CONSULTA Nº /2014

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1 1 CONSULTA Nº /2014 Assunto: Sobre autoridade policial insistir para que os médicos plantonistas de Pronto Socorro Munincipal realizem exames de corpo de delito. Relatores: Conselheiro Aizenaque Grimaldi de Carvalho e Dr. João Arnaldo Damião Melki, Membro da Câmara Técnica de Medicina Legal. Ementa: Os médicos plantonistas só deverão realizar os exames de corpo de delito após suas nomeações oficiais pela autoridade pertinente. O médico plantonista no pronto socorro, atuando no atendimento assistencial não poderá realizar as perícias a ele solicitadas, devendo comunicar de imediato seus superiores os motivos e/ou impedimentos pelos quais o levou a tomar tal decisão, tendo em vista que a exigência da autoridade solicitante é imprópria e fere o Código de Ética Médica e o Código de Processo Penal. Os peritos nomeados poderão ainda se escusar ou se declarar impedidos em realizar as perícias. O consulente Dr. P.C.T., solicita parecer do CREMESP relatando a seguinte situação:... sou Responsável Técnico em um Municipio. O que ocorre é que a autoridade policial (Delegado de Polícia) insiste que os médicos plantonistas do Pronto Socorro Municipal REALIZEM EXAMES DE CORPO DE DELITO, através de ofício à Secretaria de Saúde que, por sua vez, solicita "medidas cabíveis" da empresa responsável pelos médicos para que se "regularize esta situação", pois há prejuízos ao Judiciário. Existe IML em cidade próxima (R. a 70 km) com peritos. Esses procedimentos vinham sendo realizados em Pronto Socorro por pressão das autoridades e por total desconhecimento de nossos direitos, até que nos foi mostrado um parecer por um colega. Não temos como continuar com essa prática no Pronto Socorro, pois além da falta de qualificação profissional, estabelece-se a relação médico-paciente, o que nos impede de realizar tais laudos. Somos frequentemente solicitados durante a madrugada para preencher corpo de delito de presos para transferência a presídios, sendo por vezes 5 ou mais de uma só vez. Ressalto que trabalho no hospital de referência, e que não são realizados tais procedimentos no hospital; todos os exames de corpo de delito são

2 2 realizados por médico perito na cidade. Gostaria de obter auxílio do CREMESP para que nos faça valer nosso direito. Ofícios em anexo. PARECER Aos 14 de maio de 2015, atendendo à designação do Coordenador da Câmara Técnica de Medicina Legal do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), Dr. Luiz Frederico Hoppe, este membro da Câmara Técnica, relator infra-assinado, elaborou o presente Parecer, baseado nos autos recebidos e abaixo enumerados. I HISTÓRICO: I-1 - do requerente: relatado no resumo da inicial; I 2 - Ofício nº 325/14: anexado; I 2 - Ofício nº 1350/14: anexado; I-3 - Consulta CREMESP nº /99: anexada; I 4 - Consulta CREMESP nº /05-A: anexada; I-5 - Consulta CREMESP nº /09: anexada; I-6 - Consulta CREMESP-DJ nº /14: anexada; I-7 - Despacho à C.T.M.L. para elaboração de Parecer. II - DESCRIÇÃO: 1 - O consulente informa que o Delegado de Polícia da localidade requer que os médicos plantonistas realizem exames de corpo de delito nas pessoas e em presos encaminhados àquele local de atendimento médico alegando prejuízo ao andamento da Polícia Judiciária, pois as vítimas não têm meios para irem ao IML de cidade vizinha. Solicita o consulente auxílio ao CREMESP para manifestar-se a respeito. 2 - A Consulta nº /99 trata "sobre a obrigatoriedade de médico plantonista realizar Exame de Corpo de Delito"; teve como relator o Conselheiro Marco Segre que ratificando pareceres do Conselho considera indesejável que o médico plantonista de uma Santa Casa realize habitualmente "Exame de Corpo de Delito" de seus pacientes, pois estaria infringindo o SEGREDO PROFISSIONAL, o que a par de antiético, configura também ilícito penal. Essa tarefa é do médico legista, e na sua ausência (ou inexistência) de médico indicado pelo Delegado de Polícia, desde que este não guarde com o examinado relação médico-paciente.

