Políticas sociais: afinal do que se trata?

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Políticas sociais: afinal do que se trata?"

Transcrição

1 Políticas sociais: afinal do que se trata? Social policies: after all what they treat? Ailton Mota de Carvalho Dr. em Sociologia (UnB) Prof. da UENF/CCH RESUMO: Entender a necessidade das "políticas sociais" é um desafio interessante, pois ao mesmo tempo em que elas são tão valorizadas e usadas pelos governos como sinal de eficiência administrativa e de compromisso social, elas são também atestado de uma situação de pobreza e de necessidades básicas por parte de uma parcela da população que, por esta situação, necessita de auxílio. Este artigo é motivado por este aparente paradoxo: a existência e a valorização de um tipo de política que, do ponto de vista de justiça e de ética, não deveria existir, ou deveria existir em caráter excepcional e provisório. Palavras-chave: políticas sociais, governos, pobreza. ABSTRACT: to understand the need of social policies is an interesting challenge. In one hand, social policies are highly valued and used by governments as a display of administrative efficiency and social commitment. On the other hand, their existence is also a proof of persistent poverty and unfulfilled primaries needs in part of the population that, for these reasons, needs assistance. This article is motivated by this apparent paradox: the existence and importance of a type of policy that, from the angles of social justice and ethics, should not exist, or exist only in provisional and exceptional conditions. Key words: social politics, governments, poverty. Introdução É bom sonhar, mas é melhor sonhar e trabalhar. A fé é poderosa, mas a ação com fé é mais poderosa. Thomas Robert Gaines Ao assumir a responsabilidade pela disciplina Políticas Sociais no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais do CCH/UENF, nossa primeira preocupação foi a de criar um programa que estimulasse a reflexão e o debate em torno de alguns temas que, aparentemente estão prontos e respondidos sobre a questão: (1) O que são as políticas sociais? (2) Por que existem as políticas sociais? (3) De quem é a responsabilidade pelas políticas sociais? (4) Quais são as formas de se fazer políticas sociais? (5) Como são financiadas e institucionalizadas as políticas sociais? Agenda Social. Revista do PPGPS / UENF. Campos dos Goytacazes, v.1, n.3, set-dez/2007, p , ISSN

2 Ailton Mota de Carvalho 74 São questões aparentemente simples e mais ou menos óbvias, mas que quando submetidas a uma discussão mais cuidadosa, provocam muitos pontos de reflexão, que a farta bibliografia indicada apóia e corrobora. A idéia é a de confrontar a parte teórica e filosófica, com a dura realidade social brasileira, especificamente, o que nos parece uma pedagogia apropriada para um curso de ciências sociais. Este texto procura sintetizar a rica experiência de sala de aula em dois cursos ministrados, com a interessada contribuição dos alunos, organizado segundo o roteiro das questões acima elencadas e imbuído do propósito de que é importante pensar, mas muito mais importante é fazer. 1. O que são as políticas sociais? Políticas sociais é um termo vago, que não tem significado exato, pois em principio todos os tipos de políticas públicas podem ser considerados, direta ou indiretamente, como políticas sociais. Um objeto confuso e difuso, portanto. A principal característica das políticas sociais é a sua transversalidade. Assim como a questão ambiental, as políticas sociais devem ser um objetivo presente e permanente em todas as atividades do governo, e não uma ação setorial e conjuntural. Por exemplo: a construção de uma estrada rural é, em princípio, uma obra de engenharia e de infra-estrutura, porém, vista por outro ângulo ela vai permitir o acesso das crianças locais à escola, melhorando o nível educacional do lugar, como pode, também, facilitar a assistência médica e a circulação da produção com melhoria da renda. Ou seja, melhorando o nível geral das condições de vida da população, fim último de qualquer política social. Mas, como é praxe nas ciências sociais, é necessário demarcar os conceitos com mais precisão, para fins didáticos e operacionais. Desta forma vamos dar nossa contribuição aos interessados no tema, recorrendo às citações de alguns autores consagrados que, com muito mais respeitabilidade, se dedicaram à tentativa de construir um significado para as políticas sociais. Para Santos (1989) (...) Política social é toda política que ordene escolhas trágicas segundo um princípio de justiça consistente e coerente. Sendo assim, a política social é em realidade uma ordem superior, metapolítica que justifica o ordenamento de quaisquer outras políticas.

3 Políticas sociais: afinal do que se trata? 75 De acordo com Maingón (1992), há um consenso de que a realidade da América Latina exige a racionalização das decisões públicas, com o intuito de executar uma distribuição de recursos de forma menos injusta. Daí propõe uma discussão teórica conceitual que busca responder, em primeiro lugar, o que se entende pelo termo política : (...) procesos, tanto sociales, políticos, como económicos, que conducen a la toma y ejecución de decisiones a través de las cuales se adoptan o se asignan valores a uma parte de, o a toda La sociedad. Em seguida Maingón (1992) propõe que a política social (...) és uma desición política construída socialmente y por lo tanto és um resultado de la dinámica de processo competitivos o cooperativos entre demandas de distintos grupos y atores com diferentes interesses y valores acerca de lo que disse ser la sociedade. Se concordamos com esta conceituação, a formulação de uma política social deveria ser analisada e estudada desde e com uma lógica do processo político. Podemos afirmar, então, que as políticas sociais possuem duas partes que se complementam: uma de tipo valorativo, filosófico, ético e moral que tende a definir os objetivos a alcançar; e outra de tipo empírico, prático, que mostra de que maneira se podem alcançar os objetivos estabelecidos. Para Ceja (2004): La política social és una forma que por medio de estratégias y políticas concretas tiene el Estado para construir una sociedad cohesionada y equitativa. Em una perspectiva de mayor eqüidade e integración social, la política social tiene como fin principal facilitar la convergência entre los intereses individuales y los intereses comunes de la sociedade. Para fins deste artigo e limitado pelo espaço disponível, consideramos que estas poucas citações autorais, lançam a luz necessária sobre o entendimento do que sejam as políticas sociais, que podemos sintetizar como um conjunto de diretrizes, orientações, critérios e ações que permitam a preservação e a elevação do bem estar social, procurando que os benefícios do desenvolvimento alcancem a todas as classes sociais com a maior equidade possível. 2. Por que existem as políticas sociais? O segundo ponto de nosso roteiro também parece ter uma resposta pronta e lógica: por que existe uma parcela da população que não consegue alcançar, por sua própria conta, os requisitos mínimos necessários para sua sobrevivência e para a sua formação como cidadãos. Se for isto, nosso inconformismo social nos leva a pensar que, ao contrário, as políticas sociais não deveriam existir em nenhuma hipótese e lugar, pois é inadmissível que existam

