UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. Maria Vitória Calmon Abagge

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Maria Vitória Calmon Abagge A ARBITRAGEM COMO MECANISMO DE RESOLUÇÃO DE DISSÍDIOS INDIVIDUAIS TRABALHISTAS CURITIBA 2011

2 A ARBITRAGEM COMO MECANISMO DE RESOLUÇÃO DE DISSÍDIOS INDIVIDUAIS TRABALHISTAS CURITIBA 2011

3 Maria Vitória Calmon Abagge A ARBITRAGEM COMO MECANISMO DE RESOLUÇÃO DE DISSÍDIOS INDIVIDUAIS TRABALHISTAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Direito. Orientador: Professor Rodrigo Araújo Gabardo CURITIBA 2011

4 TERMO DE APROVAÇÃO Maria Vitória Calmon Abagge A ARBITRAGEM COMO MECANISMO DE RESOLUÇÃO DE DISSÍDIOS INDIVIDUAIS TRABALHISTAS Esta monografia foi julgada e aprovada para obtenção do título (grau) de bacharel em Direito no Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, 30 de setembro de Prof. Doutor Eduardo de Oliveira Leite Coordenador do Núcleo de Monografia Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná Orientador: Prof. Rodrigo Araújo Gabardo Universidade Tuiuti do Paraná Prof. Universidade Tuiuti do Paraná Prof. Universidade Tuiuti do Paraná

5 Dedicatória Em especial aos meus pais que sempre me apoiaram e incentivaram a buscar novos conhecimentos e ao meu namorado pelo carinho e compreensão.

6 Agradecimentos Aos professores que muito me ensinaram e ao meu orientador, professor Rodrigo Araújo Gabardo pela dedicação com que me orientou nesse trabalho.

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ARBITRAGEM A ARBITRAGEM COMO MECANISMO JURISDICIONAL DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS O PROCEDIMENTO ARBITRAL DIREITOS TRABALHISTAS DISSIDIOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS DE TRABALHO CONTRATOS INDIVIDUAIS DE TRABALHO PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO ARBITRABILIDADE DOS DIREITOS TRABALHISTAS CONSTITUCIONALIDADE DA LEI DE ARBITRAGEM DISSIDIOS INDIVIDUAIS TRABALHISTAS A efetividade da Conciliação INDISPONIBILIDADE DOS DIREITOS TRABALHISTAS INDIVIDUAIS ARBITRAGEM TRABALHISTA NO DIREITO COMPARADO CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA... 55

8 RESUMO Este estudo tem como objetivo de apresentar os fundamentos que legitimam a utilização do instituto da arbitragem como mecanismo de solução de controvérsias individuais trabalhistas, valendo-se da legislação brasileira em vigor e do atual entendimento jurisprudencial. Inicia-se o tema conceituando e caracterizando os conflitos individuais de trabalho sob o ponto de vista econômico e jurídico, descrevendo as consequências jurídicas e sociais na aplicação de tal método. Analisa-se os princípios e os direitos fundamentais da indisponibilidade dos direitos trabalhistas, acesso à justiça, a razoável duração do processo em busca da efetivação dos direitos sociais trabalhistas. Verificam-se, ainda, as vantagens e desvantagens na utilização da via arbitral na resolução de conflitos individuais trabalhistas no Brasil até chegar, mais especificamente, ao tema da (in)disponibilidade do direito trabalhista e os mais novos entendimentos sobre o assunto, bem como uma análise sobre a evolução da arbitragem no direito brasileiro e comparado, além da a nova inclinação do Tribunal Superior do Trabalho para a aceitação da utilização da arbitragem como mecanismo de solução de litígios trabalhistas individuais. Palavras-chave: arbitragem; direitos disponíveis; hipossuficiência; direito individual.

9 8 INTRODUÇÃO O presente estudo tem a finalidade de apresentar os fundamentos que legitimam a utilização do instituto da arbitragem como mecanismo de solução de controvérsias nos dissídios individuais trabalhistas. A importância do presente tema se dá pelo fato do crescente desenvolvimento das sociedades nacionais e internacionais e a grande corrida em busca de soluções mais rápidas e eficazes de resolução de conflitos, não apenas laborais, como de qualquer natureza jurídica que possam ser abordada por meios extrajudiciais. Nesse sentido, o Estado pós-moderno veio trazer diversos préquestionamentos a fim de quebrar conceitos consagrados e buscar uma interpretação mais original do direito. Ante a presente realidade, com uma marcha rumo à evolução, e a criação de relações interpessoais cada vez mais complexas, passou-se a exigir a existência de um novo direito e uma interpretação póspositivista aos textos legais. Como sabido por muitos, a arbitragem é um método alternativo, heterocompositivo de resolução de conflitos de natureza patrimonial, onde um ou três árbitros escolhidos pelas partes, decidirão, de acordo com as normas aplicáveis e os princípios processuais vigentes, acerca do objeto delimitado no termo de compromisso, assegurando sempre o contraditório e o devido processo legal. Mariulza Franco, no artigo Nova Cultura do Litígio: Necessária Mudança de Postura traz um posicionamento interessante:

10 9 A arbitragem não é modismo, nem panacéia, muito menos mera privatização da jurisdição. Ela se insere perfeitamente no estagio atual de evolução da sociedade, contribuindo, embora em pequena escala, com a Paz Social, eliminando de forma célere, a tensão que no processo judicial se mantém por longo tempo. Contribui, também, com a evolução do direito, pela possibilidade de buscar-se e revelar-se a melhor solução no Direito vivo, distanciando-se das regras estratificadas do Direito posto. (FRANCO, 2007, p. 113) No entanto, inobstante a grande vantagem que o procedimento arbitral possa trazer a toda a sociedade, a arbitragem ainda não é muito difundida no âmbito nacional, que por conta da cultura do brasileiro de superestimar o Poder Judiciário, acaba por deixar de observar as reais vantagens ofertadas pelos procedimentos arbitrais.

