Em decisão surpreendente, Esporte Interativo muda comando

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO QUINTA-FEIRA, 12 DE MAIO DE 2016 NÚMERO DO DIA R$ 4,137 mi foi a renda bruta de São Paulo x Atlético-MG, pela Libertadores, com pessoas no Morumbi EDIÇÃO 500 Em decisão surpreendente, Esporte Interativo muda comando POR ADALBERTO LEISTER FILHO, DUDA LOPES E ERICH BETING Pouco depois de anunciar que havia fechado o grupo de clubes com os quais pretende ter parte dos direitos de transmissão do futebol brasileiro na TV paga, o Esporte Interativo surpreendeu ao anunciar, apenas internamente, a troca no comando da emissora, que faz parte da Turner. No meio da tarde de ontem, o presidente da Turner, Juan Carlos Urdaneta, enviou um comunicado aos funcionários da empresa dizendo que Edgard Diniz (foto) não seria mais o responsável pela operação do Esporte Interativo, sendo substituído por Mauricio Portela e Leonardo Lenz Cesar, outros dois dos fundadores do EI. A decisão, segundo o comunicado, foi tomada após Diniz e a direção da Turner entenderem que o profissional deveria seguir novos rumos. Diniz ficará até o fim de maio no cargo e, depois, atuará como consultor do EI. A saída do executivo, porém, não é o mar de rosas que o comunicado quer fazer parecer, segundo apurou a reportagem. Diniz foi o principal responsável na investida aos clubes. Mas, sem conseguir um acordo com os times de maior torcida, entrou em conflito com a cúpula da Turner. A própria junção das operações das duas empresas tem sido um pouco turbulenta. Com estruturas muito distintas, muitas vezes há um conflito de ideias nas decisões a serem tomadas para o EI. O primeiro desgaste ocorreu na entrada do canal na TV paga. Diniz cobrou posição mais dura do grupo americano na negociação com as operadoras Net e Sky para incluir o EI em suas grades. Depois, com a insatisfação da Turner no resultado das negociações com os clubes, a relação entre o executivo e a cúpula do grupo se desgastou bastante. O Esporte Interativo não quis responder às solicitações feitas pela reportagem para dar sua versão sobre a saída de Diniz. No mês passado, o canal também já havia recusado conceder uma entrevista do executivo ao veículo. 1

2 Ligas precisam pensar em estratégias conjuntas no Brasil POR ADALBERTO LEISTER FILHO diretor de da conteúdo da Máquina do Esporte Superliga de vôlei, Novo Basquete Brasil, Liga Nacional de handebol e Liga Futsal deram importante passo de aproximação nesta semana, realizando sua primeira reunião na sede da Confederação Brasileira de Vôlei, no Rio de Janeiro, para pensar uma estratégia de cooperação. Num país em que o futebol monopoliza as atenções, é salutar que basquete, vôlei, futsal e handebol pensem ações conjuntas de gestão, marketing e governança para custos e fortalecer seus campeonatos. No país, todas essas ligas sempre se venderam, de maneira semelhante ao SBT no setor televisivo, como a líder absoluta do segundo lugar. Em determinados momentos, cada uma teve fortes argumentos para poder assumir um pouco esse papel. O vôlei foi beneficiado pelo absoluto sucesso das seleções brasileiras em Olimpíadas e Mundiais desde os anos 90. O futsal experimentou popularidade razoável com títulos em Copas do Mundo e investimento em ídolos como Manoel Tobias e Falcão. O basquete mostrou excelência com a constituição de sua liga independente, o NBB, e sua associação comercial com a NBA. Já o handebol se fortaleceu sobremaneira com o surpreendente título do Mundial feminino da Sérvia, em Todas essas ligas têm seus méritos e boas histórias a oferecer ao mercado e aos torcedores. Com estratégias comuns, poderão finalmente perceber que ganham muito pouco ao se digladiar entre si na busca do segundo posto. Mas podem se fortalecer simultaneamente. Quem sabe assim, farão com que o público também volte suas atenções às quadras. Pela 1ª vez, CBF dá chancela oficial a álbum de figurinhas do Brasileirão POR REDAÇÃO A Panini lança, neste domingo, o álbum de figurinhas do Campeonato Brasileiro de Pela primeira vez, o livro recebeu chancela da CBF. A gente já vem conversando nos dois últimos anos. Já tínhamos feito algumas coisas pontuais com a confederação, como a ação Somos Iguais [contra o racismo, em 2014]. A relação foi ficando mais estreita, contou Vilson Manfrinati, assessor da divisão de futebol da Panini. A participação da CBF em um produto licenciado do Brasileirão acontece no mesmo momento em que os clubes começam a se mexer por uma liga independente. Neste ano, alguns dos principais times do país criaram a Primeira Liga, torneio gerido pelas equipes. Em outras modalidades, como basquete e futsal, ligas independentes se fortalecem. Apesar disso, a Panini manteve negociações independentes com cada clube e jogadores. Além dos 40 clubes [das Séries A e B que integram o livro ilustrado], a Panini tem contrato com cada um dos 560 atletas que estão no álbum. Mesmo no tempo em que os clubes estavam organizados em torno do Clube dos 13, a empresa era obrigada a fazer contratos individuais, já que muitas das equipes que subiam ou desciam de divisão não eram do C13. Em qualquer outro lugar onde a Panini faz álbuns, as negociações são coletivas. O custo dos direitos de imagem no Brasil chega a ser o dobro ou o triplo em relação ao de outros países, disse Manfrinati. Em agosto e outubro, a editora irá publicar figurinhas de novos atletas de cada equipe, com nomes que tenham se destacado ou novas contratações nas janelas de transferência. 2

