seu Procurador Federal Aluízio Silva de Lucena

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1 1 4. 9N-MTim 01,)J PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA GAB. DES. MANOEL SOARES MONTEIRO ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL N / 001 RELATOR: Ricardo Vital de Almeida, Juiz Convocado em substituição ao Des. Manoel Soares Monteiro APELANTE: Fábio Santana Sousa ADVOGADO: Francisco Pedro da Silva APELADO: INSS Instituto Nacional do Seguro Social, representado por seu Procurador Federal Aluízio Silva de Lucena PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA E SUA CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ REABILITAÇÃO - EXISTÊNCIA DE PARECER TÉCNICO DO INSS E LAUDO PERICIAL QUE ATESTAM A CAPACIDADE LABORATIVA PARA FUNÇÃO DE AUXILIAR ADMINISTRATIVO SENTENÇA MANTIDA DESPROVIMENTO DO RECURSO APELATORIO. - Estando a capacidade laborativa atestada em laudo confeccionado por perito nomeado pelo Juiz processante e não existindo outros elementos de prova que venham a derruir a conclusão a qual chegou o "expert", a negativa do benefício previdenciário se impõe. Vistos, relatados e discutidos estes autos, antes ntifica os: Juiz Ricardo Vital de Almeida RELATOR

2 ACORDA a Egrégia Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO. RELATÓRIO Fábio Santana Sousa ajuizou Ação Ordinária em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), objetivando a condenação da autarquia no restabelecimento do auxílio-doença (NB ), bem como sua conversão em aposentadoria por invalidez. Narra a exordial que o autor exercia a função de carteiro da ECT desde 29/12/1999, e que a partir de 03/06/2002 passou a usufruir de auxílio-doença junto ao INSS; que após processo de reabilitação funcional, foi reenquadrado na função de auxiliar administrativo, na qual usufruiu, em períodos distintos, de dois outros auxílios-doença; que no ano de 2008 o quadro de saúde do autor agravou-se consideravelmente evoluindo para duas hérnias discais degenerativas, progressivas e sem curas; que em face disso, o suplicado concedeu-lhe o quarto auxílio-doença (NB ), restrito, todavia, ao período de 23 de abril a 31 de maio de 2008, tendo o reclamante ingressado, sem sucesso, com recurso no âmbito administrativo; que o suplicante se encontra, em caráter definitivo, impossibilitado de exercer suas ocupações laborais, estando sem receber qualquer verba de natureza alimentar desde 01/06/2008. Regularmente citado, o INSS apresentou contestação (fls.96/100), na qual aduziu, em síntese, que a perícia médica realizada no âmbito administrativo concluiu que não mais existia incapacidade para o exercício da atividade profissional, como também não houve redução da incapacidade para qualquer atividade, não sendo devido o auxílio-doença, nem tampouco a aposentadoria por invalidez. Impugnação à contestação às fis.103/104. Audiência preliminar conciliatória às fls.108. Realização de exame médico-pericial às fls.1 /117, 2 Juiz Ski ardo Vital de /Almeida RELAT0j2

3 3 qual se manifestaram as partes às fls.120/121 e às fls.123/125. Conclusos os autos, o Magistrado proferiu sentença às fls.126/128, julgando improcedentes os pedidos contidos na exordial. O autor, inconformado com a sentença, interpôs recurso apelatório às fls.136/138. Contrarrazões às fls.143/147. A Procuradoria Geral de Justiça opinou pelo desprovimento do recurso às fls.162/ É o relatório. VOTO Preenchidas as condições de admissibilidade recursal, não havendo questões preliminares a serem apreciadas, passo ao enfrentamento do conteúdo meritório do apelo interposto. Pretende o recorrente o acolhimento do pleito formulado na exordial, concernente ao restabelecimento do auxílio-doença e sua posterior conversão em aposentadoria por invalidez. 9s 1b: assim dispõe a lei 8. 2P13o, em. No tocante a tais benefícios previdenciários, Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida,sçrá devida ao segurado que, estando ou não em &o 1e auxílio-doença, for considerado incapaz e ins scepti Juiz Ricardo Vital de timeitla RELATOR/

