ACÓRDÃO. APELAÇÕES CÍVEIS n RELATORA: Dr. Aluizio Bezerra Filho, Juiz convocado para substituir ones. ADVOGADOS: APELADOS: :

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1 ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho ACÓRDÃO APELAÇÕES CÍVEIS n A, RELATORA: Dr. Aluizio Bezerra Filho, Juiz convocado para substituir ones. Genésio Gomes Pereira Filho 10 APELANTE: Manuel Felix Pereira Junior e outros ADVOGADO: Fabiano Barcia de Andrade 2 APELANTE: Telemar Norte Leste S/A ADVOGADOS: APELADOS: : Rodrigo Neibrega Farias Os mesmos CONSTITUCIONAL - CONSUMIDOR E TRIBUTÁRIO Apelações Cíveis Ação de Repetição do Indébito PIS E COFINS - Faturas telefônicas - Repasse devido - Cobrança legal - Precedente do STJ - Improcedência do pedido - Reforma da sentença - Provimento do 2 Apelo - Primeiro apelo prejudicado. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. REPASSE DAS CONTRIBUIÇÕES DO PIS E DA COFINS. FATURA TELEFÔNICA. LEGALIDADE. RECURSO ESPECIAL N /RS. ARTIGO 543-C DO CPC. 1. A controvérsia do recurso especial foi dirimida neste Tribunal Superior no julgamento do REsp RS, submetido ao rito do artigo 543-C do CPC, consolidando o reconhecimento da legalidade do repasse das contribuições do PIS e da COFINS nas faturas telefônicas. 2. Caso em que o agravante afirma que o entendimento firmado no julgamento do recurso repetitivo não poderia ser aplicado imediatamente em face do ausência de trânsito em julgado do referido precedente, pois interposto recurso extraordinário. 3. Segundo dispõe o artigo 5 da Resolução n. 8/2007 deste Tribunal Superior, publicado o acórdão d recurso representativo da controvérsia, os demais recursos fundados serão julgados pelo relator, nos termos do artigo 557 do CPC. 4. Agravo regimental não provido. (AgRg

2 no AREsp.905/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 12/04/2011, DJe 15/04/2011). VISTOS, relatados e discutidos os autos acima identificados. ACORDAM os integrantes da Terceira Câmara cível, julgar prejudicado o primeiro apelo e dar provimento ao segundo, nos termos do voto do Relator e da certidão de julgamento de fl RELATÓRIO Cuida-se de Ação Ordinária de Repetição de - Indébito ajuizada por MANUEL FELIX PEREIRA JUNIOR. e outros em face da TELEMAR NORTE LESTE S/A, aduzindo, em síntese, que são usuários das linhas telefônicas disponibilizadas pela empresa ré, e pagam os tributos de PIS E COFINS indevidamente, posto que, é da empresa a obrigação do pagamento. Pediram, ao final, que fossem restituídos em dobro dos valores descontados indevidamente nos últimos 10 anos, bem como, que fosse a ré condenada ao pagamento de custas e honorários advocatícios. Contestação apresentada às fls. 52/73. Impugnação à contestação apresentada às fls. 83/85. Conclusos os autos, o juízo a quo proferiu sentença, julgando parcialmente procedente o pedido dos Autores, cuja dispositivo sentenciai, ficou assim redigido: "Isto posto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos elencados na exordial, para determinar a exclusão da cobrança do PIS e da CONFINS na fatura telefônica dos promoventes, bem como para autorizar a repetição do indébito, de forma simples, limitada aos últimos três anos, devendo os valores ser apurados, em liquidação de sentença, com fulcro no art Condeno as partes, por fim, nas custas processuais e em honorários advocatícios, no valor de R$ 700,00, os quais serão compensados de forma recíproca, com fulcro no art. 21 do CPC. Transitada em julgada, e decorridos seis meses sem que seja requerida a execução (art. 475-J, parágrafo 5, do CPC), com as cautelas de praxe, dê-se baixa na distribuição e arquivem-se os presentes autos". Apelação interposta pelos Autores, pretendendo a reformada r. sentença, no que tange ao pedido de devolução em dobro, bem como, para que seja aplicado o prazo prescricional do art. 205 do CC, ou seja, de dez anos. Contrarrazões pela Telemar apresentadas às fls. 130/134. Apelação interposta pela Telemar às fls. 155/175, pugnando, pela reforma integral da r. sentença, tendo em vista o precedente jurisprudencial recente do STJ. Sem contrarrazões. Nesta instância, a douta Procuradoria de Justiça opinou pelo conhecimento e provimento do Recurso interposto pela Telemar Norte Leste S/A e pelo desprovimento do Apelo dos Autores. (fls. 186/191).

