O DESENHO DE CIDADES SEGURAS. MARTA OBELHEIRO Coordenadora de Segurança Viária, WRI Brasil
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- Yasmin Lameira Vidal
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1 O DESENHO DE CIDADES SEGURAS MARTA OBELHEIRO Coordenadora de Segurança Viária, WRI Brasil
2 PROBLEMA MUNDIAL O número de carros mais que dobrará, de 1 BILHÃO hoje para 2,5 BILHÕES em 2050 QUASE METADE das mortes de trânsito mundiais já ocorrem nas cidades 90% destas mortes ocorrem em países de média e baixa renda (WHO) Photo: Richard Stanley, FIA Foundation
3 QUEM É AFETADO PELA SEGURANÇA VIÁRIA? Acidentes de trânsito são a principal causa de morte entre jovens de anos, e a segunda principal causa de morte no mundo entre pessoas com idades de 5-14 anos Idosos podem responder por mais de 45% das mortes de pedestres e mais de 70% das mortes de ciclistas Pessoas de origens socioeconômicas mais baixas são mais propensas a estar envolvidas em acidentes de trânsito, e muitas vezes vivem em áreas com infraestrutura de baixa qualidade
4 ACIDENTES DE TRÂNSITO NO BRASIL
5 VISÃO ZERO Uma decisão de eliminar a ocorrência de mortes e pessoas gravemente feridas no trânsito Definição de Metas Liderança Engajamento da Comunidade
6 MOBILIDADE E VIAS MAIS SEGURAS Melhoria do transporte coletivo Estímulo à caminhada e uso da bicicleta Integração de uso do solo e transportes
7 PRINCÍPIOS DE PROJETO Um design urbano que reduza a necessidade do uso do automóvel e incentive velocidades mais seguras Beijing, China Medelín, Colômbia Cidade do México, México Medidas de moderação de tráfego que reduzam velocidades e permitam travessias mais seguras Vias arteriais que garantam condições mais seguras para todos os seus usuários Uma rede conectada e especialmente pensada para os ciclistas Rio de Janeiro, Brasil Istambul, Turquia Ahmedabad, India Infraestrutura segura para pedestres e acesso a espaços público Acesso seguro a corredores, estações e pontos de embarque de transporte coletivo
8 ELEMENTOS CHAVE PARA O DESENHO URBANO Tamanho de quadra Conectividade das ruas Largura das ruas Acesso a destinos Densidade populacional
9 DESENHO URBANO SEGURO Cidades compactas Alta densidade, quadras curtas, ruas conectadas e uso misto do solo fazem uma cidade melhor para o transporte sustentável e mais segura.
10 DESENHO URBANO COMPACTO E CONECTADO Quadras e distâncias entre interseções mais curtas podem reduzir velocidades e melhorar a segurança viária 1. Dumbaugh e Rae, 2009
11 LARGURA DAS RUAS Quanto maiores a largura da via e das faixas, maiores as velocidades: maior o risco e a gravidade dos acidentes
12 VULNERABILIDADE = 80 km/h = 65 km/h = 50 km/h = 30 km/h Velocidade está entre os principais fatores de risco quanto à segurança viária Velocidade está diretamente relacionada ao risco de acidentes e à severidade dos acidentes Nossa percepção de velocidade não consegue estimar o seu impacto em um acidente (OECD, 2008)
13 GESTÃO DA VELOCIDADE Solução para áreas com muitos pedestres Solução para vias arteriais (OECD, 2008)
14 HISTÓRICO DA PRIORIZAÇÃO DO AUTOMÓVEL Como a maioria dos planejadores veem as cidades Como todos concordam que as cidades devem ser projetadas/planejadas/desenhadas Adaptado de Copenhagnize.eu
15 ENTÃO POR QUE VEMOS ISSO? Foto: Marta Obelheiro/WRI Brasil
16 COMO ENCORAJAR A REDUÇÃO DA VELOCIDADE Alterando a forma viária e a maneira como as pessoas interagem com a infraestrutura Criando certa ambiguidade para motoristas Tornando fisicamente difícil para os motoristas desenvolverem altas velocidades Engajando a comunidade, com educação e fiscalização
17 MEDIDAS DE MODERAÇÃO DE TRÁFEGO Lombadas Almofadas Chicanas Estrangulamentos Extensões de passeio Travessias elevadas Mini-rotatórias Rotatórias
18 LOMBADAS Mexico City Lombadas são simples porém efetivas em reduzir velocidades: estudos na Noruega mostram que podem reduzir em até 50% o número de acidentes com feridos Fonte: Elvik, Hoye and Vaa 2009
19 TRAVESSIAS ELEVADAS Fortaleza Promovem uma redução de 10% nas velocidades, desacelerando veículos nas conversões e na passagem por interseções, e priorizam a travessia de pedestres em nível. Fonte: institute for Transportation Engineers 2013
20 EXTENSÕES DE MEIO-FIO Joinville, Brasil Evidências em cidades da América Latina mostram que a chance de colisões entre veículos e atropelamentos aumentam 6% para cada metro adicional de travessia de pedestres. Extensões de passeio são medidas simples de reduzir a distância de travessia. Fonte: Duduta et al 2015
21 EXTENSÕES DE MEIO-FIO Evidências em cidades da América Latina mostram que a chance de colisões entre veículos e acidentes com pedestres aumentam 6% para cada metro adicional de travessia de pedestres. Extensões de passeio São são Paulo, medidas Brasil simples de reduzir a distância de travessia.
