Mandela: um legado contraditório

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1 Mandela: um legado contraditório Ruy Braga O grande símbolo da resistência ao apartheid racial morreu no dia 5 de dezembro passado. Quando penso em Nelson Mandela logo me vem à mente a icônica imagem do dia de sua libertação. Após 27 anos de encarceramento, emergiu um sorridente herói do povo, cumprimentando com seu punho direito erguido a massa que o acolheu como o incontestável guardião dos sonhos de sua emancipação. É difícil descrever a sensação que tive quando assisti pela TV esta cena. Foi um momento glorioso daquilo que Walter Benjamin chamou de tradição dos oprimidos : subitamente, o caudaloso fluxo da dominação detem-se por um instante, deixando antever a ainda nebulosa fisionomia da liberdade vindoura. Fora da prisão, Mandela liderou a negociação estabelecida com o Estado fascista que sepultou o apartheid racial. O empenho pacificador demonstrado durante a transição democrática garantiu-lhe o prêmio Nobel da Paz de Por isso, pode parecer fácil escrever sobre ele. Bastaria, por exemplo, elogiar sua sublime disposição de perdoar os opressores brancos. Aliás, é exatamente isso que tem feito toda a imprensa mundial. No entanto, gostaria de destacar um outro ângulo, ou seja, o projeto político que, ao sair da prisão, ele afiançou. No final dos anos 1980, tão logo o Partido Nacional, com o domínio dos africânderes no governo, percebeu que iria ser derrotado pela resistência mais ou menos inorgânica de toda a sociedade civil sul-africana, iniciou-se um processo de negociação entre os fascistas e o maior partido

2 anti-apartheid, isto é, o Congresso Nacional Africano (ANC). Ao longo de alguns poucos anos, o pacto social que deu origem à nova África do Sul foi urdido. Conforme os termos do acordo, as tradicionais classes dominantes brancas manteriam o domínio e a propriedade de todos os setores econômicos estratégicos, transferindo progressivamente para o ANC o controle do aparelho de Estado. Enquanto os ativos financeiros das principais empresas do país migravam para Londres em um avassalador movimento de fuga de capitais que acentuou a dominação econômica branca, o Partido Comunista Sul-Africano (SACP), o Congresso dos Sindicatos Sul- Africanos (Cosatu) e o ANC formavam a coalizão conhecida como Aliança Tripartite que se transformou em uma poderosa máquina eleitoral, criando as condições para o estabelecimento de uma durável hegemonia alicerçada na fusão das principais forças anti-apartheid com o aparelho estatal. Assim, sedimentou-se, em 1996, um modelo de (sub- )desenvolvimento capaz de combinar uma agenda neoliberal conhecida como Growth, Employment and Redistribution (GEAR) com algumas reformas pontuais cujo produto mais saliente foi a exacerbação das desigualdades de raça, de gênero e de classe social.[1] A partir de então, privatizações, cortes de gastos estatais e moderação salarial, combinaram-se com, por exemplo, a incorporação dos negros ao sistema público de saúde O apartheid racial foi substituído por um apartheid social alimentado pela exploração da maioria dos trabalhadores negros. Mandela foi o grande fiador desta revolução passiva. Apenas um negro educado vivendo em um país dominado por brancos, um príncipe xhosa vivendo em um país de maioria zulu, um líder mundialmente admirado vivendo em um país carente de aceitação internacional, poderia dirigir este processo. Após a transição para a democracia parlamentar, o ANC lançou, no início dos anos 2000, o Black Economic Empowerment, programa conhecido como BEE. Tratava-se de um programa para diminuir as disparidades sócio-econômicas existentes entre os

3 diferentes grupos raciais por meio da incorporação de negros e de não brancos ao staff administrativo das empresas sulafricanas. Com essa política, o país testemunhou o surgimento de uma afluente elite econômica negra, conhecida como Black Diamonds, que acumulou imenso poder e riqueza devido à intimidade com o governo. Assim, ex-militantes sindicais comunistas tornaram-se sócios de empresas de mineração e exlideranças do ANC transformaram-se em mega-investidores financeiros. Dispensável dizer que escândalos de corrupção envolvendo altos executivos e políticos tornaram-se usuais. Uma expressão curiosa surgiu para descrever a atual estrutura classista da África do Sul: sociedade cappuccino. Trata-se de uma menção à existência de uma larga base negra sobre a qual repousa uma espuma branca encimada por uma finíssima camada de chocolate em pó. O resultado? Da 90º posição no ranking da desigualdade, em 1994, ano da eleição presidencial de Mandela, a África do Sul ocupa atualmente a 121º posição. Não admira que neste tipo de sociedade tensões étnicas e sociais descambem rapidamente para a violência xenofóbica: a taxa de criminalidade do país está entre as 15 piores do mundo e a expectativa de vida da população é de apenas 53 anos.[2] Ano passado, ao trocar alguns dólares no aeroporto de Johannesburgo percebi que a efígie de Mandela estampava as novas cédulas de rands. O Pai da Pátria aparecia sorrindo discretamente em todas as notas, não importando o valor. A revolução passiva sul-africana está concluída, pensei No caminho para o hotel, fui informado que 36 mineiros haviam sido barbaramente assassinados há pouco pela polícia no acampamento de Marikana, nas cercanias de Rustemburgo, durante uma greve. Também soube que, em uníssono, a Aliança Tripartite estava improvisando argumentos a fim de justificar o massacre. Separadas por apenas 180 km, a distância entre Marikana e Sharpeville não poderia ser maior Tudo isso faz parte da herança deixada pelo maior símbolo da resistência ao apartheid racial. Como decifrá-la? Em 1963, ao