4 Ailton Mota de Carvalho 76 pessoas que não consigam sobreviver com dignidade e autonomamente. Neste sentido a existência e a naturalização da política social é uma negação de tudo aquilo que pensamos, e que pregamos, em termos de justiça social, de ética, de igualdade e de cidadania. Saindo do campo das idéias, na realidade a coisa funciona de uma maneira diferente e, ao que parece, as desigualdades sociais e as políticas sociais são consideradas como um fato consumado e quase que necessárias. É difícil, por exemplo, imaginar os cursos de Políticas sociais ou de Serviço Social, sem este objeto de estudo. E que dizer dos governos populares (ou populistas) sem a existência de uma multidão de pobres dependentes da sua benemerência? Não teria sentido, pois é a própria razão da sua existência e da sua ação e sobrevivência política, cuja prática se baseia no lema de que é dando que se recebe. Visto assim, é cruel reconhecer que a existência de pessoas necessitadas de atenção social sustenta uma boa parte das nossas preocupações acadêmicas, políticas, e religiosas. Passando das palavras aos indicadores, Kliksberg (2000) nos informa que a CEPAL no seu Panorama Social da América Latina-2000, registra que a população em situação de pobreza cresceu de 1997 até começo de 2000 de 204 milhões para 220 milhões de pessoas. Este mesmo relatório mostra que 43,5% da população do Brasil ganha menos de dois dólares por dia e que 40 milhões de pessoas vivem em pobreza absoluta. Rocha (2003) nos fornece dados mais atuais, retirados do PNAD (2001), no qual o número de pobres no Brasil era de 57,7 milhões de pessoas e o número de indigentes de 15,7 milhões, totalizando aproximadamente 74 milhões de brasileiros carentes de atenção social. A edição de 2005 do Panorama social da América Latina (CEPAL, 2005) estima que 40,6% da população encontrava-se em situação de pobreza, e que 16,8% viviam em pobreza extrema, ou indigência. Os dados mostram que existem hoje mais pessoas pobres e indigentes, em termos absolutos que em Frente a estes impressionantes dados a argumentação de Kliksberg (2000, p.5) é muito clara e consistente, no sentido de mostrar a lógica de comportamento político frente ao problema: La falácia de desconocer o relativizar La pobreza, no es inócua. Tiene severas consecuencias em términos de políticas públicas. Si hay pobres em todos lados, y los há habido siempre, por que dar al tema tan alta prioridade? Hay que atenuar los impactos, pero no assustarse. Basta com políticas de contención rutinarias.

5 Políticas sociais: afinal do que se trata? 77 Esta lógica que chamamos de naturalização das políticas sociais, condiciona a importância e a eficácia das mesmas, tornando-as absolutamente incapazes de enfrentar a realidade da pobreza, levando à permanência e ao crescimento deste quadro de exclusão humana. 3. De quem é a responsabilidade pelas políticas sociais? Partindo da realidade histórica de que existe uma grande parcela da população que não consegue ter uma renda suficiente, acesso à educação escolar, acesso a serviços básicos, vivendo em condições inadequadas de moradia e de saneamento, entre outras necessidades, parece inquestionável que estas pessoas necessitam de auxilio para melhorar a sua condição de vida. Tradicionalmente, esta responsabilidade sempre foi atribuída ao Estado, denominado por isso mesmo, como o Estado do bem estar social. Entendia-se que o Estado era o benfeitor e provedor dos meios que permitissem à população satisfazer suas necessidades básicas. Guardadas as particularidades históricas, sociais e culturais, podemos afirmar que este era o modelo de atenção social predominante em quase todos os países, desde princípio do século XX até As áreas e as formas de intervenção social do Estado apresentam uma característica comum na maioria dos países capitalistas ocidentais: A montagem de códigos, legislação e redes públicas de educação, de saúde, previdência e assistência social, sendo, posteriormente, seguidas pela emergência de esquemas (e regulações) concernentes á habitação popular. (DRAIBE, 1989, p120) No Brasil, a história e a seqüência não são muito diferentes. Até 1980, aproximadamente, os serviços sociais foram organizados com base em dois critérios principais: a) a ênfase em objetivos sociais como equidade, solidariedade e integração social; e b) o papel central do Estado na organização, financiamento e provisão desses objetivos. (VILLALOBOS, 2000) Antes de 1980 a idéia vigente era a de que o estado deveria ser o benfeitor e o provedor dos meios necessários para a população satisfazer as suas necessidades básicas, e a sociedade esperava que fosse assim, legitimando assim o papel benfeitor do Estado. Os historiadores da política social no Brasil nos remetem aos anos 30, Governo Vargas, como o marco inaugural da formação do nosso Estado do Bem Estar Social, de maneira bem peculiar como menciona Schwartzman (2001, p.9):

6 Ailton Mota de Carvalho 78 Com a promulgação de leis de proteção aos trabalhadores, a organização dos sindicatos patronais e de trabalhadores, a fundação dos institutos previdenciários, e a criação da justiça do trabalho, que deveria administrar as relações de classe da sociedade brasileira, fica formada a base do nosso Estado do Bem Estar Social, dentro de uma concepção bastante específica, que é a organização corporativa da sociedade brasileira. De 1930 até 1980, ocorreram várias modificações no escopo e na organização do sistema, mas sem alterar as suas principais características (DRAIBE, 1993): A centralização política e financeira no nível federal das ações sociais do governo; A acentuada fragmentação institucional; A exclusão da participação social e política dos processos decisórios; O princípio do autofinanciamento do investimento social O uso clientelístico da máquina social Este conjunto de caracteres foi a causa da ineficiência e da ineficácia do sistema de atenção social, que começou a ser denunciado sistematicamente a partir dos anos 80, provocando o surgimento de esquemas alternativos que davam ênfase à eficiência, a redução do papel do Estado, a uma maior participação da iniciativa privada, ao papel do mercado e ao subsídio para a demanda (VILLALOBOS, 2000; FARAH, 2000). Esta mudança de paradigma, reformando a ação do Estado na área social, ganhou impulso com o processo de democratização do país, e foi impactada pela crise fiscal que impôs limites à capacidade de resposta do Estado às crescentes demandas na área social. Seguindo o ideário neoliberal propagado pelos países centrais e pelas agências multilaterais de financiamento, as propostas para a área social foram as seguintes: (a) privatização através da transferência da produção de serviços públicos para o setor privado; (b) descentralização das políticas sociais para outras esferas de governo (estados e municípios) como forma de aumentar a eficiência e a eficácia do gasto público; (c) a focalização, orientada para a concentração da ação estatal em determinados serviços (considerados essenciais e não passíveis de oferta pelo mercado) e em segmentos específicos da população, mais vulneráveis e expostos a situações de pobreza extrema (DRAIBE, 1993).

