DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Roberto Ferreira Archanjo da Silva 2º bimestre. Renata Valera SUMÁRIO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Roberto Ferreira Archanjo da Silva 2º bimestre. Renata Valera SUMÁRIO"

Transcrição

1 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 1 DIREITO PROCESSUAL PENAL Prof. Roberto Ferreira Archanjo da Silva 2º bimestre Renata Valera SUMÁRIO AÇÃO PENAL... 2 CONCEITO DE AÇÃO PENAL... 3 CARACTERÍSTICAS... 3 NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO PENAL... 3 CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL... 3 POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO... 4 LEGITIMIDADE PARA A CAUSA... 4 INTERESSE DE AGIR... 6 JUSTA CAUSA PARA PROPOR A AÇÃO... 6 CONDIÇÕES DE PROCEDIBILIDADE... 6 CONDIÇÃO OBJETIVA DE PUNIBILIDADE... 7 PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS... 7 ELEMENTOS DA AÇÃO PENAL... 8 BIS IN IDEM Coisa julgada e litispendência (causa pendente penal)... 8 ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL... 8 DENÚNCIA E QUEIXA-CRIME... 9 AÇÃO PENAL PRIVADA... 9 CONCEITO... 9 PRINCÍPIOS... 9 TITULARIDADE ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PRIVADA DECADÊNCIA DO DIREITO DE QUEIXA (E DE REPRESENTAÇÃO NA AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO) RENÚNCIA PERDÃO PEREMPÇÃO O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA AÇÃO PENAL PRIVADA AÇÃO PENAL PÚBLICA...14 CONCEITO DE AÇÃO PENAL PÚBLICA TITULARIDADE PRINCÍPIOS ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA DISPOSIÇÕES ESPECIAIS...18 A FORMULAÇÃO DA ACUSAÇÃO DECISÃO QUE RECEBE A ACUSAÇÃO DECISÃO QUE REJEITA A ACUSAÇÃO CRIMES CONTRA A HONRA PECULIARIDADES Pedido de explicações Audiência de conciliação nos crimes contra a honra Exceção de verdade no crime de calúnia Ação penal nos crimes contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções ATIVIDADE (ESTUDO DIRIGIDO PARA A PROVA)...20

2 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 2 AÇÃO PENAL A ação penal representa um avanço da sociedade para punir os infratores da lei penal. Durante a história da humanidade tivemos um período em que quando algo muito grave era praticado uma santidade precisava ser pacificada, sob o risco de um castigo divino para toda a sociedade. Por isso havia o bode expiatório, que era oferecido à divindade para que a sociedade não fosse punida. Existia também a chamada vingança de sangue, em que a pessoa ofendida ou seus parentes poderiam se vingar do infrator. Esta era a lei de talião, que consistia na retaliação, na reciprocidade entre o crime e a pena (correspondência entre o mal causado a alguém com o crime e o castigo imposto a quem o causou). Regulando a lei de talião, o Código de Hamurabi passou a evitar que as pessoas usassem a retaliação de forma desproporcional, gerando um ciclo de vingança. Então, com a evolução dos tempos, o Estado toma para si o jus puniendi... Mas, mesmo assim, continuaram os suplícios públicos. Ainda hoje em dia isso acontece em alguns países... Obra: Vigiar e punir, de Foucault Estudo sobre a evolução da legislação penal e seus métodos coercitivos e punitivos, adotados pelo Poder Público ao longo da história para reprimir a delinquência. Trecho do Capítulo 1 de Vigiar e Punir: [Damiens fora condenado, a 2 de março de 1757], a pedir perdão publicamente diante da porta principal da Igreja de Paris [aonde devia ser] levado e acompanhado numa carroça, nu, de camisola, carregando uma tocha de cera acesa de duas libras; [em seguida], na dita carroça, na praça de Greve, e sobre um patíbulo que aí será erguido, atenazado nos mamilos, braços, coxas e barrigas das pernas, sua mão direita segurando a faca com que cometeu o dito parricídio, queimada com fogo de enxofre, e às partes em que será atenazado se aplicarão chumbo derretido, óleo fervente, piche em fogo, cera e enxofre derretidos conjuntamente, e a seguir seu corpo será puxado e desmembrado por quatro cavalos e seus membros e corpo consumidos ao fogo, reduzidos a cinzas, e suas cinzas lançadas ao vento. Finalmente foi esquartejado [relata a Gazette d'amsterdam]. Essa última operação foi muito longa, porque os cavalos utilizados não estavam afeitos à tração; de modo que, em vez de quatro, foi preciso colocar seis; e como isso não bastasse, foi necessário, para desmembrar as coxas do infeliz, cortar-lhe os nervos e retalhar-lhe as juntas... Afirma-se que, embora ele sempre tivesse sido um grande praguejador, nenhuma blasfêmia lhe escapou dos lábios; apenas as dores excessivas faziam-no dar gritos horríveis, e muitas vezes repetia: "Meu Deus, tende piedade de mim; Jesus, socorrei-me". Os espectadores ficaram todos edificados com a solicitude do cura de Saint-Paul que, a despeito de sua idade avançada, não perdia nenhum momento para consolar o paciente. [O comissário de polícia Bouton relata]: Acendeu-se o enxofre, mas o fogo era tão fraco que a pele das costas da mão mal e mal sofreu. Depois, um executor, de mangas arregaçadas acima dos cotovelos, tomou umas tenazes de aço preparadas ad hoc, medindo cerca de um pé e meio de comprimento, atenazou-lhe primeiro a barriga da perna direita, depois a coxa, daí passando às duas partes da barriga do braço direito; em seguida os mamilos. Este executor, ainda que forte e robusto, teve grande dificuldade em arrancar os pedaços de carne que tirava em suas tenazes duas ou três vezes do mesmo lado ao torcer, e o que ele arrancava formava em cada parte uma chaga do tamanho de um escudo de seis libras. Depois desses suplícios, Damiens, que gritava muito sem contudo blasfemar, levantava a cabeça e se olhava; o mesmo carrasco tirou com uma colher de ferro do caldeirão daquela droga fervente e derramou-a fartamente sobre cada ferida. Em seguida, com cordas menores se ataram as cordas destinadas a atrelar os cavalos, sendo estes atrelados a seguir a cada membro ao longo das coxas, das pernas e dos braços. (...) Os cavalos deram uma arrancada, puxando cada qual um membro em linha reta, cada cavalo segurado por um carrasco. Um quarto de hora mais tarde, a mesma cerimônia, e enfim, após várias tentativas, foi necessário fazer os cavalos puxar da seguinte forma: os do braço direito à cabeça, os das coxas voltando para o lado dos braços, fazendo-lhe romper os braços nas juntas. Esses arrancos foram repetidos várias vezes, sem resultado. Ele levantava a cabeça e se olhava. Foi necessário colocar dois cavalos, diante dos atrelados às coxas, totalizando seis cavalos. Mas sem resultado algum. (...) O senhor Lê Breton, de volta da cidade, deu ordem que se fizessem novos esforços, o que foi feito; mas os cavalos empacaram e um dos atrelados às coxas caiu na laje. (...) Depois de duas ou três tentativas, o carrasco Samson e o que lhe havia atenazado tiraram cada qual do bolso uma faca e lhe cortaram as coxas na junção com o tronco do corpo; os quatro cavalos, colocando toda força, levaram-lhe as duas coxas de arrasto, isto é: a do lado direito por primeiro, e depois a outra; a seguir fizeram o mesmo com os braços, com as espáduas e axilas e as quatro partes; foi preciso cortar as carnes até quase aos ossos; os cavalos, puxando com toda força, arrebataram-lhe o braço direito primeiro e depois o outro. (...)

3 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 3 Atualmente, a punição ainda possui o caráter sancionatório, mas busca impedir nas arbitrariedades do Estado, por isso existe a ação penal. Neste sentido, a ação penal é instrumento hábil não só para a punição, mas também para a proteção do próprio acusado. CONCEITO DE AÇÃO PENAL Meio hábil de acesso a justiça penal, que se desenvolve na 2ª fase da persecução penal, objetivando a punição do verdadeiro infrator. Autonomia: CARACTERÍSTICAS A ação penal é autônoma, pois não se confunde com o inquérito policial e nem com a execução penal. Não se confunde com a persecução penal. Além do mais, não está totalmente atrelada ao inquérito policial, pois esse em certos casos é dispensável. Ela não se confunde com o direito material, uma vez que é instrumento para a aplicação desse direito material. Essa também é razão para chamá-la de direito autônomo. Direito subjetivo público: A ação penal é direito subjetivo público, uma vez que o jus puniendi é do Estado, sendo subjetivo, pois é um direito que todos tem de acessar o Judiciário. NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO PENAL Tanto o processo penal quanto o civil buscam garantir o acesso a justiça. Porém as suas diferenças encontram-se no fundamento constitucional de cada uma. O fundamento jurídico de tutela de direitos está estritamente relacionado com o processo penal. É o acesso a justiça. Uma vez que existem bens jurídicos previstos na CF e estes bens podem ser infringidos, o Estado pode editar normas incriminadoras. Isso é mandado de criminalização, que quando expedido, autoriza ao legislador infraconstitucional editar normas que busquem coibir ações que venham lesar ou infringir o respeito desses bens jurídicos. Em suma, a natureza jurídica da ação penal é o acesso a justiça penal, pois a CF assegura a proteção de bens jurídicos de modo a garantir a criminalização de indivíduos que pratiquem atos tipificados na lei penal. Além disso, assegura que estes indivíduos sejam processados e respondam por seus atos, tendo por regra o MP como titular da ação penal. CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL Muito semelhantes ao processo civil. Porém alguns aspectos relevantes no processo civil não são no processo penal. Possibilidade jurídica do pedido Legitimidade das partes Interesse de agir

