Como fazer com a transferência?
|
|
- Nicholas Porto Covalski
- 7 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 1 Como fazer com a transferência? Cristina Drummond Palavras-chave: transferência, criança, entrada em análise. Vamos investigar esse ano o tema da transferência na clínica com crianças. Nossa intenção é a de percorrer algumas das definições que Freud e Lacan nos dão desse conceito para, em seguida, buscar pensar se haveria alguma especificidade em seu manejo na clínica com crianças. Mesmo estando convencidos de que a psicanálise é uma só, de que não há especialistas em crianças, teria a transferência aspectos particulares no tratamento das crianças? O que nos faz aceitar ou recusar uma criança em análise? Qual deve ser o manejo da transferência com os pais? O que leva as crianças ao analista nos dias de hoje? Será que a clínica com crianças na contemporaneidade nos traz novas questões a respeito da transferência? Podemos nos perguntar com J-P. Mattei (Lettre mensuelle 223) quais seriam as condições da transferência em nossa época, quando as demandas nos confrontam com sintomas sem suposição de saber ou ainda sem transferência prévia à psicanálise. Sintomas muitas vezes silenciosos, em relação aos quais o sujeito não pensa em se responsabilizar. As crianças inseridas no mercado como consumidores nos mostram de forma evidente, com a ajuda dos objetos que a tecnologia colocou à sua disposição, a impotência do Outro. Quantas crianças temos recebido com dificuldades de se enturmar, passando as noites no computador, nas lan-houses, devotadas a uma versão atualizada do gozo autista? Quantas crianças desinteressadas pelo que se passa na escola e com a atenção inteiramente tomada pelo mundo virtual? O que a investigação sobre a transferência vai nos trazer com toda a força é o desejo do analista como aquele que vai contra a criança generalizada, vai contra tomar o ser falante como objeto e deixá-lo sem palavra e sem responsabilidade. Ocupando um lugar no discurso analítico, nos tornamos destinatários do sofrimento da criança, nos oferecendo como seu complemento a partir do manejo de nosso ato e interpretação. O que Lacan nos ensinou, e que determina nossa orientação, é que o psicanalista deve responder ao mal estar na cultura de sua época, ao avanço da ideologia científica e da tecnologia que gera um mercado globalizado cujo ideal de universalidade não dá lugar à
2 2 particularidade de cada sujeito. Se a psicanálise é uma só, temos, no entanto, tratamentos psicanalíticos de crianças tomadas uma a uma. Assim, nossa investigação nos fará pensar nas queixas que nos são endereçadas na atualidade e na política da presença e função do analista em nosso mundo contemporâneo. Ao oferecer o lugar da palavra à criança, o analista se coloca na posição de destinatário dessa palavra e oferece-lhe um significante qualquer. Esse lugar da palavra é que vai dar à criança a chance de sair da posição de objeto falado pelo Outro ou ainda a chance de opor-se à alimentação de um gozo que a faz abrir mão de sua singularidade. Podemos acompanhar essa formulação no matema da transferência que Lacan escreveu em sua Proposição de 67: S Sq s(s1,s2,...sn) A posição de destinatário do analista divide o sujeito e permite que ele faça um endereçamento de sua demanda de saber sobre o que o divide. O que divide o sujeito, Lacan nos ensinou, é seu gozo. E é a partir desse endereçamento que se abre a possibilidade de tratar essa divisão, isto é, que se abre a possibilidade de uma análise. A entrada em análise acontece quando o analista, ao se oferecer como destinatário da fala do sujeito, põe em funcionamento o discurso do inconsciente. Ao analista no lugar de um significante qualquer o sujeito pode dirigir uma fala desordenada sobre o sintoma que lhe é enigmático. É esse endereçamento que permite que surja o significante da transferência (S = St). Esse significante surge com a fala do sujeito que é por ele representado (s sob a barra). Assim, um sujeito é suposto ao saber inconsciente, sujeito suposto não apenas como falta a ser, mas também como ser de gozo. O único objeto que o analista tem para oferecer e instalar a transferência é sua presença, encarnando o lugar do gozo mudo, silencioso, sempre no mesmo lugar. Assim, já podemos pensar que a transferência na psicanálise é uma experiência de saber e diz respeito à singularidade do sujeito analisando, o que faz dela um tratamento
3 3 inteiramente diferente das psicoterapias, nas quais o que se visa não diz respeito à realidade sexual do inconsciente. Da transferência depende a intervenção possível do analista. Algumas formulações do conceito de transferência A questão da transferência surgiu nos Estudos sobre a histeria onde Freud a evoca como um falso laço, uma associação falsa. Ele o fez a partir do caso de uma paciente que havia desejado ser abraçada e beijada por um homem proibido. Numa sessão de sua análise surge um desejo semelhante em relação a Freud e foi nessa falsa relação que ele situou a transferência. Assim, o que Freud inicialmente postula como fundamento da transferência não é o amor, mas a cadeia associativa, na qual uma cena remete a outra anterior. No caso Dora, Freud se dá conta de que a transferência pode se tornar o maior obstáculo para a análise ou seu mais poderoso auxiliar. Foi então que ele se deu conta de que havia algo na transferência para além da associação significante. Havia um resto que se inscreve na cadeia associativa e a transferência não pode ser inteiramente reduzida a ela. Ele diz na conferência XXVII que algo parece infiltrar-se furtivamente, algo que não foi levado em conta em nossa soma (p. 512). Freud se deu conta de que a transferência tem uma face de resistência que é cúmplice do que não se pode dizer, presentificando o silêncio da pulsão e de que esta face foi o que fez Dora interromper sua análise. Lacan retoma Freud e dá à transferência o estatuto de conceito fundamental da psicanálise. Ele evidencia que há dois eixos na transferência: um eixo significante e outro que está do lado do objeto pulsional. Na análise, à medida em que o analisando fala, há uma depuração da articulação significante que conta para o sujeito e, desta maneira, algo do desejo é mobilizado no atual, no presente. Freud elaborou a questão da transferência pelo enfoque libidinal. (Conf. XXVII). Para ele, o analista é um novo objeto investido libidinalmente e isto provoca um sentido novo. Todos os sintomas do paciente abandonam seu significado original e assumem um novo sentido na transferência (p.518), sintomas que são satisfação da libido. Esse investimento da transferência é o que leva o paciente a crer na interpretação do analista. Se Freud dizia que a transferência condiciona a interpretação, Lacan, em A Direção da Cura, diz que é a interpretação que provoca a transferência e, mais adiante, formula que a transferência é a interpretação. Assim, desde o primeiro encontro, cabe ao analista introduzir o sujeito na dimensão da experiência analítica.