7 Políticas sociais: afinal do que se trata? 79 A partir de então, o Estado adotou uma postura de subsidiário do mercado, e no Brasil não foi diferente, guardados as peculiaridades de nossa cultura e prática política, que flutua ao sabor dos governos, sem uma filosofia doutrinária, sem instituições e programas voltados para metas sociais de longo prazo. Reunindo tudo isto, podemos concluir sobre o hibridismo do sistema de proteção social do Brasil no qual uma grande parte dos serviços sociais já se encontra privatizada (saúde, educação e previdência principalmente), ao lado de uma farta oferta de programas assistencialistas pontuais, centrados nas necessidades das famílias pobres e indigentes. Desta forma e tentando responder a pergunta inicial, a responsabilidade política social é hoje difusa e confusa, ou para usar um lugar comum dos discursos de palanque de nossos governantes um problema de toda a sociedade. 4. Formas e tipos de políticas sociais Além de definir quem, outro desafio é saber como implantar uma política social que atenda os princípios de eficiência e eficácia, ou seja, que possa atingir os objetivos propostos, da maneira mais econômica, no menor prazo possível e com justiça. Esta escolha é racional por um lado, mas vai depender do tipo de Estado, do tipo de governo, das características da sociedade, da orientação ideológica, da disponibilidade de recursos financeiros e, também, dos condicionamentos impostos pela conjuntura internacional. Em outras palavras: como as políticas sociais são, em sentido mais restrito, formas de intervenção do Estado na sociedade civil, os tipos de políticas sociais vão depender das características do sistema político. Esping-Andersen (1996) criou uma conhecida e utilizada tipologia de regimes de bem-estar, cada qual correspondendo a um modelo de política pública social: (a) O regime liberal, que minimiza o Estado, individualiza os riscos e fomenta as soluções de mercado; (b) O regime social-democrata- que caracteriza os países europeus nórdicos e tem uma orientação universalista, igualitarista e comprometida com a noção de direitos; (c) O regime conservador- que se distingue por ter fortes características corporativistas. O viés conservador se manifesta de maneira mais evidente na repartição dos riscos (solidariedade corporativa) e no familiarismo, ou seja, uma prioridade ao caráter central

8 Ailton Mota de Carvalho 80 da família como merecedora de atenção e como responsável pelo bem estar dos seus membros. Maigón (1998), também nos apresenta uma tríplice tipologia, de acordo com as formas de Estado e de sua relação com a sociedade : (a) tipo liberal ou neoliberal- que define as políticas sociais como compensatórias e complementarias das políticas econômicas de ajuste e se apóia na idéia geral de que o Estado é ineficiente e ineficaz; (b) tipo neo-estruturalistas - que considera as políticas sociais como fator que determina fortemente o bem-estar-social e a qualidade de vida dos setores menos privilegiados da população. Reconhece que o Estado tem um papel prioritário como coordenador e regulador da relação Estado-sociedade civil e que a busca de equidade social é o principal objetivo das políticas sociais; (c) tipo economia social de mercado- trata de combinar as premissas dos tipos anteriores, reconhecendo que o foco ou sujeito das políticas sociais deve ser o setor mais pobre da população. Implica numa modificação da estrutura do gasto social, de forma mais seletiva, o que contribuirá para elevar a eficácia e a eficiência dos serviços públicos. De um extremo político a outro, podemos sintetizar as tendências entre um enfoque de orientação marxista, com uma responsabilização do Estado na promoção de mais justiça social e na redistribuição dos bens econômicos; e outro enfoque mais liberal, que privilegia a oferta de serviços sociais pelo mercado, com mais eficácia e eficiência; e outro, uma terceira via mediadora, que propõe uma atenção social pública apenas para os setores menos privilegiados da população, de forma subsidiária e transitória. Registramos ainda uma série de outras tipologias que procuram, enquadrar as políticas sociais de acordo com a forma como são concebidas e praticadas. Como por exemplo: a distributiva e a redistributiva; e a universalista e a particularista (ou corporativa). Percebe-se que as tipologias são variações em torno de mesmos temas, e que não são excludentes, pelo contrário, são complementares, como nos parece ser o caso brasileiro, mescla do três tipos.

9 Políticas sociais: afinal do que se trata? Como financiar as políticas sociais? Partindo do suposto até aqui evidenciado de que, ainda, cabe ao Estado assumir a maior parte das políticas sociais (princípio da centralização econômica), uma análise sobre o financiamento destas políticas tem que passar, obrigatoriamente, pela questão do crescimento econômico e da destinação dos recursos públicos. Desta análise, complementada pela forma de institucionalização do setor social no quadro governamental, podemos identificar o grau de prioridade que a política social tem, frente aos outros setores, sobretudo em relação aos ministérios da área econômica. O vínculo entre crescimento econômico e políticas sociais é evidente, pois se a economia cresce com taxas positivas e permanentes, com aumento do produto interno bruto (PIB), supõe-se que estão sendo gerados mais empregos e mais renda, aumentando a demanda e permitindo as pessoas alcançarem o nível de vida mínimo e necessário a sua dignidade. Por outro lado, e em sendo assim, as despesas públicas com assistência social diminuiriam e poderiam ser canalizadas para investimentos produtivos e infra-estrutura, o que geraria mais crescimento econômico, empregos e renda, num ciclo virtuoso circular e acumulativo. Na contramão, teríamos um quadro de pouco crescimento econômico, com o conseqüente agravamento das condições sociais e necessidade de mais gastos sociais, num momento em que a economia encontra-se em recessão. Surge daí uma idéia geralmente propagada nos textos relativos a este tema, que é a de que o crescimento econômico positivo e sustentado é a melhor política social e vice-versa. Mais exatamente, uma maneira corrente de se examinar esta questão é a de se mensurar a magnitude e a qualidade do gasto social público. Na América Latina, apesar da notória desaceleração do crescimento da renda por habitante nos últimos 15 anos, a relação entre o gasto social e o PIB aumentou de 13,8% em 1997 para 15,1% em 2003 (CEPAL, 2006). Porém este aumento do gasto social não tem resultado numa diminuição da pobreza, como mostram os dados mencionados no início deste artigo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisados pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), mostram que, no período , a renda média dos 10% mais pobres da população teve uma queda de 40%. Este aparente paradoxo entre uma situação social relativamente estagnada, frente a um crescente gasto social, pode ser atribuído a distintos fatores. Em primeiro lugar, o aumento do