4 ser condenado à morte no Julgamento de Rivonia, Mandela era um homem disposto a arriscar a própria vida pela libertação de seu povo. Por ser o comandante em chefe da ala armada de seu partido ele ficou quase três décadas encarcerado e merece nosso mais profundo respeito. No entanto, é necessário reconhecer que, na atual luta contra o apartheid social, os trabalhadores negros sul-africanos enfrentam sozinhos uma hegemonia deletéria que Mandela não economizou esforços para fortalecer. Para muito além da santificação do grande líder, algum dia, uma África do Sul emancipada saberá reconhecer e superar os limites deste legado contraditório. Notas [1] Ver Patrick Bond, The Elite Transition: From Apartheid to Neoliberalism in South Africa, Pluto Press, [2] Ver Karl von Holdt et alii, The smoke that calls: Insurgent citizenship and the struggle for a place in the new South Africa, Society, Work and Development Institute, *** Para aprofundar a reflexão sobre as contradições próprias das formas de dominação desenvolvidas em projetos políticos de pacto social, em especial sobre o caso brasileiro, recomendamos a leitura de Hegemonia às avessas: economia, política e cultura na era da servidão financeira, organizado por Francisco de Oliveira, Ruy Braga e Cibele Rizek.

5 Meus heróis não viraram estátua Rodrigo Ricupero O Brasil foi construído ou conformado, em primeiro lugar, a partir da destruição das sociedades indígenas existentes no território que foi paulatinamente conquistado. Estas sociedades indígenas não eram Outro Brasil, eram, podemos dizer, o Não Brasil. O processo de conquista militar do território foi central na conformação da nascente sociedade colonial, permitindo a transformação dos índios antes livres em escravos e a apropriação da terra transformada em propriedade privada. Esse processo, que em outro trabalho chamei de acumulação primitiva colonial, me aproveitando da famosa expressão de Marx, também não teve nada de idílico e permitiu a montagem de uma sociedade extremamente desigual e escravista. A conquista da área litorânea entre os atuais Estados de São Paulo e Rio Grande do Norte durante o século XVI foi uma enorme derrota para a população indígena. Doenças trazidas pelos europeus, as guerras empreendidas e a exploração do trabalho indígenas foram responsáveis por uma verdadeira hecatombe, descrita na documentação do período. Simplificando um pouco o processo, os índios escravizados, literalmente moídos nos engenhos de açúcar, foram sendo substituídos pelos escravos africanos a partir do final do século XVI nas áreas mais importantes da colônia em grande medida, mas não apenas, pela dificuldade crescente na obtenção de novos índios escravos. Tal processo de exploração violenta da mão de obra indígena prosseguiu em ritmos diferentes pelas variadas regiões que foram sendo conquistas até os séculos XVIII e, menor medida,

6 XIX e XX. A consolidação da sociedade colonial no litoral permitiu o surgimento de um setor especializado, digamos assim, na entrada pelo interior do território e na captura de índios. Tais figuras que posteriormente ficariam conhecidas como bandeirantes não eram exclusividade da vila de São Paulo, mas foi em torno desta região que tal setor encontrou terreno mais fértil para se desenvolver no século XVI e especialmente no XVII, perdendo importância no século seguinte. A conquista de novos territórios e a descoberta de metais preciosos, tão destacadas pela historiografia tradicional, não podem ser separadas das expedições de captura de índios, do ataque aos quilombos (o famoso Palmares, por exemplo) e da destruição das missões jesuíticas no Paraguai. Os bandeirantes não são simplesmente os vilões da época, eles eram apenas a face mais visível da violência fundamental que marcava aquela sociedade e junto com os homens ligados ao tráfico de escravos africano foram peças fundamentais para a formação e para a reprodução da sociedade escravista. Eram, por assim dizer, o outro lado da moeda dos senhores de engenho, mineradores, mercadores e do próprio Estado português no Brasil, da mesma maneira que hoje a tropa de choque da PM é simbolicamente a outra face dos banqueiros.

