UNIVERSIDADE TUIUTÍ DO PARANÁ. Thiago Lubasinski Fernandes

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1 UNIVERSIDADE TUIUTÍ DO PARANÁ Thiago Lubasinski Fernandes REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL CÍVEL CURITIBA 2012

2 Thiago Lubasinski Fernandes REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL CÍVEL Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiutí do Paraná, como Requisito Parcial para obtenção de Título de Bacharel em Direito. Orientador: Professor Dr. Rafael Lippmann CURITIBA 2012

3 TERMO DE APROVAÇÃO Thiago Lubasinski Fernandes REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL CÍVEL Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para a obtenção de Título de Bacharel no curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiutí do Paraná. Curitiba, de de Prof. Eduardo de Oliveira Leite Coordenador do Núcleo de Monografias do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiutí do Paraná Orientador: Prof. Rafael Lippmann: Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiutí do Paraná Membro da Banca Examinadora Prof. : Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiutí do Paraná Membro da Banca Examinadora Prof.: Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiutí do Paraná

4 RESUMO O Recurso Especial é sujeito ao juízo de admissibilidade, exercido pelo Presidente ou Vice-presidente do Tribunal do Tribunal a quo, antes mesmo de ser remetido ao Superior Tribunal de Justiça. O objeto deste trabalho são os requisitos analisados no juízo de admissibilidade do recurso especial. Estes requisitos são o cabimento do recurso, hipóteses taxativas previstas na Constituição Federal; a legitimação para recorrer; interesse de recorrer e inexistência de fato impeditivo do poder de recorrer; tempestividade, que nada mais é do que a interposição do recurso dentro do prazo estipulado em lei, que no caso do recurso especial é de quinze dias; a regularidade formal; o preparo, que é o pagamento de algumas taxas que custeiam a remessa dos autos e sua tramitação dentro do STJ e o prequestionamento da questão federal que e poucas palavras pode ser encarado como o surgimento da questão federal no acórdão recorrido. A palavra final acerca do juízo de admissibilidade é exercida pelo Superior Tribunal de Justiça. Ausentes estes requisitos o recurso especial é inadmitido, impossibilitando a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça e por conseqüência impedindo a análise do mérito recursal. Palavras-chaves: processo civil; recurso especial; requisitos de admissibilidade.

5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OS RECURSOS COMPETÊNCIA CONCEITO DE COMPETÊNCIA COMPETÊNCIA RECURSAL DOS TRIBUNAIS ESTADUAIS COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS SUPERIORES COMPETÊNCIA RECURSAL DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RECURSO ESPECIAL PROCEDIMENTO DO RECURSO ESPECIAL EFEITOS DO RECURSO ESPECIAL EFEITO DEVOLUTIVO EFEITO SUSPENSIVO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E DE MÉRITO COMPETÊNCIA PARA JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL CABIMENTO Recurso Especial com fulcro na alínea a do inciso III do artigo Recurso Especial com fulcro na alínea b do inciso III do artigo Recurso Especial com fulcro na alínea c do inciso III do artigo LEGITIMAÇAO PARA RECORRER INTERESSE PARA RECORRER INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO DO PODER DE RECORRER Renúncia Desistência Aquiescência...37

6 6.5 TEMPESTIVIDADE REGULARIDADE FORMAL Petição escrita Identificação das partes Motivação Pedido de reforma ou de invalidação do pronunciamento recorrido Indicação do acórdão paradigma PREPARO PREQUESTIONAMENTO Histórico do prequestionamento O prequestionamento Prequestionamento ficto Prequestionamento implícito CONCLUSÃO...59 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...62

7 6 1 INTRODUÇÃO Compete ao Superior Tribunal de Justiça, exercendo sua competência recursal extraordinária, julgar recursos especiais, interpostos em face de decisões proferidas em última ou única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência, julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal, der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Este recurso é interposto perante o Tribunal de origem, via de regra endereçado ao Presidente ou Vice-Presidente do órgão jurisdicional, e antes do Superior Tribunal de Justiça manifestar-se acerca do mérito do recurso, o Tribunal de prolator da decisão faz a análise dos requisitos formais do recurso através do juízo de admissibilidade. Se o recurso não suprir tais requisitos, a análise do mérito do mesmo é prejudicada, impossibilitando a manifestação do Tribunal Superior. Assim, verifica-se a importância destes requisitos, analisados em sede de juízo de admissibilidade.

8 7 2 OS RECURSOS No sistema processual brasileiro, existe a possibilidade de revisão de uma decisão judicial anteriormente prolatada, que por ventura possa ter trazido lesão ou gravame a uma das parte, conforme mostra Sandro Marcelo Kozikoski: É inequívoco, entretanto, que, no âmbito do processo, todo aquele que se sentir lesado ou prejudicado, em face de uma decisão judicial, tem que o poder de pedir a sua reforma ou invalidação, visando com isso, conseguir a reparação do gravame ou então a melhoria da sua própria sorte através da modificação do pronunciamento jurisdicional anterior, alem, é claro da simples integração ou esclarecimento acerca de pontos controversos da decisão impugnada. (2006 p. 41). Tal revisão é possível através do instituto processual do recurso, sobre isto Fredie Diddier Jr e Leonardo José Carneiro da Cunha escrevem, parafraseando José Carlos Barbosa Moreira: Recurso é o remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna (2009, p. 19). E sobre a etimologia da palavra recurso, Sandro Marcelo Kozikoski versa: Partindo-se da noção etimológica da palavra, é possível averiguar que recurso origina-se do verbo recursare que, em latim, traz a noção de correr para trás, apontando, por conseguinte, no sentido de m novo curso, ou seja, repetição de um movimento já praticado. É exatamente por isso que na técnica jurídica, a idéia de recurso traz em si, implícita, a noção de reiteração de um pedido ou reclamação perante órgãos do poder judiciário, diante daquilo que já se decidiu anteriormente. (2006, p. 41). No âmbito do processo civil, estipula o artigo 496 do Código de Processo Civil, os recursos cabíveis: Art São cabíveis os seguintes recursos: I - apelação; II - agravo; III - embargos infringentes;

