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1 ' AG no /001 MS.-m-. il, - I :, 189,, ; (74J1kfiTlif Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egitoe li D. Ferreira ACÓRDÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO No QUEIMADAS RELATORA: Desembargadora Maria das Neves gito de A. D. Ferreira AGRAVANTE: Estado da Paraíba, representa or seu Procurador, Paulo de Tarso Cirne Nepomuceno AGRAVADO: Do Campo Comércio de Esti as e Cereais Ltda. ADVOGADO: Roberto Albino da Costa AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA DE VALORES A SEREM REPASSADOS AO EXECUTADO PELAS ADMINISTRADORAS DE CARTÃO DE CRÉDITO, RESULTANTES DE COMPRAS REALIZADAS NO SEU ESTABELECIMENTO COMERCIAL. ADMISSIBILIDADE. PROVIMENTO. 1. A Colenda Segunda Câmara Cível deste Tribunal, ao julgar o agravo de instrumento no /001, de minha relatoria, firmou entendimento no sentido de considerar legítima a constrição de valores a serem repassados ao.executado pelas administradoras de cartão de crédito, resultantes de compras realizadas no seu estabelecimento comercial. 2. Recurso provido. VISTOS, relatados e discutidos estes autos. ACORDA a Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça da Paraíba, à unanimidade, dar provimento ao agravo.

2 AG no 098, /001 O ESTADO DA PARAÍBA interpôs agr o de instrumento contra DO CAMPO COMÉRCIO DE ESTIVAS E CEREAIS LTDA, buscando reformar decisão proferida pelo Juízo de Direito da 2a Vara da Comarca de Queimadas, que indeferiu o pedido de penhora sobre diminuta fração dos repasses das operadoras de cartão de crédito ao estabelecimento comercial da empresa ora executada. A Fazenda Pública sustenta, em síntese, a viabilidade do pleito formulado, principalmente tendo em vista que já houve o esgotamento de todas as possibilidades idôneas de localização de bens penhoráveis. Às fls. 90/94, esta relatoria concedeu o efeito ativo. Sem contrarrazões, conforme atesta a certidão de fls Parecer da Procuradoria de Justiça pelo provimento do recurso. É o relatório. VOTO: Desa MARIA DAS NEVES DO EGITO DE A. D. FERREIRA Relatora O presente recurso limita-se a discutir se é. legítima a penhora sobre diminuta fração dos repasses das operadoras de cartão de crédito ao estabelecimento comercial da empresa ora executada. Compulsando os autos, observa-se que a Fazenda Pública Estadual, há tempo, busca, de forma inócua, encontrar bens do devedor, suficientes a adirnplir o crédito tributário a que faz referência o processo de execução em questão. Ante a ausência de bens penhoráveis, não resta alternativa, senão a constrição de valores a serem repassados ao executado pelas administradoras de cartão de crédito, resultantes de compras realizadas no seu estabelecimento comercial. Segundo a unívoca jurisprudência, que tem chancelado essa prática, as vendas com cartões de crédito traduzem pecúnia do executado, equiparando-se, portanto, a dinheiro, que, nos termos do art. 11, inciso I da Lei de Execução Fiscal c/c o art. 655, inciso I do CPC, encontra-se no ápice da pirâmide de "penhorabilidade".

3 AG no /001 Cito alguns precedentes sobre o terna: Agravo de Instrumento. Execução fiscal. 11ora. Valores. Vendas. Cartão de crédito. Legalidade. Os valores oriundos de vendas por meio de 'cartões de crédito equiparam-se a dinheiro para efeito de penhora.' EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISÃO CONCISA - AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO - NULIDADE - INOCORRÊNCIA - EXECUÇÃO FISCAL - BENS PENHORÁVEIS NÃO ENCONTRADOS - PENHORA DE FATURAMENTO DA EMPRESA EXECUTADA - POSSIBILIDADE - MEDIDA EXCEPCIONAL - RAZOABILIDADE - CONTINUIDADE DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE - DECISÃO MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO. 1. A fundamentação sucinta, não enodoa, por si, a decisão, porquanto a Constituição da República não exige que seja extensamente fundamentada. O que se exige é que o juiz ou tribunal dê as razões de seu convencimento. 2. Inexistindo bens passíveis de penhora e suficientes para suportar a execução, conforme demonstrado pela exequente,.ressai viável a penhora de "receita proveniente das vendas realizadas por meio de cartão de débito e de crédito", a qual faz jus a empresa executada, limitado, óbvio, ao valor do débito exequendo, até deliberação em contrário por parte do juízo, cujo valor ficará sob depósito judicial.' AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. INSS. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS ÀS ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO. PENHORA SOBRE CRÉDITOS. POSSIBILIDADE. 1 - Frustradas as tentativas de alienação dos bens penhorados, é possível o deferimento de pedido de expedição de ofícios às administradoras de cartões de crédito, visando a penhora de eventuais créditos da executada junto às mesmas, em respeito aos art. 646 e 655, do Código de Processo Civil. 2. Agravo de instrumento a que se dá provimento. = TJAC, , Relator: Des. Sarrioel Evangelista, Data de Julgamento: 24/03/2009, Câmara Cível. TJMG, Numeração Única: , Relator: Des. Elias Camilo, Data do Julgamento: 03/03/2011, Data da Publicação: 05/04/2011. TRF-3a Região, Relator: Juiz Convocado Roberto Jeuken, Julgamento: 04/05/2010, Órgão Julgador: Segunda Turma.