4 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 4 Apesar de serem as mesmas do processo civil, sua interpretação e aplicação diverge no processo penal. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO Verificação se o pedido é possível de ser feito em nosso ordenamento jurídico. Só existe quando o fato é tido como criminoso (fato aparentemente criminoso). Mas isso não está ligado a tipicidade ou atipicidade do crime (Ada Pelegrini). A possibilidade jurídica do pedido só existe quando o fato é aparentemente criminoso (o que não se relaciona à tipicidade ou a atipicidade do fato). Atipicidade não diz respeito a impossibilidade jurídica do pedido, e sim ao mérito da causa. Assim, uma ação penal pode possuir fato aparentemente criminoso, mas que seja atípico. Possibilidade jurídica do pedido: O pedido será juridicamente possível quando o fato for aparentemente criminoso. Atipicidade: A possibilidade jurídica do pedido não diz respeito a tipicidade ou a atipicidade. Esta é uma crítica da professora Ada Pelegrini e do professor Afrânio Silva Jardim. Atipicidade diz respeito a mérito da causa. Há atipicidade quando o fato for aparentemente criminoso. Atipicidade Art. 397, inciso III do CPP. Caso isso ocorra, o juiz deverá absolver o acusado (absolvição sumária pautada no art. 397, III, CPP) Art Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou IV - extinta a punibilidade do agente. Lei nº /01 Aprovada semana passada. Fala da fiança. LEGITIMIDADE PARA A CAUSA A legitimidade para a causa, ou legitimidade ad causam, ou legitimidade das partes, diz respeito às partes que podem figurar no pólo ativo da ação penal. Representa a titularidade de alguém para ingressar com a ação. Na ação penal pública: Legitimidade ordinária: Estado, representado pelo MP (MP tem titularidade para ingressar com a ação penal pública CF, art. 129) No pólo ativo Estado representado pelo MP No pólo passivo acusado (provável autor da infração)

5 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 5 Na ação penal privada: Legitimidade extraordinária: ofendido. Se a ação penal é privada, quem tem legitimidade ativa é o ofendido. Mas, como o particular pode ser sujeito ativo na ação penal se o Estado que tem o jus puniendi? O particular apenas recebe uma delegação do Estado para em determinadas infrações penais, relacionadas a sua intimidade, etc., para propor a ação penal... mas o direito de punir continua sendo do Estado. O Estado apenas confere ao ofendido a iniciativa da ação, continuando a ser o exclusivo detentor do jus puniendi. Trata-se de legitimidade extraordinária. Em suma, quem tem legitimidade ordinária na ação penal é o Estado. Quando ele delega ao particular a possibilidade de iniciar a ação penal estamos diante de uma ação penal extraordinária. Ação penal privada subsidiária da pública: Legitimidade extraordinária e sucessiva: ofendido, caso o MP não ingresse com a ação no prazo legal. Na ação penal pública, o MP recebe os autos e tem três possibilidades: 1) pode propor realização de diligencias imprescindíveis; 2) pode propor denúncia; 3) pode propor arquivamento. Se ele permanecer inerte (prazo 15 dias se acusado solto, e prazo de 5 dias se preso art. 46 CPP) o particular está habilitado a propor ação penal privada subsidiaria da publica. Isso é muito raro de acontecer. CPP, art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos. Na ação penal privada subsidiária da pública o ofendido intenta ação penal na hipótese em que o MP não o faz no prazo legal. Neste caso, o MP só retornará a titularidade da ação se o particular for negligente em promover o seu andamento. Diz-se que o ofendido tem legitimidade extraordinária e sucessiva. Na ação penal privada é uma legitimação extraordinária. E na ação penal subsidiária? É uma substituição. Ela continua sendo extraordinária, mas também é sucessiva. LEGITIMIDADE PARA O PROCESSO Diferente de legitimidade para a causa. Essa diz respeito ao representante legal a representação. Pode ser que o representante do ofendido esteja na ação penal privada com uma procuração sem poderes específicos. Ele esta irregular. Esse vício pode ser sanado até a sentença. Esse vício diz respeito a representação. Legitimidade do processo (representação, pode ser sanada até a sentença) difere de legitimidade para a causa (partes no processo).

6 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 6 Corresponde ao binômio necessidade e adequação. INTERESSE DE AGIR Necessidade: A pretensão do autor não puder ser satisfeita de outra forma. Como em processo penal vige o princípio "nulla poena sine judicio" (não há pena sem processo), sempre será necessário recorrer ao processo para que se exerça a pretensão punitiva. Adequação: A via processual eleita pelo autor da ação deve ser a adequada para dar solução à pretensão ajuizada; deve-se ajuizar a ação correta. Entretanto, na ação penal, o interesse de agir não é tão relevante quanto na ação civil. Isso se dá devido à irrelevância do conceito de lide para o processo penal. Deste modo, sempre que um fato for aparentemente criminoso haverá interesse de agir. Assim, preenchida a condição possibilidade jurídica do pedido já estará presente o interesse de agir. Esta é uma crítica de Maria Thereza Rocha de Assis Moura, Ministra do STJ 6ª Turma. JUSTA CAUSA PARA PROPOR A AÇÃO Não é corrente majoritária, mas a Ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura e Afrânio Silva Jardim entendem que existe uma quarta condição da ação penal: a justa causa, compreendida como a prova da materialidade do crime e os indícios subjetivos de autoria. A propositura de ação penal atinge o estado de dignidade do indivíduo. Neste sentido, além das três clássicas condições da ação, também deve haver a justa causa, que consiste no lastro probatório mínimo para o exercício do direito de ação, correspondendo à prova da materialidade e indícios suficientes de autoria. Importante ressaltar que a prova de materialidade e indícios de autoria não são prova cabal. CONDIÇÕES DE PROCEDIBILIDADE São condições de procedibilidade da persecução penal como um todo, e não apenas da ação penal. Dizem respeito ao proceder, e não a ação penal unicamente. Por isso, não podem ser ditas como outras condições da ação penal, como fazem alguns autores. São exigências legais para iniciar a persecução penal (as duas fases!), tais como: - a representação do ofendido ou seu representante legal nos crimes de ação penal pública condicionada; - a requisição do Ministro da Justiça nos crimes de ação penal pública; - o requerimento do ofendido para instaurar o inquérito policial. Sem isso, a autoridade não procede o inquérito e a ação penal não pode ser proposta. Ressalta-se que a representação e a requisição do ministro da justiça são condições de procedibilidade relacionadas a ação penal publica condicionada. Já o requerimento do ofendido para instaurar o inquérito policial é condição de procedibilidade para iniciar a cão penal privada, apesar de ser possível ir diretamente ao MP, que poderá dispensar o inquérito caso tenha todos os elementos para iniciar a ação.

7 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 7 Na ação penal privada não se necessita do preenchimento desses requisitos, uma vez que o ofendido não necessita de autorização. Mas isso só é possível quando, além de privada a ação, for dispensável o inquérito. Essas condições possuem caráter suspensivo, pois impedem o início da persecução penal. CONDIÇÃO OBJETIVA DE PUNIBILIDADE Elementos ou circunstâncias que condicionam a punibilidade. Por exemplo: A Lei /2005 possui um rol de crimes previstos para a conduta do empresário. Porém, para tais crimes serem aplicados, estão sujeitos ao acontecimento de evento futuro e incerto, que é a sentença declaratória de falência ou o plano de recuperação judicial ou extrajudicial. A condição objetiva de punibilidade é aquela situação criada pelo legislador por razões de política criminal destinada a regular o exercício da ação penal sob a ótica da sua necessidade. Não está contida na noção de tipicidade, antijuridicidade ou culpabilidade, mas é parte integrante do fato punível. Ex: Crimes da Lei /05 sujeitos a sentença declaratória de falência ou o plano de recuperação judicial ou extrajudicial. Já a condição de procedibilidade é o requisito que submete a relação processual à existência ou validez. Ex: representação do ofendido nas ações públicas condicionadas. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS Dizem respeito ao processo penal (ação penal) e não à persecução penal. Os pressupostos processuais referem-se à existência e validade do processo penal. Quanto à existência: Para que o processo exista, ele deve se desenvolver mediante uma relação jurídico-processual. Esta relação é a do acusador que se posiciona mediante o juízo criminal, que chama o acusado para que ele possa reagir, se defendendo. Estes 3 atores (juiz, acusador e acusado) são os sujeitos essenciais do processo, pois sem um deles não haverá processo. Para que exista processo também é necessário que o juiz tenha jurisdição. Ex: se for distribuída ação penal no juízo trabalhista... esse processo não existe... trata-se de competência em razão da matéria. Pode ocorrer também de o estagiário prolatar a sentença, e por um lapso, ele assinou e o juiz não. Esta sentença não existe. Em suma, para que o processo exista é necessário que haja acusação por parte do autor a juiz com jurisdição penal, que deverá proceder à acusação válida do acusado, dando a ele direito de defesa. Em relação à validade: A validade do processo diz respeito ao desenvolvimento regular do processo. Ou seja, não deve existir nenhum vício processual. Assim, cabe ao magistrado zelar não só pela existência, mas também e, principalmente, pela validade, do processo penal. As nulidades podem ser absolutas ou relativas, e os vícios podem ser de inexistência, nulidade absoluta ou nulidade relativa.

