DOENÇAS DO MAMOEIRO Carica papaya
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- Anderson Chagas Freire
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1 DOENÇAS DO MAMOEIRO Carica papaya 1. MOSAICO DO MAMOEIRO Monte Alto e Vista Alegre do Alto Fator limitante para a produção de mamão Estudo - Pernambuco:. 70 % de redução de produção por planta. 60 % de redução no número de frutos por planta. 20 % de redução no peso médio dos frutos por planta 1
2 SINTOMAS variam em intensidade com os diferentes isolados plantas: suscetíveis em qualquer idade. mostram os sintomas 10 a 15 dias após a inoculação Plantas cloróticas. manchas alongadas, de coloração verde-escura ou de aparência oleosa na parte nova da haste e nos pecíolos 2
3 Folhas:. Mosaico, deformações e bolhas. Pecíolos:. tamanho reduzido. curvados de forma irregular Frutos verdes:. manchas anelares, oleosas Frutos maduros:. manchas anelares menos evidentes. anéis necróticos esbranquiçados ETIOLOGIA Vírus do Mosaico do Mamoeiro - estirpe mamoeiro ( Papaya ringspot virus - type P ) afeta o mamoeiro Vírus do Mosaico do Mamoeiro - estirpe melancia ( Papaya ringspot virus - type W ) - afeta cucurbitáceas 3
4 PRV-P:. não é transmitido por sementes. transmissão - afídeos: modo não persistente. Myzus persicae. Aphis gossipii. A. fabae. A. coreopsidis. Aphis sp.. Toxoptera citricidus. velocidade de diss. do vírus na cultura é rápida:. SP meses. Havaí meses 2. MELEIRA DO MAMOEIRO Ocorrência: ES, BA, PE, RN e CE Importante no ES Maior multiplicação nos períodos quentes 4
5 SINTOMAS intensa e aparente espontânea exsudação de látex dos frutos látex tem aspecto aquoso, sendo mais fluído do que o látex normal látex escurece com o tempo frutos - manchas claras na casca e necrose na polpa sintomas também podem ocorrer em folhas de plantas jovens folhas: margens tornam-se necróticas após a exsudação de látex ETIOLOGIA Papaya meleira virus (PMeV) 5
6 Transmissão:. não transmitido pelas sementes. mecanicamente de extratos de folhas e frutos de mamoeiro para mamoeiro. campo - deve envolver um vetor que ainda não é conhecido (mosca-branca ou cigarrinhas??) Não se conhece outros hospedeiros 3. AMARELO LETAL DO MAMOEIRO SOLO 1983 Pernambuco Depois em outros estados - BA, RN e CE Plantas em pomares domésticos - pouca informação sobre sua importância econômica SINTOMAS mamoeiros do grupo Solo início:. amarelecimento de folhas da parte superior da copa algumas folhas podem cair 6
7 ponteiro retorcido, com folhas cloróticas posteriormente:. folhas amarelecem, murcham. morte da planta pecíolos de folhas doentes: depressões comprimidas no sentido longitudinal nervuras das folhas - lado inferior - lesões necróticas achatamento frutos: murcha generalizada. intensa exsudação de látex. manchas circulares amareladas na casca. polpa empedrada ETIOLOGIA Papaya letal yellowing virus (PLYV) Não se conhece o modo de transmissão Transmissão:. Mecânica. enxertia 7
8 CONTROLE DAS DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS 1. Erradicação sistemática de plantas doentes 2. Práticas culturais 3. Variedades transgênicas 4. Premunização 5. Preventivo:. medidas que reduzem ou retardam a disseminação do patógeno. Plantio com mudas - preparo destas em locais distantes do pomar. Implantação da cultura: mudas sadias e distantes de outras plantações Destruir todos os mamoeiros velhos de plantações já terminadas ou abandonadas Destruir mamoeiros que crescem em pomares caseiros ou estradas, sem fins comerciais Erradicar sistematicamente, durante inspeções periódicas, todas as plantas doentes 8
9 Evitar o crescimento de cucurbitáceas dentro e nas proximidades do pomar Manter o pomar limpo: evitar a formação de colônias de afídeos nas plantas daninhas Plantio de mamoeiro em região onde a população de afídeos é menor Aplicação destas medidas por todos os produtores da região Cuidados com transmissão mecânica Uso de quebra-ventos DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS 9
10 1. VARÍOLA. Doença de importância crescente. Afeta folhas e a superfície dos frutos SINTOMAS. Frutos:. áreas circulares encharcadas evoluem pústulas marrons e salientes lesões não atingem a polpa causam endurecimento da casca na parte afetada sintomas - desvalorizam o valor comercial do fruto Folhas:. manchas marrons, máximo 4 mm de diâmetro, circundadas por halo clorótico Frutificação do fungo - pulverulenta e escura - página inferior 10
11 ETIOLOGIA Asperisporium caricae Disseminação:. vento. respingos de água de chuva ou orvalho CONTROLE Químico 2. OÍDIO SINTOMAS folhas:. suscetíveis em qualquer idade. leve descoloração verde-amarelada, com contornos irregulares 11
12 depois - áreas tornam-se cobertas por crescimento micelial esbranquiçado posteriormente - folhas amareladas e secamento queda de folhas ETIOLOGIA Oidium caricae Ovulariopsis sp. Cond. fav. à doença:. temperatura moderada. pouca chuva 12