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4 Nike tenta turbinar aplicativo em nova camisa do Corinthians POR ERICH BETING A Nike apresenta nesta quinta- -feira, em evento na Arena Corinthians, a nova camisa de jogo do clube paulista. E, numa ação para incentivar as vendas pelo aplicativo da empresa americana, pela primeira vez o torcedor poderá vestir a camisa antes dos atletas. Nos dias que antecederam o lançamento da camisa, a empresa de material esportivo criou uma promoção para o torcedor. Quem morasse na Grande São Paulo e comprasse o uniforme pelo aplicativo da Nike em pré-venda, iria receber a camisa no dia 13. Dessa forma, a camisa seria entregue no dia seguinte à venda, antes mesmo de os jogadores usarem o uniforme pela primeira vez no domingo, dia 15, contra o Grêmio, no início do Brasileirão. A ação tem como objetivo ampliar os downloads do aplicativo Nike Futebol e, ainda, mostrar uma funcionalidade dele, que é a venda de artigos exclusivos para o consumidor. No perfil da marca no Facebook, alguns torcedores, fora da cidade de São Paulo, reclamavam que não conseguiram encontrar o item a venda. A iniciativa é inédita na história da relação entre Nike e Corinthians, que já dura 14 anos. Antes, o máximo de inovação que a marca trazia era a realização de pré-venda. Em 2007, a Adidas e o Palmeiras convidaram torcedores para que vestissem a camisa do time e, assim, lançassem o uniforme. Havia algumas vagas, porém, que eram destinadas a quem aceitasse comprar na pré-venda, feita à época pelo site da Adidas. Essa foi a primeira vez que uma marca havia entregue a camisa antes a torcedores do que aos atletas. O aplicativo Nike Futebol conta com mais de 1 milhão de downloads para a plataforma Android. Ligas se unem para montar plano de ação conjunto As ligas de basquete, vôlei, handebol e futsal realizaram nesta semana uma primeira reunião para traçar estratégias conjuntas de integração, gestão e marketing. O encontro, que contou com a participação de representantes da Superliga de vôlei, do NBB (Novo Basquete Brasil), da Liga Futsal e da Liga Nacional de handebol, aconteceu na sede da CBV, no Rio de Janeiro. Minha conversa inicial foi com o pessoal do basquete, o Sérgio [Domenici, superintendente da Liga Nacional de Basquete] e o Alvaro Cotta [gerente de marketing da LNB] em um almoço de Natal, conta Ricardo Trade, o Baka, CEO da CBV. A primeira ação em conjunto será adequar o calendário de cada liga para que os mata-matas finais de basquete, vôlei, handebol e futsal não sejam em datas coincidentes. Você facilita para a TV a escolha dos jogos e garante visibilidade a cada uma das competições, ressalta Baka. No futuro, as ligas estudam venda de propriedades de marketing únicas, uso de ginásios e até negociação conjunta com fornecedores. A ideia é conseguir melhores contratos com a união. É importante capacitarmos cada vez mais todos aqueles que trabalham na gestão de nossas competições, afirma Sergio Domenici, do NBB. 4

5 Sem entrega, Dryworld impõe problemas ao Fluminense POR DUDA LOPES No fim de 2015, o Fluminense surpreendeu o mercado ao anunciar a rescisão de contrato com a Adidas e encerrar uma parceria que durava quase 20 anos. O marketing tricolor resolveu apostar na Dryworld, marca nova, recém- -chegada ao mercado brasileiro. Dois meses após apresentar o uniforme com o novo parceiro, o clube já explicita uma dor de cabeça com o patrocinador. O problema está na entrega de material esportivo para o clube e para o mercado. Até hoje, as categorias de base do Fluminense não receberam os novos uniformes, algo esperado para no máximo o fim do último mês. Nesta semaa, o time sub-17 precisou usar a ccamisa antiga, da Adidas, em jogo do Brasileiro (foto). Os departamentos olímpicos também sofrem com os atrasos e não viram a nova marca até agora. Em uma operação desse porte, nós já esperávamos problemas desse tipo, até por conta de termos trocado a maior marca esportiva do mundo, a Adidas, por uma marca recente, a Dryworld. Mas hoje os problemas estão acima do aceitável, diz Marcone Barbosa, diretor de marketing do clube, à Máquina do Esporte. O executivo contou que visitou a fábrica da empresa para ver a produção. E saiu satisfeito com a promessa da marca de resolver a falta de entrega A expectativa é que os materiais para a base e para os atletas olímpicos sejam entregues até o fim de maio, e que o abastecimento ao mercado seja normalizado em breve. A reportagem procurou o CEO da Dryworld no Brasil, Cláudio Escobar, mas o executivo esteva em reunião e não retornou a ligação até o fechamento desta edição. No entanto, fontes confirmaram que há uma grave dificuldade de produção e distribuição hoje. Chelsea rompe com a Adidas após uma década O Chelsea confirmou na quarta-feira que não terá mais a Adidas como parceira. Após o fim da atual temporada, no meio de 2017, o clube inglês apresentará um novo fornecedor de material. Seja quem for a nova empresa, o contrato deverá ser alto. Em 2013, a Adidas havia renovado com o Chelsea por dez anos, no valor total de 380 milhões. Com o rompimento, haverá uma multa para compensar a empresa. Em comunicado, a Adidas afirmou que, em 2017, a multa terá impacto positivo na renda do grupo no ano. Na época da assinatura, era o maior contrato de material do futebol inglês. O valor só foi superado com o Manchester United, com a própria Adidas. 5