8 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 8 Assim, quanto à validade, é necessário que haja desenvolvimento regular do processo, não existindo nenhum vício que causa qualquer nulidade ou inexistência de ato. 1) Partes 2) Causa de pedir 3) Pedido CAUSA DE PEDIR: ELEMENTOS DA AÇÃO PENAL Há causa de pedir porque nós pedimos uma providência, que é a aplicação da sanção penal. O pedido diz respeito às providências para a instauração do processo e a aplicação da sanção penal. A causa de pedir pode ser próxima ou remota: Remota: A remota diz respeito a fato histórico, ou seja, uma conduta. Próxima: A causa de pedir próxima diz respeito ao fato jurídico. Essa conduta se amolda a uma conduta descrita num tipo penal, um crime. Por isso pedimos estas providências. BIS IN IDEM Coisa julgada e litispendência (causa pendente penal) Os elementos da ação penal servem para evitar o bis in idem, identificando as ações penais, individualizando-as. Acerca do bis in idem há 2 aspectos processuais penais: a coisa julgada e a causa pendente penal (litispendência). COISA JULGADA: A coisa julgada assegura não só a imutabilidade da decisão, mas também que o sujeito não será processado e condenado novamente pelo mesmo fato criminoso. No caso de absolvição que transita em julgado, a coisa julgada é material também, além de formal. Não há como mudar. Imutável. Mesmo se descobrir-se futuramente que a pessoa praticou mesmo o crime não há como mudar a decisão que transitou em julgado absolvendo-a. Por outro lado, se a sentença penal for condenatória, ainda que transite em julgado formalmente, não faz coisa julgada material, porque a qualquer tempo pode-se pedir ação de revisão criminal. Neste caso, então, ele poderá ser absolvido. Se ele já cumpriu a pena, ele exigirá do Estado indenização. LITISPENDÊNCIA (CAUSA PENDENTE PENAL): Conceito de lide é irrelevante para o processo penal. Então não podemos falar em litispendência... falase em causa pendente penal. ROGERIO LAUREA TUCCI ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL São várias as formas de classificação das ações penais. Mas, a que mais influi nos estudos do processo penal é a assentada na diversidade do titular da ação.

9 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 9 Segundo este critério, as espécies de ação penal se dividem em: 1) Pública: Condicionada Incondicionada O titular é o Estado. 2) Privada: Exclusivamente privada Subsidiária da pública Personalíssima O titular é o ofendido. De acordo com Antonio Scarance Fernandes (Processo penal constitucional. 6. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunal, 2010, p. 174), esta terminologia é imprecisa, visto que a ação penal é sempre pública, eis que, em qualquer de suas modalidades, se destina a efetivação de normas penais, que são de caráter público. Contudo, esta classificação revela a diversidade de sua titularidade. DENÚNCIA E QUEIXA-CRIME Diferença entre denúncia e queixa na notitia criminis: Queixa: Acusação formalizada do ofendido, apresentada por este ao juízo. O que é levado à autoridade policial é a notícia do crime. A queixa-crime é a petição inicial da ação penal privada. Denúncia: É a peça processual apresentada pelo MP no processo. A denúncia é a petição inicial da ação penal pública. AÇÃO PENAL PRIVADA Em regra, a ação penal é pública. Porém, existem direitos considerados mais íntimos, e a persecução penal com ação penal pública seria muito mais gravoso para o ofendido até mesmo do que o ato que gerou o acontecimento do crime Assim, o Estado concede de maneira extraordinária, a possibilidade de o ofendido ser o titular da ação penal, mas apenas nos casos expressos na lei. CONCEITO É a ação de propositura do ofendido (ou seu representante legal), com seu início dado com recebimento da acusação formulada, expressa na queixa-crime. 1) Oportunidade: PRINCÍPIOS O ofendido possui certa discricionariedade para propor a ação, porém sempre limitada a requisitos essenciais a serem preenchidos. Diferente da ação penal pública que obedece a regra da obrigatoriedade. 2) Disponibilidade: O ofendido pode dispor do direito de propor ou mesmo dar continuidade a ação penal.

10 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 10 3) Indivisibilidade: O ofendido deve processar todas as pessoas que praticaram a infração penal, não cabendo a ele selecionar as pessoas que irá processar. Cabe ao Estado (MP) zelar pela indivisibilidade da ação penal. 4) Personificação das penas ou intranscendência: A ação penal não pode ultrapassar a pessoa do autor do crime, da mesma forma que a aplicação da sanção penal. Gera a afetação dos bens transferidos à terceiros. TITULARIDADE Na ação penal privada o ofendido ou seu representante legal possui a titularidade. O Estado é o exclusivo detentor do direito de punir. Nas hipóteses de ação penal privada, se transfere ao particular a iniciativa da ação penal, mas nunca o jus puniendi. Ocorre legitimação extraordinária. Na ação penal pública, ocorre legitimação ordinária, pois o Estado, por meio do MP, que intenta a ação. Ofendido menor de 18 anos: Não pode ser titular da ação penal o ofendido menor de 18 anos, necessitando de representante legal para a ação penal. Se não tiver representante será eleito um curador especial (art. 33 CPP) CPP, Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal. Ofendido pobre: Art. 32, CPP - Assegura a assistência de um advogado para a propositura da ação penal privada. CPP, Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal. 1º Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover às despesas do processo, sem privar-se dos recursos indispensáveis ao próprio sustento ou da família. 2º Será prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial em cuja circunscrição residir o ofendido. A Lei 1060/50 trata da assistência jurídica gratuita a todas as pessoas. Essa lei, por ser posterior ao CPP, a autoridade policial não necessita mais averiguar se essa pessoa é pobre, necessitando apenas que o ofendido forneça a declaração de hipossuficiência. Uma declaração emitida pela autoridade policial feriria os princípios assegurados na CF. O ofendido e a ação penal privada: O professor acredita que a vítima, no processo penal, está abandonada! Existem poucas obras que tratam da vítima no processo penal. Assim, os órgãos de persecução penal não estão preparados para receber este ofendido.

11 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 11 Scaranzi (???) acredita que ela vem sendo redescoberta em função das movimentações legislativas, tal como a Lei 9.099/95, que trata da possibilidade de responsabilização sobre crime civil. Fora da esfera policial (no MP) ele acredita que existe negligência em relação ao ofendido nos casos de ação penal privada. Muitas vezes o MP diz que o caso poderia ser resolvido na esfera civil. 1) Ação penal privada exclusiva: ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PRIVADA Ela pode ser proposta tanto pelo ofendido (art. 30 CPP) ou por representante legal e, em caso de morte os sucessores (CADI cônjuge, ascendente, descendente ou irmão art. 31 CPP). É a regra da ação penal privada. CPP, Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada. CPP, Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 2) Ação penal privada subsidiária da pública: O Inciso LIX, do Art. 5º da CF é suficientemente claro acerca da ação penal privada subsidiária da pública: LIX será admitida a ação privada nos crimes de ação pública se esta não for intentada no prazo legal. Assim, cabe ao MP propor a ação penal nos crimes de ação pública; não o fazendo no prazo legal, nasce ao ofendido o direito de propor a ação penal privada subsidiária. Art. 46, CPP - Estabelece os prazos para que o MP ofereça a denúncia (5 dias se o réu estiver preso, 15 dias se estiver solto). CPP, Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos. 1º Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação 2º O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo. Art. 29, CPP Estabelece o procedimento, a possibilidade de propositura da ação penal pelo ofendido quando não houver propositura de ação que compete ao MP compor o pólo ativo da demanda. CPP, Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. 3) Ação penal privada personalíssima:

12 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 12 Apenas poderá ser promovida pelo ofendido. É o caso do crime de induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento (art. 236 do CP). Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento CP, Art Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento. DECADÊNCIA DO DIREITO DE QUEIXA (E DE REPRESENTAÇÃO NA AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO) Em regra, o ofendido tem 6 meses para oferecer a queixa-crime. O termo inicial deste prazo é contado da data do conhecimento da autoria da infração. Decadência do direito de queixa ou de representação CP, art Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia. Já na ação penal pública condicionada a representação, ele tem 6 meses para representar para o Estado proceder com o inquérito policial ou oferecer a ação penal. Art. 10, CP o prazo é penal, e não processual. Em função disto, o prazo é decadencial. Como a contagem do prazo costuma ser mais benéfica ao infrator, aplica-se a regra do art. 10. RENÚNCIA O ofendido renuncia ao direito de propor ação em decorrência dos princípios da oportunidade e da disponibilidade. A conseqüência da renúncia é a extinção da punibilidade. Renúncia expressa: Nela existe a manifestação do ofendido, na qual há negativa no prosseguimento da ação. Renúncia tácita: Prática de algum ato incompatível com o desejo de processar determinada pessoa. A renúncia a um agente aproveita a todos os outros (aplicação do princípio da indivisibilidade). Renúncia expressa ou tácita do direito de queixa CP, art O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente. Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. PERDÃO É uma forma de dispor do prosseguimento da ação penal.