9 8 IV - embargos de declaração; V - recurso ordinário; Vl - recurso especial; Vll - recurso extraordinário; VIII - embargos de divergência em recurso especial e em recurso extraordinário Assim, através da interposição de um recurso, é possível ter revista, por um órgão de competência superior, decisão judicial anteriormente proferida. 3 COMPETÊNCIA 3.1 CONCEITO DE COMPETÊNCIA Primeiramente, é necessário fazer algumas considerações breves acerca da competência. Competência é parcela da jurisdição que compete a cada órgão do judiciário de acordo com suas funções, conforme nos mostra Fredie Diddier Jr.: A jurisdição, como função estatal para prevenir e compor conflitos, aplicando o direito ao caso concreto, em última instância, resguardando a ordem jurídica e a paz social, é exercida em todo território nacional (art. 1º, CPC). Por questão de conveniência, especializa-se setores da função jurisdicional. Distribuem-se as causas pelo vários órgãos jurisdicionais, conforme as suas atribuições, que têm seus limites definidos em lei. Limites que lhes permitem o exercício da jurisdição. A jurisdição é uma, porquanto manifestação do poder estatal. Entretanto, para que mais bem seja administrada, há de ser feita por diversos órgãos distintos. (2009, p. 105). Assim, ante necessidade de dividir a jurisdição entre diversos órgãos jurisdicionais diferentes, criaram-se critérios para estas divisões, surgindo para isso, a competência, conforme mostra Fredie Didier Jr.:

10 9 A competência é exatamente o resultado de critérios para distribuir entre vários órgãos as atribuições relativas ao desempenho da jurisdição. A competência é o poder de exercer a jurisdição nos limites estabelecidos por lei. É o âmbito dentro do qual o juiz pode exercer a jurisdição. É a medida da jurisdição. (2009, p. 106). Segundo o autor Candido Rangel Dinamarco, competência pode ser definida como: Competência de juízo é a quantidade de jurisdição cujo exercício se atribui a um determinado órgão judiciário ou a órgãos da mesma espécie, pertencentes a mesma Justiça, localizados no mesmo grau de jurisdição e ocupando a mesma base territorial. Sendo juízo cada um dos órgãos instituídos pelo Estado para o exercício da jurisdição, o tema de competência de juízo compreende a determinação do órgão concretamente competente para conduzir o processo a partir do inicio (competência inicial, originária) e também para apreciar os recursos que no processo vierem a ser interpostos(competência recursal).(2003, p.547). Essa distribuição de competência e feita através de normas constitucionais, leis processuais e de organização judiciária, além dos regimentos internos dos tribunais, restando a competência residual aos órgãos da Justiça Estadual, conforme traz Fredie Didier Jr.: A distribuição de competência faz-se por meio de normas constitucionais, de leis processuais e de organização judiciária, alem da distribuição interna da competência nos tribunais, feita pelos seus regimentos internos. Nossa Constituição já distribuiu a competência em todo o Poder Judiciário Federal (STF, STJ e Justiças Federais: Justiça Militar, Eleitoral, Trabalhista e Federal Comum). A competência da justiça Estadual é, portanto, residual. (2009, p. 106). Assim, passemos a análise da competência dos tribunais estaduais. 3.2 COMPETÊNCIA RECURSAL DOS TRIBUNAIS ESTADUAIS

11 10 Compete aos Tribunais Estaduais a tarefa de rever as decisões proferidas pelos órgãos de primeiro grau, da justiça comum, neste sentido, escreve Cândido Rangel Dinamarco: A Competência recursal dos tribunais estaduais abrange em primeiro lugar os recursos interpostos contra sentenças ou decisões interlocutórias dos juízes estaduais (recursos de apelação ou de agravo, conforme o caso: CPC, arts. 513 e 522) o que corresponde à regra geral de que os tribunais de uma justiça compete com exclusividade o controle dos atos dos órgãos inferiores que lhes são sujeitos. (2003, p. 479). Compete ainda a estes Tribunais, julgar recursos interpostos contra as decisões proferidas pelo mesmo, conforme explica Cândido Rangel Dinamarco: Têm os tribunais dos estados, ainda, competência para recursos interpostos contra decisões de seus próprios órgãos fragmentários, a saber: a) embargos infringentes contra julgado não unanime proferido em apelação ou ação rescisória (CPC, art. 530); b) embargos de declaração em relação a qualquer acórdão ou decisão monocrática dos integrantes do próprio tribunal (art. 535); c) agravos inominados, nos casos indicados nos art. 532 e 557, par., do Código de Processo Civil; d) agravos regimentais contra decisões monocráticas do presidente, vice-presidente ou relator (segundo o regimento de cada tribunal). (2003, p. 480). Feita esta breve análise da competência dos tribunais estaduais, passaremos a analisar a competência recursal dos tribunais superiores. 3.3 COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS SUPERIORES A carga de competência exercida pelos tribunais superiores de nosso país está fixada na constituição federal, em seus artigos 102 e 105, respectivamente, ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior tribunal de justiça, as hipóteses de competência originária e recursal:

