DIANTE DO IMPOSSÍVEL Cristina Drummond

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1 DIANTE DO IMPOSSÍVEL Cristina Drummond O caso apresentado nos permite avançar nas questões levantadas nos seminários preparatórios para nossas jornadas em dois sentidos. Primeiramente, ele nos possibilita localizar a questão que a nossa contemporaneidade coloca ao sujeito suposto saber e dos limites do tratamento psicanalítico. Em segundo lugar, ele nos indica como a clínica do adolescente contemporâneo vai se constituir como um desafio para o trabalho com o saber. Esse momento da vida, tal como Maria Wilma colocou, é o de confronto com o real do sexual, da falta de relação sexual. O aforismo de Lacan de que não há relação sexual é conhecido de todos nós. É a esta falha no saber que o sujeito adolescente é convocado a encontrar uma nova resposta. O Sujeito suposto saber Gostaria primeiramente de retomar a discussão iniciada nos seminários anteriores a respeito do conceito de sujeito suposto saber, que é um dos nomes que Lacan deu à transferência em psicanálise. O conceito de transferência não permanece o mesmo durante todo o ensino de Lacan. Para pensar nesse trajeto, nos orientamos pelo seminário de Miller, que nos faz pensar no movimento do ensino de Lacan partindo da consistência do Outro simbólico ao Outro que não existe. A Outro completo cujo correlato é a identificação e o amor. É o tempo da aposta no simbólico e na decifração do inconsciente, que deriva da maneira pela qual Lacan leu a transferência em Freud. A idéia de que o amor ao saber está no cerne da transferência está colocada no Seminário 8. Ela é a demanda de significação ou, como Lacan diz nesse Seminário, a transferência é um amor que se dirige ao saber. Quando alguém se endereça a um analista, já interpretou que aquilo de que se queixa tem uma significação que ele desconhece. É essa demanda de significação do que lhe é enigmático, que ele não sabe como decifrar e cuja verdade ele desconhece, que o sujeito dirige ao analista.

2 O édipo e o Nome-do-Pai, articulados pela metáfora paterna são os matemas que nos permitem ler o sintoma, todo inscrito no simbólico. Este é definido como significante metafórico, hieróglifo, brasão, labirinto, hermetismo, que requer a liberação do sentido aprisionado para fazer emergir a verdade. A barrado Outro inconsistente, do SSS ao objeto a cujo correlato é a pulsão O conceito de sujeito suposto saber aparece no seminário 11 e seu matema aparece na Proposição de 67 sobre o psicanalista da Escola. Temos um Lacan que deixa de lado o mito para privilegiar a estrutura. Desde que o sujeito fala, sua palavra é susceptível de provocar um enigma que faça apelo ao sentido. O que Lacan coloca é que na experiência analítica essa suposição está ligada ao analista. S s(s1,s2,...sn) Sq A posição de destinatário do analista divide o sujeito e permite que ele faça um endereçamento de sua demanda de saber sobre o que o divide. E é a partir desse endereçamento que se abre a possibilidade de tratar essa divisão, isto é, que se abre a possibilidade de uma análise. A entrada em análise acontece quando o analista, ao se oferecer como destinatário da fala do sujeito, põe em funcionamento o discurso do inconsciente. Ao analista no lugar de um significante qualquer o sujeito pode dirigir uma fala desordenada sobre o sintoma que lhe é enigmático. É esse endereçamento que permite que surja o significante da transferência ( S = St). Esse significante surge com a fala do sujeito que é por ele representado (s sob a barra). Assim, um sujeito é suposto ao saber inconsciente, sujeito suposto não apenas como falta a ser, mas também como ser de gozo. No Seminário XI, ele formula a transferência como fechamento do inconsciente, nos apontando que na análise a demanda de amor muitas vezes se torna mais importante do que o desejo de saber. O que ocorre é que a vertente de resistência da transferência, sob a forma de demanda de amor, ocupa a cena e provoca um obstáculo à experiência do saber inconsciente. Ao mesmo tempo, é exatamente nessa experiência de amor que o sujeito pode vir a saber algo de sua relação com o desejo e com o gozo. O que passa a ser

