GESTÃO SOCIAL NA LÓGICA DA SOCIEDADE CIVIL. Profa. Sandra Silveira
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- Paula Bruna di Castro Amaro
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1 GESTÃO SOCIAL NA LÓGICA DA SOCIEDADE CIVIL Profa. Sandra Silveira
2 Conceitos - chaves Sociedade Civil Para Gramsc (1978), é constituída pelo conjunto de organizações responsáveis pela elaboração/difusão das ideologias sindicatos, igrejas; partidos, escolas, organizações da cultura, etc. Compreende, nesta perspectiva, o conjunto da sociedade que envolve e aglutina os movimentos sociais, ongs, filantropia social; voluntariado, formas de associativismo diversas; Segundo Sobottka (2001) são formas coletivas de dar sentido à vida em sociedade e expressam o espírito de época Profa. Sandra Silveira 2
3 Histórico 1. Utopia social /1980 Características das ações sociais: Principal ator movimentos sociais ações coletivas fundadas nas contradições intrínsecas das relações sociais (Marx e Engels) e mais modernamente ações coletivas propositivas, as quais resultam na vitória ou no fracasso, em transformações nos valores e instituições. (Sobottka, 2001) Eixo articulatório transformações e emancipação social Lutas coletivas, com baixa especificidades dos papeis e mínima regulamentação e institucionalidade Ação nos limites da legalidade, baseada no engajamento políticoideológico (parcerias sindicatos, partidos esquerda e igreja progressista) Recursos logísticos planejamento, ação, marketing, estratégias enfrentamento No Brasil funda-se no negação do Estado, com ações focadas no confronto e pressão pela garantia dos Direitos Humanos e na redemocratização Crise derrota do candidato apoiado pelos movimentos sociais, em 1989; despreparo para assumirem um novo papel, no âmbito das políticas sociais colegiadas mas também focalistas e assistenciais. Profa. Sandra Silveira 3
4 Histórico 2. A Institucionalização das Lutas Coletivas 1980/1990 Características das ações sociais Principais atores ONGs Eixo articulatório direitos sociais São organizações civis, formalmente constituídas, sem fins lucrativos e com graus de autonomia. Conceito residual, parte de uma negatividade não governamental Nascem no bojo dos movimentos sociais ou para servir a estes, na luta pela cidadania e Direitos Sociais, com projetos alternativos de sociedade Ongs cidadãs Crise anos 90, com a retirada dos agentes de apoio financeiro e técnico, que voltam-se para o leste europeu Resultados reengenharia interna e externa em busca da autosustentabilidade. Causa, pressões e atividades de militância são sobrepujadas pelas atividades administrativas e produtivas. Ex. movimento dos seringueiros, assentados. Novo conceito organizações sem fins lucrativos, que estruturam-se como empresas, atuam em áreas de problemas sociais. São parceiras do Estado e algumas passam a denominar-se 3 Setor. Profa. Sandra Silveira 4
5 Histórico 3. A Despolitização do Social 1990 Características das ações sociais Principal ator 3 Setor Setor de atividade econômica, sem fins lucrativos, dedicado a ação social, educacional, cientifica e cultural, com apoio de incentivos fiscais e/ou isenções tributárias Eixo articulatório solidariedade Recursos Logísticos lógica da gestão privada: eficiência e eficácia. Agilidade administrativa, austeridade financeira e marketing Formam uma imensa rede imperativa de organizações autônomas, localizadas as margens do aparelho estatal, mobilizadoras de trabalho voluntário, com grande base de institucionalidade e pouca mobilização Profa. Sandra Silveira 5
6 Gestão Social da Sociedade Civil característica e desafios contemporâneos Valorização de soluções da própria comunidade/público alvo; Rompimento com o assistencialismo foco em projetos de geração de renda e trabalho, educação / qualificação profissional Trabalho cooperativado como alternativa, na lógica de uma nova economia, agora social, articulada a redes de solidariedade, sem seguro sócio-estatal todos são co-proprietários; co-responsáveis Proximidade com cidadão possibilidade de atender as questões locais, territorializadas Transetorializaçao articulação em redes de serviços, com os diferentes agentes sociais Regras, procedimentos impostos pelos parceiros financeiros Difusão da racionalidade gerencial do mercado implicando no foco da eficiência e eficácia, isto é, alcance de metas a curto-prazo em detrimento das transformações sociais Competência Gestor Social capacidade de articulação e de negociação, diferente do gestor de mercado competitividade Profa. Sandra Silveira 6
7 A Pergunta que não quer calar Esvaziou-se da cidadania o seu conteúdo critico, ficando apenas o conteúdo da racionalidade instrumental. Será que Ainda há no País pessoas dispostas a criar e apoiar utopias emancipatórias ou nos basta aquilo que é definido como possível dentro dos limites colocados pela ordem vigente? (Sabotta, 2001) Profa. Sandra Silveira 7
8 Bibliografia GOHN, M. da G. O Novo Associativismo e o Terceiro Setor. In Revista Serviço Social e Sociedade, n. 58, ano XIX. São Paulo: Cortez, nov SOBOTTKA, E. A Utopia Político emancipatórias em Transição movimentos sociais viram Ongs que viram terceiro setor. (mimeo), PUCRS, TEODÓSIO, A. dos s. de S. Difusão de Tecnologias Gerenciais em Ongs análise da experiência de uma rede organizacional. (mimeo), PUCMG, s/d. Profa. Sandra Silveira 8
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