7 Parque do Ibirapuera Devemos fazer tábula rasa do passado? A manifestação indígena em favor da demarcação de terras que recentemente tingiu de vermelho o monumento às bandeiras de Victor Brecheret reacendeu a discussão. Devemos derrubar todos monumentos que glorificam os opressores de qualquer tempo? A disputa pela memória é um aspecto da luta ideológica e política mais geral. A direita brasileira sabe bem isso, não à toa destruíram o monumento em homenagens aos operários mortos pelo exército em 1988 na invasão da CSN em Volta Redonda. Nós, por outro lado, ainda apenas estamos começando a luta para retirar os nomes dos ditadores e torturadores das ruas brasileiras. Quanto aos monumentos, não me parece que a resposta seja única, é preciso avaliar cada caso. Coloquemos abaixo uns, como as estátuas dos ditadores que ainda estiverem em pé, e mudemos o significado de outros.

8 No caso do monumento às bandeiras de Brecheret, mais interessante do que uma pequena vingança da história com sua destruição, é dar-lhe um novo sentido, preservando no meio da cidade a lembrança que a nossa sociedade foi construída também sobre a exploração brutal da população indígena. Mais ainda, transformar o monumento na lembrança concreta dessa nossa ferida aberta que é a forma criminosa que a sociedade e os governos, inclusive o atual, têm tratado a questão indígena. Se meus heróis não viraram estátua, para utilizar o feliz título do trabalho do historiador Pedro Puntoni, transformemos as estátuas dos nossos não heróis em símbolos de luta, assim, enquanto a remanescente população indígena não tiver garantida condições dignas de vida, em especial com a demarcação de suas terras, que os índios e todos que os apoiam nessa causa pintem regularmente o monumento de vermelho, para lembrar nossa ferida aberta que ainda sangra. Relações étnico-raciais, educação e exploração capitalista no Brasil: reflexões introdutórias Rosenverck E. Santos

9 Para discutir as questões referentes à educação e relações étnico-raciais é necessário caracterizar e problematizar o papel social da educação, da escola e do racismo no contexto do capitalismo, bem como de suas especificidades no Brasil, tendo em vista sua experiência de quase quatrocentos anos de escravidão. Quanto ao papel da educação na sociedade capitalista em sua função histórica, diferente do que em regra pensamos, não consiste num instrumento de ascensão social e progresso material. Pelo contrário, caracteriza-se pela reprodução da ideologia dominante e das relações sociais de produção por meio da inculcação dos valores burgueses e da formação do capital humano ou reprodução de força de trabalho. Isto é, a educação tem servido a adaptação subjetiva e técnica mesmo que não plenamente ao modo de produção capitalista. Nossa escola é herdeira dos ideais liberais burgueses da Revolução Francesa e pauta-se nos valores da igualdade abstrata, da liberdade condicionada e da propriedade privada como valor absoluto, mesmo que encobertos pelos mantos das chamadas democracia e cidadania. Em verdade, esses ideais terão funções bem distintas na Europa e no Brasil em virtude de sua história escravista e latifundiária que mantém bem viva as suas influências mesmo com a construção e consolidação do capitalismo urbano-industrial dependente. O racismo, sinteticamente, é uma ideologia que vincula as características físico-biológicas à condição moral e intelectual da pessoa tendo por objetivo hierarquizar e garantir dominação. A pergunta central é: dominar para quê? Muitos diriam que a pergunta importante seria: dominar quem? Mas, essa pergunta é secundária se avaliarmos a principal função do racismo, pois independente de quem atinja, em

10 essência sua função permanecerá a mesma. O racismo é apenas um mecanismo de dominação moral e subjetiva ou uma ideologia orgânica de consolidação do capital, portanto, de sustentação da exploração capitalista. 1 O racismo está exclusivamente na esfera do poder, da moral ou, pelo contrário, não se desvincula das condições necessárias da consolidação e exploração do/a trabalhador/a? Fazemos essa reflexão por duas razões. Primeiro, por conta da supervalorização das discussões em torno da questão do poder tornando-o um fetiche em detrimento de suas relações com a exploração capitalista. É como se o poder adquirisse vida própria desvinculado das relações sociais de produção. 2 Uma segunda razão, refere-se às concepções que a maior parte das pessoas, entre elas os/as professores/as, tem sobre racismo muito influenciada é verdade pelos meios de comunicação e intelectuais ligados a uma concepção de racismo ahistórico. A concepção dominante sobre racismo no Brasil relaciona-o simplesmente ao caráter moral, subjetivo e intelectual do ser humano. Um mero desrespeito ao outro, uma ignorância intelectual. Sua função seria apenas dominar moralmente, colocar-se numa posição de superioridade intelectual diante de outra pessoa 3 eliminando qualquer associação com a exploração capitalista. Isto resulta que a sua saída, solução, seria também pela via da subjetividade, da escola e não pelas mudanças estruturais que teria que ocorrer na sociedade capitalista. Diferentemente dessas posições nos situamos entre aqueles que acreditam que o racismo é uma ideologia orgânica do capitalismo. Que surgiu para reforçá-lo e consolidar o seu desenvolvimento. A escravidão e depois as elaborações dos mitos raciais na América fazem parte do repertório da dominação e exploração fortalecido pelo racismo.

