UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS JANICE GONÇALVES TEMÓTEO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS JANICE GONÇALVES TEMÓTEO DIVERSIDADE LINGUÍSTICO-CULTURAL DA LÍNGUA DE SINAIS DO CEARÁ: UM ESTUDO LEXICOLÓGICO DAS VARIAÇÕES DA LIBRAS NA COMUNIDADE DE SURDOS DO SÍTIO CAIÇARA JOÃO PESSOA PB 2008

2 2 JANICE GONÇALVES TEMÓTEO UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS DIVERSIDADE LINGUÍSTICO-CULTURAL DA LÍNGUA DE SINAIS DO CEARÁ: UM ESTUDO LEXICOLÓGICO DAS VARIAÇÕES DA LIBRAS NA COMUNIDADE DE SURDOS DO SÍTIO CAIÇARA Dissertação apresentada à Banca examinadora do Programa de Pós-Graduação em Letras. Área de Concentração: Linguagens e Cultura. Linha de Pesquisa: Semióticas Verbais e Sincréticas, da Universidade Federal da Paraíba, sob a orientação da Prof. Dra. Maria do Socorro Silva de Aragão, como exigência para a obtenção do grau de mestre. JOÃO PESSOA PB 2008

3 3 JANICE GONÇALVES TEMÓTEO DIVERSIDADE LINGUÍSTICO-CULTURAL DA LÍNGUA DE SINAIS DO CEARÁ: UM ESTUDO LEXICOLÓGICO DAS VARIAÇÕES DA LIBRAS NA COMUNIDADE DE SURDOS DO SÍTIO CAIÇARA Dissertação defendida e aprovada pela Comissão Julgadora em: / / Membros da Comissão Julgadora: Prof. Dra. Maria do Socorro Silva de Aragão (UFPB) Orientadora Prof. Dra. Ivone Tavares de Lucena (UFPB) Membro da banca Prof. Dr. Antônio Luciano Pontes (UECE) Membro da banca

4 À Juranildo Gonçalves Temóteo (In memoriam): irmão, amigo, poeta... único! Suas palavras permanecem vivas em meu coração, assim como você. Eternas saudades... 4

5 5 AGRADECIMENTOS Quero agradecer Àquele que cuidou de mim em todo tempo, fortalecendo as minhas forças, suprindo as minhas necessidades e me capacitando para chegar até o final deste curso. Muito obrigada, Jesus! Sem seu auxílio, nada disso seria possível. À mainha, Alcinete, a pessoa que mais admiro neste mundo. Obrigada por tantas renúncias, por tanto amor e por sonhar comigo diante das impossibilidades. A minha família, pela preocupação, estímulo, amor e suporte financeiro, especialmente aos meus irmãos Jerônimo (Jêca) e Jefferson. A querida Profª. Dra. Maria do Socorro Silva de Aragão. É um privilégio tê-la como mestre. Muito obrigada por ser tão compreensiva, atenciosa e por gastar o seu precioso tempo comigo. Aos amigos que compreenderam meus momentos de ausência e torceram por mim. Aos Surdos, em especial, Sônia, Zezinho e Mara Rúbia, por serem meus companheiros na pesquisa de campo. À Primeira Igreja Batista Comunidade da Paz, em Crato - CE, extensão da minha casa. Lugar de crescimento, aprendizado, renúncia e transformação. Obrigada pelas orações e por se alegrarem comigo em mais este tempo de aprendizado. Finalmente agradeço ao Programa de Pós - Graduação em Letras da UFPB, que desde o início me acolheu de braços abertos. Cada professora foi significante, cada colega, coluna. Os conhecimentos e a amizade extrapolaram os limites da sala de aula. Graças a vocês e a tantos outros que torceram por mim neste tempo de estudos, lutas e batalhas é que estou concluindo mais uma etapa da minha vida. Oro para que Deus os retribua com Suas bênçãos infindas.

6 6 Se não tivéssemos voz nem língua e ainda assim quisermos expressar coisas uns aos outros, não deveríamos, como aqueles que ora são mudos, esforçar-nos para transmitir o que desejamos dizer com as mãos, a cabeça e outras partes do corpo? Sócrates

7 7 RESUMO O presente trabalho apresenta um estudo lexicológico sobre as variações da Libras e traz um levantamento dos vocábulos que refletem a diversidade linguístico-cultural da Língua de Sinais do Ceará, especificamente, a usada por Surdos do Sítio Caiçara de forma a organizar e sistematizar as variações encontradas através de um glossário. A pesquisa foi desenvolvida no Sítio Caiçara, localizado no município de Várzea Alegre Ceará e se propõe ainda a apreender o emprego ou as opções por certas escolhas lexicais na fala dos informantes Surdos e qual a relação direta destas preferências na produção dos sinais. O capítulo 1 inicia com os conceitos que envolvem a Língua de Sinais Brasileira, Libras e apresenta considerações acerca da Lingüística, Sociolingüística, Lexicologia, Lexicografia e seus respectivos enfoques teóricos, mas a ênfase maior é dada às orientações teóricometodológicas da Lexicologia e Lexicografia, uma vez que esta é a abordagem principal adotada nesta dissertação. No capítulo 2 são expostos os procedimentos metodológicos para a realização da pesquisa que foi dividida em três etapas: a metodologia da pesquisa de campo, a descrição do dicionário-fonte e a metodologia da organização do glossário com os termos coletados. No terceiro capítulo está o Glossário como as variações lingüísticas da Libras usada pelos Surdos do Sítio Caiçara que está composto de 55 termos organizados alfabeticamente. O principal motivo que justifica o tema escolhido foi a descoberta de que muitos sinais da Libras usados por Surdos do Ceará não haviam sidos registrados cientificamente, visto que são poucos os vocabulários produzidos a luz dos princípios da Lexicografia que documentam com autenticidade a riqueza dos sinais provindos da cultura Surda cearense. Assim, a proposta de um trabalho desse tipo é propiciar à comunidade Surda uma divulgação mais ampla dos conhecimentos sobre o domínio em questão, como também ser um instrumento de auxílio na educação dos Surdos, contribuindo diretamente para o resgate da cidadania do Surdo cearense, fornecendo dados científicos no âmbito da lexicografia regional da variante da Libras. Palavras-chave: Lexicologia, Lexicografia; Sociolingüística; Variações Lingüísticas; Libras.

