MOSAICOS MOSAICOS DOENCAS DAS CUCURBITÁCEAS 1. DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS. Anotações de aula Profa. Marli F.S. Papa
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1 DOENCAS DAS CUCURBITÁCEAS Anotações de aula Profa. Marli F.S. Papa 1. DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS MOSAICOS 1. Vírus do mosaico do mamoeiro estirpe melancia (Papaya ringspot virus type W PRSV-W) 2. Virus do mosaico do pepino (Cucumber mosaic virus CMV) 3. Virus do mosaico da abóbora (Squash mosaic virus SqMV) 4. Vírus do mosaico da melancia (Watermelon mosaic virus WMV) 5. Vírus do mosaico amarelo da abobrinha-de-moita (Zucchini yellow mosaic virus ZYMV) 6. Vírus da clorose letal da abobrinha-de-moita (Zucchini lethal chlorosis virus ZLCV) 7. Vírus da necrose da abóbora (provavelmente necrovírus) MOSAICOS Plantas afetadas produzem menos Frutos de qualidade inferior Perdas maiores: infecções precoces Sintoma de mosaico nas viroses Infecções múltiplas Dificuldade no diagnóstico 1
2 1.1. Mosaico da melancia Brasil: virose mais importante Papaya ringspot virus, estirpe W (PRSV - W) Watermelon mosaic virus - 2 (WMV -2) Hosp.: cucurbitáceas e outras plantas de 23 famílias PRSV -W: regiões tropicais WMV -2: regiões de clima + frio SINTOMAS 1.2. Mosaico do pepino. Cucumber mosaic virus (CMV). Menor ocorrência. Melancia é pouco afetada Hosp.:. cucurbitáceas cultivadas e selvagens. Outras famílias (700 esp.) 2
3 SINTOMAS 1.3. Mosaico Amarelo da abobrinha-de-moita. Virose de importância crescente. Introduzido na década de 90. Abóbora, abobrinha, melancia e pepino: SP e SC. Melão : RN e SP. Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV). Hosp.: cucurbitáceas. Maior dano em abobrinha-de-moita 3
4 SINTOMAS 4
5 1.4. Mosaico da abóbora. Brasil: ocorrência esporádica. Mais frequente no DF e regiões norte e nordeste. Hosp.: cucurbitáceas. Maiores danos: abóbora e melão. Squash mosaic virus (SqMV). SINTOMAS Distribuição dos vírus na planta 5
6 Distribuição dos vírus na planta 6
7 ETIOLOGIA Agente causal Transmissão PRSV W Afídeos WMV 2 Modo não persistente Meios mecânicos Liriomyza sativa CMV ZYMV SqMV Afídeos Modo não persistente Meios mecânicos Afídeos Modo não persistente Meios mecânicos Sementes Besouros crisomelídeos (Diabrotica spp. e Acalmam spp.) Besouros cocinelídeos Gafanhotos Modo semi-persistente Extrato vegetal CONTROLE DAS VIROSES Uso de variedades resistentes ou tolerantes PRSV-W:. pepino: Formosa e Aodai. abóbora: Piramoita, Menina brasileira e Duda. melão: AF-522, Nice e Eldorado 300. melancia: BT 8501 (fonte de resist.) WMV-2:. Fonte de resistência para melancia:. Egusi. PI PI CMV :. Pepino: Runner, Colônia, Indaial, Itapema, Prêmio e Supremo SqMV:. não disponível variedades resistentes ZYMV:. fontes de resistência existem em melancia e melão CONTROLE Medidas gerais: - Evitar o plantio próximo a culturas velhas ou de hosp. suscetíveis - Eliminar cucurbitáceas silvestres e plantas daninhas - Destruir restos de culturas - Plantios sucessivos: manter 1 período de 1 a 2 semanas sem plantas no campo - Produzir mudas em ambiente com tela e aplicar inseticidas regularmente 7
8 CONTROLE Medidas gerais: - Pulverização com óleo mineral - Cobertura do solo com material repelente (plástico prateado) - Aplicações de inseticidas - Uso de sementes livres do vírus: SqMV - Cuidados durante o amarrio e a desbrota - Evitar a colheita com instrumentos de corte - Desinfestação de ferramentas com hipoclorito de Na a 10% 2. DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS 2.1. MANCHA ANGULAR. Bacteriose de maior ocorrência. Maiores danos sob UR alta. Danos mais acentuados em pepino SINTOMAS 8
