RELAÇÕES INTERNACIONAIS Mundo, mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração Carlos Drummond de Andrade

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1 RELAÇÕES INTERNACIONAIS Mundo, mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração Carlos Drummond de Andrade A NOVA ORDEM MUNDIAL Quando o muro de Berlim caiu e as Alemanhas foram unificadas, naquele momento histórico houve uma grande transformação geopolítica. Os EUA passaram, com a derrocada da URSS, a ser a potência hegemônica e tem-se a emergência de um novo arranjo nas correlações de força entre as nações. A nova ordem mundial implicou na revisão dos conceitos tradicionais que, por décadas, serviram para explicar a organização geopolítica e geoeconômica do espaço mundial. O deslocamento da natureza do poder dos arsenais nucleares e convencionais para a eficácia, produtividade e influência das economias constituiu um dos mais notáveis fenômenos que acompanharam a dissolução da ordem da Guerra Fria. Estava quebrado mais um paradigma. A bipolaridade que perdurara por quase todo o século XX dava lugar a multipolaridade da internacionalização dos fluxos de capitais e a integração dos fluxos de capitais e a integração das economias nacionais atingiram um patamar inédito. Neste contexto, cabe reafirmar, não havia mais entraves que pudessem impedir a vitória de tão antigo projeto da burguesia, a idéia de um mundo visto, do ponto de vista econômico, como uma aldeia global. Surgia a idéia de um mundo globalizado. A globalização nada mais é do que uma ferramenta nova da expansão capitalista. Trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e, portanto, os lucros, que movem os capitais produtivos e especulativos. Agora a invasão não é mais armada, feita com tropas é muito mais sutil e eficaz. Trata-se de uma invasão de mercadorias, capitais, serviços, informações, pessoas. Como conseqüência, os pólos de poder da nova ordem mundial apresentam contornos supranacionais. Delineiam-se megablocos econômicos organizados em torno das grandes potências do fim do século. É fato que a nova ordem acabou com o perigo de uma III Guerra Mundial, nos molde de antigamente, mas os problemas e as contradições, tanto do capitalismo, quanto do socialismo, que eram deixados em segundo plano, passaram a aflorar. Desigualdades sociais e regionais, sentimentos xenófobos, desemprego, agressão ao meio ambiente, conflitos religiosos e étnicos. Assim, o que se percebe é que, com o fim da Guerra Fria, muitas tensões e conflitos, que estavam latentes, vieram à tona. Romanticamente alguns previram com a Nova Ordem, um mundo de paz, o medo do Armageddon nuclear parecia definitivamente, até que em 11 de setembro de 2001 o mundo conheceu uma nova divisão. Um novo inimigo do capitalismo, do ocidente cristão imperialista usava o terrorismo como arma para atingir os seus propósitos. E fazendo o que os soviéticos jamais ousaram fazer, atacando o território nacional dos EUA, atacando o coração financeiro do mundo, a cidade de Nova York. De novo o mundo estava dividido: nós e eles. De novo os exércitos das grandes potências se mobilizaram pelo globo para defenderem a liberdade, a paz e a democracia.terrorismo, Osama, petróleo, Oriente Médio, Eixo do Mal, Bush passaram a ser palavras freqüentes nos noticiários deste então.