8 8 ABSTRACT This research shows a study on lexicology variations of Libras and carries a survey of words that reflect the linguistic and cultural diversity of sign language from Ceará, specifically, the sign language used by the people who are Deaf who lives at Caiçara, to organize and systematize the variations found through a Glossary. The research was conducted at the town of Caiçara, located in Várzea Alegre CE. This study also proposes to get hold of the use or options chosen by the deaf informants in certain lexical choices in their "speech" and which is the direct relation of these preferences at the production of signs. The chapter 1 begins with an introduction on Brazilian Sign Language, Libras and bring considerations about Linguistics, Sociolinguistics, Lexicology, Lexicography and their theoretical approaches, but the greatest emphasis is given to the Lexicology, Lexicography theoretical and methodological studies, because this is the approach adopted in this dissertation. In the chapter 2 the methodological procedures are exposed to conduct the investigation were divided into three stages which are the field research methodology, the description of the dictionary organization and methodology of the organization of the glossary with the terms collected. In the third chapter the Glossary collected is presented with the typical changes of Libras used from de people who are Deaf from Caiçara composed of 55 terms organized alphabetically. The main reason that justifies the chosen of this theme was the discovery that many signs of Libras used by people who are Deaf from Ceará had not been recorded scientifically, for the reason that there are few papers produced at the light of the principles of Lexicography that documents with authenticity the richness of the signs coming from the culture of the people who are Deaf from Ceará. The proposal of this kind of research is provide for the Deaf community a wider dissemination of knowledge on the subject in question, but also be a tool to aid in the education of people who are Deaf, contributing directly to the rescue the citizenship of the Deaf people who lives at Ceará, providing scientific data as part of lexicography's regional variant of Libras. Keywords: Lexicology, Lexicography; Sociolinguistics; Language Variations; Libras.

9 9 LISTA DE ABREVIATURAS E TERMOS MAIS USADOS Surdez: o termo com S maiúsculo quando designa a condição antropológica de pertinência a uma Comunidade Surda portadora de uma cultura própria baseada na Língua de Sinais, e de identificação com os valores culturais desta comunidade. 1 surdez: o termo com s minúsculo quando designa a condição médica da deficiência auditiva. 2 Surdo: o termo com S maiúsculo quando designa a pessoa que pertence a condição antropológica de membro de uma Comunidade Surda, que identifica com seus valores culturais e se distingue pelo uso da Língua de Sinais. 3 surdo: o termo surdo com s minúsculo quando designa a pessoa portadora da condição médica de deficiência auditiva. 4 Ouvinte: Na cultura Surda, faz parte do senso comum, chamar-se ouvinte àquele que ouve, em contraste com o surdo, que não ouve (total ou parcialmente). 5 Língua de sinais: É a língua natural das comunidades Surdas, com estrutura gramatical própria, utilizada para facilitar a comunicação entre os seus usuários. Libras: Língua de Sinais Brasileira. De acordo com a lei nº , de 24 de abril de 2002, art. 1, parágrafo único, entende-se como Língua Brasileira de Sinais a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos das comunidades surdas do Brasil. 1 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:1520) 2 Ibidem 1 3 Ibidem 1 4 Ibidem 1 5 < Acesso: set/2008.

10 10 SUMÁRIO RESUMO ABSTRACT LISTA DE ABREVIATURAS E TERMOS MAIS USADOS INTRODUÇÃO CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Língua de Sinais Brasileira Libras Considerações Gerais sobre Lingüística, Sociolingüística, Lexicologia e Lexicografia CAPÍTULO II: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA METODOLOGIA DA PESQUISA DE CAMPO Delimitação do Corpus Universo da Pesquisa Critérios de Amostragem Estratificação da Amostra Tipo e Perfil dos Informantes Instrumentos de Pesquisa Levantamento dos dados Aplicação dos Instrumentos de Pesquisa Registro dos dados coletados Critérios para a seleção dos sinais incluídos no Glossário DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DO DICIONÁRIO-FONTE Características básicas da obra em questão METODOLOGIA DE ORGANIZAÇÃO E ANÁLISE DO CORPUS Critérios selecionados para a disposição interna do Glossário... 55

11 Organização da disposição do Glossário CAPÍTULO III: DIVERSIDADE LINGUÍSTICO-CULTURAL DA LÍNGUA DE SINAIS DO CEARÁ Diversidade linguístico-cultural da Língua de Sinais do Ceará: Glossário A iconicidade como elemento constitutivo na produção dos sinais na Comunidade de Surdos do Sítio Caiçara CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXOS Anexo 1 Modelo da Ficha do Informante Anexo 2 Modelo do Termo de Compromisso Anexo 3 Modelo da Ficha da Localidade Anexo 4 Mapa do Estado do Ceará Anexo 5 Mapa do Município de Várzea Alegre - CE Anexo 6 Fotos da Pesquisa Anexo 7 Lista dos Sinais Coletados Anexo 8 Compilação das Variáveis

12 12 INTRODUÇÃO A diversidade linguístico-cultural é um dos traços marcantes do povo brasileiro. A sociedade, cheia de seus sotaques e regionalismos, produz maneiras diferentes de falar a mesma coisa de região para região do país. As Línguas de Sinais não estão imunes a esse tipo de influência e, assim como as Línguas orais, hodiernamente são bombardeadas de neologismos, estrangeirismos e regionalismos, ou seja, estão submetidas a interferências causadas por aspectos como estes que nem sempre trazem efeitos aparentes, mas suas ingerências são percebidas com o tempo. Cada indivíduo está inserido em um contexto social que produz em si, concepções de mundo diferentes. O Surdo naturalmente tem uma visão da totalidade que o cerca que se distingue das representações concebidas da mesma realidade pelo ouvinte, a começar do modo como este percebe o mundo, que é essencialmente através de estímulos visuais e não sonoros. Todavia, ambos estão imbuídos pelas mesmas influências que os rodeiam, fatores sociais que determinam sua cultura, seu modo de pensar e são modeladores de sua Língua. A Libras, Língua de Sinais Brasileira, é a Língua natural usada pelos Surdos do Brasil. Ela é o retrato fiel da comunidade Surda, refletindo as características de seus falantes, representando o modo de pensar e de viver destes indivíduos. É coletiva, porém não é uniforme. É o produto das expressões de um todo que adquire tonalidades diferentes entre os seus usuários na medida em que surgem as necessidades. Nas Línguas orais, o caminho mais seguro para se conhecer determinada comunidade é através do estudo do léxico, o mesmo se pode dizer quanto as Línguas de Sinais. Dessa forma, do ponto de vista lingüístico, esta pesquisa tem o objetivo de fazer uma produção lexicológica sobre as variações significativas da Libras a partir do dicionário-fonte, o Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira, de CAPOVILLA & RAPHAEL, de forma a identificar, organizar e sistematizar os vocábulos que refletem diversidade linguístico-cultural da Língua de Sinais do Ceará, tendo como campo de estudo a Comunidade de Surdos do Sítio Caiçara, localizada no interior do Estado. O principal motivo que justifica o tema escolhido foi a descoberta de que muitos sinais da Libras usados por Surdos cearenses nunca haviam sidos registrados cientificamente, visto que são poucos os livros produzidos que documentam com autenticidade a riqueza dos sinais provindos da cultura Surda cearense. Assim, a proposta de um trabalho desse tipo é propiciar

