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- Célia Pedroso Belo
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1 GOIÂNIA, / / PROFESSOR: Daniel DISCIPLINA: Literatura SÉRIE: 3 ano ALUNO(a): No Anhanguera você é + Enem Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações: - É fundamental a apresentação de uma lista legível, limpa e organizada. Rasuras podem invalidar a lista. - Questões discursivas deverão ser respondidas na própria lista. - Não há necessidade de folhas em anexo, todas as respostas serão exclusivamente na lista. - O não atendimento a algum desses itens faculta ao professor o direito de desconsiderar a lista. - A lista deve ser feita a caneta. P1-1 BIMESTRE 01. (UFG ) Leia o soneto abaixo: XXXI Longe de ti, se escuto, porventura, Teu nome, que uma boca indiferente Entre outros nomes de mulher murmura, Sobe-me o pranto aos olhos, de repente... Tal aquele, que, mísero, a tortura Sofre de amargo exílio, e tristemente A linguagem natal, maviosa e pura, Ouve falada por estranha gente... Porque teu nome é para mim o nome De uma pátria distante e idolatrada, Cuja saudade ardente me consome: E ouvi-lo é ver a eterna primavera E a eterna luz da terra abençoada,
2 Onde, entre flores, teu amor me espera. BILAC, Olavo. Melhores poemas. Seleção de Marisa Lajolo. São Paulo: Global, p. 54. (Coleção Melhores poemas). Olavo Bilac, mais conhecido como poeta parnasiano, expressa traços românticos em sua obra. No soneto apresentado observa-se o seguinte traço romântico: (A) objetividade do eu lírico. (B) predominância de descrição. (C) utilização de universo mitológico. (D) erudição do vocabulário. (E) idealização do tema amoroso 02. (UFG ) Leia os poemas de Cora Coralina e Olavo Bilac. RIO VERMELHO IV Água pedra. Eternidades irmanadas. Tumulto torrente. Estática silenciosa. O paciente deslizar, o chorinho a lacrimejar sutil, dúctil na pedra, na terra. Duas perenidades sobreviventes no tempo. Lado a lado conviventes, diferentes, juntas, separadas.
3 Coniventes. Meu Rio Vermelho CORALINA, Cora. Melhores poemas. Seleção de Darcy França Denófrio. São Paulo: Global, p (Coleção Melhores poemas). Vocabulário: dúctil: dócil RIO ABAIXO Treme o rio, a rolar, de vaga em vaga... Quase noite. Ao sabor do curso lento Da água, que as margens em redor alaga, Seguimos. Curva os bambuais o vento. Vivo há pouco, de púrpura, sangrento, Desmaia agora o ocaso. A noite apaga A derradeira luz do firmamento... Rola o rio, a tremer, de vaga em vaga. Um silêncio tristíssimo por tudo Se espalha. Mas a lua lentamente Surge na fímbria do horizonte mudo: E o seu reflexo pálido, embebido Como um gládio de prata na corrente, Rasga o seio do rio adormecido. BILAC, Olavo. Melhores poemas. Seleção de Marisa Lajolo. São Paulo: Global, p. 71. (Coleção Melhores poemas). Vocabulário: ocaso: pôr-do-sol
4 fímbria: orla, borda gládio: espada Tanto Cora Coralina, em Rio vermelho, quanto Olavo Bilac, em Rio abaixo, poetizam assuntos semelhantes. Os dois poemas, entretanto, diferenciam-se, respectivamente,por: (A) linguagem coloquial do primeiro e linguagem anacrônica do segundo. (B) caráter contido do primeiro e caráter intenso do segundo. (C) tonalidade satírica do primeiro e tonalidade avaliativa do segundo. (D) ênfase narrativista do primeiro e ênfase descritivista do segundo. (E) registro regionalista do primeiro e registro universalista do segundo. 03. (FUVEST -SP) Leia com atenção e responda às questões que seguem: " Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e, enfim, No verso de ouro engasta a rima, como um rubim. Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficina Sem um defeito. " ( Olavo Bilac - Profissão de fé ) Nos versos acima, a atividade poética é comparada ao lavor do ourives porque, para o autor: a) a poesia é preciosa como um rubi. b) o poeta é um burilador. c) na poesia não pode faltar a rima. d) o poeta não se assemelha a um artesão. e) o poeta emprega palavras valiosas. 04. Pode-se inferir do texto que, para Olavo Bilac, o ideal da forma literária é:
5 a) a libertação b) a métrica c) a estrofação d) a rima e) a perfeição 05. (PUC - RS) "Esta de áureos relevos, trabalhada De divas mãos; brilhante copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia." A poesia que se concentra na reprodução de objetos decorativos, como exemplifica a estrofe de Alberto de Oliveira, assinala a tônica da: a) espiritualização da vida b) visão do real c) arte pela arte d) moral das coisas e) nota do intimismo 06. (UFPR) "Se se pudesse, o espírito que chora, Ver através da máscara da face; Quanta gente, talvez que inveja agora Nos causa, então piedade nos causasse!" (Raimundo Correia - Mal secreto) Assinale a alternativa correta que exprime a oposição fundamental desse texto: a) corpo versus espírito
