Osteoporose secundária. Raquel G. Martins Serviço de Endocrinologia, IPO de Coimbra
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- Manoela Sanches Felgueiras
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1 Osteoporose secundária Raquel G. Martins Serviço de Endocrinologia, IPO de Coimbra
2 Definição Osteoporose causada por um distúrbio subjacente (doenças, fármacos )
3 Epidemiologia Provavelmente subdiagnosticada. Identificada uma causa secundária em: 30% das mulheres pósmenopáusicas, 40 50% das mulheres em pré-menopausa; 50 55% dos homens com osteoporose estabelecida.
4 Relevância do seu diagnóstico O tratamento destes doentes pode diferir das situações de osteoporose primária; A resposta terapêutica poderá ser limitada se o distúrbio subjacente não for reconhecido e tratado; A validade da DMO como preditor de fraturas não está bem estabelecida nos doentes com osteoporose secundária.
5 Causas
6 Causas
7 Causas
8 Causas
9 Patofisiologia Fatores predisponentes a quedas Alterações da absorção do cálcio, vitamina D Inflamação (citocinas )
10 Glicocorticóides A sua administração sistémica é a causa mais comum de osteoporose secundária, responsável por até 25% dos casos; Aumenta sobretudo o risco de fraturas vertebrais, mas também noutros locais. 2,5-7,5mg/dia de prednisolona Aumento do risco de fraturas vertebrais 2,6 vezes >7,5mg/dia de prednisolona Aumento do risco de fraturas vertebrais 5 vezes
11 Glicocorticóides Ocorre com igual frequência em ambos os sexos e em diferentes grupos étnicos; É mais frequente em doentes mais velhos, com doenças inflamatórias subjacentes, baixo IMC e baixa DMO prétratamento; O risco de fraturas é rapidamente atenuado após interrupção do tratamento; O efeito dos glicocorticóides inalados é mínimo por absorção limitada.
12 Diabetes mellitus A diabetes mellitus associa-se a aumento do risco de fratura, sobretudo na diabetes tipo 1 (risco 12 vezes superior); A diabetes tipo 2, também se associa a aumento do risco de fratura (cerca de 1,7 vezes), apesar da DMO ser normal ou estar até aumentada; Este aparente paradoxo é provavelmente explicado pela diminuição da qualidade do osso (deposição de produtos avançados de glicosilação, hipercalciúria, microangiopatia ), agravada pelo aumento do risco de quedas (complicações visuais, neuropatia, alterações do equilíbrio).
13 Hipogonadismo Hipogonadismo é uma causa importante de osteoporose secundária; A sua correção com terapêutica de substituição hormonal desencadeia uma significativo aumento da DMO; Nas situações em que esta está contraindicada, nomeadamente em neoplasias hormonossensíveis, são frequentemente necessárias terapêuticas dirigidas à osteoporose.
14 Disfunção tiroideia O impacto clínico da tireotoxicose na saúde óssea é muito mais significativo do que o do hipotiroidismo; Relaciona-se com a gravidade do hipertiroidismo e não com a sua causa; Mesmo as situações de hipertiroidismo subclínico podem associar-se a aumento do risco de fraturas, sobretudo se de duração prolongada e em mulheres pós-menopausa.
15 Hiperparatiroidismo primário É uma causa clássica de osteoporose secundária; A exposição prolongada a níveis elevados de PTH tem um efeito catabólico sobre o osso; A exérese cirúrgica das glândulas afetadas associa-se a progressiva recuperação da DMO; Em situações de recusa cirúrgica, pode ser instituída terapêutica médica para prevenção de fraturas.
16 Quando suspeitar? OSTEOPOROSE Mulheres prémenopausa Homens 65 anos Mulheres pósmenopausa?
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18 Como diagnosticar? História clínica detalhada Avaliação do estado nutricional, ingestão de cálcio e vitamina D Avaliação laboratorial básica Cálcio sérico (e albumina), 25-OH-vitamina D, avaliação da função renal (cálcio urinário, fósforo) Osteodensitometria Estudo etiológico dirigido, em função da suspeita clínica Relativa raridade de causas secundárias em mulheres pós-menopáusicas; Elevados custos laboratoriais!
19 Como tratar?
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24 Como tratar? A evidência em relação ao tratamento específico da maioria das situações de osteoporose secundária é escassa, sobretudo em relação à prevenção de fraturas; Os bifosfonatos constituem, globalmente, a opção terapêutica de 1ª linha; Contudo, a sua prescrição em doentes jovens (decorrerão vários anos anos até o seu risco absoluto de fratura ser elevado) não está recomendada, atendendo à escassa informação sobre segurança e eficácia em situações de uso muito prolongado.
25 Conclusões Nos doentes com osteoporose deve ser pesquisada a existência de causas subjacentes, sobretudo em homens e mulheres pré-menopausa. A validade da DMO como preditor de fraturas não está bem estabelecida nos doentes com osteoporose secundária. A correção ou minimização do fator sujacente é o pilar do tratamento, sempre que exequível. Os fármacos prescritos na osteoporose primária podem ser utilizados nestas situações, embora com menor evidência da sua eficácia.
26 Obrigada pela vossa atenção
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