13 13 à comunidade Surda uma divulgação mais ampla dos conhecimentos sobre o domínio em questão, como também ser um instrumento de auxílio na educação dos Surdos cearenses. Dentre outros motivos, esta pesquisa busca responder a seguintes pergunta: Quais os aspectos semântico-pragmáticos motivadores das escolhas lingüísticas dos Surdos que define a forma como ele realiza determinado sinal?. Este trabalho se propõe ainda a apreender o emprego ou as opções por certas escolhas lexicais na fala dos informantes Surdos e qual a relação direta destas preferências na produção dos sinais, visto que os aspectos semânticopragmáticos motivadores das escolhas lingüísticas dos Surdos que define a forma como ele realiza determinado sinal estão baseados no modo como os indivíduos desta comunidade elaboram visões da realidade ao seu redor. Em qualquer abordagem que se proponha a examinar a Língua numa perspectiva funcional, isto é, levando em consideração os aspectos tanto sociais, como motivadores das escolhas lingüísticas do falante, deve-se estabelecer uma série de procedimentos para garantir a cientificidade da pesquisa. Para isso, a dissertação está dividida em três capítulos. O primeiro capítulo reúne conceitos teóricos gerais sobre Língua, Língua de Sinais e Língua de Sinais Brasileira, Libras, fornecendo considerações indispensáveis para a compreensão de como se estruturam as variações lingüísticas nas Línguas espaciais, a saber, as Línguas de Sinais. Na mesma linha, o capítulo prossegue tratando, especificamente, das três linhas de investigação aqui adotadas que se interpenetram: a Lexicologia, Lexicografia e os estudos sociolingüísticos voltados para a Libras. Seja qual for o estudo científico, o trabalho de coleta de dados de uma Língua é um aspecto extremamente importante e se constitui como um ponto relevante no desenvolvimento desta pesquisa. Neste sentido, no segundo capítulo há um detalhamento da metodologia delineada durante a pesquisa, apresentamos a metodologia, esclarecendo a abordagem utilizada, os instrumentos empregados, a delimitação do corpus, a caracterização e seleção dos informantes, escolha da localidade, os passos da pesquisa de campo, as entrevistas, o conjunto de sinais investigados, os procedimentos necessários para a coleta das variáveis, os, o processo de transcrição dos sinais, a compilação das variáveis e o método comparativo de análise, a fim de mostrar as diferenças entre a variação registrada da Libras do Ceará, com a selecionada aqui como padrão, a Libras documentada na primeira edição do Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira, de CAPOVILLA & RAPHAEL. No terceiro capítulo, consta a lista das variações coletadas e suas respectivas análises comparativas, traçando um panorama geral de como os Surdos do Sítio Caiçara elaboram

14 14 versões de referir-se ao mundo, da realidade que está ao seu redor e qual a relação direta destas preferências na produção dos sinais. Finalmente, seguem as considerações finais sobre o estudo em questão. Acredita-se que estudos desta natureza venham a contribuir diretamente para a educação e resgate da cidadania dos Surdos cearenses, fornecendo dados científicos no âmbito da Lexicografia regional da variante da Libras.

15 15 CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O presente capítulo reúne conceitos imprescindíveis para a compreensão da diversidade lingüístico-cultural das Línguas de Sinais. Primeiramente, nos concentramos nos pressupostos teóricos relacionados às concepções de Língua, Linguagem e Língua de Sinais, especificamente, da Libras, procurando fazer um paralelo entre as Línguas Orais e as Línguas de Sinais, destacando os principais pontos em comum e os aspectos divergentes. Por se tratar de um estudo lexicográfico, esta pesquisa requer a investigação dos assuntos que aqui se interpenetram: a Lexicologia, Lexicografia e estudos Sociolingüísticos voltados para a Libras, vertentes adotadas para nortear este trabalho Língua de Sinais Brasileira Libras A ignorância sobre a língua de sinais levou a crença errada de que esta língua é um sistema de comunicação baseado na tradução de cada palavra ou de morfemas da língua oral por um sinal equivalente. Fromkim (1988) O homem desde a antiguidade procura deixar registradas as marcas do seu tempo e de si para as gerações futuras. Não importa os meios nem os caminhos traçados para a transmissão e a recepção da mensagem, que pode ser através de recursos físicos, tais como a fala, a audição e visão, da utilização de instrumentos técnicos como o uso de sistemas convencionados de signos ou da palavra propriamente dita. A comunicação é, sem dúvida, uma característica inata do ser humano. SACKS (2007:22), afirma que: Ser deficiente na linguagem, para um ser humano, é uma das calamidades mais terríveis, porque é apenas por meio da língua que entramos plenamente em nosso estado e cultura humanos, que nos comunicamos livremente com nossos semelhantes, adquirimos e compartilhamos informações. Mesmo antes da invenção da escrita, o homem pré-histórico já compreendia esta realidade e para comunicar suas mensagens se utilizou da pintura rupestre, desenhos feitos nas

