COMPARAÇÃO ENTRE MODELAÇÃO E AUTOMODELAÇÃO PARA O ENSINO DE HABILIDADES SOCIAIS NO CONTEXTO ESCOLAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA 1
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1 COMPARAÇÃO ENTRE MODELAÇÃO E AUTOMODELAÇÃO PARA O ENSINO DE HABILIDADES SOCIAIS NO CONTEXTO ESCOLAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA 1 Vinicios Santos Osowski Universidade Federal de Mato Grosso Grupo de pesquisas em Análise do Comportamento - UFMT Gabriela Chizzolini Universidade Federal de Mato Grosso Grupo de pesquisas em Análise do Comportamento - UFMT Julia Zanetti Rocca Universidade Federal de Mato Grosso Grupo de pesquisas em Análise do Comportamento - UFMT Resumo De acordo com pesquisas, há uma relação entre déficits de habilidades sociais e baixo desempenho escolar. E especificamente, crianças que tem o Transtorno de Espectro Autista (TEA) apresentam dificuldades em iniciar, responder e manter interações com seus pares. Desse modo, a Modelação em Vídeo tem sido utilizado com sucesso no ensino de habilidades sociais para esse público. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo fazer uma revisão sistemática de artigos que realizaram uma comparação dos métodos de modelação e automodelação por vídeo. Foram encontrados dez artigos de modelação em vídeo. Destes, cinco eram de modelação, três de automodelação e dois que comparavam os dois métodos. Esta última categoria de artigos, foi selecionada para o presente trabalho de acordo com os critérios estabelecidos de seleção. Não se observou resultados consistentes quanto a um ou outro método ser mais vantajoso. Por isso, deve-se realizar futuramente novos estudos que comparam a eficácia dos métodos de modelação e automodelação, pois, como essa revisão demonstrou, poucos são os estudos que perfazem esse objetivo. Introdução As interações sociais com pessoas da mesma idade trazem benefícios relevantes para o desenvolvimento de competências socioemocionais das crianças, do adolescente e do adulto. Entretanto, as pessoas com Transtorno de Espectro Autista (TEA) apresentam dificuldades em iniciar, responder e manter interações com seus pares. Essas características podem levar ao isolamento e afastamento da pessoa em relação ao mundo social, prejudicando, assim, o desempenho escolar (WATKINS, et al., 2014). 1 Essa pesquisa foi financiada pelo Edital MCTI/CNPQ/MEC/CAPES nº 22/2014, número de processo /
2 O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V, 2014) caracteriza o TEA pelo desenvolvimento atípico de uma criança, com dificuldades em suas interações sociais, comunicação e comportamentos repetitivos. Por isso, por meio da educação especial, tem-se elaborado modelos de intervenção estruturada para a inserção de crianças com TEA em salas de aulas inclusivas, que se adaptam às exigências do aluno com nível de funcionamento baixo, médio ou alto. Contudo, é necessário, de acordo com Camargo e Bosa (2009), primeiramente criar uma rede de relações sociais para a criança autista e então estabelecer conteúdos pedagógicos. A criança, por meio das habilidades sociais, desenvolverá as competências necessárias para seu bom desempenho escolar e poderá generalizar esses comportamentos (KOEGEL et al, 2012). Por isso, a Modelação em Vídeo tem sido utilizado com sucesso no ensino de habilidades sociais, o qual consiste em apresentar ao autista uma teatralização de comportamentos alvos (por exemplo, cumprimentar, agradecer) por meio de vídeos, para, assim, a criança reproduzir tais comportamentos (CIHAK, AYRES, SMITH, 2009). Estudos demonstram que a Modelação em Vídeo leva ao aumento de interações sociais, seguido pela manutenção e a generalização dos mesmos (SANSOSTI, POWELL-SMITH, 2008; CIHAK, AYRES, SMITH, 2009). Entretanto, os estudos de Modelação em Vídeo se dividem em modelação, em que o modelo de vídeo é uma pessoa de desenvolvimento típico, isto é, uma criança de mesma idade, adolescente, adultos, familiares etc. (DUPERE, MACDONALD, AHEARN, 2013) e automodelação, no qual a criança com autismo é o próprio modelo assistido no vídeo (WILLIAMSON et al., 2013). Ambos os métodos possuem resultados favoráveis quanto ao ensino de habilidades sociais para crianças com TEA. A automodelação é utilizada de modo semelhante aos métodos envolvendo adultos ou pares, entretanto a criança alvo atua no vídeo que irá assistir. Na criação do vídeo, segundo Marcus e Wilder (2009), solicita-se que a criança realize certos comportamentos em momentos adequados ou respondendo aos estímulos apropriados. Após a gravação, o vídeo é editado para apenas mostrar os comportamentos alvos, sem as instruções dadas a ela (CORBETT et al., 2005). Posteriormente, apresenta-se à criança seu vídeo para que ela reproduza o que aparece ali e, portanto, aprenda essa habilidade. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho é realizar uma revisão sistemática de literatura sobre pesquisas que tiveram como objetivo comparar os métodos de modelação e automodelação em um único estudo e discutir os respectivos resultados. Metodologia Na revisão bibliográfica, foram utilizadas cinco bases de dados eletrônicos para pesquisa. A PsicINFO (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), JABA (Journal of Applied Behavior Analysis), BIREME (Biblioteca Regional de Medicina), Journal of Autism and Developmental Disorders e o Google Scholar. Os termos utilizados para a busca dos artigos foram video modeling e autism.
