CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº
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- Brian Philippi Brunelli
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1 CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº DATA DISCIPLINA Processo Civil PROFESSOR Ival Herckert MONITOR Bruna Oliveira AULA Aula 04 Intevenção de terceiros Oposição Nomeação à autoria Denunciação à lide Chamamento ao processo Assistência Incidente de desconsideração da personalidade jurídica. A assistencia no novo CPC é uma modalidade de intervenção de terceiro. Art. 120 prazo de 15 dias a partir do momento em que há o pedido de assistência abertura de prazo às partes para impugnar a solicitação de intervenção de terceiro, no velho CPC o prazo era de 5 dias. DA DENUNCIAÇÃO À LIDE Modalidade de intervenção que pode ser requeria pelo autor ou réu. Premissa: eventualidade direito regressivo contra alguém, na eventualidade do direito do autor ser procedente, por exemplo. Denunciação é mera faculdade, não existe obrigatoriedade - O art. 456 do CC está revogado pelo novo CPC. O direito de regresso pode ser requerido por ação autônoma. Art. 125 artigo importante: causas de denunciação à lide. 1º - a denunciação é mera faculdade da parte 2º - é possível a denunciação sucessiva limitada à uma única denunciação sucessiva contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma. Quem não puder fazer a denunciação à lide, deverá fazê-lo por ação autônoma.
2 O Art. 456 do CC revogado seria possível fazer uma denunciação à lide por salto. Não existe esta possibilidade no novo CPC, pois somente é possível denunciar o alienante imediato. Sucessiva = do 3º para o 4º e assim sucessivamente. Art. 128 parágrafo único: (merece destaque!) Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. correta e efetiva satisfação do crédito do autor. CHAMAMENTO AO PROCESSO Art, 130 requisitos Pressupõe a triangularização do processo. AMIGO DA CORTE (Amicus Curiae) Art. 138 requerida por qualquer das partes, de ofício pelo juiz. Pode ser requerida ainda em fase de conhecimento em qualquer grau de jurisdição. A decisão de chamar o amigo da corte é
3 irrecorrível (salvo embargos de declaração). Não implica na alteração da comepetência. Prazo do Amicus Curiae = 15 dias após a intimação. INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Nova modalidade de intervenção de terceiro trazida pelo novo CPC. Não é lícito ao juiz desconsiderar a personalidade jurídica tem que haver requerimento, bem fundamentado. Para atingir o patrimônio é necessária a citação do sócio oportunidade de defesa garantia do prévio contraditório. O incidente de desconsideração de personalidade jurídica pode ser requerido em todas as fases do processo, a qualquer momento inclusive na fase de conhecimento (o autor deverá trazer provas de que em sendo procedente o pedido, não existe patrimônio suficiente da pessoa juridica em razão de questões fraudulentas, por exemplo). Feito o requerimento na fase de execução, o juiz dará uma decisão (decisão interlocutória) autorizando que na execução, caso não se encontre bens, que poderá ser executado o patrimônio do sócio. Art. 133 instaurado por requerimento da parte ou Ministério Público. 1º - pressupostos da lei nítida situação de desconsideração. 2º - desconsideração inversa pressupõe que quem o autor esteja litigando seja pessoa natural (réu) e este réu tem uma PJ, a pessoa natural não tem patrimônio aplica-se a desconsideração inversa, ou seja, é possível desconsiderar a pessoa natural para atingir a pessoa jurídica. Art. 134 cabível em todas as fases do processo, inclusive no conhecimento. 1º - registro = certidão de que existe certidão contra terceiro, portanto, qualquer bem alienado importará em fraude contra a execução. 2º - dispensa-se a instauração do incidente se esta for requerida na própria petição inicial (pedido de citação do réu, requerimento de desconsideração da personalidade jurídica e citação do sócio da PJ). 3º - suspensão do processo (exceto se for requerida na petição inical) 4º - o requerente deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos para a desconsideração da PJ art. 50 do CC (demonstrar que o réu quer fraudar a execução desvio de finalidade da PJ). + art. 28 do CDC (demonstrar que a PJ é um impencilho para o cumprimento da sentença. Ex. A PJ tem sede em um local no registro, já se mudou e ainda não informou a alteração). Art. 135 prazo de 15 dias para manifestar Art. 136 concluida a instrução, o incidente será resolvido por decisão interlocutória cabe agravo de instrumento. Se o juiz decidir tal questão na sentença, caberá recurso de apelação (princípio da unirrecorribilidade art. 1009, caput e 3º). Parágrafo único se a decisão for proferida pelo relator, caberá agravo interno. Art. 137 se acolhida desconsideração da personalidade jurídica, a alienação de bens é considerada como fraude à execução e NÃO será eficaz em relação ao requerente.