16 16 paredes das cavernas, estes não eram um tipo de escrita, pois não havia organização nem mesmo a padronização das representações gráficas. Quase no mesmo período os mesopotâmios inventaram a escrita cuneiforme, um tipo de escrita feita em argila 6. No curso da história, em anos a.c., os egípcios usaram os ideogramas, conjunto de desenhos estilizados e em anos a.c. eles versavam na escrita em papiros. Somente em anos a.c. a escrita sagrada egípcia foi estabelecida através dos hieróglifos 7. Fontes documentais estas que relatam a cultura e a história desses povos, registros oficiais que evidenciam a necessidade do homem em comunicar-se e a preocupação em manter vivo o seu passado para as gerações vindouras. De qualquer modo, tanto ontem como hoje, o homem tem a necessidade de entender e explicar a comunicação. A curiosidade por compreender seus enigmas culminou em pensamentos que apontam, entre outras apreciações, para a diferenciação dos conceitos Língua, linguagem e as características que as distinguem. Estudos feitos por Karl Von Frisch, sobre o comportamento das abelhas, foram analisados por BENVENISTE para explicar o funcionamento da comunicação animal. Para BENVENISTE (1988:67), a comunicação das abelhas não é linguagem, é um código de sinais, porque esta é limitada, não permitindo criar ou decodificar realidades diferentes do seu habitat natural, resumindo a sua comunicação ao grupo no qual está inserida por não haver a reciprocidade necessária para a linguagem. Ele refuta a interpretação lingüística behaviorista, demonstrando que a linguagem humana, diferentemente das linguagens das abelhas e outros animais, não pode ser simplesmente reduzida a um sistema de estímuloresposta. De acordo com LOPES (2000:37-38), a linguagem dos animais não é um produto cultural, (...) é invariável; (...) composta de índices (isto é de um dado físico ligado a outro dado físico por uma causalidade natural); (...) e não é articulada. Por outro lado, a linguagem humana é natural, não é herdada como a linguagem das abelhas, mas o homem aprende a sua Língua e é dotado de cultura e da capacidade de expressar sentidos diferentes de acordo com as diferentes situações, ela se compõe de signos que nascem das convenções feitas pelos homens e, finalmente, a linguagem humana é articulada, ou seja, se deixa decompor em elementos menores que sejam discriminadores de significado. De acordo com KOJIMA & SEGALA (2008:4), as Línguas são consideradas naturais quando: São próprias das comunidades inseridas, que as tem como meio espontâneo de comunicação. Podendo ser adquiridas, através do convívio social, como primeira 6 In: < Acessado em: outubro de In: < Acessado em: setembro de 2008.

17 17 Língua (ou Língua Materna), por qualquer um de seus membros desde a mais tenra idade. Acompanhando o raciocínio de BENVENISTE (1988:66), no que diz respeito à caracterização da linguagem, ele afirma que esta se reduz a elementos que se deixam combinar livremente seguindo regras definidas (...) de onde nasce à variedade da linguagem humana, que é capacidade de dizer tudo e caracteriza-se pela sua dupla articulação, ou seja, as diferentes formas pelas que Língua pode combinar os seus elementos formando novas palavras e significados. Para as Língua Orais é a organização da língua em duas camadas a camada dos sons que se combinam em uma segunda camada de unidades maiores é conhecida como dualidade ou dupla articulação. QUADROS & KARNOPP (2004:27). A linguagem é um meio de comunicação em seu sentido mais amplo, quer seja natural ou artificial. A linguagem humana faz parte da natureza do homem e é por onde o ser humano exprime seus pensamentos assim como o animal expressa os impulsos. Para HALL, apud LYONS (1987:28) 8, a linguagem é a maneira pela qual há uma interação através de canais orais auditivos. Desta maneira, os grupos sociais que são formados, redefinem a linguagem através do uso de símbolos que decodificam a sua realidade e expressão à vontade do ser social. Ele afirma que (...) a língua que é usada por determinada sociedade é parte da cultura daquela sociedade. A opinião de HALL é de grande valia, embora limitada às línguas orais, pois, para ele, a lingua(gem) só cabe aos humanos dotados de audição e oralidade, requisito inacessível às pessoas Surdas que não são capazes de ouvir e, conseqüentemente, não podem falar para se comunicar. SACKS (2007:38) explica este fenômeno: Obviamente, os natissurdos 9 são perfeitamente capazes de falar possuem aparelho fonador idêntico ao de todos os demais; o que lhes falta é a capacidade de ouvir a própria fala e, portanto, de monitorar com o ouvido a sua voz. Assim, sua fala pode ser anormal na amplitude e no tom, com omissão de muitas consoantes e outros sons da fala, às vezes ao ponto de ser ininteligível. Ao contrário do que muita gente pensa, os Surdos não possuem má formação no aparelho fonador, mas o fato de não poderem ouvir não os torna aptos para reproduzir os sons da fala. O Surdo pode falar, mas isso depende de quanto ele percebe auditivamente a fala e do quanto ele fala sobre a Língua Portuguesa. Diferentemente das pessoas ouvintes os Surdos possuem outro canal comunicativo para a transmissão e recepção da mensagem. 8 HALL, R.A. Essay on Language. In: LYONS, J. Linguagem e Lingüística: uma introdução. 1987, p.18 e Natissurdo: indivíduo que nasceu surdo.

18 18 Língua de sinais e língua oral apresentam semelhanças e diferenças do ponto de vista operacional, mas a comunicação em língua de sinais é tão eficaz quanto na língua oral. ALMEIDA (2000:2). Apesar de Surdos e ouvintes terem Línguas diferentes é possível que vivam em comunidade sem tantos atritos na comunicação, desde que haja um esforço mútuo de aproximação pelo conhecimento das duas Línguas, tanto por parte dos ouvintes como dos Surdos. No Brasil a comunicação oral-auditiva é realizada predominantemente em Língua Portuguesa e a comunicação espaço-visual em Língua de Sinais, no caso, a Língua de Sinais Brasileira, Libras. Comparativamente o esquema abaixo mostra um exemplo das principais diferenças entre as Línguas Orais e as Línguas de Sinais no processo de comunicação: PESSOAS OUVINTES COMUNICAÇÃO ORAL-AUDITIVA EMISSOR (OUVINTE) Canal de comunicação RECEPTOR (OUVINTE) O emissor transmite a mensagem pela fala (VOZ) O receptor decodifica a mensagem através do ouvido (e vice-versa) PESSOAS SURDAS COMUNICAÇÃO ESPAÇO-VISUAL EMISSOR (SURDO) Canal de comunicação RECEPTOR (SURDO) O emissor transmite a mensagem através das mãos (sinais) O receptor decodifica a mensagem através do olhar (e vice-versa) Um destinador põe-se em relação comunicativa com um destinatário, construindo os elementos de um código (português, francês, etc.) uma mensagem que alude a um contexto e