13 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 13 Ele só pode ocorrer depois do início da ação penal. Para efetivação, o perdão deve ser aceito pelo querelado. O perdão pode não ser aceito Ex: caso de denunciação caluniosa (não aconteceu o crime, ele não foi de titularidade do querelado). O perdão pode não aproveitar a todos, uma vez que necessita de aceitação do querelado. Assim, alguns querelados podem aceitar e outros não. Porém, aqueles que o aceitaram serão agraciados pelas suas conseqüências. Conseqüência: extinção de punibilidade. O perdão também pode ser tácito ou expresso. Perdão do ofendido CP, Art O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação. CP, Art O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita; II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros; III - se o querelado o recusa, não produz efeito. 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir na ação. 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória. PEREMPÇÃO O CPP pune o querelante que é negligente. Hipóteses (CPP, art. 60): Mais de 30 dias deixa de dar andamento Mais de 60 dias morte ausência de CADI Não comparecer aos atos do processo (audiência) Deixar de pedir a condenação do querelado nas alegações finais forma de se driblar o perdão, gerando a perempção, que gera a extinção de punibilidade Pessoa jurídica não deixa sucessor Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazêlo, ressalvado o disposto no art. 36; III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. OBS: Alegações finais Esta figura não existe mais! Até 2008 existiam alegações finais das partes no processo. Cada parte manifestava por escrito as razoes de condenação. Hoje, o procedimento é mais simples, sendo que as alegações finais foram substituídas pelo debate. Então, hoje, no lugar das alegações finais, lê-se o debate e também os memoriais.

14 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 14 O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA AÇÃO PENAL PRIVADA O MP deve se manifestar antes do recebimento da queixa. Antes do recebimento da queixa-crime, o juiz dá vista dos autos do Promotor de Justiça para que ele se manifeste a respeito do processo. O MP deve zelar pela indivisibilidade da ação penal. Aditamento para incluir co-autores: Às vezes o ofendido não visualiza a terceira pessoa que praticou a ação penal. O MP na ação penal privada zela pela indivisibilidade da ação penal. A respeito do aditamento do MP para incluir co-autores, existem 3 posições: 1ª corrente: Restritiva. Mirabete. O MP deve se manifestar pela violação da regra da indivisibilidade gerando a extinção da punibilidade de todos os autores em decorrência da denúncia. 2ª corrente: O MP deve aditar a queixa para incluir os demais co-autores. Posição de Fernando da Costa Tourinho Filho. 3ª posição: Nucci e Vicente Greco Filho. O MP não pode aditar a queixa para incluir outro autor ou coautor porque ele estaria violando os princípios da disponibilidade e da oportunidade, que regem a ação penal privada. Portanto, cabe ao MP neste caso provocar o aditamento. Posição intermediária. Ou seja, o MP se manifesta e diz que existem outros co-autores. O juiz pede que o querelante se manifeste acerca da manifestação ministerial. Caso o querelante não se manifeste será (...???). O professor concorda com esta corrente. O ideal na prova é falar das três correntes. Custos legis: O MP também tem o papel de custos legis. A intervenção do MP, na ação penal privada subsidiária da pública é obrigatória, devendo o Parquet acompanhar de perto o desenrolar do processo, em razão do forte interesse público existente no processo. Aditamento para erros formais: O MP pode aditar para corrigir eventuais erros formais, relacionados ao dispositivo penal violado, a algum dado de algum dos autores da infração, e até para incluir co-autor, que é referido na prática do ato criminoso, mas que no momento de relacioná-lo como acusado, o querelante esqueceu. Neste caso ele não está invadindo a esfera de atuação do querelante, ele apenas está corrigindo um vicio formal da peça. AÇÃO PENAL PÚBLICA A ação penal pública é considerada a regra pelo CP, sendo dada ao MP sua titularidade com exclusividade. CONCEITO DE AÇÃO PENAL PÚBLICA

15 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 15 A ação penal cuja proposta é acolhida pelo Poder Judiciário, apresentada pelo MP, a fim de processar o acusado (provável autor da infração) para aplicar uma sanção penal. Ação pública e de iniciativa privada CP, Art A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça. 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal. 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. A Titularidade é do Ministério Público. Art. 129, I, CF TITULARIDADE CF, Art São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 1) Obrigatoriedade PRINCÍPIOS O MP não tem a faculdade para acusar ou não o provável ou os prováveis autores da infração penal. Após a propositura da ação penal o MP não pode desistir dela, tampouco dos recursos interpostos. Isso não impede que o MP peça absolvição do acusado. Isto porque o MP tem como representante um promotor de justiça, e não um vingador. 2) Indisponibilidade Decorre da obrigatoriedade. Significa que o MP não pode dispor dos bens jurídicos violados indisponíveis, cuja titularidade não é dele, é da sociedade. 3) Oficialidade Este princípio, especialmente em concursos, tem pegadinhas! Diz respeito aos órgãos de persecução penal, que devem ser oficiais do Estado, ou seja, públicos. Porque o órgão e acusação é o MP, um órgão público, e não o particular. O órgão que apura o ato criminoso é a Polícia, um órgão público. Não confunda com Oficiosidade: A oficiosidade diz respeito a agir de oficio nas hipóteses de ação penal pública, incondicionada ou condicionada quando houver representação ou requisição do Ministro da Justiça. 4) (In)Divisibilidade Princípio muito contestado.

16 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 16 Todas as pessoas que delinqüem devem ser processadas pelo Parquet, não podendo ele cindir/dividir a ação penal em face de uma ocorrência que seja de várias pessoas protagonizando conjuntamente o crime, ou mesmo vários crimes conexos. Tanto a ação penal pública como a privada são indivisíveis, sendo obrigatório que abranja todos os que praticaram a infração. Sendo dever do Ministério Público, o promotor não pode escolher quem será o réu. Este princípio é refutado em sede doutrinária porque muitos dizem que não precisa falar de indivisibilidade, basta falar de obrigatoriedade. Se o MP reconhecer a existência de outros criminosos basta que ele o processe também em outro processo, em outra base procedimental. A lei processual penal faculta a separação de processos no art. 80 do CPP. Neste sentido a ação não seria divisível, porque todos os prováveis autores seriam processados, não se contrariando o princípio da obrigatoriedade. Desta corrente, Luiz Flávio Gomes. No entanto, outros dizem que a ação penal pública é indivisível porque o MP não tem oportunidade nem discricionariedade para escolher quais os prováveis autores da infração que serão processados. Isto em decorrência do princípio da obrigatoriedade e da indisponibilidade. Esta é a posição do professor. 5) Intranscendência Para o professor a intranscendência decorre da intranscendência da pena, ou seja, da impossibilidade da pena ultrapassar a pessoa do condenado. Para que isso aconteça é necessário que se processe somente o provável autor da infração. Por outro lado, nada impede que se atinja os bens de seus familiares, desde que exista uma transferência. Neste caso é possível atingir bens de terceiros. Se os bens fora atingidos com dinheiro lícito, estes bens não serão atingidos pelo processo. O juiz pode decretar a perda dos bens adquiridos com dinheiro ilícito em favor da União. 1) Ação penal pública condicionada 2) Ação penal pública incondicionada ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA Ação penal cuja lei não exige qualquer condição para que ela seja exercitada. Art. 100, caput, 1ª parte, CP Art. 24, 1ª parte, CPP CP, Art A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. CPP, Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. O legislador exige condições: Representação do ofendido AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA

17 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 17 Requisição do Ministro da Justiça Art. 100, 1º, CP Art. 24, 2ª parte, CPP CPP, Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. Requisição: Não consiste em ordem para o MP oferecer a denúncia. Trata-se de uma autorização, esta é a natureza da requisição. Uma autorização para que proceda a ação penal. Representação: É uma autorização também, mas que decorre de uma manifestação do ofendido, que solicita que o Estado tome providências em relação a determinada infração penal. Constitui-se numa condição de procedibilidade e consiste na vontade do ofendido em fazer com que o Estado movimente a máquina processual. O particular legitima o Estado a agir em seu nome. Retratação: A representação é retratável até antes do oferecimento da denúncia. Após o oferecimento da denuncia a representação será irretratável. A requisição é retratável? A maioria entende que é irretratável. - Denúncia: Formalização de uma acusação criminal. Não utilizar a palavra denúncia para notitia criminis. - Queixa: Peça do ofendido na ação penal privada. Notícia do crime, descrição da prática de ato criminoso imputado a alguém. Destinatários: O destinatário da representação é o juiz, o MP ou a autoridade policial. O destinatário da requisição é o MP. Se for necessário instaurar IP ele requisita isso à autoridade policial. Prazo para representar O prazo para representar, em regra, é de 6 (seis) meses (art. 38, CPP) CPP, Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31. Morte/ausência

18 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 18 Em caso de morte ou ausência do ofendido, é possível a sua substituição pelo seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI). Ofendido na ação penal pública Ele pode ser assistente de acusação neste caso ele pode se manifestar, participar dos debates, arrazoar os recursos do MP, recorrer quando o MP deixa de recorrer, etc. Neste caso a doutrina diverge: 1) Alguns entendem que o ofendido, como assistente, só tem interesse em recorrer para assegurar um interesse patrimonial, em ser reparado pelo dano sofrido sendo indenizado... 2) Outros entendem que ele tem amplo interesse em recorrer, inclusive acerca da pena, a fim de majorá-la... O professor é desta última opinião. Ele não tem interesse apenas patrimonial na ação penal, ele também tem interesse de ver seu agressor punido de forma justa, recebendo uma pena adequada. Ele não é o titular da ação, mas defende seus interesses em juízo. Para uns: somente de interesse patrimonial, para outros amplamente. DISPOSIÇÕES ESPECIAIS A FORMULAÇÃO DA ACUSAÇÃO a) Denúncia instrumento do MP para propor ação penal pública b) Queixa instrumento do ofendido/querelante para propor ação penal privada deve vir acompanhada de uma procuração com poderes especiais A acusação criminal deve seguir o art. 41 do CPP: Denúncia e queixa devem obedecer a forma prevista no art. 41 do CPP e todos os dados que deverão constar nesses documentos: Descrição de um fato fato histórico (causa de pedir remota) Estes são os A segunda coisa é a qualificação do acusado (partes) elementos da ação, partes, Deve constar também o fundamento jurídico fato jurídico (causa de pedir causa de pedir próxima) (remota e E, além disso, o pedido que é de condenação e que seja instaurado o devido próxima) e processo legal penal, que ele seja processado para ser condenado (pedido) pedido. Deve-se também arrolar testemunhas CPP, Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. DECISÃO QUE RECEBE A ACUSAÇÃO De acordo com a jurisprudência, especialmente STJ, é uma decisão interlocutória simples, por isso, não precisa ser motivada, mesmo porque, nesta visão, o juiz poderia antecipar o seu juízo em relação ao mérito se motivasse o recebimento da acusação. O professor discorda desta visão. Para ele se o processo penal visa atingir o status dignitatis então esta decisão deve ser motivada, assim como todas as decisões do judiciário, conforme dispõe o art. 93 da CF. Ele não aprecia o mérito, ele simplesmente diz que existem bastantes indícios de autoria, que apontam aquela pessoa como provável autor da infração, mas que ainda não está sendo condenado (CF culpado só com o transito em julgado).

