UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA Correlação entre as características do ambiente domiciliar e o desempenho motor e cognitivo de lactentes Audrei Fortunato Miquelote 2011 DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

2 AUDREI FORTUNATO MIQUELOTE CORRELAÇÃO ENTRE AS CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE DOMICILIAR E O DESEMPENHO MOTOR E COGNITIVO DE LACTENTES Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, da Universidade Metodista de Piracicaba, para obtenção do título de Mestre em Fisioterapia. Área de concentração: Intervenção Fisioterapêutica. Linha de pesquisa: Plasticidade Neuromuscular e Desenvolvimento Neuromotor: Avaliação e Intervenção Fisioterapêutica. Orientadora: Profa. Dra. Denise Castilho Cabrera Santos PIRACICABA 2011

3 Ficha Catalográfica Miquelote, Audrei Fortunato. Correlação entre as características do ambiente domiciliar e o desempenho motor e cognitivo de lactentes / Audrei Fortunato Miquelote Piracicaba, f.; il. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Ciências da Saúde Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia / Universidade Metodista de Piracicaba. Orientador(a): Profa. Dra. Denise Castilho Cabrera Santos. l. Desenvolvimento infantil. 2. Desempenho psicomotor - Lactente. 3. Cognição. 4. Ambiente. 5. Fisioterapia. I. Santos, Denise Castilho Cabrera. II. Título. CDU: 615.8:

4

5 Dedico este trabalho aos meus pais, meus irmãos e meu marido, que acreditaram em mim e me deram força durante todo esse percurso. Obrigada a todos por estarem ao meu lado e por acreditarem em meu potencial.

6 Agradecimentos Agradeço especialmente à minha orientadora, mãezona e amiga Profa. Dra. Denise Castilho Cabrera Santos, pela orientação de ouro, pela paciência, pelos puxões de orelha e pelo carinho em suas palavras sempre. À todos meus amigos e futuros mestres, que conquistaram essa vitória ao meu lado, Jú Graetz, Beto e Thais. À minha grande amiga e companheira, Teresa Carmelita Barbosa de Freitas (Carmê), pelo enorme companheirismo, pela amizade, pela força e pelas risadas, que fizeram desse percurso tão gostoso de se percorrer. Às alunas de Iniciação Científica Fernanda e Mayara, que me ajudaram muito a concluir esse trabalho. À Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior CAPES por me conceder a bolsa que possibilitou a realização do tão sonhado mestrado! Às professoras Dra. Maura Mikie Fukujima Goto e Dra. Raquel de Paula Carvalho por compartilharem seus conhecimentos na correção dessa dissertação. Aos professores Carl Gabbard e Priscila M. Caçola pela colaboração nesse trabalho. À todos os professores e funcionários do Programa de Pós-Graduação de Mestrado em Fisioterapia da UNIMEP, que participaram da minha formação de forma direta ou indireta. À todos os pais que permitiram a participação de seus filhos neste projeto. E finalmente, quero agradecer à Deus pela iluminação e pela força em todas as horas.

7 "Para realizar grandes conquistas, devemos não apenas agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar. Anatole France

8 RESUMO Introdução: Pesquisas sugerem que nos primeiros anos de vida, oportunidades (affordances) no ambiente domiciliar são recursos essenciais que promovem ações motoras. Estudos também indicam que o desenvolvimento motor nesta faixa etária é importante para o futuro desenvolvimento social, emocional e cognitivo. Objetivo: Testar, ao longo do tempo, possíveis mudanças no ambiente domiciliar e sua correlação com o desempenho motor e cognitivo de lactentes. Método: Estudo descritivo e longitudinal no qual 32 lactentes foram avaliados quanto às características do ambiente domiciliar que oportunizam habilidades motoras (questionário Affordances in the Home Environment for Motor Development - AHEMD-IS) e quanto ao desempenho motor e cognitivo (Bayley Scales of Infant and Toddler Development-III). Os lactentes tinham idade média de nove (±2,1) meses na primeira avaliação e 15,22 (±2) meses na segunda avaliação. As avaliações foram realizadas por fisioterapeuta treinado e ocorreram no Laboratório de Pesquisa em Desenvolvimento Neuromotor da UNIMEP ou nas instituições de educação infantil. Para a análise de dados pareados utilizou-se o teste t de Student ou Wilcoxon. Para análise de correlação foi aplicado o Teste de Correlação R de Spearman. Possíveis mudanças no ambiente domiciliar no intervalo de tempo de seis meses (entre a 1ª e 2ª avaliações) foram testadas utilizando o método Cohen s d que é uma medida de efeito (effect size). O nível de significância adotado no estudo foi de 5%. Resultado: De maneira geral os resultados apontaram que o ambiente domiciliar sofreu modificações no decorrer de seis meses. As mudanças no ambiente domiciliar ocorreram para um número significativo de famílias e envolveram especialmente as dimensões atividades diárias e brinquedos. A análise dos desempenhos motor e cognitivo mostrou que o grupo estudado apresentava, em sua maioria, desempenho adequado (na média esperada ou acima desta) em ambas as avaliações. As análises de correlação indicaram relação positiva e significativa entre aspectos do ambiente domiciliar e os resultados do desempenho motor (atividades diárias e brinquedos e desempenho motor global na 1ª avaliação e o desempenho motor fino na 2ª avaliação; o escore total do ambiente se correlacionou ao desenvolvimento motor fino na 2ª avaliação). Também foi possível evidenciar correlação entre motricidade fina e cognição, sugerindo influências indiretas do ambiente sobre a cognição. Conclusão: O estudo permitiu concluir que o ambiente domiciliar é dinâmico e sofre mudanças significativas durante os estágios iniciais do desenvolvimento de lactentes. As correlações observadas sugerem que as modificações observadas no ambiente podem, tanto ter influenciado, quanto terem sido influenciadas pelo ritmo de desenvolvimento motor entre o 9º e 15º meses de vida. A correlação entre motricidade fina e cognição sugere influências indiretas do ambiente (via habilidades motoras) sobre o desempenho cognitivo de lactentes. Palavras-chave: Desenvolvimento Infantil, Desempenho Psicomotor, Lactente, Cognição, Ambiente.

9 ABSTRACT Introduction: Research suggests that during the first year, affordances at the home environment are essential resources that promote motor actions. Studies also suggest that the motor development has an important role in future social, emotional and cognitive development. Objective: Throughout time, testing possible changes in the home environment (an inventory for assessing Affordances in the Home Environment for Motor Development - AHEMD-IS) and its correlation with the motor and cognitive performance of infants. Method: A descriptive and longitudinal study in which 32 infants were assessed regarding the characteristics of the home environment that enable motor skills (AHEMD-IS questionnaire) and motor and cognitive performance using the Bayley Scales of Infant and Toddler Development-III. The mean age of infants was nine months (±2.1) during the first assessment and months (±2) during the second. The evaluations were conducted by a trained physiotherapist and carried out at the Research Laboratory of Neuromotor Development of UNIMEP or at educational institutions. For the analysis of the paired data, the Student s-t or Wilcoxon tests were used. For the correlation analysis, the Spearman s R correlation test was applied. Possible changes in the home environment at a time interval of six months (between the 1st and 2nd assessments) were tested using Cohen s d effect size analysis. The level of significance adopted in the study was 5%. Results: In general, the results point out that the home environment suffered modifications over the period of six months. The changes in the home environment occurred for a significant number of families and particularly involved the proportions of daily activities and toy play. The analyses of motor and cognitive performance showed that the majority of the study group showed adequate performance (within the average expected or above it) in the 1st and 2nd assessments. The correlation analyses indicated a positive and significant relationship between the aspects of the home environment and the results of the motor performance. It was also possible to find a correlation between fine motricity and cognition, suggesting indirect influences of the environment on cognition. Conclusions: The study concludes that the home environment is dynamic and undergoes significant changes during the early stages of development of infants. The correlations that we noticed suggest that the observed changes in the environment may both have influenced, as has been influenced by the rate of motor development between 9 and 15 months of life. The correlation between fine motor and cognition suggests indirect influences of the environment (via motor skills) on the cognitive performance of infants. Key words: child development, psychomotor performance, infant, cognition, environment.

10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVO MATERIAL E MÉTODOS Desenho do estudo Aspéctos éticos Seleção do grupo de estudo e casuística Instrumentos utilizados no estudo Avaliação das oportunidades disponíveis no domicílio Avaliação do desempenho motor e cognitivo dos lactentes Procedimento experimental Variáveis e conceitos Variáveis independentes Variáveis dependentes Variáveis descritivas RESULTADOS Características do grupo estudado Mudanças ocorridas no ambiente domiciliar do período de seis meses Desempenhos motor e cognitivo do grupo estudado e possíveis correlações com o ambiente domiciliar... 5 DISCUSSÃO... 6 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXO... 64

11 10 1 INTRODUÇÃO O desenvolvimento da criança consiste de vários domínios interdependentes (sensório-motor, cognitivo e sócio-emocional), influenciados por fatores biológicos (e.g. idade gestacional, peso ao nascer), sócio-ambientais, e pela herança genética, todos passíveis de serem afetados por situações adversas ou favoráveis (Grantham-McGregor et al., 2007). Todavia, essas situações parecem influenciar de maneira impactante o primeiro ano de vida (Bradley, Burchinal, Casey, 2001). Para os humanos esse é um período marcado por intensa maturação biológica e mudanças comportamentais, visto que ao nascer a criança é totalmente dependente e ao fim do primeiro ano de vida adquiriu um impressionante grau de independência, especialmente motora (Tecklin, 2002). Adolph e Robinson (2008) afirmam que o comportamento motor da criança em desenvolvimento é moldado por uma combinação de fatores ambientais, orgânicos, fisiológicos e genéticos de forma que seu resultado não pode ser totalmente predito. No entanto, alguns desses fatores são reconhecidos como situações de risco para o desenvolvimento motor. Dentre os fatores biológicos potencialmente influenciadores do desenvolvimento estão o peso ao nascer e a idade gestacional. Estudos apontam que crianças nascidas prematuras e com baixo peso ao nascer (BPN) apresentam maiores riscos de atraso no desenvolvimento motor axial (Haastert, de Vries, Helders, Jongmans, 2006) e apendicular (Motta et al., 2005; Hess, Papas, Black, 2004), além de atraso no desenvolvimento cognitivo (Miceli et al., 2000). Os recém-nascidos de baixo peso estão em grande risco de sofrerem múltiplos problemas, como doenças infecciosas gastrointestinais (diarréias), respiratórias e atraso de crescimento e desenvolvimento (Lira, Ashworth, Morris, 1996).

