Assistência de enfermagem no pós-transplante de medula óssea na leucemia linfocítica aguda na infância

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1 Assistência de enfermagem no pós-transplante de medula óssea na leucemia linfocítica aguda na infância Thaís Pedroso de Aquino Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem. Maria Cristina Sanna Docente do Curso de Graduação em Enfermagem. Orientadora. RESUMO Objetivou se descrever condições de emprego do tratamento de transplante de medula óssea e situar a assistência de enfermagem nesse contexto. Foram rastreadas publicações sobre o assunto nos últimos dez anos, em três bases de dados informatizadas, foram encontrados 14 estudos, resultando no material empregado neste trabalho. Breve revisão sobre aspectos etiológicos, anátomo fisiopatológicos e terapêuticos da Leucemia Aguda na Infância, objetivando contextualizar o cenário que identificou diagnósticos de enfermagem possivelmente encontrados no cliente pediátrico portador dessa patologia e submetido a terapêutica. Apresentou se então, propostas de prescrição de cuidados. 0 produto se presta à atualização do enfermeiro sobre assunto, podendo ajudá lo na implementação da assistência individualizada e sistematizada. Descritores: Assistência de enfermagem; Transplante de medula óssea; Leucemia Linfocítica. Aquino TP, Sanna MC. Assistência de enfermagem no pós-transplante de medula óssea na leucemia linfocítica aguda na infância. INTRODUÇÃO O papel assistencial do enfermeiro abrange ações que este realiza quando assume a responsabilidade de atender às necessidades de cuidados de enfermagem nos níveis preventivo, curativo e de manutenção da saúde dos pacientes, suas famílias e pessoas significativas. Este é um papel que o enfermeiro realiza por meio da utilização do processo de enfermagem, que é a base de toda prática de enfermagem. (SMELTZER, BARE 1998), Isto se dá em qualquer relação de cuidado em que a qualidade do processo e do produto da assistência de enfermagem seja buscada e não é diferente quando se trata do pequeno paciente submetido ao transplante de medula óssea (TMO) cujo cuidado, pela grande importância que representa para o sucesso da terapêutica e pelas peculiaridades que envolvem o cliente nessa faixa etária, exigem que a equipe de enfermagem atue em todas as fases. Um especial destaque nessa empreitada está reservado ao enfermeiro, a quem cabe, além dos cuidados com o corpo biológico do paciente, entre outras atribuições, a explicação sobre as possíveis intercorrências e de complicações (RIUL; AGUILLAR, 1996). Segundo BARRIGA et al (1999) o TMO é atualmente um tratamento para diversas enfermidades hematológicas sendo, para as leucemias, uma alternativa com grandes chances de cura. No caso da leucemia linfocítica aguda (LLA), uma das neoplasias mais comuns na infância, o TMO não é o tratamento de primeira escolha. A LLA pode ser curada na primeira remissão, com o emprego de quimioterapia (DEPARTMENT OF HEMATOLOGY AND BONE MARROW TRANSPLANTATION, 1980). Porém, quando isso não ocorre, é necessária a realização do TMO, razão pela qual o enfermeiro que se dedica à assistência oncológica pediátrica deve estar preparado. 0 TMO é dividido em quatro fases e o sucesso em cada uma delas depende da constante atuação do enfermeiro. A fase mais complexa do TMO, quando este deve estar mais atento, é o pós TMO, período em que mais graves e variadas complicações podem surgir. Reconhecendo a importância dessa atuação e constatando que há poucas informações reunidas e sistematizadas sobre o tema, elegeu se como objeto de estudo a sistematização da assistência de enfermagem às crianças portadoras de LLA após a realização do TMO. Assim, temos como objetivo: a partir da recuperação e 45