11 Com efeito, educação 4 e racismo como práticas sociais no capitalismo serviram aos mesmos interesses: dominar e explorar a classe trabalhadora, bem como desenvolver o capital. Pensar essa relação é fundamental para entendermos o que se passou e se passa no Brasil quando discutimos educação e relações étnico-raciais. Enquanto nos países capitalistas centrais a educação era ponto chave para desenvolver o modo de produção emergente capitalismo em detrimento do feudalismo e de suas relações sociais; no Brasil a educação e, portanto, a escola, não teria valor nenhum e nenhuma função social para a classe dominante 5 e seus intelectuais, pois se na Europa a educação era um dos instrumentos necessários para qualificação técnica mínima é claro dos trabalhadores, bem como a difusão e reprodução dos novos valores contrapostos aos feudais; aqui em terras brasileiras esta inculcação e reprodução era garantida pela violência da escravidão. O chicote, as senzalas e o capitão do mato faziam muito bem o papel da escola europeia (nunca sem resistência, é preciso ratificar). Se analisarmos que de pouco mais de quinhentos anos de invasão europeia nas terras dos Tupis e dos outros povos précolombianos, quase quatrocentos foram sobre o regime escravista, entenderemos o quanto importante foi e é a elaboração e consolidação do racismo naturalizado no Brasil, como também, simultaneamente foi e é fundamental a ausência de esforços para garantir educação pública para a classe trabalhadora. E, neste caso, não é possível dissociar a história da classe trabalhadora da história da população negra, a não ser aqueles que não compreendem ou querem esconder que em nosso país raça e classe não se desvinculam da constituição de suas formas de dominação e exploração. Dito isto, pensar educação e relações étnico-raciais no Brasil passa por analisar uma relação pautada historicamente na marginalização e exploração de uma parcela essencial da classe

12 trabalhadora brasileira: a população negra 6. Basta ver a associação entre escravismo, latifúndio e capitalismo dependente; a opção pelo Império, depois da independência; a constituição da lei de terras em 1850; a política de imigração europeia subvencionada; a associação entre o mito da democracia racial e a política de embranquecimento na República e tantos outros exemplos da história brasileira onde a exploração de classe está profundamente associada a dominação racial. Portanto, é muito mais que uma questão de tolerância, poder e moral, é pensar nas formas nada humanas de sustentar um sistema que destrói a natureza e, sobretudo, se não mudarmos o pêndulo da história, destruirá a própria humanidade. Para tal empreitada de marginalizar e explorar vários mecanismos foram construídos, sendo o mito da democracia racial e a política de embranquecimento dois eixos centrais. Ambos tiveram ressonância no mundo do trabalho, da religião, da arte, da ética, da estética 7 e, não poderia ser diferente, na educação e escola, com as quais nos deteremos mais precisamente. Em síntese, quando o trabalho escravo era predominante não havia necessidade de educação para o povo e assim foi feito repercutindo num atraso histórico em relação a outros países. Entretanto, no Brasil de capitalismo dependente pós-abolição a referência era outra e a educação assumiu sua função reprodutiva só que reelaborada a partir do racismo naturalizado reforçando a desigualdade social por meio da democracia racial. Em outras palavras, para garantir a marginalização e exploração da população negra que antes era garantida pela violência explícita da escravidão, construiu-se uma série de procedimentos cuja função era garantir a perda da identidade da população negra e sua consequente submissão a ordem e o progresso da sociedade burguesa brasileira à moda europeia.

13 Evidente que sem referência identitária, perde-se a memória e com ela a consciência sobre a escravidão e de todos os determinantes de classe, raça e gênero da desigualdade da pessoa negra. Além disso, impede-se ou fragiliza a rebeldia negra tanto ao esconder os exemplos de resistência histórica (quilombos, fugas, revoltas, etc.) como pela naturalização da desigualdade, já que num país de oportunidades iguais para todos os cidadãos este era o ideário da nação brasileira republicana a condição social de cada um era sua única e exclusiva responsabilidade delegando o fracasso social e educacional da pessoa negra aos seus próprios atos. Erigia-se a meritocracia racial brasileira e negava-se o racismo como condição sine qua non para as desigualdades raciais no Brasil, incluindo-se aí as desigualdades educacionais. Aqui caberiam algumas problematizações. Será que a escola dual uma para a elite e outra para a classe trabalhadora tão característica da Europa foi desenvolvida no Brasil quando pensamos na população negra? Será que se cruzarmos os índices pelos recortes raciais da população total do Brasil ao longo de sua história com os índices da educação da população negra nós não teríamos como resultado surpreendente a própria negação da escola dual. Ou seja, que a escola brasileira mesmo para formação mínima dos trabalhadores nunca atingiu a população negra? Será que a partir desses dados não seria possível afirmar que por parte da elite brasileira nunca houve um projeto de educação pública que atingisse a grande maioria da população brasileira: os negros e negras? Afinal de contas se na Colônia e no Império existia a escravidão e, portanto, a educação não era necessária e se depois com a República existia um projeto deliberado de marginalização da pessoa negra e isso incluía dialeticamente a exclusão da população negra do mundo do trabalho e da educação, qual teria sido o projeto de educação para população negra por parte da burguesia brasileira? Ousamos responder:

14 nenhuma! Portanto, podemos novamente problematizar. Será que mesmo o projeto de educação da burguesia ou pequena burguesia liberal brasileira mais progressista que preconizava uma educação propedêutica para a elite e uma tecnicista para os trabalhadores se estendia ao conjunto da classe trabalhadora, em outras palavras, se estendia aos negros e negras? O que diz a média estatística histórica em relação à desigualdade educacional entre brancos e negros mesmo entre os pobres? Penso que essa média estatística responderia essa questão e com clareza no que diz respeito à marginalização educacional da população negra. 8 O currículo, o livro didático, as práticas pedagógicas, dentre outros, têm sido instrumentos algozes da condição negra na educação reforçando o padrão eurocêntrico de civilização em detrimento de qualquer outra referência histórica e cultural. 9 Racismo, homofobia e machismo são expressões ideológicas e práticas de transformação da diferença humana ontologicamente essencial em desigualdade social que tem por objetivo a exploração do trabalho humano para usufruto de alguns poucos. É nesse cenário que da educação e da escola tem se retirado, no capitalismo, todo o potencial emancipatório. De qualquer forma, sabemos das contradições da sociedade capitalista e, assim como o racismo gerou imobilidade e marginalização, também, por outro lado, gerou resistência e auto-afirmação. A educação segue esse roteiro e enquanto trabalho social necessário a emancipação deve ajudar a abrir caminho para negar-se enquanto reprodução e afirmar-se enquanto transformação da realidade humana. É o que desejamos é o que temos que fazer. 1 Cf. WILLIAMS, Eric. Capitalismo e escravidão. São Paulo: Cia das Letras, 2012.

15 2 Cf. VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Entre a realidade e a utopia: ensaios sobre política, moral e socialismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, A título de exemplo e para uma reflexão inicial ver SANTOS, Risomar Alves dos. Formação de professores e diversidade racial. In: SILVÉRIO, Valter Roberto; PINTO, Regina Pahim; ROSEMBERG, Fúlvia. Relações raciais no Brasil: pesquisas contemporâneas. São Paulo: Contexto, Para deixar bem claro, não pensamos educação apenas do ponto de vista da reprodução social. Sabemos de suas contradições na sociedade capitalista e, principalmente, da sua especificidade e natureza na promoção do ser humano (SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1991). Apenas estamos destacando a sua principal função na sociedade capitalista e as razões da burguesia liberal ter empreendido a construção, num momento histórico específico, de um sistema público de educação. 5 Excluindo-se evidente formar os seus herdeiros e, mesmo assim num momento bem específico da história brasileira, pois na Colônia e mesmo em boa parte do Império a educação no Brasil não era a principal fonte de atenção da elite brasileira, mesmo para os seus filhos que em regra iam estudar no exterior. 6 Os dados estatísticos são mais que evidentes e mais que difundidos, por isso não precisamos citá-los. 7 Cf. MOURA, Clóvis. Sociologia do negro brasileiro. São Paulo: Ática, MOURA, Clóvis. Dialética radical do Brasil negro. São Paulo: Anita, Mais uma vez afirmamos que os dados estatísticos estão amplamente divulgados, inclusive, pelos órgãos governamentais.

16 Mas podemos, a título de exemplo, conferir THEODORO, Mário (org.). As políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil: 120 anos após a abolição. Brasília: IPEA, Para uma síntese das pesquisas no Brasil sobre currículo e suas implicações no livro didático e nas práticas pedagógicas conferir: REGIS, Kátia. Relações etnicorraciais e currículos escolares: análise das teses e dissertações em educação. São Luís: EDUFMA, Dia da Consciência Negra: qual sua lição? Rosenverck E. Santos É comum atualmente o dia 20 de novembro ser comemorado em diversos locais como um resgate da memória de Zumbi ou da luta da população negra por sua liberdade. Tornou-se um dia que poucos confrontam pelo menos de forma direta e convencionou-se a trabalhar e resgatar nesta data a história e a cultura da população negra como bem obriga a Lei de No entanto, o que significa resgatar e comemorar a memória de zumbi, a luta da população negra, de sua cultura, da história de sua resistência? Muitos até esquecem ou nem sabem a história desta data, por qual motivo tornou-se o dia da consciência negra e quais embates tiveram que ser travados para fazer valer esse dia. Tornou-se para muitos uma data obrigatória e apenas formal. Necessária para se valorizar a diferença e a diversidade, sem nem ao menos questionarem a fabricação ideológica dessa diferença e dessa diversidade, tornadas externas ao ser humano como se nossa história desde o surgimento do primeiro ser