3 a questão fundamental é como sustentar a transferência que é o móvel da análise indo ao mesmo tempo contra ela enquanto repetição e gozo. O analista deve cuidar para não converter-se num obstáculo para a estrutura interpretativa da transferência. A posição do analista como morto, como Outro do sentido, cede lugar ao analista na posição de objeto, presentificando o gozo do sujeito. O que se destaca é que o laço analítico está fundado numa satisfação. Marie-Hélène Brousse ( p. 14) precisa que no começo de cada análise temos, junto com o desejo de saber, um amor à verdade. A verdade seria a face pulsional do saber e, ao mesmo tempo, o modo de acesso ao saber. S( A barrado) vazio A impossibilidade de tratar o enigma pelo sentido, o sintoma pelo saber, vai trazendo cada vez mais para o cerne da experiência de transferência o lugar do vazio do simbólico. O buraco no saber é o ponto de real que a análise busca tratar. Junto com isso temos uma desvalorização da verdade que Lacan demonstra ter uma estrutura de ficção. Se o sentido foge, o que pode decidir sobre a significação não é um significante do Outro simbólico que poderia resolver o sentido, mas o gozo. O Outro inconsistente coloca, portanto, em questão o sujeito suposto saber que se situa exatamente no ponto de falta e esse é o lugar do objeto mais de gozar. SSS/a Em O engano do Sujeito suposto saber, Lacan diz que se empenha numa teoria que inclua a falta a ser encontrada em todos os níveis, inscrevendo-se aqui como indeterminação, ali como certeza, e a formar o nó do ininterpretável. (p. 338) Mas, diz ainda ele, é na prática que o psicanalista tem que se igualar à estrutura que o determina. E qual seria essa estrutura que determina o psicanalista? Ele esclarece a seguir que se trata da estrutura do engano do sujeito suposto saber, que é onde o psicanalista (...) tem que encontrar a certeza de seu ato e a hiância que constitui sua lei.(p. 339) O saber só se revela no engano do sujeito (p. 337) Estamos lidando com um inconsciente que não é mais o freudiano, aquele que é passível de decifração. O sujeito com a impossibilidade de se fazer representar, e enquanto resposta do real é um vazio simbólico.

4 Como é que o sujeito que não é mais do que uma suposição no início de uma análise poderá se realizar? Que pedaços de saber poderão ser arrancados dessa suposição, desse não realizado? Para lidar com o inconsciente, as intervenções do analista vão ter que se adequar a cada sujeito, seja através da interpretação pelo equívoco, seja através do corte, que são as maneiras que Lacan nos ensina a tocar no fora do sentido. A questão da análise passa a ser como tocar no que não responde ao significante. Devemos lembrar que o inconsciente lacaniano é relativo ao desejo do analista que sustenta a sua realização e é por isso que transferência e interpretação estão intimamente ligadas. Trata-se de pensar em como tocar o real. E é justamente nesse sentido que a transferência é fundamental a toda experiência de análise. Trata-se de tomála não mais apenas como um amor ao saber, mas como um outro amor que visa tratar o gozo. SSS e sintoma Porque colocamos a noção de transferência em questão em nossa prática atual da psicanálise? Exatamente pela dificuldade de responder aos efeitos da falha no saber com o saber. A psicanálise torna evidente em sua prática que é o sentido mesmo que escapa para o sujeito contemporâneo e é, com esse buraco de sentido que o habita, que ele tem que saber fazer. Ora, nosso mundo não facilita as coisas para os sujeitos, já que as respostas identificatórias não parecem mais servir para orientá-los para algum ideal. A crise atual de nossa civilização não é mais uma crise do saber, própria da época da mutação científica, mas uma crise do real. O sujeito contemporâneo, imerso num mundo de semblantes, se pergunta, angustiado, o que é o real. É em meio a essas mudanças que a psicanálise propõe uma clínica sob transferência diante das terapêuticas atuais de retorno ao cognitivismo que desconsidera o sujeito. Com o desfalecimento do pai temos o fortalecimento dos imperativos superegóicos e um desfalecimento da responsabilidade do sujeito pelo que lhe ocorre e por seu gozo. Há um aumento da angústia e a solução encontrada é um empuxo à mania como estilo de vida do sujeito na modernidade. Há três respostas à angustia contemporânea, nos diz Tarrab (p. 65). Em primeiro lugar uma urgência do não pensar,