2 organização do conhecimento disponível nas publicações sobre o assunto, descrever os aspectos etiológicos, anátomo fisio patológicos e terapêuticos que envolvem a realização do TMO na LLA na infância e apresentar um roteiro para a assistência de enfermagem sistematizada no período pós transplante, facilitando dessa maneira a programação dos cuidados de enfermagem para esta população. METODOLOGIA As pesquisas bibliográficas realizadas constituem no levantamento de publicações científicas relacionadas com o tema, no período compreendido entre 1980 e As bases informatizadas consultadas foram a MEDLINE, LILACS, BDENF e a Biblioteca Dr. Milton Soldani Afonso situada na Universidade Santo Amaro. Durante a consulta foram utilizados os seguintes unitermos LLA, Enfermagem e TMO. Do resultado deste pesquisa foram selecionados 143 publicações das quais 36 eram relacionadas com a assistência de enfermagem no TMO, destes somente 16 foram encontrados. Análise e Síntese do Material: leitura informativa ou exploratória: constituiu na leitura do material, para saber do que tratavam os artigos; leitura seletiva: constituiu na descrição do material quanto à sua pertinência ou não ao estudo, descartando os artigos que não eram pertinentes ao tema de interesse; leitura crítica ou reflexiva: constitui na busca pelas definições conceituais sobre LLA na infância, aspectos fisiopatológicos, etiologia, sinais e sintomas, alternativas terapêuticas e sistematização da assistência de enfermagem no TMO, e suas complicações, apresentados pelos autores dos textos, através da apreensão, análise, compreensão e julgamento das definições, quando foi possível refletir sobre as opiniões dos autores. Sistematização do conteúdo e organização em tópicos e subitens, com aparição da indicação da fonte bibliográfica onde se obteve a informação, a seguir listados. RESULTADOS Leucemias na infância - conceitos básicos A leucemia, que é o câncer dos tecidos hematopoiéticos, constitui a forma mais comum de câncer em crianças brancas com menos de 15 anos de idade e de 2,4 por entre as crianças negras. Ocorre mais freqüentemente em meninos que em meninas, depois de 1 ano de idade. Em países desenvolvidos, o câncer constitui a primeira causa de morte por doenças em crianças, adolescentes e adultos jovens. Nesse contexto, as leucemias contribuem com aproximadamente um terço das neoplasias infantis, sendo a leucemia linfocítica aguda a mais comum (FERREIRA, FERNANDES; PEIROS, 1997). Trata se de uma das formas de câncer que vem apresentando melhoras surpreendentes nas taxas de sobrevida. Segundo ALEY WONG (1997), ela é 4 anos para 80% das crianças atendidas nos grandes centros de pesquisa, e a maioria destas crianças foram curadas.. 0 aumento da sobrevida das crianças com câncer nos últimos 25 anos tem sido um triunfo da terapia e um exemplo para o tratamento do câncer no adulto, como afirmam FERREIRA, FERNANDES; PINHEIROS (1997). As leucemias são divididas em dois tipos gerais: Leucemia Linfóide (produção cancerosa de células linfóides, comumente começando num linfonodo ou noutro tecido linfóide e, em seguida, disseminando se para outras áreas do corpo); Leucemia Mielóide (produção de células mielóides jovens na medula óssea, que depois se espalham pelo corpo, de modo que os glóbulos brancos são produzidos em muitos órgãos extramedulares, especialmente nos linfonodos, no baço e no fígado) (GUYTON; HALL, 1997). Na leucemia mielóide, o processo canceroso ocasionalmente produz células parcialmente diferenciadas, resultando em leucemia neutrofilica, leucemia eosinofilica, leucemia basofilica ou leucemia monocítica. Mais freqüentemente, entretanto, as células leucêmicas são bizarras e indiferenciadas, não se identificando com qualquer um dos glóbulos brancos normais. Comumente, quanto mais indiferenciada é a célula, mais aguda é a leucemia, geralmente levando à morte dentro de poucos meses, se não tratada (GUYTON HALL, 1997). Aspectos fisiopatológicos da leucemia linfocítica aguda A Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) é uma afecção maligna, originária do sistema linfático, caracterizada por uma proliferação incontrolada de células linfóides jovens (linfoblastos), que invadem a medula óssea e eventualmente outros órgãos (COSTA TELES, COSTA, 1991). Os órgãos altamente vascularizados como o fígado e o baço, são os mais gravemente afetados. Para compreender a fisiopatologia do processo leucêmico, é importante esclarecer dois conceitos errôneos comuns. Em primeiro lugar, embora a leucemia consista numa super produção de leucócitos, a forma aguda mais freqüente está associada a uma baixa contagem de