22 MINI-ROTATÓRIAS Um estudo feito com 119 mini-rotatórias instaladas em áreas residenciais na cidade de Seattle mostrou que o número de acidentes nessas áreas diminuiu de 187 antes da instalação para 11 após a instalação, e o número de feridos caiu de 153 para 1 no mesmo período. Fonte: Mundell 1998
23 ROTATÓRIAS Fonte: Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Buenos Aires
24 VIAS ARTERIAIS E CRUZAMENTOS Considerações em arteriais principais Travessias Semaforização Canteiros centrais Canteiros centrais com ilhas de refúgio Equilíbrio de faixas
25 CANTEIROS CENTRAIS COM ILHAS DE REFÚGIO Paris, France Ilhas de refúgio e canteiros podem facilitar as travessias e diminuir as velocidades dos veículos, providenciando proteção no meio da via e chamando a atenção dos motoristas. Esse tipo de medida mostrou uma redução de 57-82% em atropelamentos nos Estados Unidos
26 ESPAÇOS PARA PEDESTRES E ACESSO A ESPAÇOS PÚBLICOS Calçadas mais seguras Ruas compartilhadas Ruas e zonas para pedestres Acesso seguro a locais de lazer Vias de lazer Mini-praças
27 CALÇADAS SEGURAS A probabilidade de atropelamentos é DUAS VEZES MAIOR em locais sem calçadas São Paulo
28 PEDESTRIANIZANDO AS RUAS Izmir, Turkey Dedicar vias aos pedestres pode cortar pela metade a incidência de acidentes dentro e em volta dessas zonas, e criar ótimos espaços públicos para áreas com grande volume de pessoas. Medidas devem ser tomadas nessas áreas para garantir uma entrada segura.
29 MINI-PRAÇAS & PARKLETS Mexico City São Paulo, Brazil Nova Iorque mostrou uma diminuição de 16% nas velocidades e uma redução de 26% em acidentes com feridos ao longo de ruas que continham mini-praças para pedestres. Fonte: NYC DOT 2012
30 DEMONSTRAÇÕES DO AMBIENTE Criação de canteiros Mini-praças
31 DEMONSTRAÇÕES DO AMBIENTE Criação de refúgio para pedestres
32 DEMONSTRAÇÕES DO AMBIENTE
33 INFRAESTRUTURA CICLOVIÁRIA Redes cicloviárias Ciclovias e ciclorrotas Trilhas fora da via Ruas compartilhadas Segurança em interseções Segurança em paradas de ônibus Sinalização para ciclistas
34 REDES CICLOVIÁRIAS SEGURANÇA EM NÚMEROS COPENHAGEN: KM PERCORRIDA & CICLISTAS MORTOS E FERIDOS Source: 2014 Copenhagen Bicycle Account
35 REDES CICLOVIÁRIAS SEGURANÇA EM NÚMEROS BOGOTÁ: DIVISÃO MODAL & CICLISTAS FERIDOS Bogotá verificou que adicionar mais de 100 km de ciclovias ajudou a reduzir as mortes de ciclistas em 47,2% entre 2003 e 2013, e aumentou o uso de bicicletas de apenas 3% para mais de 6% de todas viagens diárias Source: 2014 Bogota Bicycle Account,
36 ACESSO SEGURO A TERMINAIS E PARADAS Interseções Travessias em meio de quadra BRT /Estações de ônibus Terminais e estações de transbordo Paradas de ônibus em meio de quadras
37 O TRANSPORTE COLETIVO É SEGURO O SEU ACESSO DEVE SER SEGURO TAMBÉM Istambul Transporte coletivo atrai grande movimentação de pessoas, então fazer disso uma conexão segura é um ponto chave. Com frequência um corredor será construído ou entrará em operação sem muito consideração quanto a isso, então medidas como moderação de tráfego, ou travessias elevadas para pedestres em estações podem ajudar a melhorar a segurança e o acesso.
38 Seis princípios para cidades mais seguras a partir do desenho
39 1. CRIAR UMA CIDADE PARA PEDESTRES
40 2. MODERAR O TRÁFEGO
41 3. GARANTIR SEGURANÇA DE TODOS USUÁRIOS
42 4. GARANTIR ESPAÇO PARA TODOS
43 5. PROMOVER A MOBILIDADE ATIVA
44 6. GARANTIR UM ACESSO SEGURO
45 O DESENHO DE CIDADES SEGURAS Diretrizes para projetar cidades mais seguras Inclui medidas adotadas em diversas cidades do mundo com efeito comprovado na redução de acidentes Medidas que funcionam, e que podem ser implementadas por gestores públicos em qualquer cidade
46 ZONAS DE BAIXA VELOCIDADE ORIENTAÇÕES PARA POLÍTICA PÚBLICA Publicação sobre a importância de adotar zonas de baixa velocidade Benefícios de zonas de baixa velocidade Casos de cidades do Brasil e do mundo
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48 OBRIGADA! Um produto do WRI Ross Centro para Cidades Sustentáveis
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