19 19 passa, através de um canal, do primeiro indivíduo para o segundo. LOPES (2000:56). O mesmo procedimento acontece com as Línguas de Sinais. De acordo com BRITO (1998:19), as Línguas de Sinais são complexas por que permitem a expressão de qualquer significado decorrente da necessidade comunicativa e expressiva do ser humano. Por meio dela, os seus usuários podem discutir e estudar sobre os mais diversos assuntos, desde um simples bate-papo a questões mais complexas, como o estudo de disciplinas escolares, política, religião, esportes, filosofia, trabalho, dentre outros. Pela ausência da voz (fala), forma normalmente utilizada entre os indivíduos ouvintes na comunicação, surge à necessidade de uma Língua que não utilize o canal oral-auditivo, mas sim, um canal espaço-visual, em que a visão, as mãos e o corpo em si, sirvam de mecanismos para atingir a transmissão da mensagem entre os Surdos. LYONS (1987:18;28), diferentemente de HALL, teve a preocupação de examinar a Língua de modo a englobar não apenas os ouvintes, mas também os Surdos, ele assegura que: Não se pode falar sem usar a língua (isto é, sem falar uma determinada língua), mas é possível usar a língua sem falar (p.18). (...) é perfeitamente possível, embora raro, que se aprenda uma língua escrita sem haver o comando prévio da língua falada correspondente (...) tais como os sistemas utilizados pelos surdos-mudos (...) não se deve colocar ênfase excessiva na prioridade biológica da fala. A Língua de Sinais é viva e assim como as Línguas Orais, ela também é natural, imbuída de sentidos que podem passar despercebidas aos olhos dos ouvintes. A linguagem reflete o cotidiano em que o homem vive e para chegar a transmitir aquilo que se pensa o Surdo procura fazer uma aproximação com o real durante a comunicação, projetando em sua mente a imagem daquilo que se deseja transmitir. Para identificar uma pessoa, por exemplo, ele procura enxergar um atributo marcante, que chame a atenção e geralmente de fácil reconhecimento para diferenciá-lo dos demais, quer seja por suas características físicas: cabelo cacheado ou liso, dentuço, magrelo, uso de aparelho dentário, cicatriz...; por meio da profissão: açougueiro, policial, médico, dentista...; por uso de algum acessório: óculos, chapéu, gigolé... São infinitas as possibilidades de representação e percepção do Surdo acerca do outro. Da mesma maneira que os ouvintes conseguem discutir todo e qualquer tipo de assunto, os Surdos, graças a Língua de Sinais, estão em patamar igual, somente a partir dela, as barreiras de comunicação entre Surdos e ouvintes pode ser minimizada assim como a diminuição do atraso no desenvolvimento cognitivo que o Surdo carrega pela ausência da

20 20 linguagem em relação ao ouvinte, que recebe estímulos auditivos constantemente. SACKS (2007:34; 42), faz um comentário acerca da Língua de Sinais e a Língua falada: A Língua de Sinais equipara-se à língua falada, prestando-se igualmente ao rigoroso e ao poético à análise filosófica e ao namoro e, na verdade, com uma facilidade que às vezes é maior do que a língua falada. (...) As verdadeiras Línguas de Sinais são, de fato, completas em si mesmas: sua sintaxe, gramática e semântica são completas, possuindo, porém, um caráter diferente do de qualquer língua falada ou escrita. Tanto as Línguas de Sinais como as Línguas Orais são canais distintos de comunicação, contudo ambas são independentes para a transmissão e a recepção da habilidade lingüística. O uso da fala (discurso) está intrinsecamente ligado ao conhecimento de uma Língua, não necessariamente ao ato de falar, mas na percepção do entendimento das estruturas semânticas que compõem a comunicação, quer seja nas Línguas Orais ou de Sinais. As línguas de sinais são, portanto, consideradas pela lingüística como línguas naturais ou sistema lingüístico legítimo e não como um problema do surdo ou uma patologia da linguagem. QUADROS (2004:30) Embora a Lingüística tenha reconhecido a forma de comunicação usada pelos Surdos como autêntica foram os Psicólogos Experimentais, especificamente Willian Wundt, quem primeiramente reconheceu o status de Língua às Línguas de Sinais, conforme CAPOVILLA (2001:1480): Coube à Psicologia a honra de ter precedido a própria Lingüística no reconhecimento do status lingüístico da Língua de Sinais. Em sua Psicologia étnica, o fundador da Psicologia Experimental, William Wundt (1911), foi o primeiro acadêmico a defender a concepção de Língua de Sinais como idioma autônomo, e do Surdo como povo com cultura própria. É inquestionável o reconhecimento lingüístico da Língua de Sinais, porque esta possui aspectos essenciais concernentes a comunicação e estruturação de uma Língua, como, por exemplo, a dupla articulação, que é, portanto, uma das diferenças fundamentais entre a linguagem humana e a animal, pois não há conhecimento de que exista um sistema de comunicação animal que apresente tais características, sendo estes aspectos reservados às Línguas humanas, mas o reconhecimento das Línguas de Sinais, só acontecerá, de fato, Quando houver a aceitação da diferença e a crença na capacidade dos surdos. (ABREU: 2004: xi) 10. Por meio das Línguas de Sinais, as pessoas Surdas se relacionam no meio social em que vivem. 10 ABREU, Antônio Campos de. In: CAPOVILLA, Fernando César. RAPHAEL, Walkiria Duarte. Enciclopédia de Língua de Sinais Brasileira: O mundo dos surdos em Libras. Vol. 1: Educação. São Paulo: Edusp, (prefácio - xi)

