PATRIMÔNIO CULTURAL. Capela situada no Sítio Santo Antônio da Bica (Sítio Roberto Burle Marx). Parte II

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PATRIMÔNIO CULTURAL. Capela situada no Sítio Santo Antônio da Bica (Sítio Roberto Burle Marx). Parte II"

Transcrição

1 PATRIMÔNIO CULTURAL Foto: Paulo Vidal Capela situada no Sítio Santo Antônio da Bica (Sítio Roberto Burle Marx). Parte II

2 GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO Luiz Fernando de Souza Pezão SECRETÁRIA DE ESTADO DE CULTURA Adriana Scorzelli Rattes SUBSECRETÁRIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Olga Campista SUBSECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO Mario Cunha INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL Paulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro Diretor-geral Maria Regina Pontin de Mattos Assessora Dina Lerner Assessora DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO CULTURAL E NATURAL Denise de Souza Mendes DEPARTAMENTO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO Sergio Linhares Miguel de Souza DEPARTAMENTO DE BENS MÓVEIS E INTEGRADOS Rafael Azevedo Fontenelle Gomes DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO IMATERIAL Luciane Barbosa de Souza CONSELHO ESTADUAL DE TOMBAMENTO Paulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro Presidente Cláudio Valerio Teixeira Dora Monteiro e Silva de Alcântara Ítalo Campofiorito Leticia Von Kruger Pimentel Maria Regina Pontin de Mattos Mozart Vitor Serra Olga Maria Esteves Campista Silvia Finguerut Victorino Coutinho Chermont de Miranda

3 < > = 2 ) : 2? $D ; : : 2 < ) ) : $ ) 2 2 ( % ) :( G 9 ) = ) 2 $% ) ) 2 ; 9 : 2 : Z) : 2 $% [? % 9 V = 9 $D? 9 28) )? ) :( : : $ 2 :( ) 2 G2 ) 2 C Z 2 8 ( ) F2 ) ) 8( ) [ "= : :( Z: 2 $% [ : : 2? 2 $% :( G 2 =? 2 ( )F9 ) 2 $% 2 V : 2 2 : ) 2 (? 2 $% 8 ( 2 2 ( ) : 2 : ; 9 ( 2 8) X+ X X? ) 2 ; 8 : F2 : $% = 9 2 :82 2 $D 2 $%? ; 9 2 : : ) : $ ) 2? ( : ) 9 2 3? ( : G :( :( 2 $D ( ( )2 2 7 ) ; ) ) ; ) 2 ( 7( := $% $% ( ( ( < : ( < : Z( G 2U ) [= : 9 ) $% 27 )? ( ) : 2 ) F2 ) ; ; ( 2 2 G 2U ) < 2 G 2U ) < ; 2 2> ) < ; 2 :? % G( 2 ) 2 ) 2 2 $D ( ; ( 9 ) $% ) ) 2 :( = " = = 3 2 ) 2 22 C 4 2 ) 3 <?? MNN"= %*

4 : $% 2 B ; ) ( : ) 2 2 ( ( 2? ( 2 ) B2 2 $% ; ; ( 2? ) 2 ( 3 2 $ 3 :< 2 $D = 2 $D : 9 ) $D 27 ) 9 : 9 2? : 2? ( D : ( B2 ) = :? 2 : : 2 $D : 2? 2 : ) 2 $D 2 2 ( ) : : 2? 2 $D ( A 2 < ( $% 2 ( 2 $D = ) ) 2 Z) $% [ Z 2 $% [? 9 8) X+ A? ( : ( : 2 $%? ; < ) 9 : :( 2@ ) ( $% : : 2? ) ( )2 ) 2? F 2 ; 27 )? ) : 2? 282 ) 2F 2 ) = 8) X X? 2 ( U: ) ) D ) U: ) ) H $? 2 2B? : ) 2 2 ) 2 < )? G 2 : 2? 9 ( )F( 9 : ; : : 8( ) : :< 2 ) = 2 2 $% 9 : 9? ( 2 ( )2 2 2? ; 9 ) : ) ) ) : C 2 27 )? 2 2 F 2 )? 2 ) 2F9 )? 2 : 2)= -? 9 ) : : 2 2 ; ) : $ : 8 ( )F( ( $% ( 2 :> 27 ) ( F = 2 2 < ( : 2 ) : : ( ) ; 2 2 : 2? ; ) : ) $% ) 2 V ( $% = 2 : 3 & : 2 < ) : :< )? * -? : ( ( 2 $% ( 2 :> )? ; 2 ) $% : $% 9 ( )F9 )? ) 2 8 ) 2 3 W MR "OJP= ; 2 2 E) 2? ; 8( ) ( 2 ) $ 2 :> 6 27 ) 2F 2 ) )? 2 ( ( 9 : 2 ( B2 ) ( )F( 2 $% -? ) : : 2? 2 $D ) 2 ; : 2 : : ) ( 7( 2 :( = 28 8) "OSN? : U ) : 2 ( F2 ) ( 2 $%? ; ( : : ) 2 :? &" ) 2 $D ; < ) : : : 2 : 2 : 2 2 ( )2 =

