I.Introdução. Conteúdo da Aula. 1. Os 10 princípios da Economia 1. As pessoas enfrentam tradeoffs 28/01/2015. Economia

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1 I.Introdução Economia Prof. Ângelo Cardoso Pereira Conteúdo da Aula 1. Os 10 Princípios da Economia 2. Análise Positiva x Análise Normativa 3. Objeto da Ciência Econômica: a lei da Escassez 4. Microeconomia e Macroeconomia 5. Problemas econômicos básicos 6. O Fluxo Circular da Renda 7. Curva de Possibilidades de Produção 1. Os 10 princípios da Economia 1. As pessoas enfrentam tradeoffs Em Economia, tradeoff é uma expressão que define uma situação de escolha conflitante, isto é, quando uma ação econômica que visa à resolução de determinado problema acarreta, inevitavelmente, outro. Para conseguirmos algo que queremos, geralmente precisamos abrir mão de outra coisa de que gostamos: a tomada de decisões exige escolher um objetivo em detrimento de outro. 1

2 1. Os 10 princípios da Economia 1. As pessoas enfrentam tradeoffs Portanto, quando as pessoas estão agrupadas em sociedade, deparam-se com tipos diferentes de tradeoffs. 1. Os 10 princípios da Economia 1. As pessoas enfrentam tradeoffs EFICIÊNCIA (máximo possível a partir dos recursos disponíveis) vs. EQUIDADE (distribuição justa) 1. Os 10 princípios da Economia 1. As pessoas enfrentam tradeoffs Exemplo 1: Como alocar o tempo entre 2 e 3:45 da tarde: estudar economia ou tirar uma soneca? Exemplo 2 : Como alocar o tempo durante o verão? Cigarra: cantando; formiga: estocando comida para o inverno 2

3 1. Os 10 princípios da Economia 1. As pessoas enfrentam tradeoffs Exemplo 3: Eficiência versus equidade: redistribuir renda (repartir o bolo em pedaços mais iguais) pode reduzir a eficiência (o tamanho do bolo): a recompensa por trabalhar duro se reduz, as pessoas se esforçam menos e produzem menos bens. 1. Os 10 princípios da Economia 2. O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la Como as pessoas enfrentam tradeoffs, a tomada de decisões exige comparar os custos e benefícios de possibilidade alternativas de ação. Em muitos casos, contudo, o custo de uma ação não é tão claro quanto pode parecer à primeira vista. O custo de oportunidade de um item é aquilo de que você abre mão para o obter. Ao tomarem qualquer decisão, os tomadores de decisões precisam estar cientes dos custos de oportunidade que acompanham cada ação possível. 1. Os 10 princípios da Economia 2. O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la Exemplo: Entrar na universidade. Benefícios: melhores oportunidades de emprego no futuro; Custos: salário que se deixa de ganhar em um possível emprego no presente. 3

4 1. Os 10 princípios da Economia 3. As pessoas racionais pensam na margem Os economistas usam o termo mudanças marginais para descrever pequenos ajustes incrementais a um plano de ação existente. Lembre-se de que margem pressupõe a existência de extremos, portanto, mudanças marginais são ajustes ao redor dos extremos daquilo que você está fazendo. Um tomador de decisões racional executa uma ação se, e somente se, o benefício marginal da ação ultrapassa o custo marginal. 1. Os 10 princípios da Economia 3. As pessoas racionais pensam na margem Exemplo 1: Fazer um curso de especialização de um ano ("margem"), após a sua formatura. 1. Os 10 princípios da Economia 3. As pessoas racionais pensam na margem Exemplo 2: Standby passenger. Um vôo em um avião de 200 assentos custa para uma empresa aérea US$ 100,000. O custo médio de cada passageiro é 100,000/200 = US$ 500. Pode-se pensar que a empresa nunca venderá um bilhete de passagem por menos de 500. Mas numa situação em que o avião está para decolar com alguns assentos vazios, a empresa pode vender um bilhete para o passageiro que se encontra esperando no saguão do aeroporto querendo pagar, digamos, $ 300. Embora o custo médio de um passageiro seja 500, o custo marginal seria apenas mais um almoço servido. A empresa pode aumentar seus lucros pensando na margem. 4

5 1. Os 10 princípios da Economia 4. As pessoas reagem a incentivos Como as pessoas tomam decisões por meio da comparação entre custos e benefícios, seu comportamento pode mudar quando os custos ou benefícios mudam. Em outras palavras, as pessoas reagem a incentivos. Os formuladores de políticas públicas nunca devem se esquecer dos incentivos, já que muitas políticas alteram os custos e benefícios para as pessoas e, portanto, alteram seu comportamento. 1. Os 10 princípios da Economia 4. As pessoas reagem a incentivos Exemplo 1: Quando o preço da maçã sobe, as pessoas decidem comer mais peras, porque o custo de comprar uma maçã é mais alto: plantadores de maçã contratam mais trabalhadores para colher mais maçãs, já que o benefício de vender uma maçã é também mais alto. 1. Os 10 princípios da Economia 4. As pessoas reagem a incentivos Exemplo 2: Cintos de segurança. A intenção da política é obrigar o uso do cinto de segurança para reduzir o número de acidentes de trânsito: a probabilidade de sobreviver a um acidente aumenta para os motoristas: estes então alteram o seu comportamento com relação a velocidade e atenção no trânsito: dirigir devagar e com mais atenção tem custo em termos de tempo e esforço: o uso do cinto torna acidentes menos custosos para os motoristas porque isso reduz a probabilidade de morte: o benefício de se dirigir devagar e com mais atenção se reduz. Como resultado, o número de acidentes aumenta, apesar de as mortes de motoristas em cada acidente se reduzirem: para os pedestres, as mortes aumentam com o aumento do número de acidentes. Moral: sem se considerar os incentivos, o efeito de uma política pode não ser o pretendido. 5

6 1. Os 10 princípios da Economia 5. O comércio pode ser bom para todos O comércio permite que as famílias e os países e especializem naquilo que sabem fazer de melhor e desfrutem de uma maior variedade de bens e serviços. 1. Os 10 princípios da Economia 5. O comércio pode ser bom para todos Exemplo: Uma pessoa não estaria em melhor situação se estivesse isolada das outras: isolado, alguém teria que produzir toda a comida que come, fazer todas as suas roupas, construir sua própria casa,... claramente uma pessoa ganha ao transacionar com outras. Com a troca, cada pessoa se especializa na atividade em que é melhor, e isso é válido também para países. 1. Os 10 princípios da Economia 5. O comércio pode ser bom para todos 6

7 1. Os 10 princípios da Economia 6. Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica Como vimos, a especialização em uma determinada função e o comércio são formas eficientes que precisam ser organizadas. Tal organização (alocação) é feita nos mercados, um conjunto de compradores e vendedores dispostos a ofertar e demandar determinado produto ou serviço. 1. Os 10 princípios da Economia 6. Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica Já que indivíduos e firmas se guiam pelos preços, ao decidir o que comprar e vender eles (sem que se percebam) levam em conta os benefícios e custos sociais de suas ações. 1. Os 10 princípios da Economia 7. Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados Quando os mercados são ineficientes, os governos podem interferir tentando fazer desaparecer externalidades e assimetria de informações. FALHA DE MERCADO (alocação ineficiente do mercado) EXTERNALIDADES (impactos em terceiros da ação de um agente) PODER DE MERCADO (capacidade de influenciar indevidamente os preços do mercado) 7

8 1. Os 10 princípios da Economia 7. Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados Diante de externalidade e poder de mercado, os mercados podem falhar: o governo pode organizar melhor a economia, i.e. aumentar a eficiência e promover a equidade. 1. Os 10 princípios da Economia 7. Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados O desmatamento produz uma externaidade negativa. 1. Os 10 princípios da Economia 7. Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados Exemplo: O mercado distribui renda a cada pessoa de acordo com sua capacidade de produzir bens que outras estão querendo obter: isso pode não gerar equidade: o governo, via o imposto de renda e o sistema de bem-estar, pode procurar distribuir a renda mais equitativamente. 8