3 Foram encontrados artigos dos anos de 2001 e Para selecionar os artigos que poderiam ser incluídos na revisão, leu-se os títulos e os resumos, optando por trabalhar com os que apresentavam apenas o método de modelação e automodelação por vídeo com crianças diagnosticadas com TEA e que tinham como objetivo desenvolver habilidades sociais de comunicação e de linguagem. Portanto, os critérios de exclusão foram: a) pesquisas que utilizavam outros métodos que não a modelação e a automodelação por vídeo; c) pesquisas que utilizaram a modelação, porém não para ensinar habilidades sociais ou de comunicação e de linguagem; c) trabalhos que não realizaram uma comparação entre os métodos de modelação e automodelação. Resultados Foram selecionados, de acordo com os critérios, 2 artigos, que estão dispostos na Tabela 1. A partir desses, foram extraídas inicialmente as seguintes informações: os autores, ano da publicação e a revista de cada artigo. A análise do material foi então dividida em: (a) características dos participantes; (b) contexto em que o estudo foi realizado; (c) objetivos de ensino (ou comportamentos-alvo) e procedimentos utilizados na modelação; (e) resultados.
4 Referência Periódico Participantes Grau de Autismo Contexto do experimento Método de modelação Resposta ensinada Resultado Sherer et al Behavior Modification Cinco crianças diagnosticadas com TEA Levemoderado e grave Casa do participante e laboratório do pesquisador Modelação e automodelação em vídeo Responder perguntas de conversação Três crianças obtiveram resultados favoráveis tanto na condição de modelação e automodelação Marcus e Journal Of Três crianças Moderado Sala privada Modelação e Responder por Todas as crianças Wilder Applied diagnosticadas na casa do automodelação meio da leitura cumpriram os critérios 2007 Behavior com TEA participante e em vídeo de letras para resultado Analysis Escola árabes e favorável na condição gregas de modelação e somente uma criança obteve um resultado favorável na condição de automodelação. Quadro 1: artigos de comparação entre a modelação e automodelação em crianças com o Transtorno de Espectro Autista
5 CONGRESSO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO 2016 Educação e Diversidade ISSN X Pesquisa de Sherer e colaboradores (2001) (a) características dos participantes Foram selecionados como participantes da pesquisa de Sherer et al. (2001) cinco crianças diagnosticadas com TEA, do sexo masculino, sendo que três crianças foram diagnosticadas com autismo leve-moderado e duas diagnosticadas com autismo grave, de acordo com a escala Childhood Autism Rating Scale (CARS). A idade média delas era de sete anos e cinco meses. Todas as crianças tinham um nível de linguagem expressiva, podendo iniciar espontaneamente frases curtas. Para a seleção das crianças com TEA, os pesquisadores utilizaram dois critérios: (a) criança apresentar dificuldade em manter conversações sociais; (b) vontade do pai em querer ensinar ao seu filho habilidades de responder a conversações. (b) contexto em que o estudo foi realizado Para quatro participantes, a casa foi o ambiente para a realização das sessões, enquanto que para uma criança, o laboratório de pesquisa dos experimentadores foi utilizado como contexto. O laboratório parecia uma sala de estar, com sofá, mesa, livros e quadros na parede. Em todas as sessões, o participante e o pesquisador sentaram, ou em cadeiras ou sofás, um de frente do outro, numa distância de aproximadamente 90 cm. c) objetivos de ensino (ou comportamentos-alvo) e os procedimentos utilizados Utilizando os métodos de modelação e automodelação, a finalidade da pesquisa era aumentar o nível de responder perguntas de conversação de crianças com TEA. Deste modo, foram produzidos dois tipos de vídeos para utilizar nas sessões experimentais. Um vídeo de modelação, no qual utilizaram uma criança de desenvolvimento típico como modelo, e um vídeo de automodelação, que o próprio participante era o modelo. Em todos os vídeos, na estratégia de modelação e automodelação, foram apresentados o pesquisador e as crianças, par ou os participantes, realizando uma conversação, em que o pesquisador fazia oito perguntas sobre o cotidiano da criança e esta respondia. (d) resultados No geral, os resultados foram instáveis quando comparado entre os participantes. Dois participantes responderam ao