21 21 No Brasil, a Língua utilizada pelos Surdos do país, foi oficialmente reconhecida na lei nº A comunidade brasileira de Surdos comemorou no dia 24 de abril de 2002 o reconhecimento de sua Língua, a Língua de Sinais Brasileira, Libras 11, como meio legal de comunicação e expressão; no seu artigo primeiro, parágrafo único da referida Lei traz a definição: Entende-se como Língua Brasileira de Sinais Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Desde então, o Surdo vem conquistando seu espaço na sociedade brasileira, em termos educacionais e profissionais. Esse fato mudou a realidade das comunidades Surdas do país, estas passaram a cumprir e exigir mais os seus direitos. Através da Libras os Surdos recuperaram a sua identidade. Este fato necessita ser considerado e estudos sobre a Língua de Sinais Brasileira devem ser cada vez mais cultivados, só assim esta receberá o seu devido reconhecimento. O decreto nº de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei supracitada, inclui a Libras como disciplina curricular e garante a formação do professor de Libras, instrutor Surdo e intérprete de Língua de Sinais nos serviços Educacionais e de Saúde, mais uma conquista para a Comunidade Surda. CELANI (2004: xvi) 12, afirma que: À medida que um surdo se faz entender por meio dos sinais que possibilitam a comunicação rápida e inequívoca, efetiva-se maior possibilidade de solução de suas questões. (...) A linguagem permite ao homem estruturar o seu pensamento, traduzir o que sente, registrar o que conhece e comunicar-se com outros homens. Com a Libras, todos envidam esforços para que se estabeleça um real relacionamento humano, e, conseqüentemente, a humanidade sai ganhando. As Línguas de Sinais surgem a partir do encontro de um número significativo de pessoas Surdas, que formam uma comunidade na qual são transmitidos os valores e conhecimentos específicos desta comunidade. A Língua particular dos Surdos do Brasil é a Libras, que se caracteriza por ser de modalidade gestual, de onde a mímica, os sinais, as 11 Várias nomenclaturas são usadas para a língua de sinais do Brasil: Língua Brasileira de Sinais, conforme a Lei. LSB, sigla utilizada internacionalmente seguindo os padrões de identificação para as línguas de sinais. QUADROS &KARNOPP (2004:46). Língua de Sinais Brasileira, nomenclatura utilizada por CAPOVILLA & RAPHAEL, no Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue da Língua de Sinais Brasileira Libras. Neste trabalho, adotamos, preferencialmente, a sigla Língua de Sinais Brasileira, porque consideramos que é a Língua de sinais do Brasil, defendemos a posição de que, no Brasil, não existe Língua Brasileira, a Língua oral falada no país é a Língua Portuguesa, por isso, Língua de Sinais Brasileira e não Língua Brasileira de Sinais. 12 In: CAPOVILLA, Fernando César. RAPHAEL, Walkiria Duarte. Enciclopédia de Língua de Sinais Brasileira: O mundo dos surdos em Libras. Vol. 1: Educação. São Paulo: Edusp, (prefácio - xvi)

22 22 expressões faciais/corporais e até mesmo o simples ato de franzir a testa, tem sua importância e significação, recursos estes que estão incorporados e são perfeitamente admissíveis na conversação entre Surdos. Embora de modalidade espaço-visual, as Línguas de Sinais podem ser identificadas em um país sob o ponto de vista de sua diversidade. Segundo STROBEL & FERNANDES (1998:1): Na maioria do mundo, há, pelo menos, uma língua de sinais usada amplamente pela comunidade surda de cada país, diferente da língua falada usada na mesma área geográfica. Isto se dá porque essas línguas são independentes das línguas orais, pois foram produzidas dentro da comunidade surda. No Brasil, existe a Língua de Sinais Brasileira Libras, Língua mais divulgada e amplamente utilizada pelos Surdos e a Língua de Sinais das tribos indígenas do grupo de Surdos que habitam as aldeias do Maranhão. Conforme dados da revista NOVA ESCOLA (Dez/2007:53): A única língua de sinais indígena reconhecida, porém, é a da comunidade Urubu-Kaapor, no sul do Maranhão. 13 Algumas acepções são dadas para definição da Libras. A Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS) 14 definiu da seguinte maneira: LIBRAS, ou Língua Brasileira de Sinais, é a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com essa comunidade. Como língua, esta é composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica, pragmática, sintaxe e outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumental lingüístico de poder e força. Possui todos os elementos classificatórios identificáveis de uma língua e demanda de prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua. Apesar da Libras ser uma Língua de modalidade gestual-visual, ela possui uma gramática própria, que, assim como as Línguas orais, possui seus níveis gramaticais. O querológico (análogo ao nível fonológico das Línguas orais: fonema querema, unidades mínimas sem significado), o morfológico (palavra), sintático (frase), semântico (significado) e o nível pragmático (sentido significado). KLIMA & BELLUGI (1979) 15 definem a Libras de forma mais detalhada destacando elementos dos parâmetros que a compõem: 13 O povo desta localidade remota na região amazônica tem elevada incidência de pessoas surdas (uma em cada 75) e desenvolveu uma forma própria de comunicação em sinais. 14 In: < Acessado em: maio de In: ALMEIDA, Elizabeth O. Crepaldi de. Leitura e Surdez: um estudo com adultos não oralizados. Rio de Janeiro: Revinter, 2000, p.1.

23 23 A LIBRAS, como as línguas de sinais utilizadas em outros países, apresenta organização, estrutura formal e gramatical próprias. A língua de sinais é um sistema de representação que se baseia em um número determinado de elementos, que são seus parâmetros formacionais (configuração da(s) mão(s), local de articulação no espaço limitado entre o topo da cabeça e o cotovelo dobrado -, movimento de mãos, dedos, pulsos, braços) regidos por regras que estabelecem o modo como esses elementos serão combinados para expressar diferentes significados. Ao invés de palavra, na Língua Portuguesa, tem-se o sinal na Libras. A respeito de sinal, diz que é um gesto que possui significado. O sinal é o fio condutor capaz de transmitir, propagar e difundir a palavra em suas diferentes realizações através das mãos, ele tem vida própria e, no geral, leva consigo uma semelhança que remete a forma ou coisa representada, tem a propriedade de reproduzir por semelhança o mundo real, como também, comunicar signos abstratos, independentemente de seu grau de subjetividade. Conforme FELIPE (1998:83) 16, O que é denominado de palavra ou item lexical, nas línguas orais-auditivas, é denominado sinal nas línguas de sinais. Conforme o exemplo: Palavra ou item lexical Ilustração referente a palavra/sinal Ilustração do modo como o sinal é realizado 17 Apito Os sinais da Libras são classificados em icônicos e arbitrários. Os sinais icônicos são aqueles que se assemelham ao seu referente. Na maioria das vezes esta relação de iconicidade é estabelecida quando um sinal é criado na comunidade Surda, onde se busca resgatar uma imagem que torne o sinal mais concreto. Para BRITO (1998:19,20) 18, os sinais icônicos são formas lingüísticas que tentam copiar o referente real e suas características visuais. São exemplos de sinais icônicos: sal, abraço e banana, que estabelecem uma relação com a forma e/ou o significado: 16 FELIPE, Tânia A. Introdução à gramática da Libras. In: BRITO, Lucinda F. (org). Educação Especial Língua Brasileira de Sinais. V. III. Série Atualidades, n 4. Brasília: SEESP/MEC, Ilustração do sinal apito em CAPOVILLA & RAPHAEL (2001: 212). 18 BRITO, Lucinda Ferreira. Ibidem 6.