leucócitos, (daí o termo leucemia). Em segundo lugar, estas células imaturas não atacam nem destroem deliberadamente as células sangüíneas normais ou os tecidos vascularizados. A destruição celular ocorre por infiltração e competição subseqüente por elementos metabólicos. (WEALEY, WONG, 1997). Etiologia O desenvolvimento da leucemia foi associado a: exposição à radiação ionizante, exposição a certas substâncias químicas e tóxicas (exemplo benzeno, agentes alquilantes), vírus do linfoma leucemia da célula T humana (HTLV 1) em certas regiões do mundo, incluindo o Caribe e o sul do Japão, suscetibilidade familiar; e distúrbios genéticos (síndrome de Down, anemia de Fanconi) (NETTINA, 199,8). Sinais e sintomas Geralmente são: fadiga (relacionada principalmente à anemia); febre, infecções geradas pela ausência de leucócitos maduros, trombocitopenia, baixa contagem de plaquetas no sangue; sangramento (petéquias, equimoses, epistaxe e sangramento gengival), linfadenopatia generalizada, 46

3 esplenomegalia e hepatomegalia, resultados da infiltração de células leucêmicas, dor óssea, resultante da infiltração sub perióstea; cefaléia, vômitos, papiledema, paralisia dos nervos cranianos e outras manifestações no sistema nervoso central (SNC) resultantes da infiltração leucêmica nas meninges, podendo ocorrer também hemorragias intracerebrais ou sub aracnóides (ROBBINS; COTRAN; KUM^ 1996). Alternativas terapêuticas para a LLA na infância Indução da remissão. Quase imediatamente após a confirmação do diagnóstico, inicia se a terapia de indução, com duração de 4 a 6 semanas. Os principais fármacos utilizados para a indução da remissão da LLA incluem vincristina, asparaginase, metotrexate, mercaptopurina e dexametasona (RODRIGEZ; CALADO, 1998). A terapia farmacológica para a indução da remissão da LLA inclui ainda doxorrubicina ou daunorrubicina e cistosina arabinosídeo podem se utilizar outros fármacos, sendo esta combinação a mais freqüente em protocolos de tratamentos brasileiros. Como muito dos fármacos também causam mielossupressão dos elementos sangüíneos normais, o período que se segue imediatamente a uma remissão pode ser crítico. 0 organismo carece de qualquer defesa e torna se altamente susceptível a infecções e hemorragias espontâneas (WHALEY, WONG, 1997). Terapêutica de manutenção. Esta é iniciada logo após a terapia de indução e consolidação com sucesso, com o objetivo de preservar a remissão e reduzir ainda mais as células leucêmicas (WHALEY WONG, 1997). Reindução após recidiva. Quando, após o início da manutenção ou seu término, se observa células leucêmicas na medula óssea, no SNC ou no testículo, a criança sofreu recidiva. 0 tratamento nessa fase consiste em reindução com predinisona e vincristina, juntamente com a combinação de outros fármacos não utilizados anteriormente ( ALEY; WONG, 1997). Transplante de Medula óssea. 0 TMO é um procedimento que consiste na infusão, por via intravenosa, de sangue de medula óssea obtido de doador previamente selecionado, em receptor adequadamente condicionado. A sua finalidade é reconstruir o órgão hematopoiético enfermo, devido à proliferação celular neoplásica, como é o caso nas leucemias (RIUL; AGUILLAR, 1996). 0 TMO vem sendo utilizado com sucesso no tratamento de LLA mas não é indicado para o paciente com LLA durante a primeira fase de remissão pois, em muitos casos, e observada a melhora da criança só com o uso de quimioterápicos na primeira remissão quando isso não ocorre há a indicação para a realização do TMO (WHALEY; WONG, 1997). 0 TMO representa uma terapêutica que viabiliza a utilização de doses de agentes quimioterápicos em doses cuja toxicidade hematológica seria proibitiva, não fosse a possibilidade de se resgatar através da infusão de células tronco do próprio indivíduo objeto do transplante (autólogo) ou de um doador compatível (alogênico) (ODONE, 1996). Segundo RIUL; AGUILLAR (1996), o tratamento de TMO compreende quatro fases: - Pré TMO (pré admissional e preparo para o transplante), - Aspiração, processamento e infusão de medula óssea (coleta de medula, preparo e infusão); - Pós TMO (enxertamento e proliferação da medula); - Complicações do Pós TMO (efeitos colaterais relacionados