12 11 Além do impacto dos problemas biológicos, uma gama de fatores sócio-ambientais também coloca em risco o curso do desenvolvimento na infância. Dentre esses, estudos apontam para o ambiente familiar, como grande influenciador do desenvolvimento infantil (Fischer, Rose, 1998; Andraca et al., 1998; devries, 1999; Abbott et al., 2000). A literatura é vasta de evidências de que as influências ambientais são importantes para o curso do desenvolvimento na infância, onde o contexto domiciliar é considerado um elemento chave na determinação dos resultados do desenvolvimento (Halpern et al., 2000; Bradley, Burchinal, Casey, 2001; Eickmann et al., 2003; Halpern, Figueiras, 2004; Andrade et al., 2005; Iltus, 2006; National Scientific Council on the Developing Child, 2007; Rodrigues, Gabbard, 2007; Santos et al., 2009; Son, Morrison, 2010). Esses fatores sócio-ambientais estão relacionados também com a relação dos pais com seus filhos, a renda familiar e a educação dos pais (Hess, Mcdevitt, 1984; Connor, Son, Morrison, 2005; Bradley et al., 2001; Guo, Harris, 2000). No curso da socialização, os pais interferem regularmente no desenvolvimento de seus filhos, na tentativa de alterar o comportamento social e desenvolver habilidades cognitivas (Hess, Mcdevitt, 1984). Ademais o desempenho de habilidades motoras parece ser grandemente influenciado pela relação dos filhos com os pais e participação destes na rotina da criança, a escolaridade dos pais e a inteligência da mãe (Abbott et al., 2000; Halpern et al., 2000; Goyen, Lui, 2002). Bradley e colaboradores (2001) e Guo e Harris (2000) associam a educação materna com a qualidade do ambiente domiciliar, estilo de ensino dos pais, e investimento na variedade de recursos que promovem a aprendizagem. Além disso, a renda familiar e nível de educação materna têm sido preditores importantes do resultado no desenvolvimento em idade escolar (Connor, Son, Morrison, 2005).

13 12 Há indícios que na primeira infância os principais vínculos, além dos cuidados e estímulos necessários ao crescimento e desenvolvimento, são proporcionados pela família (Andrade et al., 2005). Assim, vários autores afirmam que a escolaridade materna atua fortemente sobre o desenvolvimento cognitivo de crianças através da organização do ambiente, das expectativas e práticas parentais, além das experiências com materiais para estimulação cognitiva e a variação do estímulo diário (Bronfenbrenner, Ceci, 1994; Bradley, Corwyn, 2002; Carvalhaes, Benício, 2002). É consenso que as crianças apresentam variações individuais no desenvolvimento que não podem ser explicadas apenas pelas influências genéticas e de ritmo maturacional neurológico. Na explicação deste fenômeno as influências ambientais, e mais especificamente o ambiente vivenciado na casa tem mostrado grande importância, especialmente nos primeiros anos de vida (Bradley et al., 2001; Rodrigues, Gabbard, 2007). Nas últimas décadas, a investigação em desenvolvimento humano tem dedicado esforços na tentativa de compreender as relações entre o ambiente familiar e aspectos seletivos da trajetória de desenvolvimento da criança (Rodrigues, Gabbard, 2005; Rodrigues, Gabbard, 2007). As mudanças que ocorrem nos primeiros anos de vida são resultado de intricado desenvolvimento neurológico, o qual é influenciado por fatores genéticos e ambientais. A partir de evidências disponíveis na literatura, um recente relatório produzido por Iltus (2006) para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) aponta que a qualidade do ambiente domiciliar nos primeiros anos de vida é um indicador crítico do desenvolvimento na infância e pode ser utilizado como medida indireta do desenvolvimento infantil. Dentre os indicadores da qualidade do ambiente familiar figuram a disponibilidade

14 13 de material para leitura, desenho e brinquedos, além do engajamento dos pais em atividades de leitura e brincadeiras/jogos com a criança. Destaca-se no relatório que o interior da casa e seu entorno imediato são os primeiros ambientes que as crianças experimentam e tem contatos com os membros da família, de forma que a disponibilidade e qualidade dos recursos para aprender e brincar em grande parte determina a natureza destas interações. A literatura aponta também que o ambiente familiar/domiciliar é dinâmico e sofre modificações ao longo do tempo, inclusive em função do estágio do desenvolvimento da criança. Tendo em vista que o desenvolvimento das crianças muda continuamente e que as expectativas sociais em relação a elas também vão se modificando, o ambiente familiar de aprendizagem, como resultado, pode tornar-se mais ou menos estimulante em períodos nos quais são esperadas mudanças desenvolvimentais maiores (Bradley, Caldwell, 1995; Son, Morrison, 2010). A intrincada e recíproca relação agente-ambiente, originalmente proposta por Gibson, é um pressuposto básico da teoria Ecológica (Affordances) (Gibson, 1979; 2002). De acordo com Gibson (1979), affordances são propriedades perceptuais do ambiente, que se tornam evidentes quando a percepção é abordada a partir de uma perspectiva ecológica onde o agente (indivíduo) e o ambiente foram co-concebidos por meio de evolução e são, portanto, mutuamente compatíveis. Isto implica que o agente e o meio ambiente só podem ser adequadamente descritos quando considerados em relação um ao outro (Viezzer, Nieuwenhuis, s/d). De acordo com Monteiro (2006) as ações executadas pela criança modificam o ambiente imediato e o ambiente modificado irá estimular novas ações, que estarão sempre ligadas a estados cognitivos, emocionais e sociais.

15 14 Essa proposição vai de encontro ao conceito percepção e ação (proposto por Gibson), onde o ambiente é considerado como agente desencadeador de um comportamento, e também como propositor de ações, onde a ação é desencadeada pelo objetivo da criança inserida naquele ambiente (Shumway- Cook & Woollacott, 2003). Kreppner (2000) discute em seu trabalho o papel da família como um contexto relevante para o desenvolvimento infantil. De acordo com seu estudo acreditava-se que o ambiente de uma criança era descrito pelo número de ferramentas disponíveis, as condições do domicílio, ou a qualidade da vizinhança e das creches. Porém, desde o final dos anos 60, o conceito da criança como um participante ativo na relação mãe-filho mudou consideravelmente e alargou a visão sobre o papel do ambiente familiar. O autor ressalta que a qualidade da relação entre mãe e criança como aspecto principal do ambiente da criança. Além disso, a relação com o pai representa um importante segmento do ambiente natural em que uma criança cresce. A investigação sobre a influência dos pais no desenvolvimento infantil tem sido enfoque em vários estudos (Collins et al., 2000), porém este enfrenta vários desafios, como a argumentação de que há pouca evidência convincente da influência dos pais sobre o comportamento e personalidade na adolescência e na idade adulta (Hess, Mcdevitt, 1984; Harris, 1995). Dentre os aspectos do desenvolvimento potencialmente influenciados pelo ambiente são de particular interesse a motricidade e a cognição. As evidências de intrincada relação entre esses aspectos do desenvolvimento e a potencial influência do ambiente familiar sobre ambos, os justifica como foco deste estudo.

16 15 Até a década de 50, cognição e motricidade eram estudadas separadamente. A idéia de uma possível relação entre desenvolvimento motor e cognitivo começou com Piaget em 1953, que afirmou que processos cognitivos e motores não seriam entidades separadas e que o desenvolvimento cognitivo dependeria de adequada integração sensório-motora (Piaget; Inhelder, 1966). Bushenell e Bordreau (1993) sugerem que o desenvolvimento motor serve como parâmetro de controle para o desenvolvimento futuro e que habilidades motoras são pré-requisitos para a aquisição e prática de outras funções como habilidade perceptual ou cognitiva. Diversas pesquisas têm contribuído para demonstrar a relação entre o desenvolvimento motor, o desempenho da capacidade cognitiva e o rendimento escolar. Alguns estudos indicam que há uma forte relação entre a capacidade motora fina, visuomotora e cognitiva (Wuang et al., 2008; Kavak, Bumin, 2009). Embora haja descrições limitadas, há indicadores que a função motora grossa também seja um preditor significativo da função cognitiva (Piek et al., 2008). A importância do desenvolvimento motor nos primeiros anos para o futuro desenvolvimento social, emocional e cognitivo tem sido apontada na literatura (Burns, 1999; Burns et al., 2004, Murray et al., 2006; Piek et al., 2008). Pesquisas sugerem que nesse período, oportunidades (affordances) na residência familiar são recursos essenciais que promovem ações motoras (Gibson, 1979; Adolph, Robinson, 2008). Nos primeiros meses e anos de vida a motricidade e as habilidades sensoriais são ferramentas que possibilitam à criança perceber, explorar e conhecer o mundo ao seu redor. O desempenho em habilidades motoras parece ser grandemente influenciado por fatores externos como as condições nutricionais, fatores socioeconômicos e culturais, relação com os pais e

17 16 participação destes na rotina da criança, escolaridade dos pais e inteligência da mãe (Abbott et al., 2000; Halpern et al., 2000; Santos, Gabbard, Gonçalves, 2001; Barros et al., 2003; Goyen, Lui, 2002; Silva, Santos, Gonçalves, 2006; Rodrigues, Gabbard, 2007; Lopes, Lima, Tudella, 2009; Santos et al., 2009; Slining et al., 2010). Da mesma forma, os aspectos cognitivos interagem de maneira organizada e seu desenvolvimento muda de acordo com o ambiente e fatores pessoais da criança que moldam e determinam o ritmo e direção do desenvolvimento cognitivo. Embora o ambiente da casa figure entre o conjunto de subsistemas que contribuem para o desenvolvimento motor infantil, esta relação tem sido pouco investigada (Abbott et al., 2000; Rodrigues, Saraiva, Gabbard, 2005; Rodrigues, Gabbard, 2007) e escassos são os instrumentos que oportunizam a avaliação dessa relação (Iltus, 2006). O inventário Home Observation for Measurement of the Environment (HOME) tem sido o principal instrumento utilizado em pesquisa para analisar o ambiente imediato da criança por meio da avaliação da qualidade e quantidade de estimulação e suporte disponíveis à criança em seu ambiente doméstico, considerando estímulos que afetam o desenvolvimento cognitivo da criança. É interessante notar que estudos que utilizaram o HOME apontam forte relação entre a disponibilidade de brinquedos e materiais estimulantes e o status do desenvolvimento (Caldwell, Bradley, 1984; Bradley et al., 1989; Mundfrom, Bradley, Whiteside, 1993). Embora contenha itens sobre a disponibilidade de brinquedos e materiais estimulantes, o HOME foi desenvolvido para documentar as oportunidades para o desenvolvimento cognitivo e não se aplica a avaliar o ambiente quanto às oportunidades específicas para motricidade.