17 humano no planeta terra na África não fosse marcada pela presença humanamente ontológica da diversidade. Por isso somos seres de cultura, pois é nossa igualdade que produz nossa diversidade. Isto muitas vezes é esquecido nessa parafernália festiva da valorização e respeito dos diferentes. Oculta-se que no Brasil diferença é sinônimo de desigualdade e, portanto, valorizar e respeitar a diversidade significa valorizar e respeitar a desigualdade. Então o que significa recuperar a memória de luta da população negra e de Zumbi? A palavra memória para muitos movimentos negros tornou-se apenas um conceito instrumental de lembrança do passado, de valorização de nossa cultura negra, de pedir respeito por nossa identidade, etc. A memória do dia da consciência negra para muitas escolas, universidades, intelectuais e movimentos negros não passa de uma lupa de aumento e resgate de nosso passado violento, escravista e que deve ser refletido em prol da construção de um país cidadão. Não por acaso a vertente historiográfica mais festejada atualmente é aquela que trata a resistência negra como um processo de negociação. Os quilombos, as fugas, a resistência de forma geral tem sido questionada em seu caráter emancipador e valorizada em suas características conciliadoras. Mas por que isso tem acontecido? Por que a resistência negra e, portanto, sua consciência deixou de vista como elemento transformador da sociedade escravista e de busca da liberdade a qualquer custo, para ser caracterizada como movimento de reformas e de melhorias dentro da própria sociedade escravista? Diversos autores que trabalham com a memória afirmam que este é um conceito que inevitavelmente serve para analisarmos o passado, mas, sobretudo para construirmos nossa identidade social e coletiva. Portanto, memória é fundamental para rever o passado, porém não dissociado das questões do presente e

18 relações de poder que atuam em sua utilização. Memória, nesse sentido, serve tanto para dominar quanto para resistir; tanto para manter, quanto para transformar; tanto para ocultar, quanto para desvelar. Mas por que isso não tem sido discutido no interior de parte do movimento negro? Por que cada vez mais o dia 20 de novembro tem se tornado uma data festiva intramuros: nas escolas, nas universidades, nos gabinetes parlamentares, nas secretarias e ministérios governamentais, nas sedes de ONG s. Por que abandonaram as ruas, as praças, as marchas, as passeatas, os cartazes, as faixas? Por que não se vê os movimentos negros não todos é claro nas ruas? Por que uma data de resistência e luta foi transformada numa data, exclusivamente, de consenso e negociação. Por que a memória tornou-se um conceito destituído de suas relações de poder e de toda a sua temporalidade, reduzindo-a ao passado? Afinal, o que é consciência negra? Em qual sentido se fala de consciência? Existe uma consciência branca? Quais as características dessas duas consciências? Se definirmos a consciência branca como o processo de construção de uma forma eurocêntrica, machista, patriarcal, cristã, homofóbica, latifundiária e com mentalidade ainda escravista de se entender o Brasil e sua população, poderíamos pensar a consciência negra como o avesso, a transgressão dessa forma de se entender e pensar o Brasil e sua gente? Confrontaríamos então a consciência negra uma consciência crítica contra a consciência branca e, dessa forma, construiríamos um Brasil melhor? De dentro das escolas, universidade e gabinetes governamentais e parlamentares poderíamos potencializar essa consciência negra por meio de leis, currículos, livros, emendas parlamentares, projetos de assistência do Terceiro Setor e, dessa forma, combater o racismo e todas as formas de discriminação e por consequência construirmos a cidadania negra tão deseja e adiada? Alguns movimentos e intelectuais

19 acreditam nisso e é por essa razão que não conseguem mais sair do ar condicionado de seus escritórios e ocupar as ruas com faixas e gritos de protesto. Os gritos de protestos foram substituídos por esses senhores e senhoras pelas expressões vossa excelência e foi um avanço. A consciência perdeu sua materialidade e torna-se como o conceito de memória uma palavra destituída de práxis. A consciência tornou-se apenas um instrumento de interpretação da realidade, de leitura do passado e barganha por projetos no presente. Reflexão e ação que são unidades intrínsecas à construção da consciência crítica esta sendo mutilada em sua ação e transformada em mera subjetividade. A construção da identidade negra perde seu caráter reivindicativo e político em detrimento de seu caráter conciliador e cultural. Há uma ruptura da memória, da consciência e da identidade em favor de uma política conciliatória com aqueles que sempre potencializaram o racismo e a violência contra os negros e negras. É só observar a assinatura em baixo de parte dos movimentos negros dos acordos do governo dos trabalhadores com Sarney, Maluf e tantas outras oligarquias pelo país afora, além dos grandes empresários capitalistas. Consciência negra é um mecanismo de rememoração de nossa herança ou uma categoria que deve potencializar a nossa luta? É uma categoria de reflexão ou de ação? Ganga Zumba ou Zumbi? Mandela ou Steve Biko? Machado de Assis ou Solano Trintade? Obama ou Mumia Abu-Jamal? Martin Luther King ou Malcolm X? Mulçumanos Negros ou Panteras Negras? Não uso essas interrogações para escolhermos um ou outro. Não é essa a intenção. Essa aparente antinomia entre os citados acima é utilizada não para optamos por um dos lados, mas para mostra que tem acontecido essa opção. Que um setor do movimento negro domesticado tem optado claramente por um caminho que se distancia de muitos dos citados.

