CULTURA DO FEIJOEIRO IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
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- Letícia de Oliveira Pedroso
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1 Importância econômica CULTURA DO FEIJOEIRO IMPORTÂNCIA ECONÔMICA Importância econômica Importância econômica 1
2 Importância econômica CULTURA DO FEIJOEIRO BOTÂNICA 2
3 BOTÂNICA O feijão comum classifica-se da seguinte maneira: Reino Vegetal Classe Dicotiledônea Ordem Rosales Família Fabaceae Subfamília Papilionoideae (presença de estípula) Gênero Phaseolus L. Espécie Phaseolus vulgaris L. Gênero: Phaseolus; ORIGEM Nas Américas com 55 espécies; P. vulgaris P. lunatus P. coccineus P. palyanthus P. acutifolius Phaseolus vulgaris Vigna unguiculata CENTRO DE DOMESTICAÇÃO GLUPOS GÊNICOS 1. Região central das Américas (México); 2. Sul dos Andes, norte da Argentina e sul do Perú; 3. Colômbia (Zona intermediária). 3
4 08/04/2013 GLUPOS GÊNICOS O feijão é comercializado em três safras 1ª safra colheita de novembro a abril, regiões Sul, SE, GO e BA (SAFRA DAS ÁGUAS) 2ª safra colheita de abril a julho, regiões NE, Sul, SE e GO (SAFRA DAS SECAS) 3ª safra colheita de agosto a outubro, regiões de MG, GO, SP e BA (não supera 15%) (SAFRA DE INVERNO) Colheita no inverno- primavera, sob irrigação e de clima ameno, despertou interesse de algumas microrregiões do estado de MG. MORGOLOGIA DA FEIJOEIRO Raízes Raízes 90% das raízes fica na profundidade de 20 cm ou menos sendo de 70 a 87% nos primeiros 10 cm, conseqüências: -Sensível ao déficit hídrico -Menor volume de solo explorado -Acamamento das plantas -Pé de grade Possuem nódulos com bactérias, Rhizobium spp. 4
5 Raízes Tabela 2. Efeito da fumigação ou não de solos nas características relacionadas a fotossínteses em plantas de feijão. UFV, Micorriza é uma associação simbiótica entre certos fungos e raízes de algumas plantas. Variáveis Phaseolus vulgaris Não Fumigado Fumigado Ci (µmol mol -1 ) 204,00 a 222,50 a A (µmol m -2 s 1 ) 18,58 a 12,63 b ΔC (µmol mol -1 ) 120,50 a 85,25 a DT ( 0 C) 1,30 a 1,27 a Gs (mol m -1 s -1 ) 1,88 a 0,98 b E (mol H 2 O m 2 s -1 ) 3,38 a 3,74 a EUA (mol CO 2 mol H 2 O -1 ) 6,01 a 4,07 b Raízes CAULE Porque no feijão a fixação de N2 é baixa? -Especificidade -Baixa competitividade do rizóbio inoculado -Baixa tolerância do rizóbio inoculado a variações de temperatura -Queda da capacidade de fixação das novas cultivares produzidas pelo melhoramento genético É herbáceo, classificado como haste. Pode ser desprovido de pigmentação ou esverdeado. A haste principal é dividida entre nó e internódios. As folhas são alternas com ângulo de divergência de 180º As gemas podem ser: vegetativas ramos florais inflorescências mistas inflorescências e ramos O caule tem pilosidade, são subglabros a pubescente. 5
6 CAULE FOLHAS E RAMOS Heterofilia, são 2 tipos de folhas: -Simples ou Primárias -Compostas ou Trifoliadas O formato varia de lanceolada ou coniforme Trifólios Folhas simples Cotilédones ANATOMIA DAS FOLHAS INFLORESCÊNCIA Uma flor completa é constituída de: Bractéolas Cálice Estandarte Quilha Androceu Gineceu 6
7 08/04/2013 INFLORESCÊNCIA INFLORESCÊNCIA Quais os detalhes morfológicos da flor que define a baixa taxa de fecundação cruzada? 1 Flores hermafroditas 2 Contato intimo dos 2 sexos (gineceu e androceu) 3 Maturação simultânea dos 2 sexos FRUTO SEMENTES É uma vagem totalmente verde. -Seco (grãos) -Coriáceos (vagem) -Carnoso ou não fibroso (consumido como vagem imatura) >Teor de fibra 60% de amido > Degrana na colheita 22% de proteína 10% a 15% de umidade Composição percentual média Proteína Óleo Carboidrato Principal órgão de reserva SEMENTES Cereais Cevada Milho Aveia Centeio Trigo Leguminosas Feijão Cotilédones Ervilha Cotilédones Amendoim Cotilédones Cotilédones Soja Outros Mamona Negligível Dendê Pinheiro Megagametófito Canola Cotilédones 7