9 1. Os 10 princípios da Economia 8. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços A capacidade de produzir bens e serviços em uma economia (Produto Interno Bruto PIB) está diretamente relacionada com o padrão de vida da população a qual se submete a riqueza/produto formado (produtividade). 1. Os 10 princípios da Economia 8. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços Exemplo 1: A desaceleração do crescimento da renda americana não seria explicada pela concorrência com o Japão e outros países: a culpa seria da desaceleração do crescimento da produtividade nos Estados Unidos. 1. Os 10 princípios da Economia 8. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços Exemplo 2: A educação produz uma externalidade positiva. 9

10 1. Os 10 princípios da Economia 8. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços Exemplo 3: Déficit orçamentário do governo (i.e. o excesso de gastos do governo sobre suas receitas) pode reduzir o padrão de vida porque pode reduzir a produtividade. Para financiar seu déficit, o governo toma emprestado no mercado financeiro: isso reduz a quantidade de empréstimos disponíveis para pessoas e firmas: cai o investimento em capital humano (educação) e físico (máquinas): menos investimento hoje leva a baixa produtividade no futuro. 1. Os 10 princípios da Economia 9. Os preços sobem quando o governo emite moeda demais Se o governo, através da autoridade monetária, decidir emitir moeda de maneira excessiva, pode ocasionar em aumento do nível geral dos preços, ou seja, inflação. 1. Os 10 princípios da Economia 9. Os preços sobem quando o governo emite moeda demais Exemplo 1: Alemanha do começo dos anos 1920: preços triplicando a cada mês estavam associados ao fato de a quantidade de moeda estar triplicando a cada mês. Exemplo 2: Estados Unidos: nos anos 1970, a alta inflação esteve associada com o rápido crescimento da quantidade de moeda; nos anos 1990, a baixa inflação esteve ligada ao lento crescimento da quantidade de moeda. 10

11 1. Os 10 princípios da Economia 10. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego Através da Curva de Phillips podemos montar uma relação inversa entre o nível geral de preços (inflação) e a taxa de desemprego. 1. Os 10 princípios da Economia 10. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego Exemplo: Se o governo reduzir a quantidade de dinheiro as pessoas ficam com menos para gastar: como os preços não se reduzem de imediato, as firmas vendem menos: as firmas desempregam trabalhadores temporariamente (desemprego): no curto prazo há desemprego e alguns preços ainda estão altos mas, no longo prazo, os preços caem o desemprego se reduz. 3. Análise Positiva x Análise Normativa Para ajudar a esclarecer os dois papéis que os economistas desempenham, começaremos examinando o uso da linguagem. Como cientistas e conselheiros políticos têm objetivos diferentes, usam a linguagem de maneiras diferentes. Declarações positivas são aquelas que tentam descrever o mundo como ele é. Declarações normativas são aquelas que tentam prescrever o mundo como deveria ser. Exemplo: Analise positiva - Polly: O salário mínimo causa desemprego. Analise normativa - Norma: O governo deveria aumentar o salário mínimo. 11

12 4. A Lei da Escassez Em Economia tudo se resume a uma restrição quase que física: a lei da escassez, isto é, produzir o máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade. Se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, se os desejos humanos pudessem ser completamente satisfeitos, não importaria que uma quantidade excessiva de certo bem fosse de fato produzida. Portanto, a Economia é o estudo da escassez dos bens e dos recursos, dada as necessidades ilimitadas da sociedade. 5. Microeconomia e Macroeconomia Microeconomia é o estudo de como a famílias e empresas tomam decisões e de como interagem nos mercados. Macroeconomia é o estudo dos fenômenos da economia como um todo, incluindo inflação, desemprego e crescimento econômico. 6. Problemas econômicos básicos Nas bases de qualquer comunidade se encontra sempre a seguinte tríade de problemas econômicos básicos: O QUE produzir? Isto significa quais os produtos deverão ser produzidos e em que quantidade deverão ser colocados à disposição dos consumidores. COMO produzir? Isto é, por quem serão produzidos os bens e serviços, com que recursos e de que maneira ou processo técnico. PARA QUEM produzir? Ou seja, para quem se destinará a produção, fatalmente para os que têm renda 12

13 6. Problemas econômicos básicos É muito fácil entender que: QUAIS, QUANTO, COMO e PARA QUEM produzir não seriam problemas se os recursos utilizáveis fossem ilimitados. Todavia, na realidade existem ilimitadas necessidades e limitados recursos disponíveis e técnicas de fabricação. Baseada nessas restrições, a Economia deve optar dentre os bens a serem produzidos e os processos técnicos capazes de transformar os recursos escassos em produção. 6. Problemas econômicos básicos Necessidades humanas ilimitadas X Recursos produtivos escassos O que e quanto Como Para quem (produzir) Escassez Escolha 7. Fluxo Circular de Renda O Fluxo Circular de Renda é uma forma esquemática de apresentarmos as interrelações entre os agentes econômicos que compõem nossa sociedade, juntamente com a organização e propriedade dos fatores de produção. Os agentes econômicos são: Unidades Familiares Empresas Governo Resto do Mundo 13

14 7. Fluxo Circular de Renda Unidades Familiares: Indivíduos empregados; Aposentados e pensionistas; Todos que recebem renda. Empresas: Unidades que compõem o aparelho de produção; Produtoras de bens e serviços; Reúnem, organizam e remuneram os fatores de produção. 7. Fluxo Circular de Renda Governo: Centro de produção de serviços coletivos; Agente coletivo que contrata trabalho das unidades familiares e parcela da produção da empresas para proporcionar serviços úteis à sociedade; Governo federal, estadual e municipal. Resto do Mundo Unidades familiares, empresas e governo de outros países. 7. Fluxo Circular de Renda Os fatores de produção são: 1) Recursos naturais ou Terra: elementos da natureza suscetíveis de serem incorporados às atividades econômicas. 2) Mão-de-obra ou Trabalho: conjunto da população em idade ativa disponível na sociedade. 3) Capital: conjunto de edifícios, máquinas, equipamentos e instalações que a sociedade dispõe para efetuar a produção 14

15 7. Fluxo Circular de Renda 7. Fluxo Circular de Renda 8. A Curva de Possibilidades de Produção - CPP A CPP é um gráfico que mostra as várias combinações de produto que a economia pode produzir potencialmente, dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis. É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dado os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados. Representa o tradeoff enfrentado pela sociedade, de que nada é de graça, ou seja, obtemos alguma coisa abrindo mão de outra. 15

16 Qtd. Prod. Y 28/01/ A Curva de Possibilidades de Produção Fronteira de Possibilidades de Produção Qtd. Prod. Y Qtd. Produzida de X 8. A Curva de Possibilidades de Produção Ponto A Capacidade Ociosa (Ineficiência) Neste ponto o custo de oportunidade é zero, pois não é necessário sacrifício de recursos produtivos para aumentar a produção de um bem, ou mesmo, dois bens. Qtd. Prod. Y Fronteira de Possibilidades de Produção A B C D Qtd. Produzida de X 8. A Curva de Possibilidades de Produção Pontos B,C Não há como produzir mais, sem reduzir a produção do outro. - Combinações de produto - (Nível de produto Eficiente / Pleno Emprego) Ponto D Nível impossível de produção. Posição inalcançável no período imediato Fronteira de Possibilidades de Produção B C D A Qtd. Produzida de X 16

17 8. A Curva de Possibilidades de Produção 8. A Curva de Possibilidades de Produção Na Curva (pontos I, J, K) : níveis altamente eficientes, significa que todos os recursos produtivos estão sendo utilizados. Dentro da Curva (ponto G) : subemprego de fatores (capacidade ociosa), pois a sociedade poderia aumentar sua produção de alimentos sem reduzir a produção de automóveis, ou vice-versa. Fora da Curva (ponto L) : está fora da fronteira. Para atingir este ponto a Curva tem que se deslocar à direita (níveis mais elevados de produção). 8. A Curva de Possibilidades de Produção Finalidade: Demonstrar o conceito de escassez. Indica: Combinações máximas possíveis de produção de dois bens que podem ser obtidas quando a economia utiliza todos os seus recursos de diferentes maneiras. 17

