Sem apelo, GP Brasil de F1 tem pior audiência na história

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO SEGUNDA-FEIRA, 16 DE NOVEMBRO DE 2015 NÚMERO DO DIA R$ 260 mi é o impacto estimado que o GP Brasil de F1 gera por ano para a economia de São Paulo EDIÇÃO 382 Sem apelo, GP Brasil de F1 tem pior audiência na história POR DUDA LOPES A Fórmula 1 consagrou, no domingo, a temporada melancólica para o público brasileiro. Apesar da presença nas arquibancadas de Interlagos ter sido superior em relação ao evento de 2014 (136 mil contra 133 mil no final de semana), a audiência na Globo mostrou o interesse cada vez menor do público geral. E o resultado foi o pior da história para a emissora. Nas prévias do Ibope, a Globo ficou atrás da Record com a exibição do Grande Prêmio de Interlagos. Foram apenas 10,5 pontos de média, contra 11,8 da emissora rival, que exibiu sua programação convencional, como o programa de auditório A Hora do Faro. Considerando o histórico da temporada, o resultado não chega a ser uma surpresa. Eram 7,7 pontos de média até então, com o recorde negativo de três pontos registrados no GP da Malásia. No entanto, a disputa em São Paulo costuma aquecer o público brasileiro. Foi assim em 2014, quando os índices da Fórmula 1 já não eram altos. Mesmo assim, a corrida no país chegou a 15 pontos de média. A Globo, claro, não correu riscos em sua liderança. O GP Brasil foi o melhor desempenho do ano da F1, empatado com o GP do Canadá, disputado no mesmo horário. A derrocada da F1 acontece no momento em que a Globo tem sido questionada pela própria categoria sobre a baixa performance na audiência. Após o chefão Bernie Ecclestone reclamar da falta de engajamento da emissora, o piloto Felipe Massa, maior expoente da F1 no país, ironizou sobre o desempenho das transmissões: Será que é só a Fórmula 1 que tem dado pouco Ibope?. A considerar o resultado da seleção brasileira de futebol na TV aberta, sim. Desde a Copa do Mundo, o Brasil tem apresentado bons números no Ibope e, na sexta-feira, houve novo destaque. Com a partida adiada contra a Argentina pelas Eliminatórias da Copa, a Globo teve 27 pontos de média. Foi mais uma mostra do apelo do time nacional, que na partida contra a Venezuela em outubro, pelo mesmo torneio, havia marcado 30 pontos de média. 1

2 TV aberta se transforma em veículo raro para o esporte POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte A fragmentação do consumo de mídia e a consequente formação de vários nichos de consumo de informação nos últimos anos levaram a um caminho diferente para o esporte no Brasil. Se, antes, a TV aberta era o Eldorado das transmissões, agora ela um local de rara presença para um evento esportivo ao vivo. A derrapada da Fórmula 1 nos índices da Globo este ano é uma prova de que, para estar em TV aberta, o esporte não pode mais ser de nicho. Com uma necessidade cada vez mais plural dentro de um universo cada vez mais singular, a TV aberta é um veículo para conteúdo de massa. Não por acaso, o futebol segue a ser o esporte que, se não mantém lá no alto os índices de audiência, pelo menos sustenta para a Globo a liderança no Ibope quando é exibido. Por outro lado, a Fórmula 1 viu, nos últimos 20 anos, uma perda gradativa do interesse pelo público em geral. Da mesma forma, Stock Car, UFC e vôlei saíram das massas e voltaram a ser esporte de nicho. Cada vez mais será raro ver competições regulares de esporte terem espaço na TV aberta, especialmente na Globo, em que há uma insana necessidade de manutenção da liderança na audiência no segmento. Nos anos 80, o esporte cresceu no Brasil ao apostar numa emissora que precisava preencher espaço na grade de programação e tinha um público relativamente cativo. Agora, com o esporte mais caro e a TV mais pobre, é bem mais difícil crer que uma aposta dessas seja rentável e, mais ainda, gere alta audiência no curto prazo para justificar a ação. O esporte, na TV aberta, será exceção. CBB fecha com Estádio de Sá para desenvolver cursos à distância POR REDAÇÃO A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) e a Universidade Estácio de Sá fecharam parceria para transmissão por ensino à distância dos cursos da Escola Nacional de Treinadores (ENTB) a partir de O contrato será assinado hoje, às 10h, no cinema do campus João Ucho, no Rio Comprido (zona norte do Rio de Janeiro). O evento terá a presença de Carlos Nunes, presidente da CBB, Rogério Melzi, representante da Estácio, Marco Antonio Cabral, secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, e Vanderlei Mazzuchini, diretor técnico da confederação. Essa parceria irá nos ajudar na implantação desse novo formato da ENTB na transmissão do ensino à distância, que era um desejo da CBB desde o início, afirmou Mazzuchini. O primeiro evento programado pela parceria será o seminário A formação profissional de educação física e o desenvolvimento do basquete nacional. O curso terá palestras de Rubén Magnano, técnico da seleção brasileira masculina, José Neto, treinador do Flamengo, Chuí, representante da Associação nacional de Treinadores de Basquete, Byra Bello, professor de educação física da Estácio de Sá e comentarista do Sportv, e José Medalha, diretor institucional da CBB. Era importante ter uma instituição de ensino superior vinculada à ENTB. Quem ganha são os alunos do curso, professores de educação física e o basquete, disse Leonardo Ribeiro, da ENTB. 2