24 24 19 SINAIS ICÔNICOS SAL ABRAÇO O sinal banana é icônico por se assemelhar com o ato de descascar uma banana. COUTINHO (2000:19), define os sinais icônicos como aqueles que apresentam semelhanças física e geométrica com os seres representados. Quanto aos sinais arbitrários a autora diz que são aqueles não apresentam tais semelhanças, que não dependem de regras. Os sinais arbitrários, assim como as palavras das Línguas em geral, não estabelecem qualquer ligação com a forma ou significado do sinal, eles estão, na maioria dos casos, relacionados a conceitos abstratos, como é o caso dos sinais vontade e saúde, conforme o quadro abaixo: SINAIS ARBITRÁRIOS 20 VONTADE SAÚDE As Línguas Orais possuem uma grande quantidade de fonemas (ex: /c/, /l/, / m/, /a/, /o/...), que, normalmente, quando estão isolados, não possuem significação, mas quando combinados adquirem novos significados (ex: calo, cola, colo, mala, lama...). Um fenômeno semelhante acontece com os parâmetros das Línguas de Sinais que, quando combinados, 19 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001: 139;1161;267) 20 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001: 1329;1170)

25 25 formam um sinal e uma simples mudança de direção pode ocasionar alteração do significado do sinal. QUADROS & KARNOPP (2004:26), afirmam que As palavras que diferem de maneira mínima na forma normalmente apresentam uma diferença considerável no significado. Na Língua Portuguesa a união dos fonemas formam as palavras e estas combinadas entre si as frases. A modificação de um único fonema, por exemplo, na palavra BOLA, cujo significado é objeto de couro ou plástico usado em jogos, conservando-se o radical BOL e trocando o fonema final A por O, tem-se BOLO, um tipo de alimento. O mesmo procedimento ocorre também nas línguas espaço-visual, ou seja, as Línguas de Sinais. Um conjunto de parâmetros combinados origina um sinal e a mudança de um desses parâmetros pode ocasionar a mudança de significado de um sinal. Como no caso dos sinais amar, laranja e aprender, onde o formato e o movimento que as mãos assumem durante a realização do sinal são os mesmos, modificando apenas o local onde cada um é feito: Amar: O sinal é realizado no lado esquerdo do peito. Laranja: O sinal é realizado a frente da boca. Aprender: O sinal é feito na testa. 21 Os parâmetros que diferenciam as Línguas de Sinais das Línguas Orais são: configuração de mão (CM), ponto de articulação (PA), movimento (M), orientação (Or), expressão facial e corporal. Na Língua Portuguesa, as unidades mínimas que compõem uma palavra são os fonemas, que agrupados formam os morfemas e estes combinados dão origem às palavras. Nas Línguas de Sinais, as unidades mínimas que compõem um sinal foram primeiramente 21 In: < > Acessado em: 2007.

26 26 observadas por STOKOE (1960) 22, quando o pesquisador se dedicou ao estudo da Língua de Sinais Americana - ASL 23. Ele decompôs os sinais da ASL em três parâmetros principais 24 : Configuração de Mão (CM), Movimento (M) e Locação da Mão (L) 25, que combinados de diferentes formas, podem expressar diferentes significados. De acordo com FELIPE (1998:85) 26, as configurações de mão, são formas das mãos, que podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras formas feitas pela mão predominante (mão direita para os destros) ou pelas duas mãos do emissor ou sinalizador. BERNARDINO (2004:84), afirma que as configurações de mão seriam as diversas formas que uma ou duas mãos tomam na realização do sinal. No caso do sinal educação, tem-se duas configurações de mão: Educação 27 CM: Mão direita em L CM: Mão esquerda em A Exemplos de sinais com CM em U e em 1: CM: em U CM: em 1 22 In: QUADROS, Ronice M.; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de Sinais Brasileira: Estudos Lingüísticos. Porto Alegre: Artmed, American Sign Language ASL. 24 Para as autoras BRITO, Lucinda (1998:31) e FELIPE, Tânia (1998:84), os parâmetros principais da Libras são quatro: Configuração de Mão, Movimento, Ponto de Articulação e Expressão Facial. 25 Alguns autores usam o termo Ponto de Articulação (PA), ao invés de Locação da Mão (L), a saber, Lucinda Ferreira Brito, Elidéia Bernardino, entre outros. 26 Idem CAPOVILLA & RAPHAEL (2001: 571;129;795)

27 27 As configurações de mão podem ser usadas da forma de datilologia (alfabeto manual), ou por outras formas feitas pela mão, não sendo, necessariamente, letras do Alfabeto Manual 28, existem outras configurações de mão na Libras, conforme a tabela a seguir mostrada no site do INES 29 com 63 configurações de mãos: Dessa forma, o conjunto de CMs a seguir, refere-se apenas às manifestações de superfície, isto é, de nível fonético, encontradas na língua de sinais brasileira. QUADROS (2004: 53). BRITO (1995) 30 elaborou uma tabela que continha 46 configurações de mão, esse número atualmente passa dos 60, de acordo coma tabela mostrada a seguir, elaborada por COUTINHO (2000:34), existem 68 tipos de configuração de mão na Língua de Sinais Brasileira. 28 O Alfabeto Manual não é uma Língua, mas um código para transmitir as palavras por escrito. 29 INES: Instituto Nacional de Educação de Surdos. < Acessado em: outubro de In: < Acessado em: 2006.