18 Qtd. Prod. Y 28/01/ A Curva de Possibilidades de Produção Custo de Oportunidade: Mede o valor das oportunidades perdidas em decorrência da escolha de uma alternativa de produção em lugar de uma outra também possível. 8. A Curva de Possibilidades de Produção Lei dos custos de oportunidade crescentes Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de produção de uma economia e estando o sistema a operar a níveis de pleno emprego, a obtenção de quantidades adicionais de determinada classe de produto implica necessariamente a redução das quantidades de outra classe. Em resposta a constantes reduções impostas à classe que estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicionais cada vez menos expressivas da classe cuja produção estará sendo aumentada, devido à relativa e progressiva inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em uso. 8. A Curva de Possibilidades de Produção Três conceitos: 1. Atividade econômica de curto prazo 2. Crescimento econômico 3. Desenvolvimento econômico Fronteira de Possibilidades de Produção Qtd. Produzida de X 18

19 II.História do Pensamento Econômico (um resumo) Economia Prof. Ângelo Cardoso Pereira Conteúdo da Aula 1. Mercantilismo 2. Fisiocracia 3. Escola Clássica 4. Atualidade Um resumo Mercantilismo Volume de metais visto como principal fonte de poder; Fomentar o comércio exterior. Fisiocracia (François Quesnay) A terra e a natureza representam o fator econômico produtivo; A ordem natural ou governo da natureza conduzem a vida econômica; Só a terra tinha a capacidade de multiplicar a riqueza. Escola Clássica (Adam Smith e David Ricardo) Mão invisível; Laissez faire; A verdadeira fonte de riqueza é o trabalho; A produtividade decorre da divisão do trabalho; Produtividade estimulada pela ampliação dos mercados. 19

20 Um resumo Atualidade (John Keynes) Intervenção econômica do Estado; Qualidade de moeda disponível no mercado; Preferência pela liquidez ou velocidade de troca da moeda em relação a sua garantia ou lastro (riqueza econômica existente); Incitamento ao investimento; Propensão ao consumo. III.Estruturas de Mercado Economia Prof. Ângelo Cardoso Pereira Conteúdo da Aula 1. Introdução 2. Mercado em Concorrência Perfeita 3. Monopólio 4. Oligopólio 5. Concorrência Monopolística 6. Estruturas do Mercado de Fatores 20

21 1. Conceitos Iniciais As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de 3 características: a) número de empresas que compõem esse mercado; b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos idênticos ou diferenciados); c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. 1. Concorrência Pura ou Perfeita Características básicas: Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores (como átomos ), de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços pelo mercado) Produtos Homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado. 1. Concorrência Pura ou Perfeita Características básicas: Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado. Racionalidade : os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem racionalmente. Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, qualidade, os custos, as receitas e os lucros dos concorrentes; 21

22 1. Concorrência Pura ou Perfeita Características básicas: Obs.: Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde as receitas supram os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade. Compradores e vendedores em mercados competitivos são denominados tomadores de preço, ou seja, devem aceitar o preço determinado pelo mercado. 2. Monopólio Características básicas: - uma única empresa produtora do bem ou serviço; - não há produtos substitutos próximos; - existem barreiras à entrada de firmas concorrentes. 2. Monopólio Características básicas: As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas: Monopólio puro ou natural = devido à alta escala de produção requerida, exigindo um elevado montante de investimento. A empresa monopolística já está estabelecida em grandes dimensões e tem condições de operar com baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a um preço equivalente à firma monopolista; Patentes = direito único de produzir o bem. Concessão conferida pelo Estado, que garante ao seu titular a propriedade de explorar comercialmente a sua criação 22

23 2. Monopólio Monopólio puro ou natural Uma única empresa consegue ofertar um bem ou serviço a um mercado inteiro a um custo menor do que ocorreria se existissem duas ou mais empresas no mercado. 2. Monopólio Características básicas: Controle de matérias-primas chaves = Exemplo : o controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio. Monopólio estatal ou institucional, protegido pela legislação, normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura. Exemplo: empresas fornecedoras de energia elétrica. Obs.: Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada de novas empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazo em mercados monopolizados. 3. Oligopólio Definido de duas formas: - pequeno nº de empresas no setor. Ex. Indústria automobilística. - ou um pequeno nº de empresas domina um setor com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica. 23

24 3. Oligopólio Características básicas: Devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de preços. No oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a entrada de novas empresas no setor. 3. Oligopólio Características básicas: Tipos de oligopólio: com produto homogêneo (alumínio, cimento); com produto diferenciado (automóveis). Obs.: A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão. 3. Oligopólio Características básicas: Formas de atuação das empresas: concorrem entre si, via guerra de preços ou de promoções (forma de atuação pouco freqüente); formam cartéis (conluios, trustes). Cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina a política para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre as empresas. 24

25 3. Oligopólio Características básicas: Obs.: Os formuladores de políticas usam as leis antitruste para inibir oligopólios de se comportarem de forma indesejável e reduzir a competição. 4. Concorrência Monopolística Características básicas: muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço; cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos; cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de escolha, de acordo com sua preferência. Obs.: Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há tendência apenas para lucros normais (RT=CT), como em concorrência perfeita, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em que persistirão lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes. Síntese Características nº de Empresas Produto Controle de Preços Ingresso Concorrência Perfeita Muito grande Homogêneo Rigidez Sem barreiras Monopólio Só há uma empresa Não há substitutos próximos Empresa com poder Há barreiras p/ as novas Oligopólio Pequeno Pode ser homogêneo ou diferenciado Poder c/ interdependência Há barreiras p/ as novas Concorrência Monopolística Grande Diferenciado Pouca margem de manobra Sem barreiras 25

26 5. Estrutura do Mercado de Fatores de Produção Concorrência Perfeita = existe uma oferta abundante do fator de produção (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna o preço desse fator constante. Monopsônio = Há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos. Oligopsônio = Existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios. Monopólio bilateral = Ocorre quando um monopsonista, na compra do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. IV.Mecanismos de Oferta e Demanda nos Mercados Economia Prof. Ângelo Cardoso Pereira Conteúdo da Aula 1. Conceitos Iniciais 1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda 2. Deslocamentos da Curva de Demanda 3. A Teoria do Consumidor 3. A Oferta em um Mercado 1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada 2. Deslocamentos da Curva de Oferta 4. Equilíbrio em um Mercado 1. Oferta e Demanda Reunidas 2. Mudanças no Equilíbrio 3. Estudo de Caso 5. Exercícios 26

27 1. Conceitos Iniciais Oferta e Demanda são as forças que fazem a Economia funcionar. A Teoria da Oferta e da Demanda considera como compradores e vendedores se comportam e como interagem uns com os outros no mercado. 1. Conceitos Iniciais Mas, o que é mercado??? Mercado é um grupo de compradores e vendedores de um particular bem ou serviço. Compradores determinam a demanda e vendedores determinam a oferta. 1. Conceitos Iniciais Os mercados assumem diferentes formas, às vezes altamente organizados. Porém, são mais freqüentemente menos organizados. Trataremos de tais discussões sobre os diversos tipos de mercados mais a frente. Só nos interessa, por enquanto, entender que lidaremos com as forças de oferta e demanda em mercados perfeitamente competitivos, um mercado em que, além de oferecer bens e serviços homogêneos, há tantos compradores e vendedores que cada um deles tem impacto insignificante sobre o preço de mercado. 27

28 1. Conceitos Iniciais Quando começarmos a analisar os mercados através de curvas de oferta e demanda admitiremos a hipótese CETERIS PARIBUS Ou seja, todos os demais fatores estarão sendo mantidos constantes. Para os Economistas, demanda representa o desejo de comprar bens ou serviços. Muitas vezes usa-se também a palavra procura como sinônimo de demanda. Recordando: Em um mercado, quem determina a demanda??? A quantidade que o consumidor planeja comprar de cada mercadoria depende de sua capacidade de compra e esta capacidade é condicionada pela renda que o consumidor tem e pelos preços de mercado. 1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda A quantidade demandada de um bem é a quantidade desse bem que os compradores desejam e podem comprar. Como veremos, são muitas as características que determinam a quantidade demandada de qualquer bem, mas, ao se analisar como funcionam os mercados, há um determinante que representa um papel central: o preço do bem. 28