9 SINTOMAS ETIOLOGIA. Pseudomonas syringae pv. lachrymans. Sobrevivência:. sementes. resíduos de plantas doentes. Disseminação:. água de chuva e de irrigação. solos infestados. insetos. utensílios agrícolas. sementes. Plantas hospedeiras:. cucurbitáceas com ou sem sintomas. Cond. favoráveis:. UR. temp. : 24 a 28 C. solos arenosos CONTROLE. Rotação de culturas por 2 ou + anos. Evitar o plantio em épocas quentes e úmidas. Destruição de restos de cultura. Uso de sementes sadias. Tratamento de sementes: água quente 50 C/ 20 min Culturas instaladas:. Evitar irrigação por aspersão. Evitar excesso de adubação nitrogenada. Pulverizações com cúpricos 9
10 Outras doenças causadas por bactérias 1. Barriga-d água do melão Constatação: SP, 1974 Doença de pós-colheita Xanthomonas campestris pv. melonis 3. DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS 3.1. Antracnose. Importante em chuchu, melancia, melão e pepino. Raramente causa danos em abóbora. Maior ocorrência em clima tropical SINTOMAS 10
11 SINTOMAS SINTOMAS 11
12 ETIOLOGIA. Colletotrichum gloeosporioides f. sp. cucurbitae. Presença de raças fisiológicas (17) Fonte: : Ciclo da antracnose causado por Glomerella cingulata e Colletotrichum ou Gloeosporium sp. CONTROLE. Rotação de culturas por 2 a 3 anos. Destruição de restos de cultura e outras cucurbitáceas. Emprego de variedades resistentes. Uso de sementes sadias. Controle químico. Cond. de estufa:. controle de irrigação. abertura e fechamento das laterais da estufa. ventilação interna 12
13 3.2 Míldio. Doença amplamente distribuída. Importante em melão, pepino, melancia e abóbora. Hosp.: cucurbitáceas. Favorecida por cond. de temp. amena a baixa e umidade alta SINTOMAS SINTOMAS 13
14 ETIOLOGIA. Pseudoperonospora cubensis. Disseminação:. vento. respingos de água Fonte: disease/graphics/cupc.jp. Cond. fav.:. T 16 a 22 C e U. PL: 3 a 4 dias CONTROLE. Evitar plantio em locais sujeitos a alta umidade. Evitar irrigação por aspersão. Utilizar variedades e/ou híbridos resistentes. Controle químico preventivo 3.3. Oídio Doença comum Importância econômica depende: - espécie e/ou cultivar - condições ambientais Maiores danos: culturas protegidas 14
15 SINTOMAS SINTOMAS Etiologia Fase teleomórfica: Erysiphe cichoracearum Erysiphe communis Erysiphe polygoni Erysiphe polyphaga Leveillula taurica Sphaerotheca fuliginea (Podosphaera fuliginea) Fase anamórfica: Oidium sp. 15
16 . Oidium sp.. Presença de raças fisiológicas Fonte: 6. Galhas em chuchu Constatada no estado de SP Agrobacterium tumefaciens Ciclo do Oídio da roseira causado por Sphaerotheca pannosa f. sp. rosae (Agrios, 1997). 16
17 CONTROLE Eliminação de hosp. silvestres Irrigação por aspersão: menos doença Cv. resistentes: melão, abóbora e pepino Controle químico Pulv. de bicarbonato de Na ou K isolados ou em mistura com óleo mineral Pulv. de resíduos de fermentação glutâmica do melaço 17
18 3.4. CRESTAMENTO GOMOSO DO CAULE. Ocorrência: regiões áridas e semi-áridas. Importante em melão, pepino e melancia SINTOMAS SINTOMAS 18
19 SINTOMAS ETIOLOGIA. Didymella bryoniae. Ascochyta sp.. Hosp.: Cucurbitáceas. Sobrevivência: restos de cultura, sementes e solo. Cond. fav.: temp. 20 a 28 C e UR >95% Fonte: Disofwk/970920/gummysb.ht CONTROLE.Rotação de culturas. Eliminação de cucurbitáceas silvestres. Utilização de sementes sadias. Manejo da irrigação. Tratamento de sementes com thiram ou captan. Controle químico. Cultivo protegido:. desinfestar o solo. Eliminar plantas e frutos doentes. Fontes de resistência para melão: PI e Anô No. 2 19