10 Ailton Mota de Carvalho 82 gasto social não produz, necessariamente, uma melhoria na distribuição da renda ou na incidência da pobreza em curto prazo. Em segundo lugar, a elevação do gasto coincide com um aumento do desemprego e da informalidade, o que anula, relativamente, os efeitos positivos. O aumento e a persistência da pobreza se devem ao enfraquecimento do fator trabalho como fonte de sustentação da população mais pobre, ou seja, um aumento da dependência deste segmento em relação aos programas assistenciais do governo. Podemos concluir então que uma evolução positiva do gasto social é fundamental, porém não suficiente para a melhoria da cidadania econômica e social da população. A qualidade do gasto é tão relevante como a sua disponibilidade. (CEPAL, 2000). No caso brasileiro, mesmo considerando o gasto social direto (contributivo e nãocontributivo) 1 como proporção do PIB, quando comparado com outros países, o país está mal colocado, como mostram os dados a seguir: % do gasto social no PIB Aposentadorias Saúde Trabalho Brasil 12,2 2,4 3,4 0,6 Bélgica 24,5 7,4 6,1 1,4 Dinamarca 29,8 6,8 6,8 1,7 França 28,8 10,6 7,3 1,3 Alemanha 27,3 10,5 7,8 1,3 Itália 25,1 12,8 5,5 0,7 Espanha 19,7 8,1 5,4 0,7 Suécia 31,0 7,5 6,6 2,0 Inglaterra 24,7 9,8 5,6 0,3 Canadá 18,0 5,1 6,4 0,5 Fonte: Prefeitura de São Paulo, Considera-se gasto social contributivo os benefícios previdenciários (aposentadoria e pensões) urbanos e as despesas com o pessoal inativo da União. O gasto social não-contributivo refere-se a outros gastos sociais diretos, inclusive os benefícios do INSS para o setor rural. Ele depende da arrecadação tributária geral do setor público.

11 Políticas sociais: afinal do que se trata? 83 Esta diferença deve ser ainda mais acentuada se considerarmos que estes países não incluem a educação como despesa social, ao contrário do Brasil. Aliás, este é um ponto polêmico com relação ao setor social: considerar suas despesas como gastos ou como investimentos, o que muda totalmente a forma de inserção política da política social nos programas de governo. Quanto ao Gasto social per-cápita, dados de 2003, a média latino-americana era de 610 US$ e a do Brasil era de 676 US$, acima da média regional. Este dado deve ser lido com cuidado, pois nem sempre um maior gasto nominal e/ou per-cápita significa maior atenção social. O fato é que mesmo registrando aumento do gasto social no Brasil (nominal e per capita) verifica-se que isto não significou uma redução da pobreza e nem da extrema desigualdade que caracteriza do país; e que o crescimento do gasto social direto é bem menor que o crescimento do gasto com juros do serviço da dívida pública. Cálculos recentes do IPEA estimam que seriam necessários cerca de 30 bilhões de dólares para resolver o problema da pobreza no Brasil, ou seja, 70% de uma arrecadação da CPMF anual. Um montante modesto comparado aos benefícios relativos à eliminação da pobreza, lembrando que esta seria uma ação permanente e não conjuntural. A pergunta que não quer calar é por que não se resolve o problema então? A resposta é mais ou menos óbvia e fica a cargo da inteligência dos leitores descobrí-la. Para terminar uma breve informação sobre o gasto social do Governo Central do Brasil, por áreas. A previdência social, compreendendo o regime geral da previdência social e o regime jurídico único dos funcionários federais, absorve a maior parte dos recursos alocados na área social (65,8%); duas outras áreas de destaque são a saúde e a educação, com 12,8% e 5,3% dos gastos respectivamente. Nestas últimas, grande parte das ações da União é executada de forma descentralizada por Estados e, principalmente, municípios. 6. Considerações finais Eliminar a pobreza e fazer com que os dependentes da assistência social se auto-sustentem é a grande tarefa de todos e sobre a qual paira um consenso retórico, desde os mais altos fóruns mundiais, até os governos de todos os países, passando pelas empresas e pela sociedade civil. Todavia a realidade é diferente e desafia o entendimento, pois a pobreza tem aumentado em termos numéricos em todo mundo, na América Latina, e no Brasil, mostrando o fracasso das

12 Ailton Mota de Carvalho 84 políticas econômicas e das políticas sociais que, em conjunto, são causa e solução para o problema. Existem evidentes entraves internos e externos que dificultam a elaboração e a adoção das políticas sociais, como a disponibilidade de recursos financeiros frente a uma demanda sempre crescente e, é claro, uma melhor aplicação destes recursos; e com mecanismos voltados especificamente para os mais pobres, de forma a permitir a sua inclusão no mundo da cidadania, rompendo de forma definitiva com o ciclo da pobreza. Para isto é preciso integrar as ações sociais, ao contrário da visão setorialista; é preciso definir bem quem são os necessitados de atenção social (focalizar as ações); é preciso que sejam políticas assistencialistas e inclusivas e não assistencialistas populistas; é preciso que tenham um caráter mais permanente e com fontes de financiamento independentes do ciclo econômico; e é preciso um crescimento da economia que crie oportunidades de trabalho e de sustentação para a população carente. Programas de distribuição de bolsas, como o praticado no Brasil, têm efeitos muito limitados, além de criar uma massa de clientes dependentes da benevolência e dos interesses imediatos dos políticos, sem tocar no cerne da questão da pobreza, que é a incapacidade do sistema atual para gerar trabalho e renda para a maioria da população. A questão de fundo é esta: como desenvolver programas e projetos capazes de superar a cultura assistencialista e de ajudar as populações pobres a construir capacidades próprias de auto-sustentação? Se conseguirmos colocar em prática este discurso e as medidas correspondentes, com mais participação de todos, com eficiência, eficácia, e visão de longo prazo, a política social e todos os que vivem á sua custa, agentes ativos e passivos, terão que encontrar uma nova forma de vida, certamente mais justa e ética.