ao tratamento). Sistematização da assistência de enfermagem no pós TMO e suas complicações Decidida a introdução da TMO como alternativa terapêutica, é preciso que a Enfermagem proceda ao reconhecimento das necessidades assistenciais do cliente e providencie os cuidados que este necessita. Observando se o prescrito na taxonomia diagnóstica da NANDA (1996), que propõe a padronização da linguagem entre disciplinas, fazendo com que os enfermeiros articulem com clareza os cuidados com o paciente, organizou se uma proposta de sistematização da assistência de enfermagem relacionada ao período citado de tratamento, que sirva como condutora do cuidado adequadamente decidido em função de cada cliente em particular. Para tanto, relacionou se os diagnósticos de enfermagem passíveis de serem encontrados nessa situação e suas respectivas prescrições, como se verá a seguir, considerando as informações obtidas na literatura pesquisada. Este roteiro se refere principalmente ao período pós TMO, mas alguns cuidados se estendem para todo o processo, devendo se observar a particularidade de cada período e paciente, quando for empregado. Nele se pode observar a enunciaçao do diagnóstico, segundo o padrão de resposta humana a cada situação e a correspondente conduta a ser adotada, com as respectivas indicações de qual material bibliográfico foram extraídos. Quinze possíveis diagnósticos foram relacionados, como se verá a seguir. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: alto risco de infecção relacionado com as defesas corporais deprimidas (WHALEY; WONG, 199?Y1 potencial para infecção relacionado com resposta imunoalterada (OLIVEIRA; FERNANDES, l994). Prescrição de enfermagem (WHALEY; WONG, 1999) - Colocar a criança em quarto privativo,- - Solicitar aos visitantes e à equipe que utilizem técnica correta de lavagem de mãos,- - Proceder à triagem de todos os visitantes e da equipe de saúde à procura de sinais de infecção,- - Utilizar técnica asséptica para todos os procedimentos invasivos; - Monitorar a temperatura; - Avaliar local potencial de infecção na criança, pois nem todos os lugares poderão ser freqüentados pela criança; - Fornecer dieta nutricionalmente completa para a idade do paciente; - Evitar a administração de vacinas com vírus atenuado à criança com o sistema imune deprimido; - Administrar vacinas com vírus inativado, conforme 47

4 prescrito; e - Administrar antibióticos, conforme prescrito. Prescrição de enfermagem (OLIVEIRA; FERNANDES, 1994) - Explicar à criança e aos pais, os efeitos colaterais das drogas; - Preparar a medicação com técnica rigorosamente asséptica; - Manter precauções especiais com o manejo das eliminações; - Verificar e registrar sinais vitais de 4/4h comunicar alterações; - Comunicar temperatura maior que 38 C, calafrios, sudorese, edema, calor, dor, hiperemia e esxudato em qualquer superfície corporal,- - Observar e comunicar alterações nas condições respiratórias, mentais, na freqüência urinária, erupções cutâneas e diarréia; - Examinar locais que possam servir como porta de entrada para patógenos (acesso venosos proeminências ósseas e cavidade oral),- - Limpar a pele com álcool a 70% antes de puncionar veias ou artérias, - Lavar as mãos antes e após cada procedimento com a criança, - Evitar procedimentos por via retal (verificação de temperatura, aplicação de supositórios) e injeções intramusculares.- - Proteger a criança de traumatismos e acidentes; - Orientar a criança e os pais, quanto a inadequação de procedimentos por via retal e injeções intramusculares. Diagnóstico de enfermagem - Risco para temperatura corporal alterada (hipertermia) (COSTA,-TELES, COSTA, 1991). Prescrições de enfermagem - Manter a temperatura ambiente adequada, verificando a temperatura corporal a cada 4 h; - Utilizar compressas em temperatura inferior à do paciente nas hipertermias resistentes à medicação). Diagnóstico de enfermagem - alto risco de lesão (hemorragia) relacionado com a interferência na proliferação das células (WHALEY WONG, 1999) (COSTA TELES, COSTA, 1991) Prescrição de enfermagem (WHALEY WONG, 1999) - Utilizar medidas locais para interromper sangramentos; - Restringir atividades de risco; - Evitar