2 A ECONOMIA EM 2009 Em 1929 o mundo capitalista conheceu uma crise de emprego. Países como Brasil e Alemanha sentiram os efeitos da Crise de Wall Street como se fossem mais um estado da federação norte americana. O medo de que a crise se torne uma epidemia, inclusive de desemprego, faz-se presente em 2009, porém, desta vez, todos, capitalistas e socialistas sentiram seus efeitos. Uns mais, outros menos, é verdade, mas a crise é um fato comum a todos. E quando tudo começou? O cenário econômico mundial apresenta uma série de incertezas desde o segundo semestre de 2007, acarretando grandes mudanças nos mercados globais e impactando de maneira importante os rumos da economia brasileira. O início dos problemas está relacionado à crise imobiliária americana, que se torna gradativamente mais séria e danosa ao sistema financeiro mundial e ameaça o crescimento global iniciado em meados de 2003, considerado o maior ciclo econômico da história mundial POR DENTRO DA CRISE AMERICANA A CRISE DA BOLHA DO MERCADO IMOBILIÁRIO NORTE-AMERICANO Paul comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por dólares financiado em 30 anos. Em 2006 o apartamento do Paul passou a valer 1,1 milhão de dólares. Aí, um banco perguntou pro Paul se ele não queria uma grana emprestada, algo como dólares, dando seu apartamento como garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma nova hipoteca e pegou os dólares. Com os dólares, Paul, vendo que imóveis não paravam de se valorizar, comprou 3 casas em construção, dando como entrada algo como dólares. A diferença, dólares que Paul recebeu do banco, ele se comprometeu: comprou carro novo (alemão) pra ele, deu um carro (japonês) para cada filho e com o resto do dinheiro comprou TV de plasma de 63 polegadas, 43 notebooks, 1634 cuecas. Tudo financiado, tudo a crédito. A esposa do Paul, sentindo-se rica, sentou o dedo no cartão de crédito. Em agosto de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveis estavam caindo. As casas que o Paul tinha dado entrada e estavam em construção caíram vertiginosamente de preço e não tinham mais liquidez... O negócio era refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para comprar outras casas e revender com lucro. Fácil... parecia fácil. Só que todo mundo teve a mesma idéia ao mesmo tempo. As taxas que o Paul pagava começaram a subir (as taxas eram pós fixadas) e o Paul percebeu que seu investimento em imóveis se transformara num desastre. Milhões tiveram a mesma idéia do Paul. Tinha casa pra vender como nunca. Paul foi agüentando as prestações da sua casa refinanciada, mais as das 3 casas

3 que ele comprou, como milhões de compatriotas, para revender, mais as prestações dos carros, as das cuecas, dos notebooks, da TV de plasma e do cartão de crédito. Aí as casas que o Paul comprou para revender ficaram prontas e ele tinha que pagar uma grande parcela. Só que neste momento Paul achava que já teria revendido as 3 casas mas, ou não havia compradores ou os que havia só pagariam um preço muito menor que o Paul havia pago. Paul se danou. Começou a não pagar aos bancos as hipotecas da casa que ele morava e das 3 casas que ele havia comprado como investimento. Os bancos ficaram sem receber de milhões de especuladores iguais a Paul. Paul optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com os bancos que não quiseram acordo. Paul entregou aos bancos as 3 casas que comprou como investimento perdendo tudo que tinha investido. Paul quebrou. Ele e sua família pararam de consumir... Milhões de Pauls deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam feito baseado nos preços dos imóveis. Os bancos haviam transformado os empréstimos de milhões de Pauls em títulos negociáveis. Esses títulos passaram a ser negociados com valor de face. Com a inadimplência dos Pauls esses títulos começaram a valer pó. Bilhões e bilhões em títulos passaram a nada valer e esses títulos estavam disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos, mas também em bancos europeus e asiáticos. Os imóveis eram as garantias dos empréstimos, mas esses empréstimos foram feitos baseados num preço de mercado desse imóvel... Preço que despencou. Um empréstimo foi feito baseado num imóvel avaliado em dólares e de repente passou a valer dólares e mesmo pelos não havia compradores. Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava, como os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões de Pauls atingiu fortemente os bancos americanos que perderam centenas de bilhões de dólares. A farra do crédito fácil um dia acaba. Acabou. Com a inadimplência dos milhões de Pauls, os bancos pararam de emprestar por medo de não receber. Os Pauls pararam de consumir porque não tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado. O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão é sentimento, é medo. Mesmo quem pode, pára de consumir. O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas de juros e as taxas de empréstimo interbancários. O FED também começou a injetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo Bush lançou um plano de ajuda à economia sob forma de devolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar o consumo porém essas ações levam meses para surtir efeitos práticos. Essas ações foram corretas e, até agora não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão. O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas. Até que há algumas semanas o impensável aconteceu. O pior pesadelo para uma economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo para sacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos da América, o Bear Stearns, amanheceu, numa segunda feira, quebrado, insolvente. No domingo o FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiado pelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bear foi vendido para o JP Morgan por 2 dólares por ação. Há um ano elas valiam 160 dólares. Durante aquela semana dezenas de boatos voltaram a acontecer sobre quebra de bancos. A bola da vez seria o Lehman Brothers, um bancão. O mercado e as pessoas seguiam sem saber o que os esperava na segunda-feira seguinte.