13 Políticas sociais: afinal do que se trata? 85 Referências bibliográficas AURELIANO, Liana; DRAIBE, Sonia Miriam. A especificidade do Welfare State Brasileiro. Ministério da Previdência e Assistência Social/CEPAL, Brasília, CASTRO, Maria Helena Guimarães. Interesses, organizações e políticas sociais Unicamp/NEPP, caderno de pesquisa n.14, CEJA, Concepción M. La política social mexicana de cara a La pobreza. Geo Crítica Scripta Nova, Revista eletrocnica de geografia y ciências sociales, Universidad de Barcelona, VOL III, num. 176, noviembre de 2004, p CEPAL. La protección social de cara AL futuro: acceso, financiamento y solidariedad, Montevideo, Uruguay, DRAIBE, Sônia Miriam. Brasil: O sistema de proteção social e suas transformações recentes, CEPAL, Serie Reformas de Política Pública, N0 14, ESPING-ANDERSEN, G. Power and distributional regimes In: Politics & Society. 14, n. 2, p (1985). FARAH, Marta Ferreira Santos. Parcerias, novos arranjos institucionais e políticas públicas no nível local de governo. In: Rap - Revista de Administração Pública, v.35, n.1, p , jan./fev FRANCO, Augusto de. Três gerações de políticas sociais In: Revista Aminoácidos, AED, Nº 6, Brasília, KLIKISBERG, Bernardo. Diez Falacias sobre los problemas sociales de America latina, Washington, octubre de 2000: INDES/BID. MACHINEA, José L.; Cruces, Guillermo. Instituciones de La política social: objetivos, princípios y atributos, CEPAL, Santiago do Chile, Julio de MAINGÓN, Thais. Las políticas sociales: discusión teórica, conceptual y metodológica, Caracas, Venezuela: Cuadernos Del Cendes Nº 19, enero/abril PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. Desigualdade de renda e gastos Sociais no Brasil: algumas evidências para o debate, São Paulo, novembro de ROCHA, Sonia. Pobreza no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003, 244p. SANTOS, Wanderley G. A trágica condição da política social. In: ABRANCHES, S.H.; SANTOS, W.G; COIMBRA, M.A. (orgs.) Política Social e combate à pobreza. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1989, p SCHWARTZMAN, Simon. Notas sobre o paradoxo da desigualdade no Brasilwww.schwartzman.org.br

14 Ailton Mota de Carvalho 86 TEIXEIRA, Sonia Fleury. Estado y Políticas Sociales em America Latina. Universidad Autônoma Metropolitana-Xochimilco, México, abril 1992, 375 p. VILLALOBOS. Verónica Silva. Cadernos Adenauer 1: Pobreza e política social São Paulo: Fundação Konrad Adenauer, p. VITERI, Diaz G.. Política Social: elementos para su discusión. edición electronica gratuita. Texto completo em

Políticas Públicas I. Classificações de Welfare State e Modelos de Análise de Políticas Públicas. Professora: Geralda Luiza de Miranda Julho/2011

Políticas Públicas I. Classificações de Welfare State e Modelos de Análise de Políticas Públicas. Professora: Geralda Luiza de Miranda Julho/2011 Políticas Públicas I Classificações de Welfare State e Modelos de Análise de Políticas Públicas Professora: Geralda Luiza de Miranda Julho/2011 Temas Classificações de Welfare State (Titmuss e Esping-Andersen).

Leia mais

Rogério Medeiros medeirosrogerio@hotmail.com

Rogério Medeiros medeirosrogerio@hotmail.com Programa Nacional de Capacitação do SUAS - Sistema Único de Assistência Social CAPACITASUAS CURSO 2 Indicadores para diagnóstico e acompanhamento do SUAS e do BSM Ministrado por Rogério de Souza Medeiros

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006 DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006 Conteúdo 1. O Sistema SEBRAE; 2. Brasil Caracterização da MPE; 3. MPE

Leia mais

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE Cabe a denominação de novas diretrizes? Qual o significado das DCNGEB nunca terem sido escritas? Educação como direito Fazer com que as

Leia mais

VOLUNTARIADO E CIDADANIA

VOLUNTARIADO E CIDADANIA VOLUNTARIADO E CIDADANIA Voluntariado e cidadania Por Maria José Ritta Presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional do Voluntário (2001) Existe em Portugal um número crescente de mulheres e de

Leia mais

BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR. Colégio Anglo de Sete Lagoas Prof.: Ronaldo Tel.: (31) 2106 1750

BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR. Colégio Anglo de Sete Lagoas Prof.: Ronaldo Tel.: (31) 2106 1750 BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR As crises econômicas que se sucederam no Brasil interromperam a política desenvolvimentista. Ocorre que o modelo de desenvolvimento aqui implantado (modernização conservadora

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA

SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA José Ivo dos Santos Pedrosa 1 Objetivo: Conhecer os direitos em saúde e noções de cidadania levando o gestor a contribuir nos processos de formulação de políticas públicas.

Leia mais

Fernanda de Paula Ramos Conte Lílian Santos Marques Severino RESUMO:

Fernanda de Paula Ramos Conte Lílian Santos Marques Severino RESUMO: O Brasil e suas políticas sociais: características e consequências para com o desenvolvimento do país e para os agrupamentos sociais de nível de renda mais baixo nas duas últimas décadas RESUMO: Fernanda

Leia mais

de 1,000 (um) for o IDH, melhor a qualidade de vida de sua população.

de 1,000 (um) for o IDH, melhor a qualidade de vida de sua população. RESULTADOS O Espírito Santo que se deseja em 2015 é um Estado referência para o País, na geração de emprego e renda na sua indústria, com conseqüente eliminação das desigualdades entre os municípios capixabas.

Leia mais

Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA)

Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) Mário Lopes Amorim 1 Roberto Antonio Deitos 2 O presente

Leia mais

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Abril/2014 Porto Velho/Rondônia Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Terceiro Setor É uma terminologia sociológica que

Leia mais

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO

Leia mais

Índice. Desenvolvimento econômico, 1 Direitos legais, 3

Índice. Desenvolvimento econômico, 1 Direitos legais, 3 Índice A Academic drift, 255 Accountability, 222, 278 Agenda social, 2 Aplicativo para a Melhoria de Qualidade (AMQ), 84 Aposentadoria benefícios previdenciários e assistenciais e seu impacto sobre a pobreza,

Leia mais

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO ABRIL / 2005 Apresentação SMPDSE SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E A Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL Ricardo Paes de Barros Mirela de Carvalho Samuel Franco 1 INTRODUÇÃO O objetivo desta nota é apresentar uma avaliação

Leia mais

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 No passado, até porque os custos eram muito baixos, o financiamento da assistência hospitalar

Leia mais

ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR.

ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR. 1 ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR. Rute Regina Ferreira Machado de Morais Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG Este texto visa refletir sobre o papel

Leia mais

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS Mônica Abranches 1 No Brasil, no final da década de 70, a reflexão e o debate sobre a Assistência Social reaparecem e surge

Leia mais

Aumenta a desigualdade mundial, apesar do crescimento econômico

Aumenta a desigualdade mundial, apesar do crescimento econômico Aumenta a desigualdade mundial, apesar do crescimento econômico Análise Segurança / Economia e Comércio / Desenvolvimento Bárbara Gomes Lamas 22 de setembro de 2005 Aumenta a desigualdade mundial, apesar

Leia mais

154 a SESSÃO DO COMITÊ EXECUTIVO

154 a SESSÃO DO COMITÊ EXECUTIVO 154 a SESSÃO DO COMITÊ EXECUTIVO Washington, D.C., EUA 16 a 20 de junho de 2014 CE154.R17 Original: inglês RESOLUÇÃO CE154.R17 ESTRATÉGIA PARA COBERTURA UNIVERSAL DE SAÚDE A 154 a SESSÃO DO COMITÊ EXECUTIVO,