11 10 1 ARBITRAGEM 1.1 A ARBITRAGEM COMO MECANISMO JURISDICIONAL DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS A Lei n /96 Lei de Arbitragem - causou um definitivo marco na história da arbitragem no Brasil, trazendo consigo novos e mais modernos conceitos que proporcionaram o desenvolvimento na solução de litígios por vias extrajudiciais, abrindo uma maior possibilidade de escolha entre um e outro meio. No entanto, quando foi criada a Lei de Arbitragem, as instituições especializadas na administração da arbitragem, comumente chamadas de Câmaras de Arbitragem, e dedicadas à organização do corpo de árbitros, vinculados a regulamentos e procedimentos específicos, não eram conhecidas no ambiente jurídico interno brasileiro. Um procedimento tão utilizado nos países titulados desenvolvidos passou a ser reconhecido no Brasil apenas num passado muito recente, que por ser um país onde a homologação judicial importava tanto, com a nova lei, tal cultura foi abolida, e, enfim, aceita pela população. A arbitragem é um meio alternativo, extrajudicial, heterocompositivo e privado de resolução de controvérsias, na qual pessoas capazes de contratar elegem um ou mais árbitros para decidir o litígio, sem a intervenção estatal, gerando com esta decisão a mesma eficácia da sentença judicial. Carlos Alberto Carmona, jurista que integrou a comissão redatora do

12 11 anteprojeto da Lei de Arbitragem, assim conceitua a arbitragem: A arbitragem meio alternativo de solução de controvérsias através da intervenção de uma ou mais pessoas que recebem seus poderes de uma convenção privada, decidindo com base nela, sem intervenção estatal, sendo a decisão destinada a assumir a mesma eficácia da sentença judicial é colocada à disposição de quem quer que seja para solução de conflitos relativos a direito patrimoniais acerca dos quais os litigantes possam dispor. Trata-se de mecanismo privado de solução de litígios, por meio do qual um terceiro, escolhido pelos litigantes, impõe sua decisão, que deverá ser cumprida pelas partes. (CARMONA, 2009, p. 31) Nota-se através deste conceito a presença de três elementos fundamentais na arbitragem: i) a existência de uma convenção de vontades que escolha a arbitragem como mecanismo de solução de controvérsias; ii) a necessidade de que os litígios aduzidos à arbitragem sejam relativos a direitos patrimoniais disponíveis, e iii) a sentença arbitral possui força cogente. Sendo a arbitragem um procedimento instituído por meio de acordo entre as partes na forma de um contrato Convenção de Arbitragem tem-se que, pela natureza contratual, deva haver um acordo de vontade entre as partes devendo as mesmas ser capazes (capacidade civil), e que o objeto do litígio seja sobre direitos patrimoniais disponíveis. Segundo a Lei 9.307/96, as partes interessadas poderão se utilizar da arbitragem mediante convenção de arbitragem, sendo que a mesma lei prevê que as partes poderão escolher livremente as regras de direito aplicáveis ao caso específico, tanto do direito material como do processual, assim como a eleição de árbitros. Nesse sentido manifesta-se José Eduardo Carreira Alvim:

13 12 Não se pode negar que a arbitragem tem sua base no consenso das partes, porque se estas não consentirem em eleger árbitro, para a solução de controvérsia, não pode uma impor à outra o concurso de sua vontade para a formação do juízo arbitral; o único recurso será a Justiça estatal. (CARREIRA ALVIM, 2007, p. 104). Portanto, para a instituição de um procedimento arbitral, basta que as partes sejam capazes e tenham de fato um interesse na resolução de um conflito por via arbitral. A convenção de arbitragem é a forma expressa e o instrumento pelo qual as partes escolhem a arbitragem como forma definitiva de solução de controvérsias atuais ou futuras, que segundo descreve o artigo 3º da Lei de Arbitragem 1, são divididas em duas espécies, quais sejam: cláusula compromissória e o compromisso arbitral que estão respectivamente descritos nos artigos 4º e 9º da Lei de Arbitragem 2. Philippe Fouchard, Emmanuel Gaillard e Berthold Goldman, na citação de José Cretella Neto, definem classicamente cláusula compromissória como a convenção pela qual as partes num contrato se comprometem a submeter à arbitragem os litígios que puderem se originar relativamente ao contrato. E o compromisso arbitral é definido como a convenção pela qual as partes em um litígio 1 Art. 3º - As partes interessadas podem submeter a solução de seus litígios ao juízo arbitral mediante convenção de arbitragem, assim entendida a cláusula compromissória e o compromisso arbitral. 2 Art. 4º-A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato. 1º A cláusula compromissória deve ser estipulada por escrito, podendo estar inserta no próprio contrato ou em documento apartado que a ele se refira. 2º Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se o aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar, expressamente, com a sua instituição, desde que por escrito em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa cláusula. Art. 9º O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial. 1º O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á por termo nos autos, perante o juízo ou tribunal, onde tem curso a demanda. 2º O compromisso arbitral extrajudicial será celebrado por escrito particular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento público.

14 13 existente entre elas o submetem à arbitragem. (apud. CRETELLA NETO, 2009, p. 62) Atualmente, o legislador brasileiro procura dar, tanto à cláusula compromissória como ao compromisso arbitral os mesmo efeitos jurídicos, assim manifesta-se Carlos Alberto Carmona, in verbis: Após o advento da Lei, cláusula e compromisso podem, indistintamente, instituir a arbitragem, deixando a primeira de ser mera promessa de celebrar o segundo, de modo que uma e outro são acordos mediante os quais renuncia-se à solução estatal de conflitos, em prol da atuação do juiz escolhido pelos litigantes: se na celebração do compromisso tem-se em mira um conflito atual, já existente, definido, na cláusula aponta-se para um litígio futuro, eventual e definível. (CARMONA, 2009, p. 102) Quanto ao objeto da arbitragem, o mesmo pode versar sobre qualquer direito patrimonial disponível, desde que previamente delimitado pelas partes por meio de Compromisso Arbitral, sendo válido o compromisso que, segundo Carlos Alberto Carmona, indique matéria a ser submetida aos árbitros esta decorrente de determinado contrato, não sendo, portanto, necessária a descrição completa de todos os fatos submetidos ao árbitro ou descrição completa do litígio, apenas uma indicação suficiente para evitar que o laudo fuja dos limites estabelecidos. (CARMONA, 2009) José Cretella Neto, na citação de Irineu Strenger, apresenta um entendimento demasiadamente abrangente do escopo da arbitragem: Sistema de solução de pendências, desde pequenos litígios pessoais até grandes controvérsias empresariais ou estatais, em todos os planos do Direito, que expressamente não estejam excluídos pela legislação. (apud. CRETELLA NETO, 2009, p.5 - Grifos não originais) Verifica-se esta imprecisão quando o art. 1 da Lei n 9.307/96, determina