4 O que começou com o Paul, hoje afeta o mundo inteiro. A coisa pode estar apenas começando. Só o tempo dirá. E dia 15 de Setembro/2008, o Lehman Brothers pediu falência, desempregando mais de 26 mil pessoas e provocando uma queda de mais de 500 (quinhentos) pontos no Índice Dow Jones, que mede o valor ponderado das ações das 30 maiores empresas negociadas na Bolsa de Valores de New York a maior queda em um único dia, desde a quebra de ENTENDA: CORTE DE JUROS NOS EUA OCORRE PARA EVITAR RECESSÃO A economia americana deve sofrer uma "contração significativa" no quarto trimestre, encerrado em dezembro no ano passado e deve continuar muito fraca durante A projeção faz parte do relatório do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), divulgado em janeiro de Alguns integrantes do comitê assinalaram a possibilidade de uma retração prolongada, embora o cenário não seja o mais provável. Em sua análise, o Fed diz que é importante manter as taxas de juros excepcionalmente baixas por algum tempo. Em sua última reunião, o Fed ajustou a taxa de juros para uma banda entre zero e 0,25% ao ano, assim dá mostras aos mercados que está disposto a usar de todas "as armas" para evitar que a maior economia do planeta caia em recessão, temor de dez entre dez economistas do setor financeiro atualmente. O Federal Reserve também sugere que vai usar "outros instrumentos", que não a taxa de juros, para tentar estimular a economia americana, que enfrenta a pior crise financeira dos últimos 70 anos. No documento o Fed afirma que as condições do mercado de trabalho deterioraram consideravelmente nos últimos assim como a maior parte dos empregos nos setores industriais". Na ata, os integrantes do Fed notam ainda a queda acelerada na geração de empregos, a retração do setor industrial, o enfraquecimento do setor imobiliário e a contração do crédito. Entre os poucos pontos "positivos", sublinham a queda nos preços ao consumidor, em linha com o recuo nos preços de energia e no incremento moderado nos custos dos produtos alimentícios. Os integrantes do Fed admitem que é preciso usar outros instrumentos para estimular a economia. "O Comitê necessitaria se concentrar em outras ferramentas para conceder estímulo monetário para a economia no curto prazo", afirmam os diretores do Fed. Segundo o New York Times, o Fed entrou em uma nova era, reduzindo sua taxa de juros de referência para um nível tão baixo que exigirá o uso de ferramentas novas e não testadas para combater tanto a recessão quanto a pressão deflacionária nos preços ao consumidor. Com a decisão, os Estados Unidos adotam uma política de taxa zero semelhante à que o Japão praticou por seis anos, na década de 90, quando o país asiático viveu sua crise de deflação. O principal termômetro do tamanho do medo da recessão nos EUA são as Bolsas de Valores. Com receio de perdas, os investidores vendem suas ações para investir em opções mais seguras e provocam fortes quedas. Nos mercados emergentes, como Brasil, por exemplo, registra-se forte saída de investidores estrangeiros, que vendem seus papéis aqui para cobrir as perdas geradas lá fora. Os EUA têm assustado o mundo com uma seqüência de indicadores econômicos bastante fracos nos últimos meses. Há algumas semanas, a geração de postos de trabalho e o desemprego acenderam o sinal "amarelo" de investidores e analistas. Depois, a queda nos preços dos imóveis, com a conseqüente destruição de riqueza que implica, e as perdas bilionárias de grandes bancos americanos, elevaram o nervosismo dos mercados financeiros. O ex-titular do Fed, Alan Greenspan, foi uma das vozes mais influentes a defender a tese de que os EUA estava à beira de uma recessão. O "exemplo" foi seguido por grandes bancos de investimentos, que começaram a engrossar o coro