4 4 A transferência é a demanda de significação ou, como Lacan diz em seu Seminário VII, é um amor que se dirige ao saber. Quando alguém se endereça a um analista, ele já interpretou que aquilo de que se queixa tem uma significação que ele desconhece. É essa demanda de significação do que lhe é enigmático e que ele não sabe como decifrar que ele dirige ao analista. Se para Freud a transferência é a via para se atingir o inconsciente, para Lacan o inconsciente é definido a partir da transferência. Em seu Seminário XI, Lacan formula a transferência como fechamento do inconsciente, nos apontando que na análise a demanda de amor muitas vezes se torna mais importante do que o desejo de saber. O que ocorre é que a vertente de resistência da transferência, sob a forma de demanda de amor, ocupa a cena e provoca um obstáculo à experiência do saber inconsciente. Ao mesmo tempo, é exatamente nessa experiência de amor que o sujeito pode vir a saber algo de sua relação com o desejo e o gozo. Está aí nossa questão fundamental, ou seja, como sustentar a transferência que é o móvel da análise ao mesmo tempo indo contra ela? A partir do modo de dizer, de ler ou de interpretar, há um modo de gozar. E é por isso que há algo do sexual em ato na transferência analítica. Lacan formula isso em seu Seminário XI dizendo que a transferência é a colocação em ato da realidade sexual do inconsciente, o que implica em dizer que a não relação entre os sexos produz um gozo. É a vertente libidinal do analista em oposição à vertente semântica e que presentifica o inconsciente como gozo que passa a ser enfatizada. É preciso localizar os significantes que organizaram a vida do sujeito, mas isso não basta. Muitas vezes o sujeito se prende nesse trabalho significante de modo alienado, alienado no gozo da palavra. Em seu seminário de Orientação Lacaniana Les us du laps ( ), Miller retoma a afirmação de Lacan no Seminário XI sobre a transferência como fechamento do inconsciente e a reformula com a divisão inconsciente saber e inconsciente sujeito. Essa divisão, me parece, esclarece bastante a questão. O inconsciente saber é uma cadeia de significantes articulados no Outro. Essa cadeia se desenrola como uma memória e que se repete. Essa repetição visa um núcleo de real cuja modalidade é o traumatismo, mas ela o visa evitando-o sempre do mesmo jeito. O inconsciente sujeito aparece e desaparece. Tal como o relâmpago, ele surge como descontinuidade e corte sobre o fundo da falta. É o inconsciente virtual e não realizado que demanda se realizar, que quer ser algo. Se para Freud o inconsciente já estava lá, no passado,
5 5 para Lacan ele está no futuro. É a partir desse sujeito suposto ao saber inconsciente que Lacan pode situar a transferência e a introduziu na própria definição de inconsciente. Assim, Miller propõe que o tratamento é a realização do inconsciente, uma passagem do inconsciente sujeito ao inconsciente saber. Como é que o sujeito que não é mais do que uma suposição no início de uma análise poderá se realizar? Que pedaços de saber poderão ser arrancados dessa suposição, desse não realizado? Para lidar com essas duas vertentes do inconsciente, as intervenções do analista vão ter que se adequar ao momento do trabalho, seja através da interpretação pelo equívoco, seja através do corte, que interrompe o gozo da palavra. Em Radiofonia Lacan afirma que a transferência é sempre transferência de gozo. Não se transferem apenas figurações imaginárias, nem apenas os significantes mestres, mas, além disso, se transfere gozo. Essa idéia de Lacan retoma, de algum modo, a primeira formulação freudiana sobre a transferência, quando ele a tomava como deslocamento ou falsa conexão. Essas diferentes maneiras de abordar a transferência enfatizam, a cada momento do ensino de Lacan, um aspecto de nosso trabalho no enfrentamento do real da clínica. Devemos lembrar que o inconsciente lacaniano é relativo ao desejo do analista que sustenta a sua realização e é por isso que transferência e interpretação estão intimamente ligados. Se lidamos na análise não apenas com o simbólico, precisamos pensar sobre a interpretação que poderia tocar o real. E é justamente nesse sentido que a transferência é fundamental porque é ela que nos permite, pela interpretação, tocar o gozo. Certamente voltaremos diferentes vezes nessas e em outras definições da transferência durante nosso seminário de investigação com a intenção, a cada vez, de avaliar suas implicações. Para nós, o essencial é que da transferência depende nossa condução do tratamento e é a partir dela que podemos intervir numa análise. Para nós que trabalhamos com crianças, as intervenções de Freud no caso do pequeno Hans nos ajudam a introduzir a questão da transferência nessa clínica. A famosa interpretação de Freud quando ele diz a Hans que bem antes de ele nascer ele sabia que haveria um menino que gostaria tanto da mãe que não deixaria de sentir medo do pai, é uma intervenção que provoca a instauração do sujeito suposto saber. A partir dessa intervenção, Freud pode se situar numa posição diferente do pai de Hans, garantindo dessa forma o seu tratamento. Freud já nos ensinou nessa ocasião que o analista tem um lugar a ocupar no discurso e que é a partir da presença do analista e do manejo da transferência que o trabalho da análise pode acontecer.
6 6 Uma entrada em análise Gostaria de discutir um pouco essas formulações a partir do início da análise de Adriana, uma menina de cinco anos. Seus pais se queixam de uma filha que os agride, cospe neles, briga com os colegas e não obedece. Qualquer castigo que os pais decidem lhe dar se mostra ineficaz, sem sentido e sem efeito, e a menina se mostra constantemente insatisfeita. Parece, a princípio que são os pais que sofrem das agressões da filha porque esta, na posição de objeto, os divide. A mãe se vê muito angustiada sem poder ajudar a filha e o pai inteiramente impotente, já que sua palavra não tem qualquer valor. Em nosso primeiro encontro, Adriana só aceita entrar com a mãe. Não me oponho, já que, separar-se do lugar de objeto que ela ocupa para sua mãe, me parece ser uma das questões que ela traz para a análise. Ao receber Adriana, convido-a a me dizer o que está acontecendo com ela. Me coloco, portanto, na posição de oferecer-lhe o lugar da palavra. Ela logo me conta que tem uma irmã mais nova, a qual ela odeia, e que sua mãe não poderia ter tomado a decisão de ter mais um filho sem consultá-la. Essa indignação com a mãe, como veremos, esconde outra mais. Essa irmã, essa intrusa em sua relação com a mãe, coloca em questão sua posição de objeto. É assim que Adriana logo se dirige a mim como a um Outro a quem ela endereça a questão de seu ser de objeto, de seu ser de gozo. A partir do nascimento da irmã, ela tem de se interrogar sobre seu novo lugar no desejo do Outro, lugar que para ela é enigmático e que ela ainda não sabe nomear. Adriana vem sempre com uma bolsa cheia de objetos que ela quer me mostrar. E é dessa forma que ela vai fazendo uma série de objetos que ela tem, nomeando-os, para poder depois introduzir o que não é da ordem do ter. Tira de sua bolsa uma caderneta onde desenha cocos, faz barulhos de pum e fala como um bebê. Assim, na série de objetos que ela me apresenta, se insere ela própria como um bebê. Numa próxima sessão, ela abre sua malinha e num gesto de que tira alguma coisa lá de dentro, tira a mão vazia. Digo: um nada. Ela ri e repete o gesto se divertindo. Tira lá de dentro uma blusa, um cartão de vacinas e me mostra. Ela vai tomar vacina mais tarde e depois encontrar com uma amiga.