15 14 que as pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis ; ou seja, somente litígios que envolvam direitos disponíveis podem ser discutidos no âmbito da arbitragem. Direitos patrimoniais disponíveis são todos os direitos que podem ser transacionados livremente por seus titulares, independentemente da vontade estatal que, se reserva a tutelar os direitos fundamentais da coletividade. Portanto, a partir do momento em que podem as partes dispor livremente dos bens sobre os quais haja uma controvérsia, serão passíveis de disponibilidade e assim sujeitos à negociação em juízo arbitral. (CARMONA, 2009) até renúncia. Esses direitos são, portanto, passíveis de transação, cessão, transferência e Nesse sentido, José Eduardo Carreira Alvim, ao discorrer sobre o conceito de Arbitragem, afirma este entendimento: A arbitragem é a instituição pela qual as pessoas capazes de contratar confiam a árbitros, por elas indicados ou não, o julgamento de seus litígios relativos a direitos transigíveis. Esta definição põe em relevo que a arbitragem é uma especial modalidade de resolução de conflitos; pode ser convencionada por pessoas capazes, físicas ou jurídicas. Os árbitros são juízes indicados pelas partes, ou consentidos por elas por indicação de terceiros, ou nomeados pelo juiz, se houver ação de instituição judicial de arbitragem; na arbitragem existe o julgamento de um litígio por sentença com força de coisa julgada. (CARREIRA ALVIM, 2007, p Grifos não originais). Com relação à eficácia da sentença arbitral, importante destacar que a redação do artigo 31 da Lei de Arbitragem, estabelece que: A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo, que desde logo produzirá os mesmo efeitos da sentença estatal, e conforme escreve

16 15 Carlos Alberto Carmona: A equiparação entre a sentença estatal e a arbitral faz com que a segunda produza os mesmos efeitos da primeira. Por conseqüência, além da extinção da relação jurídica processual e da decisão da causa (declaração, condenação ou constituição), a decisão de mérito faz coisa julgada às partes entre as quais é dada (e não beneficiará ou prejudicará terceiros). Sendo condenatória, a sentença arbitral constituirá título executivo e permitirá a constituição de hipoteca judiciária. (CARMONA, 2009, p. 393) Assim, fica claro que o legislador elegeu a tese da jurisdicionalidade da Arbitragem, pondo fim à atividade homologatória do juiz estatal. E nesse diapasão, o autor Pedro Antonio Batista Martins escreve: Com a sentença, o efeito final que se projeta da convenção de arbitragem encerra seu alcance. A manifestação da vontade encontra seu desiderato e se completa com a emissão da decisão arbitral. É ato que dá completude jurídica ao exercício da jurisdição. Dela emanam efeitos que se observam entre as partes: nos termos da convenção de arbitragem, confirma o direito das contratantes e os árbitros dão cumprimento à obrigação assumida de por fim ao conflito. (MARTINS, 2008, p. 306). Portanto, com a redação do artigo 31 da Lei de Arbitragem, não há mais a necessidade de homologação do laudo arbitral por um juiz togado, que antes da Lei 9.307/96, somente após o ato homologatório do judiciário é que a sentença ou decisão do Tribunal Arbitral teria os mesmos efeitos de uma sentença proferida pelo juízo estatal para assim lhe conferir a eficácia de título executivo. Da mesma forma, o Ministro Gilmar Ferreira Mendes, em seu livro, Curso de Direito Constitucional, define arbitragem como um mecanismo extrajudicial de solução de controvérsias, segundo o qual as partes litigantes investem, por meio de uma convenção arbitral, uma ou mais pessoas de poderes decisórios para resolver seus conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. (MENDES, 2008, p. 498) Com a edição da Lei de Arbitragem, segundo Pedro A. Batista Martins,

17 16 desprezou-se a oficialização da sentença pelo Poder Judiciário, tanto pela inutilidade do processo de homologação quanto pela afirmação da natureza jurisdicional da arbitragem. (MARTINS, 2008, p. 220) Assim como prevê o artigo 18 da Lei de Arbitragem, o árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário. De forma a complementar esta conceituação sobre a arbitragem, importa-se agora tratar de alguns princípios da arbitragem relevantes ao objeto do presente estudo. 1.2 O PROCEDIMENTO ARBITRAL Dentre os princípios gerais do processo, o legislador selecionou aqueles capazes de prestar a garantia de um julgamento justo a todos os envolvidos, exigindo, assim, independente da escolha do procedimento, a aplicação do princípio do contraditório, da igualdade, da imparcialidade e do livre convencimento do árbitro. O procedimento arbitral tem previsão legal nos arts. 19 ao 22 da Lei de Arbitragem, e por meio deles é que será determinada a forma com que se estabelecerá o procedimento arbitral que, no entanto, frise-se, a lei não determina um procedimento único e determinável. Como prevê o art. 21 da referida Lei, a arbitragem obedecerá ao procedimento estabelecido pelas partes na convenção de arbitragem, assim, as regras aplicadas poderão ser vinculadas a uma determinada Câmara Arbitral, podendo, ainda, ser facultado às partes delegar ao árbitro ou tribunal a regulamentação do procedimento.