5 dos que viam o pior cenário para a economia americana. A ação do Federal Reserve de hoje foi uma resposta agressiva a essas preocupações. 2009: A CRISE ENTRE NÓS As expectativas para 2009 são sombrias. O Relatório do Fundo Monetário Internacional, FMI, revela que os mercados financeiros permanecem sob forte pressão e que a economia global piorou de forma significativa nos últimos meses. A redução do crescimento nos Estados Unidos e nas principais economias avançadas deverá ser contrabalançada pela forte expansão dos países em desenvolvimento e, em particular, da China. As estimativas indicam que, em 2009, a China fará a maior contribuição ao incremento do PIB global, seja mensurado em paridade do poder de compra, seja mensurado a preços de mercado. Se à contribuição da China forem somadas as da Índia e Rússia, esses três países responderão por cerca da metade da variação do produto mundial. Outros países em desenvolvimento também deverão continuar crescendo a taxas robustas. Na avaliação do Fundo, a maior contribuição dos países em desenvolvimento à expansão da economia global é um dos aspectos que se destacam nesse movimento recente de crescimento robusto e sustentado. Esse sucesso não se restringe a alguns poucos países dinâmicos. Inúmeros países e regiões estão apresentando melhores desempenhos em relação aos seus próprios padrões. Além disso, a volatilidade do crescimento reduziu-se substancialmente. Destaca-se, igualmente, o rápido e forte aumento do comércio mundial em razão da ampliação do grau de abertura, que aumentou mais de 10% desde Todavia, em razão do menor ritmo de expansão da economia americana, as estimativas indicam menor variação do volume do comércio mundial em 2007: 6,6% (contra 9,2% em 2006). A despeito do aumento no preço do petróleo e de alguns alimentos em particular, milho, trigo e soja, a inflação permanece sob controle nas economias avançadas. Porém, em vários países em desenvolvimentos, as pressões inflacionárias se elevaram, refletindo o forte aumento da demanda doméstica e aceleração nos preços dos alimentos, que possuem maior peso nos índices de preço ao consumidor. Em 2008 ocorreu uma grave elevação nos preços das commodities, devido a especulações nas bolsas de mercados futuros e nos preços dos alimentos em razão do uso crescente do milho e outros produtos alimentares na produção de biocombustível, ao lado de quebras de safra em vários países associadas às condições climáticas desfavoráveis. O impacto da alta nos preços dos alimentos é maior nos países mais pobres da África e em países da Ásia como Bangladesh, China, Nepal, Sri Lanka. Porém, favorece os principais exportadores, como Argentina, Bolívia e Chile na América Latina e África do Sul, Namíbia e Suazilândia na África, além de economias avançadas como Estados unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. No que se refere aos mercados financeiros internacionais, as condições começaram a se deteriorar fortemente a partir de julho de 2007 com a reavaliação dos riscos de crédito se traduzindo em crescente volatilidade e contração da liquidez dos mercados. Inicialmente, o aumento da inadimplência dos mutuários das hipotecas de alto risco (subprime) nos Estados Unidos conduziu à elevação dos prêmios de risco dos títulos estruturados que tem como ativos subjacentes títulos lastreados em hipotecas, em particular nos Estados Unidos e na área do euro. A partir de meados de agosto, as turbulências do mercado foram amplificadas com aumento das incertezas sobre o montante e distribuição das perdas e sobre o grau de exposição das instituições financeiras à crise do mercado de hipotecas subprime em suas operações não registradas nos balanços. Dada integração dos diferentes segmentos dos mercados, a crise iniciada no mercado hipotecário se espalhou, levando à interrupção das emissões de bônus corporativos de alto rendimento, à brutal retração do mercado de asset-backed