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES Barbara Christine Nentwig Silva Professora do Programa de Pós Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social /

Leia mais

Movimentos sociais - tentando uma definição

Movimentos sociais - tentando uma definição Movimentos sociais - tentando uma definição Analogicamente podemos dizer que os movimentos sociais são como vulcões em erupção; Movimentos sociais - tentando uma definição Movimentos sociais ocorrem quando

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO REALIZADO PELO SERVIÇO SOCIAL NO CENTRO PONTAGROSSENSE DE REABILITAÇÃO AUDITIVA E DA FALA (CEPRAF) TRENTINI, Fabiana Vosgerau 1

Leia mais

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL 3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL Os fundamentos propostos para a nova organização social, a desconcentração e a cooperação, devem inspirar mecanismos e instrumentos que conduzam

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais

O papel da mulher na construção de uma sociedade sustentável

O papel da mulher na construção de uma sociedade sustentável O papel da mulher na construção de uma sociedade sustentável Sustentabilidade Socioambiental Resistência à pobreza Desenvolvimento Saúde/Segurança alimentar Saneamento básico Educação Habitação Lazer Trabalho/

Leia mais

Mapa da Educação Financeira no Brasil

Mapa da Educação Financeira no Brasil Mapa da Educação Financeira no Brasil Uma análise das iniciativas existentes e as oportunidades para disseminar o tema em todo o País Em 2010, quando a educação financeira adquire no Brasil status de política

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

O Modelo de Desenvolvimento Brasileiro

O Modelo de Desenvolvimento Brasileiro GESTÃO DE MACROPOLÍTICAS PÚBLICAS FEDERAIS O Modelo de Desenvolvimento Brasileiro Esther Dweck Brasília Ministério do Planejamento 04 de fevereiro de 2014 O modelo de desenvolvimento brasileiro Objetivos

Leia mais

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO ROSINALDO PANTOJA DE FREITAS rpfpantoja@hotmail.com DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO RESUMO: Este artigo aborda o Projeto político pedagógico e também

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA EDUCAÇÃO BIOLÓGICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA EDUCAÇÃO BIOLÓGICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA EDUCAÇÃO BIOLÓGICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Maria José Rodrigues de Farias Universidade Estadual da Paraíba lyarodriguesbio@gmail.com Introdução Atualmente os modelos

Leia mais

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL Prof. Roberto Almeida Esta estratégia compreende o comportamento global e integrado da empresa em relação ao ambiente que a circunda. Para Aquino:Os recursos humanos das

Leia mais

XXV ENCONTRO NACIONAL DA UNCME

XXV ENCONTRO NACIONAL DA UNCME XXV ENCONTRO NACIONAL DA UNCME Os desafios da Educação Infantil nos Planos de Educação Porto de Galinhas/PE Outubro/2015 Secretaria de Educação Básica CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL É direito dos trabalhadores

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local

RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local 1 Por: Evandro Prestes Guerreiro 1 A questão da Responsabilidade Social se tornou o ponto de partida para o estabelecimento

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes.

Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes. Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes. Por Palmira Santinni No Brasil, nos últimos anos, está ocorrendo um significativo aumento na criação de novas empresas e de optantes pelo

Leia mais

ENGENHARIA E ARQUITETURA PÚBLICA UMA VISÃO SISTÊMICA DA POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA A HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL.

ENGENHARIA E ARQUITETURA PÚBLICA UMA VISÃO SISTÊMICA DA POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA A HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL. ENGENHARIA E ARQUITETURA PÚBLICA UMA VISÃO SISTÊMICA DA POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA A HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL. 1- Apresentação A Constituição de 1988, denominada pelo saudoso Deputado

Leia mais

GESTÃO SOCIAL NA LÓGICA DA SOCIEDADE CIVIL. Profa. Sandra Silveira

GESTÃO SOCIAL NA LÓGICA DA SOCIEDADE CIVIL. Profa. Sandra Silveira GESTÃO SOCIAL NA LÓGICA DA SOCIEDADE CIVIL Profa. Sandra Silveira Conceitos - chaves Sociedade Civil Para Gramsc (1978), é constituída pelo conjunto de organizações responsáveis pela elaboração/difusão

Leia mais

ser alcançada através de diferentes tecnologias, sendo as principais listadas abaixo: DSL (Digital Subscriber Line) Transmissão de dados no mesmo

ser alcançada através de diferentes tecnologias, sendo as principais listadas abaixo: DSL (Digital Subscriber Line) Transmissão de dados no mesmo 1 Introdução Em 2009, o Brasil criou o Plano Nacional de Banda Larga, visando reverter o cenário de defasagem perante os principais países do mundo no setor de telecomunicações. Segundo Ministério das

Leia mais

II TEXTO ORIENTADOR 1. APRESENTAÇÃO

II TEXTO ORIENTADOR 1. APRESENTAÇÃO II TEXTO ORIENTADOR 1. APRESENTAÇÃO A III Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência acontece em um momento histórico dos Movimentos Sociais, uma vez que atingiu o quarto ano de ratificação

Leia mais

"Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã."

Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã. MANIFESTO DO SINDICATO DOS MÉDICOS E DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DE PERNAMBUCO SOBRE A ATUAL SITUAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL E SOBRE AS INTERVENÇÕES JUDICIAIS(JUDICIALIZAÇÃO) COMO INSTRUMENTO

Leia mais

FATORES PARA A INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO: EDUCAÇÃO, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES PESSOAIS

FATORES PARA A INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO: EDUCAÇÃO, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES PESSOAIS 1 FATORES PARA A INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO: EDUCAÇÃO, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES PESSOAIS MAURICIO SEBASTIÃO DE BARROS 1 RESUMO Este artigo tem como objetivo apresentar as atuais

Leia mais

Baixo investimento público contribui para desigualdade no acesso e queda em indicadores de qualidade

Baixo investimento público contribui para desigualdade no acesso e queda em indicadores de qualidade Baixo investimento público contribui para desigualdade no acesso e queda em indicadores de qualidade CFM analisa relatórios internacionais e mostra preocupação com subfinanciamento da saúde, que tem afetado

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

Políticas de saúde no México Direitos, universalidade, eqüidade e integralidade?