12 11 Art Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: [...] II - julgar, em recurso ordinário: [...] III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: [...] Art Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: [...] II - julgar, em recurso ordinário: [...] III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: Para o presente estudo, observaremos a competência recursal destes tribunais. Sobre a possibilidade de recurso para estes tribunais, escreve Humberto Theodoro Júnior: Além da dualidade de instâncias ordinárias, entre juízes de primeiro grau e os Tribunais de segundo grau, existe, também, no sistema processual brasileiro, a possibilidade de recursos extremos ou excepcionais, para dois órgãos superiores que formam a cúpula do poder judiciário nacional, ou seja, para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça. O primeiro deles se encarrega da matéria constitucional e o segundo, dos temas infraconstitucionais de direito federal. (2010, p. 646). O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça são chamados de tribunais de superposição, devido a sua competência para rever as decisões prolatas por outros órgãos jurisdicionais, mesmo os mais elevados, conforme mostra Cândido Rangel Dinamarco: São órgãos de superposição os tribunais que, nos limites das competências constitucionais fixadas, têm o poder de rever decisões dos órgãos mais elevados de cada uma das justiças. O Superior Tribunal De Justiça sobrepõe-se às Justiças locais e a Justiça Federal. O Supremo Tribunal Federal sobrepõe-se a todas as Justiças ao próprio Superior Tribunal de Justiça. Isso não significa que eles só tenham essa competência de

13 12 superposição: a competência originária de cada um deles, composta de hipóteses fortemente conotadas de competentes políticos, é um capitulo importante e politicamente significativo da teoria da competência. (2003, p. 452). Por serem órgãos de convergência, o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça recebem e julgam recursos contra acórdãos proferidos em todo o território nacional. Sendo órgãos de superposição, julgam recursos vindos das justiças (o Superior Tribunal de Justiça, causas oriundas de todos os tribunais da justiça comum; o Supremo tribunal Federal, causas de todas as Justiças e também do próprio Superior Tribunal de Justiça). Essa grande abertura qualifica-os como os grandes responsáveis pela efetivação do direito nacional e a uniformidade de sua aplicação. (2003, p. 460). Tais tribunais têm a competência para o julgamento dos recursos extraordinários, conforme mostra Cândido Rangel Dinamarco: Ambos os tribunais de superposição tem competência para julgar recursos de natureza extraordinária (sujeitos a requisitos especialíssimos, sem os quais não são admissíveis), destinados a evitar que a Constituição Federal ou a Lei Federal sejam desaplicadas ou violadas, além de dirimir discrepâncias interpretativas entre os tribunais. O primeiro desses recursos é o recurso extraordinário e cumpre sua missão face da Constituição Federal. O segundo deles, recurso especial, visa à efetividade da ordem infraconstitucional federal e à uniformidade na interpretação dos textos que a compõem. (2003, p. 461). Assim, passamos a análise da competência recursal extraordinária do STJ, que é a mais relevante para o presente estudo. 3.4 COMPETÊNCIA RECURSAL DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Incumbe ao STJ o controle da legalidade da decisões e da legislação, conforme nos mostra Candido Rangel Dinamarco: Ao Superior Tribunal de Justiça compete especificamente o controle da legalidade, não de constitucionalidade (art. 105, inc. III), embora participe também do controle difuso desta nas causas de sua competência originária ou recursal. (2003, p. 454).

14 13 Conforme, anteriormente dito, a competência recursal deste tribunal está descrita na Constituição Federal, em seu artigo de número 105: Art Compete ao Superior Tribunal de Justiça: II - julgar, em recurso ordinário: a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Assim, Conforme nos mostra Cândido Rangel Dinamarco, compete ao STJ julgar extraordinariamente o recurso especial, através deste julgamento, este órgão exerce sua função constitucional de guarda das leis federais: O Superior Tribunal de Justiça é competente para o recurso especial (art. 105, inc. III), que é o canal pelo qual lhe chegam as alegação de violação ou negativa de vigência a leis federais de âmbito nacional (não da Constituição Federal, não da lei estadual ou municipal, não do contrato, nada sobre o exame de prova). É admissível contra acórdãos tomados em última ou única instância por qualquer tribunal da Justiça comum (Tribunais de Justiça, Tribunais de Alçada, Tribunais Regionais Federais). Não se admite contra acórdãos do colegiado dos juizados especiais. (2003, p. 462). especial. Em suma, compete extraordinariamente ao STJ o julgamento do recurso 4 O RECURSO ESPECIAL

15 14 O recurso especial surgiu, juntamente com o STJ, na Constituição de 1988, como um subproduto do recurso extraordinário, conforme nos revelam Fredie Diddier Jr. e Leonardo José Carneiro da Cunha: O recurso especial, na verdade é fruto da divisão das hipóteses de cabimento do recurso extraordinário para o STF (antes da CF/88), que servia como meio de impugnação da decisão judicial por violação á constituição e à legislação federal. Com a criação do STJ, pela CF/88, as hipóteses de cabimento do antigo recurso extraordinário foram repartidas entre o STF e o STJ. O recurso especial nada mais é do que um recurso extraordinário para o STJ. (2009, p. 255). Da mesma forma entende Humberto Theodoro Júnior, que acrescenta a finalidade desta modalidade de recurso, de extrema importância dentro do sistema processual e normativo brasileiro: A função do recurso especial, que antes era desempenhada pelo recurso extraordinário, é a manutenção da autoridade e unidade da lei federal, tendo em vista que na Federação existem múltiplos organismos judiciários encarregados de aplicar o direito positivo elaborado pela União. Conforme já dito anteriormente, recurso especial está previsto no artigo 105, III, da Carta Magna da República, de onde podemos extrair o cabimento do mesmo: Art Compete ao Superior Tribunal de Justiça: [...] III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. no Artigo 496: Esta possibilidade de recurso também consta no Código de Processo Civil,

