Como fazer com a transferência?

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1 1 Como fazer com a transferência? Cristina Drummond Palavras-chave: transferência, criança, entrada em análise. Vamos investigar esse ano o tema da transferência na clínica com crianças. Nossa intenção é a de percorrer algumas das definições que Freud e Lacan nos dão desse conceito para, em seguida, buscar pensar se haveria alguma especificidade em seu manejo na clínica com crianças. Mesmo estando convencidos de que a psicanálise é uma só, de que não há especialistas em crianças, teria a transferência aspectos particulares no tratamento das crianças? O que nos faz aceitar ou recusar uma criança em análise? Qual deve ser o manejo da transferência com os pais? O que leva as crianças ao analista nos dias de hoje? Será que a clínica com crianças na contemporaneidade nos traz novas questões a respeito da transferência? Podemos nos perguntar com J-P. Mattei (Lettre mensuelle 223) quais seriam as condições da transferência em nossa época, quando as demandas nos confrontam com sintomas sem suposição de saber ou ainda sem transferência prévia à psicanálise. Sintomas muitas vezes silenciosos, em relação aos quais o sujeito não pensa em se responsabilizar. As crianças inseridas no mercado como consumidores nos mostram de forma evidente, com a ajuda dos objetos que a tecnologia colocou à sua disposição, a impotência do Outro. Quantas crianças temos recebido com dificuldades de se enturmar, passando as noites no computador, nas lan-houses, devotadas a uma versão atualizada do gozo autista? Quantas crianças desinteressadas pelo que se passa na escola e com a atenção inteiramente tomada pelo mundo virtual? O que a investigação sobre a transferência vai nos trazer com toda a força é o desejo do analista como aquele que vai contra a criança generalizada, vai contra tomar o ser falante como objeto e deixá-lo sem palavra e sem responsabilidade. Ocupando um lugar no discurso analítico, nos tornamos destinatários do sofrimento da criança, nos oferecendo como seu complemento a partir do manejo de nosso ato e interpretação. O que Lacan nos ensinou, e que determina nossa orientação, é que o psicanalista deve responder ao mal estar na cultura de sua época, ao avanço da ideologia científica e da tecnologia que gera um mercado globalizado cujo ideal de universalidade não dá lugar à

2 2 particularidade de cada sujeito. Se a psicanálise é uma só, temos, no entanto, tratamentos psicanalíticos de crianças tomadas uma a uma. Assim, nossa investigação nos fará pensar nas queixas que nos são endereçadas na atualidade e na política da presença e função do analista em nosso mundo contemporâneo. Ao oferecer o lugar da palavra à criança, o analista se coloca na posição de destinatário dessa palavra e oferece-lhe um significante qualquer. Esse lugar da palavra é que vai dar à criança a chance de sair da posição de objeto falado pelo Outro ou ainda a chance de opor-se à alimentação de um gozo que a faz abrir mão de sua singularidade. Podemos acompanhar essa formulação no matema da transferência que Lacan escreveu em sua Proposição de 67: S Sq s(s1,s2,...sn) A posição de destinatário do analista divide o sujeito e permite que ele faça um endereçamento de sua demanda de saber sobre o que o divide. O que divide o sujeito, Lacan nos ensinou, é seu gozo. E é a partir desse endereçamento que se abre a possibilidade de tratar essa divisão, isto é, que se abre a possibilidade de uma análise. A entrada em análise acontece quando o analista, ao se oferecer como destinatário da fala do sujeito, põe em funcionamento o discurso do inconsciente. Ao analista no lugar de um significante qualquer o sujeito pode dirigir uma fala desordenada sobre o sintoma que lhe é enigmático. É esse endereçamento que permite que surja o significante da transferência (S = St). Esse significante surge com a fala do sujeito que é por ele representado (s sob a barra). Assim, um sujeito é suposto ao saber inconsciente, sujeito suposto não apenas como falta a ser, mas também como ser de gozo. O único objeto que o analista tem para oferecer e instalar a transferência é sua presença, encarnando o lugar do gozo mudo, silencioso, sempre no mesmo lugar. Assim, já podemos pensar que a transferência na psicanálise é uma experiência de saber e diz respeito à singularidade do sujeito analisando, o que faz dela um tratamento