6 commercial papers (títulos de curto prazo emitidos pelas instituições financeiras) e à dramática iliqüidez no mercado interbancário, o que exigiu a pronta intervenção dos bancos centrais. Tanto o Federal Reserve como Banco Central Europeu injetaram liquidez mediante operações de mercado aberto em escala inédita para estabilizar as taxas de juros de curtíssimo prazo. Porém, mesmo após redução das taxas de juros do redesconto e da taxa básica de juros nos Estados Unidos em setembro, as condições nos mercados de crédito ainda não se normalizaram. Os bancos claramente optam por se manterem líquidos ante a percepção de aumento do risco da contraparte, dado as incertezas quanto ao montante e distribuição das perdas com a crise. De acordo com os pesquisadores do Fundo, as implicações macroeconômicas da recente desordem nos mercados financeiros podem ser mais profundas do que as de episódios precedentes como crash da bolsa em 1987, default da Rússia e quebra do LTCM em 1998, estouro da bolha pontocom em 2000 e os ataques terroristas em Embora tenham igualmente se traduzidos em rápido e amplo aumento da incerteza e em dificuldade em avaliar os riscos, esses não afetaram tão profundamente a disponibilidade de crédito como o atual, que provavelmente irá além de elevação dos custos. Isto por duas razões principais. De um lado, com ampliação da securitização nos anos recentes associada aos novos instrumentos como os derivativos de crédito, os investidores assumiram muito mais risco em sua busca por altos retornos, com elevada alavancagem. Dado a incerteza e a perda de confiança nos produtos estruturados, deve ocorrer uma retração duradoura no processo de securitização. De outro lado, em razão das exigências de capital para as transações registradas em balanço e a magnitude das perdas com a crise atual, os bancos, em particular, os americanos limitaram os refinanciamentos de crédito. Embora os impactos das turbulências nos mercados financeiros das economias avançadas sobre os países em desenvolvimento tenham sido relativamente fracos comparativamente aos episódios precedentes, os mercados emergentes foram igualmente afetados. Além da ampliação dos prêmios de riscos sobre os títulos soberanos, houve diminuição dos fluxos de capitais e queda nos mercados acionários. Todavia, os altos preços das ações nos mercados emergentes atingiram novamente patamares recordes. Na avaliação do Fundo, a maior resistência dos países em desenvolvimento à deterioração nas condições financeiras internacionais reflete dois conjuntos de fatores. Em primeiro lugar, a crise ocorreu em mercados de instrumentos financeiros inovadores e arranjos institucionais que ainda são pouco difundidos nos mercados emergentes. Em segundo lugar, vários países com mercados emergentes reduziram sua vulnerabilidade externa, fortalecendo as contas públicas e o aparato de políticas. Vários países com mercados emergentes e muitos países em desenvolvimento estão registrando desde 2006 níveis historicamente altos de entrada de capitais, tanto na conta de transações correntes como na conta de capitais. Os fluxos brutos de capital privado atingiram em um nível duas vezes superior ao recorde registrado em 1996, antes da eclosão da crise da Ásia. Mesmo com as turbulências nos mercados financeiros, as estimativas indicam que os mercados emergentes continuarão a receber volumes expressivos de capital estrangeiro privado. De acordo com as projeções, os fluxos líquidos de capital privado para as economias em desenvolvimento devem alcançar US$ 495,3 bilhões em 2007, mais do que o dobro do volume registrado em 2006 (US$ 220,8 bilhões). Para 2008, contudo, as estimativas são de redução dos fluxos de capitais para os países em desenvolvimento em relação a 2007, porém em montantes ainda expressivos (US$ 291,3 bilhões). Os países da Europa Central e do Leste devem se manter destino preferencial dos capitais privados considerados em seu conjunto (investimento direto, investimento de portfólio e empréstimos). Com o aprofundamento da crise

