que se possa absorver até 2015 o equivalente à produção total de 39 bilhões de litros, seja com destino às prateleiras domésticas ou às externas. Isso sem falar na necessidade das reduções tributárias sobre o leite e derivados, para que se desestimule a informalidade. Caso estas medidas sejam bem-sucedidas, os impactos negativos nos preços pagos aos produtores poderão ser amenizados. De qualquer forma, os produtores não devem ficar de braços cruzados. Pelo contrário, devem continuar fazendo seu dever de casa, buscando sempre obter ganhos de produtividade e administrando seus custos de produção. Assim, as exportações poderão contribuir não somente com o segmento produtivo, mas para toda a cadeia do leite, aumentando sua competitividade nos mercados interno e externo. 1 Eng. Agrônomo; mestrando em Economia Aplicada; Pesquisador do Cepea/Esalq/USP laponchi@esalq. usp.br 2 Eng. Agrônomo; doutorando em Economia Aplicada; Pesquisador do Cepea/Esalq/USP, bolsista CNPq - algomes@esalq.usp.br
8 O México, maior mercado de lácteos do mundo, pode finalmente abrir as portas ao produto brasileiro. Técnicos do governo e do setor privado do Brasil irão ao país para negociar a venda do leite nacional. No ano passado, os mexicanos consumiram 175 mil toneladas do produto. No final de fevereiro, a missão brasileira solicitou esclarecimentos ao governo do México sobre as exigências para a liberação do mercado local. Há dois anos o setor negocia essa abertura. (Fonte: Gazeta Mercantil) FIQUE ATENTO Os consumidores ampliaram as compras de alimentos e passaram a priorizar produtos considerados mais saudáveis, revelou uma pesquisa mundial realizada pela consultoria ACNielsen. Na América Latina, em especial no México e no Brasil, e nos mercados emergentes, como Rússia e Polônia, o aumento das vendas de alimentos e bebidas no período foi de 7% e 10%, respectivamente. Boa parte desse incremento é resultado da maior demanda por itens classificados pelo relatório como saudáveis. A pesquisa mundial informa ainda que o cardápio de duas famosas dietas, a Atkins e a South Beach, ricas em proteínas e pobres em carboidratos, ajudaram a turbinar a demanda e o desempenho de vendas de certas categorias de produto no mundo nos últimos meses. As mercadorias que apresentam as maiores taxas de expansão em vendas, em euros, segundo o levantamento, foram as bebidas à base de soja (sucos, leites) e os iogurtes líquidos, seguidos, em terceiro e quarto lugares, pelos ovos e cereais, nessa ordem. Em relação à receita com vendas de iogurtes líquidos, no Brasil foi constatada alta de 7% de agosto de 2003 a julho de 2004, sobre o período anterior. No mundo, a elevação foi bem maior, de 19%. Os lácteos em geral tiveram alta de 6,1% em volume vendido no País em todo o ano de 2004 sobre Ao analisar só os iogurtes líquidos, a expansão foi de 12% em volume, afirma Alberto Bendicho, gerente de comunicação da Danone. (Fonte: MilkPoint) O Brasil firmou novo compromisso de preços mínimos de importação de leite em pó com indústrias da Argentina, evitando uma possível retomada da prática de dumping, ou seja, a venda de lácteos a preços abaixo do custo de produção. A medida atende solicitação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entidade peticionária da ação anti-dumping. A CNA contou com o apoio da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Confederação Brasileira das Cooperativas de Laticínios (CBCL) e Leite Brasil. Desde que foram adotadas as medidas anti-dumping, Brasil e Argentina ampliaram suas exportações globais de lácteos, reforçando o Mercosul como pólo do setor. No ano passado, pela primeira vez, o Brasil teve superávit na balança comercial de lácteos, com saldo positivo de US$ 11,5 milhões. Conseguimos, nos últimos anos, promover o aumento da competitividade do setor lácteo, como pode ser visto por meio dos números da balança comercial, diz Alvim, presidente da CNPL/CNA. (Fonte: CNA) Em janeiro, o principal destino do leite em pó brasileiro foi a Argélia, que comprou o equivalente a US$ 4 milhões dos tipos integral e desnatado. O produto foi o líder no ranking das exportações de lácteos no período, com destaque também para outros itens. As remessas de leite condensado somaram receita de US$ 1,5 milhão, e as de queijos, de US$ 2,1 milhões. Somente as vendas de queijo mussarela a outros países totalizaram quase US$ 1 milhão, sendo a Coréia do Sul o principal comprador, adquirindo 830 toneladas. (Fonte: O Tempo/MG) Uso dos Correios IMPRESSO
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