O Homem e suas necessidades lumínicas. O Olho Humano Visão das Cores e Percepção

Transcrição

1 O Homem e suas necessidades lumínicas O Olho Humano Visão das Cores e Percepção

2 O olho é o órgão através do qual se torna possível perceber as sensações de luz e cor e interpretar, por meio da imagem, o mundo que nos cerca. Em determinadas espécies de animais, o olho é apenas um agrupamento de células pigmentadas que permitem distinguir entre a claridade e a escuridão. Em espécies mais evoluídas, o olho é composto de lentes e diafragmas para a focalização e a limitação de feixes de luz, além de um sistema de células sensíveis às radiações luminosas, que possibilitam a percepção das imagens.

3 No olho, a sensação visual ocasionada pelos estímulos luminosos gera impulsos que são transmitidos, através do nervo ótico até o cérebro, onde se processa a interpretação das diferentes intensidades de luz, permitindo distinguir formas, tamanho e posição dos objetos por meio da percepção visual. (ALMEIDA, 2003:14)

4 A LUZ E A SAÚDE DO HOMEM Alivia o efeito da depressão sazonal; Aumenta a duração e qualidade do sono; Define padrões sono / atividade em pacientes com Doença de Alzheimer; Melhora o desempenho em trabalhadores noturnos; Promove o ganho de peso em bebês prematuros; Ativa o sistema circadiano através de um mecanismo fotoreceptor recentemente descoberto no olho; Regula a melatonina capaz de reduzir o crescimento do câncer de mama; Influencia diretamente a atividade cortical do cérebro.

5 Iluminação inadequada Fadiga Visual Desconforto Dor de Cabeça Ofuscamento Redução da Eficiência Visual Acidentes Boa Iluminação Aumenta a produtividade Gera um ambiente agradável Salva vidas Responsabilidade: - Projetistas - Administradores - Autoridades Fonte deste slide: Prof. PhD Fernando O. Ruttkay Pereira

6 Os efeitos das condições de iluminação do ambiente no sistema ocular humano estão condicionados diversos resultados ou manifestações, principalmente distinguidos na acuidade visual, na sensibilidade de percepção e na eficiência visual. Acuidade Visual : É a capacidade de distinguir detalhes nos objetos visualizados, com maior ou menor facilidade e rapidez. Depende fundamentalmente dos índices de iluminamento, não levando em conta a reprodução de cores. (ALMEIDA, 2003:15) Sensibilidade De Percepção (Contraste): Contraste é a avaliação subjetiva da diferença em aparência de duas partes de um campo de visão, vistas simultaneamente. Eficiência Visual (Luminosidade Espectral Relativa): Além da impressão luminosa, obtemos também a impressão de cor. Essa sensação de cor está intimamente ligada aos comprimentos de ondas das radiações. Verifica-se que os diferentes comprimentos de onda (as diferentes cores) produzem diversas sensações de luminosidade; isto é, o olho humano não é igualmente sensível a todas as cores do espectro visível. (MOREIRA, 1933:03)

7 PERCEPÇÃO DA COR Quando se trata de luz, a soma das três cores primárias dá o branco. A cor formada por duas cores primárias é a complementar da cor que ficou fora do par. Assim temos Primárias: Vermelho, Verde e Azul. Secundárias: Ciano (Verde + Azul), Magenta (Vermelho + Azul) e Amarelo (Vermelho + Verde)

8 PERCEPÇÃO DA COR Quando se trata de luz, a soma das três cores primárias dá o branco. A cor formada por duas cores primárias é a complementar da cor que ficou fora do par. Assim temos Primárias: Vermelho, Verde e Azul. Secundárias: Ciano (Verde + Azul), Magenta (Vermelho + Azul) e Amarelo (Vermelho + Verde)

9 PERCEPÇÃO DA COR Visão humana tricromática (teoria de Young-Helmholtz) O mecanismo de visão à cores se dá por oposição das cores por pares mutuamente excludentes (teoria de Hering). Vermelho x Verde e Azul x Amarelo (que decorre da soma do vermelho com o verde). Um terceiro tipo de oposição - branco x preto, dá conta da percepção do brilho ou da intensidade da luz. Este mecanismo antes de ser comprovado fisiologicamente já havia sido associado ao fenômeno das imagens coloridas persistentes, que consiste no fato de que, quando desviamos o olhar da cor que estivermos olhando fixamente por algum tempo, existe a percepção da cor complementar àquela.

10 PERCEPÇÃO DA COR

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12 PERCEPÇÃO DA COR CORES COMPLEMENTARES

13 (LIMEIRA, 2005, p.15) O OLHO HUMANO VISÃO DAS CORES PERCEPÇÃO REPRODUÇÃO DAS CORES As variações de cor dos objetos iluminados sob fontes de luz diferentes podem ser identificadas através do conceito da Reprodução de Cores, e de sua escala qualitativa, o Índice de Reprodução de Cores (IRC ou RA). (OSRAM, 2007, p ) O IRC é uma escala internacional, variando de 0 a 100, que indica a fidelidade da reprodução das cores sob uma determinada fonte de luz. Quanto mais próximo do padrão de fidelidade, maior o seu índice, 100, que é dado à luz solar, e melhor aparecem as cores. IRC = 70 / 85 / 100 (FAU/UFRGS- Iluminação Artificial, p.3)

14 No caso do projetista de iluminação é importante observar este índice para escolha das fontes de luz adequadas a cada ambiente, as fim de permitir a visualização do espaço, objetos e pessoas, além de garantir a percepção de suas cores e matizes. O rendimento de uma fonte de luz artificial, no que se refere ao IRC, depende do fato desta emitir todas as cores do espectro luminoso. Caso isto não ocorra, a falta de uma cor impedirá a sua própria reflexão, comprometendo a fidelidade da reprodução de cores. (OSRAM- Iluminação, Conceitos e Projetos, p.28)

15 TEMPERATURA DE COR Relacionada a sensações pode proporcionar desde relaxamento e aconchego, até vitalidade e frescor. É uma medida científica para classificar a luz conforme o equilíbrio dos comprimentos de onda, cuja unidade de medida é expressa em Kelvins (K). ( BERNECKER, 2006, p.110 ) Como um corpo metálico aquecido passa desde o vermelho até o branco, quanto mais claro ou branco (semelhante à luz diurna ao meio-dia), maior é a Temperatura de Cor ( 6500K). Já a luz amarelada, como de uma lâmpada incandescente, está em torno de 2700 K. (GE, 2002, p. 3.13, e OSRAM, 2007, p. 30)