18 17 Com o intuito de preencher essa lacuna e possibilitar a avaliação dos aspectos do ambiente que especificamente oferecem oportunidades para o desenvolvimento motor, um grupo de pesquisadores da Texas A&M University desenvolveu o inventário Affordances in the Home Environment for Motor Development Self-Report (AHEMD-SR), traduzido para o português Oportunidades no lar para o desenvolvimento motor (Rodrigues, Saraiva, Gabbard, 2005). O AHEMD-SR avalia a qualidade e a quantidade dos aspectos do lar (oportunidades e eventos) que conduzem, estimulam ou aprimoram o desenvolvimento motor de crianças com idade entre 18 e 42 meses (Rodrigues, 2005; Caçola, Gabbard, Santos, 2008). Trata-se de um instrumento de autoavaliação, que é composto por uma seção sobre as características da criança e da família, e duas seções sobre as características do ambiente físico interno e externo do lar, e uma seção sobre variedade de estimulação propiciada pela família na rotina diária (Rodrigues, Saraiva, Gabbard, 2005). O AHEMD-SR se mostrou promissor para avaliar e discriminar diferentes perfis de residências. Estudos realizados revelaram que há uma organização estruturada de potenciais oportunidades (affordances) presentes no ambiente domiciliar, compreendendo cinco fatores latentes: espaço interno, espaço externo, brinquedos para coordenação apendicular, brinquedos para coordenação axial e variação da estimulação, cada um dos quais representando uma significativa estrutura associada com a casa, possivelmente resultantes de decisões sobre a forma como as famílias fornecem estímulos ambientais específicos para os seus filhos (Rodrigues, 2005; Caçola, Gabbard, Santos, 2008). Dando continuidade a este estudo, pesquisadores do Laboratório de Desenvolvimento Motor da Texas A&M University e do Laboratório de Pesquisa

19 18 em Desenvolvimento Neuromotor da Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) têm se dedicado ao desenvolvimento e validação de um questionário semelhante, porém apropriado a lactentes com idade entre três e 18 meses, o Affordances in the Home Environment for Motor Development - Infant Scale (AHEMD-IS) que se encontra em processo de validação e será usado neste estudo (Caçola et al., 2010). Este instrumento é baseado na teoria ecológica de Gibson (1979) que tem como preceito o conceito de Affordances, considerando que o ambiente familiar pode proporcionar oportunidades (affordances) que podem ser favoráveis para o desenvolvimento motor. De acordo com Gibson (1979), durante a interação dinâmica com o ambiente, o homem (agente) controla suas atividades através da captação de informação pelo sistema visual. Tal captação é determinada pelas suas intenções e capacidades e pelas informações disponíveis no ambiente que o envolve. As affordances (oportunidades e eventos) são as possibilidades oferecidas pelo ambiente a um agente particular e podem ser condutivas para estimular o desenvolvimento motor. Todavia Gibson (1979) afirma que o significado do ambiente consiste do que ele possibilita, como por exemplo, superfícies que permitem locomoção, objetos que permitem manuseio e outros animais que possibilitam interação-social (Oliveira, Rodrigues, 2006). Segundo Gabbard (2008), as crianças podem diretamente perceber informações do ambiente e agir com uma resposta razoável. Na perspectiva Gibsoniana a criança é um ativo explorador no processo no qual percepção e ação motora são associados. Nessa perspectiva, o ambiente promove oportunidades, como por exemplo, brinquedos ou escadas, que convidam ou desafiam a criança a perceber e agir. Vale lembrar que o ambiente e suas interrelações não se restringem somente ao seu aspecto físico ou às interações face-

20 19 a-face entre os indivíduos, mas envolve também outros ambientes e contatos indiretos entre as pessoas (Maria-Mengel, 2007). Os primeiros anos de vida de um indivíduo são cruciais na construção de seu comportamento motor. E para um desenvolvimento adequado é necessário à adaptação e exploração no meio, refletindo a importância da influência do contexto que a criança está inserida. (Rodrigues, Gabbard, 2007; Gabbard, Caçola, Rodrigues, 2008; Nobre et al., 2009). Considerando a intrincada relação entre o processo de desenvolvimento motor do lactente e seu ambiente familiar, buscou-se neste estudo responder as seguintes questões: 1- Será possível detectar modificações na quantidade e qualidade das oportunidades que o ambiente familiar proporciona a lactentes, num intervalo de tempo de seis meses? 2- Será que um instrumento desenhado para avaliar as características do ambiente domiciliar que oportunizam o desenvolvimento motor se correlaciona com os resultados dos desempenhos motor e cognitivo ao longo de seis meses? Espera-se que este estudo contribua para o conhecimento da influência de condições específicas disponíveis no lar para o desempenho motor e cognitivo de lactentes.

21 20 2 OBJETIVO Testar, ao longo do tempo, possíveis mudanças no ambiente domiciliar (avaliado por meio do inventário AHEMD-IS) e sua correlação com o desempenho motor e cognitivo de lactentes. Hipótese: acredita-se que haverá mudanças no ambiente familiar ao longo do tempo, correlação entre desempenho motor e cognitivo, além de relação desses com as características do ambiente domiciliar. 2.1 Objetivos Específicos meses; - Avaliar as mudanças ocorridas no ambiente familiar ao longo de seis - Avaliar o desempenho motor de lactentes; - Avaliar o desempenho cognitivo de lactentes; - Correlacionar as mudanças ocorridas no intervalo de seis meses no ambiente familiar e o desempenho motor; - Correlacionar as mudanças ocorridas no intervalo de seis meses no ambiente familiar e o desempenho cognitivo; - Correlacionar o desempenho motor com o desempenho cognitivo.

22 21 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Desenho do estudo Estudo descritivo e longitudinal no qual um grupo de lactentes com idade entre três e 18 meses foram avaliados quanto às características do ambiente domiciliar que oportunizam habilidades motoras e quanto ao seu desempenho motor e cognitivo. 3.2 Aspectos éticos A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIMEP, sob o parecer nº 29/2008, respeitando os preceitos da experimentação com seres humanos, segundo a Portaria 196/96, do Conselho Nacional de Saúde. 3.3 Seleção do grupo de estudo e casuística A amostra foi não probabilística por conveniência, constituída por famílias com filhos entre três e 18 meses de idade, que foram convidadas a participar do estudo por meio de divulgação na comunidade da Universidade Metodista de Piracicaba, em Escolas de Educação Infantil (municipais e particulares) e em um Centro Comunitário de Piracicaba-SP. Critérios de inclusão: Os lactentes deveriam ser residentes de Piracicaba-SP, com idade cronológica entre três e 18 meses e ter o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos pais ou responsáveis. Critérios de Exclusão: Foram excluídos do estudo lactentes com alterações neurológicas, síndromes genéticas ou malformações; crianças que apresentassem qualquer

23 22 condição que comprometesse seu desempenho no dia da avaliação (como febre, imobilização, doenças infecto-contagiosas, outros). Critérios de Descontinuação: O estudo foi descontinuado para lactentes que não participaram da 2ª avaliação. Casuística: Participaram da primeira avaliação 41 lactentes. O estudo foi descontinuado para nove lactentes: quatro não retornaram para a 2ª avaliação e cinco deixaram de frequentar a creche durante a coleta de dados. Concluíram o estudo 32 lactentes, 50% meninos, com idade média de nove (±2,1) meses na primeira avaliação e 15,22 (±2) meses na segunda avaliação. 3.4 Instrumentos utilizados no estudo Foram utilizadas a 2ª versão do questionário Affordances in the Home Environment for Motor Development - Infant Scale (AHEMD-IS) e as escalas motora e cognitiva das Bayley Scales of Infant and Toddler Development III BSITD-III (Bayley, 2005).