4 AG n /001 EXECUÇÃO - PENHORA - ORDEM REFERÊNCIA - PENHORA SOBRE CRÉDITOS JUNTO A INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ADMINISTRADORAS DE CARTÕES - As compras efetuadas por meio de cartões de crédito constituem-se em dinheiro pertencente à executada e não a terceiros. Legitima a penhora sobre tais créditos, à luz do art. 655, I do CPC - Segurança denegada. 4 MANDADO DE SEGURANÇA - PENHORA DE DIREITOS DE CRÉDITO - CARTÕES DE CRÉDITO - ORDEM LEGAL DO ART. 655 DO CPC - A ordem de nomeação de bens à penhora, esta belecida no art. 655 do CPC, não é aleatória e deve ser respeitada pelo devedor. Eventual desobediência à referida ordem implica passar ao credor o direito à indicação do bem a ser penhorado, caso discorde da oferta do devedor. Há que se ressaltar que o crédito relativo ao movimento de vendas da Reclamada com cartões de crédito, em termos de liquidez, equivale a dinheiro, primeiro bem na lista preferencial do art EXECUÇÃO FISCAL - Penhora sobre créditos provenientes das vendas realizadas por intermédio das operadoras de cartão de débito e crédito Admissibilidade. Recurso desprovido. 6 Esta Colenda Segunda Câmara Cível, ao julgar o agravo de instrumento no /001, de minha relatoria, admitiu a possibilidade de penhora de valores a serem repassados, pelas administradoras de cartões de crédito, ao executado. A decisão ficou assim ementada: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS ÀS ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO. PENHORA DE VALORES A SEREM REPASSADOS AO EXECUTADO. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. PROVIMENTO. TRT 2a R. Ac SDI Rel. Juiz Edilson Rodrigues DOESP TST ROMS /1997 SBDI 2 Rel. Min. José Carlos Perret Schulte DJU p TJSP, Proc , Relator: Maria Laura Tavares, Data de Julgamento: 22/11/2010, 11a Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 10/12/2010.

5 AG no / As vendas com cartões de crédito tra m pecúnia do executado, equiparando-se, portanto, a din eiro, que, nos termos do art. 11, inciso I da Lei de Execução Fiscal c/c o art. 655, inciso I do CPC, encontra-se no ápice da pirâmide de "penhorabilidade". 2. "[...] É possível o deferimento de pedido de expedição de ofícios às administradoras de cartões de crédito, visando à penhora de eventuais créditos da executada junto às mesmas, em respeito aos art. 646 e 655, do Código de Processo Civil. [...]." (TRF-3a Região, Relator: Juiz Convocado ROBERTO JEUKEN, Julgamento: 04/05/2010, Órgão Julgador: SEGUNDA TURMA). À luz de tais considerações, dou provimento ao agravo, para, confirmando a liminar concedida, determinar "que sejam oficiadas todas as operadoras de cartões de crédito, consignando nesta comunicação que elas informem acerca de eventual crédito a ser repassado ao executado e, caso positivo, proceda ao repasse mensal de 10% deste faturamento ao juízo da execução sob a forma de penhora, até o limite da execução" (fls. 10). É como voto. Presidiu a Sessão ESTA RELATORA, que participou do julgamento com o Excelentíssimo Juiz ALEXANDRE TARGINO GOMES FALCÃO (convocado para substituir a Excelentíssima Desembargadora MARIA DE FÁTIMA MORAES BEZERRA CAVALCANTI) e com a Excelentíssima Juíza VANDA ELIZABETH MARINHO (convocada para substituir o Excelentíssimo Desembargador MARCOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE). Presente à Sessão o Excelentíssimo Doutor FRANCISCO SAGRES MACEDO VIEIRA, Procurador de Justiça. Sala de Sessões da Segunda Câmara Cível do Egrégi3ribunal de Justiça do Estado da Paraíba, em João Pessoa/PB, 13 de setembro,de Desa MARIA DAS NEVES R O DE A. D. FERREIRA El

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