13 CONTROLE Pulverizações que controlam as podridões de frutos também controlam o oídio pulv. com enxofre - fitotóxico em período quentes 3. Mancha de corynespora Importante no ES Corynespora cassiicola SINTOMAS. Afeta principalmente folhas e pecíolos. Folhas: lesões pequenas, geralmente arredondadas, coloração marrom, circundadas por halo clorótico. Folhas mais velhas são + afetadas. Desfolha precoce 13
14 Controle O mesmo da varíola e antracnose 3. GOMOSE OU PODRIDÃO DO PÉ E PODRIDÃO DE FRUTOS Ocorrência: períodos chuvosos e em solos com má drenagem SINTOMAS Tombamento de plântulas raízes:. suscetíveis durante os 3 primeiros meses após a emergência. sintomas secundários na parte aérea 14
15 solos mal drenados:. doença ocorre em plantas de qualquer idade podridões no colo da planta, com encharcamento e exsudação gomosa planta pode morrer ou reagir 15
16 ETIOLOGIA Phytophthora palmivora Sobrevivência:. solo. mamoeiro. outros hospedeiros Disseminação:. plantas infectadas. água de irrigação. vento Cond. fav.:. alta umidade. calor. solos mal drenados. ferimentos CONTROLE Uso de mudas sadias Drenagem adequada do terreno Evitar ferimentos Pulverizar o colo das plantas com fungicidas à base de cobre ou chlorothalonil 16
17 4. PODRIDÕES PÓS-COLHEITA prejuízos de 10 a 40% em embarques terrestres e 5 a 30% em embarques aéreos perdas dependem do manejo pós-colheita e dos processos de acondicionamento Fatores que aumentam a suscetibilidade do fruto ferimentos mecânicos tratamento pelo calor armazenamento em temperatura baixa Principais doenças pós-colheita Antracnose Podridão do pedúnculo 17
18 Doenças que podem iniciar a partir de infecções no campo. antracnose. podridão do pedúnculo. podridão de lasiodiplodia. podridão de alternaria. podridão de fusarium. podridão de stemphylium Doença típica de pós-colheita:. podridão de rhizopus 1. ANTRACNOSE Colletotrichum gloeosporioides principal doença do mamão 18
19 SINTOMAS geralmente, a infecção ocorre nos primeiro estádios de desenvolvimento do fruto - infecção latente O que é infecção latente????? Qual a sua importância????? fruto infectado começa a amadurecer - lesão desenvolve-se lesão circular, deprimida, com margem marrom-clara centro da lesão - massa de esporos de cor laranja ou rosada tecido interno da área infectada é firme, com uma descoloração branca-acinzentada que se torna marrom 19
20 Outro tipo de infecção atribuída a Colletotrichum: MANCHA CHOCOLATE. início - diminuta, irregular e marrom. pode se tornar - superficial ou deprimida, com margens encharcadas à medida que o fruto amadurece Mancha chocolate 2. PODRIDÃO DO PEDÚNCULO Phoma caricae-papayae Segunda doença mais importante em pós-colheita 20
21 SINTOMAS pequenas pregas na superfície do fruto progride para lesões com margens translúcidas marrons lesão no pedúnculo tecido preto, rugoso e seco, de margens translúcidas, aparecendo às vezes, micélio branco 3. PODRIDÃO POR LASIODIPLODIA. Lasiodiplodia theobromae SINTOMAS lesões escuras com uma ampla margem de tecido encharcado superfície rugosa devido aos picnídios. apodrece e mumifica todo o fruto 21
22 4. MANCHAS DE ALTERNARIA. Alternaria alternata SINTOMAS lesões pretas, circulares a ovais cobertas de esporos do fungo restritas à superfície do fruto não causam podridão do parênquima aparece com maior frequência em ambientes secos e com temperaturas baixas raramente aparece em frutos mantidos ou amadurecidos sob temperatura ambiente 22
23 5. PODRIDÃO POR FUSARIUM. Fusarium spp. SINTOMAS Manchas pequenas e secas na superfície do fruto Posteriormente torna-se coberta por um compacto micélio branco Manifesta quando o fruto começa a amadurecer Geralmente está associado a lesões de Colletotrichum ou Phoma 23
24 6. PODRIDÃO DE STEMPHYLIUM. Stemphylium lycopersici SINTOMAS lesões pequenas, circulares, inicialmente marrons depois - aumentam - desenvolvem margens avermelhadas a púrpuras centro da lesão - massas de esporos verde-escuros e micélio brancoacinzentado 7. PODRIDÃO POR RHIZOPUS. Rhizopus stolonifer 24
25 SINTOMAS ocorre durante o armazenamento e trânsito de frutos podridão mole e aquosa evolui rapidamente, tornando-se coberta por um micélio branco e massa de esporângios escuros CONTROLE DAS PODRIDÕES PÓS-COLHEITA Estratégias empregadas:. redução de inóculo. prevenção e erradicação de infecções no campo. prevenção de ferimentos. supressão do desenvolvimento e disseminação da doença Medidas empregadas para se atingir as estratégias: remoção de frutos infectados remoção de folhas senescentes 25
26 pulverizações em pomares, realizadas regularmente pulverizações com mancozeb, chlorothalonil produtos são alternados intervalos de 10 a 14 dias ou 14 a 30 dias Tratamentos pós-colheita tratamento com água quente imersão dos frutos em suspensão de thiabendazol, a temperatura ambiente fungicidas mais tratamento térmico: thiabendazol e temp. de 48 C/20 min período de carência é de 10 dias armazenamento sob condições que retardem ou diminuam o apodrecimento de frutos sem afetar a qualidade 26
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