18 17 Ainda, não aplica-se aos procedimentos arbitrais as regras contidas no CPC, sendo a sua única limitação de aplicação no que diz respeito aos princípios gerais do processo, como a igualdade, a ampla defesa e contraditório, o devido processo legal e o livre convencimento dos árbitros, restando, caso não sejam respeitados, a anulação da sentença arbitral. No entanto, os referidos princípios atingem não só o procedimento, mas o processo arbitral num todo, sempre com o intuito de tutelar a relação jurídica entre partes e árbitro. Assim, com esse objetivo tutelar de direito, o legislador brasileiro não se fixou apenas nos atos procedimentais que visam garantir esses direitos, como explica Carlos Alberto Carmona: [...] de um lado, a liberdade de forma dos atos do procedimento arbitral é coerente com a escolha de plena liberdade conferida às partes quanto à gestão do mecanismo de solução de controvérsias que elegeram, e revela apreciável concessão à autonomia da vontade dos litigantes; de outro, esta mesma liberdade cobrará seu preço, pois caberá aos tribunais estatais, em sua tarefa interpretativa, controlar as escolhas das partes (e dos árbitros), detectando, caso a caso os excessos cometidos (que levarão à anulação da sentença arbitral, nos termos do art. 32, VIII, combinado com o art. 33, 2º, I da Lei). (CARMONA, p. 295) Dessa forma, fica claro que a arbitragem não é uma forma de se esquivar do poder judiciário, sendo que comprovada a existência de fraude no procedimento, a sentença arbitral poderá ser anulada, sendo mantida a garantia constitucional prevista no art. 5º, inciso XXXV: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, pois sempre que necessário haverá a apreciação pelo Poder Judiciário Trabalhista, sendo ele ainda o órgão máximo de competência para julgamentos de lides trabalhistas.

19 18 Assim, a maior característica do procedimento arbitral, e o fato pelo qual tantas pessoas se submetem aos procedimentos arbitrais são em razão da flexibilidade de escolha do procedimento aplicável (art. 21 da Lei de Arbitragem), que será estabelecido pelas partes na convenção de arbitragem, na qual constará todas as regras do procedimento, desde a escolha dos árbitros, o local da arbitragem, a legislação aplicável, prazos a serem seguidos, devendo sempre ser respeitado o princípio da igualdade e do contraditório. No que tange a escolha dos árbitros, as partes poderão indicar qualquer árbitro vinculado a uma determinada Câmara, ou árbitro independente, e que sejam especialistas nas matérias de fato que serão objeto da arbitragem. Os árbitros escolhidos devem ser imparciais e independentes, sendo aplicável regra semelhante no que diz respeito ao impedimento e suspeição 3 do Código de Processo Civil, podendo uma parte impugnar a indicação do arbitro feita pela contra parte. O resultado desta flexibilidade do procedimento arbitral é a sua capacidade de adequar-se a complexidade do litígio, de forma a atender um duplo desejo das partes: a celeridade processual e a eficácia do procedimento. Nesse sentido, note-se ainda o fato da impossibilidade de recurso contra a sentença arbitral, abrevia significativamente o procedimento. 3 Art. 14. Estão impedidos de funcionar como árbitros as pessoas que tenham, com as partes ou com o litígio que lhes for submetido, algumas das relações que caracterizam os casos de impedimento ou suspeição de juízes, aplicando-se-lhes, no que couber, os mesmos deveres e responsabilidades, conforme previsto no Código de Processo Civil. 1º As pessoas indicadas para funcionar como árbitro têm o dever de revelar, antes da aceitação da função, qualquer fato que denote dúvida justificada quanto à sua imparcialidade e independência. 2º O árbitro somente poderá ser recusado por motivo ocorrido após sua nomeação. Poderá, entretanto, ser recusado por motivo anterior à sua nomeação, quando: a) não for nomeado, diretamente, pela parte; ou b) o motivo para a recusa do árbitro for conhecido posteriormente à sua nomeação.

20 19 Por conta desta característica, verifica-se em certos tipos de litígios a preferência da arbitragem em detrimento do Poder Judiciário, o que pode inclusive acontecer na esfera do Direito do Trabalho. Além do mais, como diria Marcio Yoshida, há que se considerar que, o prolongamento dos trâmites processuais implica o aumento dos custos administrativos e jurídicos de acompanhamento despendidos pelas partes e pelo próprio Estado, que muito se beneficiam com a presteza do procedimento arbitral. (YOSHIDA, 2006, p. 134) No entanto, para que a arbitragem seja utilizada na esfera dos litígios trabalhistas individuais, deve-se verificar a compatibilidade deste mecanismo com os princípios inerentes ao próprio Direito do Trabalho, em especial a eventual indisponibilidade dos direitos trabalhistas individuais e a necessária proteção através do processo judicial do trabalhador, parte esta considerada, a princípio, hipossuficiente na disputa jurisdicional. 2 DIREITOS TRABALHISTAS 2.1 DISSIDIOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS DE TRABALHO Dissídio que, no sentido vulgar, significa dissensão, discordância, divergência, é o conflito posto perante a Justiça, sendo o qualificativo individual apenas para distingui-lo de dissídios coletivos. Segundo o dicionário Aurélio dissídio significa: 1.V. dissensão. 2.Jur. Denominação comum às controvérsias individuais ou coletivas submetidas à Justiça do Trabalho. (miniaurélio eletrônico, 2004) Dissídio individual é o mesmo que reclamação trabalhista, ação trabalhista

21 20 ou processo trabalhista e é de competência da Justiça do Trabalho, em razão da matéria, decidir os conflitos individuais decorrentes das relações de trabalho, e podem ocorrer durante o contrato de trabalho e após o fim do mesmo, conforme prevê o artigo 114 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de As características do dissídio individual são bem abordadas por Wagner D. Giglio e Claudia Giglio Veltri Corrêa que também apontam algumas situações que divergem aos dissídios coletivos, in verbis: Nos dissídios individuais há conflitos de interesses concretos de pessoas determinadas, enquanto nos dissídios coletivos se discutem interesses abstratos de uma categoria composta de numero indeterminado de pessoas. Os dissídios individuais visam a aplicação de norma jurídica ao caso concreto, ao passo que os dissídios coletivos objetivam a criação de normas gerais ou a interpretação de norma geral preexistente. (GIGLIO, 2007, p. 175) Os dissídios coletivos são destinados a solucionar os conflitos coletivos de trabalho, onde o objeto é o interesse abstrato do grupo ou categoria em criar atos constitutivos de regulamentação e normatização, ou declaratório limitando-se à interpretação de uma norma vigente. Os dissídios coletivos ocorrerão apenas no decorrer do contrato de trabalho. Na definição de Raimundo Simão Melo, dissídio coletivo é: [...] o processo através do qual se discutem interesses abstratos e gerais, de pessoas indeterminadas (categoria profissional ou econômica), com o fim de se criar ou modificar condições gerais de trabalho, de acordo com o principio da discricionariedade, atendendo-se aos ditames da conveniência e da oportunidade e respeitando-se os limites máximos previstos em lei. (MELO, 2002, p. 56) Os dissídios não são a única forma de se modificar condições gerais de