8 08/04/2013 SEMENTES FENOLOGIA Hábito de crescimento -Determinado: o meristema apical durante a diferenciação floral se transforma em uma inflorescência. As plantas são mais curtas e de porte mais baixo, a floração é uniforme. Floresce de cima para baixo. -Indeterminado: a planta continua a crescer por determinado tempo após o florescimento. As plantas são de porte mais alto, ciclo mais longo, floração menos uniforme. Floresce de baixo para cima. FENOLOGIA HÁBITO DE CRESCIMENTO HÁBITO DE CRESCIMENTO -Tipo 2 Crescimento Indeterminado, arbustivo e semitrepadora Permanece ereto durante todo o ciclo; -Tipo 1 Crescimento Determinado e Arbustivo Porte pequeno; nº maior de ramos que o tipo 1; ramos curtos; Precoce; formam ângulo agudo entre ramos e haste; nº de nós de 5 a 9; tem de 10 a 20 nós; poucos ramos; ângulo agudo entre os ramos e haste principal; permite menores espaçamentos; com maior produção que o tipo 1. boa rigidez da haste colheita mecânica. menor produção por planta. Ex.: Carioca MG, Rio Tibagi Ex.: Manteigão Fosco 11, Goiano precoce HÁBITO DE CRESCIMENTO HÁBITO DE CRESCIMENTO -Tipo 3 Crescimento Indeterminado, prostados ou semitrepadoras -Tipo 4 Crescimento Indeterminado e trepadora Ramifica bastante; Praticamente não tem ramos; maior nº de ramos; dificil indentificar qual é a haste principal; a haste principal é fléxivel; enfolha muito; mais susecptivel as doenças. Ex.: Aporé e Jalo possui de 20 a 30 nós; ciclo bem mais longo (> dias); maturação desuniforme; deve ser estaquiado; tem custo mais alto e a colheita é escalonada. 8
9 FENOLOGIA Tipo 2 Mais usados no Brasil Tipo 3 Tipo 4 Etapas do desenvolvimento da planta Etapas do desenvolvimento da planta Etapas do desenvolvimento da planta Período vegetativo Período reprodutivo V0 V1 V2 V3 V4 R5 R6 R7 R8 R9 Germinação Emergência 5 dias Fls. 1ª 2 dias 4 dias 1ª fls. trifoliadas 5 a 9 dias 3ª fls. trifoliadas 7 a 15 dias M A T U R A Ç Ã Pré-floração Floração Formação Enchimento O 10 dias 4 a 5 das vagens das vagens dias 8 dias I e II: dias dias III e IV: 22 a 24 dias Etapas do desenvolvimento da planta Sinais de maturação: 1 folhas amareladas 2 folhas caindo 3 Vagens com cor características 4 Grãos soltos dentro da vagem Exigências Edafoclimáticas do Feijoeiro 9
10 Temperatura Feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) Ampla adaptação e Distribuição geográfica; Pouco tolerante a fatores extremos do ambiente; Conhecimento: - características agroclimáticas; - exigências e limitações. Crescer, desenvolver e produzir; Aproveitando ao máximo: - potencial da cultivar; - respostas à adubação; - benefício das práticas ou tecnologias empregadas. T ótima: 18 a 24 C (21 C) (Vieira, 1967); T média (América Latina): varia entre 17,5 e 25 C; Fanceli e Dourado Neto (1999), regiões com T entre 15 e 29 C. A ocorrência de T da faixa ótima, dependendo da freqüência e duração, pode ocasionar sérios prejuízos ao estabelecimento, crescimento e desenvolvimento da cultura, resultando em baixa produtividade. Temperatura Temperatura Baixas Temperaturas Após a semeadura: - germinação e emergência; - baixa população; - baixa produtividade. Durante o crescimento vegetativo: - altura da planta; - crescimento dos ramos - número de vagens (Portes, 1996). Sul de MG: - semeadura em Julho (baixa T ) (Martins et al., 1994); - atraso na germinação (Von Pinho et al., 1991); - atraso no florescimento (Dias et al., 1992). Altas Temperaturas Maior influência: - Aborto de flores; - Vingamento e retenção final de vagens; - Redução do n de sementes/vagem. (Dickson; Boettger, 