punções quando necessário; - Observar a ocorrência de sangramento após um procedimento; - Mudar o colchão de lado e/ou utilizar colchão com alívio de pressão; - Evitar ulceração oral e retal; - Evitar administrar medicamentos como aspirina e outros agressores da mucosa gástrica; Prescrições de enfermagem (COSTA TELES; COSTA, 1991) - Avaliar o pulso e a pressão arterial em intervalos específicos, acompanhando resultados de exames laboratoriais (hematócritos e hemoglobina); - Observar eliminações intestinais e vesicais (quantidade, cor e aspecto), - Colocar o paciente em decúbito lateral ou semi sentado em caso de gengivorragia ou epistaxe; - Remover coágulos, na medida do possível, aplicando curativo compressivo com gaze; - Administrar medicações e instalar hemoderivados prescritos, levando se em conta o grupo ABO/Rh, tendo vigilância constante às reações transfusionais. - Alto risco de lesão (cistite hemorrágica) relacionado com a interferência na proliferação das células (WHALEY, WONG, 1999) Prescrição de enfermagem: - Observar o aparecimento de hematúria e comunicar qualquer sinal de cistite; Oferecer livre ingestão de líquidos (3MI/M2 /dia), - Estimular a criança a urinar freqüentemente, incluindo o período noturno; - Administrar fármacos que irritam a bexiga no início do dia. - Potencial para déficit de volume de líquido, relacionado com náuseas e vômitos ( ALEY; WONG, 1999) (OLIVEIRA FERNANDES, 1994) Prescrições de enfermagem: (WHALEY WONG, 1999) - Administrar uma dose inicial de antiemético antes da administração de outros medicamentos, como prescrito; - Avaliar a resposta da criança ao antiemético; - Evitar alimentos de odores fortes; - Destampar a bandeja de alimentação fora do quarto da criança; Incentivar a freqüente ingestão de líquidos em pequena quantidades, durante e após a quimioterapia; - Administrar líquido via endovenosa, quando indicado/ prescrito. Prescrição de enfermagem (OLIVEIRA; FERNANDES, 1994): - Observar os locais de punção (permeabilidade do soro, infiltração, flebite), - Observar e registrar as características dos vômitos - Estar atento para manifestações hemorrágicas observando condições da pele, mucosas, palidez ansiedade, dispnéia, cianose, taquicardia, hipotensão; 48

5 - Fazer controle rigoroso da diurese (volume, coloração, freqüência e ph); - Observar sinais de desidratação (mucosas secas e turgor da pele diminuído). - mucosas alteradas, relacionadas com administração de agentes quimioterápicos (Mucosite) (V~HALEY; WONG, 1999) (COSTA; TELES, COSTA, 1991) Prescrições de enfermagem (WHALEY; WONG, 1999): - Inspecionar diariamente a boca à procura de úlceras orais, Instituir higiene oral meticulosa assim que começar a administração de um fármaco que provoca úlceras orais; - Utilizar escova dental com cerdas macias, espátula envolta no algodão ou dedo envolto na gaze; - Aplicar anestésicos locais nas áreas ulceradas antes das refeições, ou quando necessário; - Aplicar hidratantes nos lábios, - Estimular ingestão de líquidos; - Utilizar um canudo; - Evitar sucos com ácido ascórbico e alimentos quentes ou frios demais ou condimentados, - Administrar medicamentos antiinfecciosos, conforme prescrito. Prescrição de enfermagem (COSTA; TELES, COSTA, 1991) - Realizar bochechos com solução bicarbonatada a cada hora a após as refeições, - Realizar limpeza oral com instilação da solução (água destilada e água oxigenada 1: 1) sob pressão, removendo placas bacterianas (quando houver) com auxilio de um palito envolto em algodão esterilizado; - Administrar medicações prescritas e pomadas anestésicas antes das refeições, incentivando a alimentação. - nutrição alterada: menor que as necessidades corporais relacionadas à perda de apetite (WHALEY WONG, 1999); nutrição alterada ingestão menor que as exigências corporais, relacionada à inabilidade para ingerir e absorver nutrientes (OLIVEIRA; FERNANDES, 1994) Prescrição de enfermagem (WHALEY, WONG, 1999): - Incentivar os pais a não pressionar a criança para comer; explicar perda de apetite; Permitir que a criança como qualquer alimento por ela tolerado, - Oferecer líquidos e alimentos semi sólidos, que não exijam esforços de mastigação e deglutição; - Explicar o aumento de