24 Avaliação das oportunidades disponíveis no domicílio Para avaliar as características do lar e as oportunidades que podem promover habilidades motoras aos lactentes, foi utilizada a 2ª versão do questionário Affordances in the home environment for motor development - Infant Scale (AHEMD-IS) (Anexo 1). Trata-se de um questionário desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Texas A&M University em parceria com a Universidade Metodista de Piracicaba, o qual avalia o quanto o ambiente domiciliar proporciona oportunidades de movimento, propiciando o desenvolvimento motor de crianças de três a 18 meses de idade. O AHEMD-IS é composto por uma seção sobre as características da criança e da família, e três seções sobre as características do ambiente familiar e oportunidades para o desenvolvimento motor: espaço físico interno e externo (14 itens), atividades diárias (13 itens) e brinquedos (21 itens). Este questionário utiliza questões do tipo dicotômicas simples (sim/não); em formato Likert (quatro níveis de resposta) e questões descritivas através de ilustrações como exemplos dos diferentes tipos de brinquedos. O escore de cada dimensão é calculado pela soma dos pontos obtidos para todas as questões dentro de cada dimensão. Um escore total é obtido pela soma dos escores das três dimensões. Este questionário está em processo de validação, e o mesmo pode sofrer modificações durante a pesquisa Avaliação do desempenho motor e cognitivo dos lactentes Para a avaliação do desempenho motor e cognitivo foram utilizadas as escalas motora e cognitiva das Bayley Scales of Infant and Toddler Development

25 24 III - BSITD-III (Bayley, 2005). As BSITD-III possibilitam avaliar crianças até 42 meses de idade e integram cinco escalas que avaliam diferentes aspectos do desenvolvimento da criança: cognitivo, linguagem, motor, social-emocional e comportamento adaptativo. A escala cognitiva contém 72 itens, que avaliam a forma como a criança pensa, reage e aprende sobre o mundo em torno dela, incluindo por exemplo aspectos do desenvolvimento sensório-motor, exploração e manipulação de objetos, formação de conceitos, memória, etc. A escala motora contém 138 itens ou provas motoras (66 compondo o subteste apendicular e 72 o axial). O subteste apendicular avalia a coordenação motora, a integração perceptual-motora, planejamento motor e habilidades motoras como o alcance e a preensão. O subteste axial avalia componentes estáticos (ex. sentar, em pé) e dinâmicos do movimento (ex. locomoção e coordenação), equilíbrio, planejamento motor. 3.5 Procedimento experimental As famílias foram convidadas a participar do estudo por meio de divulgação na comunidade da Universidade Metodista de Piracicaba (funcionários, docentes e alunos) e em escolas de educação infantil (municipais e particulares) de Piracicaba-SP. A coleta dos dados foi realizada entre fevereiro e novembro de Procedimentos 1ª avaliação: Após convite para participação no estudo e concordância da família por meio de assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foram programadas as avaliações do desempenho motor e coleta dos questionários

26 25 AHEMD-IS (três a 18 meses), ABEP- Critério 2008, e dos dados neonatais. As avaliações foram realizadas no Laboratório Pesquisa em Desenvolvimento Neuromotor (LAPDEN) da UNIMEP, em escolas municipais de educação infantil e em um centro comunitário, localizados nas regiões leste e central do município de Piracicaba. Nas avaliações que ocorreram no LAPDEN foi feita uma rápida explicação verbal dos questionários aos pais, sendo esclarecido que não poderiam receber ajuda para responder os mesmos, e na sequência uma cópia impressa dos questionários foi entregue para que respondessem as questões. Em seguida a criança passava pela 1ª avaliação de seu desempenho motor. Para os lactentes avaliados nas escolas de educação infantil os questionários foram enviados na mochila do lactente, sendo que as mesmas explicações foram enviadas de forma escrita, onde os pais tinham até duas semanas para respondê-los, logo em seguida eram agendadas as avaliações do desempenho. Também foi solicitado que as famílias fornecessem uma fotocópia da Caderneta de Saúde da Criança para a coleta dos dados neonatais, os dados que não constassem na caderneta (peso ao nascer, idade gestacional ou índice de Apgar de 5º minuto) foram coletados diretamente com a mãe. A coleta dos dados neonatais (peso ao nascer, idade gestacional ou índice de Apgar de 5º minuto) e condição econômica foram importantes para a caracterização da amostra, identificação de situações de risco, ajuste da idade dos nascidos pré-termo e para identificar co-variáveis específicas (variáveis que pudessem interferir no desfecho/comportamento) que precisaram ser controladas na análise estatística.

27 26 Procedimentos 2ª avaliação: Foram seguidos os mesmos procedimentos adotados na 1ª avaliação. As reavaliações ocorreram seis meses (±15 dias) após a data da primeira avaliação, utilizando os instrumentos de avaliação motora, cognitiva e de affordances no ambiente domiciliar. Esse procedimento possibilitou pesquisar possíveis correlações entre as mudanças ocorridas no ambiente familiar no intervalo de seis meses e o desempenho motor e cognitivo dos lactentes. As avaliações do desempenho motor e cognitivo de cada criança ocorreram num intervalo de até 15 dias a partir da devolução do questionário AHEMD-IS, respondido pelos pais. Essa medida foi importante para garantir que não ocorressem mudanças importantes na estrutura familiar/domiciliar no intervalo de tempo entre a medida do ambiente e a avaliação do desempenho motor. A tabela 1 resume o procedimento experimental adotado. Tabela 1. Procedimento experimental. 1 a avaliação Intervalo de Aspecto avaliado (instrumento tempo utilizado) Ambiente domiciliar (AHEMD- IS) Seis meses Desempenho Motor (Escala motora das Bayley-III) 2 a avaliação Aspecto avaliado (instrumento utilizado) Ambiente domiciliar (AHEMD-IS) Desempenho Motor (Escala motora das Bayley-III) Desempenho Cognitivo (Escala cognitiva das Bayley-III) Após as avaliações do desempenho, tanto no 1º momento de avaliação quanto no 2º, cada família recebeu o resultado da avaliação de seu filho ou filha por escrito em uma ficha de devolutiva utilizada no LAPDEN. Neste estudo, sempre que um lactente avaliado apresentasse

28 27 desempenho motor (axial, apendicular e/ou global) abaixo de dois desvios padrão da referência (desempenho extremamente baixo), a família era orientada a fornecer oportunidades que favorecessem suas aquisições motoras e o lactente era reavaliado após um mês. Caso persistisse desempenho extremamente baixo o lactente seria encaminhado para esclarecimento diagnóstico e seria excluído do estudo. 3.6 Variáveis e conceitos Foram consideradas variáveis independentes a idade do lactente e as oportunidades no ambiente domiciliar para o desenvolvimento motor. Como variáveis dependentes considerou-se o desempenho motor e cognitivo avaliado por meio das BSITD-III e as oportunidades no ambiente domiciliar para o desenvolvimento motor. Foram consideradas ainda no estudo algumas variáveis descritivas (características neonatais; características da família e do lactente, incluindo, entre outras, a condição econômica das famílias, a escolaridade dos pais, frequência ou não a creche ou escola de educação infantil) Variáveis independentes Oportunidades no ambiente domiciliar para o desenvolvimento motor São consideradas oportunidades os objetos, superfícies e eventos presentes no ambiente domiciliar que conduzem, estimulam ou aprimoram o desempenho motor do lactente. Para a avaliação das oportunidades que o domicílio oferece para o desenvolvimento motor dos lactentes foi utilizado a 2ª versão do AHEMD-IS (três a 18 meses).

29 28 Foram consideradas as pontuações obtidas no questionário AHEMD-IS como um todo (amplitude pontos) e em cada uma das suas dimensões: espaço físico (amplitude 0-16 pontos), variedades de estimulação (amplitude 0-25 pontos) e brinquedos (amplitude pontos). A tabela 2 mostra o conjunto de questões de cada dimensão, seguido das amplitudes dos respectivos escores. Tabela 2. Elenco de questões e amplitude da pontuação do AHEMD-IS. Dimensões Questões do AHEMD-IS Amplitude da pontuação ESPAÇO FÍSICO Espaço externo Espaço interno 1 13, , ATIVIDADES DIÁRIAS BRINQUEDOS Motricidade apendicular Motricidade axial , , 30, ESCORE TOTAL Tempo de vida Para o tempo de vida ou idade do lactente, foi considerada a idade cronológica para os lactentes nascidos a termo, e a idade ajustada para os lactentes nascidos pré-termo, calculada no dia das avaliações motoras e cognitiva. A idade ajustada foi calculada segundo a fórmula: idade cronológica-(40 semanas idade gestacional) Para esse cálculo foram utilizados os critérios 4 semanas para um mês e 7 dias para uma semana.

30 Variáveis dependentes Oportunidades no ambiente domiciliar para o desenvolvimento motor Essa variável já descrita como independente, também foi considerada como variável dependente nas análises de correlação e possíveis mudanças no ambiente domiciliar no intervalo de tempo de seis meses (entre a 1ª e 2ª avaliações). Desempenho motor Para a avaliação do desempenho motor foi utilizada a escala motora das BSITD-III (Bayley, 2005). Trata se de um teste de diagnóstico do desenvolvimento que possibilita avaliação separadamente do desenvolvimento motor axial e apendicular. Para a análise do desempenho motor foram considerados os valores do Scaled Score Fine e Gross (trata-se de escore padronizado, varia de 1-19 pontos, com média 10±3); e o Composite Score que é derivado da soma dos Scaled Scores, (varia de pontos, com média 100±15) e possibilita saber como está o desempenho motor global da criança. A tabela 3 mostra as categorias do desempenho motor. Tabela 3. Categorias de desempenho motor BSITD-III. Desempenho Motor Global Composite Score Muito superior 130 ou acima Superior Médio alto Médio Médio baixo Limítrofe Extremamente baixo 69 ou abaixo

31 30 Desempenho cognitivo Para a avaliação do desempenho cognitivo foi utilizada a escala Cognitiva das BSITD-III (Bayley, 2005). Para a análise do desempenho cognitivo, que não tem subtestes, foi considerado o Composite Score (varia de pontos, com média 100±15) e possibilita saber como está o desempenho cognitivo da criança. A tabela 4 mostra as categorias do desempenho cognitivo. Tabela 4. Categorias de desempenho cognitivo BSITD-III. Desempenho Cognitivo Composite Score Muito superior 130 ou acima Superior Médio alto Médio Médio baixo Limítrofe Extremamente baixo 69 ou abaixo Variáveis descritivas Idade gestacional Idade gestacional (IG) refere-se à idade do concepto, começando da fertilização (DeCS ). Pode ser estimada a partir do último dia da última menstruação, por meio de medição do tamanho do feto pela ecografia (abaixo de 20 semanas de gestação) e por meio de avaliação clínica do recém-nascido (ex.: método de Capurro, New Balard, Dubowitz). Neste estudo, essa informação foi obtida por meio de consulta a Caderneta de Saúde da Criança, independente do método utilizado para estimar a IG. Todos os lactentes nascidos com menos de 37 semanas, foram classificados