29 1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda Vejamos como funciona essa relação: Imagine você...se estivesse desejoso de consumir balas, com uma dada renda, quantas compraria se o preço fosse R$ 0,10? E agora? Quantas compraria se o preço subisse para R$ 0,25? Seu desejo e vontade de comprar balas representa sua demanda pelas mesmas! A quantidade que você transaciona no mercado (que você deseja e pode comprar) representa sua quantidade demandada por balas! O que você descobriu? 1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda LEI DA DEMANDA A QUANTIDADE DEMANDADA DE UM BEM VARIA INVERSAMENTE COM O PREÇO DO MESMO. Ou seja, um aumento de preço (com tudo o mais mantido constante ceteris paribus), ocasiona uma diminuição da quantidade demandada, enquanto uma diminuição no preço (com tudo o mais permanecendo constante - ceteris paribus), ocasiona um aumento da quantidade demandada. 1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda Preço Quantidade Demandada R$ 0,10 20 R$ 0,25 15 R$ 0,50 10 R$ 1,00 7 R$ 1,25 3 R$ 1,50 0 ESCALA DE DEMANDA 29

30 1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda Preço Quantidade Demandada R$ 0,10 20 R$ 0,25 15 R$ 0,50 10 R$ 1,00 7 R$ 1,25 3 R$ 1, Relação entre Preço e Quantidade Demanda Preço Quantidade Demandada R$ 0,10 20 R$ 0,25 15 R$ 0,50 10 R$ 1,00 7 R$ 1,25 3 R$ 1, Relação entre Preço e Quantidade Demanda A lei da demanda define uma correlação negativa entre preços e quantidades, ou seja, se o preço sobe a quantidade demanda diminui e vice-versa. Entretanto há situações atípicas, que denominamos excessões à lei da demanda, pois preços e quantidades estabelecem uma correlação positiva. São elas: 1. Para níveis de renda muito baixa, ceteris paribus, a demanda por alguns produtos essenciais aumenta com o aumento dos preços. São os chamados bens de Giffen. 2. Para níveis de renda muito alta, ceteris paribus, a demanda por alguns produtos superfluos ou ostentatórios, aumenta com o aumento dos preços. São os chamados bens de Veblen. 30

31 2. Deslocamento da Curva de Demanda A curva de demanda do mercado por um determinado bem ou serviço depende de algumas variáveis. O que acontece com a demanda por margarina se o consumidor passar a gostar mais de manteiga? O que acontece com a demanda por carros se mais consumidores estão dispostos a dirigir? O que acontece com a demanda por sapatos hoje se você espera que tais preços aumentem futuramente? 2. Deslocamento da Curva de Demanda Portanto, a curva de demanda é função de algumas variáveis que a deslocam: a) Renda b) Preço dos bens complementares c) Preço dos bens substitutos d) Gostos e) Expectativas f) Número de compradores 2. Deslocamento da Curva de Demanda a) Renda Uma renda menor significa que você tem menos renda para seus gastos totais, de modo que precisará gastar menos com alguns bens. Se a demanda por um bem diminui quando a renda cai, o bem é chamado de bem normal. Se a demanda por um bem aumenta quando a renda cai, o bem é chamado de bem inferior. 31

32 2. Deslocamento da Curva de Demanda Exemplos de bens inferiores: Salsicha e mortadela. 2. Deslocamento da Curva de Demanda b) Preços dos bens complementares Se os bens X e Y são complementares, o aumento do preço de X leva a uma redução na demanda por Y (e vice-versa). Exemplo: Se o preço do sorvete aumentar, você provavelmente comprará menos sorvete e, muito provavelmente, comprará menos cobertura de chocolate, pois ambos os bens são consumidos juntos. 2. Deslocamento da Curva de Demanda c) Preços dos bens substitutos Se os bens X e Y são substitutos, o aumento do preço de X leva a um aumento na demanda por Y (e viceversa). Exemplo: Se o preço da manteiga aumentar, você provavelmente comprará menos manteiga e, como são bens substitutos, passará a comprar mais margarina. 32

33 2. Deslocamento da Curva de Demanda d) Gostos O mais óbvio determinante de sua demanda (assim como da determinação da demanda de todo o mercado) são seus gostos. Exemplo: Se você gostar mais de computadores do que de celulares, sua demanda por computadores será maior que sua demanda por celulares 2. Deslocamento da Curva de Demanda e) Expectativas Suas expectativas com relação ao preço de um determinado bem ou serviço futuramente também determinam sua demanda atual pelo bem ou serviço. Exemplo: Se você espera que o preço dos calçados se eleve daqui a uma semana, você comprará mais calçados hoje. 2. Deslocamento da Curva de Demanda f) Número de compradores A demanda total do mercado depende da quantidade de consumidores que participam do mercado. Exemplo: Se o mercado de camisetas tiver um aumento no número de compradores, a demanda pelo bem em questão aumentará. 33

34 2. Deslocamento da Curva de Demanda Observe como as curvas de demanda se deslocam: D 1 D 1 2. Deslocamento da Curva de Demanda Preço Renda Variável Uma Mudança Nesta Variável... Representa um movimento ao longo da curva de demanda Desloca a curva de demanda Lei Preços dos bens relacionados Gostos Expectativas Desloca a curva de demanda Desloca a curva de demanda Desloca a curva de demanda Perfil Número de compradores Desloca a curva de demanda 2. Deslocamento da Curva de Demanda Síntese FATORES QUE INFLUENCIAM Preço do bem (Px) Renda do consumidor (Y) Hábitos e gostos do consumidor (H) Preço de outros bens (Pz) Etc FUNCÃO GERAL DA DEMANDA Qd x = f (P x, P z,y, H, etc) 34

35 3. A Teoria do Consumidor Analisemos agora, de uma forma mais técnica, qual o motivo relacionado com a declividade para a direita da curva de demanda. Trataremos da utilidade marginal. Para começar, vamos distinguir entre a utilidade total obtida do consumo de certa quantidade de um bem e a satisfação proporcionada pelo último item consumido. 3. A Teoria do Consumidor A utilidade marginal (UMg) mede, pois, a satisfação adicional obtida pelo consumo de uma unidade adicional de determinado bem. Ou seja, é a variação da utilidade total pela variação da quantidade do bem que é consumida: 3. A Teoria do Consumidor Portanto, o consumidor levará em conta sua utilidade marginal para maximizar sua satisfação em consumir certa quantidade de bens. Nos deparamos, agora, com o princípio da utilidade marginal decrescente: à medida que se consome mais de determinada mercadoria, quantidades adicionais que forem consumidas vão gerar cada vez menos utilidade. 35

36 3. A Teoria do Consumidor A inclinação cada vez mais acentuada da curva de utilidade total reflete a propriedade da utilidade marginal decrescente. 3. A Teoria do Consumidor A maximização da utilidade ocorrerá somente quando o consumidor tiver satisfeito o princípio da igualdade marginal, isto é, tiver igualado a utilidade marginal por dólar despendido em cada uma das mercadorias. 3. A Teoria do Consumidor Possibilidades de consumo As escolhas de consumo de um indivíduo são limitadas pela renda individual e pelos preços dos bens e serviços que esse consumidor compra. O indivíduo tem determinada renda para gastar e não tem como influenciar o preço dos bens e serviços que compra. A linha orçamentária de um consumidor descreve os limites de suas escolhas de consumo. 36

37 3. A Teoria do Consumidor 3. A Teoria do Consumidor Preço relativo Um preço relativo é o preço de um bem dividido pelo preço de outro. O preço de um filme é $ 6, e o preço do refrigerante é $ 3 por pacote de 6 unidades, de modo que o preço relativo de um filme em termos do preço do refrigerante é $ 6 por filme dividido por $ 3 por pacote, o que equivale a 2 pacotes por filme. 3. A Teoria do Consumidor 37