Políticas de saúde no México Direitos, universalidade, eqüidade e integralidade? XXI Congresso da Associação Latina de Análise dos Sistemas de Saúde Cidade do México 2-4 de setembro de 2010 Políticas de saúde no México Direitos, universalidade, eqüidade e integralidade? Oliva López

Leia mais

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário Organizando Voluntariado na Escola Aula 1 Ser Voluntário Objetivos 1 Entender o que é ser voluntário. 2 Conhecer os benefícios de ajudar. 3 Perceber as oportunidades proporcionadas pelo voluntariado. 4

Leia mais

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública. Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública. Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008 Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008 Roteiro 1. Contexto 2. Por que é preciso desenvolvimento de capacidades no setor

Leia mais

Universidade Livre para a Eficiência Humana. Desenvolver e valorizar o ser humano nas empresas e sociedade

Universidade Livre para a Eficiência Humana. Desenvolver e valorizar o ser humano nas empresas e sociedade Universidade Livre para a Eficiência Humana Desenvolver e valorizar o ser humano nas empresas e sociedade MISSÃO Realizar ações inovadoras de inclusão social no mundo do trabalho, por meio do desenvolvimento

Leia mais

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO CONCURSO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM TEMA 04: ATIVIDADES DO ENFERMEIRO ATIVIDADES DO ENFERMEIRO SUPERVISÃO GERENCIAMENTO AVALIAÇÃO AUDITORIA

Leia mais

Desafios e perspectivas do Trabalho Social Profa. Rosana Denaldi. FGV EAESP 25 de Setembro de 2015

Desafios e perspectivas do Trabalho Social Profa. Rosana Denaldi. FGV EAESP 25 de Setembro de 2015 Desafios e perspectivas do Trabalho Social Profa. Rosana Denaldi FGV EAESP 25 de Setembro de 2015 estrutura da apresentação Trabalho Social? O trabalho social tornou-se componente obrigatório nos programas

Leia mais

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia.

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Luiz Felipe de Oliveira Pinheiro * RESUMO O presente mini-ensaio, apresenta os desvios que envolvem o conceito de micro e pequena empresa

Leia mais

EMPREENDEDORISMO. Curso: Ciências Contábeis Período: 3º Profª: Niceia Camila N. Fronza

EMPREENDEDORISMO. Curso: Ciências Contábeis Período: 3º Profª: Niceia Camila N. Fronza EMPREENDEDORISMO Curso: Ciências Contábeis Período: 3º Profª: Niceia Camila N. Fronza ORGANIZAÇÃO CONCEITO: A sociedade humana é feita de organizações que fornecem os meios para o atendimento de necessidades

Leia mais

BRASIL: A NOVA AGENDA SOCIAL

BRASIL: A NOVA AGENDA SOCIAL BRASIL: A NOVA AGENDA SOCIAL Edmar Lisboa Bacha Simon Schwartzman (Organizadores) André Mediei André Portela de Souza António Carlos Coelho Campino Cláudio Beato Denis Mizne Fábio Giambiagi Fernando Veloso

Leia mais

Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004

Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004 Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004 Por Zilda Knoploch, presidente da Enfoque Pesquisa de Marketing Este material foi elaborado pela Enfoque Pesquisa de Marketing, empresa

Leia mais

Pobreza multidimensional: questões conceituais e metodológicas para seu dimensionamento. SAGI/MDS Agosto de 2015

Pobreza multidimensional: questões conceituais e metodológicas para seu dimensionamento. SAGI/MDS Agosto de 2015 Pobreza multidimensional: questões conceituais e metodológicas para seu dimensionamento SAGI/MDS Agosto de 2015 www.mds.gov.br/sagi Referências Para que servem os Indicadores? Para produção de factóides...

Leia mais

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Celso João Ferretti: o processo de desintegração da educação atingiu em menor escala as escolas técnicas.

Leia mais

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno A crise de representação e o espaço da mídia na política RESENHA Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno Rogéria Martins Socióloga e Professora do Departamento de Educação/UESC

Leia mais

Teoria Geral da Administração II

Teoria Geral da Administração II Teoria Geral da Administração II Livro Básico: Idalberto Chiavenato. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a. Edição, Editora Campus. Material disponível no site: www..justocantins.com.br 1. EMENTA

Leia mais

Campanha Anual e Campanha Capital de Captação de Recursos*

Campanha Anual e Campanha Capital de Captação de Recursos* Campanha Anual e Campanha Capital de Captação de Recursos* O IDIS Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social é uma organização da sociedade civil de interesse público que visa promover e estruturar

Leia mais

Reforma do Estado. Pressões para Reforma do Estado: internas (forças conservadoras) e externas (organismos multilaterais).

Reforma do Estado. Pressões para Reforma do Estado: internas (forças conservadoras) e externas (organismos multilaterais). Reforma do Estado Pressões para Reforma do Estado: internas (forças conservadoras) e externas (organismos multilaterais). Redefinição da natureza, do alcance e dos limites à intervenção estatal. Preocupação

Leia mais

VAMOS CUIDAR DO BRASIL COM AS ESCOLAS FORMANDO COM-VIDA CONSTRUINDO AGENDA 21AMBIENTAL NA ESCOLA

VAMOS CUIDAR DO BRASIL COM AS ESCOLAS FORMANDO COM-VIDA CONSTRUINDO AGENDA 21AMBIENTAL NA ESCOLA VAMOS CUIDAR DO BRASIL COM AS ESCOLAS FORMANDO COM-VIDA CONSTRUINDO AGENDA 21AMBIENTAL NA ESCOLA COM-VIDA Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola Criado a partir das deliberações da I Conferência

Leia mais

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE 4.1 - Tabela de Temporalidade Como é cediço todos os arquivos possuem um ciclo vital, composto pelas fases corrente, intermediária e permanente. Mas como saber quando

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Chile. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Chile. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Chile Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios A Lei nº 20.416 estabelece regras especiais para as Empresas de Menor Tamanho (EMT).

Leia mais

Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil Entenda o cálculo do IDH Municipal (IDH-M) e saiba quais os indicadores usados O Índice de Desenvolvimento Humano foi criado originalmente para medir o nível de desenvolvimento humano dos países a partir

Leia mais

Desenvolvimento Sustentável: idéias sobre a perspectiva da integração 1

Desenvolvimento Sustentável: idéias sobre a perspectiva da integração 1 Desenvolvimento Sustentável: idéias sobre a perspectiva da integração 1 Juliano Varela de Oliveira 2 O Desenvolvimento Sustentável é uma proposta alternativa ao modelo de desenvolvimento com viés puramente

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

Rompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1

Rompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1 PROGRAMA ÉTICA E CIDADANIA construindo valores na escola e na sociedade Rompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1 Ulisses F. Araújo 2 A construção de um ambiente ético que ultrapasse

Leia mais

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA Autores: Fábio Bruno da Silva Marcos Paulo de Sá Mello Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária INTRODUÇÃO

Leia mais

Fábio José Garcia dos Reis Dezembro de 2010

Fábio José Garcia dos Reis Dezembro de 2010 Estados Unidos: a polêmica em torno do financiamento do governo federal que beneficia as IES com fins lucrativos e aumenta o endividamento dos estudantes Fábio José Garcia dos Reis Dezembro de 2010 No