3 É o relatório. VOTO O caso é de fácil deslinde, sendo caso de Provimento do Recurso apelatório da Telemar Norte Leste S/A. Trata-se de demanda ordinária proposta por Manuel Felix Pereira Junior, consumidores de serviços telefônicos prestados pela Ré, insurgindose contra a cobrança dos tributos PIS E COFINS nas faturas telefônicas que lhes são mensalmente enviadas. O juizo a quo, entendeu pela ilegalidade da cobrança, e julgou parcialmente procedente o pedido dos autores. No entanto, em recente entendimento jurisprudencial advindo do Superior Tribunal de Justiça, restou pacificado a matéria, em sede de recurso repetitivo, que a cobrança dos referidos tributos (PIS/COFINS), nas faturas telefônicas seria legal, não havendo que se falar, portanto, em repetição de indébito, como pretendem os Autores. Neste sentido, veja o recente julgado do STJ: ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. REPASSE DAS CONTRIBUIÇÕES DO PIS E DA COFINS. FATURA TELEFÔNICA. LEGALIDADE. RECURSO ESPECIAL N /RS. ARTIGO 543-C DO CPC. I. A controvérsia do recurso especial foi dirimida neste Tribunal Superior no julgamento do REsp RS, submetido ao rito do artigo 543-C do CPC, consolidando o reconhecimento da legalidade do repasse das contribuições do PIS e da COFINS nas faturas telefônicas. 2. Caso em que o agravante afirma que o entendimento firmado no julgamento do recurso repetitivo não poderia ser aplicado imediatamente em face do ausência de trânsito em julgado do referido precedente, pois interposto recurso extraordinário. 3. Segundo dispõe o artigo 5 0 da Resolução n. 8/2007 deste Tribunal Superior, publicado o acórdão do recurso representativo da controvérsia, os demais recursos fundados serão julgados pelo relator, nos termos do artigo 557 do CPC. 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp.905/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 12/04/2011, Die 15/04/2011). PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. PIS E COFINS DISCRIMINADOS NA FATURA TELEFÔNICA. MATÉRIA PACIFICADA EM RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC. RESP /RS. 1. Nos termos do art. 543-C, 7 0, II, do Código de Processo CRI, é

4 admissivel a reconsideração do julgado proferido, para adequar ao entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça em recurso especial repetitivo, com vistas à segurança jurídica e isonomia das decisões. 2. Neste sentido: "o precedente jurisprudencial submetido ao rito do art. 543-C é dotado de carga valorativa qualificada, autorizando-se, até, a desconstituição do julgado proferido na origem para que a matéria recorrida seja novamente apreciada. Faz-se mister salientar que a Primeira Seção do STJ tem admitido o ajuizamento de ação rescisória por violação literal a dispositivo de lei, nos casos em que o acórdão rescindendo diverge do entendimento jurisprudencial pacificado à época da prolação do decisum que. se busca desconstituir (Vide REsp /DF, Rel. Min: Luiz Fux, DJe 18/12/2009). Dessarte, mesmo quando não estão presentes as hipóteses previstas no art. 535 do CPC, é possível, excepcionalmente, acolher os embargos de declaratórios com efeitos modificativos, a fim de se adequar o julgamento da matéria ao que restou definido pela Corte no âmbito dos recursos repetitivos. (EDcl nos EDcl nos EDcl nos EDcl no REsp /RS, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, julgado em , DJe , grifei). 3. Restou pacificado o tema "sub judice" no julgamento do Recurso Especial repetitivo , da relatoria do Min. Luiz Fux, julgado em , no sentido de que "o repasse econômico do PIS e da Cofins, nos moldes realizados pela emp. resa concessionária de serviços de telefonia, revela prática legal e condizente com as regras de economia e de mercado, sob o ângulo do direito do consumidor, com espeque no art. 9 0, 3, da Lei n /1995 e no art. 108, 4, da Lei n /1997". Embargos de declaração acolhidos, com efeitos infringentes. (EDcl nos EDcl nos EDcl nos EDcl nos EDcl no REsp /RJ, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/03/2011, DJe 01/04/2011). Assim, fácil fica perceber que a r. sentença esta a merecer reformar, sendo caso de improcedência do pedido inicial, como observou o douto Parecer Ministerial, lançado às fls. 186/191, ao qual me acosto, inteiramente. Isto posto, DOU PROVIMENTO ao apelo da Telemar Norte Leste S/A, para reformar a sentença, e julgar improcedente o pedido inicial em todos os seus termos. Condeno os autores, ao pagamento de custas e honorários sucumbenciais que fixo em R$ 500,00 (quinhentos reais), observando-se a regra do art. 12 da Lei 1060/50, em razão da gratuidade judiciária concedida. JULGO PREJUDICADO o Recurso de Apelação interposto por Manuel Felix Pereira Junior e outros. É como voto. Presidiu a Sessão o Exmo. Sr. Des. Mátco Murilo

5 da Cunha Ramos, presidente em exercício. Participaram do Julgamento, o Exmo. Dr. Aluízio Bezerra Filho, Juiz Convocado para substituir o Exmo. Des. Genésio Gomes Pereira Filho, o Exmo. Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos e o Exmo. Des. Saulo Henriques de Sá e Benevides. Gouveia, Procurador de Justiça. Presente ao Julgamento o Exmo. Dr. Doriel Veloso Sala de Sessões da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, João Pessoa, 31 de janeiro de Dr. Aluizio Bezerra Filho Juiz convocado/relator