28 28 Tabela de CM, de acordo com COUTINHO (2000:34) Quanto ao Movimento(M), KLIMA & BELLUGI (1979), definem como: um parâmetro complexo que pode envolver uma vasta rede de formas e direções, desde os movimentos internos da mão, os movimentos do pulso e os movimentos direcionais no espaço. Exemplos de sinais quanto ao movimento: Sinais que possuem Movimento (M) Sinais que não possuem Movimento (M) CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:1016;989;268;512)

29 29 Os movimentos podem ser classificados quanto a sua direção, sendo unidirecionais, bidirecionais ou multidirecionais: a) Unidirecional: movimento em uma direção no espaço, durante a realização de um sinal. Exemplo: Máquina de costura 32 b) Bidirecional: movimento realizado por uma ou ambas as mãos, em duas direções diferentes. Exemplo: Coração 33. c) Multidirecional: movimentos que exploram várias direções no espaço, durante a realização de um sinal. Exemplo: Cérebro CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:867) 33 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:467) 34 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:386)

30 30 Os tipos de movimento são retilíneo, circular, semicircular, helicoidal, angular e sinuoso: a) Movimento retilíneo: Exemplo: Mostrar 35. b) Movimento helicoidal: Exemplo: Alto 36. c) Movimento circular: Exemplo: Piauí 37. d) Movimento semicircular: Exemplo: Egoísta CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:923) 36 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:181) 37 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:1043) 38 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:572)

31 31 e) Movimento sinuoso: Exemplo: Propaganda 39. f) Movimento angular: Exemplo: Enganar 40 Quanto a disposição das mãos a realização dos sinais na Libras pode ser feita com a mão dominante ou por ambas as mãos. No que se refere a Locação (L) ou ponto de articulação (PA), FELIPE (1998:84), define ponto de articulação como sendo o lugar onde incide a mão predominante configurada, podendo esta tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro vertical (do meio do corpo até a cabeça) e horizontal (à frente do emissor). BERNARDINO (2000:84), explica que ponto de articulação seria o espaço diante do corpo, ou de uma região do próprio corpo, onde os sinais são articulados. Com relação ao sinal educação, os pontos de articulação seriam o ombro, o braço e o dorso do pulso, ou seja, os locais do corpo onde o sinal é realizado. Para QUADROS (2004:59), cada sinal tem uma única especificação para locação principal, mesmo que ocorra um movimento de direção, partindo desta afirmação, conclui-se que no sinal feito para educação, o PA predominante ou principal, seria o braço. O ponto de articulação é o local sobre o corpo ou no espaço onde o sinal é realizado. Segundo COUTINHO (2000), os PA podem ser sobre o corpo ou no espaço, conforme ilustrações a seguir: 39 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:1088) 40 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:587)

32 32 Sobre o corpo No espaço COUTINHO (2000:35) COUTINHO (2000: 38) Exemplos de sinais com PA variados: PA: Espaço neutro 41 PA: Testa PA: Braço esquerdo PA: Lado direito do queixo 41 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:642;275;273;409)

33 33 Durante a realização dos sinais, a mão entra em contato com o corpo, por meio do toque, duplo toque, risco ou deslizamento: a) Toque: Exemplo: Bisavô 42. b) Duplo toque: Exemplo: Alemanha 43. c) Risco: Exemplo: Pessoa 44. d) Deslizamento: Exemplo: Educação 45. Quanto a Orientação (Or), os sinais podem ter uma direção e a inversão desta pode significar idéia de oposição e contrário. QUADROS (2004:59), Por definição, orientação é a 42 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:295) 43 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:174) 44 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:1041) 45 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:571)

34 34 direção para qual a palma da mão aponta na direção do sinal. As orientações de mão podem ser classificadas como nos exemplos a seguir: Or: Palma para cima 46 Or: Palma para baixo Or: Palma para dentro Or: Palma para fora Or: Palma para os lados (direito ou esquerdo) (palma para o lado esquerdo) A orientação das mãos diz respeito à direção da palma durante a realização do sinal na Libras, para cima, para baixo, para o lado, para a frente, entre outros. Também pode ocorrer a mudança de orientação durante a execução de um sinal. Outro parâmetro importante da Libras, são as expressões faciais e/ou corporais. Conforme COUTINHO (2000:47), Muitas vezes a compreensão por parte dos surdos fica prejudicada, pois nem sempre os ouvintes têm facilidade em associar o sinal à expressão facial.(...) Os sinais não podem ser feitos dissociados da expressão facial. As expressões faciais ajudam a captar sentimentos e facilita o entendimento na comunicação. 46 CAPOVILLA & RAPHAEL (2001:267;220;253;250;265)

35 35 Veja algumas expressões faciais que são incorporadas à formação dos sinais na Libras: 47 Logo, COUTINHO completa o seu comentário quanto às expressões faciais: Ela é um grande aliada no reforço do que estamos sinalizando. Por isso, quando falamos em tristeza, amor, desejo, decepção, felicidade, ao realizarmos o sinal, nossa expressão facial deve está em sintonia com o que estamos dizendo. QUADROS (2004:60), utiliza o termo Expressões não-manuais (ENM) para designar não apenas as expressões faciais, para a autora: As expressões não-manuais (movimento da face, dos olhos, da cabeça ou do tronco) prestam-se a dois papéis nas línguas de sinais: marcação de construções sintáticas e diferenciação de itens lexicais. As expressões não-manuais que têm função sintática marcam sentenças interrogativas sim-não, interrogativas QU-, orações relativas, topicalizações, concordância e foco. A expressão facial e/ou corporal é o fator diferenciador em alguns sinais e o seu uso pode mudar o significado de um sinal. Elas podem retratar uma interrogação, exclamação, negação, afirmação ou ordem. Segundo KOJIMA & SEGALA (2008:27), Existem sinais que são configurados da mesma maneira, mudando de significado conforme a expressão, pois a ênfase é que dá fluência as palavras. Na sinalização de perguntas interrogativas, por exemplo, o movimento das sobrancelhas, da cabeça e a direção do olhar são fatores importantes para a construção correta das frases, assim como a postura que o corpo assume. 47 Ibidem 19.

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