16 15 Art São cabíveis os seguintes recursos: [...] VI recurso especial; Porém, compete ao STF e ao STJ manifestarem-se apenas sobre matéria de direito, não cabendo a eles reexame de provas, conforme nos mostra a lição de Humberto Theodoro Júnior: Cabe-lhes, porém, em princípio, o exame não dos fatos controvertidos, nem tampouco das provas existentes no processo, nem mesmo da justiça ou da injustiça do julgado recorrido, mas apenas e tão somente a revisão das teses jurídicas federais envolvidas no julgamento impugnado. (2010, p. 646). [...] Através dele não se suscitam nem se resolvem questões de fato nem questões de direito local. (2010, p. 666). Neste mesmo sentido entendem Fredie Diddier Jr. e Leonardo José Carneiro da Cunha: Os recursos excepcionais são exemplos de recursos de fundamentação vinculada. As hipóteses de cabimento estão previstas na Constituição Federal ( art. 102, III e art. 105, III). Tais recursos servem a impugnação de questões de direito; não se admite a interposição ara reexame de prova ou de fatos. São recursos se estrito direito. (2009, p. 256). É por intermédio deste recurso que o STJ exerce a sua função constitucional de guarda da legislação federal. 4.1 PROCEDIMENTO DO RECURSO ESPECIAL O procedimento do recurso especial está previsto nos artigos 541 a 545 do Código de Processo Civil. O recurso especial deverá ser interposto perante o Presidente ou o Vice- Presidente do tribunal de origem, havendo a intimação da parte adversa para

17 16 apresentar as contrarrazões, conforme nos ensinam Fredie Didier Jr. e Leonardo José Carneiro da Cunha: Interposto o recurso especial ou extraordinário perante o Presidente ou Vice-Presidente do tribunal de origem a parte contrária será, imediatamente, intimada para oferecer contra-razões (2009, p. 278). Art O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vicepresidente do tribunal recorrido Art Recebida a petição pela secretaria do tribunal, será intimado o recorrido, abrindo-se-lhe vista, para apresentar contra-razões. Apresentadas ou não as contrarrazões, o recurso é enviado para o juízo de admissibilidade, que é exercido pelo Presidente ou pelo Vice-Presidente do Tribunal perante o qual foi interposto, conforme Fredie Didier Jr. e Leonardo José Carneiro da Cunha: após, o que deve uma daquelas autoridades apreciar a admissibilidade do recurso. (2009, p. 279). Art [...] 1 o Findo esse prazo, serão os autos conclusos para admissão ou não do recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, em decisão fundamentada. Não nos prenderemos as peculiaridades do juízo de admissibilidade, pois o tema será objeto deste estudo em um segundo momento. Admitido o recurso, os autos serão remetidos ao STJ, conforme disposto no Artigo 543 do Código de Processo Civil: Art Admitidos ambos os recursos, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. 1 o Concluído o julgamento do recurso especial, serão os autos remetidos ao Supremo Tribunal Federal, para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado. 2 o Na hipótese de o relator do recurso especial considerar que o recurso extraordinário é prejudicial àquele, em decisão irrecorrível sobrestará o seu julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal, para o julgamento do recurso extraordinário.

18 17 3 o No caso do parágrafo anterior, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, não o considerar prejudicial, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça, para o julgamento do recurso especial. Chegando os autos do processo ao STJ, o recurso recebe nova numeração e é distribuído ao relator, conforme descreve Arakem de Assis: Distribui-se o recurso especial na classe que lhe é própria, no STJ, e nela receberá numeração consoante a ordem de chegada (art. 68, caput, do RISTJ). (2009, p. 822). No caso de intervenção obrigatória do Ministério Público, deverá o relator abrir vista ao mesmo, após, inclui-se o recurso na pauta de julgamento, conforme mostra Araken de Assis: O relator do recurso especial tem a competência do art. 557, caput e 1º - A. Não se configurando tais hipóteses, o relator abrirá vista ao Ministério Público, pelo prazo de vinte dias, nas causas de intervenção obrigatória (art. 256 do RISTJ). O ministério publico não intervém por força do recurso especial, mas na causa, a teor do art. 82. Elaborado o relatório, e independente de revisão, que só cabe nos casos estipulados no art. 35 do RISTJ, o relator pedirá dia para julgamento. É publicada a pauta no órgão oficial e, mostrando-se inviável julgar todos os feitos na sessão marcada, passa o recurso para as sessões subseqüentes, independente de nova publicação. (2009, p. 823). Cerca do julgamento deste recurso, versa o sobredito autor: A ordem dos trabalhos se encontra disciplinada nos arts. 148 a 168 do RISTJ. A sessão de julgamento observa o modelo tradicional do direito brasileiro. O tempo disponível para o debate oral é de quinze minutos para cada parte (art. 160 do RISTJ). No julgamento em si, primeiro a turma verificará a admissibilidade do recurso (art. 257, primeira parte, do RISTJ); vencida tal preliminar, julgará o recurso especial aplicando o direito federal a espécie (art. 257, segunda parte, do RISTJ). Segundo o art. 41 A da lei 8.038/1990, na redação da lei 9.756/1998, o julgamento colegiado do STJ, posteriormente retratado no acórdão, deve ser tomado pelo voto da maioria absoluta de seus membros. Incumbindo a turma que é composta por cinco juízes, julgar o recurso especial, salvo nos casos de afetação de competência á seção e à corte especial para prevenir a divergência, neste órgão a maioria se formar-se-á com três votos no mesmo sentido. O quórum para a reunião da turma é de três ministros (art. 179 do RISTJ). Então comparecendo apenas três ministros, todos devem votar no mesmo sentido para a tingir o quórum da deliberação exigido na regra indicada no inicio. Em síntese, as decisões proferidas nos recursos especiais podem ser tomadas por cinco votos a zero, quatro votos a zero,