38 3. A Teoria do Consumidor Renda real A renda real de um indivíduo é a renda individual expressa como uma quantidade de bens que ele pode comprar. Em termos de refrigerantes, a renda real de Lisa é de 10 pacotes de 6 unidades. Essa quantidade é o número máximo de pacotes que ela pode comprar e é igual à sua renda monetária, $ 30, dividida pelo preço do refrigerante, $ 3 por pacote de 6 unidades. 3. A Teoria do Consumidor 3. A Teoria do Consumidor Preferências Como Lisa divide seu orçamento disponível entre filmes e refrigerantes? A resposta depende do que ela gosta e do que não gosta suas preferências. O benefício ou a satisfação que uma pessoa obtém do consumo de um bem ou serviço é chamado de utilidade. Utilidade total A utilidade total é o benefício total que alguém obtém do consumo de bens e serviços. A utilidade total depende do nível de consumo maior consumo em geral resulta em maior utilidade total. 38

39 3. A Teoria do Consumidor 3. A Teoria do Consumidor Utilidade total de Lisa obtida do consumo de filmes e refrigerantes Filmes Refrigerantes Qtd/mês Utotal Qtd/mês Utotal A Teoria do Consumidor Utilidade marginal A utilidade marginal é a variação da utilidade total resultante do aumento de uma unidade na quantidade de um bem consumido. A utilidade marginal diminui à medida que o consumo aumenta. Chamamos de princípio da utilidade marginal decrescente a redução da utilidade marginal que ocorre à medida que a quantidade consumida do bem aumenta. 39

40 3. A Teoria do Consumidor 3. A Teoria do Consumidor A principal hipótese da teoria da utilidade marginal é que o indivíduo escolhe a possibilidade de consumo que maximize sua utilidade total. A escolha maximizadora de utilidade As linhas da Tabela a seguir mostram as combinações possíveis de filmes e refrigerantes ao longo da linha orçamentária de Lisa. O equilíbrio do consumidor é uma situação na qual um consumidor alocou toda a sua renda disponível de um modo que, considerando-se os preços dos bens e serviços, maximize sua utilidade total. 3. A Teoria do Consumidor Combinaçõesmaximizadorasde utilidade de Lisa Filmes Utotal obtida Refrigerantes Qtd/mês Utotal de F e R Utotal Qtd/mês A B C D E F

41 3. A Teoria do Consumidor A igualdade da utilidade marginal por unidade monetária A utilidade total de um consumidor é maximizada por meio da seguinte regra: Gastar toda a renda disponível e igualar a utilidade marginal por unidade monetária para todos os bens. A utilidade marginal por unidade monetária é a utilidade marginal de um bem dividida por seu preço. Regra: 3. A Teoria do Consumidor utilidade marginal que se obtém ao assistir a 1 filme por mês UMg F preço de 1 filme P F. consumo de refrigerantes P S. utilidade marginal por unidade monetária de 1 filme por mês UMg F /P F. utilidade marginal por unidade monetária que se obtém do consumo de refrigerantes UMg F /P F. 3. A Teoria do Consumidor Duas utilidades marginais por unidade monetária são iguais quando: UMg F /P F = UM R /P R A Tabela a seguir e a Figura no próximo slide mostram a igualdade das utilidades marginais por unidade monetária. 41

42 3. A Teoria do Consumidor Igualdade das utilidades marginais por unidade monetária Filmes Refrigerantes ($ 6 cada) ($ 3 por pacote de seis) Qtd/mês Umg Umg/$ Qtd/mês Umg Umg/$ A ,00 B , ,67 C , ,33 D , ,33 E , ,00 F , ,00 3. A Teoria do Consumidor 3. A Oferta em um Mercado Enquanto os consumidores determinam a demanda de um mercado, os produtores/vendedores determinam a oferta de bens e serviços no mesmo. A quantidade ofertada de qualquer bem ou serviço é a quantidade que os vendedores querem e podem vender. 42

43 3. A Oferta em um Mercado 1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada Como veremos, são muitas as características que determinam a quantidade ofertada de qualquer bem, mas, novamente, o preço do bem representa um papel fundamental em nossa análise. Vejamos como isso funciona A Oferta em um Mercado 1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada Se você fosse um vendedor de sapatos e percebesse que o preço do bem no mercado aumentou. O que você faria: aumentaria a quantidade de sapatos ofertada ou diminuiria tal quantidade??? Como você é um maximizador de lucros, provavelmente aumentará a quantidade ofertada de sapatos. 2. A Oferta em um Mercado 1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada LEI DA OFERTA A QUANTIDADE OFERTADA DE UM BEM VARIA DIRETAMENTE COM O PREÇO DO MESMO. Ou seja, um aumento de preço (com tudo o mais mantido constante ceteris paribus), ocasiona um aumento da quantidade ofertada, enquanto uma diminuição no preço (com tudo o mais permanecendo constante - ceteris paribus), ocasiona uma diminuição da quantidade ofertada. 43

44 Preços 28/01/ A Oferta em um Mercado 1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada Preço R$ 0,10 0 Quantidade Ofertada Curva de Oferta por sapatos R$ 0,25 3 R$ 0,50 7 R$ 1,00 10 R$ 1,25 15 R$ 1,50 20 Preços R$ 1,50 R$ 1,25 R$ 1,00 R$ 0,75 R$ 0,50 R$ 0,25 ESCALA DE OFERTA R$ Quantidades Demandadas 2. A Oferta em um Mercado 1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada Preço Quantidade Ofertada R$ 0,10 0 Curva de Oferta por sapatos R$ 0,25 3 R$ 0,50 7 R$ 1,00 10 R$ 1,25 15 R$ 1,50 20 Preços R$ 1,50 R$ 1,25 R$ 1,00 R$ 0,75 R$ 0,50 R$ 0,25 R$ Quantidades Demandadas 2. A Oferta em um Mercado 1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada Preço Quantidade Ofertada Curva de Oferta por sapatos R$ 0,10 0 R$ 0,25 3 R$ 0,50 7 R$ 1,00 10 R$ 1,50 R$ 1,25 R$ 1,00 R$ 0,75 R$ 1,25 15 R$ 1,50 20 R$ 0,50 R$ 0,25 R$ Quantidades Demandadas 44

45 3. A Oferta em um Mercado 2. Deslocamento da Curva de Oferta A curva de oferta do mercado por um determinado bem ou serviço depende de algumas variáveis. O que acontece com a oferta de sorvete se o preço do leite está baixo? O que acontece com a oferta de carros hoje se as montadoras esperam que o preço dos veículos aumente no futuro? O que acontece com a oferta de livros se mais escritores estão trabalhando? 3. A Oferta em um Mercado 2. Deslocamento da Curva de Oferta Portanto, a curva de oferta é função de algumas variáveis que a deslocam: a) Preço dos insumos b) Tecnologia c) Expectativas d) Número de vendedores 3. A Oferta em um Mercado 2. Deslocamento da Curva de Oferta a) Preço dos insumos Quando o preço dos insumos aumenta, torna-se menos lucrativo para a empresa produzir um bem ou serviço, de modo que a oferta diminui. Logo, se o preço dos insumos diminui, então a empresa estará mais disposta a ofertar tal bem, auferindo lucros maiores. Ou seja, o preço dos insumos está relacionado negativamente com a oferta de um bem. Exemplo: Imagine que você produza sorvetes. Se o preço do leite e do açúcar subirem substancialmente, você ofertará menos sorvetes para não incorrer em prejuízos. 45

46 3. A Oferta em um Mercado 2. Deslocamento da Curva de Oferta b) Tecnologia A tecnologia utilizada para transformar insumos em produtos é outro determinante da oferta. A invenção de máquinas que reduzem a quantidade de trabalho necessária, além de reduzir os custos das empresas, aumentam a oferta do bem em questão. Exemplo: Se novas máquinas mais eficientes para a produção de carros forem inventadas, então as empresas poderão diminuir seus custos demitindo pessoal e ofertar mais carros ao mercado. 3. A Oferta em um Mercado 2. Deslocamento da Curva de Oferta c) Expectativas A oferta de um bem hoje, pode refletir a expectativa dos vendedores amanhã. Se uma empresa espera que o preço de seus produtos aumentem no futuro, ela estocará parte de sua produção atual e ofertará menos hoje. 3. A Oferta em um Mercado 2. Deslocamento da Curva de Oferta d) Número de vendedores Assim como aconteceu com a demanda, quanto maior o número de vendedores de determinado bem ou serviço no mercado, maior será a oferta daquele bem e vice-versa. Exemplo: Se um setor do mercado, digamos o mercado de cadeiras, está sendo lucrativo, mais empresas podem estar tentadas a entrar no mesmo e, então, a oferta de cadeiras no mercado aumentará. 46