7 7 Conta que naquela semana a mãe não quis levá-la ao Shopping e ela disse que iria pular pela janela. É desta maneira que Adriana busca recuperar o que ela foi como objeto para seu Outro. Aqui, ela mostra estar disposta a colocar em jogo seu próprio desaparecimento ameaçando pular pela janela e se recusando a satisfazer a exigência de seu Outro. É o desejo dele que ela quer interrogar. O que vemos em jogo nesse início de tratamento é a criança e sua posição de objeto. É na série de objetos que ela traz para a análise que ela quer se inserir. Objetos de desejo, vale dizer, que ela supõe terem valor para o Outro. A oferta da palavra é que vai possibilitar que Adriana possa vir a se fazer representar enquanto sujeito por seus significantes, e se distanciar da posição de objeto que cai da cadeia significante do Outro. Adriana me pede para fechar os olhos e, na ausência do olhar ela troca de roupa. Depois me diz que se ela pulasse da janela não aconteceria nada porque ela tinha um páraquedas. Então me pede para perguntar à sua mãe se não era verdade que ela tinha um páraquedas. Digo que acredito em sua palavra, já que na análise não se trata de verdade, mas de saber. Ela insiste em que eu pergunte à mãe. Eu pergunto e a mãe, sem saber muito bem que papel ocupar naquele jogo, diz que se era para falar a verdade, Adriana não tinha pára-quedas. Ela fica enfurecida. Sua mãe contorna a situação perguntando se era para falar o que ela lhe havia pedido ao ouvido e diz que Adriana tinha um pára-quedas. Tem início aqui um jogo que Adriana repetirá em diferentes situações e que ela faz questão de corrigir a mãe dizendo que não está mentindo e sim enganando o outro. Em seguida, ela continua a me colocar à prova. Ela me pergunta se eu sabia o que havia dentro de sua calça. Uma calcinha?, pergunto. Ela me pede novamente para fechar os olhos, tira a calça, a calcinha, veste novamente a calça e pede para abrir os olhos. Então tira a calça e eu lhe digo um nada?. Ela me olha com ódio e me diz que ali tem uma perereca e que ela nunca tivera um pinto, nunca. Interrompo a sessão dizendo que ela agora poderá entrar sozinha em meu consultório e ela vai vestindo sua roupa de modo atrapalhado, a blusa nas pernas, a calça na cabeça, como a me desafiar, até que finalmente se veste adequadamente e consegue sair. Viaja por uns dias e ao voltar, vem pela primeira vez sem sua bolsa e me conta que perdera o bico, o que causou um certo transtorno na família já que seus pais logo se empenharam em repor o que já havia caído. Na praia havia pegado jacarezinho sozinha e
8 8 junto com uma amiga havia feito um buraco na areia. A porta da sala fica aberta, sua mãe sai, mas ela sempre arruma um jeito de a trazer de volta. Algo da ordem da separação parece começar a operar e Adriana pode me relatar que está interessada em coisas que não são de bebê. Volta com sua bolsinha e uma mecha de cabelo colorido preso na cabeça. Ao recebê-la nomeio esse objeto novo: uma mecha!. Ela entra e pode deixar a mãe do lado de fora. Fala que está procurando um bico para ficar no lugar do que ela tinha perdido e que estava difícil encontrar um do número daquele. Ela brinca de cortar e recolocar essa mecha, esse objeto que agora está localizado no corpo e que pode ser destacado dele, para em seguida ser recosturado. Depois me diz que era uma pintora e que iria pintar um boneco da irmã que ela trouxera escondido em sua bolsa. A pintura é imaginária, e qualquer objeto serve-lhe de pincel. Eu sou sua ajudante e depois me diz: eu pinto e depois você vai segurar o boneco para ver se a tinta sai na sua mão. Eu falo que ela me havia dito que ela não tinha pinto. Ela me olha espantada e me pergunta: O que foi que você disse?. Digo que ela tinha escutado. Ela me diz que aquilo era um pinto de fazer xixi e que agora era um pinto de pintar. Ela finge que pinta uma blusa para a amiga. Ela só usa roupas de 6 anos, mas na blusa está escrito o número 2. Digo que o bico também é uma coisa de menos de 6. Ela me diz que tem pinta, e me mostra várias sobre seu corpo. Uma é só um machucadinho, mas mesmo assim ela quer que valha em sua contagem. Faz uma marca de batom na mão. Digo que ela está pintada. Ela diz que vai lá fora para... pensa para escolher bem o significante...riscar sua mãe. Interrompo a sessão dizendo que agora sua mãe estava riscada. É neste convite à palavra que Adriana pode trazer seus objetos e significantes e dessa maneira começar a construir uma ficção que lhe permita organizar o que lhe acontece. Por trás da queixa de ter perdido a posição de bebê da mãe, há uma dificuldade por parte dessa menina de se situar na partilha dos sexos. Um buraco remete a outro buraco, e só a medida fálica pode permitir ao sujeito dar significado ao que não pode ser representado. Permitir que a mãe entrasse e me colocar numa posição diferenciada, como receptora de sua palavra, permitiu que, transferencialmente Adriana começasse a me interrogar no lugar do saber. Saber sustentar esse lugar que não sabe as respostas para suas perguntas, mas que a leve a buscá-las, é o que tem permitido essa experiência de análise. Afinal não temos mais que os significantes do sujeito, os cortes, as interpretações como instrumentos de trabalho. E
9 9 contar com a transferência. A da criança, a da mãe, a que permite que entre surpresas e apertos um sujeito possa se apresentar.
Sofrimento e dor no autismo: quem sente?