19 18 três votos a zero, três votos a dois, três votos a um. Jamais, no entanto, por dois votos a um. (2009, p. 823). No caso de concomitância de recurso especial e recurso extraordinário, julgar-se-á primeiramente o recurso especial, de acordo com Sandro Marcelo Kozikoski: Quando houver interposição concomitante de recurso especial e recurso extraordinário, julgar-se-á, em primeiro lugar, o recurso especial. O art. 543, 1º, do CPC, dispõe que, concluído o julgamento do recurso especial, serão os autos remetidos ao Supremo Tribunal Federal, pra a apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado. Se o STJ conhecer do especial e lhe der provimento, em princípio restará prejudicado o extraordinário. (2006, p. 369). Sobre este tema, foi editada a súmula 126 do STJ; STJ Súmula nº 126 É inadmissível recurso especial, quando o acórdão recorrido assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta recurso extraordinário. Desta forma denotasse que quando interposto apenas um recurso, este estará destinado a inadmissão, conforme nos mostra Araken de Assis: É evidente que, ocorrendo dupla fundamentação, a interposição do recurso especial mostrar-se-á insuficiente à reforma do acórdão, bem como apenas a do extraordinário, porque o julgado substituiria em decorrência do fundamento incólume. A esse respeito proclama a súmula so STJ, n. 126 É inadmissível recurso especial, quando o acórdão recorrido assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta recurso extraordinário. Não difere o enunciado n. 283 da Súmula do STF. Inexistindo a interposição simultânea, o recurso único estará fadado a inadmissibilidade. (2008, p. 822). Nas causas onde os recursos especiais interpostos forem fundados em questões de direito idênticas, conhecidos pela doutrina e jurisprudência como

20 19 recursos repetitivos, o processamento destes seguirá o previsto no artigo 543 C e seus parágrafos, do Códex Processual Civil. Sobre este tema, escreve Rodolfo de Camargo Mancuso: Os RE s e os REsps massivos e repetitivos vêm regulados no CPC, respectivamente, o art. 543-B e parágrafos (cf. Lei /2006) e no art. 543-C e parágrafos (cf. Lei 11672/2008). Ambos os dispositivos remetem, no tocante as demais especificidades, ao que dispuseram os Regimentos Internos, assim do STF ( 5º do art. 543-B) como do STJ ( 9º do art C). Basicamente, a idéia é o encaminhamento ao STF ou ao STJ de um ou alguns processos representativos da controvérsia, ficando sobrestados nos TJ s e TRF s (ou ainda, nos Juizados Especiais Lei /2001, art. 15; Lei /2009, art. 21, no tocante aos RE s), os demais que se apresentem múltiplos e repetitivos. Outro ponto comum no manejo do RE s e REsp s é que eles comportam intervenção de amici curiae ( 6º do art A e 4º do art. 543-C). (2010, p. 358). Sobre a tramitação destes recursos repetitivos, esclarece Araken de Assis que primeiramente, o relator do STJ, quando identificar a existência de múltiplos recursos com idêntica questão de direito, poderá suspender a tramitação de quaisquer recursos nos tribunais estaduais de segundo grau. (2008, p. 824). Após ele poderá solicitar informações pertinentes aos tribunais de origem, com o objetivo de verificar o teor dos debates nestas causas e as tendências formadas nos tribunais inferiores. (2008, p. 824). Prossegue o referido autor, que nos termos do artigo 543-C, 4º, o relator poderá admitir a manifestação de pessoas órgãos ou entidades interessadas na controvérsia. Após abre-se prazo para a manifestação do Ministério Público, que é obrigatória. (2008, p. 824). Conclui o autor que após a manifestação do MP, o processo é incluído em pauta para julgamento, que deverá ser feito pela Corte Especial do STJ. (2008, p. 824).

21 20 Após o julgamento, aplica-se a espécie aos demais processos suspensos. (2008, p. 824). Assim, utilizando este instituto, diminui-se o numero de processos em trâmite junto ao STJ, desafogando o órgão, possibilitando a prestação jurisdicional de maneira mais efetiva. 4.2 EFEITOS DO RECURSO ESPECIAL Efeito Devolutivo O efeito devolutivo esta presente em todos os recursos, portando, também no recurso especial, sobre este efeito, temos a simples, mas valiosa lição de Tereza Arruda Alvim Wambier: Todo e qualquer recurso em efeito devolutivo, para que se considere ter o recurso tal efeito, não há necessidade de que o órgão para qual é devolvida a matéria seja diferente daquele e superior àquele que proferiu a decisão impugnada. A devolução deve ser entendida como sendo o submeter novamente a decisão impugnada a apreciação do Poder Judiciário, devolvendo-lhe a matéria. De regra, este reexame deverá dar-se por outro órgão, diferente daquele que, originariamente emanou a decisão. (2008, p. 349). especial: Segundo dispõe o Artigo 542, 2º, efeito devolutivo se aplica ao recurso Art Recebida a petição pela secretaria do tribunal, será intimado o recorrido, abrindo-se-lhe vista, para apresentar contra-razões. 2 o Os recursos extraordinário e especial serão recebidos no efeito devolutivo. Sobre o tema escreve Araken de Assis:

22 21 O art. 542, 2º, estabelece que a autoridade competente para o primeiro controle de admissibilidade receberá o recurso especial no efeito devolutivo. Quis a regra, de forma elíptica, retirar o efeito suspensivo do especial. Todo recurso exibe efeito devolutivo e, neste particular, o especial também remete a matéria impugnada ao reexame do órgão ad quem.(2009, p. 794). A dimensão do efeito devolutivo, em ambas as direções, limita-se a questão federal impugnada, conforme mostra Arakem de Assis: A extensão do efeito devolutivo decorre da questão federal individualizada nas razões do recurso (art. 541, II) (2008, p. 794), e conclui o autor: O prequestionamento alude, por sem dúvida, ao cabimento do recurso, mas também limita o efeito devolutivo na mesma dimensão. (2008, p. 795). A impossibilidade de reexame de provas e de fatos impede que estes recursos excepcionais tenham dimensão vertical e que tenham efeito translativo, conforme mostra Tereza Arruda Alvim Wambier: A dimensão vertical do efeito devolutivo está limitada, nos recursos excepcionais, fundamentalmente, pela impossibilidade de se reverem fatos e de se reexaminar provas. Os recursos extraordinário e especial não geram, assim, efeito translativo ou não tem efeito devolutivo que deles decorre dimensão vertical. (2008, p. 358). Tais dimensões deste efeito são intimamente ligadas como podemos perceber pela lição de Tereza Arruda Alvim Wambier: Na verdade, a profundidade do efeito devolutivo se vincula, de certo modo, a sua dimensão horizontal. A partir do que terá sido impugnado na decisão é que se pode determinar dentro de que limites a cognição do Juízo ad quem poderá incursionar naquilo que tenha ocorrido durante o processo que não esteja refletido na sentença. (2008, p. 346).