4 de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança. O caderno processual relata que o recorrente já usufruiu sucessivas vezes do auxílio-doença, algumas delas inclusive quando já reabilitado para a função de auxiliar administrativo, não juntando ao caderno processual elementos de prova que apontem para o direito ao restabelecimento do auxíliodoença, nem muito menos para sua conversão em aposentadoria por invalidez. No caderno processual, consta parecer técnico do INSS atestando a aptidão do apelante para retornar ao seu trabalho na função de auxiliar adrriinistrativo, com a continuação do acompanhamento ambulatorial e ergonômico necessário (fls.124/125). Friso ainda a existência de laudo elaborado por perito judicial, do qual se extrai a seguinte conclusão: "O promovente é portador de patologia degenerativa de discos intervertebrais da coluna lombar, com hérnia discal já operada, que eventualmente causa sintomas de dores na coluna lombar. Nas crises de dores, limita temporariamente para o trabalho, mas não está incapacitado para a profissão de auxiliar administrativo que exerce na empresa. Consideramos pertinente a solicitação do promovente, quanto ao restabelecimento do auxílio-doença solicitado em maio de 2008, com atestado do médico neuroci urgião Dr.Welligton Torre de Andrade, com n9csidadq de afastamento por 90 dias, incapacidade tem orária. Jutz Ftcardo \Ata\ de Otneida RE1A-TOR

5 O quadro clínico não caracteriza incapacidade definitiva ou invalidez, portanto não justifica a solicitação de aposentadoria por invalidez." Observa-se que tanto o parecer técnico elaborado por peritos do INSS, quando o laudo confeccionado pelo perito nomeado pelo Juiz, atestam a ausência de incapacidade definitiva ou de invalidez a justificar a postulação do recorrente. Inobstante não haja hierarquia entre as provas em nosso sistema processual (livre convencimento motivado), as conclusões contidas no laudo pericial não foram derruídas pelo apelante, apresentando, portanto, uma base sólida a justificar a decisão pela improcedência dos pedidos. Friso ainda o acerto do Magistrado "a quo" acerca da impossibilidade de revisão do período concessivo do benefício previdenciário (auxílio-doença), por se caracterizar em matéria estranha aos pedidos formulados na exordial, o que resultaria, caso acolhida, em julgamento "extra petita": "De outra senda, quando a conclusão pericial no sentido de que o último auxílio-doença concedido ao autor (NB ) no período de 23 de abril a 31 de maio de 2008 (fls.92) deveria ter observado o prazo de 90 (noventa) dias, de acordo com o atestado médico fornecido pelo Dr. Wellington Torres de Andrade (f7.81), seu acolhimento importaria em julgamento extra petita, haja vista importar em revisão de período concessivo de benefício previdencicírio estranho ao objeto da presente demanda. É dizer, a ação tem por objeto o restabelecimento do auxílio-doença e sua conversão em aposentadoria por invalidez, e não a revisão do respectivo período concessivo, cuja concessão importaria em afronta ao art.128 do CPC." Por todo o exposto, em harmonia com o arecer mini teria! NEGO PROVIMENTO ao recurso apelatório, mantendo a sentença pug ada em todos os seus termos. Juiz Ricardo Vital de AlrrieiOa ( r" RELATOR

6 6 É o voto. Presidiu a sessão o Exmo. Sr. Des. José Ricardo Porto. Participaram do julgamento, além do Relator, o Exmo. Sr. Des. José Di Lorenzo Serpa e o Exm. Sr. Des. José Ricardo Porto. Presente à sessão a Procuradora de Justiça Dr. Sônia Maria Guedes Alcoforado. Sala de Sessões da Primeira Câmara Cível "Des. Mário Nloacyr Porto" do Egrégio Tribu ustiça do Estado da Paraíba, em João Pessoa, 19 de abril de o C? Ricardo Vital de 4lmeida Juiz Convocado/ elator

7 1 TRIBUNAL DE JUSTIÇA Diretoria Judiciária Registrado