5 do passar ao ato no lugar do dizer. Há uma descrença no sintoma, de que ele queira dizer algo e em terceiro lugar temos a inércia da depressão como paradigma de uma greve com respeito ao saber, do desejo e da vida. São formas clínicas nas quais o sujeito rechaça saber o que o move na vida, atrás de que vai e o que o move. O sintoma se apresenta de uma maneira diferente daquela abordada por Freud, tanto em sua manifestação como em sua conceituação. Os novos sintomas são paradigmáticos de uma época que rechaça o saber, uma época de decadência dos laços com o ideal e de vacilação dos semblantes na cultura. Eles estão próximos do que Lacan chamava de operação selvagem do sintoma e estão na contramão da vertente simbólica do sintoma tal como era tomado por Freud, como mensagem a ser decifrada e que, por isso tinha a dimensão de demanda e de laço com o Outro. Esses sintomas não pedem para ser decifrados, eles são apenas fixação de gozo. Sua opacidade recusa o pai e desliza como a libido fora dos tonéis. O sintoma-significante tinha como correlato a castração, mas o sintoma gozo está de certo modo desligado do Outro, ainda que não do inconsciente. Lacan diz que ele é uma maneira de gozar do inconsciente. Além disso, Lacan faz do sintoma um dos quatro elementos homogêneos do nó sendo, portanto, constituinte da estrutura. O que está em questão no sinthoma é seu uso. Ele é um utensílio necessário para que se sustente um nó de gozo e sentido que suporte para o sujeito o seu mundo. Como operar com um real fora do sentido? Os psicanalistas têm que se haver com esses novos distúrbios que fazem sintoma no social e sintoma do social. O ensino de Lacan, lido por Miller, nos ensina que : -não há lugar no Outro que diga ao sujeito quem ele e trata-se de acolher as diferentes nomeações que o sujeito encontra na língua, por mais bizarras que sejam. -não há no Outro regime que prescreva a boa conduta, por isso trata-se de examinar a moral privada e particular do sujeito. -não há no Outro a medida que estabeleça o valor do sujeito, trata-se de que ele saiba um pouco do que vale para ele ainda que esses valores sejam pouco brilhantes. -o Outro é um sujeito, pois ele fala, e não o lugar do gozo. Não há lugar para o gozo e trata-se de sustentar as ligações particulares que o sujeito possa fazer com o Outro e seu desejo. ( cf. D. Roy, Le lien social: nouvelles règles, nouveaux troubles, Quarto 92, p.46)