3 3 inteiramente diferente das psicoterapias, nas quais o que se visa não diz respeito à realidade sexual do inconsciente. Da transferência depende a intervenção possível do analista. Algumas formulações do conceito de transferência A questão da transferência surgiu nos Estudos sobre a histeria onde Freud a evoca como um falso laço, uma associação falsa. Ele o fez a partir do caso de uma paciente que havia desejado ser abraçada e beijada por um homem proibido. Numa sessão de sua análise surge um desejo semelhante em relação a Freud e foi nessa falsa relação que ele situou a transferência. Assim, o que Freud inicialmente postula como fundamento da transferência não é o amor, mas a cadeia associativa, na qual uma cena remete a outra anterior. No caso Dora, Freud se dá conta de que a transferência pode se tornar o maior obstáculo para a análise ou seu mais poderoso auxiliar. Foi então que ele se deu conta de que havia algo na transferência para além da associação significante. Havia um resto que se inscreve na cadeia associativa e a transferência não pode ser inteiramente reduzida a ela. Ele diz na conferência XXVII que algo parece infiltrar-se furtivamente, algo que não foi levado em conta em nossa soma (p. 512). Freud se deu conta de que a transferência tem uma face de resistência que é cúmplice do que não se pode dizer, presentificando o silêncio da pulsão e de que esta face foi o que fez Dora interromper sua análise. Lacan retoma Freud e dá à transferência o estatuto de conceito fundamental da psicanálise. Ele evidencia que há dois eixos na transferência: um eixo significante e outro que está do lado do objeto pulsional. Na análise, à medida em que o analisando fala, há uma depuração da articulação significante que conta para o sujeito e, desta maneira, algo do desejo é mobilizado no atual, no presente. Freud elaborou a questão da transferência pelo enfoque libidinal. (Conf. XXVII). Para ele, o analista é um novo objeto investido libidinalmente e isto provoca um sentido novo. Todos os sintomas do paciente abandonam seu significado original e assumem um novo sentido na transferência (p.518), sintomas que são satisfação da libido. Esse investimento da transferência é o que leva o paciente a crer na interpretação do analista. Se Freud dizia que a transferência condiciona a interpretação, Lacan, em A Direção da Cura, diz que é a interpretação que provoca a transferência e, mais adiante, formula que a transferência é a interpretação. Assim, desde o primeiro encontro, cabe ao analista introduzir o sujeito na dimensão da experiência analítica.