47 3. A Oferta em um Mercado 2. Deslocamento da Curva de Oferta Preço Variável Preço dos insumos Tecnologia Expectativas Número de vendedores Uma Mudança Nesta Variável... Representa um movimento ao longo da curva de oferta Desloca a curva de oferta Desloca a curva de oferta Desloca a curva de oferta Desloca a curva de oferta 3. A Oferta em um Mercado 2. Deslocamento da Curva de Oferta Preço Variável Preço dos insumos Tecnologia Expectativas Número de vendedores Uma Mudança Nesta Variável... Representa um movimento ao longo da curva de oferta Desloca a curva de oferta Desloca a curva de oferta Desloca a curva de oferta Desloca a curva de oferta Lei Perfil 3. A Oferta em um Mercado 2. Deslocamento da Curva de Oferta Síntese FATORES QUE INFLUENCIAM Preço do bem X (Px) Preço dos insumos utilizados na produção (Pi) Tecnologia (T) Preço de outros bens (Pz) Etc FUNCÃO GERAL DA OFERTA Qo x = f (P x, P i, T, P z, etc) 47

48 4. Equilíbrio em um Mercado Estudamos as curvas de demanda e de oferta isoladamente. Porém, os mercados são compostos de vendedores (ofertantes) e compradores (demandantes) de bens e serviços. Portanto, devemos reunir as curvas de oferta e demanda e encontrar o ponto de equilíbrio. Consideraremos que os mercados estudados se encontram em concorrência perfeita. 4. Equilíbrio em um Mercado 1. Oferta e Demanda reunidas A situação na qual o preço atinge um nível em que a quantidade demanda e a quantidade ofertada são iguais é denominado equilíbrio. O preço de equilíbrio é aquele que iguala a quantidade ofertada e a quantidade demandada. A quantidade de equilíbrio é a quantidade ofertada e a quantidade demandada ao preço de equilíbrio. 4. Equilíbrio em um Mercado 1. Oferta e Demanda reunidas Preço de Equilíbrio Observe o seguinte exemplo: Quantidade de Equilíbrio 48

49 4. Equilíbrio em um Mercado 1. Oferta e Demanda reunidas Ao preço de equilíbrio, a quantidade dos bens que os compradores desejam e podem comprar é exatamente igual à quantidade que os vendedores desejam e podem vender. O preço de equilíbrio é por vezes chamado de preço de ajustamento de mercado porque, a esse preço, o mercado está satisfeito: os compradores compram tudo o que desejavam comprar e os vendedores tudo o que desejavam vender. 4. Equilíbrio em um Mercado 1. Oferta e Demanda reunidas Portanto, um preço que não o de equilíbrio pode acarretar: a) Excesso de oferta: uma situação em que a quantidade ofertada é maior que a quantidade demandada. b) Excesso de demanda: uma situação em que a quantidade demandada é maior que a quantidade ofertada. 4. Equilíbrio em um Mercado 1. Oferta e Demanda reunidas Excesso de oferta Excesso de demanda 49

50 4. Equilíbrio em um Mercado 1. Oferta e Demanda reunidas Esses desequilíbrios não se verificam em uma economia considerando um determinado período de tempo, pois as atividades dos diversos compradores e vendedores conduzem automaticamente o mercado em direção ao preço de equilíbrio. Chegamos à lei da oferta e da demanda: o preço de qualquer bem se ajusta para trazer a quantidade ofertada e a quantidade demandada desse bem para o equilíbrio. 4. Equilíbrio em um Mercado 2. Mudança no Equilíbrio Analisaremos a partir de agora o que chamamos estática comparativa: variações nas curvas de oferta e demanda que modificam o equilíbrio de um ponto de equilíbrio inicial para um novo ponto de equilíbrio. Seguiremos 3 etapas Equilíbrio em um Mercado 2. Mudança no Equilíbrio 1) Analisar se o acontecimento desloca a curva de oferta ou a curva de demanda (ou as duas); 2) Analisar em qual direção a curva se desloca, 3) Usar o diagrama de oferta e demanda para ver como o deslocamento altera o preço e a quantidade de equilíbrio. 50

51 4. Equilíbrio em um Mercado 2. Mudança no Equilíbrio Exemplo 1: Suponhamos que o tempo fique muito quente num determinado verão. Como isso afeta o mercado de sorvete? Deveremos descobrir qual curva se relaciona com o acontecimento e verificar qual efeito sobre ela. Como está mais quente, os consumidores mudam seus gostos temporariamente, o que se reflete na curva de demanda. Como consomem mais sorvete, a demanda aumenta, deslocando-se para a direita. Usemos, então, o diagrama para ver o que acontece com o ponto de equilíbrio. 4. Equilíbrio em um Mercado 2. Mudança no Equilíbrio E 2 O D P Q E 1 4. Equilíbrio em um Mercado 2. Mudança no Equilíbrio Exemplo 2: Suponhamos que, num outro verão, um furacão destrua parte da safra de cana-de-açúcar e que isso aumente o preço do açúcar. Como isso afeta o mercado de sorvete? O açúcar é um insumo para a produção de sorvete. Logo, com a elevação dos custos de produção, os vendedores reduzirão sua produção, o que afeta a curva de oferta, deslocando-a para a esquerda, pois houve uma diminuição da oferta de sorvetes no mercado. 51

52 4. Equilíbrio em um Mercado 2. Mudança no Equilíbrio O D P Q E 2 E 1 4. Equilíbrio em um Mercado 2. Mudança no Equilíbrio Vide livro de Introdução à Economia, de N. Gregory Mankiw, Capítulo 4 para mais informações, inclusive quanto ao deslocamento simultâneo das curvas de oferta e demanda. 4. Equilíbrio em um Mercado 3. Síntese Variação na quantidade demandada Deslocamento sobre a curva ( P x = Lei) Variação na demanda Deslocamento da curva ( P z,y, H, etc = Perfil) Variação na quantidade ofertada Deslocamento sobre a curva ( P x = Lei) Variação na oferta Deslocamento da curva ( P i, T, P z, etc = Perfil) 52

53 4. Equilíbrio em um Mercado 3. Síntese 5. Exercícios Exercício 1 Considere o mercado de minivans. Para cada um dos eventos abaixo, indique se a oferta ou a demanda são afetadas e de que maneira: a) As pessoas decidem ter mais filhos. ( R: AUMENTA) b) Uma greve dos metalúrgicos aumenta o preço do aço. (R: DIMINUI) c) Os engenheiros desenvolvem novas máquinas automatizadas para a produção de minivans. (R: AUMENTA) d) O preço dos utilitários esporte aumenta. (R: DIMINUI) e) Uma queda no mercado de ações reduz o poder aquisitivo das pessoas. (R: DIMINUI) 5. Exercícios Exercício 2 Pesquisas de mercado revelaram as seguintes informações sobre o mercado de barras de chocolate: a escala de demanda pode ser representada pela equação Q D = P, onde Q D é a quantidade demandada e P, o preço. A escala de oferta pode ser representada pela equação Q S = P, onde Q S é a quantidade ofertada. Calcule o preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio no mercado de barras de chocolate. Resposta: P = 2 e Q O = Q S =

54 5. Exercícios Exercício 3 Continue considerando a escala de demanda representada pela equação Q D = P e a escala de oferta representada pela equação Q S = P. Se o governo tabelar um preço mínimo de R$ 5 por barra de chocolate, haverá excesso de oferta ou de demanda? De quanto? Resposta: Excesso de oferta de 300 V.Elasticidades Economia Prof. Ângelo Cardoso Pereira Conteúdo da Aula 1. Conceitos Iniciais 2. Elasticidade da Demanda 1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes 2. Cálculo da Elasticidade-preço 3. Receita Total e Elasticidade-preço 4. Outras Elasticidades da Demanda 3. Elasticidade da Oferta 1. Elasticidade-preço da oferta e seus determinantes 2. Cálculo da Elasticidade-preço 4. Exercícios 54

