CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: MEDICINA LEGAL I
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- Júlia Freire Garrido
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1 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: MEDICINA LEGAL I 07/08 - Medicina legal, conceito, relação com outras ciências, noções históricas, noções de pericia e de peritos; 14/08 - Documentos médico legais: notificação, atestados, relatórios, pareceres; divisão dos principais documentos; modelos dos principais documentos. 21/08 - Antropologia médico legal, generalidades sobre identificação de espécie, raça, sexo, idade e estatura; DNA. 28/08 - Antropologia médico legal, identificação judiciária no vivo (recém nascido) e no morto; processos antigos; noções de datiloscopia. 04/09 - Traumatologia médico legal, noções de anatomia humana, energias de ordem mecânica perfurantes, cortantes e corto contundentes. 11/09Traumatologia médico legal, energias de ordem mecânica contundentes e perfuro contundentes. 02/10 - Traumatologia legal, energias de ordem física, química e físico químicas (asfixias). 23/10- Traumatologia legal, energias de ordem biodinâmica, bioquímica e de ordem mista. 30/10 - Traumatologia legal, lesões corporais de interesse para a justiça; exame pericial e exame complementar. 06/11 - Sexologia forense, seus crimes e exames pertinentes; transtornos da sexualidade. 13/11 - Aspectos medico legais do casamento; perícia. Contenção da natalidade e planejamento familiar. Investigação da paternidade e maternidade 20/11 - Aspectos médico legais da gravidez, parto e puerpério; aborto legal e criminoso, infanticídio.
2 Cronologia das aulas: Agosto: 07/04/28 Setembro: 04/11 25/09 1ª prova 2 a 4 questões dissertativas 19/10 substitutiva - idem Outubro: 02/23/30 Novembro: 06/13/20 27/10 2ª prova 2 a 4 questões dissertativas 11/12 substitutiva - idem Dezembro: 04/11 18/12 exame de manhã e revisão a noite. # NÃO TERÁ AULA: 18/09,O9/10,16/10 FALTA: ABONO NA DEPENDENCIA DE JUSTIFICATIVA CONFORME PORTARIA 10 DE 10 DE OUTUBRO DE 2014
3 DISCIPLINA DE MEDICINA LEGAL UNISALESIANO/ 1ª AULA INTRODUÇÃO À MEDICINA LEGAL TURMA: 9º semestre noturno 2º semestre ª feira, dia das 19,00 às 21,00 hs.
4 BIBLIOGRAFIA: BÁSICA: Medicina Legal de Genival V. França, 9ª ed OUTRAS: Medicina Legal de Flaminio Fávero. Manual de Md.Legal de Delton Croce Curso Básico de M.L. de O. Ramos Maranhão Atlas de Patologia Forense de Austin Gresham A Medicina e o Direito de Dorival F. Queiroz
5 MEDICINA LEGAL A Medicina tem como objetivos básicos a cura das moléstias, pela Medicina curativa, e a prevenção das moléstias, pela Medicina preventiva Quando a Medicina se alia ao Direito surge um objetivo novo nesta ciência biológica, ou seja, o esclarecimento dos fatos médicos que interessam ao Direito, ou MEDICINA LEGAL
6 MEDICINA LEGAL DEFINIÇÃO: MEDICINA LEGAL É A APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS DA MEDICINA NA ELUCIDAÇÃO DOS PROBLEMAS JURÍDICOS. É ciência e arte, uma arte estritamente objetiva e racional, isto é, forçosamente científica
7 Para Hélio Gomes o laudo pericial, muitas vezes, é o prefácio de uma sentença IMPORTÂNCIA: PARA O OPERADOR DO DIREITO: (Delton Croce) "amplia aos acadêmicos de Direito a consciência universalista do homem e a gênese de suas ações PARA O MÉDICO: pode, a qualquer momento, ser chamado a opinar como perito e só um motivo extremamente sólido poderá levá-lo a escusar-se.
8 DIVISÃO DA MEDICINA LEGAL: DEONTOLOGIA MÉDICA MEDICINA LEGAL PPT DITA» TRAUMATOLOGIA» CRIMINOLOGIA PSICOPATOLOGIA FORENSE» SEXOLOGIA FORENSE» TANATOLOGIA» IDENTIFICAÇÃO» POLICIA TÉCNICA» INFORTUNÍSTICA Trabalho em grupo
9 PERÍCIA ADMINISTRATIVA: quando os fatos interessam a algum tipo de administração, por exemplo, a administração pública. PERÍCIA FORENSE: Quando o fato for de interesse da Justiça. Pode ser: civil, penal, trabalhista, previdenciária, etc, conforme o fato debatido judicialmente. Se for atinente a aspectos de natureza médico-científico judiciária, trata-se de PERÍCIA MÉDICO-LEGAL, realizadas por legistas ou não legistas.
10 FINALIDADE DA PERÍCIA A PRODUÇÃO DA PROVA QUE NADA MAIS É QUE UM ELEMENTO DEMONSTRATIVO DE UM FATO DE INTERESSE DA JUSTÍÇA.
11 A perícia bem feita transforma um fato de natureza transeunte em material comprobatório de natureza permanente. Perpetua aquilo que é transitório! O aspecto descritivo da perícia deve ser de tal monta que, mesmo passado muito daquele ano, o leitor que tome ciência documento, chegue as mesmas conclusões e tenha a mesma concepção observada pelo perito descritor.
12 SÃO REALIZADAS EM: Pessoas vivas para diagnóstico de lesões corporais, determinação de idade, sexo e grupo racial; diagnóstico de gravidez, conjunção carnal, abortamento, ato libidinoso, etc. Cadáveres visando principalmente o diagnóstico da causa da morte, inclusive a jurídica, e seu momento.além de sua identificação, idade, origem,etc Animais ou objetos Documentos Outros: saliva, sangue semen, pelos, etc Aforismo médico legal: O cadáver conta sua história ao perito...