Sofrimento e dor no autismo: quem sente? BORGES, Bianca Stoppa Universidade Veiga de Almeida-RJ biasborges@globo.com Resumo Este trabalho pretende discutir a relação do autista com seu corpo, frente à
Leia maisLatusa Digital ano 1 N 8 agosto de 2004
Latusa Digital ano 1 N 8 agosto de 2004 Sobre o incurável do sinthoma Ângela Batista * "O que não entendi até agora, não entenderei mais. Graciela Brodsky Este trabalho reúne algumas questões discutidas
Leia maisIncurável. Celso Rennó Lima
1 Incurável Celso Rennó Lima Em seu primeiro encontro com o Outro, consequência da incidência de um significante, o sujeito tem de lidar com um incurável, que não se subjetiva, que não permite que desejo
Leia maisPSICANÁLISE COM CRIANÇAS: TRANSFERÊNCIA E ENTRADA EM ANÁLISE. psicanálise com crianças, sustentam um tempo lógico, o tempo do inconsciente de fazer
PSICANÁLISE COM CRIANÇAS: TRANSFERÊNCIA E ENTRADA EM ANÁLISE Pauleska Asevedo Nobrega Assim como na Psicanálise com adultos, as entrevistas preliminares na psicanálise com crianças, sustentam um tempo
Leia maisCEP -CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS. Curso de Formação em Pasicanálise. Ciclo IV 3ª Noite
CEP -CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS Curso de Formação em Pasicanálise Ciclo IV 3ª Noite O atravessamento da Psicanálise em meu cotidiano Nathália Miyuki Yamasaki 2014 Chego para análise e me ponho a
Leia maisFREUD E LACAN NA CLÍNICA DE 2009
FREUD E LACAN NA CLÍNICA DE 2009 APRESENTAÇÃO O Corpo de Formação em Psicanálise do Instituto da Psicanálise Lacaniana- IPLA trabalhará neste ano de 2009 a atualidade clínica dos quatro conceitos fundamentais
Leia mais52 TWEETS SOBRE A TRANSFERÊNCIA
52 TWEETS SOBRE A TRANSFERÊNCIA S. Freud, J. Lacan, J-A Miller e J. Forbes dialogando sobre a transferência no tweetdeck A arte de escutar equivale a arte do bem-dizer. A relação de um a outro que se instaura
Leia maisDISCUSSÃO AO TRABALHO DA INSTITUIÇÃO CARTÉIS CONSTITUINTES DA ANALISE FREUDIANA: A psicanálise: à prova da passagem do tempo
DISCUSSÃO AO TRABALHO DA INSTITUIÇÃO CARTÉIS CONSTITUINTES DA ANALISE FREUDIANA: A psicanálise: à prova da passagem do tempo DISCUTIDO PELA ESCOLA FREUDIANA DA ARGENTINA NOEMI SIROTA O trabalho permite
Leia maisQuando dar à castração outra articulação que não a anedótica? 1
Quando dar à castração outra articulação que não a anedótica? 1 Maria Isabel Fernandez Este título extraí do seminário...ou pior, livro 19, de Jacques Lacan, especificamente do capítulo III, intitulado
Leia maisPSICANÁLISE E CONVÊNIO: UMA PARCERIA POSSÍVEL? Unitermos: Contemporaneidade - psicanálise -convênio - tempo - transferência - pagamento
PSICANÁLISE E CONVÊNIO: UMA PARCERIA POSSÍVEL? Jacqueline Kruschewsky Duarte Raphael * Unitermos: Contemporaneidade - psicanálise -convênio - tempo - transferência - pagamento Resumo: A autora questiona
Leia maisQUE AMOR NA TRANSFERÊNCIA? Ana Paula de Aguiar Barcellos 1
QUE AMOR NA TRANSFERÊNCIA? Ana Paula de Aguiar Barcellos 1 Na descoberta do inconsciente Freud apontou que a transferência é um fenômeno espontâneo que adquire status de conceito na psicanálise. Ela é
Leia maisA ESSÊNCIA DA TEORIA PSICANALÍTICA É UM DISCURSO SEM FALA, MAS SERÁ ELA SEM ESCRITA?
A ESSÊNCIA DA TEORIA PSICANALÍTICA É UM DISCURSO SEM FALA, MAS SERÁ ELA SEM ESCRITA? Maurício Eugênio Maliska Estamos em Paris, novembro de 1968, Lacan está para começar seu décimo sexto seminário. Momento
Leia maisO estudo teórico na formação do psicanalista Uma lógica que não é a da. identificação 1
O estudo teórico na formação do psicanalista Uma lógica que não é a da Arlete Mourão 2 identificação 1 Na formação do analista, o lugar e a função do estudo da psicanálise são conseqüências lógicas da
Leia maisA política do sintoma na clínica da saúde mental: aplicações para o semblante-analista Paula Borsoi
Opção Lacaniana online nova série Ano 2 Número 5 Julho 2011 ISSN 2177-2673 na clínica da saúde mental: aplicações para o semblante-analista Paula Borsoi 1. A política e a clínica A saúde mental é definida
Leia maisCLÍNICA, TRANSFERÊNCIA E O DESEJO DO ANALISTA 1 CLINIC, TRANSFERENCE AND DESIRE OF THE ANALYST. Fernanda Correa 2
CLÍNICA, TRANSFERÊNCIA E O DESEJO DO ANALISTA 1 CLINIC, TRANSFERENCE AND DESIRE OF THE ANALYST Fernanda Correa 2 1 Monografia de Conclusão do Curso de Graduação em Psicologia 2 Aluna do Curso de Graduação
Leia maisA INCOMPREENSÃO DA MATEMÁTICA É UM SINTOMA?
A INCOMPREENSÃO DA MATEMÁTICA É UM SINTOMA? ROSELI MARIA RODELLA DE OLIVEIRA rrodella@gmail.com A proposta deste trabalho é explicar o sintoma de incompreensão da matemática. Ela está inspirada em uma
Leia maisTempos significantes na experiência com a psicanálise 1
Tempos significantes na experiência com a psicanálise 1 Cássia Fontes Bahia O termo significante está sendo considerado aqui em relação ao desdobramento que pode tomar em um plano mais simples e primeiro
Leia maisSAÚDE MENTAL: ACOLHIMENTO DA QUEIXA, NECESSIDADE E DEMANDA. Psic. Felipe Faria Brognoli
SAÚDE MENTAL: ACOLHIMENTO DA QUEIXA, NECESSIDADE E DEMANDA Psic. Felipe Faria Brognoli ACOLHIMENTO Dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir (FERREIRA,
Leia maisEu acho que eles têm uma dificuldade de falar de si mesmo e isso é nítido (Paloma). As mulheres ficam mais dispostas a falar, mais dispostas a voltar (...) O homem vai vir menos vezes. Ele vai abandonar
Leia maisA OPERAÇÃO DO DISCURSO ANALÍTICO
A OPERAÇÃO DO DISCURSO ANALÍTICO Este trabalho é um recorte do projeto de iniciação científica (PIBIC) Estruturas Clínicas e Discurso: a neurose, no qual trabalhamos o texto do Seminário XVII: O Avesso
Leia maisDIANTE DO IMPOSSÍVEL Cristina Drummond
DIANTE DO IMPOSSÍVEL Cristina Drummond O caso apresentado nos permite avançar nas questões levantadas nos seminários preparatórios para nossas jornadas em dois sentidos. Primeiramente, ele nos possibilita
Leia maisHisteria sem ao-menos-um
Opção Lacaniana online nova série Ano 6 Número 17 julho 2015 ISSN 2177-2673 1 Angelina Harari Abordar o tema da histeria a partir da doutrina do UM tem como antecedente o meu passe, muito embora não se
Leia maisNOME PRÓPRIO - EM NOME DO PAI
NOME PRÓPRIO - EM NOME DO PAI Rachel Rangel Bastos 1 No meu nascimento Eu não cheguei sendo nada Eu já estava moldado Vestido Cultivado Culturado Antes mesmo de escutar Eu tinha já escutado dizer Antes
Leia maisANALISTAS E ANALISANDOS PRECISAM SE ACEITAR: REFLEXÕES SOBRE AS ENTREVISTAS PRELIMINARES
ANALISTAS E ANALISANDOS PRECISAM SE ACEITAR: REFLEXÕES SOBRE AS ENTREVISTAS PRELIMINARES 2014 Matheus Henrique de Souza Silva Psicólogo pela Faculdade Pitágoras de Ipatinga-MG. Especializando em Clínica
Leia maisEntrevista com Taciana Mafra Revista Antígona, Na sua opinião, como se dá a formação de um psicanalista?