7 econômica, o Banco Mundial prevê uma queda de 31% nos investimentos diretos em países emergentes em 2009, representando um corte de US$ 180 bilhões frente a Nos países em desenvolvimento, apontam os dados das Nações Unidas, os investimentos diretos devem ter apresentado uma queda de 10% em 2008, e deverão recuar ainda mais durante este ano. Tal segmento, que envolve gastos com instalações e máquinas, representa em média 38% do fluxo de capitais do conjunto analisado. Em relação às exportações, o banco projeta um recuo do comércio global para este ano, o primeiro desde No Brasil, maior economia da América Latina, essa queda deverá ser de 20%, acompanhando as baixas reportadas nas maiores exportadoras do mundo, Alemanha e China respectivamente. Como reflexo da degradação do ambiente de negócios, os investimentos na economia chinesa recuaram 5,7% em dezembro quando comparados com o mesmo período de 2007, para US$ 5,98 bilhões. No Brasil, durante o mês de novembro, a queda foi mais sensível, chegando a 14% para US$ 2,18 bilhões. Vale destacar que durante o último ano o mercado de capitais dos países emergentes se viu em meio a um êxodo de investimentos, com a saída de US$ 67 bilhões de aplicações em ações e fundos, após ter reportado entradas de US$ 62 bilhões no ano anterior, mostram os dados da EPFR Global. Dentre as economias em desenvolvimento, aquelas do Leste Europeu se encontram em situação mais vulnerável, principalmente devido ao seu nível de endividamento em moeda estrangeira, afirmou o Banco Mundial. O FMI (Fundo Monetário Internacional) já ofereceu empréstimos de emergência para países como Hungria, Islândia, Ucrânia e Sérvia. A abundância de recursos externos oferece aos países em desenvolvimento, na interpretação do Fundo, uma excelente oportunidade para promover o crescimento de longo prazo se for usada com cautela. Contudo, impõe a esses países um enorme desafio macroeconômico de curto prazo no que se refere à gestão de fluxos substanciais de divisas. De um lado, se o regime cambial tem flexibilidade limitada, a entrada de um grande volume de divisas pode gerar rapidamente uma intensa expansão do crédito, uma forte ampliação nos preços dos ativos domésticos, um superaquecimento da atividade econômica e eventualmente uma pressão inflacionária. De outro lado, deixar o câmbio se apreciar favorece um maior controle monetário, porém, conduz à perda de competitividade e limita as oportunidades de exportações. Para limitar a apreciação real do câmbio, os países são obrigados a intervir no mercado e a acumular reservas internacionais. Há ainda o desafio adicional de evitar o surgimento de vulnerabilidades à reversão abrupta desses fluxos, responsabilidade ampliada pela recente turbulência nos mercados financeiros globais. Vários países emergentes registraram expressiva apreciação cambial e acumulação de reservas internacionais. Nos meses de julho e agosto, ante a queda dos fluxos de capitais, algumas dessas moedas se enfraqueceram. Todavia, voltaram a se apreciar em relação ao dólar, que também segue enfraquecido em relação ao euro. Na avaliação dos pesquisadores do FMI, os riscos de uma desaceleração mais forte da economia mundial nos próximos doze meses são atualmente maiores do que os verificados quando da revisão das projeções no mês de julho. Os principais deles seriam: a deterioração mais forte do que a prevista nas condições financeiras e a incerteza quanto aos impactos na demanda doméstica nos Estados Unidos e na Europa. Os desafios que se colocam para os formuladores de política ao redor do mundo é manter o forte crescimento não-inflacionário frente às turbulências recentes nas condições financeiras globais.