3 3 3 - A Consulta nº /05-A trata "de quem é a responsabilidade da realização de exame de corpo de delito - lesão corporal, em detentos que ingressam na carceragem da Polícia Federal, e se o médico que não é legista pode realizá-lo". O relator é o Conselheiro Antonio Pereira Filho que cita o Artigo 129 do C.P. (crime de lesão corporal) e os Artigos 158 a 160 do C.P.P. (do exame de corpo de delito e das perícias em geral) e afirma que o "exame cautelar" de presos não esta definido em nenhuma lei ou norma legal e trata-se classicamente de exame de corpo de delito-lesão corporal, e que devem ser feitos por médicos legistas que são habilitados e capacitados para o fazerem. Nos casos em que o médico não é perito oficial ou nomeado não se configura o exame de corpo de delito e sim uma consulta médica, a qual é regida pela clássica relação médico-paciente, estando o médico impedido de realizar o laudo, posto que o Código de Ética Médica consigna em seu Artigo 120 que é defeso ao médico "ser perito de paciente seu, de pessoa de sua família ou de qualquer pessoa com a qual tenha relações capazes de influir em seu trabalho". Estará também o médico obrigado ao sigilo profissional não podendo revelar o resultado de seu exame sem o consentimento livre e informado do examinado mesmo estando o mesmo na situação de custodiado pelo Estado, além do que o médico não está preparado para realizar estes exames e pode ocorrer imperfeições na elaboração de laudos médicolegais, pois esta não é sua especialidade. Conclui que o profissional está impedido eticamente de realizar tais exames. 4 - A Consulta nº /09 trata "de como proceder diante das autoridades policiais que frequentemente solicitam exames de corpo de delito/cautelar de preso". O relator é o Conselheiro Reinaldo Ayer de Oliveira que cita as Consultas descritas acima, a determinação da Resolução CFM nº 1.947/98 e a opinião do Prof. Hélio Gomes: "Não basta um médico ser simplesmente médico para que se julgue apto a realizar perícias, como não basta a um médico ser simplesmente um médico para que faça intervenções cirúrgicas. São necessários estudos mais acurados, treino adequado, aquisição paulatina da técnica e da disciplina. Nenhum médico, embora eminente especialista na área médica, está apto a ser perito pelo simples fato de ser médico. É-lhe indispensável educação médico legal, conhecimento da legislação que rege a matéria, noção clara da maneira como deverá responder aos quesitos, prática na redação dos laudos periciais. Sem esses conhecimentos puramente médico legais, toda sua sabedoria será improfícua e perigosa". Conclui "que os exames de corpo de delito deveriam ser encaminhados para a cidade mais próxima em que há Equipe de Perícia Médico Legal e que o médico do Pronto Socorro deveria informar a autoridade sua inabilitação em concluir o eventual laudo e, obedecendo ao Artigo 69 do C.E.M, elaborar prontuário médico da pessoa, que serviria para elaboração de eventual laudo indireto pelo médico legista (Artigo 158 do C.P.P.)". 5 O Departamento Jurídico deste Regional, analisa os fatos relacionados ao motivo desta Consulta, analisa os pareceres já realizados pelo CREMESP relacionados à matéria em questão e conclui pela "inadequação dos

4 4 exames de corpo de delito/perícias serem realizados pelos plantonistas do Pronto Socorro. III - DISCUSSÃO: III-1 - Da exposição de motivos: A presente Consulta, conforme relatado acima, trata de matéria já amplamente analisada e discutida por esta Câmara Técnica com vários pareceres e opiniões de especialistas no assunto, baseados em normas éticas e legislações especificas sobre as perícias e os exames de corpo de delito. éticas e legislações específicas: Vale destacar mais detalhadamente estas normas III-2 - Das normas éticas: III Do Código de Ética (3): III Do Capítulo I - Princípios Fundamentais: CAPÍTULO I PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS VII - O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente. VIII - O médico não pode, em nenhuma circunstância ou sob nenhum pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, nem permitir quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficiência e a correção de seu trabalho. XI - O médico guardará sigilo a respeito das informações de que detenha conhecimento no desempenho de suas funções, com exceção dos casos previstos em lei.