20 PODRIDÃO DO COLO E/OU DAS RAÍZES Didymella bryoniae Fusarium oxysporum f.sp. niveum Macrophomina phaseolina Diaporthe melonis Botryodiplodia theobromae Myrothecium roridum Rhizoctonia solani Phytophthora spp. Pythium spp. Mancha de cercospora - Cercospora citrulina Mancha de alternaria - Alternaria cucumerina Murcha de fusarium da melancia - Fusarium oxysporum f.sp. niveum MURCHA DE FUSARIUM DA MELANCIA potencialmente importante substituição do cultivo de Pérola por Charleston Gray e Crinson Sweet Fusarium oxysporum f.sp. niveum produz clamidosporos Sobrevivência:. solo. estruturas de resistência. sementes 20
21 Mancha de Alternaria mais comum no melão Alternaria cucumerina Sarna ou queima pepino é a cultura mais afetada maior ocorrência em clima úmido e fresco Cladosporium cucumerinum Cond. fav.: T 13 a 20 C e U Mancha Zonada doença comum nas culturas de pepino e chuchu > ocorrência no verão e sob cond. de umidade Leandria momordicae Cond. fav.:. T e U 21
22 Barriga-d água do melão Sintomas colheita: frutos firmes, com aspecto sadio alguns dias após a colheita:. agitando-se o fruto:. cheio de líquido. liquefação dos tecidos 2. Podridão aquosa em frutos de melão Doença de colheita e armazenamento Agente causal: não conhecido Penetração: apenas por ferimentos Podridão aquosa em frutos de melão Sintomas rápida e progressiva decomposição dos tecidos tenros e suculentos dos frutos podridão mole e exalação de odor desagradável interior do fruto fica todo desintegrado casca permanece inalterada, podendo ser perfurada pela pressão dos dedos 22
23 3. Crestamento bacteriano da aboboreira e Mancha bacteriana do pepino Abóbora: - constatação feita no RJ Pepino: - constatação feita no PR Xanthomonas campestris pv. cucurbitae Disseminação: sementes Gama de hospedeiros: cucurbitáceas Crestamento bacteriano da aboboreira e Mancha bacteriana do pepino Sintomas incide nas folhas pág. inf.: peq. pontos de tecido encharcado pág. sup.: correspondem áreas cloróticas lesões aumentam de tamanho adquirem formato arredondado ou de bordos angulares ocorre coalescência de lesões amarelecimento e morte da folhagem Outras doenças causadas por bactérias 1. Barriga-d água do melão Constatação: SP, 1974 Doença de pós-colheita Xanthomonas campestris pv. melonis 23
24 4. Mancha bacteriana da melancia Constatada no estado de SP Acidovorax avenae subsp. citrulli Disseminação: sementes Mancha bacteriana da melancia Sintomas fruto:. início:. peq. lesões encharcadas na casca. depois: ocupam grandes áreas. maturação:. lesões evoluem em profundidade, afetam a polpa. polpa torna-se escura e amolecida relatada também em melão 5. Murcha bacteriana em pepino e maxixe Constatada na Amazônia Pseudomonas solanacearum 24
25 Murcha bacteriana em pepino e maxixe Sintomas perda de turgescência das folhas mais novas durante o dia evolue para murcha total da planta, em 2 ou 3 dias Fogo selvagem do pepino Constatada no estado de SP Pseudomonas syringae pv. tabaci Fogo selvagem do pepino Sintomas necrose envolvida por áreas cloróticas do tipo fogo selvagem 25
26 1. Mancha Zonada doença comum nas culturas de pepino e chuchu > ocorrência no verão e sob cond. de umidade Leandria momordicae Cond. fav.:. T e U 2. Sarna ou queima pepino é a cultura mais afetada maior ocorrência em clima úmido e fresco Cladosporium cucumerinum Cond. fav.: T 13 a 20 C e U Galhas em chuchu Sintomas colo e raízes superficiais pequenas protuberâncias tenras, de cor branco leitosa 26
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