AÇÃO DA LUZ SOBRE AS AVES
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- Isabel Mangueira Moreira
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2 AÇÃO DA LUZ SOBRE AS AVES A luz exerce dupla ação nas aves: Estimula função sexual Estabelece o ciclo reprodutivo Alternância entre dia e noite permite sincronização entre animais Ovário (imaturo) = óvulos Somente 2,5% = maduros e ovulam Ovulação = hierarquia folicular seqüência de ovulação condicionada ao tamanho do folículo
3 Sincronização = denominada ritmo circadiano - permite repetição da ovulação periodicamente Existem 2 receptores para a luz, na ave: Primeiro receptor superficial retina Segundo receptor hipotalâmico (via transcraniana)
4 COMO A LUZ ATUA SOBRE AS AVES DE POSTURA
5 Latitude N o de horas de luz diárias varia durante o ano (posição da terra em relação ao sol) Dias ficam mais longos de 21 junho a 21 dezembro Dias mais curtos de 22 dezembro a 20 junho Condições brasileiras Latitude entre 33 o S e 5 o N Mínimo 10 horas de luz natural por dia
6 RS: 27o - 33o
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8 RELAÇÃO ESTAÇÃO DO ANO X POSTURA Aves nascidas no inverno: Maturidade sexual muito precoce Início postura antes do desenvolvimento corporal Produção de ovos menores e em menor quantidade Problemas de prolapso de oviduto Aves nascidas no verão Maturidade sexual mais tardia Produção de ovos mais pesados
9 Programas de luz Dependem basicamente de: Horas de luz diárias Estação do ano Instalações Convencional (aberto) Semi-escuro (sombrite) Escuro
10 Recria em galpão escuro ou semi-escuro Neutraliza os efeitos sazonais lotes maturidade sexual na idade adequada atingem Maior sensibilidade ao programa de fotoestimulação consumo de ração e estresse com as atividades Melhor viabilidade na recria Melhor uniformidade de peso e sexual Alcançam o pico + cedo (1-2 semanas)
11 Pontos negativos do Dark-house e Sombrite Maior custo de energia elétrica, de instalações e equipamentos Necessidade de gerador Adaptação das aves quando são transferidas para galpões convencionais
12 Programas de iluminação regras gerais Programa de iluminação adaptado otimiza o desempenho dos lotes comerciais Maturidade sexual e peso influenciam produção, tamanho do ovo, viabilidade, qualidade da casca É difícil sugerir um único programa p/ todas as condições de recria e produção
13 Fatores importantes na definição de seu próprio programa de luz Localização (variação da luz natural durante o ano) Características do galpão (escuro, semi-escuro, aberto) Estação do ano (dias crescentes ou decrescentes) Data da eclosão Crescimento real do lote Desempenho normalmente obtido nos galpões
14 Recomendações gerais de programas de luz Objetivo do programa de luz em poedeiras: aves c/ maturidade sexual precoce; bom tamanho de ovo; alto pico de postura; alto número de ovos/ave alojada
15 Recomendações gerais de programas de luz Cria /1ª semanas recria fornecer 22h-24h luz na 1ª semana (30-40 lux); a partir da 2ª semana reduzir gradativamente até que aves atinjam 10ª semana somente c/ luz natural (até 10 semanas aves são refratárias à luz)
16 Programa de luz intermitente p/ pintainhas de 1 dia (alternativa) Após 24h luz nos primeiros 2-3 dias Dividir dia em momentos de descanso e atividade (luz e escuro) Objetivo: sincronizar atividades
17 Recria entre 10ª e 18ª semana deixar a criação em luz natural (quanto menor estímulo de luz, maior idade à maturidade sexual) (na recria aves são altamente sensíveis à luz) em qualquer condição de criação é fundamental utilizar programa de luz decrescente nesta fase (desenvolvimento do esqueleto e crescimento da ave)
18 A redução da duração da iluminação deve ser adaptada ao tipo de galpão e condições locais Ex: p/ galpões abertos (acima de 20 o latitude) sugere-se considerar a duração da luz natural que as aves receberão c/ 16 semanas p/ determinar a duração da luz constante e evitar a entrada em postura
19 Entre 8 semanas e início da fotoestimulação: evitar qualquer aumento da duração da luz nesta fase controlar maturidade sexual e evitar início de postura muito cedo c/ peso corporal inadequado
20 Recomendações gerais de programas de luz Galpão escuro, conforme a estação: pode-se aplicar duração estável de luz natural entre 7 semanas (ou a partir da qual a duração da luz se mantenha estável) e o início da fotoestimulação. A duração da luz neste período deve se adaptar ao crescimento das frangas (10, 11 ou 12h)
21 Recomendações gerais de programas de luz Galpões abertos, onde o controle é difícil: a duração da luz natural, quando o lote atingir 16 semanas, determinará duração da luz constante e momento de seu início.
22 Iniciar fotoestimulação quando atingir 5% produção ou PC adequado (iniciar c/ 1h, aumentar gradativamente até alcançar 16h (natural + artificial)) (na produção aves são sensíveis à luz) Após início da fotoestimulação não se deve mais reduzir a duração da iluminação durante o período de produção.
23 A partir do pico de produção: pode-se reduzir gradativamente a intensidade de luz Objetivos: evitar desperdício de ração, hiperatividade e mortalidade (cuidar p/ que intensidade seja suficiente e bem distribuída)
24 Estímulo noturno 1h a 1:30h de iluminação oferecida no meio da noite Estimula e garante bom consumo de alimento durante primeiras semanas de produção Compensa efeitos negativos de forte calor no verão Pode ser iniciado ou interrompido durante todo o período de produção, desde o aumento da duração da iluminação até o início da postura
25 Unidade de luz LUMÉN intensidade de luz emitida por um corpo luminoso LUX = medida de lúmens/m 2 1 lâmpada incandescente de 100W em 9m² = 100 lux Dia nublado: às 10h tem lux
26 Intensidade luminosa de diferentes tipos de lâmpadas
27 Exemplos de programas de luz: (Manual linhagem Novogen)
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31 Exercícios de fixação: 1. Explique o que você entendeu por ritmo circadiano. 2. Quais são as denominações dadas aos dois receptores de luz que existem nas aves? 3. O que deve ser observado para se determinar um bom programa de luz no aviário? 4. A luminosidade exerce influência nas aves. Explique o que ela estimula. 5. Qual é a influência da latitude sobre os programas de luz?
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