5 :? 2 $D 9 : ) 2 :% 2 2 "OJ"!? ; ) : ( $% ) : 2 9F) = % : ( ) ( $% ( :( 2@ ) ( $% 2 : : 2? :< 2 2 :? ) 2 27 ) ( 7( ; 2 2 ) = :? ( : < ) : : 2 ( G) ()? ( 2 ( : 2 2 $% ( 2 :( 2 2 ) A 2 27 ) = : ) U ) 2 $D ) ( M# * *? < 2 < ( 2 :> 27 ) : 9 : 2 9 ) = - ) 3 ) ( :BG : ( F ( 2 :> (? : : ; ( 2 $D 9 : : ) 2F9 )? : 2 ) :( $D? ) 2 $D ) 2 2 $D : : : ) = 2 2 ) 2F9 ) 9 : < 2 2 F ( ( : 2 : 2 ) F2 )? ; ) ) B2 27 ) 282 ) 9F)? ( 2 ) : : < 2? ) ) 8 : ) = : ( : 2 $% ; 2 < ) :? ) :? : $% < ( $D ; ) :( : 2 : 2 <? % ( : 2 ( $% ; < ; ( : 9 2 = 2 2? : F 2 $% ( :? : ) B3 ) A 2? 2 < ) 3 : Z ( 2 ) [ < 2 = $% ) ) 2 2 $%? 2 ) : : 2 $% < 2? F ) ; 2 2 ) : 2? ( 9 ) 2? 2 9 )? ; 2 2 : ( & = ) ( ) : 2? 2 2 ) 2 :<8: 2 ) 9F) = ) 2 G2 ) D 2? 2 + "OSK! : ) 2 ) ) 2? ) : : ) : 2 : 2 ( ) : 2 2 ) 2? ( 2 3 ) ) 3 9 $ 2 Z) $% [ Z 2 $% [= 2 $% ( 2 ) : : ( $% Z) B2 G) () [? ; 2 : ) : $ : (72 = A ) 9 : 2 :( 2@ ) ( 9 : $% 2 $% 2 ) ( : ) 2 ) = &!

6 H 2 & 2 ; 2 2 : ( & =' ) ( ) ( 2 2%? 9 3 :( ) ) 2 Z( 2 :> 27 ) [? ( < % ( : : 2? ) : 2 :<8: :< 2 <? ( : 28 ( $D : : = ( ) 2F ) D? $% : ) 2 2 < ) ( ; F< : : 2 2 $% = : : ( 2 Z) 2 [? 2 : ( 2 ; < ) ) : U 2 )? ) )2 F 2 ) : : 2 27 ) = ( U: ) 9 ) 2 ( B2 ) 8) "OPN'"OQN= 2B? 2 2? "OPM? ) : :( 28) ) : 2 : ( : ) 2 $%? ) 2 B V 2 $% :82 2 ) ) 2 $% ( ) V 2 $% = 2? (? ) : : 2 ) : ) ) 2 :? 282 )? 2 2? ; 2 : : : : 2 = :<8: ; 2% : $% Z(B2 [ 9 : ( 2 ( U: ) ) 2 2? A? 9 : 2 $% ) : ( 9 ) ) : 9 ) : : 2 27 = 2? : "OQP? (7 < 2? ? ) : ( 2 < : : 9 GF ;? ) G( U ) 2? < ) 9 ) : 2 : ) ( < :( 28) ) 2 ) 2 $% = ) 2 Z) $% [ Z 2 $% [? ; : ) :( : 2 % 2 > )? ) 2 : ; 2D ) : C : 2 ( 8 2 :<? 9 : 2 ( 2 2? ( ( $% ) >: ) ( 2 :> 2)=? 2 B ) ) : 2 = : < 2 ( 2 :> &# 27 )? ( F2 ) 3 ) >: )? ) : ( ) $% : < B? < (>