Leia mais

PRINCÍPIOS e recomendações para um novo modelo previdenciário

PRINCÍPIOS e recomendações para um novo modelo previdenciário Confederação Confederação Confederação Confederação Confederação da Agricultura e Nacional do Nacional da Nacional das Nacional do Pecuária do Brasil Comércio Indústria Instituições Transporte Financeiras

Leia mais

Oficina Cebes DESENVOLVIMENTO, ECONOMIA E SAÚDE

Oficina Cebes DESENVOLVIMENTO, ECONOMIA E SAÚDE RELATÓRIO Oficina Cebes DESENVOLVIMENTO, ECONOMIA E SAÚDE 30 de março de 2009 LOCAL: FLÓRIDA WINDSOR HOTEL No dia 30 de março de 2009, o Cebes em parceria com a Associação Brasileira de Economia da Saúde

Leia mais

O NOVO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO PARA O SERVIDOR PÚBLICO

O NOVO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO PARA O SERVIDOR PÚBLICO O NOVO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO PARA O SERVIDOR PÚBLICO MEIRELES 1, Jéssica Maria da Silva KATAOKA 2, Sheila Sayuri Centro de Ciências Sociais Aplicadas /Departamento de Finanças, Contabilidade e Atuária

Leia mais

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS O PAPEL DA FORMAÇÃO ACADÊMICA Segundo diversos autores que dominam e escrevem a respeito do tema,

Leia mais

Dados do Ensino Médio

Dados do Ensino Médio Dados do Ensino Médio População de 15 a 17 anos (2010): 10.357.874 (Fonte: IBGE) Matrículas no ensino médio (2011): 8.400.689 (Fonte: MEC/INEP) Dados do Ensino Médio Dos 10,5 milhões de jovens na faixa

Leia mais

Produção e consumo sustentáveis

Produção e consumo sustentáveis Produção e consumo sustentáveis Fernanda Capdeville Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis DPCS Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental - SAIC 14 Plenária do Fórum Governamental

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Previdência 20 Maioria dos brasileiros apoia mudanças na previdência Sete em cada dez brasileiros reconhecem que o sistema previdenciário brasileiro apresenta

Leia mais

Cenário Econômico e Produtividade

Cenário Econômico e Produtividade Cenário Econômico e Produtividade junho/2015 Prof. José Pio Martins Economista Reitor da Universidade Positivo Introdução Missões do gestor Gerenciar o dia a dia Preparar a organização para o futuro Dar

Leia mais

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Carlos Nuno Castel-Branco carlos.castel-branco@iese.ac.mz Associação dos Estudantes da Universidade Pedagógica Maputo, 21 de Outubro

Leia mais

MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 02/2010 Estabelece Normas Operacionais Complementares em conformidade com o Parecer CNE/CEB nº 06/2010, Resoluções CNE/CEB nº 02/2010

Leia mais

Indicadores Anefac dos países do G-20

Indicadores Anefac dos países do G-20 Indicadores Anefac dos países do G-20 O Indicador Anefac dos países do G-20 é um conjunto de resultantes de indicadores da ONU publicados pelos países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina,

Leia mais

A Aposentadoria Mercado e Seguro o Papel da Auto Previdência

A Aposentadoria Mercado e Seguro o Papel da Auto Previdência A Aposentadoria Mercado e Seguro o Papel da Auto Previdência Agenda Prioridades Financeiras 1 Presença da Aposentadoria Hoje Quando Parar Definitivamente A Previdência Social Composição Estimada da Renda

Leia mais

IMPACTOS DO SISTEMA SIMPLES SOBRE A MORTALIDADE DE MICROS E PEQUENAS EMPRESAS: um estudo sobre os empreendimentos no município de Castanhal, PA

IMPACTOS DO SISTEMA SIMPLES SOBRE A MORTALIDADE DE MICROS E PEQUENAS EMPRESAS: um estudo sobre os empreendimentos no município de Castanhal, PA IMPACTOS DO SISTEMA SIMPLES SOBRE A MORTALIDADE DE MICROS E PEQUENAS EMPRESAS: um estudo sobre os empreendimentos no município de Castanhal, PA Rui Cidarta Araújo de Carvalho, Edson Aparecida de Araújo

Leia mais

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO O ESTADO VEIO TENDO, NO DECORRER DO SÉCULO XX, ACENTUADO PAPEL NO RELACIONAMENTO ENTRE DOMÍNIO JURÍDICO E O ECONÔMICO. HOJE, TAL RELAÇÃO JÁ SOFRERA PROFUNDAS

Leia mais

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO FALANDO SOBRE NEXO EPIDEMIOLOGICO Um dos objetivos do CPNEWS é tratar de assuntos da área de Segurança e Medicina do Trabalho de forma simples de tal forma que seja possível a qualquer pessoa compreender

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL. (Pesquisa qualitativa -- RESUMO)

DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL. (Pesquisa qualitativa -- RESUMO) DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL (Pesquisa qualitativa -- RESUMO) Realização: Ibase, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) Objetivos da Pesquisa: Os Diálogos sobre

Leia mais

A Organização Federativa da Educação Brasileira. Manuel Palácios

A Organização Federativa da Educação Brasileira. Manuel Palácios A Organização Federativa da Educação Brasileira Manuel Palácios Um Roteiro 1 2 3 As Bases do Federalismo Educacional Brasileiro O Federalismo em Processo Federalismo, Equidade e Qualidade Página 2 Índice

Leia mais

A Importância do Gestor Público no Processo Decisório. Coordenação-Geral de Desenvolvimento Institucional Secretaria do Tesouro Nacional

A Importância do Gestor Público no Processo Decisório. Coordenação-Geral de Desenvolvimento Institucional Secretaria do Tesouro Nacional A Importância do Gestor Público no Processo Decisório Coordenação-Geral de Desenvolvimento Institucional Secretaria do Tesouro Nacional Contexto A administração pública brasileira sofreu transformações

Leia mais

Redução da Pobreza no Brasil

Redução da Pobreza no Brasil Conferencia Business Future of the Americas 2006 Câmara Americana de Comércio Redução da Pobreza no Brasil Resultados Recentes e o Papel do BNDES Demian Fiocca Presidente do BNDES Rio de Janeiro, 5 de

Leia mais

Estrutura para a avaliação de estratégias fiscais para Certificação Empresas B

Estrutura para a avaliação de estratégias fiscais para Certificação Empresas B Estrutura para a avaliação de estratégias fiscais para Certificação Empresas B Este documento fornece a estrutura que B Lab utiliza para avaliar as estratégias fiscais que atendam aos requisitos da Certificação

Leia mais

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Claudia Davis: É preciso valorizar e manter ativas equipes bem preparadas

Leia mais