19 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 19 A decisão que recebe a acusação é irrecorrível, mas nada impede a impetração de habeas corpus pela defesa, a fim de trancar a ação penal, por falta de justa causa, por exemplo. DECISÃO QUE REJEITA A ACUSAÇÃO O MP propõe a ação, o juiz rejeita, o MP pode entrar com recurso em sentido estrito. Art. 581, I, CPP CPP, Art Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: I - que não receber a denúncia ou a queixa; Esta decisão é motivada. CRIMES CONTRA A HONRA PECULIARIDADES Pedido de explicações CP, Art Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa. O pedido de explicações ocorre na primeira fase da persecução penal (antes da ação penal). Se não conseguir explicar satisfatoriamente responde pela ofensa. Se o ofendido não aceita aquela explicação, ou se ele nem se explicou o art. 144 diz que responde pela ofensa. O juiz aprecia se foi adequado ou não, quando ele verifica o juízo de admissibilidade da acusação. Se a explicação foi plausível ele rejeita a acusação porque o fato é atípico. Os crimes contra a honra tem algumas peculiaridades, sendo esta a primeira. A segunda é uma audiência de conciliação. Audiência de conciliação nos crimes contra a honra Esta audiência ocorrerá antes da ação. Se houver a reconciliação das partes o juiz extingue a ação penal pela renúncia. Não é pelo perdão porque ainda não há ação penal. Esta audiência ocorre antes do juízo de admissibilidade. Exceção de verdade no crime de calúnia Em regra, só se pode apresentar exceção de verdade neste crime. Momento para apresentar: De acordo com o Nucci o momento para apresentar é na defesa prévia. No entanto, a defesa prévia não existe mais. Ele trata a resposta à acusação como defesa prévia, mas o termo correto é resposta a acusação. O professor concorda que é neste momento, o da resposta à acusação. O momento para apresentar é o da defesa. Se o juiz recebe a queixa ele determina a acusação, para que o réu responda no prazo de 10 dias. É neste momento que ele apresenta a exceção de verdade. Julgamento:

20 Direito processual penal Prof. Roberto 2º bimestre Renata Valera 20 O juiz julga ao final, de acordo com Nucci. O prof. entende que é quando o juiz verifica se é possível absolver sumariamente o acusado. O prof. entende que o juiz deve absolver sumariamente, porque o fato não constitui infração penal. Difamação: Excepcionalmente, o CP permite no crime de difamação do funcionário público a exceção de verdade. Art. 139, parágrafo único do CP. Difamação CP, Art Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Exceção da verdade Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. Injúria: Para o crime de injúria a exceção de verdade não é admitida porque não há disposição legal neste sentido, uma vez que a injúria ofende a honra subjetiva, que diverge de pessoa para pessoa. Ação penal nos crimes contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções Segundo o STF, é concorrente a legitimidade do ofendido (mediante queixa) e do MP (mediante representação), para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. Súmula 714 do STF - É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. O STF quis assegurar o acesso à justiça penal ao sujeito que sofreu a ofensa contra a sua honra, permitindo que o ofendido proponha a ação penal privada também, como se fosse um particular, e não um agente público, porque a regra para o agente público é que a ação penal seja condicionada a representação. Esta questão foi abordada no último concurso para mestrado da PUC em direito processual penal. ATIVIDADE (ESTUDO DIRIGIDO PARA A PROVA) 1) Diferencie as ações penais pública e privada. Ação penal pública Ação penal privada Instrumento Denúncia Queixa Legitimidade MP Ofendido e, na sua falta, CADI Cabimento Regra Exceção somente nas hipóteses previstas em lei Princípios Indisponibilidade Disponibilidade Obrigatoriedade Oportunidade 2) Quando a ação penal será condicionada à representação?

AÇÃO PENAL. Noções preliminares e conceito. Características:

AÇÃO PENAL. Noções preliminares e conceito. Características: AÇÃO PENAL Noções preliminares e conceito Características: 1 Condições para o exercício da ação penal 1.1 Condições genéricas a) Possibilidade jurídica do pedido Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada

Leia mais

ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL

ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL Ação Penal ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL 1) PÚBLICA a) Incondicionada b) Condicionada 2) PRIVADA a) Exclusivamente Privada; b) Subsidiária da Pública c) Personalíssima AÇÃO PENAL PÚBLICA Ação Penal Pública Incondicionada

Leia mais

Tratado nos artigos a a do d o CP C. P

Tratado nos artigos a a do d o CP C. P AÇÃO PENAL Tratado nos artigos 100 a 106 do CP. Conceito: Direito de exigir do Estado a aplicação da norma penal ao infrator. É o ius puniendi do Estado. CLASSIFICAÇÃO Conhecimento Cautelar Execução Art.

Leia mais

AÇÃO PENAL. PROF. VILAÇA

AÇÃO PENAL. PROF. VILAÇA AÇÃO PENAL PROF. VILAÇA NETO @vilaca_neto Persecução Penal PERSECUÇÃO PENAL: Atividade estatal de perseguir/apurar o crime. Tem 2 etapas: Investigação preliminar + Ação Penal Investigação preliminar, em

Leia mais

AÇÃO PENAL. PÚBLICA Ministério Público denúncia PRIVADA

AÇÃO PENAL. PÚBLICA Ministério Público denúncia PRIVADA AÇÃO PENAL AÇÃO PENAL PÚBLICA Ministério Público denúncia PRIVADA 1 Art. 129 da Constituição da República: São funções institucionais do Ministério Público: I promover, privativamente, a ação penal pública,

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL I. Princípios que Regem o Processo Penal... 002 II. Lei Processual Penal e Sistemas do Processo Penal... 007 III. Inquérito Policial... 009 IV. Processo e Procedimento... 015 V.

Leia mais

Professor Wisley Aula 07

Professor Wisley Aula 07 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 5 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA 1. INTRODUÇÃO Querelante: autor Querelado: réu Queixa-crime:

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal 01- Analise as assertivas a seguir: I. A incomunicabilidade, que não excederá de dez dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial,

Leia mais

INICIO DA AÇÃO PENAL

INICIO DA AÇÃO PENAL AÇÃO PENAL INICIO DA AÇÃO PENAL OFERECIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA ART.24CPPeART.129,I,CF/88 REJEIÇÃO DA DENÚNCIA OU QUEIXA- APLICA-SE AO DIREITO AO CASO CONCRETO, RESPONDENDO AO PLEITO DO INTERESSADO.

Leia mais

Professor Wisley Aula 05

Professor Wisley Aula 05 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 5 AÇÃO PENAL 1. CONCEITO É o direito público subjetivo de provocar o Estado-Juiz a

Leia mais

Processo Penal. Ação Penal Pública. Ação Penal Privada. conveniência / oportunidade. obrigatoriedade. disponibilidade mitigada.

Processo Penal. Ação Penal Pública. Ação Penal Privada. conveniência / oportunidade. obrigatoriedade. disponibilidade mitigada. Processo Pública x Privada obrigatoriedade indisponibilidade conveniência / oportunidade disponibilidade mitigada mitigada Art. 76 da Lei 9.099/95 Transação Art. 89 da Lei 9.099/95 Sursis Pública x Privada

Leia mais

Condições da Ação Penal -Possibilidade jurídica do pedido A pretensão do autor deve referir-se a providência admitida pelo direito objetivo. Para que

Condições da Ação Penal -Possibilidade jurídica do pedido A pretensão do autor deve referir-se a providência admitida pelo direito objetivo. Para que AÇÃO PENAL Ação é o direito subjetivo de se invocar do Estado- Juiz a aplicação do direito objetivo a um caso concreto. Tal direito é público, subjetivo, autônomo, específico, determinado e abstrato (TOURINHO

Leia mais

Professor Wisley Aula 06

Professor Wisley Aula 06 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 7 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 1. PRINCÍPIOS a) PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE: presente

Leia mais

Direito Processual Penal CERT Promotor de Justiça 6ª fase

Direito Processual Penal CERT Promotor de Justiça 6ª fase CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Processual Penal CERT Promotor de Justiça 6ª fase Período 2010-2016 1) CESPE Promotor de Justiça - MPE/TO - 2012 Jair, dirigindo de maneira imprudente, causou a

Leia mais

Aula 15. Ação Penal Privada Subsidiária da Pública

Aula 15. Ação Penal Privada Subsidiária da Pública Página1 Curso/Disciplina: Direito Processual Penal Aula: Direito Processual Penal - 15 Professor (a): Marcelo Machado Monitor (a): Caroline Gama Aula 15 Ação Penal Privada Subsidiária da Pública 1. Previsão