23 22 Em suma, os recursos especiais são dotados de efeito devolutivo, mas sem profundidade, devido ao fato de serem recursos de fundamentação vinculada e de caráter excepcional, motivo pelo qual, também, não possuem efeito translativo Efeito Suspensivo Em regra, o recurso especial não possui efeito suspensivo, permitindo, desta forma, a execução provisória da decisão recorrida, como nos mostra Sandro Marcelo Kozikoski: O recurso especial é carecedor do efeito suspensivo, permitindo a exeqüibilidade da decisão recorrida. O entanto, a execução que se instaurar na pendência do Julgamento do recurso especial será provisória. (CPC art. 497). Podem ocorrer, casos concretos, em que existe a necessidade de suspender os efeitos da decisão recorrida, o que pode ser conseguido a título de medida acautelatória, conforme mostra Sandro Marcelo Kozikoski: Tem-se atribuído, contudo para o fim de sustar a execução imediata do julgado (ou do cumprimento da decisão recorrida), efeito suspensivo ao recurso especial, a título de providência acautelatória. Insta observar que o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça autoriza tal providência em seu art. 34, IV e V e art (2006, p. 372). Neste mesmo sentido se posiciona Arakem de Assis: A necessidade de emprestar efeito suspensivo ao recurso especial, sentida fortemente pelo vencido, invoca-se o poder geral de cautela no STJ, conforme o art. 34, V, do RISTJ, incumbe ao relator propor ao órgão fracionário (turma, seção ou corte especial) medidas cautelares, destinadas a garantir a eficácia da ulterior decisão da causa, e a deferi-las, ad referendum do órgão competente (art. 34, VI, do RISTJ). É óbvio que a concessão do efeito suspensivo, antecipando o estado jurídico que decorreria do provimento do recurso, não exibe natureza propriamente

24 23 cautelar; porém, o emprego de medida autônoma, assim rotulada, generalizou-se na jurisprudência do STJ, favorecida pela similaridade dos pressupostos com a providência antecipatória de pretensão recursal. (2009, p. 797). Ainda, conforme mostra o sobredito autor, a competência para a concessão desta benesse, compete ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal a quo no ínterim da interposição ao juízo de admissibilidade; admitido o recurso especial, esta competência se transfere ao STJ. (2009, p. 798). Assim, através de pedido de concessão de efeitos suspensivo, distribuído como medida cautelar, o recorrente pode, conseguir suspender os efeitos da decisão alvo do recurso especial. 5 O JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E O JUÍZO DE MÉRITO Os recursos especiais, após sua interposição, ficam sujeitos a duas análises distintas: o juízo de admissibilidade e o juízo de mérito. O primeiro deles, o juízo de admissibilidade, nada mais é do que a análise de certos requisitos essenciais, sem os quais é impossível ocorrer o julgamento do mérito do recurso, segundo Sandro Marcelo Kozikoski: A admissibilidade dos recursos subordina-se a ao preenchimento de certos requisitos e pressupostos, antecedendo, lógica e cronologicamente, a análise do mérito do recurso (2006, p. 56). Segundo Fredie Diddier Jr. e Leonardo José Carneiro da Cunha, Juízo de admissibilidade é categoria que pertence à teoria geral do processo e se aplica ao procedimento. (2009, p. 42). Este mesmo entendimento tem Araken de Assis: O objeto do juízo de admissibilidade é o conjunto dos requisitos necessários ao julgamento do mérito dos

25 24 recursos. (2008, p. 124), ou ainda temos a clara lição de Fredie Diddier Jr. e Leonardo José Carneiro da Cunha: primeiro, verifica-se se será possível o exame do conteúdo da postulação, após examina-se a procedência ou não daquilo que se postula. (2009, p. 42). Em resumo, no exame de admissibilidade do recurso especial são observados os requisitos formais da petição do recurso, enquanto que no julgamento do mérito do recurso, analisa-se a postulação, o direito do recorrente, ou seja, o recurso propriamente dito. É neste sentido que entende José Miguel Garcia Medina: A atividade através da qual o juiz ou o tribunal verifica-se se encontram ou presentes tais requisitos é denominado juízo de admissibilidade dos recursos. Positivo o juízo de admissibilidade, o órgão competente poderá, então, examinar a pretensão recursal, dando ou negando provimento ao recurso. Ao fazê-lo, realiza-se o juízo de mérito do recurso interposto. (2009, p. 62). É comum a doutrina fazer paralelo destes requisitos analisados em juízo de admissibilidade com as condições da ação e dos pressupostos processuais, pois no despacho inicial os requisitos formais da petição inicial são observados, conforme traz Sandro Marcelo Kozikoski: Similarmente ao que ocorre com as condições da ação e com os pressupostos processuais, cujo preenchimento permite o exame do mérito da pretensão deduzida em juízo, também no que diz respeito ao recurso, haverá de igual forma, a necessidade de se proceder uma investigação prévia, destinada a saber se aquele faz uso do mesmo cumpriu com os requisitos exigidos pela lei processual. (2006, p. 56). Da mesma maneira entende José Miguel Garcia Medina: Assim como para a propositura de uma demanda, há a necessidade da presença de certos requisitos, cuja ausência impede o conhecimento do mérito da causa pelo juiz, também os recursos devem observar algumas