4 DO JUIZ E DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA Art. 139 o juiz dirigirá o processo, permitindo às partes igualdade de tratamento. Deve velar pela duração razoável do processo; previnir/reprimir ato atentatório à dignidade da Justiça e ao princípio da boa-fé; assegurar o cumprimento da ordem judicial; promover autocomposição; dilatar prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova (todo e qualquer prazo processual caindo por terra os prazos dilatórios e peremptórios / pode ainda ouvir testemunhas antes de uma podução de prova pericial); exercer poder de polícia; determinar a qualquer tempo o comparecimento das partes para inquirí-las (não incidirá a pena de confesso); determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais (ver art. 76, 1007, 932 parágrafo único); demandas individuais repetititvas oficiar o MP, defensoria pública para se for o caso promover ação coletiva respectiva (respeitabilidade em nível de isonomia). Parágrafo único: a dilação dos prazos somente pode ser determinada antes de encerrado o mesmo. Obs: é lícito ao juiz reduzir prazos, desde que com anuência das partes. Art. 140 o juiz não pode se eximir de decidir sob o fundamento de obscuridade ou lacuna Art.141 decisão nos limites propostos pelas partes Art. 142 aplicação da litigância de má-fé quando as partes praticarem ato simulado ou conseguir fim vedado por lei. Art responde pessoalmente por perdas e danos de forma regressiva (as causas de responsabilidade estão nos incisos) quem responde primeiramente é o Estado que irá regressar contra o Magistrado. IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO: Ver. Art. 134 do Velho CPC. Impedimento a lei está dizendo a circustância da parcialidade Suspeição pode ser parcial Art. 144 Causas de impedimento: I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; Obs: limite até o terceiro grau seja em linha reta ou colateral. Incluiu ainda neste artigo o defensor público, MP. IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
5 V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; Obs: no antigo CPC era causa de suspeição e passou a ser causa de impedimento no novo CPC. VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. Art. 145 causas de suspeição: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. 1º - o juiz pode se declarar suspeito por razões de foro íntimo, sem precisar justificar 2º - Será ilegítima a alegação de suspeição quando: I - houver sido provocada por quem a alega; II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido. Art Os motivos de impedimento e suspeição são aplicados aos membros do MP, auxiliares da justiça e demais sujeitos imparciais do processo. MINISTÉRIO PÚBLICO Art individuais. situação indicativa defesa da ordem jurídica, defesa dos interesses sociais e Art. 177 exercerá direito de ação de acordo com as funções constitucionais. Art 178 MP como fiscal da lei/fiscal da ordem jurídica. I - interesse público ou social;
6 II - interesse de incapaz; III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. Parágrafo único: A participação da Fazenda não pressupõe que o MP tenha que participar somente processos que haja interesse coletivo. Art. 179 será intimado de todos os atos do processo depois das partes, podendo ainda produzir provas e requerer medidas processuais pertinentes e inclusive recorrer. Art. 180 terá prazo em dobro para manifestar nos autos a partir da sua intimação pessoal (carga, remessa ou meio eletrônico) que se fará tal como se faz para a advocacia pública (art. 183). Quando a lei estabelecer de forma expressa prazo próprio para o MP, o prazo não será em dobro (ex. Art. 178 prazo de 30 dias para se manifestar no processo). Art. 181 responsabilidade civil do representante do MP somente quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções. ADVOCACIA PÚBLICA: Art. 183 União, Estado, DF, Municípios, autarquias e fundações gozarão de prazo em dobro a partir da sua intimação (carga, remessa ou meio eletrônico). Não se aplica o prazo em dobro quando a lei determinar expressamente outro prazo. Art responsabilidade civil somente quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções. DEFENSORIA PÚBLICA Art. 186 goza de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais a partir da intimação pessoal do defensor público (carga, remessa ou meio eletrônico). 