Leia mais

Atos de Ofício Processo Penal. Professor Luiz Lima CONCURSO TJMG - BANCA CONSULPLAN

Atos de Ofício Processo Penal. Professor Luiz Lima CONCURSO TJMG - BANCA CONSULPLAN Atos de Ofício Processo Penal Professor Luiz Lima CONCURSO TJMG - BANCA CONSULPLAN Cargo Especialidade Escolaridade Vencimentos Oficial de apoio judicial Oficial Judiciário (Classe D) --- Conclusão de

Leia mais

PROCESSO PENAL MARATONA OAB XXI PROF. FLÁVIO MILHOMEM

PROCESSO PENAL MARATONA OAB XXI PROF. FLÁVIO MILHOMEM PROCESSO PENAL MARATONA OAB XXI PROF. FLÁVIO MILHOMEM 1ª QUESTÃO José Augusto foi preso em flagrante delito pela suposta prática do crime de receptação (Art. 180 do Código Penal pena: 01 a 04 anos de reclusão

Leia mais

Prof. Luis Fernando Alves

Prof. Luis Fernando Alves 1 Prof. Luis Fernando Alves www.professorluisfernando.jur.adv.br 2 PARTE I - TEORIA 1º PASSO - COMPREENDENDO O PROBLEMA 1. DICAS INICIAIS 3 Compreensão do problema: é a partir dos dados nele contidos que

Leia mais

Aula 3: Ação Penal. Prof. Ma. Luane Lemos. São Luis,

Aula 3: Ação Penal. Prof. Ma. Luane Lemos. São Luis, Aula 3: Ação Penal Incondicionada Ação Penal Pública Condicionada Exclusiva À representação À requisição do MJ Privada Personalíssima Subsidiária da pública 4.1 Ação Penal Pública 4.1.2 Ação Penal Pública

Leia mais

AULA 08. Critérios utilizados pelo legislador para escolher que ação penal de um delito será privada.

AULA 08. Critérios utilizados pelo legislador para escolher que ação penal de um delito será privada. Turma e Ano: Regular/2015 Matéria / Aula: Processo Penal Professora: Elisa Pitarro AULA 08 Ação penal privada Critérios utilizados pelo legislador para escolher que ação penal de um delito será privada.

Leia mais

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI URCA CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS DEPARTAMENTO DE DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PENAL I

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI URCA CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS DEPARTAMENTO DE DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PENAL I UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI URCA CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS DEPARTAMENTO DE DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PENAL I EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE Acadêmico: Rafael Mota Reis EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE

Leia mais

Material Didático de Direito Penal n.5:

Material Didático de Direito Penal n.5: [Digite o nome da empresa] Material Didático de Direito Penal n.5: AÇÃO PENAL Produzido por Gisele Alves e Ieda Botelho 14 AÇÃO PENAL De acordo com Cleber Masson (2012, p. 833) a ação penal é o direito

Leia mais

Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes

Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes Concurso de crimes Espécies: Concurso material artigo 69 do CP; Concurso formal artigo 70 do CP; Continuidade delitiva artigo 71 do CP Concurso de crimes Espécies:

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal Ação Penal Professor Joeberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal AÇÃO PENAL PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 1. CONCEITO : é o direito de o Ministério Púbico,

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL TRF3º-TJ--TRE/SP ROBERTO FERNANDES

DIREITO PROCESSUAL PENAL TRF3º-TJ--TRE/SP ROBERTO FERNANDES 1. AÇÃO PENAL: Inicia-se a FASE PROCESSUAL da persecução penal. 1.1. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL Art. 5º, XXXV da CF/88: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito Dessa

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL www.monsterconcursos.com.br pág. 1 Preparam-se os cavalos para o dia da batalha, porém só Deus lhe dará Vitória A AÇÃO PENAL Na ação penal temos a) Ações de conhecimento: Declaratórias:

Leia mais

Atuando em favor da vítima. Prof. Rodrigo Capobianco Legale

Atuando em favor da vítima. Prof. Rodrigo Capobianco Legale Atuando em favor da vítima Prof. Rodrigo Capobianco Legale Atuando em favor da vítima O advogado criminalista na maioria das vezes atua em favor do réu... Atuando em favor da vítima Porém, há muitos casos

Leia mais

a) só poderia ordenar o arquivamento se houvesse requerimento do Ministério Público nesse sentido.

a) só poderia ordenar o arquivamento se houvesse requerimento do Ministério Público nesse sentido. O concurso para o Tribunal Regional Federal da 1 região (TRF1) deverá acontecer ainda este ano. Embora não haja previsão para divulgação do edital, a preparação deve ser iniciada o quanto antes. Para auxiliar

Leia mais

Conteúdo: Ação Penal: Ação Penal Pública: Princípios, Espécies. Ação Penal Privada: Princípios, Espécies.

Conteúdo: Ação Penal: Ação Penal Pública: Princípios, Espécies. Ação Penal Privada: Princípios, Espécies. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 07 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Ação Penal: Ação Penal Pública: Princípios, Espécies. Ação Penal Privada: Princípios, Espécies. 3.1

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Processual Penal. Ação Penal TRF CERT 1ª FASE. Período:

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Processual Penal. Ação Penal TRF CERT 1ª FASE. Período: CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Ação Penal TRF CERT 1ª FASE Período: 2010 2016 1) CONSULPLAN - PJ (MPE MG)/MPE MG/2012 Assinale a alternativa CORRETA. Impede o ajuizamento da ação civil para reparação

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais JECRIM Parte 2 Prof. Gisela Esposel - Artigo 62 da lei 9099/95.

Leia mais

Professor Wisley Aula 04

Professor Wisley Aula 04 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 7 1. INDICIAMENTO É atribuir a alguém a autoria de determinada infração penal na fase

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum ordinário Parte II Prof. Gisela Esposel - 3- Citação do acusado para apresentar a resposta à acusação : - Artigo 396 A do CPP. Na resposta,

Leia mais

Conteúdo: Ação Penal nos Crimes contra a Honra: Pedido de explicações, audiência de conciliação, exceção da verdade. Jurisdição: Conceito, Princípios.

Conteúdo: Ação Penal nos Crimes contra a Honra: Pedido de explicações, audiência de conciliação, exceção da verdade. Jurisdição: Conceito, Princípios. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 08 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Ação Penal nos Crimes contra a Honra: Pedido de explicações, audiência de conciliação, exceção da

Leia mais

DIREITO ELEITORAL. Processo Penal Eleitoral. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

DIREITO ELEITORAL. Processo Penal Eleitoral. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues DIREITO ELEITORAL Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues Código Eleitoral Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública. Ac.-TSE 21295/2003: cabimento de ação penal privada subsidiária

Leia mais

23/09/2012 PROCESSO PENAL I. Processo penal I

23/09/2012 PROCESSO PENAL I. Processo penal I I 10ª -Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Processo penal I 2 1 CLASSIFICAÇÃO - Quanto ao titular; A ação penal pública é condicionada sempre que houver exigência de alguma observância formal à sua

Leia mais

Direito Penal. Da Ação Processual Penal

Direito Penal. Da Ação Processual Penal Direito Penal Da Ação Processual Penal Ação Processual Penal Conceito: - Poder ou direito de apresentar em juízo uma pretensão acusatória. Fundamento: - Princípio da inafastabilidade do poder jurisdicional

Leia mais

CURSO Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará Nº 06

CURSO Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará Nº 06 CURSO Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará Nº 06 DATA 30/08/2016 DISCIPLINA Direito Processual Penal PROFESSOR Rodrigo Bello MONITORA Marcela Macedo AULA 06 Ação penal Ação Penal 1. Teoria Geral

Leia mais

]âü áw ûé x T ûé cxçtä MARQUE CERTO ( C ) OU ERRADO ( E ) PARA AS QUESTÕES DE JURISDIÇÃO E AÇÃO PENAL

]âü áw ûé x T ûé cxçtä MARQUE CERTO ( C ) OU ERRADO ( E ) PARA AS QUESTÕES DE JURISDIÇÃO E AÇÃO PENAL MARQUE CERTO ( C ) OU ERRADO ( E ) PARA AS QUESTÕES DE JURISDIÇÃO E AÇÃO PENAL 1 - (CESPE/Agente Penitenciário/1998) Embora a função jurisdicional seja função precípua do Poder Judiciário, não pode o juiz,

Leia mais

SUMÁRIO. 1. DOS PRINCípIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 2. DO INQUÉRITO POLICIAL

SUMÁRIO. 1. DOS PRINCípIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 2. DO INQUÉRITO POLICIAL SUMÁRIO 1. DOS PRINCípIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 1.1. Princípio do Devido Processo Legal, 15 1.2. Princípio do Contraditório, 16 1.3. Princípio da Ampla Defesa, 16 1.4. Princípio da Presunção de Inocência,

Leia mais

Monitoria. 02. (DEFENSOR PÚBLICO) Com a morte do ofendido, o direito de oferecer queixa não passa para os ascendentes.

