Primeira Folha. Habitação popular está na mira do prefeito Castelo P.06. Mídias sociais serão uma ferramenta importante nas eleições P.

Transcrição

1 Primeira Folha R Jornal Grande Florianópolis 28 de fevereiro de 2012 Edição nº Ano 6 Distribuição Gratuita Venda Proibida Mídias sociais serão uma ferramenta importante nas eleições P.12 Habitação popular está na mira do prefeito Castelo P.06 Divulgação/JPF / (48) Moradores indignados no Bela Vista. P 16 e 17

2 02 Primeira Folha - Edição 205 Grande Florianópolis - 28 de fevereiro de 2012 Opinião Verde e Branco Gostaria de aproveitar o espaço deste digníssimo jornal para colocar alguns pontos interessantes e que há de se pensar para os próximos anos. A Festa Verde e Branca realizada e tão difundida pelos meios de comunicação local foi muito boa, mas que precisa passar por algumas mudanças. Veja: Não era Verde e Branco? Então porque somente o genro do senhor Pitanta estava trajado de vermelho? Ele é diferente de nós? Porque eu tive que pagar os ingressos antecipados? Eu vi naquela noite gente entrando escoltados por alguns dirigentes do Clube, sem pagar. Será que isto é correto? O Clube pelo que imagino tem uma lotação aproximada, e por tudo isso acho que colocaram em risco a vida das pessoas que ali estiveram, dando oportunidade ao azar lotando em demasia o clube. Na metade da noite não havia mais água para vender e a Cerveja estava quente, acho que isso também deveria ser olhado com mais carinho pela diretoria e melhorar esse serviço que está deixando a desejar em muito. Deixar o ar desligado para vender cerveja quente ninguém merece, foi muito ruim isso. Não quero dizer que isso tudo estragou a noite de todas as pessoas, mas a minha estragou, faço essas criticas aqui não apenas para desabonar o trabalho e a festa, mas sim com o intuito de que esses pequenos detalhes sejam revistos e que aí sim, teríamos uma brilhante festa, a altura dessa administração e do clube sete, nosso glorioso clube de Palhoça. Obrigado. Edilene Maria - Por Mande a sua mensagem: tvpalhoca@tvpalhoca.com.br Criticas por criticas É assim que vejo algumas criticas feitas por intermédio de jornais da nossa região. Na semana que passou vi que o secretario Bala foi alvo de novas criticas, veladas é verdade mas foi. Tem tanto secretario meia boca nessa administração e ninguém fala nada! O homem trabalha de verdade, tem defeitos, deve ter pois é ser humano, mas dos que estão lá ele é um dos únicos que realmente trabalha. Esse levante quanto a estado do Caranguejão tem que ser apoiado, pois o estado daquele ginásio é deplorável, mas não acredito que uma pessoa, não enxergue que o Bala não tem como fazer milagres. Se não tem verba não tem como reformar! Deixem o homem trabalhar em paz e falem dos que roubam o nosso município. Ponto Final. Luiz Feuback Por Desfile no Pagani Gostaria de manifestar a minha indignação com a falta de organização e respeito no desfile de Carnaval no Pagani, levei minha familia às 19h45min de sexta-feira para assistir os desfiles das Escolas de Sambas de Palhoça e blocos, inicialmente a prefeitura e a Liga dos Blocos divulgaram o início dos desfiles para as 20hs, e somente às 21h20min iniciaram o desfile. Ficamos decepcionados com a Nação Guarani, achávamos que a Escola viria completa e apareceu apenas meia duzia de gatos pingados. Parabéns aos Blocos e a Escola Terra Querida que levantaram a arquibancada. Wesley Meridiano Dias e- mail Por Direto de Londres... Conhecendo um pouco mais do mundo a fora. Essa será a nossa viagem semanal aqui no JPF... London... London Vende-se Divulgação/JPF De negócios Silvio Saturnino The London Eye (O Olho de Londres) A London Eye, conhecida tambem como a Roda do Milenio, é uma roda-gigante de observação. Situada em Londres, sobre o Rio Thamisa e em frente ao Big Ben, é um dos pontos turísticos mais disputados da cidade. Em media, a London Eye recebe mais visitantes por ano do que a Taj Mahal na Índia e as Grandes Pirâmides do Egito. Nela 800 pessoas, 25 por capsula, podem ser carregadas por uma das 32 capsulas, que levam 30 minutos, aproximadamente, para dar uma volta completa. Quando inaugurada, em 1999, esta era a maior roda gigante do mundo e prevaleceu assim até 2006 com a inauguração da Estrela de Nanchang (160m), localizada na cidade de Nanchang na China. Atualmente, a maior roda gigante do mundo e a Sigapore Flyer que se encontra em Singapura desde pessoas podem andar na mesma capsula e observar a cidade Pontos turísticos e monumentos históricos podem ser vistos do alto, inclusive o Castelo de Windsor que fica a 40km Do alto de seus 135 metros de altura, pode-se avistar o Castelo de Windsor a 40 kilometros de Londres, famosos pontos turísticos são avistados da London Eye como o Big Ben, o Palácio de Buckingham, a Catedral de São Paulo, o Rio Thamisa, a Trafalgar Square,a Westminster Abbey (igreja onde ocorreu o casamento do Principe Williams e da Duquesa Katherine). Dia ou noite, a London eye oferece espetaculares vistas de Londres e um interativo guia touch screen (toque na tela) em cada capsula que indica a localização dos pontos mais interessantes. A