32 31 como pré-termo, de acordo com a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS, CID-10, 1999). Desta forma esta variável foi tratada como dicotômica: - Pré-termo: sim (IG menor do que 37 semanas) ou não (IG maior ou igual a 37 semanas). Peso ao nascer Peso ao nascer é a primeira medida de peso do feto ou recém-nascido obtido após o nascimento (OMS, CID-10, 1999). Para a categorização dos lactentes estudados nesta pesquisa, foi considera a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS, CID 10, 1999), que classifica como baixo peso ao nascer os valores inferiores a 2500g (até 2499g, inclusive) e adequado peso ao nascer valores iguais ou maiores a 2500g. Índice de Apgar 5º minuto O Índice de Apgar é um teste de triagem que tem a finalidade de verificar a vitalidade do recém-nascido, por meio da avaliação de cinco parâmetros (freqüência cardíaca, esforço respiratório, cor da pele, tono muscular e irritabilidade reflexa) aos quais são atribuídos escores de zero a dois. Valores de Apgar menores que sete, especialmente menores que três no 5º minuto, podem ser indicativos de risco aumentado de instabilidade clínica, já valores iguais ou acima de sete significam adequada vitalidade do recém-nascido ao nascimento (American Academy of Pediatrics, 2006). Para a categorização dos lactentes estudados nesta pesquisa, foi considerado o índice de Apgar no 5º minuto pós-nascimento considerando: - Vitalidade adequada: sim (valores maiores ou iguais a sete) ou não (valores

33 32 menores do que sete). Características da família e do lactente A aplicação do AHEMD-IS possibilitou a identificação de características da família/lactente incluindo informações sobre: a) sexo do lactente; b) tempo de frequência a creche ou escola de educação infantil (pública ou particular); c) tipo de habitação; d) número de adultos e crianças no mesmo domicílio; e) escolaridade dos pais; f) renda familiar total. Por meio da aplicação do questionário da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP) Critério 2008 foi possível classificar a família pela capacidade de consumo de produtos e serviços acessíveis a uma parte significativa da população e classificar os domicílios, assumindo, como pressuposto, que a classe é uma característica da família (ABEP, 2008). Análise Estatística Os dados registrados em fichas de avaliação foram transcritos para o banco de dados no Statistical Package for Social Sciences for Personal Computer (SPSS/PC versão 11.0). A caracterização do grupo estudado foi feita por meio de estatística descritiva. As variáveis contínuas foram expressas por medidas de tendência central e dispersão e as variáveis categóricas por frequências. Para testar a normalidade dos dados foi utilizado o teste Shapiro-Wilk. Para a análise de dados pareados utilizou-se o teste t de Student ou Wilcoxon. Para análise de correlação de dados contínuos foi aplicado o Teste de Correlação R de Spearman.

34 33 As possíveis mudanças no ambiente domiciliar no intervalo de tempo de seis meses (entre a 1ª e 2ª avaliações) foi testada utilizando uma medida de efeito (effect size) para comparar diferenças padronizadas entre duas médias. Para isso foi utilizado o método Cohen s d pooled ou d de Cohen ponderado (para dados pareados), seguindo modelo de Son e Morrison (2010). O Cohen s d pooled ou ponderado é calculado da seguinte forma: Cohen s d 1 = média 1 - média 2 / DP ponderado DP pooled ou ponderado = DP1+DP2/2 O resultado do Cohen s d é interpretado da seguinte forma: inferior a 0,3 é considerado efeito pequeno, entre 0,4 e 0,7 efeito médio e a partir de 0,8 um efeito grande. O nível de significância adotado no estudo foi de 5%. 1 Effect size calculator:

35 34 4 RESULTADOS Este capítulo está organizado nas seções: 4.1 Características do grupo estudado; 4.2 Mudanças ocorridas no ambiente domiciliar no período de seis meses; 4.3 Desempenhos motor e cognitivo do grupo estudado e possíveis correlações com o ambiente domiciliar. 4.1 Características do grupo estudado Participaram do estudo 32 lactentes (16 meninos) com média de idade de nove (±2,1) meses na primeira avaliação e 15,2 (±2) meses na segunda avaliação. Seis (18,8%) lactentes nasceram pré-termo e um com baixo peso ao nascer. Quanto ao índice de Apgar a menor pontuação obtida foi nove no 5º minuto de vida. As informações neonatais do grupo estudado estão resumidas na tabela 5. Tabela 5. Características neonatais do grupo estudado. Média (DP) Mediana (mín-máx) n Idade gestacional (semanas) Peso ao nascer (gramas) Índice de Apgar 5 o minuto 38,0 (±2,2) 38 (32-42) 27 (a) 3172 (±415) 3223 ( ) (9-10) 17 (b) n= número de participantes; (a)=dados inexistentes para 5 crianças; (b)=dados inexistentes para 15 crianças. O grupo nasceu em boas condições de saúde sem apresentar alterações consideradas de alto risco para o desenvolvimento neuromotor.

36 35 Tanto na primeira avaliação quanto na segunda avaliação as 32 famílias participantes responderam aos questionários, de forma que foi possível identificar suas principais características, descritas na tabela 6. Tabela 6. Características das famílias participantes. VARIÁVEIS f (%) VARIÁVEIS f (%) Escolaridade materna Escolaridade paterna Ensino fundamental 5 (15,7%) Ensino fundamental 7 (21,9%) Ensino médio 21 (65,6%) Ensino médio 24 (75%) Ensino superior ou acima 6 (18,8%) Ensino superior ou acima 1 (3,1%) Tipo de habitação Número de quartos na habitação Casa 30 (93,8%) Até 2 13 (40,7%) Apartamento 2 (6,3%) (53,2%) 5 ou mais 2 (6,3%) Renda familiar mensal Classificação ABEP <500 reais 3 (9,4%) A1e A2 2 (6,3%) reais 17 (53,1%) B1 e B2 12 (37,5%) reais 7 (21,9%) C1 e C2 17 (53,2%) reais 3 (9,4%) D e E 1 (3,1%) reais 2 (6,3%) 5000 ou superior 0 f=frequência absoluta; %=frequência relativa Dentre as crianças participantes a maioria era filho único (71,9%), enquanto oito (25%) tinham um irmão e um (3,1%) tinha mais de um irmão. As 32 crianças frequentavam escola de educação infantil ou creche regularmente por ocasião da 1ª avaliação. A maioria (27 lactentes, 84,4%) frequentava instituição de educação infantil a menos de três meses, três (9,4%) entre três e seis meses e duas crianças (6,3%) frequentavam creche/escola entre sete e 12 meses.

37 Mudanças ocorridas no ambiente domiciliar no período de seis meses Para examinar se ocorreram modificações nas oportunidades de estimulação motora propiciadas no ambiente domiciliar de lactentes num período de seis meses, foram conduzidas análises baseadas na pontuação obtida no AHEMD-IS na 1ª e 2ª avaliações, respectivamente aos 09 (±2,1) meses e aos 15,22 (±2) meses de idade. Inicialmente foi calculado o coeficiente de correlação entre as pontuações totais do AHEMD-IS, como medida de estabilidade das oportunidades para o desempenho motor presentes no ambiente (Tabela 7). Os escores totais da 1ª avaliação do ambiente se correlacionaram positiva e significativamente com os escores da 2ª avaliação (r=0,81, p<0,001). A auto-correlação longitudinal dentro de cada dimensão do AHEMD-IS mostrou de maneira geral correlações significativas e fortes, sendo a única exceção a dimensão Atividades Diárias com fraca a moderada correlação (r=0,44, p<0,001). Na sequência foi aplicado o teste t de Student ou Wilcoxon para detectar possíveis mudanças ocorridas no ambiente domiciliar por meio da comparação dos escores da 1ª e 2ª aplicações do AHEMD-IS (Tabela 7). Os resultados mostraram que os escores da 2ª avaliação foram significativamente maiores que na 1ª avaliação, tanto considerando o escore total do AHEMD-IS (p<0,0001) quanto as dimensões Atividades Diárias (p<0,0001) e Brinquedos (p<0,0001). Não foi encontrada diferença significativa na pontuação da dimensão Espaço Físico da residência (p=0,367), embora para o espaço externo tenha sido detectada alguma mudança (p=0,032). A Tabela 7 mostra ainda que as diferenças de escores ao longo do tempo tiveram variação de pequena a grande na medida de efeito ou effect size (Cohen s d para a pontuação total do AHEMD-IS foi

Avaliação do Desenvolvimento Motor em Crianças de 0-3 Anos de Vida

Avaliação do Desenvolvimento Motor em Crianças de 0-3 Anos de Vida Avaliação do Desenvolvimento Motor em Crianças de 0-3 Anos de Vida Autores Audrei Fortunato Miquelote Orientador Denise Castilho Cabrera Santos Apoio Financeiro Fapic 1. Introdução Pesquisas realizadas,

Leia mais

2.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

2.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 2.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Para que a Educação Infantil no município de Piraquara cumpra as orientações desta Proposta Curricular a avaliação do aprendizado e do desenvolvimento da criança, como

Leia mais

NA POSTURA DO PROFESSOR, O SUCESSO DA APRENDIZAGEM

NA POSTURA DO PROFESSOR, O SUCESSO DA APRENDIZAGEM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 NA POSTURA DO PROFESSOR, O SUCESSO DA APRENDIZAGEM Marina Muniz Nunes: É inegável que determinadas ações e posturas do professor, tal como

Leia mais

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul.

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Pesquisa A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Introdução Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e políticas capazes de ampliar a inserção da mulher no mercado de trabalho.