22 21 trabalho e solucionar conflitos, pois, os empregados e empregadores podem se utilizar, e assim o fazem na maioria das vezes, de acordos e convenções coletivas de trabalho que são tratadas sem a necessidade do Judiciário ter que atuar. Aliás, a negociação é condição sine qua non para a propositura de um dissídio coletivo, já que o 2º do art. 114 da Constituição Federal estabelece que: Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultada às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as condições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. Os acordos coletivos são realizados entre os empregados de determinada empresa, estes assistidos por seu sindicato, diretamente com o empregador, e as convenções coletivas são tratadas entre os sindicatos das categorias obreira e empresarial, sendo que o objetivo de ambos é a criação de normas que atendam os anseios de ambas as categorias. [...] Dessa forma, a transação sobre a parcela por meio de negociação coletiva está plenamente validada pelo disposto no inciso XXVI, do art. 7º, da CR/88, em face da aplicação do princípio do conglobamento, segundo o qual, mediante a negociação coletiva, podem as partes convenentes avençar a supressão de direitos previstos na legislação trabalhista em troca da concessão de outras vantagens. (TRT 03ª R. RO 840/ Rel. Des. Paulo Roberto Sifuentes Costa DJe p Grifos não originais) [...] INTERVALO INTRAJORNADA REDUÇÃO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA DE TRABALHO POSSIBILIDADE COMPOSIÇÃO DE NOVAS CONDIÇÕES DE TRABALHO Por meio de instrumentos coletivos é que as partes transigem, transacionam novas condições de trabalho, de mútuo acordo. Posicionar-se contra a pactuação coletiva implica em pleitear o decreto de nulidade da cláusula acordada, o que não se faz possível pelo meio escolhido, até porque envolve interesses de toda a categoria. (TRT 15ª R. RO (8191/10) 12ª C. Relª Olga Aida Joaquim Gomieri DOE p Grifos não originais) Nesse ponto importante frisar que não é absoluto o princípio da

23 22 indisponibilidade dos direitos trabalhistas. Também, é importante destacar a relevância do momento em que as partes podem negociar livremente, evitando-se o dissídio. Através de negociação coletiva (acordo ou convenção coletiva) terão as partes autonomia para dispor de direitos dos empregados, desde que em favor de outros benefícios para a categoria profissional, conforme o art. 7º, XXVI, da Constituição Federal. Da leitura dos julgados dos Tribunais do Trabalho, especialmente dos acordos realizados e homologados nessa Justiça Especializada, temos que a indisponibilidade de direitos, portanto, comporta discussão, podendo ser absoluta ou relativa. A indisponibilidade absoluta seria, por exemplo, o direito à vida, e ao trabalho livre. Já a indisponibilidade relativa refere a uma gama bastante significativa de direitos e garantias, tais como: salários, alimentos, anotação do contrato de trabalho na CTPS, estabilidade no emprego, férias, aviso prévio, repouso semanal remunerado e outros. Na indisponibilidade relativa, o empregado pode transacionar ou até mesmo renunciar, mesmo com algumas restrições e limitações. Mas ninguém pode, com certeza, dizer que o salário, alimentos, anotação do contrato de trabalho na CTPS, estabilidade no emprego, férias, aviso prévio, repouso semanal remunerado e outros direitos chamados de "indisponíveis e irrenunciáveis" não possam, no Judiciário Trabalhista, ser objeto de transações, acordos ou conciliações, demonstrando, por óbvio, que a indisponibilidade é relativa. E é dos próprios textos legais, da Constituição Federal e Jurisprudência dos

24 23 nossos Tribunais que tiramos alguns exemplos desta relatividade, como no caso da redução de salários, possível pela via da negociação coletiva, conforme estabelece o art. 7º, inciso VI, da Constituição Federal; a anotação do contrato em CTPS pode ser objeto de renúncia, bastando que o trabalhador afirme não ser empregado de determinada empresa; o aviso prévio, tido como irrenunciável, assim não o é, se o empregado obtiver novo emprego, a teor da Súmula nº 276 do TST 4. O empregado que possui estabilidade provisória poderá renunciar ao seu direito se optar por pedir demissão. RENÚNCIA À ESTABILIDADE POSSIBILIDADE Não ofende os direitos trabalhistas da obreira a renúncia à garantia de emprego assegurada pela alínea "b" do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal, por força de manifestação de vontade, ausente de vícios. A Reclamante afastou de seu patrimônio mediante recusa expressa, o direito que lhe era inerente. Atendidos também os clássicos requisitos jurídico-formais do ato de renúncia: capacidade do sujeito, higidez em sua manifestação de vontade, objeto e forma. (TRT 09ª R. ACO ª T. Rel. Ubirajara Carlos Mendes J Grifos não originais) Assim, pode-se vislumbrar uma larga amplitude de direitos que podem ser renunciados, e que não necessariamente irão prejudicar os trabalhadores, demonstrando assim a disponibilidade dos direitos trabalhistas. HORAS IN ITINERE NEGOCIAÇÃO COLETIVA POSSIBILIDADE Nosso modelo constitucional deu ênfase ao princípio da autonomia privada coletiva, conforme o disposto no art. 7º, XXVI, consagrando a liberdade das negociações coletivas e, ainda nossa Carta Política, nos incisos VI, XIII e XIV, do art. 7º, autorizou inclusive a renúncia via acordo ou convenção coletiva, dentre outros direitos, às horas in itinere e à jornada de seis horas para os turnos ininterruptos de revezamento, podendo àquelas vias de composição reduzirem ou suprirem benefícios, em troca da obtenção de 4 Nº AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. (Res. 9/1988, DJ )