celebridade da Inglaterra que mais andou na London Eye foi Kate Moss, que já passeou 25 vezes. Vende-se Divulgação/JPF Oportunidades Acesse agora: Rua Princesa Isabel, Ponte do Imaruim - Palhoça - SC - CEP Diretor Geral Heverton Alessandro Projeto gráfico Heverton Alessandro Dir. Administrativa Ivanilde Rodrigues Impressão Gráfica Gráfica Rio Sul São José - SC Reportagem Ana Paula Gonçalves Comercial Luiz Cesar Operacional Juarez Anderson da Silva Tiragem - de 15 mil exemplares - Grande Fpolis Jornalista Responsável Luiz Carlos Baby Espíndola Diagramação Ana Paula Gonçalves Para falar com o Primeira Folha: Redação: (48) tvpalhoca@tvpalhoca.com.br Assinaturas & Anúncios: comercial@tvpalhoca.com.br Vende-se casa de alvenaria em construção no Aririú, com 3 suítes, sendo 2 com closet, sala de estar, sala de jantar, cozinha, área de serviço, lavabo. Edícula com 1 quarto, 1 banheiro, 1 sala de estar e 01 cozinha total de 375m². Terreno de 550 m², todo murado com 2 m de altura, rua tranquila. Aceito troca por imóvel em menor valor (casa, apto), aceito propostas. Valor R$ ,00 Telefone contato Recado Vende-se apartamento no bairro Madri, com 1 WC, cozinha, sala de estar, área de serviço, sacada e dois quartos e garagem coberta. Amplo e aconchegante em um prédio novo. Valor: R$ 110,000,00 - Tel: (48)

3 Grande Florianópolis - 28 de fevereiro de 2012 Edição Primeira Folha Repórter Baby Espindola Trânsito perigoso O trânsito, na paralela da BR-101, sentido Norte Sul, no acesso ao Bairro Pagani, é uma incubadora de acidentes. Diariamente, ocorrem colisões, com danos materiais e até com lesões leves. O terreno é fértil, para a ocorrência de tragédias tragédias anunciadas. E as autoridades de trânsito, de Palhoça e do Dnit, não se apressam em apresentar uma solução. O problema é que os motoristas, em trânsito, na paralela Norte Sul, devem parar, no acesso ao Pagani, na esquina do Shopping Via Catarina, para dar passagem aos veículos, que procedem da BR-101 duplicada. Ocorre que muitos motoristas, por descuido, não param. Projetos para o futuro Já escrevi sobre o assunto, e volto ao tema, por considerá-lo da maior importância. Os pré-candidatos a prefeito, de Palhoça, estão muito mobilizados, até agitados. Mas, não discutem projetos, com seus aliados. Conversam dia e noite sobre alianças, acordos políticos, conquista de apoio político. Mas esquecem de produzir projetos. Suas assessorias (se é que existem, com esse propósito), não estão se ocupando dessa tarefa de elencar prioridades e apontar soluções. Principalmente, na área do saneamento, Palhoça é um caos total e generalizado. Todos os rios, riachos e valas estão intensamente poluídos. Os canais mais atingidos pelo fenômeno poluição, apresentam uma água preta mais que preta, é de um azul escuríssimo e fedem mais que banheiro de rodoviária. Projetos, para o futuro. Este deve ser o tema das conversas e reuniões. Se algum candidato já tem projetos, por favor, queremos conhecê-los. Eleições Dnit executa obras no Viaduto do bairro Aririú Finalmente, o Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes) acionou as máquinas, para construir a passagem sob o viaduto da BR-101, no acesso ao Bairro Aririú. A obra, que faz parte do projeto de duplicação da rodovia, está saindo do papel, com significativo atraso, e depois de muito choro choradeira de comerciantes, motoristas e pedestres. Muitos foram os acidentes na passagem, ligação entre o Grande Aririú e o centro de Palhoça. Sangue e muita dor, por conta da irresponsabilidade das autoridades federais as obras sob o Viaduto de Santo Amaro, como é mais conhecido, no quilômetro 216 da BR-101, deveriam fazer parte do pacote da duplicação do trecho Norte, inaugurada ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso. Os tucanos não tiveram sensibilidade, para avaliar a importância do viaduto e da passagem sob ele. A duplicação do trecho Norte terminou junto a um trevo perigoso, que durante anos, provocou várias tragédias. Depois de FHC, Lula da Silva (PT) reinou durante longos oito anos, passou a coroa para a afilhada Dilma Rousseff, e, só agora, as obras complementares sob o viaduto estão em andamento. A previsão Foto: Baby Espíndola/JPF Máquinas e veículos disputam espaço no local das obras de conclusão, segundo fonte do Dnit, é de 60 dias. Mas, pode apostar num prazo bem maior. Inclusive, os trabalhadores da empreiteira, costumam comentar que os trabalhos vão se estender durante meses. O projeto original prevê o rebaixamento da passagem sob o viaduto, com criação de calçadas, ciclovia e rotatório. Segundo assessores do Dnit, o rotatório vai permitir várias manobras sob a BR101, facilitando fácil acesso ao bairro Aririú, ao centro de Palhoça e loteamentos vivinhos, como o Nova Palhoça, além de Florianópolis e Porto Alegre. Visita à Vila Nova Jeferson Baldo/JPF Sandro Vidal, ronério, Pinho Moreira e Lucio do Rosa. Acompanhado dos candidatos a candidatos às prefeituras de Palhoça e de Santo Amaro da Imperatriz, o prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt foi recepcionado na manhã dessa segunda, dia 27, pelo presidente estadual do PMDB