Leia mais

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Regina Luzia Corio de Buriasco * UEL reginaburiasco@sercomtel.com.br Magna Natália Marin Pires* UEL magna@onda.com.br Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino*

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DOS NEONATOS PREMATUROS NASCIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ H.U.O.P.

CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DOS NEONATOS PREMATUROS NASCIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ H.U.O.P. CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DOS NEONATOS PREMATUROS NASCIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ H.U.O.P. Luana Muriel Casarolli 1 Aneline Maria Ruedell Juliana Montijo Pinto Rosa Déborah

Leia mais

A Influência da instrução verbal e da demonstração no processo da aprendizagem da habilidade parada de mãos da ginástica artística.

A Influência da instrução verbal e da demonstração no processo da aprendizagem da habilidade parada de mãos da ginástica artística. A Influência da instrução verbal e da demonstração no processo da aprendizagem da habilidade parada de mãos da ginástica artística. Moreira, R. S. T. ¹ ² Silva, J.A. ¹. INTRODUÇÃO A aprendizagem motora

Leia mais

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Avaliação desenvolvida por Mónica Galiano e Kenn Allen, publicado originalmente no livro The Big Tent: Corporate Volunteering in the Global Age. Texto

Leia mais

DESENVOLVIMENTO INFANTIL EM DIFERENTES CONTEXTOS SOCIAIS

DESENVOLVIMENTO INFANTIL EM DIFERENTES CONTEXTOS SOCIAIS DESENVOLVIMENTO INFANTIL EM DIFERENTES CONTEXTOS SOCIAIS Coordenadoras: Karla da Costa Seabra (Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Faculdade de Educação) Susana Engelhard Nogueira (Instituto Federal

Leia mais

EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DE CRIANÇAS PRÉ ESCOLARES

EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DE CRIANÇAS PRÉ ESCOLARES EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DE CRIANÇAS PRÉ ESCOLARES Ana Karolina Paiva Braga 1 ; Juliana Campos Rodovalho 1 ; Lílian Fernanda Pacheco 2 ; Cibelle Kayenne Martins Roberto Formiga

Leia mais

GUIA DO SGD. Transformação SISTEMA ELETROBRÁS. Conheça mais sobre o novo Sistema de Gestão do Desempenho (SGD) que entrará

GUIA DO SGD. Transformação SISTEMA ELETROBRÁS. Conheça mais sobre o novo Sistema de Gestão do Desempenho (SGD) que entrará GUIA DO SGD Conheça mais sobre o novo Sistema de Gestão do Desempenho (SGD) que entrará em vigor em todas as empresas do Sistema Eletrobrás ainda este ano. Transformação SISTEMA ELETROBRÁS A T R A N S

Leia mais

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 0 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Renato da Guia Oliveira 2 FICHA CATALOGRÁFICA OLIVEIRA. Renato da Guia. O Papel da Contação

Leia mais

Tais mudanças podem ser biológicas, psicológicas e até social, todas inerentes a nossa condição humana.

Tais mudanças podem ser biológicas, psicológicas e até social, todas inerentes a nossa condição humana. I - A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO 1.1. Caracterização O desenvolvimento humano (DH) enquanto área de estudo, preocupa-se em investigar e interpretar todos os processos de mudanças pelos quais o ser humano

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

Um espaço colaborativo de formação continuada de professores de Matemática: Reflexões acerca de atividades com o GeoGebra

Um espaço colaborativo de formação continuada de professores de Matemática: Reflexões acerca de atividades com o GeoGebra Um espaço colaborativo de formação continuada de professores de Matemática: Reflexões acerca de atividades com o GeoGebra Anne Caroline Paim Baldoni Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho,

Leia mais

AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR, ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DOS PLANOS DE ENSINO 1

AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR, ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DOS PLANOS DE ENSINO 1 AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR, ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DOS PLANOS DE ENSINO 1 A avaliação da escola é um processo pelo qual os especialistas (diretor, coordenador pedagógico) e os professores

Leia mais

Capítulo 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Capítulo 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Capítulo 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 8.1 Introdução O processo de monitoramento e avaliação constitui um instrumento para assegurar a interação entre o planejamento e a execução,

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 CAMPUS CARAGUATUBA CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 PROFESSOR: ANDRESSA MATTOS SALGADO-SAMPAIO ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO

Leia mais

Introdução ao Aplicativo de Programação LEGO MINDSTORMS Education EV3

Introdução ao Aplicativo de Programação LEGO MINDSTORMS Education EV3 Introdução ao Aplicativo de Programação LEGO MINDSTORMS Education EV3 A LEGO Education tem o prazer de trazer até você a edição para tablet do Software LEGO MINDSTORMS Education EV3 - um jeito divertido

Leia mais

PR 2 PROCEDIMENTO. Auditoria Interna. Revisão - 2 Página: 1 de 9

PR 2 PROCEDIMENTO. Auditoria Interna. Revisão - 2 Página: 1 de 9 Página: 1 de 9 1. OBJETIVO Estabelecer sistemática de funcionamento e aplicação das Auditorias Internas da Qualidade, fornecendo diretrizes para instruir, planejar, executar e documentar as mesmas. Este

Leia mais

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es).

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). A QUALIDADE DE VIDA SOB A ÓTICA DAS DINÂMICAS DE MORADIA: A IDADE ENQUANTO UM FATOR DE ACÚMULO DE ATIVOS E CAPITAL PESSOAL DIFERENCIADO PARA O IDOSO TRADUZIDO NAS CONDIÇÕES DE MORADIA E MOBILIDADE SOCIAL

Leia mais

GDEMSCA; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE.

GDEMSCA; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE. RELAÇÃO ENTRE NÍVEL SOCIOECONÔMICO E OPORTUNIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO MOTOR (AFFORDANCES) INFANTIL EM AMBIENTES DOMÉSTICOS Cicero Luciano Alves Costa 1 Cicero Cleber Brito Pereira 2 Francisco Salviano

Leia mais

RELATÓRIO DE PESQUISA INSTITUCIONAL: Avaliação dos alunos egressos de Direito

RELATÓRIO DE PESQUISA INSTITUCIONAL: Avaliação dos alunos egressos de Direito RELATÓRIO DE PESQUISA INSTITUCIONAL: Avaliação dos alunos egressos de Direito CARIACICA-ES ABRIL DE 2011 FACULDADE ESPÍRITO SANTENSE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS Pesquisa direcionada a alunos egressos dos cursos

Leia mais

Expressão Musical II. Universidade De Trás-Os-Montes e Alto Douro Educação Básica 1ºano,2ºsemestre,2012/1013. Docente: António Neves

Expressão Musical II. Universidade De Trás-Os-Montes e Alto Douro Educação Básica 1ºano,2ºsemestre,2012/1013. Docente: António Neves Universidade De Trás-Os-Montes e Alto Douro Educação Básica 1ºano,2ºsemestre,2012/1013 Expressão Musical II Docente: António Neves Discente: Ana Matos nº 53184 A música e o som, enquanto energia, estimulam

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PSICOLOGIA Ementário/abordagem temática/bibliografia básica (3) e complementar (5) Morfofisiologia e Comportamento Humano Ementa: Estudo anátomo funcional

Leia mais

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fúlvia Rosemberg: analisa ações de inclusão e apresenta programa voltado para a formação de novas lideranças

Leia mais

DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÕES DE TRABALHO PRECOCE

DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÕES DE TRABALHO PRECOCE Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 18 a 22 de outubro, 2010 337 DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM

Leia mais

AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE AUDITIVA SOB A PERSPECTIVA DO USUÁRIO: PROPOSTA DE INSTRUMENTO

AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE AUDITIVA SOB A PERSPECTIVA DO USUÁRIO: PROPOSTA DE INSTRUMENTO AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE AUDITIVA SOB A PERSPECTIVA DO USUÁRIO: PROPOSTA DE INSTRUMENTO Armigliato ME; Prado DAG; Melo TM; Lopes AC; Martinez MANS; Amantini RCB; Bevilacqua MC. Palavras-chaves: Avaliação

Leia mais

Curso de Desenvolvimento em Negócios Sociais e Inclusivos

Curso de Desenvolvimento em Negócios Sociais e Inclusivos Curso de Desenvolvimento em Negócios Sociais e Inclusivos O curso de Desenvolvimento de Negócios Sociais e Inclusivos visa a despertar o interesse de pessoas que queiram empreender na área social. Trata-se

Leia mais

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR Autoras: Natália Aparecida DAL ZOT, Rafaela Alice HORN, Neusa MARTINI Identificação autores: Acadêmica do Curso de Matemática-Licenciatura

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais

REGULAMENTO DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO

REGULAMENTO DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO REGULAMENTO DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO A pesquisa como princípio educativo é um dos eixos propostos e pelo Ensino Integrado, visando a formação de um profissional com perfil investigativo e inovador,

Leia mais

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT Proposta do CDG-SUS Desenvolver pessoas e suas práticas de gestão e do cuidado em saúde. Perspectiva da ética e da integralidade

Leia mais

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos 11. Gerenciamento de riscos do projeto PMBOK 2000 PMBOK 2004 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos

Leia mais

A ÁLGEBRA NO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO

A ÁLGEBRA NO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO A ÁLGEBRA NO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO Vilmara Luiza Almeida Cabral UFPB/Campus IV Resumo: O presente relato aborda o trabalho desenvolvido no projeto de intervenção

Leia mais

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Eixo temático 1: Fundamentos e práticas educacionais Telma Sara Q. Matos 1 Vilma L. Nista-Piccolo 2 Agências Financiadoras: Capes / Fapemig

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

No final desse período, o discurso por uma sociedade moderna leva a elite a simpatizar com os movimentos da escola nova.