2º - intimação pessoal da parte a requerimento da defensoria pública quando o ato processual depender de providência ou informação que somente pode ser realizada pela parte. A atuação do defensor público é diferente da atuação do advogado privado o defensor público não pode prestar informações, pois ele não tem poder para tanto. Na advocacia privada as partes podem ser intimadas a prestar informações através de seu advogado (isso não ocorre na defensoria pública). 3º - os escritórios-escolas: aplica-se o disposto no caput aos escritórios escolas (prática jurídica das faculdades de Direito) e associações que tenham convênios firmados com a Defensoria Pública = prazo em dobro. 4º - Não se aplica o prazo em dobro quando a lei determinar expressamente outro prazo. Art responsabilidade civil somente quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções. DOS ATOS PROCESSUAIS
7 Conhecimento: a. Procedimento comum: não existe mais a dicotomia rito ordinário e rito sumário Petição inicial ato de citação Audiência de conciliação ou mediação. Somente não haverá audiência de conciliação se versar sobre direito que não admite autocomposição (não se trata aqui de direitos indisponíveis). O autor e réu devem manifestar expressamente o desinteresse em compor, ai sim a audiência será cancelada. Na audiência de conciliação se abrirá o prazo para apresentação da contestação. P.I = petição inicial T.A = tutela antecipada T.C = tutela cautelar Tutela antecipada/tutela cautelar antecedente PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS Velho CPC: (art. 846) interrogatório da parte, inquirição de testemunha ou perícia estava alocado com cautelar sempre foi necessário haver periculo in mora. Novo CPC: Art. 381 não há especificação de modalidade de prova qualquer modalidade de prova pode ser feita de forma antecipada.
8 I fundado receio tornar impossível a verificação de certos fatos na pendência da ação periculo in mora. Poderá ser feito antes da ação ou na pendência dela a petição é feita no próprio processo, não é mais necessário fazer uma cautelar em autos apartados pendente ao processo principal. II a prova que será produzida possibilitará a autocomposição/mediação, etc. III o prévio conhecimento dos fatos a partir da prova possa justificar ou evitar o ajuizamento da ação. Obs: o Art. 700, 1º do novo CPC prevê mais uma situação acerca da produção de provas. Esta seria uma 4ª situação de produção de prova antecipada quando a produção da prova for testemunhal (o art. 227 do CC foi revogado em razão do novo CPC não há limitação de valor da causa para viabilizar o procedimento monitório). 2º - a produção é de competência do juízo do foro onde deva ser conduzida ou do foro de domicílio do réu 3º - a produção de prova pode ser feita para um juízo que não será o que vai processar efetivamente o processo não há prevenção 4º - o juízo Estadual tem competência para produção antecipada de prova em processo contra União, autarquia, empresa pública, se na localidade não houver juízo federal. Art. 382 trâmite processual: Petição de produção de provas -> citação dos interessados -> manifestação + provas (não é possível defesa ou apresentação de recursos, somente será possível recorrer se o pedido de produção de provas for totalmente indeferido pelo juiz (recurso de apelação); os interessados também podem produzir provas desde que relacionado ao mesmo fato; o juiz não poderá fazer valoração da prova somente pode colher e preservar a prova). -> prova produzida de forma antecipada (produzida a prova, os autos permanecem em cartório pelo prazo de 01 mês e depois deste prazo são entregues ao requerente originário, neste prazo de 01 mês, qualquer interessado poderá requerer certidões).
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