4 4 A transferência é a demanda de significação ou, como Lacan diz em seu Seminário VII, é um amor que se dirige ao saber. Quando alguém se endereça a um analista, ele já interpretou que aquilo de que se queixa tem uma significação que ele desconhece. É essa demanda de significação do que lhe é enigmático e que ele não sabe como decifrar que ele dirige ao analista. Se para Freud a transferência é a via para se atingir o inconsciente, para Lacan o inconsciente é definido a partir da transferência. Em seu Seminário XI, Lacan formula a transferência como fechamento do inconsciente, nos apontando que na análise a demanda de amor muitas vezes se torna mais importante do que o desejo de saber. O que ocorre é que a vertente de resistência da transferência, sob a forma de demanda de amor, ocupa a cena e provoca um obstáculo à experiência do saber inconsciente. Ao mesmo tempo, é exatamente nessa experiência de amor que o sujeito pode vir a saber algo de sua relação com o desejo e o gozo. Está aí nossa questão fundamental, ou seja, como sustentar a transferência que é o móvel da análise ao mesmo tempo indo contra ela? A partir do modo de dizer, de ler ou de interpretar, há um modo de gozar. E é por isso que há algo do sexual em ato na transferência analítica. Lacan formula isso em seu Seminário XI dizendo que a transferência é a colocação em ato da realidade sexual do inconsciente, o que implica em dizer que a não relação entre os sexos produz um gozo. É a vertente libidinal do analista em oposição à vertente semântica e que presentifica o inconsciente como gozo que passa a ser enfatizada. É preciso localizar os significantes que organizaram a vida do sujeito, mas isso não basta. Muitas vezes o sujeito se prende nesse trabalho significante de modo alienado, alienado no gozo da palavra. Em seu seminário de Orientação Lacaniana Les us du laps ( ), Miller retoma a afirmação de Lacan no Seminário XI sobre a transferência como fechamento do inconsciente e a reformula com a divisão inconsciente saber e inconsciente sujeito. Essa divisão, me parece, esclarece bastante a questão. O inconsciente saber é uma cadeia de significantes articulados no Outro. Essa cadeia se desenrola como uma memória e que se repete. Essa repetição visa um núcleo de real cuja modalidade é o traumatismo, mas ela o visa evitando-o sempre do mesmo jeito. O inconsciente sujeito aparece e desaparece. Tal como o relâmpago, ele surge como descontinuidade e corte sobre o fundo da falta. É o inconsciente virtual e não realizado que demanda se realizar, que quer ser algo. Se para Freud o inconsciente já estava lá, no passado,

5 5 para Lacan ele está no futuro. É a partir desse sujeito suposto ao saber inconsciente que Lacan pode situar a transferência e a introduziu na própria definição de inconsciente. Assim, Miller propõe que o tratamento é a realização do inconsciente, uma passagem do inconsciente sujeito ao inconsciente saber. Como é que o sujeito que não é mais do que uma suposição no início de uma análise poderá se realizar? Que pedaços de saber poderão ser arrancados dessa suposição, desse não realizado? Para lidar com essas duas vertentes do inconsciente, as intervenções do analista vão ter que se adequar ao momento do trabalho, seja através da interpretação pelo equívoco, seja através do corte, que interrompe o gozo da palavra. Em Radiofonia Lacan afirma que a transferência é sempre transferência de gozo. Não se transferem apenas figurações imaginárias, nem apenas os significantes mestres, mas, além disso, se transfere gozo. Essa idéia de Lacan retoma, de algum modo, a primeira formulação freudiana sobre a transferência, quando ele a tomava como deslocamento ou falsa conexão. Essas diferentes maneiras de abordar a transferência enfatizam, a cada momento do ensino de Lacan, um aspecto de nosso trabalho no enfrentamento do real da clínica. Devemos lembrar que o inconsciente lacaniano é relativo ao desejo do analista que sustenta a sua realização e é por isso que transferência e interpretação estão intimamente ligados. Se lidamos na análise não apenas com o simbólico, precisamos pensar sobre a interpretação que poderia tocar o real. E é justamente nesse sentido que a transferência é fundamental porque é ela que nos permite, pela interpretação, tocar o gozo. Certamente voltaremos diferentes vezes nessas e em outras definições da transferência durante nosso seminário de investigação com a intenção, a cada vez, de avaliar suas implicações. Para nós, o essencial é que da transferência depende nossa condução do tratamento e é a partir dela que podemos intervir numa análise. Para nós que trabalhamos com crianças, as intervenções de Freud no caso do pequeno Hans nos ajudam a introduzir a questão da transferência nessa clínica. A famosa interpretação de Freud quando ele diz a Hans que bem antes de ele nascer ele sabia que haveria um menino que gostaria tanto da mãe que não deixaria de sentir medo do pai, é uma intervenção que provoca a instauração do sujeito suposto saber. A partir dessa intervenção, Freud pode se situar numa posição diferente do pai de Hans, garantindo dessa forma o seu tratamento. Freud já nos ensinou nessa ocasião que o analista tem um lugar a ocupar no discurso e que é a partir da presença do analista e do manejo da transferência que o trabalho da análise pode acontecer.