20 Qual a nossa tarefa? Qual o significado do 20 de novembro para os que não querem abandonar as ruas, as praças, as marchas? Qual deve ser a lição do dia da consciência negra? É conhecida a luta de Zumbi dos Palmares contra Ganga Zumba quanto este quis fazer um acordo com os escravocratas e o governo a fim de garantir a liberdade apenas àqueles que se encontravam no território de Palmares, renunciando dessa forma a luta e resistência contra a escravidão, exploração e opressão que eram marcas da sociedade colonial brasileira. Ganga Zumba aceitou o acordo, pois achava que era um avanço conquistar a liberdade para os palmarinos mesmo que renunciando à luta pela liberdade dos outros escravizados e escravizadas, sem falar nas condições futuras de vida. Zumbi não aceitou esse acordo, sua luta não era apenas pela liberdade dos Palmarinos era contra a estrutura escravista da sociedade brasileira. Não aceitou renegar a totalidade de seu povo por promessas falsas, logo comprovadas com a prisão dos que aceitaram o acordo. Zumbi manteve-se firme em seu propósito e por isso é lembrado hoje como grande líder da luta pela emancipação da população negra neste país. Esse é o exemplo de Zumbi e Palmares. Esse é o exemplo de quem não se rendeu aos acordos escusos com a oligarquia latifundiária e escravista. A luta dos escravizados no Brasil não teve recuo, nem acordos escusos. Não ignorou a maioria em detrimento de alguns supostos benefícios que mais enganam do que fazem avançar a luta dos negros e negras deste país. Ocultam que o Quilombo dos Palmares foi o avesso do mundo dos engenhos do açúcar, portanto, uma negação do sistema escravista latifundiário. Como, então, podemos nos contentar apenas em melhorar por meio de reformas o sistema socioeconômico no qual vivemos? Por que será que o movimento negro domesticado e volto a frisar que consiste apenas em parte do movimento não reforça e relembra o fato de Zumbi dos Palmares ter negado por três

21 vezes no mínimo o sistema escravista e por consequência o status quo e o seu Estado de poder e dominação, mesmo após o governador de Pernambuco ter proposto um acordo que aparentemente parecia vantajoso para Zumbi. Pois não aceitou! Não aceitou benefícios individuais em troca da luta coletiva; não aceitou privilégios para si em troca da liberdade de seus companheiros e companheiras; Não a paz para si, contra a emancipação de um povo; Não aceitou a existência de um sistema que oprimia e explorava o seu povo em detrimento de um outro mundo que deveria ser construído e que Palmares tinha iniciado. O movimento negro domesticado esqueceu que Zumbi foi antes de um conciliador um guerreiro da luta, que se negava a acordos de cúpula e muito menos aos benefícios individuais por ser uma liderança. Que não aceitava os gabinetes nem o conforto individual em detrimento da luta direta pela melhoria das condições de vida de seu povo. Essa é a História de Zumbi dos Palmares que negou o mundo escravista aos quinze anos de idade ao se recusar a viver com o padre Melo e voltou para Palmares onde tinha nascido; que negou o mundo escravista aos 23 anos ao não aceitar a paz de cúpula que Ganga Zumba queria assinar; que negou mais uma vez ao 25 anos quando recusou a paz e a liberdade individual que o governador de Pernambuco lhe propôs. Esse é Zumbi dos Palmares. Essa deve ser a lembrança e a lição do dia 20 de novembro: dia da CONSCIÊNCIA NEGRA. Zumbi Vive! Mário Maestri

22 Em 20 de novembro de 1695, Nzumbi dos Palmares caía lutando em mata perdida do sul da capitania de Pernambuco. Seu esconderijo fora revelado por lugar-tenente preso e barbaramente torturado. Mutilaram seu corpo. Enfiaram seu sexo na boca. Expuseram a cabeça do palmarino na ponta de uma lança em Recife. Os trabalhadores escravizados e todos os oprimidos deviam saber a sorte dos que se levantavam contra os senhores das riquezas e do poder. *** Em 1654, com a expulsão dos holandeses do Nordeste, os lusitanos lançaram expedições para repovoar os engenhos com os cativos fugidos ou nascidos nos quilombos da capitania. Para defenderem-se, as aldeias quilombolas confederaram-se sob a chefia política do Ngola e militar do Nzumbi. A dificuldade dos portugueses de pronunciar o encontro consonantal abastardou os étimos angolanos nzumbi em zumbi, nganga nzumba, em ganga zumba. A confederação teria uns seis mil habitantes, população significativa para a época. Em novembro de 1578, em Recife, Nganga Nzumba rompeu a unidade quilombola e aceitou a anistia oferecida apenas aos nascidos nos quilombos, em troca do abandono dos Palmares e da vil entrega dos cativos ali refugiados ou que se refugiassem nas suas novas aldeias. Acreditando nos escravizadores, Ganga Zumba deu as costas aos irmãos de opressão e aceitou as miseráveis facilidades para alguns poucos. Abandonou as alturas dos Palmares pelos baixios de Cucuá, a 32 quilômetros de Serinhaém. Foi seduzido por lugar ao sol no mundo dos opressores, pelas migalhas das mesas dos algozes. Então, Nzumbi assumiu o comando político-militar da confederação. Para ele, não havia cotas para a liberdade ou privilegiados no seio da opressão! Exigia e lutava altaneiro pelo direito para