8 PEQUENO DICIONÁRIO DA CRISE NEOLIOBERALIMO: filosofia econômica na qual se defende a existência de um Estado mínimo. Um Estado cuja função seria garantir ao cidadão saúde, educação e segurança. Quaisquer outras funções que porventura o Estado acumulasse deveriam se transferir para a iniciativa privada. SPREAD: A diferença entre a taxa de juros cobrada aos tomadores de crédito e a taxa de juros paga aos depositantes pelos bancos. O spread determina a taxa de juros (que tem a SELIC apenas como referência) praticada pelo banco no varejo e em consequência o seu lucro. TAXA SELIC: Ela é a taxa de juros que fixada pelo COPOM do Banco Central do Brasil balizará todas as demais taxas de juros praticadas no país. Isto não significa que a SELIC será a taxa praticada no varejo, pois os bancos e financeiras são livres para atuarem com as taxas que julguem pertinentes. Ela pode ser entendida como um ponto referencial, portanto de partida para a fixação dos juros no sistema financeiro no país. COPOM: Conselho de Política Econômica, órgão do Banco Central do Brasil, que se reúne a cada 45 dias para tomar decisões pertinentes à política monetária no país. O Copom é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do Banco Central: o presidente e os diretores de Política Monetária, de Política Econômica, de Assuntos Internacionais, de Normas e Organização do Sistema Financeiro, Administração, Fiscalização Liquidação e Desestatização. O presidente tem direito ao voto decisório em caso de empate na decisão da política monetária. SUBPRIME: Empréstimos feitos a clientes que possuem perfil de risco, ou seja, são créditos concedidos a tomadores que nem sempre preenchem os requisitos mínimos necessários para garantir a concessão dos empréstimos. COMMODITIES: matérias-primas que possuem grande valorização futura e que possam ser negociados em bolsa de mercados futuros. Exemplo; soja, café, aço, petróleo, etc. PAC: O Programa de Aceleração do Crescimento foi criado pelo governo Lula em É no conjunto, um grande programa de obras, principalmente de infra-estrutura (estradas, hidrelétricas, modernização de portos, etc.) que possibilitarão o crescimento sustentado da economia, além de gerarem empregos e melhorarem o desempenho do PIB. PIB: Produto Interno Bruto: É um dos principais indicadores do potencial da economia de um país. Ele revela o valor (soma) de toda a riqueza (bens, produtos e serviços) produzida por um país em um determinado período, geralmente um ano. Isso inclui do pãozinho até o apartamento de luxo. AGRONEGÓCIO: É um dos principais setores da economia brasileira, se compõe das atividades de agropecuária, da agroindústria. Atividades como a soja, o café e a pecuária, fazem do Brasil um dos maiores exportadores mundiais de commodities, gerando bilhões de dólares e ajudando no desenvolvimento do PIB nacional. G20: Grupo formado por dezenove países, sendo os sete mais ricos e os doze principais emergentes. Na pautas de suas reuniões, como a mais recente, em Londres, se discute

9 os principais problemas econômicos e os entraves ao comércio mundial, recentemente questões ambientais e socais vêem sendo incorporadas ao debate e o Brasil tem tido relevante papel neste fórum. CRISE DE LIQUIDEZ: A crise atual é principalmente de liquidez, ou seja, há uma generalizada escassez de dinheiro nos mercado financeiro mundial. A origem desta crise, principalmente na Europa e nos EUA, foi a inadimplência no pagamento dos derivativos de títulos da dívida imobiliária do mercado norte americano. LEILÃO DE DÓLARES: É um instrumento de política monetária ao qual o Banco Central pode recorrer para controlar o valor do dólar no mercado brasileiro. Quando a moeda americana sobe ou se desvaloriza muito, movimento que pode afetar negativamente a nossa economia, como as