Entrevista com Taciana Mafra Taciana de Melo Mafra - Psicanalista, membro fundadora do Toro de Psicanálise em Maceió, editora da Revista Antígona, autora dos livros Um Percurso em Psicanálise com Lacan,
Leia maisUm rastro no mundo: as voltas da demanda 1
Um rastro no mundo: as voltas da demanda 1 Maria Lia Avelar da Fonte 2 1 Trabalho apresentado no Simpósio de Intersecção Psicanalítica do Brasil. Brasília, 2006. Trabalho Publicado no livro As identificações
Leia maisO PARADOXO DA TRANSFERÊNCIA: DO CONSULTÓRIO À INSTITUIÇÃO
O PARADOXO DA TRANSFERÊNCIA: DO CONSULTÓRIO À INSTITUIÇÃO Camila Lage Nuic Psicóloga, aluna da pós-graduação do curso de Saúde Mental e Psicanálise do Centro Universitário Newton Paiva (Brasil) Email:
Leia maisISSO NÃO ME FALA MAIS NADA! 1 (Sobre a posição do analista na direção da cura)
ISSO NÃO ME FALA MAIS NADA! 1 (Sobre a posição do analista na direção da cura) Arlete Mourão Essa frase do título corresponde à expressão utilizada por um ex-analisando na época do final de sua análise.
Leia maisUM RASTRO NO MUNDO: AS VOLTAS DA DEMANDA 1 Maria Lia Avelar da Fonte 2
UM RASTRO NO MUNDO: AS VOLTAS DA DEMANDA 1 Maria Lia Avelar da Fonte 2 O tema da identificação é vasto, complexo e obscuro. Talvez por isso Lacan a ele se refira como a floresta da identificação. Embora
Leia maisBALANÇO DA OCUPAÇÃO DO TEMPO DURANTE A SEMANA DE PREENCHIMENTO DA GRELHA - 1º ANO
BALANÇO DA OCUPAÇÃO DO TEMPO DURANTE A SEMANA DE PREENCHIMENTO DA GRELHA - 1º ANO PROFESSORA Bom dia meninos, estão bons? TODOS Sim. PROFESSORA Então a primeira pergunta que eu vou fazer é se vocês gostam
Leia maisO falo, o amor ao pai, o silêncio. no real Gresiela Nunes da Rosa
Opção Lacaniana online nova série Ano 5 Número 15 novembro 2014 ISSN 2177-2673 e o amor no real Gresiela Nunes da Rosa Diante da constatação de que o menino ou o papai possui um órgão fálico um tanto quanto
Leia maisO QUE SE TOCA NO TRATAMENTO PSICANALÍTICO Ednei Soares As atualizações da prática psicanalítica a fazem encarar o desafio de responder a dispositivos
O QUE SE TOCA NO TRATAMENTO PSICANALÍTICO Ednei Soares As atualizações da prática psicanalítica a fazem encarar o desafio de responder a dispositivos diferentes daquele no qual ela foi originalmente pensada,
Leia maisDo sintoma ao sinthoma: uma via para pensar a mãe, a mulher e a criança na clínica atual Laura Fangmann
Opção Lacaniana online nova série Ano 1 Número 2 Julho 2010 ISSN 2177-2673 : uma via para pensar a mãe, a mulher e a criança na clínica atual Laura Fangmann Introdução Nesse trabalho, proponho-me a falar
Leia maisLatusa digital N 10 ano 1 outubro de 2004
Latusa digital N 10 ano 1 outubro de 2004 Política do medo versus política lacaniana Mirta Zbrun* Há três sentidos possíveis para entender a política lacaniana 1. Em primeiro lugar, o sentido da política
Leia maisDemanda de cura na inexistência do Outro como engendrar aí a psicanálise? 1
Demanda de cura na inexistência do Outro como engendrar aí a psicanálise? 1 Antonia Claudete A. L. Prado Este trabalho surgiu de questões relativas à demanda de tratamento de pacientes provenientes do
Leia maisAS DEPRESSÕES NA ATUALIDADE: UMA QUESTÃO CLÍNICA? OU DISCURSIVA?
Anais do V Seminário dos Alunos dos Programas de Pós-Graduação do Instituto de Letras da UFF AS DEPRESSÕES NA ATUALIDADE: UMA QUESTÃO CLÍNICA? OU DISCURSIVA? Amanda Andrade Lima Mestrado/UFF Orientadora:
Leia maisInteressa ao convênio a Psicanálise? Jackeline kruschewsky Duarte Raphael
Interessa ao convênio a Psicanálise? Jackeline kruschewsky Duarte Raphael Estamos vivendo um momento dentro da nossa prática no qual, cada vez mais, atender pacientes em psicanálise através de convênio
Leia maisO amor de transferência ou o que se pode escrever de uma análise
O amor de transferência ou o que se pode escrever de uma análise Palavras-chave: Amor de transferência; Escrita; Literatura; Relação Sexual. Márcia de Souza Mezêncio O amor é transferência " Amor será
Leia maisNOME DO PAI E REAL. Jacques Laberge 1
NOME DO PAI E REAL Jacques Laberge 1 Na época em que estava proferindo seu Seminário As formações do inconsciente, Lacan retomou pontos de seu Seminário III, As psicoses em De uma questão preliminar a
Leia maisCENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS (CEP)
CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS (CEP) Primeiro semestre Ciclo II 5ª feira de manhã Laura de Borba Moosburger Maio de 2016 A posição da escuta e a aniquilação do sujeito do desejo Resumo: A partir de uma
Leia maisAlmanaque on-line entrevista Patrício Alvarez, Diretor do VI ENAPOL.