No final desse período, o discurso por uma sociedade moderna leva a elite a simpatizar com os movimentos da escola nova. 12. As concepções de educação infantil Conforme OLIVEIRA, a educação infantil no Brasil, historicamente, foi semelhante a outros países. No Séc. XIX tiveram iniciativas isoladas de proteção à infância

Leia mais

RESOLUÇÃO CFP N.º 25/2001

RESOLUÇÃO CFP N.º 25/2001 RESOLUÇÃO CFP N.º 25/2001 Define teste psicológico como método de avaliação privativo do psicólogo e regulamenta sua elaboração, comercialização e uso. O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso das atribuições

Leia mais

Desenvolvimento de Líderes

Desenvolvimento de Líderes Desenvolvimento de Líderes Desempenho da Liderança by Ser Humano Consultoria Liderança é a competência de alguém em exercer influência sobre indivíduos e grupos, de modo que tarefas, estratégias e missões

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA REGULAMENTO DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA A Coordenadora da Faculdade de Ciência e Tecnologia de Montes Claros FACIT, no uso de suas atribuições regimentais, considerando que o projeto dos cursos

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

PROCESSO SELETIVO PARA PROFESSORES SUBSTITUTOS EDITAL

PROCESSO SELETIVO PARA PROFESSORES SUBSTITUTOS EDITAL EDUCAÇÃO INFANTIL 01) Tomando como base a bibliografia atual da área, assinale a alternativa que destaca CORRE- TAMENTE os principais eixos de trabalho articuladores do cotidiano pedagógico nas Instituições

Leia mais

Módulo 11 Socialização organizacional

Módulo 11 Socialização organizacional Módulo 11 Socialização organizacional O subsistema de aplicação de recursos humanos está relacionado ao desempenho eficaz das pessoas na execução de suas atividades e, por conseguinte, na contribuição

Leia mais

Matemática Aplicada às Ciências Sociais

Matemática Aplicada às Ciências Sociais DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA Matemática Aplicada às Ciências Sociais Ensino Regular Curso Geral de Ciências Sociais e Humanas 10º Ano Planificação 2014/2015 Índice Finalidades... 2 Objectivos e competências

Leia mais

Avaliação Psicossocial: conceitos

Avaliação Psicossocial: conceitos Avaliação Psicossocial: conceitos Vera Lucia Zaher Pesquisadora do LIM 01 da FMUSP Programa de pós-graduação de Bioética do Centro Universitário São Camilo Diretora da Associação Paulista de Medicina do

Leia mais

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo Comparativo entre o rendimento médio dos beneficiários de planos de saúde individuais e da população não coberta por planos de saúde regional e por faixa etária Amanda Reis Luiz Augusto Carneiro Superintendente

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

AULA 11 Desenhos, recursos e obstáculos

AULA 11 Desenhos, recursos e obstáculos 1 AULA 11 Desenhos, recursos e obstáculos Ernesto F. L. Amaral 15 de abril de 2010 Metodologia (DCP 033) Fonte: Flick, Uwe. 2009. Desenho da pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed. pp.57-73 & 75-85.

Leia mais

TEORIAS DE CONTÉUDO DA MOTIVAÇÃO:

TEORIAS DE CONTÉUDO DA MOTIVAÇÃO: Fichamento / /2011 MOTIVAÇÃO Carga horária 2 HORAS CONCEITO: É o desejo de exercer um alto nível de esforço direcionado a objetivos organizacionais, condicionados pela habilidade do esforço em satisfazer

Leia mais

3.2 Descrição e aplicação do instrumento de avaliação

3.2 Descrição e aplicação do instrumento de avaliação Após uma revisão literária dos vários autores que se debruçaram sobre a temática do nosso estudo, passamos a apresentar os procedimentos metodológicos adoptados no presente estudo. Neste capítulo apresentamos

Leia mais

INFLUÊNCIA DO CONTEXTO AMBIENTAL NO DESEMPENHO FUNCIONAL DE CRIANÇAS FREQUENTADORAS DE CRECHES

INFLUÊNCIA DO CONTEXTO AMBIENTAL NO DESEMPENHO FUNCIONAL DE CRIANÇAS FREQUENTADORAS DE CRECHES Universidade Federal de São Carlos Laboratório de Análise do Desenvolvimento Infantil Seminário de Pesquisas sobre Desenvolvimento Infantil INFLUÊNCIA DO CONTEXTO AMBIENTAL NO DESEMPENHO FUNCIONAL DE CRIANÇAS

Leia mais

EDITAL INTERNO Nº 1/2013 PROGRAMA ESPM TRANSFORMA - INOVAÇÕES PEDAGÓGICAS

EDITAL INTERNO Nº 1/2013 PROGRAMA ESPM TRANSFORMA - INOVAÇÕES PEDAGÓGICAS EDITAL INTERNO Nº 1/2013 PROGRAMA ESPM TRANSFORMA - INOVAÇÕES PEDAGÓGICAS A Vice Presidência Acadêmica da ESPM, por meio do Núcleo de Práticas Pedagógicas (NPP) e do Centro de Altos Estudos (CAEPM), convida

Leia mais

Projeto Escola com Celular

Projeto Escola com Celular Projeto Escola com Celular Rede Social de Sustentabilidade Autores: Beatriz Scavazza, Fernando Silva, Ghisleine Trigo, Luis Marcio Barbosa e Renata Simões 1 Resumo: O projeto ESCOLA COM CELULAR propõe

Leia mais

Um pouco mais sobre desenvolvimento social e os Transtornos do Espectro Autista

Um pouco mais sobre desenvolvimento social e os Transtornos do Espectro Autista Um pouco mais sobre desenvolvimento social e os Transtornos do Espectro Autista www.infanciaeadole scencia.com.br O desenvolvimento social ocorre ao longo de todas as etapas do ciclo vital. Entretanto,

Leia mais

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PSICOLOGIA DA FACULDADE ANGLO-AMERICANO

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PSICOLOGIA DA FACULDADE ANGLO-AMERICANO REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PSICOLOGIA DA FACULDADE ANGLO-AMERICANO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º O Estágio, pela sua natureza, é uma atividade curricular obrigatória,

Leia mais

Relatório da IES ENADE 2012 EXAME NACIONAL DE DESEMEPNHO DOS ESTUDANTES GOIÁS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Relatório da IES ENADE 2012 EXAME NACIONAL DE DESEMEPNHO DOS ESTUDANTES GOIÁS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Relatório da IES ENADE 2012 EXAME NACIONAL DE DESEMEPNHO DOS ESTUDANTES GOIÁS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais G O V E R N O F E D E R A L P A Í S R

Leia mais

Agenda. Introdução. Escala de Likert. Pesquisa de clima. Monitoramento do clima

Agenda. Introdução. Escala de Likert. Pesquisa de clima. Monitoramento do clima Pesquisa de Clima Agenda Introdução Escala de Likert Pesquisa de clima Monitoramento do clima Introdução Cultura organizacional: Toda organização tem sua cultura, que é formada pelos seus valores, costumes

Leia mais

ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE ENSINO FACULDADE GUILHERME GUIMBALA CURSO DE FISIOTERAPIA

ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE ENSINO FACULDADE GUILHERME GUIMBALA CURSO DE FISIOTERAPIA ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE ENSINO FACULDADE GUILHERME GUIMBALA CURSO DE FISIOTERAPIA NORMAS GERAIS PARA REALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Conforme decisão do colegiado do Curso

Leia mais

PROJETO BRINQUEDOTECA: BRINCANDO E APRENDENDO

PROJETO BRINQUEDOTECA: BRINCANDO E APRENDENDO INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE FLORESTA ISEF PROJETO BRINQUEDOTECA: BRINCANDO E APRENDENDO FLORESTA PE 2013 SUMÁRIO I. JUSTIFICATIVA II. OBJETIVO A. GERAIS B. ESPECIFICOS III. DESENVOLVIMENTO IV. CRONOGRAMA

Leia mais

DIRETRIZES DE ORIENTAÇÃO DAS ATIVIDADES DO TRABALHO DE CURSO

DIRETRIZES DE ORIENTAÇÃO DAS ATIVIDADES DO TRABALHO DE CURSO Manual de Orientação das Atividades do Trabalho de Conclusão de Curso INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RIO VERDE - IESRIVER CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DIRETRIZES DE ORIENTAÇÃO DAS ATIVIDADES DO TRABALHO DE

Leia mais

MÓDULO 9 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

MÓDULO 9 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS MÓDULO 9 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS O termo metodologia não possui uma definição amplamente aceita, sendo entendido na maioria das vezes como um conjunto de passos e procedimentos que

Leia mais

Avaliação do grau de implementação do programa de controle de transmissão vertical do HIV em maternidades do Projeto Nascer

Avaliação do grau de implementação do programa de controle de transmissão vertical do HIV em maternidades do Projeto Nascer Avaliação do grau de implementação do programa de controle de transmissão vertical do HIV em maternidades do Projeto Nascer 1 CRÉDITOS Elaboração do relatório Elizabeth Moreira dos Santos (ENSP/FIOCRUZ)

Leia mais

CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL

CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL ÍNDICE 1. Introdução... 2. Definição do programa de gestão de saúde populacional... 3. Princípios do programa... 4. Recursos do programa... 5. Estrutura

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

ANEXO II. Formulários Padronizados do PROAVI

ANEXO II. Formulários Padronizados do PROAVI ANEXO II Formulários Padronizados do PROAVI 64 SISTEMATIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO COM VISTAS À AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA PUC-CAMPINAS CONTEÚDO DO DOCUMENTO TÉCNICO Considerando as exigências

Leia mais

Faculdade de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Educação RESUMO EXPANDIDO DO PROJETO DE PESQUISA

Faculdade de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Educação RESUMO EXPANDIDO DO PROJETO DE PESQUISA RESUMO EXPANDIDO DO PROJETO DE PESQUISA TÍTULO: TRABALHO DOCENTE NO ESTADO DE SÃO PAULO: ANÁLISE DA JORNADA DE TRABALHO E SALÁRIOS DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA PAULISTA RESUMO O cenário atual do trabalho

Leia mais

ANÁLISE DE RELATOS DE PAIS E PROFESSORES DE ALUNOS COM DIAGNÓSTICO DE TDAH

ANÁLISE DE RELATOS DE PAIS E PROFESSORES DE ALUNOS COM DIAGNÓSTICO DE TDAH Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 660 ANÁLISE DE RELATOS DE PAIS E PROFESSORES DE ALUNOS COM DIAGNÓSTICO DE TDAH Camila Rodrigues Costa 1, 2 Matheus

Leia mais

Prof. Ana Cláudia Fleck Coordenadora da Academia de Professores da ESPM-Sul

Prof. Ana Cláudia Fleck Coordenadora da Academia de Professores da ESPM-Sul PROGRAMA GUIA ESPM-Sul Programa de Acompanhamento Discente e Excelência Profissional Prof. Ana Cláudia Fleck Coordenadora da Academia de Professores da ESPM-Sul Pensamento ESPM. São Paulo, 25/04/2014.