23 todos! Não temos certeza sobre o nome próprio do último nzumbi que chefiou a confederação após a defecção de Nganga Nzumba. Documentos e a tradição oral registram-no como Nzumbi Sweca. *** Nos derradeiros ataques aos Palmares, as armas de fogo e a capacidade dos escravistas de deslocar e abastecer rapidamente os soldados registravam o maior nível de desenvolvimento das forças produtivas materiais do escravismo, apoiadas na superexploração dos trabalhadores feitorizados. As tropas luso-brasileiras eram a ponta de lança nas matas palmarinas da divisão mundial do trabalho de então. Não havia possibilidade de coexistência pacífica entre escravidão e liberdade. Palmares era república de produtores livres, nascida no seio de despótica sociedade escravista, que surge hoje nas obras da historiografia apologética como um quase paraíso perdido, onde a paz, atransigência e a negociação habitavam as senzalas. Palmares era exemplo e atração permanentes aos oprimidos que corroíam o câncer da escravidão. Como já lembraram, nos anos 1950, o historiador marxistarevolucionário francês Benjamin Pérret e o piauiense comunista Clóvis Moura, a confederação dos Palmares venceria apenas se espraiasse a rebelião aos escravizados dos engenhos, roças e aglomeração do Nordeste, o que era então materialmente impossível. Palmares não foi, porém, luta utópica e inconsequente. Por longas décadas, pela força das armas e a velocidade dos pés, assegurou para milhares de homens e mulheres a materialização do sonho de viver em liberdade de seu próprio trabalho. Indígenas, homens livres pobres, refugiados políticos eram aceitos nos Palmares. Eram braços para o trabalho e para a resistência.

24 A proposta da retomada da escravidão colonial em Palmares, com Zumbi com um séquito de escravos para uso próprio, é lixo historiográfico sem qualquer base documental, impugnado pela própria necessidade de consenso dos palmarinos contra os escravizadores. Trata-se de esforço ideológico de sicofantas historiográficos para naturalizar a opressão do homem pelo homem, propondo-a como própria a todas e quaisquer situações históricas. Palmares garantiu que milhares de homens e mulheres nascessem, vivessem e morressem livres. Ao contrário, em poucos anos, os seguidores de Ganga Zumba foram reprimidos, reescravizados ou retornaram fugidos aos Palmares, encerrando-se rápida e tristemente a traição que dividiu e fragilizou a resistência quilombola. A paliçada do quilombo do Macaco foi a derradeira tentativa de resistência estática palmarina, quando a resistência esmorecia. Ela foi devassada em fevereiro de 1694, por poderoso exército, formado por brancos, mamelucos, nativos e negros, entre eles, o célebre Terço dos Enriques, formado por soldados e oficiais africanos e afro-descendentes. Não havia e não há consenso racial e étnico entre oprimidos e opressores. O último reduto palmarino, defendido por fossos, trincheiras e paliçada, encontrava-se nos cimos de uma altaneira serra. *** A serra da Barriga e regiões próximas, na Zona da Mata alagoana, com densa vegetação, são paragens de beleza única. Quem se aproxima da serra, chegado do litoral, maravilha-se com o espetáculo natural. O maciço montanhoso rompe abruptamente, diante dos olhos, no horizonte, como fortaleza natural expugnável, dominando as terras baixas, cobertas pelo mar verde dos canaviais flutuando ao lufar do vento.

25 Se apurarmos o ouvido, escutaremos os atabaques chamando às armas, anunciando a chegada dos negreiros malditos. Sentiremos a reverberação dos tam-tans lançados do fundo da história, lembrando às multidões que labutam, hoje, longuíssimas horas ao dia, não raro até a morte por exaustão, por alguns punhados de reais, nos verdes canaviais dessas terras que já foram livres, que a luta continua, apesar da já longínqua morte do general negro de homens livres. Mario Maestri é professor do programa de pós-graduação em História da UPF. maestri(0)via-rs.net Entrevista com Ilan Pappe: Mitos e propaganda israelense (Vídeo) Entrevista com o grande historiador israelense Ilan Pappe. Nesta conversa, Ilan Pappe nos mostra como é possível ser judeu e israelense sem perder sua dignidade e seu humanismo.

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