6 Podemos ter numa análise um ganho do saber fazer sem que no entanto isso seja o saber como fazer com o sintoma que é o que caracteriza o final da análise. Entretanto, não podemos dispensar o SSS que é a estrutura de nossa prática. Em seu pronunciamento no reunião dos conselhos no Congresso de Buenos Aires (Lettre Mensuelle 269), Hugo Freda nos diz que o psicanalista de nossa época não é o mesmo da época de Freud. Nós temos do dever ético de interpretar a subjetividade contemporânea e é a partir dela que definimos nossa ação. Essa interpretação, como mostrou Miller, necessita redefinir o sujeito suposto saber. Em Lacan temos um deslocamento do sujeito suposto saber ao saber como fazer. O savoir-y-faire também diz respeito ao analista da Escola que deve saber como fazer com o mais de gozar que, saturado pelo consumo, reduz o sujeito a um número da avaliação. Se nosso mundo também é marcado pelo desaparecimento do limite entre o público e o privado, devemos afirmar a psicanálise como o último lugar onde o real do privado pode tomar a forma de um saber novo. (p. 2) Podemos afirmar que o analista é o produto da definição que damos do sintoma e devemos ser analistas à altura de tratar os sintomas que nosso mundo produz. O caso R Voltemos agora ao caso R. que me parece propício para colocar todas essas interrogações a respeito da possibilidade de um trabalho analítico com adolescentes. Os sujeitos adolescentes lidam com a dificuldade estrutural da falta de relação sexual cada vez mais atuando, colocando o real do corpo em cena, apresentado distúrbios alimentares, apresentando desinteresse pela escola e tendo na violência uma resposta ao insuportável da relação com a autoridade e com a diferença. Penso em casos de minha clínica, por exemplo, como o de Marta, 11 anos, que vive uma situação sexual diante dos colegas da escola. A dificuldade em lidar com o sexual e a resposta que ela encontra na atuação pode retornar-lhe na análise. Ela pode construir o fora da lei que permeia sua história familiar, o traço do desafio como o que caracteriza para ela como o ser interessante, o fazer uma fama entre os outros adolescentes e o se fazer mulher.

7 Joana, 14, tem os braços todos marcados por escarificaçõe causadas por ela mesma. Filha de pais que nunca se casaram, repete na relação com o namorado os ciúmes e a vigilância do pai, assim como a submissão da mãe que não consegue se separar afetivamente desse homem. Minha mãe tira casquinha de mim, é como ela pode de alguma maneira inscrever esse sintoma no simbólico. Não suporto que os outros me desrespeitem e abusem de mim, mas consegue se dar conta de que, ao recusar a palavra e atuar, ela é sempre prejudicada na escola. No trabalho para o qual pesquisou, fez um clipe, se interessou, vai tirar uma nota ruim porque brigou com a professora. O tema era: a inserção das mulheres no mercado de trabalho. Marcos, 13 anos, quer saber a causa de seu tédio que o deixa desinteressado da escola e solitário, apesar de ter muitos amigos. Aos poucos, as mortes que marcam a vida de sua mãe, o medo de que seu pai que é mais velho venha também a morrer, abrem para ele todo um universo que lhe permite interrogar e construir um saber sobre seu sintoma. José, 17 anos, não pára de ter pensamentos muito negativos sobre si mesmo. Isso o impede de estudar e de não ser sempre um fracassado. Sonha que tem os pés dentro de uma cova e é interpretando que se sente como um morto que ele se põe a trabalho na análise. Esses sujeitos adolescentes nos trazem toda a sua dificuldade para lidar com esse momento da vida, mas podemos ver como, para cada um deles, o sujeito suposto saber permite a apresentação de um fazer com o inconsciente que os leva a encontrar maneiras de saber fazer com seus impasses. Há na análise desses sujeitos a colocação em ato da realidade sexual do inconsciente e uma possibilidade de construção de algum saber que oriente um tratamento do real. E como é para R, o sujeito do qual Maria Wilma nos fala? Temos um sujeito que se sentia sozinho e largado, efetivamente abandonado pelo Outro. Há poucos elementos de sua constelação familiar. Tem três irmãos apenas por parte de mãe, filhos cada um de um pai diferente. De seu pai ele sabe apenas o primeiro nome, que era de uma família rica, que tinha o cabelo espetado como o seu. Dele também não tem o sobrenome. Da mãe, também não há história. Ela é maltratada pelos homens, largada, assim como larga seu filho. Não há nenhuma palavra que interdite nada ou que oriente o sujeito. Ele

