AULA 09 NULIDADES. 5) Sistemas de Nulidades do CPC.

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1 Turma e Ano: Master A (2015) 06/04/2015 Matéria / Aula: Direito Processual Civil / Aula 09 Professor: Edward Carlyle Silva Monitor: Alexandre Paiol AULA 09 CONTEÚDO DA AULA: Nulidades: Invalidades; Vícios Rescisórios e Transrescisórios; Princípios. NULIDADES 5) Sistemas de Nulidades do CPC. O ponto de partida, e já dando inicio a essa imensidão de controvérsias que rege a matéria, tem início com o seguinte aspecto, vejam bem, digamos que num determinado processo você tenha um determinado ato processual que é examinado em desacordo com o que estabelece a lei. Digamos que aconteça o seguinte, eu sou juiz de determinada causa e sou amigo do autor, então para beneficiar ao autor, para evidentemente dar ganho de causa ao autor, fazer tudo para ele sair vencedor, eu juiz, resolvo realizar uma audiência de instrução e julgamento, mas essa audiência de instrução e julgamento resolvo realizar sem intimar nem o réu, nem o seu advogado e efetivamente a realizo. Então determinando uma data, não intimo o advogado do réu, não intimo o réu, e realizo a audiência, com a oitiva das testemunhas, do autor. Faço todas as perguntas que autor deseja, o autor faz requerimentos que eu defiro, determino uma prova pericial que o autor deseja, determino a realização de outra oitiva de outra testemunha, determino a juntada de um documento. Vários atos são praticados nessa audiência de instrução e julgamento sem que o réu tenha participado de sua realização. Surge a seguinte pergunta: essa audiência de instrução e julgamento realizada em desacordo com o que estabelece a lei é automaticamente uma nulidade, um ato nulo ou trata-se na verdade de um ato imperfeito, cuja nulidade poderá vir ser decretada futuramente? De acordo com CPC, e aí surge a primeira corrente de pensamento, que é a corrente de pensamento clássica, essa audiência de instrução e julgamento realizada sem a presença do réu e advogado está em desacordo com o que dispõe o CPC, em desacordo com o que dispõe a lei. Então realizado o ato processual em desacordo com o que estabelece a lei, o ato é nulo ou é um ato nulo de pleno direito. O CC quando fala na nulidade de determinados atos, ele fala na possibilidade de existir um ato nulo de pleno direito. No âmbito do processo civil, esse ato é considerado nulo, ou como o código prefere, trata-se de uma nulidade. O código quando se

2 refere à nulidade, dá a entender que ele nasce nulo, é nulo por sua própria natureza o fato de ter sido realizado em desacordo com a lei, já caracteriza o ato com sendo uma nulidade. Tradicionalmente na doutrina é essa a interpretação que se dá a esse tipo de ato. Por exemplo, Humberto Theodoro Junior, autor clássico, adota a teoria do código. Só que o problema é que existe uma segunda corrente que é a mais moderna, e que parece ser tecnicamente a mais correta. Afirma que essa audiência de instrução e julgamento, assim como qualquer outro ato processual que seja realizado em desacordo com o que a lei estabelece, não é uma nulidade propriamente dita, trata-se de um ato imperfeito ou como se prefere dizer um ato viciado, ou se você preferir dizer tecnicamente uma invalidade. Não é uma nulidade é uma invalidade, o ato foi realizado em desacordo com a lei, seria um ato inválido. Então para o CPC o ato nasce nulo, é uma nulidade, mas tecnicamente, mais modernamente, o ato é inválido, é imperfeito, é viciado, porque foi realizado em desacordo com o que a lei estabelece. Trata-se de uma invalidade. E como essa invalidade passará a ser considerada uma nulidade? É preciso uma decisão judicial que decrete a nulidade. Então, um ato inválido, só passa a ser uma nulidade quando uma decisão judicial assim o decrete. É preciso uma decisão judicial que decrete a nulidade do ato inválido porque enquanto essa nulidade não for decretada através de uma decisão judicial, o ato é apenas imperfeito, é apenas viciado, é apenas inválido, mas continua produzindo efeitos porque ainda não é uma nulidade, é apenas uma invalidade. Então sem decisão judicial não existe nulidade do âmbito do processo civil, é indispensável à existência de uma decisão judicial que decrete a nulidade. Antes da decisão judicial não existe nulidade, existe apenas invalidade. Essa é a posição mais moderna, do Dinamarco, da Teresa Arruda Alvim, Aroldo Plínio Gonçalves, mas não é a orientação que o código utiliza. O código utiliza a terminologia clássica, vocês precisam interpretar o código de acordo com a orientação mais moderna. Então no âmbito do processo, vejam bem, nesse caso aqui, a audiência de instrução e julgamento é realizada sem a presença do réu e de seu advogado, realizada a audiência de instrução e julgamento, outros atos vão sendo praticados, o juiz pode ter determinado a realizado de uma pericia, pode ter determinado a juntada de um documento, a oitiva de uma testemunha mencionada por uma daquelas requeridas. Vários outros atos podem ter sido praticados, mas vejam, a partir do momento em que esse ato foi realizado em desacordo com a lei, você tem uma invalidade, outros atos podem ser praticados decorrentes daquele ato viciado original, mas enquanto não for decretada a nulidade da audiência de instrução e julgamento, ela é considerada válida. Vai produzindo efeitos