55 1. Conceitos Iniciais O preço do bem se ajusta para conduzir a quantidade ofertada e a quantidade demandada do bem ao equilíbrio. Para aplicarmos essa análise básica, precisamos, antes, desenvolver mais uma ferramenta: o conceito de elasticidade. A elasticidade, uma medida da resposta dos compradores e vendedores às mudanças das condições do mercado, nos permite analisar a oferta e a demanda com maior precisão. 2. Elasticidade da Demanda Quando introduzimos o conceito de demanda no capítulo passado nossa discussão foi qualitativa, não quantitativa, ou seja, discutimos a direção em que a quantidade demandada se move, mas não a dimensão do movimento. Para medirem o quanto os consumidores reagem a mudanças dessas variáveis, os economistas usam o conceito de elasticidade. 2. Elasticidade da Demanda 1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes A lei da demanda afirma que uma queda no preço de um bem aumenta a quantidade demandada dele. A elasticidade-preço da demanda mede o quanto a quantidade demandada reage a uma mudança no preço. A demanda por um bem é chamada de elástica se a quantidade demandada responde substancialmente a mudanças no preço. Diz-se que a demanda por um bem é inelástica se a quantidade demandada responde pouco a mudanças no preço. 55

56 2. Elasticidade da Demanda 1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes A elasticidade-preço da demanda de qualquer bem mede o quanto os consumidores estão dispostos a deixar de adquirir do bem à medida que seu preço aumenta. 2. Elasticidade da Demanda 1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes Podemos apresentar algumas regras gerais sobre o que determina a elasticidade-preço da demanda: a) Disponibilidade de substitutos próximos: bens com substitutos próximos tendem a ter demanda mais elástica porque é mais fácil para os consumidores trocá-los por outros. 2. Elasticidade da Demanda 1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes Exemplo de substitutos próximos/perfeitos: Manteiga e margarina; um real em moedas de 50 ou 25 centavos (moeda é um substituto). 56

57 2. Elasticidade da Demanda 1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes b) Bens necessários e bens supérfluos: os bens necessários tendem a ter demanda inelástica, enquanto que a demanda por bens supérfluos (ou bens de luxo) tende a ser elástica. Exemplo de bens necessários:consultas médicas Exemplo de bens de luxo: obras de arte, carros esportivos. c) Definição do mercado: as elasticidades da demanda em qualquer mercado depende de como traçamos os limites deste. Mercados definidos de forma restrita tendem a ter demanda mais elástica do que mercados definidos de forma ampla, uma vez que é mais fácil encontrar substitutos para bens definidos de maneira restrita. 2. Elasticidade da Demanda 1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes d) Horizonte de tempo: os bens tendem a apresentar demanda mais elástica em horizontes de tempo mais longos (as pessoas reagirão à variação dos preços). *um aumento do preço da gasolina reduz mais a quantidade demandada em três anos do que em três meses. 2. Elasticidade da Demanda 2. Calculo da Elasticidade-Preço Os economistas calculam a elasticidade-preço da demanda como a variação percentual da quantidade demandada dividida pela variação percentual do preço: 57

58 2. Elasticidade da Demanda 2. Cálculo da Elasticidade-Preço a) Perfeitamente Inelástica: A quantidade demandada não responde a variações no preço. 2. Elasticidade da Demanda 2. Cálculo da Elasticidade-Preço Exemplo de Demanda Perfeitamente Inelástica: O preço da insulina para o consumidor diabético. 2. Elasticidade da Demanda 2. Calculo da Elasticidade-Preço b)demanda Inelástica: A quantidade demandada não responde fortemente a variações no preço. 58

59 2. Elasticidade da Demanda 2. Calculo da Elasticidade-Preço Exemplo de uma Demanda Inelástica: Sal de cozinha: um aumento no preço desse produto vai acarretar uma diminuição no consumo, porém em menor índice, pois como não existe um substituto para ele, e por ser essencial, o consumidor não tem como fugir deste aumento. 2. Elasticidade da Demanda 2. Calculo da Elasticidade-Preço c) Elasticidade Unitária: A quantidade demandada varia na mesma porcentagem do preço. 2. Elasticidade da Demanda 2. Calculo da Elasticidade-Preço d) Demanda Elástica: A quantidade demandada responde fortemente a variações no preço. 59

60 2. Elasticidade da Demanda 2. Calculo da Elasticidade-Preço Exemplo: Aumento no preço da carne de boi leva o consumidor a consumir mais frango. 2. Elasticidade da Demanda 2. Calculo da Elasticidade-Preço e) Perfeitamente Elástica: A quantidade demandada varia infinitamente com qualquer variação no preço. 2. Elasticidade da Demanda 3. Receita Total e Elasticidade-preço A receita total é a quantia paga pelos compradores e recebida pelos vendedores de um bem, calculada como o preço do bem multiplicado pela quantidade vendida. RT= P x Q A receita total varia de acordo com a elasticidade-preço da curva de demanda. 60

61 2. Elasticidade da Demanda 3. Receita Total e Elasticidade-preço Se a demanda for inelástica (ou seja, se a variação do preço for maior que a variação da quantidade) um aumento no preço causará uma diminuição pequena no quantidade demandada e, portanto, um aumento na receita total. Se a demanda for elástica (ou seja, se a variação da quantidade for maior que a variação do preço) um aumento no preço causará uma diminuição grande no quantidade demandada e, portanto, uma queda na receita total. 2. Elasticidade da Demanda 3. Receita Total e Elasticidade-preço Ilustram uma regra geral: a) Quando a demanda é inelástica, o preço e a receita total movem-se na mesma direção. b) Quando a demanda é elástica o preço e a receita total movem-se em direções opostas. c) S a demanda tem elasticidade unitária a receita total permanece constante quando o preço varia. 2. Elasticidade da Demanda 3. Receita Total e Elasticidade-preço a) Quando a demanda é inelástica, o preço e a receita total movem-se na mesma direção. 61

62 2. Elasticidade da Demanda 3. Receita Total e Elasticidade-preço b) Quando a demanda é elástica o preço e a receita total movem-se em direções opostas. 2. Elasticidade da Demanda 4. Elasticidade-Renda Elasticidade-Renda da Demanda: medida do quanto a quantidade demandada de um bem responde a uma variação na renda dos consumidores, calculada assim: 2. Elasticidade da Demanda 4. Elasticidade-Renda Bens com elasticidades-renda positivas são conhecidos por bens normais, ou seja, a quantidade demandada aumenta com o aumento da renda. Bens com elasticidades-renda negativas são conhecidos por bens inferiores, ou seja, a quantidade demandada diminui com o aumento da renda. Exemplo: passagens de ônibus. 62

63 2. Elasticidade da Demanda 5. Elasticidade-Preço Cruzada Elasticidade preço-cruzada da demanda: mede o quanto a quantidade demandada de um bem varia à medida que o preço de um outro bem varia. É calculada como: 2. Elasticidade da Demanda 4. Outras Elasticidades da Demanda O fato de a elasticidade preço cruzada ser um número positivo ou negativo depende de os dois bens em questão serem substitutos ou complementares. Bens substitutos: EPc > 0 Bens complementares: EPc < 0 3. Elasticidade da Oferta 1. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade ofertada responde a mudanças no preço. A oferta de um bem é chamada de elástica se a quantidade ofertada responde substancialmente a mudanças no preço. A oferta é chamada de inelástica se a quantidade ofertada responde pouco a mudanças no preço. A elasticidade preço da oferta depende da flexibilidade que os vendedores têm de mudar a quantidade do bem que produzem e do horizonte de tempo. 63

64 3. Elasticidade da Oferta 1. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes Por exemplo, qual é a elasticidade-preço dos terrenos de frente para o mar? Muito inelástica, pois é quase impossível aumentar a oferta desse bem. E qual a elasticidade-preço de livros, carros e bens manufaturados? São elásticos, pois há muita disponibilidade desses bens. 3. Elasticidade da Oferta 1. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes Calcularemos a elasticidade-preço da oferta pela variação percentual da quantidade ofertada pela variação percentual do preço do bem. 3. Elasticidade da Oferta 2. Cálculo da Elasticidade-preço As curvas de oferta apresentam os mesmo tipos de elasticidade das curvas de demanda, ou seja: a) Perfeitamente inelástica b) Inelástica c) Unitária d) Elástica e) Perfeitamente elástica 64