8 diz que ela é um super homem e que o coloca em sua cama. Nada dos lugares simbólicos se encontram delimitados, nem pela palavra, nem pelo velamento do obsceno. Penso que não poderíamos aqui falar de romance familiar, já que mesmo que nossa contemporaneidade seja marcada por famílias reconstituídas, não podemos escutar no discurso desse sujeito qualquer construção mítica ou fantasiosa que diga respeito à sua origem como fruto de um casal. Nada de édipo, nada de significante do Nome-do-Pai. Quanto à sua sexualidade, ela parece conturbada. Há uma compulsão à masturbação e a um oferecimento para ter relacionamentos sexuais com parceiros escolhidos na internet para serem em seguida descartados, quanto mais homens me desejando melhor, eu seleciono, encontro uma vez, não quero mais. Não há, do lado do sujeito, nenhuma angústia decorrente dessa prática, apenas um nojo que me parece muito mais signo do desprezo dele por esse outro sempre descartável. Há uma exacerbação do imaginário, num constante buscar ver e ser visto, aparecer. Quero ser o centro das atenções, preciso que me elogiem. A prática homossexual não parece situá-lo numa partilha dos sexos. O que ele relata são nomeações: bicha, viado, chicletes, que não orientam sua sexualidade de maneira simbólica. Se as mulheres são perigosas, mulher, se você gosta, te faz sofrer, a sua mãe ele quer salvar dos homens. Vou sustentar minha mãe, nunca vou abandoná-la, eu sempre vou ficar com ela, prometi a mim que ela não vai mais depender de homem algum, ela só arrumou homem que não presta em sua vida. A solução que ele encontra, paralelamente à internet, é uma reconstituição um tanto delirante da família, a partir de uma família adotiva, se oferecendo como parceiro sexual dos irmãos e do pai. Quanto à mãe, apesar de reconhecer que é uma mãe que ele gostaria de ter, ele a odeia. Por isso se vinga. Podemos dizer delirante porque essa família não se encontra estruturada como tal, índice disso é que o incesto a constitui. Quando falamos da importância da família em psicanálise, estamos falando de lugares simbólicos e da transmissão de um desejo. Tudo isso depende da inscrição na lei simbólica que estrutura as relações de parentesco. O ódio parece ser o afeto presente na vida de R. Na relação com os colegas, com os homens da mãe, com o pai, com a mãe adotiva. Ao mesmo tempo se faz a imagem do pai

9 salvador, aquele que trabalha, estuda, se empenha, se veste como tal. Isso não faz qualquer limite à sua prática perversa e compulsiva, sem qualquer ancoragem que não seja sua imagem. Um pobre coitado que está dando certo, se fazendo de vítima para contar com algo que venha do outro. O relato do caso nos permite ver efeitos do encontro com a analista, há para R. um certo relaxamento da amarração do imaginário e do real. No entanto, não podemos dizer que o SSS se encontra aqui colocado na transferência. Não há qualquer enigma para esse sujeito, nem angústia que o leve a se interrogar sobre aquilo que o desorganiza. O que temos são atuações. de alguma forma Ele não faz dos significantes que o nomeiam um índice do sujeito. Se ele tem muitas ambições e projetos, por outro lado ele não quer saber nada de sua posição subjetiva. Seria esse um caso analisável? Seria R um adolescente tardio e poderíamos apostar em sua sensibilidade à palavra como uma chance de amarração simbólica? Parece-me que esse sujeito encontrou uma solução para sua vida e não a coloca em questão. Referências bibliográficas Brousse, Marie-Hélène, «Moments d une histoire d amour» in : Nouvelle Revue de Psychanalyse n. 68, Paris, Navarin Ed., 2008 Freda, Hugo, Action lacanienne I e II in: Lettre Mensuelle n. 269, junho 2008 Lacan, Jacques, O engano do Sujeito suposto saber, in: Outros Escritos, RJ, JZE, 2003 Roy, Daniel, Le lien social: nouvelles règles, nouveaux troubles, in : Quarto 92, Letterlitter-littoral, 2008 Tarrab, Mauricio, La fuga del sentido y la práctica analítica, Ed. Grama, Bs.As., 2008

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