6 6 Uma entrada em análise Gostaria de discutir um pouco essas formulações a partir do início da análise de Adriana, uma menina de cinco anos. Seus pais se queixam de uma filha que os agride, cospe neles, briga com os colegas e não obedece. Qualquer castigo que os pais decidem lhe dar se mostra ineficaz, sem sentido e sem efeito, e a menina se mostra constantemente insatisfeita. Parece, a princípio que são os pais que sofrem das agressões da filha porque esta, na posição de objeto, os divide. A mãe se vê muito angustiada sem poder ajudar a filha e o pai inteiramente impotente, já que sua palavra não tem qualquer valor. Em nosso primeiro encontro, Adriana só aceita entrar com a mãe. Não me oponho, já que, separar-se do lugar de objeto que ela ocupa para sua mãe, me parece ser uma das questões que ela traz para a análise. Ao receber Adriana, convido-a a me dizer o que está acontecendo com ela. Me coloco, portanto, na posição de oferecer-lhe o lugar da palavra. Ela logo me conta que tem uma irmã mais nova, a qual ela odeia, e que sua mãe não poderia ter tomado a decisão de ter mais um filho sem consultá-la. Essa indignação com a mãe, como veremos, esconde outra mais. Essa irmã, essa intrusa em sua relação com a mãe, coloca em questão sua posição de objeto. É assim que Adriana logo se dirige a mim como a um Outro a quem ela endereça a questão de seu ser de objeto, de seu ser de gozo. A partir do nascimento da irmã, ela tem de se interrogar sobre seu novo lugar no desejo do Outro, lugar que para ela é enigmático e que ela ainda não sabe nomear. Adriana vem sempre com uma bolsa cheia de objetos que ela quer me mostrar. E é dessa forma que ela vai fazendo uma série de objetos que ela tem, nomeando-os, para poder depois introduzir o que não é da ordem do ter. Tira de sua bolsa uma caderneta onde desenha cocos, faz barulhos de pum e fala como um bebê. Assim, na série de objetos que ela me apresenta, se insere ela própria como um bebê. Numa próxima sessão, ela abre sua malinha e num gesto de que tira alguma coisa lá de dentro, tira a mão vazia. Digo: um nada. Ela ri e repete o gesto se divertindo. Tira lá de dentro uma blusa, um cartão de vacinas e me mostra. Ela vai tomar vacina mais tarde e depois encontrar com uma amiga.

7 7 Conta que naquela semana a mãe não quis levá-la ao Shopping e ela disse que iria pular pela janela. É desta maneira que Adriana busca recuperar o que ela foi como objeto para seu Outro. Aqui, ela mostra estar disposta a colocar em jogo seu próprio desaparecimento ameaçando pular pela janela e se recusando a satisfazer a exigência de seu Outro. É o desejo dele que ela quer interrogar. O que vemos em jogo nesse início de tratamento é a criança e sua posição de objeto. É na série de objetos que ela traz para a análise que ela quer se inserir. Objetos de desejo, vale dizer, que ela supõe terem valor para o Outro. A oferta da palavra é que vai possibilitar que Adriana possa vir a se fazer representar enquanto sujeito por seus significantes, e se distanciar da posição de objeto que cai da cadeia significante do Outro. Adriana me pede para fechar os olhos e, na ausência do olhar ela troca de roupa. Depois me diz que se ela pulasse da janela não aconteceria nada porque ela tinha um páraquedas. Então me pede para perguntar à sua mãe se não era verdade que ela tinha um páraquedas. Digo que acredito em sua palavra, já que na análise não se trata de verdade, mas de saber. Ela insiste em que eu pergunte à mãe. Eu pergunto e a mãe, sem saber muito bem que papel ocupar naquele jogo, diz que se era para falar a verdade, Adriana não tinha pára-quedas. Ela fica enfurecida. Sua mãe contorna a situação perguntando se era para falar o que ela lhe havia pedido ao ouvido e diz que Adriana tinha um pára-quedas. Tem início aqui um jogo que Adriana repetirá em diferentes situações e que ela faz questão de corrigir a mãe dizendo que não está mentindo e sim enganando o outro. Em seguida, ela continua a me colocar à prova. Ela me pergunta se eu sabia o que havia dentro de sua calça. Uma calcinha?, pergunto. Ela me pede novamente para fechar os olhos, tira a calça, a calcinha, veste novamente a calça e pede para abrir os olhos. Então tira a calça e eu lhe digo um nada?. Ela me olha com ódio e me diz que ali tem uma perereca e que ela nunca tivera um pinto, nunca. Interrompo a sessão dizendo que ela agora poderá entrar sozinha em meu consultório e ela vai vestindo sua roupa de modo atrapalhado, a blusa nas pernas, a calça na cabeça, como a me desafiar, até que finalmente se veste adequadamente e consegue sair. Viaja por uns dias e ao voltar, vem pela primeira vez sem sua bolsa e me conta que perdera o bico, o que causou um certo transtorno na família já que seus pais logo se empenharam em repor o que já havia caído. Na praia havia pegado jacarezinho sozinha e