3 normalmente, até que uma decisão judicial decrete a nulidade da AIJ, porque aí como nós vamos ver daqui a pouco todos os atos praticados com origem naquele decretado nulo, automaticamente são anulados. Mas enquanto o ato não for anulado, produz efeitos regularmente. Resumindo: Juiz realiza audiência sem citar o réu para beneficiar advogado da parte contrária. Esse ato é nulo? 1ª corrente pensamento clássico - CPC Ato Nulo - se o ato não obedecer a forma prevista na lei, ele já nasce nulo. 2ª corrente - Doutrina e Jurisprudência Majoritárias - Ato imperfeito, viciado, inválido O ato realizado em desconformidade com o modelo fixado pela lei é inválido. A invalidade somente se transforma em nulidade por meio de decisão judicial. Portanto, no âmbito do processo civil, para que o ato viciado se torne nulo é indispensável a decretação da nulidade por decisão judicial. Agora vamos ver como esses planos são apresentados na doutrina e como são examinados na jurisprudência Podemos falar em 3 planos para o exame do ato processual. O plano do ordenamento jurídico está dividido em 3 etapas: 5.1) Planos da Existência, Validade e da Eficácia. existe ou não existe. 1 ª fase é da existência do ato, primeiro ponto a ser examinado. Verifica se o ato

4 Quanto é que se considera existente o ato? Juridicamente considera que o ato existe quando ele produz qualquer efeito, mesmo involuntário, mesmo que o efeito não tenha sido desejado. Se ele produz algum efeito que seja você afirma que o ato existe. Se ele não produz nenhum efeito, nada, então você diz que o ato não existe. Ora, se o ato não existe, então você nem precisa examinar os demais planos. Se o ato existe, mesmo que ele produza efeitos involuntários, então você passa ao plano seguinte é que o plano da validade. Quando é que o ato se considera válido? O ato é considerado valido quando é realizado de acordo com o que dispõe a lei, a forma estabelecida no ordenamento jurídico. Então sendo realizado de acordo com estabelecido no ordenamento jurídico. Então o ato existe e é considerado válido. Por consequência, quando o ato é realizado em desacordo com o ordenamento jurídico, de forma diversa daquela estabelecida no ordenamento jurídico, o ato é considerado invalido. A validade ou invalidade do ato dependem basicamente se ele foi realizado em de acordo com a lei ou em desacordo com a lei. Detalhe importante, você pode ter a impressão de que o fato dele ter sido realizado de acordo com a lei ou em desacordo com a lei automaticamente implica que ele seja considerado eficaz ou ineficaz, e não tem nada a ver isso. O plano da eficácia é um plano que independe do plano validade. O que significa eficácia? De acordo com o conceito clássico de Barbosa Moreira, eficácia é aptidão do ato para produzir os efeitos desejados. Não se trata de produzir qualquer efeito. São os efeitos desejados, o que as partes queriam quando realizaram o ato. Se você souber que o ato existe e que existindo o ato, ele pode ser valido ou invalido, você passa ao plano da eficácia e que no diz respeito ao plano da eficácia é um plano que independe do plano da validade. Então você pode ter um ato: EXISTENTE, VÁLIDO e EFICAZ. Exemplo: É o caso clássico de um casamento realizado entre duas pessoas maiores de idade, em pleno gozo de suas faculdades mentais, sem nenhum impedimento legal. O ato existe é válido, porque realizado com observância das prescrições legais e ele é eficaz porque produz todos os efeitos desejados pelos nubentes. Então eles dispõe sobre patrimônio, passam a ter uma relação matrimonial, os filhos oriundos desse casamento são considerados todos