6 b) gente feliz versus gente infeliz c) piedade versus falsidade d) essência do ser versus aparência e) dor versus falsidade 07. (UM- SP) Assinale a alternativa que não se aplica à estética parnasiana: a) predomínio da forma sobre o conteúdo b) tentativa de superar o sentimento romântico c) constante presença da temática da morte d) correta linguagem, fundamentada nos princípios dos clássicos e) predileção pelos gêneros fixos, valorizando o soneto Identifique, entre as características apresentadas a seguir, aquelas que ocorrem com maior evidência em cada um dos textos: A) predomínio da descrição B) tema exótico (considerando a realidade brasileira da época) C) utilização de vocabulário pouco comum na linguagem cotidiana D) visão carnal do amor E) tema inspirado na Antiguidade clássica 08. Texto I ( O eu-lírico dirige-se a uma pessoa idosa ): "Engelhadas as faces, os cabelos Brancos, ferido, chegas da jornada; Revês da infância os dias; e ao revê-los, Que fundas mágoas na alma lacerada!" (Alberto de Oliveira) 09. Texto II ( O eu-lírico faz uma apelo à sua amada ) : "Beija mais, que o teu beijo me incendeia! Aperta os braços mais! que eu tenha a morte, Preso nos laços de prisão tão doce! " ( Olavo Bilac ) 10. Texto III ( O fragmento do poema descreve um vaso chinês ):
7 "Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor sombrio." (Alberto de Oliveira) 11. Texto IV "A ânfora equilibrando, com graça real, na cabeça, vai a jovem Romana pelo pórtico umbroso" (Magalhães de Azevedo) 12. Texto V " Mar, belo mar selvagem Das nossas praias solitárias! Tigre A que brisas da terra o sono embalam, A que o vento do largo eriça o pêlo! " (Vicente de Carvalho) Leia com atenção o seguinte soneto, de Olavo Bilac: Inania Verba Ah! quem há de exprimir, alma impotente e escrava, O que a boca não diz, o que a mão não escreve? Ardes, sangras, pregada à tua cruz, e, em breve, Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava... O Pensamento ferve, e é um turbilhão de lava: A Forma, fria e espessa, é um sepulcro de neve... E a Palavra pesada abafa a Ideia leve, Que, perfume e clarão, refulgia e voava. Quem o molde achará para a expressão de tudo? Ai! quem há de dizer as ânsias infinitas Do sonho? e o céu que foge à mão que se levanta? E a ira muda? e o asco mudo? e o desespero mudo? E as palavras de fé que nunca foram ditas?
8 E as confissões de amor que morrem na garganta? Inania verba expressão latina que significa palavras frívolas, ocas, vazias. 13. Qual é a dificuldade enfrentada pelo eu lírico, nesse poema? 14. De que maneira o significado do título resume o tema desenvolvido no texto? 15. Esse poema pertence ao Parnasianismo. Que elementos formais permitem essa classificação? 16. Marque a afirmativa correta: a) O Parnasianismo caracterizou-se, no Brasil, pela busca da perfeição formal na poesia. b) O Parnasianismo determinou o surgimento de obras de tom marcadamente coloquial. c) O Parnasianismo, por seus poetas, preconizava o uso do verso livre. d) O Parnasianismo brasileiro deu ênfase ao experimentalismo formal. e) O Parnasianismo foi o responsável pela afirmação de uma poesia de caráter sugestivo e musical Não caracteriza a estética parnasiana: a) A oposição aos românticos e distanciamento das preocupações sociais dos realistas. b) A objetividade, advinda do espírito cientificista, e o culto da forma. c) A obsessão pelo adorno e contenção lírica. d) A perfeição formal na rima, no ritmo, no metro e volta aos motivos clássicos. e) A exaltação do eu e fuga da realidade presente. 18. Leia os versos: Esta, de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhantes copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia. Era o poeta de Teos que a suspendia. Então e, ora repleta ora esvaziada,
9 A taça amiga aos dedos seus tinia Todas de roxas pétalas colmada. Alberto de Oliveira Assinale a alternativa que contém características parnasianas presentes no poema: a) busca de inspiração na Grécia Clássica, com nostalgia e subjetivismo; b) versos impecáveis, misturando mitologia clássica com sentimentalismo amoroso; c) revalorização das idéias iluministas e descrição do passado; d) descrição minuciosa de um objeto e busca de um tema ligado à Grécia antiga; e) vocabulário preciosista, de forte ardor sensual. 19. O ideal parnasiano do culto da "arte pela arte" significa que o objetivo do poeta é criar obras que expressem: a. um conteúdo social, de interesse universal. b. a noção do progresso da sua época. c. uma mensagem educativa, de natureza moral. d. uma lição de cunho religioso. e. o ideal da Beleza, criado pelo perfeito uso dos recursos estilísticos. 20. Todos os itens apresentam características do Parnasianismo, exceto: a. prevalência de formas fixas de composição poética. b. anseio de liberdade criadora. c. preocupação com a perfeição formal. d. gosto pela precisão descritiva. e. ideal de objetividade no tratamento dos temas.
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02. (UFG 2009 Segunda fase) Leia os poemas de Cora Coralina e Olavo Bilac.
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