1984; Portes, 1988) Taxa de abscisão dos órgãos reprodutivos 50 a 70% (Mariot, 1976, 1989); T > 30 C (dia) e > 25 C (noite) aumento na taxa de abscisão (Kay, 1979); T > 30 C abortamento das flores, diminuição do n de vagens e no rendimento de grãos (Gonçalves et al., 1997). Temperaturas > a 29 C podem provocar o abortamento de flores, queda de vagens jovens e reduzir o número de grãos, enquanto temperaturas inferiores a 12 C podem dificultar a formação e o enchimento de grãos (Balardin et al., 2000). Umidade do solo Deficiência Hídrica Fator limitante: Interfere nos processos básicos da planta: - Absorção e translocação de nutrientes; - Fotossíntese e translocação de assimilados; - Transpiração; - Respiração; - Crescimento; -Produção de grãos (Guimarães, 1988). Boa disponibilidade de água: - Germinação/emergência; - Floração; - Enchimento de grãos. Sistema radicular bastante superficial; Veranicos ou irrigação mais espaçadas. Semeadura 4 folha trifoliolada: - prejuízo na germinação / emergência; - baixa sobrevivência de plantas; - Baixo estande; - Redução no rendimento de grãos. Fases criticas: Florescimento Formação das vagens Enchimento de grãos Fases de maior necessidade de água: V0 e V1, R6 e R8 10
11 Deficiência Hídrica Excesso de Água no solo Norte de MG: redução na produtividade varia de acordo com a época de ocorrência do déficit hídrico: - 16% florescimento; - 42% formação de vagens; - 58% crescimento de vagens (Garrido et al.,1978.) Essa redução na produtividade é devido o aborto de flores ou vagens e da redução do n de sementes/vagem (Stoker, 1974). Estabelecimento: - prejudica a germinação; - Limita o crescimento das raízes; - Favorece a incidência de doenças radiculares; - Reduz a sobrevivência de plântulas. Crescimento vegetativo: - Favorece enfermidades da parte aérea; - Alongamento excessivo da 1 porção da haste principal; - Tornando mais sensível ao acamamento. Florescimento e frutificação: - 2 dias redução de 48%; - 4 dias redução de 57%; - 6 dias redução de 68% (Silva, 1982). Maturação: - prolongar o ciclo cultural e atrasar colheita; - Brotação e aparecimento de manchas no grão. Chuvas Umidade Relativa do Ar e Ventos Verão Colheita: - impedindo arranque de plantas; - secagem dos grãos; - brotação e mancha nos grãos; - depreciação. Semeadura: fev- mar boa disponibilidade de água; Necessidade água: - local (clima e solo); - época de semeadura; - manejo da cultura e solo (Silveira & Stone, 2001) mm (Kay, 1979) Baixa UR altas temperaturas Aumento na demanda de água pela planta transpiração. pegamento e retenção final de vagens (Portes, 1988). Efeito agravado pelo vento (Davis, 1945). Radiação solar Zoneamento agroclimático Reflexo nas taxas de fotossíntese (Fageria, 1989) Santos & Costa (2000), analisando a eficiência do uso da radiação solar para as culturas de milho, soja, arroz e feijão nas diversas regiões produtoras de Minas Gerais, observaram: 11
12 Textura do Solo Compactação do Solo Arenosa leve argilosa pesada (Wallace, 1980). Evitar Solos argilosos e mal drenados (Out / Nov.) Compactação: - aumento da densidade do solo/ redução da porosidade - Menor aeração e fluxo de água. - Maior resistência à penetração de raízes. Fatores Químicos do Solo Reação: - ph de 5,5 a 6,5 (Rosolem, 1996) ph baixo: - Íons tóxicos (Al 3+, Mn 2+, H + ); - Menor disponibilidade de nutrientes. - Menor crescimento e rendimento de grãos. Fertilidade: - Atrasa e diminui formação de raízes; - Compromete crescimento de plantas; Salinidade: - sensível a elevados teores de Na trocável e a alta condutividade elétrica no solo. Ideal CE até 1,0 d.s/cm e < 0,7 meq/100 cm³ de teor de Na+ 12
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