exportações, por exemplo, o BC efetua um leilão de dólares, ele compra ou vende grandes soma da moeda estrangeira, para mantê-la dentro de padrões que viabilizem o bom desempenho da balança comercial. VOLATIVIDADE CAMBIAL: É a instabilidade no câmbio, o fortalecimento ou a desvalorização excessiva de uma moeda nacional, que pode num determinado momento prejudicar sua economia, além de não possibilitar aos agentes econômicos uma estratégia de investimento de longo prazo em função da imprevisibilidade cambial. TÍTULOS PODRES: Quando se investe no mercado financeiro, principalmente em bolsa de valores recebe-se um título, um papel que será o instrumento de crédito através do qual o investidor irá resgatar num determinado prazo, pré-fixado ou não, a aplicação que fez, com lucro ou prejuízo. Porém se a empresa na qual se investiu falir, por exemplo, o aplicador não terá o que resgatar, ele terá em mãos títulos podres, que nada valem, pois não podem ser honrados. PARCERIA PÚBLICO PRIVADA: O Brasil precisa, com urgência de investimento em infraestrutura, obras emergenciais para viabilizar a produção, principalmente da indústria e do agronegócio. Nem sempre o setor público possui a agilidade e ou os recursos necessários para empreender as obras, assim criou-se uma estratégia de ação, uma política pública na qual a iniciativa privada, em troca de benefícios fiscais ou concessão de direitos, empreende determinado investimento que seria realizado pelo governo. SUPERÁVIT PRIMÁRIO: É um termo usado pelos economistas para definir o dinheiro que um governo economiza para pagar os juros de sua dívida. Esse dado é um dos principais termômetros observados pelos investidores estrangeiros para medir a capacidade de um país pagar os credores em dia. Quanto maior o superávit, maior o corte nos gastos públicos ou maior a arrecadação de impostos. Ou seja, o governo "aperta o cinto" para que sobre mais dinheiro para quitar os débitos com o mercado ou aumenta suas receitas com a cobrança de tributos. PROTECIONISMO: É uma doutrina, uma teoria que prega um conjunto de medidas a serem tomadas no sentido de favorecer as atividades econômicas internas, reduzindo e dificultando ao máximo, a importação de produtos e a concorrência estrangeira. Tal teoria é utilizada por praticamente todos os países, em maior ou menor grau.

10 OMC: O responsável pela fiscalização do comércio entre os países e dos atos protecionistas que os mesmos adotam é a OMC (Organização Mundial do Comércio), cujo papel é promover a liberalização do comércio internacional. Uma das funções da organização é de atuar como um intermediador, no momento em que dois países geram conflitos por motivos comerciais, derivados por medidas protecionistas de um dos lados. Um exemplo claro desse processo aconteceu em 2001, quando a empresa canadense Bombardier acionou a OMC por se sentir prejudicada, pois segundo ela a empresa brasileira Embraer estaria sendo custeada ou subsidiada pelo governo brasileiro, de forma que esse procedimento vai contra as regras implantadas na organização. Nesse caso, as duas empresas lutam por um mercado extremamente lucrativo. Nesse exemplo, a OMC não aceitou o pedido da empresa canadense, ou seja, indeferiu o pedido. SUSTENTABILIDADE: É um conceito relativamente novo que agrega a idéia de que o desenvolvimento econômico deve também contemplar a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais, além de promover uma maior inclusão social. RODADA DOHA: cujo nome formal é "Agenda Doha de Desenvolvimento", é a mais recente e a mais abrangente negociação para derrubar barreiras comercias entre os países, lançada em 2001, em um encontro da Organização Mundial do Comércio (OMC) no Qatar. As negociações estão virtualmente estancadas desde então.

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