apetite a partir do uso de esteróides; - Aproveitar qualquer período de fome; servir pequenos lanches; Enriquecer os alimentos com suplementos nutritivos; - Permitir que a criança participe da seleção e preparo dos alimentos; - Tornar a comida atraente; - Lembrar as práticas alimentares habituais das crianças de cada grupo etário, como ocorrência normal de anorexia fisiológica. Prescrições de enfermagem (OLIVEIRA; FERNANDES, 1994): - Pesar e registrar a diferença ponderal diária; - Oferecer alimentos favoritos e bem tolerados pela criança, de preferência alimentos ricos em calorias e proteínas; - Oferecer refeições em pequenas e freqüentes quantidades, em vários períodos dos dias; Proporcionar ambiente tranqüilo e calmo durante as refeições, - Proporcionar higiene oral freqüente após as refeições; - Ajustar a dieta para antes ou após a quimioterapia, de acordo com a preferência e tolerância da criança. imagem corporal alterada relacionada com a queda dos cabelos (WHALEY, WONG, 1999) Prescrições de enfermagemrescrições DE ENFERMAGEM: - Conversar com a criança sobre a queda dos cabelos, para que ela futuramente aceite sua imagem, - Providenciar proteção adequada durante a exposição solar; - Recomendar manter os cabelos finos limpos, curtos e cheios; - Explicar que o cabelo começa a crescer dentro de 3 a 6 meses e pode ser ligeiramente diferente na sua cor ou textura; - Incentivar a boa higiene, arrumação do cabelo e objetos apropriados para o sexo. Diaghnóstico de enfermagem: imagem corporal alterada relacionada com a face de lua cheia (WHALEY WONG, 1999). Prescrições de enfermagem: -Estimular a rápida reintegração com as pessoas que convivem com ela no dia a dia; -Enfatizar que esta alteração é temporária, -Avaliar cuidadosamente o ganho ponderal; -Incentivar a visita de amigos antes da alta hospitalar. mobilidade física comprometida relacionada com comprometimento neuromuscular (WHALEY; WONG, 1999), intolerância à atividade relacionada com a fraqueza generalizada (OLIVEIRA; FERNANDES, 1994) Prescrições de enfermagem (WHALEY, WONG, 49

6 1999): - Incentivar a deambulação, quando a criança for capaz; - Alterar a atividade, inclusive a escolar. Prescrição de enfermagem (OLIVEIRA; FERNANDES, 1994) -Estimular a participação em exercícios programados, adequados ao estado físico; -Transmitir energia positiva e encorajadora; -Mostrar aos pais e a criança a importância da mobilidade física, inclusive no leito. distúrbio do padrão do sono relacionado com alterações sensoriais internas (doenças e estresse psicológico) e externas (mudanças ambientais) (OLIVEIRA,-FERNANDES, 1994) Prescrições de enfermagem - Proporcionar ambiente calmo e repousante, - Promover alívio de sintomas (ansiedade) - Orientar a família e a criança sobre técnicas de relaxamento. dor relacionada com agentes de injúria biológicos (OLIVEIRA, FERNANDES, 1994) Prescrições de enfermagem: - Avaliar as características da dor e do desconforto: localização, qualidade, freqüência e duração; - Assegurar à criança e à família que sabemos que a dor é real e que a ajudaremos a diminuí Ia,- - Avaliar fatores emocionais que possam estar contribuindo para a dor, - Observar alterações de conduta da criança e da família, - Ensinar a criança e aos pais, formas de alívio da dor e do desconforto: distração, representação, relaxamento, estimulação cutânea; - Administrar analgésicos prescritos. déficit de lazer relacionado com falta de atividade de lazer no ambiente hospitalar (OLIVEIRA, FERNANDES, 1994) Prescrição de enfermagem: - Proporcionar atividades de recreação (leitura, jogos, conversa); - Permitir que a criança exercite suas atividades de lazer usuais sem impor obrigatoriedade. ansiedade relacionada com mudanças no estado de saúde (OLIVEIRA, FERNANDES, 1994) (COSTA TELES; COSTA, 1991) Prescrições de enfermagem (OLIVEIRA; FERNANDES, 1994): - Permitir que os pais e a criança expressem livremente os seus pensamentos e sentimentos; - Informar sobre o desenvolvimento da doença e sobre os efeitos colaterais das medicações utilizadas no tratamento - Dar apoio emocional a criança e à sua família. Prescrição de enfermagem (COSTA; TELES; COSTA, 1991): - Providenciar assistência psicológica e