e vice governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB). Estreando na vida pública, o empresário Lucio Matos, da rede supermercadista Rosa, está com o nome à disposição do PMDB de Palhoça para disputar a sucessão de Ronério Heiderscheidt. Já Sandro Vidal é o candidato a candidato do PSD para a disputa em Santo Amaro da Imperatriz. Na visita, a conversa girou em torno das estratégias eleitorais de cada um dos municípios. Como informa o prefeito Ronério, a intenção é que tanto Palhoça como Santo Amaro prossigam com a política de atrair empreendimentos, gerando emprego e renda e promovendo a qualidade de vida para a sua população. O prefeito Ronério Heiderscheidt e o presidente da Câmara, Otávio Martins Filho (Tavinho) visitaram o Loteamento Santo Antônio, Vila Nova, Barra do Aririú, na manhã de sexta-feira, 24. Aos moradores, o prefeito anunciou obras de drenagem e pavimentação nas ruas Hortência Maria Machado, Ezequias, Rua G, e Malaquias, está já incluída no projeto Badesc. A reunião, na comunidade, foi agendada pelo vereador Tavinho. Após percorrer as ruas, que serão beneficiadas com obras, o prefeito Ronério e o vereador Tavinho visitaram as instalações de uma empresa da região. Foto: Baby Espíndola/JPF Vereador Tavinho, empresário João Bernardo e prefeito Ronério

4 04 Primeira Folha - Edição 205 Grande Florianópolis - 28 de fevereiro de 2012 Da redação J.Muller

5 Grande Florianópolis - 28 de fevereiro de 2012 Edição Primeira Folha 05 Geral Agora só em outubro de novo O Horário de Verão terminou as zero hora de domingo e com o relógio atrasado em uma hora aos poucos os brasileiros que vivem nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste voltam a se acostumar com os dias terminando mais cedo. Essa edição do horário começou dia 16 de outubro e teve duração de 133 dias, o período mais longo desde a implantação do Horário de Verão em Os dados preliminares indicam uma redução de 4,9% na carga do sistema elétrico da Celesc Distribuição e 0,5% na energia em sua área de concessão. Essa redução equivale a 75% da carga de Florianópolis ou 35% da carga do município de Joinville no horário de ponta, das 18h às 22h, durante o período do Horário de Verão. Em relação à redução no consumo de energia, o valor representa aproximadamente o consumo, durante o período do programa de redução de energia, de um município como Campos Novos, com unidades consumidoras, 9,8% do consumo do município de Blumenau ou 34,5% do consumo do município de Lages. Com os dias mais longos, o objetivo é reduzir o consumo de energia e aproveitar mais a luz do sol durante o verão. A representante comercial Claudia Roennau gosta dos dias mais longos, mas não acha ruim a mudança. Eu gosto muito do horário de verão porque os dias rendem mais, mas não me incomodo quando ele termina, até para readaptar a rotina é fácil. Ganhamos uma hora. Os dias andam amanhecendo mais tarde mesmo, então melhor adiantar o relógio e acordar com o dia claro, afirma. A conjugação de fatores como a mudança de comportamento dos consumidores residenciais e o término do expediente de trabalho ainda com luz natural, associados ao atraso no início da iluminação pública, reduz a coincidência com o consumo comercial e industrial de energia elétrica, acarretando uma diminuição na demanda máxima no horário de ponta de cada distribuidora de energia e, por conseqüência, do Sistema Interligado Nacional. Devido a um decreto, formalizado pelo governo federal, desde 2008 o início e o término do horário de verão tem datas fixas. Anteriormente eram divulgados os dias em que começava e terminava a ação. De acordo com as regras vigentes, o horário de verão inicia no terceiro domingo de outubro, tendo o seu fim no terceiro domingo de fevereiro, como este ano a data coincidiu com o carnaval, o HV terminou neste domingo. A dona de casa Andressa Justino gostou do retorno ao horário normal acho bom o fim do horário de verão porque com os dias mais curtos a gente consegue aproveitar melhor a noite com o tempo mais fresquinho. No horário de verão, com os dias mais longos, acabamos fazendo muitas coisas durante o dia e quando chega a noite já está perto da hora de descansar, diz. À 0h de domingo os relógios foram atrasados em uma hora, voltando assim ao horário normal. Desde 16 de outubro de 2011 o horário de verão vingou nas regiões listadas no mapa ao lado na cor laranja. Foram 133 dias de Horário de Verão Os horários foram atrasados em 1 hora Esses estados não entram no Horário de Verão Fotos: Divulgação/JPF