Monitoria. 02. (DEFENSOR PÚBLICO) Com a morte do ofendido, o direito de oferecer queixa não passa para os ascendentes. Monitoria 01. (DEFENSOR PÚBLICO) Em tema de ac ão penal privada, correto afirmar que: A) o perdão do ofendido independe de aceitac ão. B) o requerimento de instaurac ão de inquérito policial não interrompe

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV AULA DIA 13/04 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 1.2. Procedimento nos crimes contra a honra (arts. 519 a 523 do CPP) - Procedimento Especial que

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Ação Penal Militar Parte 3 Prof. Pablo Cruz Indisponibilidade O princípio da indisponibilidade, decorrência da obrigatoriedade, informa que uma vez instaurada a ação penal

Leia mais

4. AÇÃO CIVIL EX DELICTO 4.1 Questões

4. AÇÃO CIVIL EX DELICTO 4.1 Questões SUMÁRIO 1. APLICAÇÃO DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 1.1 A lei processual no espaço 1.2 A lei processual no tempo (irretroatividade) 1.3 A lei processual em relação às pessoas 1.3.1 Imunidades 1.3.2 Imunidade

Leia mais

Curso/Disciplina: Empurrão para Tribunais. Aula: Processo Penal para Tribunais 01. Professor (a): Leonardo Galardo Monitor (a): Amanda Ibiapina

Curso/Disciplina: Empurrão para Tribunais. Aula: Processo Penal para Tribunais 01. Professor (a): Leonardo Galardo Monitor (a): Amanda Ibiapina Página1 Curso/Disciplina: Empurrão para Tribunais. Aula: Processo Penal para Tribunais 01. Professor (a): Leonardo Galardo Monitor (a): Amanda Ibiapina Nº da aula 01 1. AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA

Leia mais

MARATONA EOAB XXVIII EXAME. PROCESSO

MARATONA EOAB XXVIII EXAME. PROCESSO MARATONA EOAB XXVIII EXAME PROCESSO PENAL @vilaca_neto CITAÇÕES CITAÇÃO: É o ATO PROCESSUAL utilizado para cientificar o acusado dos termos da denúncia ou queixa e chamá-lo ao processo para responder as

Leia mais

REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL

REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL CARGOS: OFICIAL DE JUSTIÇA E ANALISTA JUDICIÁRIO FUNÇÃO JUDICIÁRIA PROVA OBJETIVA: 9.1.3. A Prova Objetiva será

Leia mais

DIREITO ELEITORAL. Processo penal eleitoral Parte 2. Prof. Roberto Moreira de Almeida

DIREITO ELEITORAL. Processo penal eleitoral Parte 2. Prof. Roberto Moreira de Almeida DIREITO ELEITORAL Processo penal eleitoral Parte 2 Prof. Roberto Moreira de Almeida Competência Regra geral A competência da Justiça Eleitoral, inclusive a criminal, nos termos do caput do art. 121 da

Leia mais

Noções de Direito Processual Penal

Noções de Direito Processual Penal TRF 4ª REGIÃO Noções de Direito Processual Penal Direito Processual Penal Felipe Faoro Bertoni @felipefaorobertoni felipe@fbps.adv.br TRF 4ª REGIÃO NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL Ação Penal: Ação Penal

Leia mais

IUS RESUMOS. Inquérito Policial Parte II. Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante

IUS RESUMOS. Inquérito Policial Parte II. Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante Inquérito Policial Parte II Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante SUMÁRIO I INQUÉRITO PÓLICIAL PARTE II... 3 1. Destino do Inquérito Policial... 3 2. Novas diligências requeridas pelo Ministério

Leia mais

Aula 14. EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE (art. 609, parágrafo único, CPP)

Aula 14. EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE (art. 609, parágrafo único, CPP) Turma e Ano: Regular 2015 / Master B Matéria / Aula: Direito Processual Penal / Aula 14 Professor: Elisa Pittaro Monitora: Kelly Soraia Aula 14 EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE (art. 609, parágrafo

Leia mais

CRIMES CONTRA A HONRA. (continuação)

CRIMES CONTRA A HONRA. (continuação) LEGALE CRIMES CONTRA A HONRA (continuação) Difamação Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação Atenção: difamar é imputar a prática de um fato Pena: detenção (de 3 meses a 1 ano, e multa)

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Procedimento comum: ordinário e sumário. Gustavo Badaró aulas 22 e 29 de março de 2017

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Procedimento comum: ordinário e sumário. Gustavo Badaró aulas 22 e 29 de março de 2017 Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Procedimento comum: ordinário e sumário Gustavo Badaró aulas 22 e 29 de março de 2017 PLANO DA AULA 1. Comparação dos procedimentos ordinários 2. Procedimento

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Juiz, Auxiliares e Partes no Processo Penal Militar Parte 2 Prof. Pablo Cruz Suspeição entre adotante e adotado Art. 39. A suspeição entre adotante e adotado será considerada

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Correlação entre acusação e sentença. Gustavo Badaró aula de

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Correlação entre acusação e sentença. Gustavo Badaró aula de Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Correlação entre acusação e sentença Gustavo Badaró aula de 11.08.2015 1. Noções Gerais PLANO DA AULA 2. Distinção entre fato penal e fato processual penal

Leia mais

EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL

EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL 1. Acerca da aplicação da lei penal, do conceito analítico de crime, da exclusão de ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se segue. A legítima

Leia mais

Rixa. Rixa Participar de rixa, salvo para separar os contendores

Rixa. Rixa Participar de rixa, salvo para separar os contendores LEGALE Rixa Rixa Rixa Participar de rixa, salvo para separar os contendores Rixa Trata-se de uma briga generalizada, uma contenda entre três ou mais pessoas com vias de fato recíprocas Foi criada para

Leia mais

AÇÃO PENAL.

AÇÃO PENAL. AÇÃO PENAL www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. CONCEITO E CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL... 4 Conceito...4 Condições Genéricas Da Ação...4 Condições Específicas da Ação... 5 Falta Das Condições da Ação... 5 Classificações...

Leia mais

Mini Simulado GRATUITO de Direito Processual Penal. TEMA: Diversos

Mini Simulado GRATUITO de Direito Processual Penal. TEMA: Diversos Mini Simulado GRATUITO de Direito Processual Penal TEMA: Diversos 1. A prisão em flagrante deve: a) ser comunicada apenas à família do preso, sob pena de nulidade. b) ser comunicada ao juiz competente,

Leia mais

Direito. Processual Penal. Ações de Impugnação

Direito. Processual Penal. Ações de Impugnação Direito Processual Penal Ações de Impugnação Art. 647 CPP: Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo

Leia mais

16/09/2012 DIREITO PROCESSO PENAL I. Processo penal I

16/09/2012 DIREITO PROCESSO PENAL I. Processo penal I DIREITO I 9ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Processo penal I 2 1 AÇÃO PENAL É o direito público subjetivo do Estado Administração, de pedir ao Estado a aplicação do direito penal objetivando

Leia mais

INCONDICIONADA TITULARIDADE:

INCONDICIONADA TITULARIDADE: AÇÃO PENAL Conceito: AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA TITULARIDADE: Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de

Leia mais

IUS RESUMOS. Da Ação Civil Ex Delicto. Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante

IUS RESUMOS. Da Ação Civil Ex Delicto. Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante Da Ação Civil Ex Delicto Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante SUMÁRIO I DA AÇÃO CIVIL EX DELICTO... 3 1. Noções introdutórias... 3 1.1 Modalidades de ação civil ex delicto... 4 2. Legitimidade...

Leia mais

Do Juiz, Do Ministério Público, Do Acusado e Defensor, Dos Assistentes e Auxiliares da Justiça

Do Juiz, Do Ministério Público, Do Acusado e Defensor, Dos Assistentes e Auxiliares da Justiça Direito Processual Penal Do Juiz, Do Ministério Público, Do Acusado e Defensor, Dos Assistentes e Auxiliares da Justiça Juiz Art. 251: Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem

Leia mais

PONTO 1: Extinção da Punibilidade PONTO 2: Prescrição Penal 1. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

PONTO 1: Extinção da Punibilidade PONTO 2: Prescrição Penal 1. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Extinção da Punibilidade PONTO 2: Prescrição Penal 1. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE Com a prática da infração penal, surge para o Estado o direito de punir o agente, ou seja, a punibilidade,

Leia mais

QUESTÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

QUESTÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL QUESTÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL Sobre a ação penal, é correto afirmar: a) Na ação penal privada, se o ofendido for mentalmente enfermo e não tiver representante legal o direito de queixa poderá ser

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal

DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum sumário Prof. Gisela Esposel - Do procedimento comum sumário: Procedimento comum sumário - Artigo 394, caput do CPP. O procedimento será comum

Leia mais

XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA

XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA Princípios Devido Processo Legal Juiz Natural PRINCÍPIOS IMPORTANTES Ampla Defesa Presunção de Inocência Aplicação da lei processual Art. 2º,

Leia mais

Aula nº 09. Juizados Especiais Criminais Objetivo Aula 09 - Exercícios Comentados

Aula nº 09. Juizados Especiais Criminais Objetivo Aula 09 - Exercícios Comentados Página1 Curso/Disciplina: Juizados Especiais Criminais Objetivo Aula: Juizados Especiais Criminais Objetivo Aula 09 Professor(a): Elisa Pittaro Monitor(a): Analia Freitas Aula nº 09. Juizados Especiais

Leia mais

MANDAMENTOS PARA A APROVAÇÃO CONHEÇA E RESPONDA A PROVA

MANDAMENTOS PARA A APROVAÇÃO CONHEÇA E RESPONDA A PROVA MANDAMENTOS PARA A APROVAÇÃO CONHEÇA E RESPONDA A PROVA 1 DIREITO PENAL 1.1 Espécies de normas penais 1.2 Norma penal em branco 1.3 Princípio da legalidade 1.4 Princípio da intervenção mínima 1.5 Princípio

Leia mais

PROCESSO E PROCEDIMENTO PROF. DR. VANDER FERREIRA DE ANDRADE

PROCESSO E PROCEDIMENTO PROF. DR. VANDER FERREIRA DE ANDRADE PROCESSO E PROCEDIMENTO PROF. DR. VANDER FERREIRA DE ANDRADE PROCEDIMENTO E DEVIDO PROCESSO LEGAL Quando a lei fixa um procedimento, o juiz deve observá-lo (como regra), ainda que haja concordância das

Leia mais

TJ - SP Processo Penal NILMAR DE AQUINO

TJ - SP Processo Penal NILMAR DE AQUINO TJ - SP Processo Penal NILMAR DE AQUINO 1)Cabe recurso de apelação das decisões em que a) julgarem procedentes as exceções, salvo a de suspeição b) decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal Procedimento Comum e Ordinário Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal PROCEDIMENTO COMUM E ORDINÁRIO LIVRO II Dos Processos em Espécie

Leia mais

Direito Penal Material de Apoio Professor Antonio Pequeno.