tratamento rapidamente, um lentamente, e dois não conseguiram adequar-se ao procedimento de maneira a produzir resultados elevados. Todos os participantes desenvolveram com o procedimento aumento de respostas às perguntas feitas pelos experimentadores. E após dois meses do fim estudo, os participantes apresentavam esse comportamento, demonstrando a eficácia do método na manutenção da habilidade ensinada. Em relação à estratégia de modelação e automodelação, uma criança chegou ao responder primeiramente com a automodelação e, diferentemente deste, um outro participante adquiriu o responder primeiramente na modelação. Os outros três sujeitos obtiveram resultados semelhantes quanto à modelação e a automodelação. Pesquisa de Marcus e Wilder (2009) (a) características dos participantes Universidade Federal de Mato Grosso Câmpus Universitário de Rondonópolis - MT 13 a 16 de setembro de 2016
6 CONGRESSO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO 2016 Educação e Diversidade ISSN X Na pesquisa de Marcus e Wilder (2009), os participantes selecionados foram um menino de quatro anos de idade e uma menina e um menino de nove anos. Todos os participantes foram diagnosticados com TEA, falavam frases e imitavam comportamentos dos outros. As crianças com TEA tiveram atendimento especializado quando mais jovens e frequentaram a escola durante o estudo. (b) contexto em que o estudo foi realizado Para o menino e a menina de nove anos, o estudo foi realizado em um quarto individualizado da sua própria casa, em que foram retirados objetos, como brinquedos, do alcance da criança para não distraí-la do engajamento da atividade do estudo. Para o participante de quatro anos, o contexto do estudo foi em uma pré-escola. c) objetivos de ensino (ou comportamentos-alvo) e os procedimentos utilizados Utilizando a modelação e a automodelação, o objetivo do estudo foi ensinar a leitura de letras gregas e árabes. Na modelação em vídeo, foram utilizados como modelo crianças de desenvolvimento típico, no qual emitiam o comportamento alvo a ser ensinado, o de responder à pergunta, realizada pelo pesquisador, corretamente quanto à letra indicada. Os pares, de acordo com os pais, eram amigos dos participantes. Já na automodelação em vídeo, o participante era gravado, quando solicitado, falando o nome das letras, que seriam ensinadas com as imagens, posteriormente. Neste processo, as crianças não tiveram acesso as letras escritas para que não ocorressem algum tipo de aprendizagem antes da intervenção. (d) resultados Todos os participantes atingiram ao critério do método de automodelação, que consistia em apresentar 80% de respostas corretas em três sessões seguidas. O mesmo não aconteceu com a modelação por par, que tinha o mesmo critério. Na modelação por par, somente um dos participantes atingiu o critério de respostas, com 80% de acerto em três sessões seguidas. Por isso, ela foi a única que atingiu os critérios nos dois métodos, modelação e automodelação, e, diferentemente das demais, atingiu o critério da automodelação mais rapidamente, ou seja, com menos sessões. Discussão Os dois artigos demonstraram a eficácia do método de modelação e automodelação por vídeo, mas não se obteve resultados consistentes para afirmar a efetividade de um dos métodos sobre o outro. No total, os artigos utilizaram oito participantes, sendo uma menina e sete meninos, com média de idade cronológica de 7.35 anos. No método de modelação, apenas uma criança apresentou resultados maiores ao método de automodelação (SHERER et al. 2001). Três crianças apresentaram resultados expressivos no método de automodelação, sendo uma criança no estudo de Sherer et al (2001) e duas no estudo de Marcus e Wilder (2009). As demais crianças, contabilizando-se quatro, apresentaram resultados similares nos dois métodos, três delas participaram do estudo de Sherer et al (2001) e uma na pesquisa de Marcus e Wilder (2009). De acordo com Sherer et al (2001), não houve diferença nos resultados da comparação dos dois métodos e que a utilização destes são eficazes. Diferentemente, o estudo de Marcus e Wilder (2009) trouxe resultados favoráveis à automodelação, entretanto os autores argumentaram que a diferença dos Universidade Federal de Mato Grosso Câmpus Universitário de Rondonópolis - MT 13 a 16 de setembro de 2016