Almanaque on-line entrevista Patrício Alvarez, Diretor do VI ENAPOL. A insensatez do sintoma: os corpos e as normas será o tema de trabalho da Seção Clínica do Instituto, neste semestre. Sua escolha se
Leia maisFundamentação teórica da Clínica de Psicologia da Unijuí
DEBATE Fundamentação teórica da Clínica de Psicologia da Unijuí A Clínica surge do próprio projeto do curso de Psicologia. Este curso tem como base teórica fundamental as teorias psicanalítica e psicológica.
Leia mais9 MENSAGENS DE TEXTO QUE NENHUM HOMEM CONSEGUE RESISTIR
9 MENSAGENS DE TEXTO QUE NENHUM HOMEM CONSEGUE RESISTIR 9 MENSAGENS DE TEXTO QUE NENHUM HOMEM CONSEGUE RESISTIR Pense nessas mensagens de texto que virão a seguir como as flechas do seu arco. Quando disparado,
Leia maisUm tipo particular de escolha de objeto nas mulheres
Um tipo particular de escolha de objeto nas mulheres Gabriella Valle Dupim da Silva Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Psicologia(PPGP/UFRJ)/Bolsista CNPq. Endereço: Rua Belizário Távora 211/104
Leia maisMULHERES MASTECTOMIZADAS: UM OLHAR PSICANALÍTICO. Sara Guimarães Nunes 1
MULHERES MASTECTOMIZADAS: UM OLHAR PSICANALÍTICO Sara Guimarães Nunes 1 1. Aluna Especial do Mestrado em Psicologia 2016.1, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Tipo de Apresentação: Comunicação
Leia maisResolução de conflitos e como lidar com pessoas difíceis. Miguel Cavalcanti AgroTalento
Resolução de conflitos e como lidar com pessoas difíceis Miguel Cavalcanti AgroTalento Parabéns!! :-) Você não está aqui por acaso Desafio: não seja um aluno, seja um professor Sugestão Pegue um caderno
Leia maisO real no tratamento analítico. Maria do Carmo Dias Batista Antonia Claudete A. L. Prado
O real no tratamento analítico Maria do Carmo Dias Batista Antonia Claudete A. L. Prado Aula de 23 de novembro de 2009 Como conceber o gozo? Gozo: popularmente, é traduzido por: posse, usufruto, prazer,
Leia maisO MANEJO DA TRANSFERÊNCIA NA PSICOSE: O SECRETÁRIO DO ALIENADO E SUAS IMPLICAÇÕES
O MANEJO DA TRANSFERÊNCIA NA PSICOSE: O SECRETÁRIO DO ALIENADO E SUAS IMPLICAÇÕES Roberto Lopes Mendonça O tratamento da psicose: impasses iniciais No trabalho clínico com a psicose, torna-se cada vez
Leia maisO amor e a mulher. Segundo Lacan o papel do amor é precioso: Daniela Goulart Pestana
O amor e a mulher O que une os seres é o amor, o que os separa é a Sexualidade. Somente o Homem e A Mulher que podem unir-se acima de toda sexualidade são fortes. Antonin Artaud, 1937. Daniela Goulart
Leia maisO gozo, o sentido e o signo de amor
O gozo, o sentido e o signo de amor Palavras-chave: signo, significante, sentido, gozo Simone Oliveira Souto O blá-blá-blá Na análise, não se faz mais do que falar. O analisante fala e, embora o que ele
Leia maisInstituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais - Almanaque On-line n 18
Erguer a cabeça e tomar a palavra: efeitos socioeducativos na adolescência de Malony MARIA JOSÉ GONTIJO SALUM Resumo: O artigo discute o percurso dos adolescentes em conflito com a lei na justiça infanto-juvenil,
Leia maisDESEJO DE ANALISTA. Ana Lúcia Bastos Falcão 1. O x da questão
DESEJO DE ANALISTA Ana Lúcia Bastos Falcão 1 O x da questão O desejo do analista sempre acompanhado de uma questão é o próprio x da questão. Tratando-se de escolha de profissão, carreira... O importante
Leia maisCOMENTÁRIOS SOBRE A DIREÇÃO DA CURA 1. Muito foi dito, durante esta semana, sobre a ética e a direção da cura, textos
COMENTÁRIOS SOBRE A DIREÇÃO DA CURA 1 Alejandro Luis Viviani 2 Muito foi dito, durante esta semana, sobre a ética e a direção da cura, textos importantes na obra de Lacan; falar deles implica fazer uma
Leia maisUm resto de transferência não analisado 1
Um resto de transferência não analisado 1 Gracinda Peccini Estou partindo para este trabalho de uma retomada do texto de Freud Análise Terminável e Interminável, em relação a certas questões que me interessam
Leia maisTransferência e desejo do analista
Transferência e desejo do analista Doris Rinald 1 i Originalmente a transferência é descoberta por Freud como um fenômeno espontâneo que, ao ser vinculado ao desenvolvimento da experiência psicanalítica,
Leia maisAnais V CIPSI - Congresso Internacional de Psicologia Psicologia: de onde viemos, para onde vamos? Universidade Estadual de Maringá ISSN X
A PSICANÁLISE NO CONTEXTO DA CLÍNICA-ESCOLA Bruna C. de Oliveira Danziger Rafael dos Reis Biazin O que se configura de forma premente no âmbito das práticas clínicas atuantes nas clínicas-escolas é a impossibilidade
Leia maisInstituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais: Almanaque On-line, n 21
A CURA PELO AMOR OU O AMOR PELA CURA Resumo: O texto visa trabalhar a questão do amor na experiência analítica, a saber, suas incidências clínicas na transferência. O aspecto libidinal envolvido na escolha
Leia maisO ATO PSICANALÍTICO NO CAMPO DO GOZO. verificação e comprovação. Sendo esse o tema de nosso projeto de mestrado,
O ATO PSICANALÍTICO NO CAMPO DO GOZO Liliana Marlene da Silva Alves Sérgio Scotti O ato psicanalítico é fonte de interrogação e instrumento de autorização para todo aquele que se propõe seguir uma prática
Leia maisVocê já ouviu a história de uma tal "garota legal"? Bem, se não, deixeme contar uma história:
Você já ouviu a história de uma tal "garota legal"? Bem, se não, deixeme contar uma história: Uma garota legal é alguém que se dedica de alma e coração em um relacionamento. Ela é alguém que poderia esperar
Leia maisO NÃO LUGAR DAS NÃO NEUROSES NA SAÚDE MENTAL