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4 De volta à elite, Botafogo celebra fim de exposição zero POR DUDA LOPES O ano de 2015 não foi tão fácil para o Botafogo. Mesmo com o vice-campeonato carioca, o time amargurou a maior parte da temporada na Série B. Mas, na última semana, o pesadelo terminou e a equipe retornou à principal divisão do Campeonato Brasileiro. Agora, a diretoria do clube espera voltar a ter contratos de patrocínio mais robustos. Segundo o diretor comercial do Botafogo, Klay Salgado, o problema central foi a exposição zero que o time teve durante o ano. Para a próxima temporada, essa condição deverá ser alterada, o que ajudará na obtenção de acordos que envolvam patrocínios. A Série A facilita 500%. Na Série B, nós não tivemos nenhuma partida na televisão aberta, não tinha exposição nenhuma. Depois do Campeonato Carioca, passou a ser apenas pay- -per-view, afirmou o executivo à Máquina do Esporte. O Botafogo teve algumas partidas exibidas na RedeTV! e, também, jogos pelo Sportv, como o que valeu o acesso. Apesar de a confirmação de classificação só ter vindo na última semana, o departamento comercial do clube já trabalha com essa realidade há cerca de um mês. Foi quando começaram as conversas com empresas no mercado sobre possíveis acordos. Nesse momento, há algumas negociações em andamento, mas o clube não abre o nome das empresas. Com uma exceção: a TagPoint. A companhia de tecnologia fez um aporte pontual no último sábado e fechou um acordo para o estádio Milton Santos. O plano é estender a parceria. Pelo atual contrato, a TagPoint instalará a tecnologia chamada beacon, que transmite informações para celulares e tablets via bluetooth. Por meio de um aplicativo, o clube poderá passar isso aos torcedores dentro da arena. Iaaf suspende Rússia de competições internacionais A Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf) suspendeu provisoriamente a Rússia dos eventos internacionais de atletismo. Durante a tarde de sexta-feira, o conselho da entidade se reuniu via videoconferência e decidiu pela máxima punição ao país, seguindo a recomendação da Agência Mundial de Antidoping (Wada, na sigla em inglês), que revelou nesta semana um esquema de doping sistêmico no país. Foram 22 votos a favor da suspensão, um contra e três abstenções. A mensagem não poderia ser mais forte, foi uma chamada para que os russos despertem, disse Sebastian Coe, presidente da Iaaf, acrescentando que as mudanças são da absoluta responsabilidade da Rússia. Por ora, nenhum atleta russo poderá participar dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em A Rússia propôs à Wada a elaboração de um roteiro de combate ao uso de drogas no esporte a ser implementado no país. A iniciativa foi uma resposta ao relatório elaborado pela agência. Wada e Iaaf exigem resposta rápida às acusações de que o governo foi complacente com o doping. Para isso, o Estado decidiu criar a Agência Antidoping da Rússia (Rusada), que será financiada pelo governo, mas fará trabalho independente. 4

5 Com exemplo do Movimento, clubes criam rede de benefícios POR ADALBERTO LEISTER FILHO Quase três anos após o Movimento por um Futebol Melhor ter sido criado, com o conceito de montar um clube de descontos para os associados dos clubes de futebol, o modelo começa a ser ampliado pelos clubes do programa liderado pela Ambev. O pioneiro na iniciativa foi o Palmeiras, seguido por equipes como Grêmio, Internacional e Flamengo, que têm ampliado o leque de vantagens aos sócios. O Flamengo aproveitou novembro, mês em que comemora seus 120 anos, para ampliar o número de parceiras do programa Nação Rubro-Negra. Entre as novas empresas disponíveis estão Saraiva, Polishop e Netshoes, com descontos variam de 7% a 30%. Parte do valor gasto vai para o clube. O Rubro Negro, que já possui parcerias com Centauro e Walmart, entre outras, também promete anunciar mais novidades de seu clube de benefícios. Já o clube de vantagens do Avanti, programa de sócio-torcedor do Palmeiras, existe há mais de dois anos. Segundo o clube, os sócios-torcedores palmeirenses já economizaram mais de R$ 400 mil em descontos nas parcerias oferecidas pelo programa. Dependendo da pontuação, o sócio- -torcedor pode trocar por produtos ou experiências no clube. O sistema também está integrado a outros programas de fidelidade, como Multiplus e Smiles. O Avanti é um elo entre clube e torcedor, com um retribuindo o esforço do outro, diz Francisco Gallucci, do marketing do Avanti. Os rivais gaúchos também seguiram essa tendência. O clube de vantagens gremista tem parceria com Walmart, EF Englishtown, Centauro, Saraiva e Pão de Açúcar. Já o Internacional lançou seu clube de benefícios na semana passada. O Gigante de Vantagens dá descontos em lazer, serviços, educação, alimentação, saúde e até combustível. A ideia do clube é que o torcedor possa recuperar o dinheiro investido na mensalidade do programa de sócio-torcedor com os descontos nas parceiras. O conceito é o mesmo que levou a Ambev a fundar o Movimento, em janeiro de Até hoje, o programa abrange mais de 60 clubes e 1,1 milhão de torcedores. Mais de uma dezena de empresas estão no Movimento. PLATAFORMA CONSOLIDADA 400 mil Reais em descontos foram resgatados por torcedores do Palmeiras, segundo o coordenador do Programa Avanti. 1,128 mi De sócios-torcedores estão cadastrados na plataforma Movimento Por um Futebol Melhor, criada pela Ambev Sócios-torcedores têm o Inter, clube com o maior número de associados. O Corinthians, vice-líder, tem sócios. 5