65 3. Elasticidade da Oferta 2. Cálculo da Elasticidade-preço a) Perfeitamente Inelástica: A quantidade ofertada não responde a variações no preço. 3. Elasticidade da Oferta 2. Cálculo da Elasticidade-preço b) Oferta Inelástica: A quantidade ofertada não responde fortemente a variações no preço. 3. Elasticidade da Oferta 2. Cálculo da Elasticidade-preço c) Elasticidade Unitária: A quantidade ofertada varia na mesma porcentagem do preço. 65

66 3. Elasticidade da Oferta 2. Cálculo da Elasticidade-preço d) Oferta Elástica: A quantidade ofertada responde fortemente a variações no preço. 3. Elasticidade da Oferta 2. Cálculo da Elasticidade-preço e) Perfeitamente Elástica: A quantidade ofertada varia infinitamente com qualquer variação no preço. 4. Exercícios 1. Suponha que os viajantes a negócios e os turistas tenham as seguintes demandas por passagens aéreas de Nova York para Boston: Preço Quantidade demandada (viajantes a negócios) Quantidade demandada (turistas) R$ 150, R$ 200, R$ 250, R$ 300, a) À medida que o preço aumenta de R$ 200,00 para R$ 250,00, qual é a elasticidade-preço da demanda para (i) os viajantes a negócios e (ii) os turistas? (Use o método do ponto médio em seus cálculos) b) Por que a elasticidade dos turistas seria diferente da dos viajantes a negócios? 66

67 4. Exercícios 2. Os medicamentos têm demanda inelástica e os computadores têm demanda elástica. Suponhamos que um avanço tecnológico dobre a oferta dos produtos (ou seja, a quantidade ofertada a cada preço será o dobro da original). a) O que acontecerá com o preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio em cada mercado? b) Que produto sofrerá uma grande variação no preço? c) Que produto sofrerá uma grande variação na quantidade? d) O que acontecerá com a despesa total dos consumidores com cada produto? 4. Exercícios 3. Para uma elasticidade-preço igual a -2, preveja se o faturamento total de um produto aumenta ou diminui quando ocorre um aumento de 10% em seu preço. Lembre que o faturamento é dado pela multiplicação da quantidade pelo preço. Faça o mesmo exercício para uma elasticidade-preço igual a - 0,5 e depois, para Exercícios 4. Para cada um dos bens abaixo, qual você espera que tenha demanda mais elástica e por quê? a) Livros didáticos obrigatórios ou romances. b) Aquecimento central a óleo nos próximos seis meses ou aquecimento central a óleo nos próximos cinco anos. c) Guaraná ou água. 67

68 VI.Excedentes do Consumidor e do Produtor Economia Prof. Ângelo Cardoso Pereira Conteúdo da Aula 1. Conceitos Iniciais 2. O Excedente do Consumidor 3. O Excedente do Produtor 4. Eficiência de Mercado 1. Conceitos Iniciais Anteriormente, vimos como, nas economias de mercado, as forças de oferta e demanda determinam o preço e a quantidade vendida dos bens e serviços. Descrevemos a maneira como a sociedade aloca os recursos escassos sem abordar diretamente a questão de que se essa alocação é desejável. 68

69 1. Conceitos Iniciais Nossa análise foi positiva (aquilo que é) e não normativa (aquilo que deveria ser) Estudaremos, portanto, a chamada economia do bemestar, o estudo de como a alocação de recursos afeta o bem-estar econômico. 2. O Excedente do Consumidor Iniciemos, então, nosso estudo do bem-estar com os benefícios que os compradores recebem por sua participação no mercado. Observemos o exemplo: Imagine que você é fã de Bob Marley e que está interessado em comprar o primeiro álbum dele. Digamos que você esteja disposto a pagar R$100,00 pelo mesmo, porém, a pessoa que está pretendendo vendê-lo, quer R$ 80,00 pelo álbum. Que benefício você obtém da compra do álbum? 2. O Excedente do Consumidor Medimos o excedente do consumidor pela diferença entre a quantia que o comprador está disposto a pagar (a quantia máxima que um comprador pagará por um bem; o valor que o comprador atribui ao bem) menos a quantia que ele realmente paga. 69

70 2. O Excedente do Consumidor Usaremos a curva de demanda para media os excedentes de todos os consumidores de um mercado. Já sabemos que a curva de demanda reflete o quanto os consumidores estão dispostos a pagar por uma determinada quantidade de bens e serviços. 2. O Excedente do Consumidor Observe o exemplo: 2. O Excedente do Consumidor Como o preço afeta o excedente do consumidor??? Se o preço cair, o excedente do consumidor aumentará ou diminuirá? E se o preço subir? Vejamos no gráfico a seguir: 70

71 2. O Excedente do Consumidor Valor Observe para o consumidor o exemplo: 1 Valor para o consumidor 2 Valor para o consumidor 3 3. O Excedente do Produtor Medimos o excedente do produtor pela diferença entre o montante que um vendedor recebe e o seu custo de produção. Mede o quanto o produtor se beneficia por participar do mercado. Imagine que um pintor tenha um custo de produção de R$ 300,00 pelo seu serviço. Se lhe é pago o valor de R$ 500,00 seu excedente é de R$ 200, O Excedente do Produtor Usaremos a curva de oferta para medir os excedentes de todos os produtores de um mercado. Já sabemos que a curva de oferta reflete o quanto os produtores estão dispostos a receber por uma determinada quantidade de bens e serviços. 71

72 3. O Excedente do Produtor Da mesma forma que fizemos a análise do excedente do consumidor, podemos fazer agora a análise do excedente do produtor. Observe o exemplo: 3. O Excedente do Produtor 4. Eficiência de Mercado O excedente do consumidor e o excedente do produtor são as ferramentas básicas dos economistas para estudar o bem-estar dos compradores e vendedores. Uma medida possível de bem-estar é a soma dos excedentes do consumidor e dos excedentes do produtor, que chamamos de excedente total. 72

73 4. Eficiência de Mercado Para entender melhor essa medida do bem-estar econômico, lembre-se de como medimos os excedentes do consumidor e do produtor. Definimos excedente do consumidor como: Excedente do consumidor = Valor para compradores Quantia paga pelos compradores De maneira similar, medimos o excedente do produtor como: Excedente do produtor = Quantia recebida pelos vendedores Custo para vendedores 4. Eficiência de Mercado Quando somamos os excedentes do consumidor e do produtor, temos: Excedente total = Valor para os compradores Quantia paga pelos compradores + Quantia recebida pelos vendedores Custo para vendedores A quantia paga pelos compradores é igual à quantia recebida pelos vendedores; com isso, podemos escrever o excedente total como: Excedente total = Valor para os compradores Custo para vendedores 4. Eficiência de Mercado O excedente total de um mercado é o valor total atribuído pelos compradores dos bens, medido por sua disposição para pagar, menos o custo total dos vendedores que fornecem esses bens. Se uma alocação de recursos é eficiente, dizemos que ela maximiza o excedente total recebido por todos os membros da sociedade. Se uma alocação não é eficiente, então parte dos ganhos do comércio entre compradores e vendedores não está sendo obtida. 73

74 4. Eficiência de Mercado A eficiência máxima do mercado é atingida quando oferta e demanda se igualam. Nesse ponto, o valor para compradores é igual ao custo para vendedores, o que maximizará o excedente total. 4. Eficiência de Mercado: impostos IMPOSTO: Conduz a uma barreira entre o preço pago pelos compradores e os preços recebidos pelos vendedores; Aumenta o preço que os compradores pagam e diminui o preço que os vendedores recebem; Reduz a quantidade comprada e vendida. 4. Eficiência de Mercado: impostos 74

75 4. Eficiência de Mercado: impostos 4. Eficiência de Mercado: impostos Efeito sobre o bem estar social 4. Eficiência de Mercado: impostos Efeito sobre o bem estar social 75

76 4. Eficiência de Mercado: impostos Peso Morto 4. Eficiência de Mercado: impostos Peso Morto e Elasticidades 4. Eficiência de Mercado: impostos Peso Morto e Elasticidades 76

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