7 V; ) : 2 = 6 A? ) D ; 2 V $% < : ( $% 2 8 <A 2 G ; ( 9 ; 2 : B 2 : : ) ) : 2 ( )F9 ) : : $% : F 2 )? ; F< 2 $% = H : 2? ; 2% : U ) 2 ( 2 ; ) : ; ) 2 :( ( $? : ) 2 2? 2 : 2? ( :( 2 ( $% 2 ) 7 ) = :? Z) : 2 $% [ % ( ) ) 2 ( 2 ( $% ( 2 :> ) 2 F? : 2 $% : 9 ) ) $% 9 : < 2 ) 2 ) : ( F2 )? )? 27 )? ) 2 ) >: ) 2 =!$! # ; * :> 2 9F) 2 3 & ; 2 2 : ( & ' ) ( ) &$

8 . < : 9 : MN"M & ) < 2F2 2 :> ) 2 ( : ) ) ( ) = : % $E)? % )? ( ( ) < A ( ; 2% 2 ( ) ) = )? ( ) ( 9 $D ( ) V ( ) 2 C % < ) 2 ( 2 : < ) :< : : 2 \ % 2 2 $% ) : 2 :(? < 9 U ) : 2 $D 9F ) ' ( 2 ( 2 ( :< 2 2 ) 9 $ )? ) >: ) ) 2? G2 2 \ 9 2 : ) : : 2 28) ) B 2 $% 2? 2 : : ) $% ) )2 F 2 ) : 2 :< 2 2 ; 2%? : ) : : $% ( 2 ( )F9 ) ) : 2 \ : ) ) : < : G) () : ( 2 2 % ) 2 ; ( 2 ) :? 2 : 2 ) ( ) 2 : 2 ) 2 ) 2 2 % \ ) < : : : 9 2 $D : : :< 2 2 = (!!!!#: #! (! 8 ) ) ( ) &% H 2 A : % $E)? % )? 2 ( ) ) ) : 2 :> =

9 ; 2 ". $ ( 2 :> : 2 2 & ( : ) G( D = : ( ) ( ) 2 ) U ) : $D 2? & ) < 9 U ) ) = :? B ) H? : 9 2 $% 9 ) 7 ) 2 & % ) 2 2 : V ( 2? : 2 2 ( 2 : 2 < = 9? ( G :(? ) ) 3 ( 2 ) ( 7G : ) : 9 9 :F? ; ( 2 : : 2 D ( F = < ( 2? ) ) 2 B )? 8 : 9 <? < : 2 - = 2 2 : 2 ; : ( 2 & 2 G :? ) ; 2 : 2? 2 $D ;? ) : ( 2 :(? 9 : (2 ) 2 G2 = G( D : 9 2 :3? ( ) ( : 2? A )F) ) ) : 2? 2 A = ) ) 2? 2 : 9? : 9 2 $% : ) 2 ) )? ( 2? 2 < 2 2 : =? 2 : < )? )? ) :<? ) 7? ( A < ( 2? 2 E 2 : < 2 2 G( D 2 2 = " '! # :!<! * < %!!$ # %! < && +

10 ) ) A 8 ( ;? ( 2 : 2 D 9 : = : ; ) ) G :<? A? )? 9 : 3( ( ) ( ) : : $D 9 :? ) : ) : 2? B < 2 = - G H :? ; 2 % 2 ( 2? G 2 : 2 ( ( G : ) : : 2 7( ; 8 ) &? 2 : ) 2 2 < B ( = 2 27 = :? ) < 2 E: ( 9 ) 7 ) B - G H :? - G H :? 2 ) : 9 $ )? B ) 2 ; B ) 2 ; : 9 2 $% 9 ) 7 ) % 8 ) :( 2F ) : < = +B ( +B ( H ) : H 2? 2 < 2 %? : ; ; G? 2% F ) = $? ; G % & % 2 ) ) 2 : : : E: = : G? < 2 % + ) 2? 2 %? H I H 2 I? ) 2 9 : : ( 7 ) $ = : )? - + B? ) $ $ : ; 2 $D? ; ( ) : (? 2 ) 2 : 2 =? < 2? ( 2 : : 2 $D 2 : ) :( 2 : 2 ) 2 ) : : < : 9 % = 9 : 2? 2 % 9 ) : A MNNP= 8? 8? 9? ; 9 ) V 9 2 (? F? (? : 2U: : 2U: ( A 2 2 % : 2 = : ; 2? H I 2 2 B I? ( 2? 9 9 ( >? : : "QPK? ( ) 2 2 $% = 2 9? 9 ; : 2 : ( ( <? A? 2 ) :( 2 ( % 9? 9?? 2 < 2 = 6B? : : 2 % ) 2 ( $ 9 : (? % ) : < ) : ) : : =? 2 2? :( 9 : 2 ( 2 ( 2 = : )F( ) :< 2% ) 2 U (? ; :? & I 2 2 I? 2? 2 I- I : H 2 : 2? ; ) ) ) ( 2 $D = &'