O NÃO LUGAR DAS NÃO NEUROSES NA SAÚDE MENTAL Letícia Tiemi Takuschi RESUMO: Percebe-se que existe nos equipamentos de saúde mental da rede pública uma dificuldade em diagnosticar e, por conseguinte, uma
Leia maisInstituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais - Almanaque On-line n o 8
Almanaque On-line entrevista Cristina Drummond 1 1) Almanaque On-line: Você tem-se dedicado bastante ao tema que perpassa as discussões no âmbito da Associação Mundial de Psicanálise e que vem representado
Leia maisO CARTEL FAZ ESCOLA. Em 2004, no final de seu texto denominado Por uma Escola do Cartel (in Em
O CARTEL FAZ ESCOLA Em 2004, no final de seu texto denominado Por uma Escola do Cartel (in Em torno do Cartel, org. por Barbara Guatimosin), Rithé Cevasco coloca a seguinte questão: saberemos fazer uso
Leia maisVII Encontro da IF-EPFCL O QUE RESPONDE O PSICANALISTA? ÉTICA E CLÍNICA. 6-9 de julho de
VII Encontro da IF-EPFCL O QUE RESPONDE O PSICANALISTA? ÉTICA E CLÍNICA. 6-9 de julho de 2012 www.rio2012if-epfcl.org.br rio2012ifepfcl@gmail.com PRELÚDIO 2: SE FAZER NO REAL, CLÍNICA E ÉTICA. Carmen Gallano
Leia maisSobre a Verleugnung 1
Sobre a Verleugnung 1 Antonia Portela Magalhães Levando em conta que o texto que nos orienta nesta jornada é: A Direção do Tratamento e os Princípios de seu Poder, dos Escritos de Jacques Lacan, vou articular
Leia maisNADA É POR ACASO. um roteiro. Fábio da Silva. 02/09/2008 até 22/09/2008
NADA É POR ACASO um roteiro de Fábio da Silva 02/09/2008 até 22/09/2008 Copyright 2008 by Fábio da Silva Todos os direitos reservados silver_mota@yahoo.com.br 2. NADA É POR ACASO FADE IN: INT. APARTAMENTO
Leia maisANÁLISE DIDÁTICA. ceevix.com. Prof Me. Irisomar Fernandes Psicanalista Clínico Analista Diadata
ANÁLISE DIDÁTICA ceevix.com Prof Me. Irisomar Fernandes Psicanalista Clínico Analista Diadata 27 992246450 O QUE É ANÁLISE DIDÁTICA? Todo psicanalista deve passar pelo processo das análise clínicas e didáticas;
Leia maisCOMO TER SUA ESPOSA DE VOLTA
COMO TER SUA ESPOSA DE VOLTA Trechos selecionados do livro Estratégias poderosas para fazê-la voltar para você. www.salveseucasamento.com.br Mark Love E-book gratuito Esse e-book gratuito é composto de
Leia maisEXPRESSÃO E CRIAÇÃO NA CLÍNICA DA TOXICOMANIA
EXPRESSÃO E CRIAÇÃO NA CLÍNICA DA TOXICOMANIA Luiz Alberto Tavares CETAD/UFBA Em nossa prática clinica percebemos que existem manifestações que não se apresentam como um sintoma, no sentido clássico do
Leia maisRevista da ATO escola de psicanálise Belo Horizonte A economia pulsional, o gozo e a sua lógica Ano 4, n.4 p ISSN:
Revista da ATO escola de psicanálise Belo Horizonte A economia pulsional, o gozo e a sua lógica Ano 4, n.4 p. 1-152 2018 ISSN: 23594063 Copyrigtht 2018 by ATO - escola de psicanálise Comissão da Revista
Leia maisLatusa digital N 12 ano 2 março de Sinthoma e fantasia fundamental. Stella Jimenez *
Latusa digital N 12 ano 2 março de 2005 Sinthoma e fantasia fundamental Stella Jimenez * A palavra sinthoma aparece na obra de Lacan relacionada às psicoses, quando ele toma James Joyce como seu exemplo
Leia maisO que fazer nessa situação? Quer saber mais? Confira tudo aqui no post de hoje!
Meu cliente sumiu Quem trabalha com vendas, sabe bem o momento atual que estamos passando, e também sabe que não está nada fácil conseguir vender, revender, alugar, passar adiante, muito menos conseguir
Leia maisAmar uma questão feminina de ser
Amar uma questão feminina de ser Flavia Braunstein Markman Desde Freud, sabemos que estamos diante de um conceito psicanalítico bastante complexo, de difícil delineamento e de significados pouco precisos.
Leia maisPsicanálise e Saúde Mental
Psicanálise e Saúde Mental Pós-graduação Lato Sensu em Psicanálise e Saúde Mental Coordenação: Drª Aparecida Rosângela Silveira Duração: 15 meses Titulação: Especialista em Psicanálise e Saúde Mental Modalidade:
Leia maisTítulo: Histeria e manifestações na música contemporânea. Este trabalho tem um interesse particular no aspecto da histeria que a
2 o Semestre 2014 Ciclo III Quinta-feira - Noite Aluno: Raphael Piedade de Próspero Título: Histeria e manifestações na música contemporânea Este trabalho tem um interesse particular no aspecto da histeria
Leia maisO Fenômeno Psicossomático (FPS) não é o signo do amor 1
O Fenômeno Psicossomático (FPS) não é o signo do amor 1 Joseane Garcia de S. Moraes 2 Na abertura do seminário 20, mais ainda, cujo título em francês é encore, que faz homofonia com en corps, em corpo,
Leia maisLatusa digital ano 2 N 13 abril de 2005
Latusa digital ano 2 N 13 abril de 2005 A transferência e o gozo mudo do sintoma Maria do Rosário Collier do Rêgo Barros * O ponto de partida de minha questão é a dimensão da transferência que não se apóia
Leia maisDIMENSÕES PSÍQUICAS DO USO DE MEDICAMENTOS 1. Jacson Fantinelli Dos Santos 2, Tânia Maria De Souza 3.
DIMENSÕES PSÍQUICAS DO USO DE MEDICAMENTOS 1 Jacson Fantinelli Dos Santos 2, Tânia Maria De Souza 3. 1 Ensaio teórico embasado numa pesquisa empírica segundo atendimentos realizados na Clínica de Psicologia
Leia maisA interpretação e suas ressonâncias. de uma adolescente 1 Alejandro Reinoso 2
Opção Lacaniana online nova série Ano 8 Número 23 julho 2017 ISSN 2177-2673 no corpo de uma adolescente 1 Alejandro Reinoso 2 O corpo adolescente traz as marcas do novo inaugurado pela puberdade. Esse
Leia maisVÍDEO (terminar o vídeo ao minuto 4:23)
2ª FEIRA 22 de Outubro Hoje celebramos um santo de que os nossos pais se lembram: São João Paulo II. Já ouviste falar dele? Vamos ver um pequeno vídeo que nos conta de forma resumida a sua vida. VÍDEO
Leia maisOs três filhos entram no Labirinto e seguem o percurso da mãe através do sangue.