6 06 Primeira Folha - Edição 205 Grande Florianópolis - 28 de fevereiro de 2012 Política Editorial Se você começou o ano em busca de emprego, um estágio pode ser a sua próxima atividade profissional. O Núcleo Brasileiro de Estágios registrou a abertura de 220 mil vagas no início deste ano, um crescimento de 5,5% em relação ao ano passado. Para quem está estudando o estágio pode ser uma excelente oportunidade de ingressar na sua área de atuação, já que as empresas têm contratado mais funcionários nessa modalidade. A empresa ganha e o aluno também. O Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) também registrou crescimento de 7,5% no número de vagas. A vantagem de fazer um estágio é conhecer o funcionamento das empresas e ter a oportunidade de ser efetivado. A área que mais oferece oportunidades é a de Administração, em média 40% das ofertas. Outras áreas com bastante procura de estagiários são as de Direito, Pedagogia, Ciências Contábeis, Engenharia, Educação Física e Comunicação Social. Os salários podem variar de R$500,00 a R$850,00, no começo ganha- -se menos, mas a carga horária também é menor. Pela Lei do Estágio cada empresa decide de quanto vai ser a bolsa auxílio, o estagiário tem direito a auxílio transporte e recesso de 30 dias. A carga horária é de quatro ou seis horas e no período de provas o estudante pode cumprir só metade da jornada. Os gestores dizem que estagiários são ótimos funcionários, por serem motivamos, interessados e levarem energia nova ao ambiente de trabalho geram renovação nas empresas. Para ser um estagiário bem sucedido o aluno deve, além de cumprir os prazos, horários e roteiros, pensar positivo, ser participativo, demonstrarem interesse em aprender e mostrar que consegue socializar com os diversos setores. Estudar sempre será um bom investimento, além de ganhar conhecimento o aluno pode ter a oportunidade de ingressar em uma empresa grande com diversos benefícios e crescer profissionalmente. Se você já estuda, mas trabalha em uma área que não tem a ver com o seu curso superior, vale a pena cadastrar-se nos centros que oferecem estágios, como o CIEE ( e avaliar as oportunidades. Começar a trabalhar na profissão que você escolheu pode estar mais perto do que imagina, basta ficar atendo e encarar o desafio de se tornar um estagiário. BIGUAÇU Habitação popular é mais uma meta da Prefeitura de Biguaçu O Prefeito José Castelo Deschamps, acompanhado da Superintendente de Engenharia, Gê Amorim, e da Gerente de Habitação, Luana Montero, reuniu-se com o Superintendente da Caixa Econômica Federal de Santa Catarina, Roberto Carlos Ceratto, na sede da entidade em Florianópolis. O Prefeito, que já havia apresentado ao Superintendente da Caixa o déficit de unidades habitacionais em Biguaçu, está buscando formas de garantir a construção de mais 500 unidades residenciais nos Bairros Fundos e Encruzilhada, que serão destinadas a famílias com renda de zero a três salários mínimos. Estou empenhado em trazer essas unidades habitacionais para Biguaçu pelo plano Minha Casa, Minha Vida, para garantir moradia para as mais de 1500 famílias biguaçuenses que precisam de um lugar seguro para morar. Meu objetivo é retirar famílias que moram em residências precárias e em locais de risco e oferecer a eles maior qualidade de vida e segurança concluiu Castelo. A reunião contou ainda com a presença de gerentes, supervisores e coordenadores da Caixa Econômica Federal. PALHOÇA legenda Divulgação/JPF Prefeitura deve realizar as obras prioritárias O presidente da Câmara, vereador Otávio Martins Filho (Tavinho) está bastante animado, com a mobilização dos setores de assessoria técnica e jurídica da Prefeitura, visando a abertura dos processos licitatórios, para a realização de obras do anel viário Pachecos / Vila Nova / Barra do Aririú / Rio Grande, ampliação do Cemitério da Barra do Aririú e construção da Casa Mortuária. São todas promessas antigas, e, agora, estamos confiantes de que o prefeito Ronério vai cumprir tudo o que prometeu para a comunidade. Usando a tribuna da Câmara, na sessão ordinária da noite de terça-feira, 14, Tavinho faz questão de anunciar, à comunidade, que se o cronograma de obras da Prefeitura for cumprido, finalmente, o asfalto da Barra do Aririú vai se tornar uma realidade. Mas, por enquanto é só promessa. A população quer ver as máquinas trabalhando. O vereador lembrou que, em 19 de agosto do ano passado, durante reunião realizada no campo do Atlântico, o prefeito Ronério, mais uma vez, prometeu a realização de obras de drenagem e pavimentação asfáltica do anel viário Pachecos / Vila Nova / Barra do Aririú / Rio Grande (do Bar do Mano, no Aririú, até o Supermercado Santos), numa extensão de nove quilômetros, com recursos da ordem de cinco milhões de reais. Nessa reunião, também estava presente o vereador Nilson João Espíndola, que vem sendo parceiro do vereador Tavinho, em todas as reivindicações da população da Barra do Aririú. O prefeito assumiu esse compromisso e deixou a população da Barra do Aririú muito otimista. É uma promessa muito antiga, da atual administração e de outros governos, uma obra que não pode ser mais adiada, ressalta o vereador Tavinho. No mesmo pronunciamento, na noite de 14 de fevereiro, Tavinho voltou a cobrar as obras de ampliação do Cemitério da Barra do Airiú e construção da Casa Mortuária. Mais uma vez, o prefeito Ronério está prometendo essas obras. Mas, por enquanto é só promessa. Como a comunidade da Barra do Aririú Vou continuar fazendo o meu papel, cobrando as obras junto à Prefeitura, afirmou Tavinho está sempre questionando, reivindicando, vou continuar fazendo o meu papel, como sempre fiz, cobrando as obras junto à Prefeitura. Em dezembro, o vereador Tavinho incluiu, no orçamento anual do município de Palhoça (Projeto de Lei 729 / 2011), uma emenda parlamentar, propondo a liberação de recursos, da ordem de R$ 300 mil, para obras de ampliação Divulgação/JPF do cemitério da Barra do Aririú. Como vereador, vou exigir que a Prefeitura cumpra o orçamento, declarou Tavinho. O que os munícipes desejam é que, de uma vez por todas, o prefeito cumpra com essas promessas, disse Tavinho. São obras prioritárias, importantíssimas para melhorar a qualidade de vidada comunidade, finalizou o presidente da Câmara. Acesse agora:

7 Grande Florianópolis - 28 de fevereiro de 2012 Edição Primeira Folha Geral 07 BIGUAÇU Divulgação/JPF Divulgação/JPF Correios oferecem serviços para auxiliar quem perdeu documentos Para quem perdeu os documentos de identificação durante os dias de Carnaval, os Correios oferecem um auxílio na busca: o serviço Achados e Perdidos. O serviço possibilita a busca por documentos perdidos que tenham sido depositados em caixas de coleta ou entregues nas agências dos Correios. Por meio da Central de Atendimento nos telefones ou (capitais e regiões metropolitanas) é possível verificar se o documento perdido foi entregue por alguém. Pelo site dos Correios basta informar nome e tipo de identificação para saber se o documento consta na relação de achados e perdidos. Em caso afirmativo, basta se dirigir à agência informada e resgatá-lo. No momento da retirada, deve-se comprovar que é titular do documento e pagar uma taxa de R$ 3,70. Se a pessoa perdeu os documentos fora do seu domicílio, pode optar pelo recebimento em uma agência mais próxima do seu endereço ou local de trabalho. Neste caso, no entanto, a facilidade é prestada exclusivamente nas agências próprias da ECT. Os documentos ficam à disposição da população para serem resgatados pelo período de 60 dias. Após esse prazo, são encaminhados ao órgão emissor de origem do documento. Os agentes de endemias estão trabalhando em todo município para eliminar os focos do mosquito Em Biguaçu todo dia é dia de combate à Dengue A Prefeitura Municipal de Biguaçu, através da Secretaria de Saúde, em parceria com o Setor de Vigilância Ambiental está permanentemente atenta à necessidade de combate à dengue no Município. A Vigilância Ambiental de Biguaçu conta com o Programa de Controle de Febre Amarela e Dengue que realiza diversas atividades preventivas e educativas em 27 localidades do município, com 250 armadilhas de pesquisa instaladas em empresa de transporte, postos de gasolina, madeireiras, etc. Os agentes de endemias também realizam visitas pessoais em casas, comércios e indústrias, oportunidades nas quais informam e orientam as pessoas a respeito de como se prevenir contra as doenças. Segundo o responsável pela Vigilância em Saúde, João Batista Soares, o Município confirmou, até o momento, apenas um foco de larvas de Aedes Aegypti (mosquito transmissor da dengue), no bairro de Tijuquinhas, encontrado numa empresa que tem um grande fluxo de caminhões que vem de todo o Brasil, com o mosquito (vetor) de carona. Os Agentes de Endemias estão trabalhando por todo o município para evitar a proliferação do vetor, mas necessitam muito da ajuda da população, evitando a água parada em qualquer recipiente. A Dengue é transmitida pela fêmea do mosquito Aedes Aegypti. Por isso, previna-se, evite acumular água em recipientes como: pneus, pratinhos de plantas, lixos, caixa d água sem tampa, ou seja, tudo aquilo que acumula água pode ser um possível criadouro para o mosquito depositar seus ovos, alerta a responsável pela Vigilância Ambiental de Biguaçu, Eunice E. Rocha Müller. Qualquer acúmulo de água é perigoso e pode fazer o vetor se reproduzir e causar a doença Curso de gestão financeira em Palhoça Curso aborda gestão financeira para cooperativas O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), órgão vinculado à Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), promove nos dias 6 e 7 de março, das 8 às 18 horas e das 8 às 17 horas, respectivamente, no Hotel Slaviero Executive Viacatarina, em Palhoça (SC), o curso Gestão Financeira para Cooperativas. Segundo o coordenador de treinamentos do Sescoop/SC, Ramiro Hensel, o objetivo é analisar a estrutura financeira da cooperativa no processo de tomada de decisão, avaliar e definir o melhor negócio financeiro sob a ótica de finanças e apresentar novos instrumentos de gestão financeira. Entre os benefícios aos participantes estão conhecer o Prefeitura de Palhoça deve prestar atendimento a dependentes químicos A prefeitura de Palhoça se comprometeu, junto ao Ministério Público estadual, a estruturar a rede de saúde mental do município com a contratação de profissionais especializados e a implantação de um Centro de Atenção Psicossocial-álcool e drogas (CAPSad II) e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs). O termo de ajustamento de conduta (TAC) foi assinado dia 31 de janeiro na 1ª Promotoria de Justiça de Palhoça. O CAPSad II é um serviço do Sistema Único de Saúde para o tratamento de dependentes de álcool e drogas, inclusive adolescentes, com estrutura física própria e independente