História. Guerra dos Mascates. Professor Cássio Albernaz.
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- Mirella Aparecida Varejão Cunha
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1 História Guerra dos Mascates Professor Cássio Albernaz
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3 História A GUERRA DOS MASCATES ( ) A Guerra dos Mascates que se registrou de 1710 a 1711 na então Capitania de Pernambuco, é considerada como um movimento nativista pela historiografia em História do Brasil. Confrontaram-se os senhores de terras e de engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, e os comerciantes reinóis (portugueses da metrópole) do Recife, chamados pejorativamente de mascates. Quando houve as sedições entre os mascates europeus do Recife e a aristocracia rural de Olinda, os sectários dos mascates se apelidavam tundacumbe, cipós e camarões, e os nobres e seus sectários, pés rapados - porque quando haviam de tomar as armas, se punham logo descalços e à ligeira, para com menos embaraços as manejarem, e assim eram conhecidos como destros nelas, e muito valorosos, pelo que na história de Pernambuco, a alcunha de pés rapados é sinônimo de nobreza. Com a expulsão dos holandeses do Nordeste, a economia açucareira sofreu uma grave crise. Mesmo assim, a aristocracia rural (senhores de engenho) de Olinda continuava controlando o poder político na capitania de Pernambuco. Por outro lado, Recife se descolava deste cenário de crise graças à intensa atividade econômica dos mascates (como eram chamados os comerciantes portugueses na região). Outra fonte de renda destes mascates eram os empréstimos, a juros altos, que faziam aos olindenses. 3
4 Causas da Guerra dos Mascates: Disputa entre Olinda e Recife pelo controle do poder político em Pernambuco. Crise econômica na cidade de Olinda. Favorecimento da coroa portuguesa aos comerciantes de Recife. Forte sentimento antilusitano, principalmente entre a aristocracia rural de Olinda. Conquista da emancipação de Recife, através de Carta Régia de 1709, que passou a ser vila independente (criação da Câmara Municipal), conquistando autonomia política com relação à Olinda. A aristocracia rural de Olinda temia que Recife, além de ser o centro econômico, passasse a ser também o centro político de Pernambuco. Objetivos: Os olindenses queriam manter o controle político na região, sobretudo com relação à próspera cidade de Recife. Os olindenses queriam que a coroa portuguesa mantivesse Recife na condição de povoado. Os olindenses não queriam que a coroa portuguesa continuasse privilegiando os mascates (comerciantes de Recife). Logo, defendiam a igualdade de tratamento
5 História Guerra dos Mascates Prof. Cássio Albernaz Em 1710, havia um clima de hostilidades e tensão entre as duas cidades pernambucanas. Neste ano, os olindenses invadiram Recife dando início a Guerra dos Mascates. Num primeiro momento da guerra, os olindenses levaram vantagem, porém, em 1711 os recifenses (mascates) se organizaram e invadiram Olinda, destruindo vilas e engenhos na cidade. Depois de muita luta, que contou com a intervenção das autoridades coloniais, finalmente em 1711 a nomeação de um novo governante que teve como principal missão estabelecer um ponto final ao conflito. O escolhido para essa tarefa foi Félix José de Mendonça, que apoiou os mascates portugueses e estipulou a prisão de todos os latifundiários olindenses envolvidos com a guerra. Além disso, visando evitar futuros conflitos, o novo governador de Pernambuco decidiu transferir semestralmente a administração para cada uma das cidades. Dessa maneira, não haveria razões para que uma cidade fosse politicamente favorecida por Félix José, desta forma, Recife foi equiparada a Olinda e assim terminou a Guerra dos Mascates. Consequências: O governador de Pernambuco ordenou a prisão dos principais líderes do movimento. A autonomia de Recife permaneceu após o conflito. Em 1712, Recife tornou-se a sede administrativa de Pernambuco. Em 1714, o rei D. João V, resolveu anistiar todos os envolvidos nessa disputa, manteve as prerrogativas político- administrativas de Recife e promoveu a cidade ao posto de capital do Pernambuco. 5
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Guerra dos Mascates ( )
Guerra dos Mascates (1710 1711) REVOLTAS NATIVISTAS: Séculos XVII e XVIII (início). Sem propostas de independência. Elitistas. Localistas (caráter regional). Contrárias a aspectos pontuais do Pacto Coloniais.
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