espiritual ao paciente e à família. risco para lesão (perineal) (COSTA; TELES, COSTA, 1991) Prescrição de enfermagem: - Realizar banho de assento com água morna e solução de permanganato de potássio a 1: ; - Higienizar quantas vezes necessário após cada eliminação, evitando o uso de papel; - Utilizar pomadas analgésicas após higienização. CONCLUSÃO A maioria dos artigos e livros estudados abordam conceitos, tipos de tratamento e complicações do TMO na LLA na infância, num enfoque essencialmente biológico. Já a literatura de Enfermagem apresenta poucos estudos sobre tal patologia: dos nove artigos e 6 livros relacionados com a assistência ao cliente oncológico pediátrico, apenas cinco foram escritos por enfermeiros e, destes, apenas três apresentaram uma proposta de assistência de enfermagem, sendo que desses apenas dois seguiram as definições a classificação da NANDA como base de suas proposições. Partindo do ponto de vista que o enfermeiro exerce os papéis assistencial, administrativo, educativo e de pesquisa, acredita se que esta última tarefa é uma das mais importantes e, quando realizada com freqüência e competência, tem reflexo positivo sobre as demais. 0 enfermeiro que pesquisa está sempre atualizado, argumentando com a equipe de saúde sobre a assistência prestada ao paciente e sua família, conseguindo a organização satisfatória, tanto da equipe como do local de trabalho, e assim obtém uma assistência adequada e eficaz. Uma pesquisa, no entanto, só se completa com a divulgação de seus resultados e a experimentação de suas proposições, o que pode ser a motivação para a realização de outras pesquisas. Assim, ao fazer a revisão da literatura científica disponível sobre a assistência de enfermagem no TMO na LLA na infância, enfocando principalmente o período pós TMO, espera se contribuir para a atualização do enfermeiro, para a melhoria da qualidade do cuidado e estimular a realização e publicação de estudos sobre o assunto, ainda pouco investigado em nosso meio. 50

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRIGA, F. C.; et al. Transplante de medula ósea en pacientes pediátricos. Rev. Chil. Pediatr, v.70, n. 3, p , mayo/ jun, COSTA, I.M., TELES, L.F.P.P.; COSTA, N.C.M. Proposta de atendimento ao paciente de Leucemia Linfóide Aguda na infância. Enfoque, v.2, n. 19, p.31-33, jun, DEPARTMENT OF DERMATOLOGY AND BONE MARROW TRANSPLANTATION. Early bone narrow transplantation in Acute Leukemia. New York: Springer-Verlag, p FERREIRA, R.M., FERNANDES, P.L., PINHEIRO, L.R. Registro de câncer de base populacional: uma proposta para a apresentação dos dados pediátricos brasileiros. Rev. Bras. Cancerol, v. 2, n. 43, p , GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica 9a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, NANDA. Diagnóstico de Enfermagem: Definições e Classificações. Porto Alegre: Artes Médicas, NETTINA, S. M. Prática de Enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, ODONE FILHO, V. Transplantes autálogos de medula óssea em oncologia pediátrica experiência preliminar do Instituto de Crianças Prof Pedro de Alcântara, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da universidade de São Paulo. J.Pediatr, v. 72, p , OLIVEIRA, E.F; FERNANDES, M.G.M. Assistência de Enfermagem a um paciente portador. In: OLIVEIRA, E.F. de. Leucemia linfocítica aguda. Ciência Cuidado e Saúde, v. 13, n. 1, p, , out dez, ROBBINS, S.L.; CONTRAN, R.S.; KUMAR, V. Patologia estrutural e funcional. 2a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara- Koogan, RODRIGUEZ, L.V.; COLADO, J.I. Tratamiento de leucemia aguda linfoblástica en niños de escasos recursos en un hospital comunitário del estados de Veracruz. Rev. Invest. Clin., v. 50, n.6, p , nov-dic, RUIL, S.; AGUILLAR, 0.M. Transplante de Medula óssea: organização da unidade e assistência de enfermagem. São Paulo: EPU, SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Enfermagem Médico Cirúrgico. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, WHALEY, L.F.; WONG, L.D. Enfermagem Pediátrica: elementos essenciais à intervenção efetiva. 5a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan,

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