da rede hospitalar. O atendimento é gratuito e abrange, além do acompanhamento clínico, a inserção social dos usuários. Os NASFs apoiam os serviços de saúde da família aumentando a abrangência do atendimento da rede municipal de saúde. balanço geral de acordo com a lei nº /07 e NBC, cooperativa: contabilidade, economia e informática, análise contábil x gerencial, análise de liquidez e solvência, análise vertical, análise horizontal e análise por diferença absoluta. Também está previsto o ciclo operacional de caixa, cálculo e projeção do capital de giro, análise econômica, análise de margem (sobras) giro e rentabilidade, fluxo de caixa, ponto de equilíbrio e governança cooperativa. O instrutor será José Eduardo Zdanowicz, doutor em Administração Empresarial, mestre em economia, bacharel em Administração, Ciências Contáveis e Econômicas e autor de diversos livros. As inscrições podem ser feitas até dia 29 de fevereiro através do site Mais informações pelo telefone (48) O TAC é resultado de um inquérito civil público instaurado pelo Promotor de Justiça Aurélio Giacomelli da Silva para apurar a falta de atendimento a adolescentes usuários de drogas, especialmente aos dependentes do crack: Estes serviços de saúde poderão auxiliar muito no combate à epidemia do crack que se espalha em Palhoça de forma assustadora, destruindo famílias e disseminando uma geração de adolescentes que acabam se envolvendo com diversos tipos de substâncias entorpecentes, avalia o Promotor de Justiça. Pelo acordo, a prefeitura tem o prazo de 30 dias para contratar um psicólogo, um assistente social e um auxiliar administrativo para a Equipe Álcool e Drogas. O executivo municipal também tem um prazo máximo de 180 dias para iniciar a implantação do CAPSad II e de 90 dias para elaborar o projeto de implementação dos NASFs. Acesse agora:

8 08 Primeira Folha - Edição 205 Cultura Grande Florianópolis - 28 de fevereiro de 2012 Marcos Matos História do Bairro Furadinho Nome da localidade Fábrica de Fécula Segundo Antonio Manoel da Silva, autor do livro: Furadinho fragmentos de sua história, as causas para o surgimento do nome da localidade ainda são relativamente incertas e de difícil comprovação. De acordo com Silva, a mais aceita é a da abundância de buracos de caranguejos na região do manguezal que cobre as terras do povoado. Hipótese defendida por Deoclécio Cizino da Silva furtado, o Didi, defensor da origem indígena. Para esse senhor que viveu na localidade, a palavra Furadinho significa (Kuára = furos), usada para designar esses pequenos buracos ou tocas para se abrigarem ou esconder os caranguejos. Ainda existem outras duas alternativas para o nome do bairro. Silva comenta que o senhor Mané Matile afirma que a origem do nome está relacionada com o Rio Furadinho que corta parte do povoado. Segundo outras pessoas do bairro, o nome procede de um apelido que foi dado a um antigo morador, natural de uma localidade também chamada Furadinho no município de Alfredo Wagner. O bairro Furadinho possui os rios Cubatão, Furadinho, Pachecos, Cambirela e Araçá. Além de riachos e lagoas artificiais, abrange o morro do Cambirela e o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. E o mar da região oferece abundância em peixes e crustáceos. A BR 101 corta a localidade favorecendo o comércio. Atualmente o bairro situa-se aproximadamente a 7 km do centro de Palhoça, fazendo divisa com os bairros Aririú da Formiga, Guarda do Cubatão e Praia de Fora. Formação A formação do povoado do Furadinho começou com os indígenas Carijós, do grupo Tupi Guarani. Em meados do século XVIII, imigrantes portugueses e açorianos também passaram a fixar residência no território. Entre os anos de 1748 e 1793, desembarcaram açorianos na Enseada de Brito e portugueses na Vila de Palhoça, representados por Caetano Silveira de Matos, fundador de Palhoça. A partir desse período, por volta do dia 2 de junho de 1753, José Luiz Marinho recebe doação de sesmaria (terras) na Guarda do Cubatão, nas proximidades da comunidade do Furadinho. Entre os moradores antigos: José Bernardo Espindola, o Zé Bernardo ; Manoel Leopoldo da Rosa, o Deca da Carola ; Francisco Fragas; Zico Fragas; Higino Fragas, o Chino ; José Caetano Junior, O Zé Caetano; José Marcos da Silva; Venceslau Nascimento, o Lau; Amadeu; José Rodrigues, o Zé Marcos ; Manoel Soares; Juvêncio Soares; José Tomé da Silva; Manoel Duarte da Silva; Josino José de Souza, o Jorge Chaves ; José Tibério da Rosa, o Zezé ; João Joaquim da Silva, o Vidoca ; João Tavares, o Doca ; Manoel Hermógenes de Quadros, O Nelinho ; Tomé Lotero; Otavio Tomé da Silva; Nilo Otávio da Silva; Otavio da Silva, o Tata ; Pedro Antonio de Melo, o Pedro Barba ; Bicota do Inhéco ; Manoel Martins, o Mané Joana ; José da Silva, o Zé Tomaz ; José Paulo; Angelino Leonel; José Candido de Souza; José Manoel Pacheco, o Zé Bilica ; José Albino dos Santos e Paulo João Gonçalves. Além dos demais descendentes que serão mencionados nos textos a seguir. Engenhos A comunidade do Furadinho possuiu no decorrer de sua história 32 engenhos: 3 eram de farinha, açúcar e alambique; 3 de farinha e açúcar, 