8 8 junto com uma amiga havia feito um buraco na areia. A porta da sala fica aberta, sua mãe sai, mas ela sempre arruma um jeito de a trazer de volta. Algo da ordem da separação parece começar a operar e Adriana pode me relatar que está interessada em coisas que não são de bebê. Volta com sua bolsinha e uma mecha de cabelo colorido preso na cabeça. Ao recebê-la nomeio esse objeto novo: uma mecha!. Ela entra e pode deixar a mãe do lado de fora. Fala que está procurando um bico para ficar no lugar do que ela tinha perdido e que estava difícil encontrar um do número daquele. Ela brinca de cortar e recolocar essa mecha, esse objeto que agora está localizado no corpo e que pode ser destacado dele, para em seguida ser recosturado. Depois me diz que era uma pintora e que iria pintar um boneco da irmã que ela trouxera escondido em sua bolsa. A pintura é imaginária, e qualquer objeto serve-lhe de pincel. Eu sou sua ajudante e depois me diz: eu pinto e depois você vai segurar o boneco para ver se a tinta sai na sua mão. Eu falo que ela me havia dito que ela não tinha pinto. Ela me olha espantada e me pergunta: O que foi que você disse?. Digo que ela tinha escutado. Ela me diz que aquilo era um pinto de fazer xixi e que agora era um pinto de pintar. Ela finge que pinta uma blusa para a amiga. Ela só usa roupas de 6 anos, mas na blusa está escrito o número 2. Digo que o bico também é uma coisa de menos de 6. Ela me diz que tem pinta, e me mostra várias sobre seu corpo. Uma é só um machucadinho, mas mesmo assim ela quer que valha em sua contagem. Faz uma marca de batom na mão. Digo que ela está pintada. Ela diz que vai lá fora para... pensa para escolher bem o significante...riscar sua mãe. Interrompo a sessão dizendo que agora sua mãe estava riscada. É neste convite à palavra que Adriana pode trazer seus objetos e significantes e dessa maneira começar a construir uma ficção que lhe permita organizar o que lhe acontece. Por trás da queixa de ter perdido a posição de bebê da mãe, há uma dificuldade por parte dessa menina de se situar na partilha dos sexos. Um buraco remete a outro buraco, e só a medida fálica pode permitir ao sujeito dar significado ao que não pode ser representado. Permitir que a mãe entrasse e me colocar numa posição diferenciada, como receptora de sua palavra, permitiu que, transferencialmente Adriana começasse a me interrogar no lugar do saber. Saber sustentar esse lugar que não sabe as respostas para suas perguntas, mas que a leve a buscá-las, é o que tem permitido essa experiência de análise. Afinal não temos mais que os significantes do sujeito, os cortes, as interpretações como instrumentos de trabalho. E

9 9 contar com a transferência. A da criança, a da mãe, a que permite que entre surpresas e apertos um sujeito possa se apresentar.

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