5 legítimos, todos os atos que eles queriam praticar a partir do casamento produzem efeitos regularmente, sem menor problema. EXISTENTE, VÁLIDO e INEFICAZ. Exemplo: É o caso clássico é do testamento. O testamento público ou particular, etc. Sendo realizado, existe, observadas as prescrições legais, observadas as regras impostas pelo ordenamento para realização do testamento, é válido, no entanto é ineficaz, porque enquanto não ocorrer o falecimento do testador não produz nenhum efeito. Os efeitos desse testamento somente irão produzir quando falecer quem realizou o testamento. No entanto foi realizado de acordo com o que dispõe a lei, o ato é válido, e existe. EXISTENTE, INVÁLIDO e EFICAZ. Exemplo: Duas pessoas resolvem se casar, casam, constituem patrimônio, tem filhos, compra casa, carro, etc. Passados 6 anos descobrem que eram irmãos O ato foi praticado em desacordo com o que dispõe a lei, o ordenamento jurídico proíbe o casamento entre irmãos. Então ele é inválido, embora, eles não sabiam, o ato é invalido. Mas, ele produziu vários efeitos, foi eficaz. Ele foi eficaz porque foi comprado apartamento, carro, nascimento de filhos, etc. Apesar de invalido produziu efeitos. No âmbito processual, isso é ainda mais evidente por quê? Porque enquanto não houver decisão judicial decretando a nulidade trata-se apenas de uma invalidade até o momento em que for decretada a nulidade do ato. Enquanto não for decreta a nulidade, o ato produz efeitos. EXISTENTE, INVÁLIDO e INEFICAZ. Exemplo: Na doutrina o exemplo mais comum é da doação feita por menor absolutamente incapaz. Um garotinho de 7 anos de idade resolve ir ao cartório realizar uma doação. O ato existe porque ele vai até o cartório, convence o pessoal do cartório a realizar o ato para ele, o ato é realizado, mas ele sozinho resolve doar seu imóvel. O ato é invalido porque realizado em total desacordo com o que estabelece a lei, ele não podia estar lá sozinho doando seu patrimônio, tinha que estar no mínimo representado. E é ineficaz, porque aquela doação realizada em desacordo com o que a lei estabelece não produz qualquer efeito, porque ele não tinha poder para realizá-la sozinho. Eu quero que vocês entendam que o fato do ato ser válido ou inválido, não repercute necessariamente em sua eficácia ou ineficácia, elas independem da validade ou invalidade do ato.

6 Vamos falar agora de um tema que é importante para concurso: No curso do processo podemos ter várias invalidades (ato existe, ele foi realizado em desconformidade com a forma prevista em lei no entanto ele produz efeitos até o momento que for decretado a sua nulidade) Existe uma situação especifica que é extremamente importante que é a falta ou nulidade da citação. Essa hipótese é considerada a mais grave de todos os vícios que ocorre no processo. Diz respeito a citação do réu. Essa invalidade poderá ser arguida até o momento do transito em jugado. Até aqui ele pode ter a nulidade decretada judicialmente, Esse vício é tão grave que deixa de ser uma invalidade e passa a ser considerada uma hipótese de rescindibilidade, ou seja, a contar do transito em julgado você terá um período para ajuizar uma AÇÃO RESCISÓRIA. É tão grave que mesmo após o prazo da ação rescisória dá ensejo ao ajuizamento de QUERELLA NULITATIS QUERELA NULLITATIS: pode também ser chamada de ação declaratória de inexistência da relação jurídica processual ou ação declaratória de nulidade. Vai depender da teoria que é adotada do entendimento da natureza jurídica (exemplo: Ação declaratória de inexistência jurídica que entende que a citação = pressuposto processual de existência ou Ação declaratória de nulidade que entende que a citação = pressuposto processual de validade). Falta ou nulidade de citação do réu (única hipótese) Não tem previsão legal Pode ser ajuizada após o prazo de 2 anos da Ação Rescisória Não está sujeita a prazo decadencial nem prescricional Vício transrescisório é aquele vício que pode ser alegado após o prazo da rescisória de tão grave que é. (ausência ou nulidade de citação)