1. A Mulher-Sem-Cabeça onde está ela? A mãe avança sozinha, já sem cabeça, e procura os seus três filhos. Está no quintal, a cabeça foi cortada e o sangue que vai saindo traça um percurso, um itinerário
Leia maisEm nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Bem-vindos à 4ª semana da Quaresma. 2ª FEIRA 27 DE MARÇO TER JESUS POR AMIGO Esta é a nova imagem que se pode ver no pórtico do bar. Retrata o evangelho do próximo domingo que relata mais uma maravilha
Leia maisO OBJETO A E SUA CONSTRUÇÃO
O OBJETO A E SUA CONSTRUÇÃO 2016 Marcell Felipe Psicólogo clínico graduado pelo Centro Universitário Newont Paiva (MG). Pós graduado em Clínica Psicanalítica pela Pontifícia Católica de Minas Gerais (Brasil).
Leia maisResenha. Considerações sobre a teoria lacaniana das psicoses*
Resenha Considerações sobre a teoria lacaniana das psicoses* SOUZA LEITE, M. P. Questões preliminares à psicanálise de psicóticos, Palestra. Iª Semana de Psicanálise. Novembro-1987, PUC-SP (www.marciopeter.com.br).
Leia maisALIENAÇÃO E SEPARAÇÃO. Mical Marcelino Margarete Pauletto Renata Costa
ALIENAÇÃO E SEPARAÇÃO Mical Marcelino Margarete Pauletto Renata Costa Objetivo Investigar a Alienação e Separação, conceitos fundamentais para entender: CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO SUBJETIVIDADE EIXOS DE ORGANIZAÇÃO
Leia maisO INTERMINÁVEL DAQUILO QUE TERMINA
O INTERMINÁVEL DAQUILO QUE TERMINA Por Arlete Mourão Simpósio de Olinda (agosto de 2005) Existem dois tipos de análises termináveis: aquelas cuja saída se dá pela père-version e aquelas cuja saída se dá
Leia maisQuando o Sol se apaixonou pela Lua. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais 2016
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais 2016 Quando o Sol se apaixonou pela Lua Letícia Cruz RA00178896 Linguagem Audiovisual e Games Eliseu Lopes Desenho
Leia maisInstituto Trianon de Psica nálise
T I P Instituto Trianon de Psica nálise www.instituto-trianon.com.br itp@instituto-trianon.com.br Tel: 3253.9163-3289.7083 Escuta e interpretação na sessão analítica Antonia Claudete A. L. Prado. A interpretação
Leia maisDesejo do analista e a intervenção analítica
Desejo do analista e a intervenção analítica A função do escrito não constitui então o catálogo, mas a via mesma da estrada de ferro. E o objeto (a), tal como o escrevo, ele é o trilho por onde chega ao
Leia maisCapítulo 16 Intimidade Sexual
Capítulo 16 Intimidade Sexual Você sabia? Muitas pessoas que sofreram algum evento cardíaco têm medo de voltar a fazer sexo ou preocupações a esse respeito. Sentir medo ou preocupação é uma forma de o
Leia maisOS DIFERENTES MANEJOS DA TRANSFERÊNCIA
OS DIFERENTES MANEJOS DA TRANSFERÊNCIA Célia Gillio; Denise Leite; Elsa Góis; Elzira Uyeno; Felipe Marchiori; Patrícia Furlan;Renato Chiavassa. Tutora: Claudia Riolfi. Sombra: Maria Helena Barbosa Introdução
Leia maisEntretantos, 2014 LACAN COMENTÁRIO DO TEXTO: A DIREÇÃO DO TRATAMENTO E OS PRINCÍPIOS DO SEU
Entretantos, 2014 Grupo: DE LEITURA: CASOS CLÍNICOS DE FREUD ACOMPANHADOS DE COMENTÁRIOS DE LACAN Integrantes: Ana Maria Leal, Célia Cristina Marcos Klouri, Claudia Justi Monti Schonberger, Cristina Petry,
Leia maisSer o Sinthoma #07 A SATISFAÇÃO EM LALANGUE O ATO E O SIGNIFICANTE DA TRANSFERÊNCIA
nova série #07 Revista de Psicanálise Ser o Sinthoma Bernardino C. Horne - EBP-Bahia - horneba@terra.com.br No Seminário 23, O Sinthoma, Lacan (2007) afirma que o analista é o Sinthoma. Pergunto-me, que
Leia maisFamílias sintomáticas
Opção Lacaniana online nova série Ano 4 Número 10 março 2013 ISSN 2177-2673 1 Fabian Fajnwaks O desejo de formar família encontrou uma espécie de interpretação na resposta recente de nossos governantes:
Leia maisELEMENTOS PARA INTERROGAR UMA CLÍNICA POSSÍVEL NA UNIVERSIDADE: ALGUMAS REFLEXÕES A PARTIR DO TRABALHO DE SUPERVISÃO
ELEMENTOS PARA INTERROGAR UMA CLÍNICA POSSÍVEL NA UNIVERSIDADE: ALGUMAS REFLEXÕES A PARTIR DO TRABALHO DE SUPERVISÃO Vinicius Anciães Darriba Nadja Nara Barbosa Pinheiro A despeito do fato da relação entre
Leia maisReferências Bibliográficas
98 Referências Bibliográficas ALBERTI, S. Esse Sujeito Adolescente. Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos, 1999. APOLINÁRIO, C. Acting out e passagem ao ato: entre o ato e a enunciação. In: Revista Marraio.
Leia maisVendas para o Natal. Cíntia Rosa Diretora Sênior de Vendas Independente
Lapidando DIAMANTES Vendas para o Natal Cíntia Rosa Diretora Sênior de Vendas Independente Turbine suas vendas de Natal com Mary Kay Turbine suas vendas de Natal com Mary Kay Turbine suas vendas de Natal
Leia maisPrograma da Formação em Psicoterapia
Programa da Formação em Psicoterapia Ano Programa de Formação de Especialidade em Psicoterapia Unidades Seminários Tópicos Programáticos Horas dos Módulos Desenvolvimento Pessoal do Psicoterapeuta > Construção
Leia maisLatusa digital ano 2 N 13 abril de 2005
Latusa digital ano 2 N 13 abril de 2005 A clínica do sintoma em Freud e em Lacan Ângela Batista * O sintoma é um conceito que nos remete à clínica, assim como ao nascimento da psicanálise. Freud o investiga
Leia maisLatusa digital ano 0 N 3 outubro de 2003
Latusa digital ano 0 N 3 outubro de 2003 Perguntas e respostas Sara Perola Fux * Sabemos que toda pergunta já contém em si mesma a resposta. Então, se deduz que a resposta antecede à pergunta é esta a
Leia mais