13 Qualidades da perícia: ordem, clareza, concisão, precisão, raciocínio lógico, atinência aos fatos.
14 As perícias devem seguir um ordenamento prédeterminado, de forma que, todas elas sejam feitas da mesma forma e cheguem a conteúdos probatórios que seriam as conclusões de quaisquer outro perito. Assim, o ideal é que as pericias seja ordenadas pelas leis judiciárias, de forma especial, pela lei judiciária criminal.
15 LEGISLAÇÃO: NOVO CPC Art O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico. 1 o Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado. 2 o Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além de consulta direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados. 3 o Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a experiência dos peritos interessados. 4 o Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos dos arts. 148 e 467, o órgão técnico ou científico nomeado para realização da perícia informará ao juiz os nomes e os dados de qualificação dos profissionais que participarão da atividade. 5 o Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da perícia. Art O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo. 1 o A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.
16 LEGISLAÇÃO:NOVO CPC IMPEDIMENTO Art Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. VALE PARA O PERITO
17 LEGISLAÇÃO: NOVO CPP - SUSPEIÇÃO Art Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. 1 o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. 2 o Será ilegítima a alegação de suspeição quando: I - houver sido provocada por quem a alega; II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido. VALE PARA O PERITO
18 LEGISLAÇÃO (Código de Ética Médica) AUDITORIA E PERÍCIA MÉDICA É vedado ao médico: Art. 92. Assinar laudos periciais, auditoriais ou de verificação médico-legal quando não tenha realizado pessoalmente o exame. Art. 93. Ser perito ou auditor do próprio paciente, de pessoa de sua família ou de qualquer outra com a qual tenha relações capazes de influir em seu trabalho ou de empresa em que atue ou tenha atuado. Art. 94. Intervir, quando em função de auditor, assistente técnico ou perito, nos atos profissionais de outro médico, ou fazer qualquer apreciação em presença do examinado, reservando suas observações para o relatório. Art. 95. Realizar exames médico periciais de corpo de delito em seres humanos no interior de prédios ou de dependências de delegacias de polícia, unidades militares, casas de detenção e presídios. Art. 96. Receber remuneração ou gratificação por valores vinculados à glosa ou ao sucesso da causa, quando na função de perito ou de auditor. Art. 97. Autorizar, vetar, bem como modificar, quando na função de auditor ou de perito, procedimentos propedêuticos ou terapêuticos instituídos, salvo, no último caso, em situações de urgência, emergência ou iminente perigo de morte do paciente, comunicando, por escrito, o fato ao médico assistente. Art. 98. Deixar de atuar com absoluta isenção quando designado para servir como perito ou como auditor, bem como ultrapassar os limites de suas atribuições e de sua competência. Parágrafo único. O médico tem direito a justa remuneração pela realização do exame pericial.
19 OS PROFISSIONAIS DA PERÍCIA PERITO OFICIAL = PERITO CRIMINAL (polícia técnica) LEGISTAS OU MEDICO-LEGISTAS Possuem o que se determinou chamar de fé de oficio. Assim, presume-se como verdadeiro aquilo que relatarem. PERITOS OFICIOSOS = DOIS MÉDICOS DA CONFIANÇA DO JUIZO DOIS CIDADÃOS COM CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS Devem assinar um termo de compromisso formal de bem e fielmente desempenharem a sua missão, declarando como verdadeiro o que encontrarem e descobrirem e o que suas consciências entenderem
20 ADEP ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DOS ERROS DE NATUREZA PROFISSIONAL EXAME DO LOCAL DO DELITO FEITO PELOS PERITOS CRIMINAIS: REALIZAM FOTOGRAFIAS ELABORAM CROQUIS FAZEM MENSURAÇÕES PERINECROSCOPIA: EXAME NO LOCAL FEITO PELO MÉDICO LEGISTA.
21 ADEP ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DOS ERROS DE NATUREZA PROFISSIONAL TRABALHO DO PERITO CRIMINAL:
22 NÚMERO DE PERITOS: No processo penal: obrigatoriamente eram 2 peritos (CPP art.159) O artigo foi alterado pela Lei de junho de 2008, passando a 1 perito somente. ( O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.) Ambos deveriam realizar a perícia. Na prática, apenas um dos dois o fazia, ficando o outro na qualidade de revisor, na verdade, apenas com a tarefa de subscrevê-la, muitas vezes, sem ao menos tomar ciência de seu teor. No processo civil: apenas 1 perito, podendo, as partes, indicar Assistente técnico. (Art. 145 do CPC. Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, segundo o disposto no art. 421.)
23 O ASSISTENTE TÉCNICO NO PROCESSO JUDICIAL Ao longo da história processualística brasileira, a figura do assistente técnico sofreu importantes modificações no tocante às suas funções no processo, sendo inegável a segurança que sua presença traz à parte que o contratou, quando da apresentação do laudo pericial requerido pelo juiz. O juiz não está adstrito ao laudo pericial apresentado pelo perito nomeado por ele, podendo basear sua decisão no parecer elaborado pelo assistente técnico, já que não há de falar na prevalência de uma prova em detrimento da outra. Cf. Consulex 276 de julho de 2008, pg. 14/15
24 AVALIAÇÃO PERGUNTA-SE: O que significa visum et repertum? Qual sua importância para a Medicina legal?
25 ASSISTENTE TÉCNICO: São especialistas, pessoas qualificadas ou experientes em certos assuntos, que são indicadas pelas partes para acompanharem a perícia junto com o perito nomeado pelo juízo. Isto é possível nas causas criminais ou cíveis; cada parte fica livre para indicar apenas um assistente técnico.
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