5 5 III Do Capítulo II - Direito dos Médicos: CAPÍTULO II DIREITOS DOS MÉDICOS É direito do médico: IX - Recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitido por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência. III Do Capítulo III - Responsabilidade Profissional: CAPÍTULO III RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL É vedado ao médico: Art. 5º - Assumir responsabilidade por ato que não praticou ou do qual não participou. III Do Capítulo IX - Sigilo Profissional: CAPÍTULO IX SIGILO PROFISSIONAL É vedado ao médico: Art Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento por escrito do paciente. III Do Capítulo XI - Auditoria e Perícia Médica: CAPÍTULO XI AUDITORIA E PERÍCIA MÉDICA É vedado ao médico:

6 6 Art Assinar laudos periciais, auditorias ou de verificação médico-legal quando não tenha realizado pessoalmente o exame. Art Ser perito ou auditor do próprio paciente, de pessoa de sua família ou de qualquer outra com a qual tenha relações capazes de influir em seu trabalho ou de empresa em que atue ou tenha atuado. Art Deixar de atuar com absoluta isenção quando designado para atuar como perito ou como auditor, bem como ultrapassar os limites de suas atribuições ou de sua competência. Parágrafo Único: O médico tem o direito a justa remuneração pela realização do exame pericial. Consulta CREMESP nº /96 (1): perito. Assunto: perícia judicial - médico do serviço público servindo como Ementa: 1) Preliminarmente, deve ser esclarecido que é direito do médico se recusar a realizar a perícia, conforme disposto no Capítulo II, IX, completado pelo Art. 98, além de atentar para o disposto no Art ) Portanto, parece-nos lícita a recusa em tais circunstâncias. Nesta hipótese, deverá o médico explicar as razões pelas quais se sente inabilitado em realizar a perícia. Comentário: Do ponto de vista éticoprofissional o médico plantonista no pronto socorro, atuando no atendimento assistencial, em atenção às normas éticas acima referidas principalmente a determinação do Artigo 98, não deve realizar as perícias a ele solicitadas, comunicando de imediato aos seus superiores os motivos e/ou impedimentos pelos quais o levou a tomar tal decisão tendo em vista que a exigência da autoridade policial é imprópria. (1): III-3 - Perito médico versus médico assistente A atividade médico pericial é especialmente particular, pois difere frontalmente da atividade da medicina assistencial. Nesta, há necessidade

7 7 de um estreito vínculo "médico-paciente", naquela, assume o papel de "juiz' (Souza, 2007). No entanto, nada impede ao profissional, sob o ponto de vista ético-legal, desempenhar seu papel de médico e seu papel de perito médico. Evidentemente, deve evitar periciar situações em que haja constrangimento ou impedimento, visando afastar a suspeita de legislar em próprio interesse. III-4 - Das legislações cíveis e penais (2): III Do Código de Processo Civil III Do Perito Art. 33. Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que houver indicado; a do perito será paga pela parte que houver requerido o exame, ou pelo autor, quando requerido por ambas as partes ou determinado de ofício pelo juiz. Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente a essa remuneração. O numerário, recolhido em depósito bancário à ordem do juízo e com correção monetária, será entregue ao perito após a apresentação do laudo, facultada a sua liberação parcial, quando necessária. (Incluído pela Lei nº 8.952, de ) Comentário: De acordo com as legislações cíveis acima referidas cabe, ao perito não oficial, nomeado "ad hoc", pela autoridade policial, o direito à justa remuneração pelo exame realizado. III Dos impedimentos e da suspeição: Art É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário: I - de que for parte; II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha; III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão; IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau; V - quando cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau;

8 8 VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa. Parágrafo único. No caso do n o IV, o impedimento só se verifica quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz. Art Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando: I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau; III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes; IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender às despesas do litígio; V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes. Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo. Comentário: De acordo com as legislações cíveis acima referidas é extensivo aos peritos nomeados, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre os impedimentos ou suspeição dos juízes. III Da nomeação e da escusa: Art Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, segundo o disposto no art o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente, respeitado o disposto no Capítulo Vl, seção Vll, deste Código. (Incluído pela Lei nº 7.270, de ) 2 o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos. (Incluído pela Lei nº 7.270, de ) 3 o Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do juiz. (Incluído pela Lei nº 7.270, de ) Art O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que Ihe assina a lei, empregando toda a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.

9 9 Motivo legítimo: força maior, em perícia relativa à matéria sobre a qual se considere inabilitado para apreciá-la, quer por falta de maior domínio sobre o assunto controverso, quer o assunto não tenha pertinência com a sua especialidade; versar a perícia sobre questão a qual não possa responder sem grave dano a si ou afins (1) Parágrafo único. A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco) dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob pena de se reputar renunciado o direito a alegá-la (art. 423). (Redação dada pela Lei nº 8.455, de ) Art O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer. Art O perito pode escusar-se (art. 146), ou ser recusado por impedimento ou suspeição (art. 138, III); ao aceitar a escusa ou julgar procedente a impugnação, o juiz nomeará novo perito. (Redação dada pela Lei nº 8.455, de ) Comentário: De acordo com as legislações cíveis acima referidas é extensivo aos peritos nomeados, no que Ihes for aplicável, o disposto no Art. 423, relativo ao direito de escusa. III.5 - Do Código de Processo Penal III Da nomeação dos peritos: Art.159: O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº , de 2008) 1 o : Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. (Redação dada pela Lei nº , de 2008) 2 o : Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. (Redação dada pela Lei nº , de 2008) Art.179: No caso do 1 o do art.159, o escrivão lavrará o auto respectivo, que será assinado pelos peritos e, se presente ao exame, também pela autoridade. Comentário: Quando necessário, na ausência de perito oficial, deverão ser nomeados sempre dois peritos após lavratura do auto