7 Agora vamos começar a falar dos princípios 5.2) Princípios do Sistema das nulidades NCPC): 283 NCPC) 5.2.1) Princípio da Instrumentalidade das Formas (art. 244 CPC e art. 277 Vamos analisar o NCPC e pouquíssimo foi alterado. (começa do art. 276 a Art Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, Ihe alcançar a finalidade.(o novo foi retirado o trecho sem cominação de nulidade) NOVO CPC Art Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. Então vejam, pelo princípio da instrumentalidade das formas o sistema processual dá ênfase ao fim desejado e não ao meio. Então o que o CPC estabelece no art. 244, é princípio segundo o qual se a finalidade do ato for alcançada mesmo que tenha sido desobedecida a forma estabelecida na lei, privilegia-se a finalidade alcançada e o ato deverá ser considerado válido. Então vejam, se a forma não foi obedecida, significa que no primeiro momento o ato era inválido, mas a partir do momento que ele alcança a finalidade, ato deverá ser considerado válido. Pelo Princípio da Instrumentalidade das Formas ainda que o ato tenha sido praticado em desacordo com o modelo legal, se o fim almejado foi obtido, ele deverá ser considerado válido. Trata-se do princípio base de todo o sistema de nulidades moderno ) Princípio do Prejuízo ou Transcendência (art. 249, 1º CPC ou no art º NCPC ): Art O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados. 1 o O ato não se repetirá nem se Ihe suprirá a falta quando não prejudicar a parte.

8 Novo CPC Art Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados. 1 o O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte. Segundo princípio que hoje em dia principalmente na jurisprudência está equiparado ao princípio da instrumentalidade das formas, é utilizado em consonância como princípio da instrumentalidade das formas é chamado princípio do prejuízo ou também chamado de princípio da transcendência, previsto no art. 249, 1º do CPC. Então vejam senão houver prejuízo não se decreta a nulidade do ato. Esse princípio atualmente, principalmente no âmbito dos tribunais, é um princípio fundamental. Hoje em dia não se decreta nulidade do ato se não houver prejuízo para a parte, por quê? Porque o processo caminha sempre para frente, quanto menor o numero de nulidades que devam ser decretadas, melhor para o andamento do processo. Atualmente, para que a nulidade seja decretada é indispensável a existência de prejuízo, sem prejuízo não há nulidade ) Princípio da Preclusão (art. 245 CPC art. 278 NCPC): Art A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Parágrafo único. Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento. Novo CPC Art A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.

9 Segundo o Princípio da Preclusão, a parte deve alegar a nulidade na 1ª oportunidade de falar nos autos, sob pena de preclusão, salvo se a nulidade puder ser decretada de ofício (a qualquer momento em qualquer grau de jurisdição). Ou alega na audiência de conciliação (mais adequado) ou em contestação 5.2.4) Princípio do Legítimo Interesse ou Interesse Processual (art. 249, 2º c/c 243 CPC e 276 c/c 282 2º do NCPC ): Art O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados. 2 o Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta. Art Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que Ihe deu causa. Novo CPC Art Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa Art Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados. 2 o Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. Diante de uma invalidade, o juiz somente declarará a nulidade se não puder decidir em favor daquele que aproveita a decretação da nulidade ) Princípio da Causalidade, Consequencialidade ou Efeito Expansivo das Nulidades (art. 248 CPC e art. 281 NCPC): Art Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subsequentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes

10 Novo CPC Art Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes ) Princípio do Confinamento das Nulidades (art. 249, caput CPC e do art. 282 NCPC): Art O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados. Novo CPC Art Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados ) Princípio da Conservação dos Atos Processuais (art. 250 CPC e art. 283 NCPC) Art O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais. Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa. Novo CPC Art O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais. Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte.

11 Então esses três últimos princípios você tem que interpretar em conjunto. O correto é você conservar os atos processuais, mas se você não puder conservá-los, se for inevitável a decretação de nulidade, você deverá restringir essa decretação de nulidade, você deverá confinar ao que é indispensável, só que isso também não for possível pelo princípio da causalidade ou princípio da consequencialidade ou efeito expansivo das nulidades, todos os atos que dependam daquele decretado nulo também serão anulados. Aqueles atos que independam daquele decretado nulo deverão ser mantidos intactos. Fim da aula 09