7 CONGRESSO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO 2016 Educação e Diversidade ISSN X resultados nos estudos pode estar relacionada ao tipo de tarefa ensinada, pois enquanto que no estudo de Sherer et al (2001) é ensinado habilidades de conversação, o estudo de Marcus e Wilder (2009) ensina a habilidade de leitura. Nesse sentido, torna-se necessário estudos que comparam os métodos por meio do ensino de outras atividades. Marcus e Wilder (2009), afirmaram que, de acordo com relatos dos pais, as crianças pareciam gostar mais do vídeo de automodelação. Todos os três participantes pediram insistentemente para ver os vídeos de automodelação, até mesmo depois do fim do estudo. Nesse sentido, estudos futuros devem medir o nível de preferências das crianças com TEA. Uma hipótese levantada no estudo de Sherer et al (2001) aponta que o sucesso ou o fracasso das crianças com TEA, na intervenção de modelação em vídeo, pode estar relacionado à habilidade visual. Isso é devido aos resultados de dois participantes, aqueles que alcançaram rendimento muito rapidamente, e relatos dos pais em dizerem que seus filhos estavam obcecados por imagens de livros. Para tanto, faz-se necessário a realização de pesquisas para confirmar essa hipótese Deve-se realizar futuramente novos estudos que comparam a eficácia dos métodos de modelação e automodelação, pois, como essa revisão demonstrou, poucos são os estudos que perfazem esse objetivo. Referências CAMARGO, S. P. H.; BOSA, C. A. Competência social, inclusão escolar e autismo: revisão crítica da literatura. Psicologia & Sociedade, 2009, vol. 21, n. 1, p CIHAK, D. F.; AYRES, K. M.; SMITH, C. The Use of Video Modeling via a Video ipod and a System of Least Prompts to Improve Transitional Behaviors for Students with Autism Spectrum Disorders in the General Education Classroom. Journal of Positive Behavior Interventions, 2009, vol. 20, n. 10, p CORBETT, Blythe A.; ABDULLAH, Maryam. Video modeling: Why does it work for children with autism?. Journal Of Early And Intensive Behavior Intervention, 2005, vol. 2, n. 1, p.2-8. DUPERE, Sally; MACDONALD, Rebecca P. F.; AHEARN, William H.. Using video modeling with substitutable loops to teach varied play to children with autism. Journal Of Applied Behavior Analysis, 2013, v. 46, n. 3, p Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5 (Ed. 5) / [American Psychiatric Association; tradução Maria Inês Corrêa Nascimento... et al.]. Porto Alegre, Artmed, MARCUS, Alonna; A WILDER, David. A Comparison Of Peer Video Modeling And Self Video Modeling To Teach Textual Responses In Children With Autism. Journal Applied Behavior Analysis, 2009, vol. 42, n. 2, p KOEGEL, L. K.; VERNON, W.; KOEGEL, L.; KOEGEL, B. L.; PAULLIN, A. W. Improving Social Engagement and Initiations Between Children With Autism Spectrum Disorder and Their Peers in Inclusive Settings. Journal of Positive Behavior Interventions, 2012, vol. 20, n. 10, p SANSOSTI, F. J.; POWELL-SMITH, K. A. Using Computer-Presented Social Stories and Video Models to Increase the Social Communication Skills of Children With High-Functioning Autism Spectrum Disorders. Journal of Positive Behavior Interventions, 2008, vol. 10, n. 3, p Universidade Federal de Mato Grosso Câmpus Universitário de Rondonópolis - MT 13 a 16 de setembro de 2016
8 CONGRESSO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO 2016 Educação e Diversidade ISSN X SHERER, Michelle; PIERCE, Karen L.; PAREDES, Sara; KISACKY, Kimberly L.; INGERSOLL, Brooke; SCHREIBMAN, Laura. Enhancing Conversation Skills in Children With Autism via Video Technoogy: Which Is Better, Self or Other as a Model?. Behavior Modification, 2001, vol. 25 n. 1, p WATKINS, Laci; O REILLY, Mark; KUHN, Michelle; GEVARTER, Cindy; LANCIONI, Giulio E.; SIGAFOOS, Jeff; LANG, Russell. A Review of Peer-Mediated Social Interaction Interventions for Students with Autism in Inclusive Settings. Journal of Autism and Developmental Disorders, 2014, vol. 2015, n. 45, p WILLIAMSON, Robert L.; CASEY, Laura B.; ROBERTSON, Janna Siegel; BUGGEY, Tom. Video Self- Modeling in Children with Autism: A Pilot Study Validating Prerequisite Skills and Extending the Utilization of VSM across Skill Sets. Assistive Technology, 2013, v. 25, n. 2, p Universidade Federal de Mato Grosso Câmpus Universitário de Rondonópolis - MT 13 a 16 de setembro de 2016
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