25 24 outras vantagens, devendo ser respeitadas, para evitar - Se a interferência do Estado na livre manifestação das vontades das partes. (TRT 08ª R. RO Relª Desª Fed. Sulamir Palmeira Monassa de Almeida DJe p Grifos não originais) Os dissídios e negociações coletivas só atenderão aos empregados que têm seu contrato de trabalho vigendo. No caso dos dissídios individuais, como já tratado anteriormente, eles poderão ocorrer durante o contrato de trabalho ou após o seu término. Durante o contrato de trabalho existem duas maneiras de se observar a disponibilidade ou não de um direito trabalhista, da seguinte forma. Se ao longo do contrato de trabalho o empregador sonega diversos direitos de seu empregado, incluindo os chamados indisponíveis poderá o empregado ingressar com ação, mesmo estando com o contrato de trabalho vigendo, para reclamar seus direitos. A Constituição Federal estabelece que o empregado tem um prazo para reclamar seu direito através de ação própria (art. 7º, inciso XXIX). Esse prazo prescreve em 5 anos, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho. Se o empregado não ingressar com a ação no prazo estabelecido na Constituição Federal, significa que está renunciando ao seu direito, independentemente dele ser ou não disponível, gize-se, muitas vezes no curso do contrato de trabalho. Nas palavras de J. N. Vargas Valério Se o patrão nega-se a pagar a totalidade do crédito devido, surge o conflito, que pode ser abortado pela

26 25 composição, transação ou renúncia tácita, entendida esta como a intenção de não promover a ação judicial. (VALÉRIO, 2007) Agora, se o contrato de trabalho for rescindido, a disponibilidade dos direitos trabalhistas é perfeitamente possível, bastando, neste caso, que o empregado simplesmente deixe fluir o prazo prescricional de 2 anos. Outrossim, importante destacar que os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação, conforme estabelece o art. 764, da CLT. Assim, de acordo com nossa legislação e da interpretação de nossos Tribunais, através de dissídios individuais e coletivos, pode-se transacionar direitos tidos, a princípio, como indisponíveis. 2.2 CONTRATOS INDIVIDUAIS DE TRABALHO O contrato de trabalho é a denominação que a lei brasileira dá à relação jurídica entre empregado e empregador, assim, nas palavras dos doutrinadores Francisco Ferreira Jorge Neto e Jouberto de Quadros Pessoa Cavalcante, a definição de contrato individual de trabalho, in verbis: O contrato individual de trabalho é o negócio jurídico em que a pessoa natural, na qualidade de empregado, se obriga, mediante o pagamento de salário, a prestar trabalho não eventual para outra pessoa, natural ou jurídica, denominada empregador, a quem fica juridicamente subordinada. (NETO e CAVALCANTE 2011, p. 53) O caput do artigo 442 da CLT prevê que o contrato individual de trabalho é o acordo, tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego, portanto, por

27 26 ser a relação de trabalho um negócio jurídico que se insere no âmbito da autonomia privada, sua natureza é contratual. No entanto, Arnaldo Sussekind, em citação feita por Amauri Mascaro Nascimento, define a relação empregatícia, segundo a legislação brasileira, como um contrato, mas afirma que esse contrato corresponde a uma relação de emprego, onde ao interpretar o texto do artigo 442 da CLT, aduz que a frase indica uma conotação contratualista ao aludir ao acordo tácito e expresso, e uma fisionomia anticontratualista, de feição institucionalista, com a alusão a relação de emprego. (apud. NASCIMENTO 2011, p. 150) Contrato individual de trabalho, nas palavras do doutrinador Mauricio Godinho Delgado, é aquele que tem um único empregado no pólo ativo da relação jurídica formada. (DELGADO, 2006, p.516). O mesmo doutrinador separa o direito do trabalho em dois segmentos, um individual e um coletivo, cada um com suas próprias regras, instituições, teorias e princípios, assim, vejamos: Direito Individual do Trabalho trata da regulação do contrato de emprego, fixando direitos, obrigações e deveres das partes. [...] Direito Coletivo do Trabalho, por sua vez, regula as relações inerentes à chamada autonomia privada coletiva, isto é, relação entre organizações coletivas de empregados e empregadores e/ou entre as organizações obreiras e empregadores diretamente, a par das demais relações surgidas na dinâmica da representação e atuação coletiva dos trabalhadores. (DELGADO, 2006, p.1277). Os Contratos Individuais de Trabalho são o meio pelo qual as partes envolvidas irão estabelecer os termos da contratação delimitando os direitos e deveres inerentes a cada um, onde poderá constar uma cláusula compromissória que vinculará as partes envolvidas a dirimir suas eventuais controvérsias através da

28 27 arbitragem. No entanto, a eficácia da cláusula compromissória nos contratos de trabalho não aparenta ser uma unanimidade doutrinária. Lucinda Dias da Silva, citada por Inês Pinheiro em A Arbitrabilidade dos Conflitos Laborais, entende que não será a simples assinatura do contrato de trabalho que garantirá a utilização da via arbitral, onde a mesma fala na necessidade da cláusula compromissória para garantir a efetiva liberdade de escolha do trabalhador, onde este terá uma opção, que, no entanto, será vinculativa apenas para o empregador, da seguinte forma: [...] ficando prevista uma cláusula compromissória no contrato de trabalho, o trabalhador teria de confirmar, expressamente, a sua vontade de recorrer à arbitragem no momento em que surgisse o conflito com o empregador. (apud. PINHIERO, 2011, p. 86) A referida autora vale-se do disposto no art. 4, 2 da Lei de Arbitragem para construir seu entendimento, relacionando, por conseqüência, o contrato de trabalho como contrato de adesão por essência. O art. 4, 2 da Lei de Arbitragem prevê o seguinte: Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se o aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar, expressamente, com a sua instituição, desde que por escrito em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa cláusula. Todavia, nem sempre o contrato de trabalho pode ser considerado como contrato de adesão, até porque o contrato de trabalho é um contrato sinalagmático, bilateral, tendo como característica obrigações recíprocas.