Leia mais

A MODELAGEM MATEMÁTICA E A INTERNET MÓVEL. Palavras Chave: Modelagem Matemática; Educação de Jovens e Adultos (EJA); Internet Móvel.

A MODELAGEM MATEMÁTICA E A INTERNET MÓVEL. Palavras Chave: Modelagem Matemática; Educação de Jovens e Adultos (EJA); Internet Móvel. A MODELAGEM MATEMÁTICA E A INTERNET MÓVEL Márcia Santos Melo Almeida Universidade Federal de Mato Grosso do Sul marciameloprofa@hotmail.com Marcos Henrique Silva Lopes Universidade Federal de Mato Grosso

Leia mais

A consciência no ato de educar

A consciência no ato de educar Família e escola: somando forças para construir o futuro Júlio Furtado www.juliofurtado.com.br A consciência no ato de educar Não se educa entre uma novela e outra. Não se educa nos finais de semana! Não

Leia mais

CONCURSO PÚBLICO ANALISTA DE SISTEMA ÊNFASE GOVERNANÇA DE TI ANALISTA DE GESTÃO RESPOSTAS ESPERADAS PRELIMINARES

CONCURSO PÚBLICO ANALISTA DE SISTEMA ÊNFASE GOVERNANÇA DE TI ANALISTA DE GESTÃO RESPOSTAS ESPERADAS PRELIMINARES CELG DISTRIBUIÇÃO S.A EDITAL N. 1/2014 CONCURSO PÚBLICO ANALISTA DE GESTÃO ANALISTA DE SISTEMA ÊNFASE GOVERNANÇA DE TI RESPOSTAS ESPERADAS PRELIMINARES O Centro de Seleção da Universidade Federal de Goiás

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR MIGUEL TORGA ESCOLA SUPERIOR DE ALTOS ESTUDOS

INSTITUTO SUPERIOR MIGUEL TORGA ESCOLA SUPERIOR DE ALTOS ESTUDOS INSTITUTO SUPERIOR MIGUEL TORGA ESCOLA SUPERIOR DE ALTOS ESTUDOS Envolvimento parental e nível sociocultural das famílias: Estudo comparativo num agrupamento escolar Marco Sérgio Gorgulho Rodrigues Dissertação

Leia mais

Índice. 1. Definição de Deficiência Motora...3

Índice. 1. Definição de Deficiência Motora...3 GRUPO 5.2 MÓDULO 10 Índice 1. Definição de Deficiência Motora...3 1.1. O Que é uma Deficiência Motora?... 3 1.2. F82 - Transtorno Específico do Desenvolvimento Motor... 4 2 1. DEFINIÇÃO DE DEFICIÊNCIA

Leia mais

GUIA DE SUGESTÕES DE AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

GUIA DE SUGESTÕES DE AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA GUIA DE SUGESTÕES DE AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ALFABETIZAÇÃO NO TEMPO CERTO NAs REDES MUNICIPAIS DE ENSINO SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS

Leia mais

CURSO DE MEDICINA VETRINÁRIA

CURSO DE MEDICINA VETRINÁRIA FACULDADES INTEGRADAS VALE DO IGUAÇU - UNIGUAÇU CURSO DE MEDICINA VETRINÁRIA REGIMENTO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO UNIÃO DA VITÓRIA 2012 REGIMENTO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Leia mais

METODOLOGIA & Hábito de estudos AULA DADA AULA ESTUDADA

METODOLOGIA & Hábito de estudos AULA DADA AULA ESTUDADA Educação Infantil METODOLOGIA & Hábito de estudos AULA DADA AULA ESTUDADA s s s Precisao e organizacao nos conceitos A agitação é a mesma. Com algumas adaptações ao espaço e ao tempo, a rotina e as histórias

Leia mais

Centro de Atendimento, Acompanhamento e Animação para pessoas com Deficiência Plano de Atividades 2015

Centro de Atendimento, Acompanhamento e Animação para pessoas com Deficiência Plano de Atividades 2015 ATENDIMENT Realizar o atendimento às pessoas com Centro de Atendimento, Acompanhamento e Animação para pessoas com Deficiência Plano de Ativ 2015 CALENDARIZA- ÇÃ Informar, apoiar e orientar as pessoas

Leia mais

LIDERANÇA INTEGRAL CONTEÚDO

LIDERANÇA INTEGRAL CONTEÚDO TREINAMENTO Levando em consideração que as empresas e pessoas têm necessidades diferentes, os programas de treinamento são personalizados para atender a demandas específicas. Os treinamentos são focados

Leia mais

CST em Gestão Financeira 2ª Série Estatística Aplicada

CST em Gestão Financeira 2ª Série Estatística Aplicada CST em Gestão Financeira 2ª Série Estatística Aplicada A Atividade Prática Supervisionada (ATPS) é um procedimento metodológico de ensinoaprendizagem desenvolvido por meio de etapas, acompanhadas pelo

Leia mais

Desafio Profissional PÓS-GRADUAÇÃO 2012. Gestão de Projetos - Módulo C Prof. Me. Valter Castelhano de Oliveira

Desafio Profissional PÓS-GRADUAÇÃO 2012. Gestão de Projetos - Módulo C Prof. Me. Valter Castelhano de Oliveira Desafio Profissional PÓS-GRADUAÇÃO 12 Gestão de Projetos - Módulo C Prof. Me. Valter Castelhano de Oliveira 1 DESAFIO PROFISSIONAL Disciplinas: Ferramentas de Software para Gestão de Projetos. Gestão de

Leia mais

Avaliação da aprendizagem... mais uma vez

Avaliação da aprendizagem... mais uma vez Avaliação da aprendizagem... mais uma vez Cipriano Carlos Luckesi 1 Artigo publicado na Revista ABC EDUCATIO nº 46, junho de 2005, páginas 28 e 29. Recentemente, tenho acompanhado crianças que saíram de

Leia mais

Palavras-chave: Fisioterapia; Educação Superior; Tecnologias de Informação e Comunicação; Práticas pedagógicas.

Palavras-chave: Fisioterapia; Educação Superior; Tecnologias de Informação e Comunicação; Práticas pedagógicas. A INTERAÇÃO DOS PROFESSORES DO CURSO DE FISIOTERAPIA COM AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO PROCESSO PEDAGÓGICO Heloisa Galdino Gumueiro Ribeiro 1, Prof. Dirce Aparecida Foletto De Moraes 2

Leia mais

Principais discussões sobre o ensino-aprendizagem de matemática na educação infantil

Principais discussões sobre o ensino-aprendizagem de matemática na educação infantil 1 Introdução: A matemática é uma disciplina de fundamental importância na vida de todo mundo. Desde tempos antigos o ensino dessa matéria vem fazendo cada vez mais parte da vida dos seres humanos. Basta

Leia mais

GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL

GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL Manual de GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P ISS, I.P. Departamento/Gabinete Pág. 1/9 FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia

Leia mais

2.2.5. Questionário a ser Respondido Pelos Estudantes em EaD.

2.2.5. Questionário a ser Respondido Pelos Estudantes em EaD. 2.2.5. Questionário a ser Respondido Pelos Estudantes em EaD. Este questionário é um instrumento de coleta de informações para a realização da auto avaliação da UFG que tem como objetivo conhecer a opinião

Leia mais

GUIA PRÁTICO APADRINHAMENTO CIVIL CRIANÇAS E JOVENS

GUIA PRÁTICO APADRINHAMENTO CIVIL CRIANÇAS E JOVENS Manual de GUIA PRÁTICO APADRINHAMENTO CIVIL CRIANÇAS E JOVENS INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P ISS, I.P. Departamento/Gabinete Pág. 1/7 FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático Apadrinhamento Civil Crianças

Leia mais

Como mediador o educador da primeira infância tem nas suas ações o motivador de sua conduta, para tanto ele deve:

Como mediador o educador da primeira infância tem nas suas ações o motivador de sua conduta, para tanto ele deve: 18. O papel do profissional na ação educativa da creche Segundo o RCNEI (1998), o profissional da educação infantil trabalha questões de naturezas diversas, abrangendo desde cuidados básicos essenciais

Leia mais

Avaliação Econômica. Programa Escola Integrada. Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte

Avaliação Econômica. Programa Escola Integrada. Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte Avaliação Econômica Programa Escola Integrada Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte Criado em 2004, o Programa de Avaliação Econômica de Projetos Sociais, da Fundação Itaú Social, atua em

Leia mais

Currículo do Curso de Licenciatura em Filosofia

Currículo do Curso de Licenciatura em Filosofia Currículo do Curso de Licenciatura em Filosofia 1. Componentes curriculares O currículo do Curso de Licenciatura em Filosofia engloba as seguintes dimensões. 1.1. Conteúdos de natureza teórica Estes conteúdos

Leia mais

Integrar o processo de ensino, pesquisa e extensão;

Integrar o processo de ensino, pesquisa e extensão; REGULAMENTO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE AGRONOMIA DO IFES CAMPUS ITAPINA O Estágio Curricular constitui um momento de aquisição e aprimoramento de conhecimentos e de habilidades essenciais ao

Leia mais