Direito Penal Material de Apoio Professor Antonio Pequeno. CAPÍTULO V DOS CRIMES CONTRA A HONRA 1-BEM JURÍDICO TUTELADO - Honra objetiva e honra subjetiva. 2-ELEMENTO SUBJETIVO ESPECIAL- 3-CONSENTIMENTO DO OFENDIDO- 1 Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Sujeitos Processuais. Gustavo Badaró aula de

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Sujeitos Processuais. Gustavo Badaró aula de Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Sujeitos Processuais Gustavo Badaró aula de 11.10.2016 1. Noções Gerais 2. Juiz PLANO DA AULA Peritos, interpretes e auxiliares da justiça 3. Ministério

Leia mais

DISPOSIÇÕES PENAIS. CRIMES ELEITORAIS São todas condutas que, durante o

DISPOSIÇÕES PENAIS. CRIMES ELEITORAIS São todas condutas que, durante o CRIMES ELEITORAIS São todas condutas que, durante o processo eleitoral atingem ou maculam a liberdade do direito ao voto, os procedimentos das atividades eleitorais, desde o alistamento até a diplomação

Leia mais

INQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO

INQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO INQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO TERMO CIRCUNSTANCIADO TERMO CIRCUNSTANCIADO -Substitui o inquérito policial, é utilizado para crimes de menor potencial ofensivo (pena máxima

Leia mais

Procedimento especial: crimes contra a propriedade imaterial

Procedimento especial: crimes contra a propriedade imaterial Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Procedimento especial: crimes contra a propriedade imaterial Gustavo Badaró aula de 15 de setembro de 2015 PLANO DA AULA 1. Noções gerais 2. Procedimento

Leia mais

Questão 01) O inquérito policial consiste no conjunto de diligências efetuadas pela polícia judiciária para a

Questão 01) O inquérito policial consiste no conjunto de diligências efetuadas pela polícia judiciária para a Questão 01) O inquérito policial consiste no conjunto de diligências efetuadas pela polícia judiciária para a apuração de uma infração penal e de sua autoria. Tratase de procedimento investigatório de

Leia mais

Procedimento comum ordinário.

Procedimento comum ordinário. Procedimento comum ordinário. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO Devido processo legal PROCESSO E PROCEDIMENTO Inicialmente, é importante

Leia mais

IUS RESUMOS. Ação Penal Parte II. Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante

IUS RESUMOS. Ação Penal Parte II. Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante Ação Penal Parte II Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante SUMÁRIO I. AÇÃO PENAL PARTE II... 3 1. Ação Privada... 3 1.1 Princípios... 4 1.2 Modalidades... 5 2. Casos Especiais... 6 2.1 Crime contra

Leia mais

Extinção da Punibilidade

Extinção da Punibilidade Extinção da Punibilidade Denison Machado Oliveira Fabricio Nunes da Costa João Carlos Ramos Pinheiro Júnior Jonh Climaco Rodrigues Marques Kaio de Araújo Flexa Luiz Eduardo Monteiro da Silva Luiz Carlos

Leia mais

Conteúdo: Procedimento na Lei de Drogas (Lei /06). Procedimento nos Crimes contra a Propriedade Material.

Conteúdo: Procedimento na Lei de Drogas (Lei /06). Procedimento nos Crimes contra a Propriedade Material. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 19 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Procedimento na Lei de Drogas (Lei 11.343/06). Procedimento nos Crimes contra a Propriedade Material.

Leia mais

Conteúdo: Inviolabilidades Constitucionais: Inviolabilidade do Domicílio; Inquérito Policial: Conceito; Natureza Jurídica; Características.

Conteúdo: Inviolabilidades Constitucionais: Inviolabilidade do Domicílio; Inquérito Policial: Conceito; Natureza Jurídica; Características. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 03 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Inviolabilidades Constitucionais: Inviolabilidade do Domicílio; Inquérito Policial: Conceito; Natureza

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL III. AULA DIA 03 DE MARÇO DE 2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA

DIREITO PROCESSUAL PENAL III. AULA DIA 03 DE MARÇO DE 2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA DIREITO PROCESSUAL PENAL III AULA DIA 03 DE MARÇO DE 2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com - Superada a questão da rejeição da peça inaugural acusatória, caberá ao magistrado,

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 3. Prof. Rodrigo Mesquita

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 3. Prof. Rodrigo Mesquita DIREITO AMBIENTAL Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 3 Prof. Rodrigo Mesquita A lei nº 9.605/98 tutela o direito de todos os homens possuírem o direito fundamental

Leia mais

PROF. Leonardo Galardo DIREITO PROCESSUAL PENAL

PROF. Leonardo Galardo DIREITO PROCESSUAL PENAL 01) O inquérito policial consiste no conjunto de diligências efetuadas pela polícia judiciária para a apuração de uma infração penal e de sua autoria. Trata se de procedimento investigatório de caráter

Leia mais

Conteúdo: Prisão Temporária: Contagem do Prazo; Rol de Crimes; Recurso do Indeferimento. Nulidades: Conceito; Espécies; Princípios.

Conteúdo: Prisão Temporária: Contagem do Prazo; Rol de Crimes; Recurso do Indeferimento. Nulidades: Conceito; Espécies; Princípios. Turma e Ano: Flex B (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 10 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Prisão Temporária: Contagem do Prazo; Rol de Crimes; Recurso do Indeferimento. Nulidades: Conceito;

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Direitos Constitucionais Penais e Garantias Const. do Processo Parte 3 Profª. Liz Rodrigues - A terceira modalidade de prisão extrapenal são as prisões militares.

Leia mais

Sumário. Capítulo 1 Introdução Capítulo 2 Processo Penal Capítulo 3 Ação Penal... 5

Sumário. Capítulo 1 Introdução Capítulo 2 Processo Penal Capítulo 3 Ação Penal... 5 Sumário Capítulo 1 Introdução... 1 Capítulo 2 Processo Penal... 3 Capítulo 3 Ação Penal... 5 3.1. Considerações Gerais...5 3.1.1. Ação penal pública incondicionada...5 3.1.2. Ação penal pública condicionada

Leia mais

PRINCÍPIO = começo; ideia-síntese

PRINCÍPIO = começo; ideia-síntese PRINCÍPIOS INFORMADORES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL PRINCÍPIO = começo; ideia-síntese os princípios da política processual de uma nação não são outra coisa senão os segmentos de sua política (ética) estatal

Leia mais

Professor Wisley Aula 18

Professor Wisley Aula 18 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 6 PRISÃO PREVENTIVA 1. PRISÃO PREVENTIVA A prisão preventiva caracteriza-se por ser

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale (continuação) Definição é o procedimento administrativo de caráter inquisitório e sigiloso, que visa buscar a materialidade e autoria acerca de uma infração penal. sequência

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam:

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam: PLANO DE ENSINO CURSO: Direito SÉRIE: 6º Semestre DISCIPLINA: Ação Penal CARGA HORÁRIA SEMANAL: 1,5 horas/aula CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 30 horas/aula I EMENTA Persecutio criminis. Inquérito policial. Ação

Leia mais

SÉRGIO MELO DIREITO PROCESSUAL PENAL

SÉRGIO MELO DIREITO PROCESSUAL PENAL SÉRGIO MELO DIREITO PROCESSUAL PENAL 1) Delegado de Polícia-PC/GO-CESPE-2017 O Código de Processo Penal prevê a requisição, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações, de disponibilização imediata

Leia mais

Juizados Especiais Criminais

Juizados Especiais Criminais Direito Processual Penal Juizados Especiais Criminais Constituição Federal Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados,

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam:

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam: PLANO DE ENSINO CURSO: Direito PERÍODO: 5º semestre DISCIPLINA: Ação Penal CARGA HORÁRIA SEMANAL: 1,5 horas/aula CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 30 horas I EMENTA Persecutio criminis. Inquérito policial. Ação

Leia mais

Ação Penal continuação

Ação Penal continuação Ação Penal continuação 7. Peças acusatórias A. Requisitos (art. 41 do CPP): Essenciais: narração do fato delituoso e qualificação do acusado; Acidentais: classificação legal do delito e rol de testemunhas

Leia mais

Introdução... 1 ( ) 1. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A 2ª FASE DO EXAME DE ORDEM Orientações específicas... 1

Introdução... 1 ( ) 1. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A 2ª FASE DO EXAME DE ORDEM Orientações específicas... 1 Sumário Introdução... 1 ( ) 1. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A 2ª FASE DO EXAME DE ORDEM... 1 1.1 Orientações específicas... 1 PARTE I Resumo dos Principais Temas de Direito Penal Material... 5 ( ) 1. PRINCÍPIOS

Leia mais