26 25 condições, sem as quais não se poderá verificar de o recorrente tem ou não razão, quando pede a reforma ou anulação da decisão recorrida. (2009, p. 62). Acerca desta comparação doutrinária, interessante observarmos o paralelo traçado por Ada Pellegrini Grinover: Como ocorre para o processo em geral (entendido como relação processual mais procedimento), o procedimento recursal também se subordina a requisitos para a constituição de uma fase procedimental válida (ou seja, com viabilidade para desenvolver-se regularmente). Trata-se dos pressupostos recursais, correspondendo aos pressupostos processuais. No enfoque mais restrito, os pressupostos para a constituição válida da relação processual são: a) demanda, regularmente formulada; b) a capacidade de quem formula; c) investidura do juiz. Transportando esse pressupostos para o procedimento recursal, bastará substituir o elemento demanda pelo de interposição de recurso. E se verá, então, que o que a doutrina tradicional indica como alguns dos pressupostos objetivos dos recursos nada mais é do que o primeiro pressuposto recursal: com efeito, a tempestividade e a regularidade procedimental estão compreendidas no pressuposto do recurso regularmente formulado. O cabimento (previsão mais adequação) pertence, ao contrario a categoria das condições da ação, enquadrando-se a previsão na possibilidade jurídica e a adequação no interesse em recorrer. (2009 p. 62). Porém, diferentemente das condições de ação, o juízo de admissibilidade negativo não permite o suprimento da falta apontada, como explica Sandro Marcelo Kozikoski: Todavia, cessam por aí as similitudes, eis que as nuances particulares de cada categoria saltam aos olhos. Assim a falta de uma das condições da ação não impede que nova ação seja proposta, desde que suprida a carência anteriormente apontada, enquanto que, ao reverso, a ausência de um pressuposto de admissibilidade do recurso (impeditivos da análise do seu mérito) impedirá o julgamento daquela modalidade recursal, sem oferecer uma nova oportunidade ao recorrente. (2006, p. 56) Finalmente, é importante salientar que, a decisão de admissibilidade do recurso deve ser fundamentada pelo julgador, de acordo com Luiz Guilherme Marinoni e Daniel Midiero:

27 26 A decisão que admite o ou não o recurso especial deve ser fundamentada (súmula 123 do STJ: A decisão que admite, ou não, o recurso especial deve ser fundamentada, com o exame dos pressupostos gerais e constitucionais. (2008, p. 562). 5.1 COMPETÊNCIA PARA O JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE Sobre a competência do juízo de admissibilidade do recurso especial nos ensinam Fredie Diddier Junior e Leonardo José Carneiro da Cunha: Em regra, reconhece-se ao órgão perante ao qual e interpõe o recurso a competência para verificar-lhe a admissibilidade. (2009, p. 43). Assim, o juízo de admissibilidade no caso do recurso especial, é exercido, em regra, pelo tribunal do estado onde houve a interposição do mesmo. É importante salientar que o órgão ad quem, ou o que julgará o recurso, também tem competência para o juízo de admissibilidade. Neste sentido entende Sandro Marcelo Kozikoski: não se pode subtrair do órgão ad quem o exame de admissibilidade do recurso em relação a presença do pressupostos recursais (2006, p. 57). Sendo assim é possível o reexame destes requisitos pelo órgão a quo, no caso de admissibilidade positiva, pois as matérias tratadas em recurso especial são de ordem pública, neste sentido trata Sandro Marcelo Kozikoski: Não é demasiado lembrar que a matéria atinente ao recurso especial é de ordem pública, obrigando o juiz a conhecê-la de ofício. É do interesse público que a máquina judiciária somente seja movimentada acaso presentes determinadas condições estabelecidas em lei. (2006, p. 57). Vale ressaltar que uma vez negada a admissibilidade do recurso especial, será impossível o julgamento do seu mérito, dizem Fredie Diddier Junior e Leonardo José Carneiro da Cunha: O juízo de admissibilidade é sempre preliminar ao juízo de

28 27 mérito: a solução do primeiro determinará se o mérito será ou não examinado (2009, p. 43). Neste caso, o recurso cabível para a impugnação da decisão denegativa de admissibilidade do recurso especial é o agravo ao Superior Tribunal de Justiça, previsto no artigo 544 do CPC, a quem compete à palavra final, conforme dito anteriormente. No caso do recurso ser julgado admissível, o mesmo é encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça, onde ocorrerá o julgamento do mérito. 6 OS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL São observados no juízo de admissibilidade, além dos requisitos gerais de qualquer recurso, pressupostos específicos pertinentes à espécie, assim temos a valiosa lição de José Miguel Garcia Medina: Classificam-se os requisitos dos recursos em intrínsecos relativos a existência do direito de recorrer e extrínsecos pertinentes ao exercido direito de recorrer. Conforme esta classificação são requisitos intrínsecos os seguintes: cabimento, legitimação para recorrer, interesse de recorrer e inexistência de fato impeditivo do poder de recorrer. Os requisitos extrínsecos, por sua vez, são a tempestividade, a regularidade formal e o preparo. (2009, p. 63). requisitos. Seguindo esta classificação, passemos a análise de cada um destes 6.1 CABIMENTO