1 de farinha e alambique; 3 de açúcar; 3 de alambique e 19 de farinha. De acordo com Silva, dos 32 engenhos apontados, 26 desses fabricavam a farinha; 9 produziam o açúcar e 7 destilavam a cachaça. De todos esses engenhos, 7 deles eram conjugados, cada qual com a casa do dono: Zé Caetano, Amadeu, Zé Marcos, Lau, Juvêncio Soares, José Tomé da Silva e Zé Tomaz. Muitos desses engenhos construídos tiveram a participação dos marceneiros: João Custódio de Souza e Manoel Soares. Parte das madeiras utilizadas, veio do morro do Cambirela. O ultimo engenho da localidade de propriedade de Zeca do Zé Paulo foi desativado no ano de 1987.o Deca da Carola ; Francisco Fragas; Zico Fragas; Higino Fragas, o Chino ; José Caetano Junior, O Zé Caetano; José Marcos da Silva; Venceslau Nascimento, o Lau; Amadeu; José Rodrigues, o Zé Marcos ; Manoel Soares; Juvêncio Soares; José Tomé da Silva; Manoel Duarte da Silva; Josino José de Souza, o Jorge Chaves ; José Tibério da Rosa, o Zezé ; João Joaquim da Silva, o Vidoca ; João Tavares, o Doca ; Manoel Hermógenes de Quadros, O Nelinho ; Tomé Lotero; Otavio Tomé da Silva; Nilo Otávio da Silva; Otavio da Silva, o Tata ; Pedro Antonio de Melo, o Pedro Barba ; Bicota do Inhéco ; Manoel Martins, o Mané Joana ; José da Silva, o Zé Tomaz ; José Paulo; Angelino Leonel; José Candido de Souza; José Manoel Pacheco, o Zé Bilica ; José Albino dos Santos e Paulo João Gonçalves. Além dos demais descendentes que serão mencionados nos textos a seguir. Economia A agricultura desde a formação dos bairros favoreceu a sobrevivência das primeiras famílias da comunidade. O solo fértil irrigado pelas águas dos rios proporcionou aos lavradores as variedades de frutos da terra. Em suas roças plantavam milho, feijão, arroz, batata, café, banana, laranja, aipim, a mandioca e a cana-de-açúcar. Segundo o escritor Silva, a agricultura representou o setor primário durante muito tempo, sendo a base da economia local. Entre alguns agricultores se destacou: José Bernardo Espindola, o Zé Bernardo ; Manoel Leopoldo da Rosa, o Deca da Carola ; Francisco Fragas; José Rodrigues, o Zé Marcos ; João Joaquim da Silva, o Vidoca ; José da Silva, o Zé Tomaz ; Jorge Chaves; Pedro Barba, entre outros. Ainda Silva comenta que Jorge Chaves foi o maior cultivador de cana-de-açúcar do Furadinho, entre os anos de 1930 e 1968, cultivou cana-de-açúcar e mandioca. Na atualidade o senhor Alcides Josino de Souza, o Bido, neto de Jorge Chaves; Alcides Melo, o Tita, filho de Pedro Barba; Otavio da Silva, filho de Otavio da Silva, mantém a tradição de seus antepassados. As plantações de café eram abundantes na comunidade do Furadinho. Nas proximidades do Morro do Cambirela, entre a Praia de Fora e a Guarda do Cubatão encontravam-se as principais plantações de café. Os cafeicultores Manoel Duarte da Silva e José da Silva, o Zé Tomaz, foram os grandes empreendedores neste ramo da economia local. O cultivo da cana de açúcar pelos senhores Jorge Chaves, José Manoel Pacheco, o Zé Bilica e Manoel Duarte da Silva se tornou fonte de renda. Suas grandes plantações de cana-de-açúcar produziram açúcar mascavo, melado e cachaça para o consumo e comercialização. A pecuária representada por bovinos, suínos e caprinos também ocupou espaço na economia de subsistência. O principal bovinocultor foi Manoel Duarte da Silva, seguido por Zé Bilica e José Paulo João Hipólito Gonçalves. Já os representantes da suinocultura foram Israel Pereira e o filho Mina, Francisco Fragas e os filhos Zizo e Chino, Pedro Barba e o filho Titã, Doca Tavares, Zé Paulo, Zé Caetano, Zé Marcos, Zé Tomaz, Zé Bilica, Jorge Chaves e Mané Jana. Já a criação de caprinos (cabritos) foi representada por Luiz Adolfo Born, Tino, Titã e o Zeca do Zé Paulo e a criação de cavalos por Luiz Adolfo Born, Tino Rosa e Manoel Duarte. Também houve a presença da avicultura (criação de aves), apicultura (criação de abelhas), pesca no Rio Cubatão e Mar da Baia Sul, e a retirada de berbigão, ostras e mariscos, que fortaleceram a economia do Furadinho e de Palhoça. As vendas As conhecidas vendas se fixaram na região do centrinho ou pracinha do Furadinho. Ali construíram e abriram as portas dos comércios Amaral Garibaldino Espindola; Antonio Leopoldo da Rosa o Cagaia ; Vidal Pereira Filho o Vidalinho ; Quidinho ; Antonio José Paulo; Josino de Souza Junior o Cuca ; Jorge Chaves; Zezé ; Nelinho ; Domingos Solequente; Alécio Turnes; Alcides Manoel de Quadros o Dinho ; Aurino José de Souza o Petega ; Jair Francisco Eleutério; Jair José de Souza o Repolho, Mingote; José Figueiredo o Zeca ; Élio Manoel Ramos o Pacau ; Odorico Martins; Pedro Gregório Martins Pedro Gago e Terezinha Maria da Rosa Rodrigues. Transportes O transporte marítimo no início do povoado ofereceu a oportunidade de se locomover a outras cidades a passeio, emergências médicas ou a trabalho. Existiam quatro pontos no litoral do Furadinho servindo de saída e chegada das embarcações marítimas. Por terra as carroças e carros de boi eram utilizados para o trabalho na roça, vendas de produtos das roças nas comunidades vizinhas e velórios. A primeira bicicleta foi comprada por João