10 10 respectivo por parte do escrivão de acordo com o Art. 179, caso contrário todo o trabalho pericial será seguramente inútil e ineficaz. peritos: III Do impedimento ou suspeição dos Art. 254: O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; IV -:se tiver aconselhado qualquer das partes; V -:se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; Vl -: se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. Art. 255: O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo. Art.275: O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária. Art.277: O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível. Parágrafo único: Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente: a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade; b) não comparecer no dia e local designados para o exame; c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos. Art.279: Não poderão ser peritos: I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código Penal; II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;

11 11 III - os analfabetos e os menores de 21 anos. Art.280: É extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes. III.5.3 Da prevaricação: Art. 319 Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. IV CONCLUSÃO: acima, podemos afirmar que: Do observado e exposto nas considerações 1 - Os médicos plantonistas que atuam no PSM são agentes subordinados à Cooperativa e devem atender ao determinado pela Diretoria da entidade, desde que sejam respeitadas as normas éticas e legais. A entidade mantenedora responsável tem o dever e a obrigação de estabelecer condições de tempo e local para a realização dos exames cautelares, e deve disponibilizar dois médicos plantonistas (a serem nomeados peritos) fora da escala do plantão (lembrando que, de acordo com o Código de Ética Médica, em seu Artigo nº 93, é vedado ao médico assistente ser perito de seu próprio paciente) para não acarretar prejuízo ao atendimento da assistência à saúde dos pacientes, visto que o PSM não é o local mais adequado para a realização das perícias. 2 - Os médicos plantonistas só deverão realizar os exames de corpo de delito após suas nomeações oficiais pela autoridade pertinente, conforme preconizam as normas do C.P.P. As nomeações deverão sempre ser lavradas no ato da nomeação do perito e anteceder a realização do exame, de forma individual (uma nomeação e um compromisso legal para cada exame). As nomeações dos peritos "ad hoc" deverão ser sempre em número de dois (dois médicos fora da escala de plantão do dia). O desrespeito às normas jurídicas (CPP - Art. 159, s 1º e 2º; Art. 179) torna inútil, ineficaz e sem valor probatório a perícia realizada e a responsabilidade compete à autoridade nomeante, podendo, inclusive, eventualmente configurar prova obtida de maneira ilegal. 3 - Do ponto de vista ético-profissional o médico plantonista no pronto socorro, atuando no atendimento assistencial, em atenção às normas éticas acima referidas, principalmente a determinação do Art. 98 do Código de Ética Médica, não poderá realizar as perícias a ele solicitadas, devendo comunicar de imediato seus superiores os motivos e/ou impedimentos pelos quais o levou a tomar tal

12 12 decisão, tendo em vista que a exigência da autoridade solicitante é imprópria e fere o Código de Ética Médica e o Código de Processo Penal. 4 - Os peritos nomeados poderão ainda se escusar ou se declarar impedidos em realizar as perícias, em cumprimento às normas éticas (Capítulo I, incisos VII e VIII; Capitulo II, inciso IX; Capítulo IX, Artigo 73; Capítulo XI, Artigos 93 e 98 (parágrafo único), assim como às normas legais (CPP - Arts. 254, 255, 275, 277, 279, 280). Este é o nosso parecer, s.m.j. Conselheiro Aizenaque Grimaldi de Carvalho PARECER APROVADO NA REUNIÃO DA CÂMARA TÉCNICA DE MEDICINA LEGAL, REALIZADA EM 11/06/2015. APROVADO NA REUNIÃO DA CÂMARA DE CONSULTAS, REALIZADA EM HOMOLOGADO NA 4.706ª REUNIÃO PLENÁRIA, REALIZADA Referencias Bibliográficas: (1) Filho.S.R.[et al] Perícia Médica Brasília: CREMEGO, (2) Vade Mecum RT 6ª ed. São Paulo; Editora Revista dos Tribunais, 2011 (3) Código de Ética Médica CREMESP 2010.

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