29 28 Assim como o empregado assume a responsabilidade de emprestar a sua força de trabalho e inteligência na execução de seus misteres, cumprindo com suas obrigações contratuais, o empregador, da mesma sorte, se obriga a pagar os salários e cumprir e respeitar a legislação e a Constituição Federal. Segundo José Carlos Arouca: Já passou o tempo do contrato de trabalho simplesmente de adesão, pois até o contrato civil deixou de expressar a manifestação supostamente livre de vontades, para condicionar a liberdade de contratar aos limites de sua função social (CC, art. 421), observados os princípios da probidade e da boa-fé (CC, art. 422), ainda que o contrato de adesão e as cláusulas ambíguas ou contraditórias interpretam-se da forma mais favorável ao aderente (CC, art. 423). (AROUCA, 2008) E ainda: [...] Assim, acredita-se que a livre estipulação do contrato de trabalho afasta a marca da simples adesão, permitindo a negociação do salário, da jornada, das condições a serem observadas em sua execução. [...] Se os litígios individuais devem ser resolvidos pela conciliação, os conflitos devem ter solução arbitrada, tudo segundo os modelos consagrados internacionalmente. De resto, a economia fica sujeita às regras determinadas pelo mercado. (AROUCA, 2003, p. 5) Ademais, parte da Doutrina Arbitral entende que a presença dos requisitos formais de validade da cláusula compromissória inserida em contrato de adesão, a cláusula estando em negrito e destacada somada com a aceitação expressa do aderente assinando junto à cláusula, seriam suficientes para satisfazer os requisitos de eficácia da cláusula compromissória inserida em contrato de adesão. Por fim, nos conflitos individuais trabalhistas, para que seja evitada a nulidade da cláusula compromissória e, consequentemente, a anulação da sentença arbitral, deve-se observar a garantia da livre escolha e decisão por parte do trabalhador sem que haja a configuração de qualquer tipo de coação, conforme

30 29 estabelece o art. 32, da Lei 9.307/96 Lei de Arbitragem. 2.3 PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO Verificado então o entendimento sobre dissídio individual trabalhista e Contrato de trabalho, reforçando-se o corte da pesquisa ora proposta, cumpre-se verificar que quais são os princípios fundamentais do Direito do Trabalho e sua possibilidade de exercício através da arbitragem. Para Marcus Vinicius Corrêa Bittencourt, as normas jurídicas são preceitos que decidem situações e orientam condutas, permitindo o convívio social. (BITTENCOURT, 2007, p.32) Esse mesmo autor, ao conceituar princípios alega que, os princípios consubstanciam uma unidade de valores jurídicos fundamentais para um Estado, enquanto as regras delimitam com maior precisão como deve ser a conduta do indivíduo na sociedade. (BITTENCOUR, 2007, p. 32) Assim, os Princípios fundamentais do Direito do Trabalho são a base de todo ordenamento jurídico justrabalhista, dando a palavra princípio, na linguagem corrente, a ideia de começo, início, e trazendo consigo, também, a ideia que serve de base a alguma coisa. (HOUAISS, 2001, p. 2299) como: De uma forma geral, Mauricio Godinho Delgado traduz a palavra Princípio [...] a noção de proposições fundamentais que se formam na consciência das pessoas e grupos sociais, a partir de certa realidade, e que, após formadas, direcionam-se à compreensão, reprodução ou recriação dessa realidade. (DELGADO, 2006, p. 184).

31 30 De igual forma, Amauri Mascaro Nascimento conceitua princípios jurídicos como valores que o Direito reconhece como idéias fundantes do ordenamento jurídico, dos quais as regras jurídicas não devem afastar-se para que possam cumprir adequadamente os seus fins. (NASCIMENTO, 2011, p. 111) Os Princípios, segundo a lei trabalhista, têm uma função integrativa, e o artigo 8º da CLT dispõe o seguinte: As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e bons costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Nesse sentido, com a interpretação da norma legal, observa-se que os princípios serão utilizados quando não houver disposições legais ou contratuais. Diante deste desdobramento tem-se a união dos mais importantes princípios indicados pela doutrina acerca do Direito Individual Trabalhista, sendo denominados por Maurício Godinho Delgado como Núcleo Basilar de Princípios Especiais, donde se destacam para o tema ora abordado os princípios da Indisponibilidade (Irrenunciabilidade) dos Direitos Trabalhistas e da Proteção ao Trabalhador. Entretanto, mesmo sendo o principal princípio tratado neste trabalho Princípio da Irrenunciabilidade o mesmo não é, como a frente observaremos, de forma geral aceito pela doutrina moderna e atual jurisprudência. finalidade: O princípio da irrenunciabilidade, para Amauri Mascaro Nascimento, tem por

32 31 [...] fortalecer as conquistas conferidas pelo ordenamento jurídico adiante da fragilidade do trabalhador, que poderia abrir mão destas, realçando a indisponibilidade dos direitos trabalhistas, sem, contudo, recusar a possibilidade de transações. (NASCIMENTO, 2011, p. 127) Acerca do princípio da indisponibilidade dos direitos, Jorge Neto e Cavalcante fazem distinções para fins de aferição da disponibilidade ou não do Direito do Trabalho com os seguintes critérios: (a) quando à fonte do direito pronunciado: (1) se a origem for de disposição legal, o direito é irrenunciável, exceto por autorização expressa em lei; (2) no caso da norma oriunda de trato consensual, pode haver a transação, desde que não haja proibição legal para tal, vício de consentimento ou prejuízo para o empregado (art. 468, CLT); (b) o momento da realização da renúncia; (1) antes da formalização do acordo de trabalho não se admite a renúncia; (2) durante o seu transcurso, é admissível, como exceção para as regras contratuais e legais, quando expressamente autorizadas; (3) após a sua cessação, com bem menos restrições, a renúncia é permitida. (NETO E CAVALCANTE, 2011, p. 18) A proteção ao trabalhador se dá por meio da Justiça do Trabalho que ao buscar um reequilíbrio processual tem por fim minimizar a hipossuficiência inerente ao trabalhador em relação ao seu empregador, dentro da relação de trabalho, que segundo Helios Sarthou, na citação de Wagner Giglio, a desigualdade das partes é particularidade do conflito e não do processo. (apud. GIGLIO, 2007, p. 82) O caráter protecionista do Direito do Trabalho é como um princípio básico de amparo ao trabalhador, que, no entanto, como cita Coqueijo Costa na obra de Wagner Giglio, in verbis: O processo não é um fim em si mesmo, mas o instrumento de composição de lides, que garante a efetividade do direito material. E como este pode ser de natureza diversa, o direito processual, por seu caráter instrumental, deve saber adaptar-se a essa natureza diversa. (apud. GIGLIO, 2007, p. 84 Grifos não originais)