29 28 O cabimento pode se definir como a soma de dois requisitos, sendo o primeiro a previsão legal do recurso e a adequação do mesmo e o segundo a possibilidade de impugnação da decisão, como nos mostra Sandro Marcelo Kozicoski: Dos pressupostos intrínsecos, o primeiro deles é o cabimento do recurso, ou seja, necessita o mesmo estar previsto na lei processual, conjugando-se a adequação da espécie recursal com a recorribilidade da decisão impugnada. Não basta assim que haja previsão legal para a interposição do recurso, pois se afigura indispensável a adequação da categoria escolhida com a espécie de decisão judicial que se pretenda impugnar. (2006, p. 64). No caso do recurso especial, sua previsão legal, supra mencionada, está na Constituição Federal, em seu artigo 105, inciso III: Art Compete ao Superior Tribunal de Justiça: [...] III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Vale ressaltar que o recurso especial só é cabível nas sobreditas hipóteses da Constituição Federal Recurso especial com fulcro na alínea a do inciso III do artigo 105 Na alínea a do inciso III do artigo 105, devemos interpretar o verbo contrariar de maneira ampla, conforme mostra Araken de Assis: Tem o sentido mais amplo possível o verbo contrariar empregado neste texto. Contrariar é bem

30 29 mais amplo do que lhe negar vigência [...] e abrange qualquer interpretação errônea do texto constitucional. (2008, p. 788). Podemos perceber, nesta hipótese de cabimento, a intenção do legislador em proteger a aplicação das leis federais, sobre isso nos ensina Sandro Marcelo Kozikoski: O permissivo constitucional do art. 105, III, a da Constituição Federal, prevê o cabimento do recurso especial quando a decisão contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência. Assim pode-se dizer que, pela via do recurso especial, o legislador constituinte objetivou a proteção e a incolumidade do direito positivo federal. (2006, p. 348). Neste sentido entende Teresa Arruda Alvim Wanbier: O que se busca é assegurar o princípio da hierarquia das leis da república. (2008, p. 90). A inovação trazida pela constituição de 88 foi, a alteração da competência para a análise desta hipótese de cabimento, com o advento do recurso especial, novamente trata Teresa Arruda Alvim Wambier: No entanto, modificou-se através da Constituição federal de 1988, a competência, para se julgar esta questão. Isso porque, se se afrontar a Constituição Federal, aplicando-se lei local tida por inconstitucional, caberá recurso extraordinário; se, contudo, em detrimento de lei federal, prevalece ato local tido por ilegal, caberá recurso especial. (2008, p. 90). Superada tal hipótese, passemos a análise da prevista na alínea b do inciso III do artigo 105 da Constituição Federal Recurso especial com fulcro na alínea b do inciso III do art. 105 Quanto à segunda hipótese de cabimento do recurso, inserta na alínea b, do sobredito artigo, versa Sandro Marcelo Kozikoski:

31 30 Em suma: prevalecendo o ato de governo local, é porque foi afastada a incidência da lei federal. Portanto admite-se o recurso especial fundado em tais hipóteses para que o STJ verifique se a opção feita pelo julgado recorrido estava correta. Se o tribunal a quo agiu ou não com acerto, cuidase de matéria envolta ao juízo de mérito do recurso especial. (2006, p. 354). Referida hipótese foi alterada pela Emenda Constitucional 45/2004, segundo nos revela Sandro Marcelo Kozikoski: A Letra b, inc. III, do art. 105 da Constituição Federal autorizava a interposição do recurso especial quando a decisão recorrida julgar valida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal. Em tal hipótese, funda-se o cabimento do recurso especial na existência de possível conflito de competência entre a lei federal e a lei ou ato de governo local. Com efeito, a matéria estava parcialmente deslocada, eis que a discussão revelava tema constitucional. Com o advento da EC 45/04, o texto inovado da alínea b do inc. III, do art. 105, prevê o cabimento do recurso especial apenas quando se privilegiar ato de governo local confrontado em face da lei federal. (2006, p. 353). Tal alteração se deve a ampliação de competência do recurso extraordinário, com a inclusão da alínea d do inciso III do Artigo 102, da Constituição Federal, como nos revela Sandro Marcelo Kozikoski, citando Humberto Theodoro Júnior: Com efeito, Humberto Theodoro Júnior destaca que o tema do conflito entre a lei local e alei federal, pela EC 45, passou a categoria de questão constitucional. Por isso deixou de ser objeto do recurso especial, para ser tratado em recurso extraordinário perante o STF. (2006, p. 354). Da mesma forma entende Araken de Assis: Desapareceu o conflito entre lei federal e lei local (estadual distrital e municipal), repassado ao STF, pela inclusão da letra d no rol do Artigo 102, III da CF/1988, limitando-se a competência do STJ, doravante, às disputas entre atos administrativos e a lei federal. (2008, p. 788).

32 31 Porém, tal hipótese nunca foi utilizada em larga escala, segundo Araken de Assis: Nunca se mostram especialmente expressivos e numerosos os recursos fundados em tal permissivo (2008, p. 790). Em suma, quando o acórdão do órgão a quo entender que prevalece sobre a legislação federal ato de governo local, caberá o recurso especial Recurso especial com fulcro na alínea c do inciso III do art. 105 A última hipótese de cabimento do recurso especial trata do recurso especial fundado em dissídio jurisprudencial, ou seja, se o acórdão der à lei federal uma interpretação diversa a jurisprudência do STJ ou outro tribunal, é cabível o recurso especial. Quando fundado nesta hipótese, segundo Araken de Assis o recurso especial assegura a unidade na interpretação do direito federal em todo território brasileiro. (2008, p. 790). Existe na doutrina o entendimento que tal hipótese de cabimento se amoldaria na hipótese da alínea a do inciso III, do artigo 105, tornando se redundante a existência da alínea c, neste sentido entende José Miguel Garcia Medina: A nosso ver, a hipótese prevista na alínea c do Art. 105, III, é perfeitamente ajustável à línea a do mesmo dispositivo constitucional. Isso porque o recorrente, nesse caso, mesmo indicando decisões divergentes da impugnada, deverá imputar-lhe a pecha da contrariedade à lei federal. (2009, p. 86). Apesar da crítica de alguns autores, esta hipótese de cabimento do recurso especial continua vigente, sendo utilizada na prática forense.

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