Manoel da Silva, o Joça, um dos filhos de Manoel Duarte. Seu pai lhe deu de presente essa bicicleta, fabricada na Europa no ano de Anos mais tarde, outros adquiriram uma bicicleta. Já o senhor Francisco Arceno, filho de João Arceno, foi o primeiro a adquirir na década de 1940 um automóvel. De acordo com Romêncio Rodrigues, ele tinha um caminhão com o qual puxava lenha para a capital, apelidado de caixa de fósforo, porém viveu pouco tempo no Furadinho, indo residir no centro de Palhoça. O segundo foi o senhor Domingos Solequente, comprando um caminhão em sociedade com o Mina, no ano de Esse caminhão, Ford F-46, ajudou muito os moradores nos enterros, finados, eleições e jogos de futebol em outras localidades. De acordo com Silva, as primeiras empresas de ônibus a cruzarem o Furadinho foram a Glória e a Catarinense, por volta de Em 1939 surge a Auto Viação Paulo Lopes, em 1940 a Legue, e entre 1944 e 1949 as empresas Guatar, Flecha de Ouro, Dariu e o Ônibus de Dedê Garopaba. O empresário Germano Spricigo proprietário da empresa Guatar, viria juntamente com seus amigos José Lino Koerich e Jacir Coser na década de 1960, implantar na região da Grande Florianópolis, a empresas de ônibus Auto Ônibus São José. Essas empresas de ônibus fizeram história ao transitar na localidade do Furadinho. Fotos Acervo Antonio Manoel da Silva Professoras e alunos na antiga Escola do bairro Nas proximidades do Rio Cambirela, até o ano de 1927, existiu uma fábrica que produzia polvilho e maisena. Essa fábrica de fécula pertenceu a João e Felipe descendentes de alemães. Para o funcionamento utilizavam as águas das cachoeiras do Cambirela, através de força hidráulica, além de um sistema de energia elétrica utilizado por dínamo. Muitos foram empregados nesta fábrica. De acordo com depoimento registrado por Isabel Botelho de Paulo no livro Furadinho, no ano de 1927, Felipe seguiu para o seu país de origem a fim de buscar financiamento para o seu negócio e por motivos desconhecidos, acabou sendo preso por lá e nunca mais voltou. Já Francisca Martins, a Santinha, da Enseada do Brito, diz que João e Felipe acompanhados de suas famílias foram embora para a Alemanha por causa de dívidas contraídas, o que gerou uma crise financeira. Após o desaparecimento dos empreendedores, a fábrica foi fechada e vendida ao senhor Amaro Ferreira de Macedo, empresário da localidade do Aririú. Pequena fábrica de fubá Foi na década de 1960 que o senhor Osmar João Domingos, o Marzinho, construiu um galpão para instalar uma atafona visando moer milho e produzir fubá, e um engenho de farinha conjugado. Apenas Marzinho e seu filho Jobi trabalharam na produção de fubá. Esse estabelecimento fechou no ano de Construção da BR 101 Na década de 1960, aproximadamente em 1967, iniciaram a construção da BR 101. Via de acesso entre os estados da federação que trouxe alguns transtornos e resistência dos moradores daquela região. Os meios de transportes como a carroça e os carros de boi teriam sérios problemas a partir da construção da rodovia, dificultando trafegar até as comunidades vizinhas. Aliás, a casa de José Cândido de Souza, que era de estuque havia ficado bem no meio da rodovia, e ele se recusava sair de sua propriedade. Porém, os responsáveis pelas obras federais iam constantemente a casa de José, exigindo sua saída, o que fez com que ele e sua família fossem morar com sua cunhada. Mas em pouco tempo, as autoridades competentes o procuraram para ressarci-lo com a quantia de 1.500,00 (Hum mil e quinhentos cruzeiros). Com esse dinheiro, somado mais 200,00 (Duzentos cruzeiros) comprou uma casa. Nem a natureza escapou, muitas árvores foram cortadas na comunidade do Furadinho. Entre o processo de início das obras e inauguração, visitaram a Rodovia algumas autoridades: o governador Celso Ramos, Roberto Lanssance, Wilmar Elias, o presidente Emilio Garrastaz Médici, o governador Colombo Machado Salles e o ministro dos transportes Mario Andreza. A conclusão das obras nas proximidades do Furadinho aconteceu somente em meados de Cultura Quanto à cultura e o folclore, herança deixada pelos nativos da região e negros em fusão com os costumes dos antepassados açorianos, surgem as tradições de base açoriana: Boi-de-mamão, Pau de fitas, o Terno de reis, Santo Amaro e São Sebastião, a Bandeira, Novenas, Lendas e a Festa do Divino, além das festas juninas, as religiosas, o carnaval e as brincadeiras antigas como ratoeira, a peteca, o pião, a bolinha de gude, o esconde-esconde e o taco. Entre os fabricantes de canoas estavam Vidoca, seu filho Otávio, Santo Silvino, Pedro Barba e João Custódio de Souza. Já José Hipólito Gonçalves fabricava outras embarcações e realizava pequenos consertos nas canoas. Os artesanatos foram muitos: balaio, esteira de palha, arminho e renda de bilro. A gastronomia foi marcada com as comidas típicas: beiju, bijaica, broa, caldo de peixe, cambacica, chimia, cuscuz minestra, mingueli, assado na folha, picoco, pirão d água o jacuba, polenta, rosca de massa, sorda de ovo, carne secas no varal (em contato com o sol) e as bebidas da época, café, cachaça, licor, vinho e água mineral etc.