33 32 Nesse sentido, por que não seria possível a utilização da via arbitral, como muitos doutrinadores aceitam, como o instrumento de composição de lides trabalhistas que certamente dariam a mesma efetividade ao direito material na qual muitas vezes não é totalmente garantida pela Justiça do Trabalho? A autora Inês Pinheiro traz alguns fatos que tratam de viabilizar ainda mais a utilização do meio arbitral, indicando os benefícios de um julgamento feito por um árbitro com larga experiência e proximidade do ambiente em que se desenvolvem as relações de trabalho, os quais poderiam trazer uma vantagem qualitativa traduzida na prolação de decisões mais próximas da realidade, mais adaptadas ao caso concreto, atendendo às particularidades da empresa e à situação pessoal do trabalhador, gerando, por conseguinte, uma maior aceitação pelas partes envolvidas. (PINHEIRO, 2011, p. 84) Assim, nota-se pelas palavras dos doutrinadores, além da larga proteção dada ao trabalhador pela Consolidação das Leis do Trabalho, existem não só brechas que permitem a transação, conciliação, e por conseqüência a arbitragem, inclusive, no ramo do Direito Individual do trabalho, mas também expressivas vantagens na sua utilização. 3 ARBITRABILIDADE DOS DIREITOS TRABALHISTAS 3.1 CONSTITUCIONALIDADE DA LEI DE ARBITRAGEM Como mencionado anteriormente, em face do previsto no artigo 5º, XXXV da Constituição Federal, a constitucionalidade da Lei de arbitragem foi muito discutida,

34 33 em especial ao que concerne ao compromisso arbitral e a eventual controvérsia sobre sua aplicação. No entanto, com o julgamento da Sentença Estrangeira (Agravo Regimental em sentença estrangeira), pelo Ministro Relator Sepúlveda Pertence, em , por maioria de votos, o STF afirmou a compatibilidade da clausula compromissória com a Constituição, reconhecendo, então, a constitucionalidade da Lei de Arbitragem. Como bem defendeu a constitucionalidade dos dispositivos da Lei de Arbitragem no referido processo, o ex-procurador-geral da República, Dr. Geraldo Brindeiro, entende que o inciso XXXV do artigo 5º: Não determina que os interessados devam sempre levar ao Judiciário suas demandas. Se admite como lícita a transação relativamente a direitos substanciais objeto da lide, não se pode considerar violência à Constituição abdicar do direito instrumental de ação através da cláusula compromissória. E, em se tratando de direitos patrimoniais disponíveis, não somente é lícito e constitucional, mas é também recomendável aos interessados diante do acúmulo de processos e do formalismo excessivo que têm gerado a lentidão das demandas judiciais abdicarem do direito ou do poder de ação e buscarem a composição do conflito por meio de sentença arbitral cujos efeitos sejam idênticos àqueles das decisões prolatadas pelo Poder Judiciário. (SE-AgRg 5.206, Rel. Para o acórdão Sepúlveda Pertence, julgada em , DJ de ) O Min. Nelson Jobim, em discordância em relação ao voto do Relator, concluiu pela plena constitucionalidade dos artigos 6 e 7 da Lei, tendo em vista o inciso XXXV do artigo 5, nos seguintes termos: Ela não proíbe que as partes pactuem formas extrajudiciais de solução de seus conflitos, atuais ou futuros. Não há nenhuma vedação constitucional a que partes, maiores e capazes, ajustem a submissão de conflitos, que possam decorrer de relações jurídicas decorrentes de contrato específico, ao sistema de arbitragem. Não há renúncia abstrata à jurisdição. 5 SE-AgRg 5.206, Rel. Para o acórdão Sepúlveda Pertence, julgada em , DJ de , p. 29.

35 34 Há renúncia relativa à jurisdição. Não há que se ler na regra constitucional (art. 5º, XXXV), que tem como destinatário o legislador, a proibição das partes renunciarem à ação judicial quanto a litígios determináveis, decorrentes de contrato específico. [...] (SE-AgRg 5.206, Rel. Para o acórdão Sepúlveda Pertence, julgada em , DJ de Grifos não originais) Sendo assim, nas palavras de Marcio Yoshida, no livro Arbitragem Trabalhista, é inadequada a concepção de que o juiz natural não pode ser afastado pelo consenso das partes, pois não ocorre renuncia à ação judicial mas uma opção espontânea por uma via alternativa de resolução de conflito. (YOSHIDA, 2006, p. 110) Como previsto em seu artigo primeiro, a Lei de Arbitragem (Lei 9307/96) determina que: as pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. Nesse sentido, versa a principal controvérsia sobre a aplicabilidade da Lei de Arbitragem no âmbito do direito do Trabalho, onde há uma relação de hipossuficiência e os direitos dos trabalhadores são muitas vezes tratados como direito patrimoniais indisponíveis, o que geraria, em princípio, a impossibilidade de utilização da via arbitral. Com a Emenda Constitucional 45 de 2004, a Constituição Federal passou a estabelecer em seu artigo 114 6, a competência para processar e julgar ações oriundas da relação de trabalho, prevendo também, a possibilidade de eleição de árbitros caso frustrada a negociação coletiva. Nesses casos de dissídios coletivos, 6 Art Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

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