11 8: ( H? B : 2 2B ) : F? 8? ( 2 * 2? ; 2 2 I( 2 : 2 2 I= ( 8 :( ( ) 2 2 ) : :? * 2? ) = ) 2 H? : - 9 G 2 :U A? AB 2 : 2 $% = ) 2? ( 2 U ) 2 : )F( 2 : C ) I6 27 H I? : ;? ( 2 < ) : ) (? ) : : 9 : 2 : ) ) ( 2 2 A : 9 2 $% 2% :( 2 2 ) 2 2 ) 9 : = 2 A : 9 2 $% H 2 ( : ( ) 2 $ :? 2 2 H 2 ( : 7(? 2 : ) : ( 2 2 ) : : $D 2 ) ( ) %? ; 7(? 2 : ) : ) V 9 2 I- I $% 2 ; ( ) V 9 2 B ) : 9 2 $ ) : B < ) =? 2 2 %? 9 : * 2? B : KN ; G ) : I< ) I= G 2 2 ) 2B ( 2 - G H : ) :? 2 2? 2 % 3 & 8 & % 2? 2 ) :? 9 2 I 2 : : I ; ) ( (8) 9 2 : : ; 9 : 2 ) = & 2? 2 :<8: : ( 2 )? 8 ) ) ( 2 : ) = 2 2 % < ) 9 )$% 2? 2 < ) : :? ) : ( 2 ) 9 )$% 97 9? ) : ) 2? ) : ) ) U? 2 )>? <!? 8: 97 9 G H? & ( = : 2 ) 2 :<8: ( $% ( ; < ;? < : ( ( (? 2 ( :!? : 9 %? :? ( ( 7( 2 % = ( 7( (! % 9 G3 2 2 % H ) ( ) - H? & ) ( ) &(

12 Genealogia e Patrimônio Cultural: um diálogo em começo I Oconhecimento genealógico está para o homem, como a preservação patrimonial para as cidades. Quem fala em Genealogia, fala em memória, história de família, identidade e pertencimento a um determinado grupo social. Quem fala em Patrimônio Cultural o faz de um conjunto de bens e valores, de ordem material ou imaterial, que se constitui num referencial de identificação do cidadão com o seu habitat. Em ambos os casos, cuida-se de um feixe de inter-relações essencial ao desenvolvimento humano. Um e outro demarcam o locus próprio de cada indivíduo no meio em que vive e servem à construção de sua identidade. Um e outro precisam ser protegidos do esquecimento e da destruição, pois a perda de qualquer deles equivale a uma verdadeira mutilação da alma humana. II A Genealogia contribui, assim, para reforçar nas pessoas a autoestima e a ideia de pertencimento tão necessárias num mundo de relações atomizadas. Ela lhes dá, em primeiro lugar, a certeza de que homem algum é uma célula isolada. Todos somos elos de uma cadeia que vem de longe, passa por nós e se projeta sobre o futuro. Resgatar essa memória genética e histórica é reencontrarmo-nos com nossas origens, com nossos maiores, conosco mesmo. Mas o conhecimento genealógico serve também para estabelecer uma identificação da pessoa com a sua terra, na medida em que lhe permite compreender, a partir da trajetória de seus pais, avós e bisavós, o processo de construção da região onde viveram e do próprio legado que deixaram. Que o digam as colônias de imigrantes espalhadas por esse Brasil, com suas histórias e vínculos de parentesco remontando a seus torrões natais. E a experiência da comunidade negra de Morro Alto, no Rio Grande do Sul, com o alargamento de sua memória familiar para além dos vínculos de consanguinidade, aliança e compadrio, como forma de sustentar a identidade do grupo. E, mais recentemente até, a criação, no Rio de Janeiro, do Museu da Maré, onde as crianças, descobrindo a história de sua comunidade e de suas famílias, têm oportunidade de desenvolver a ideia de pertencimento fundamental para o exercício da própria cidadania. Fazer genealogia é, portanto, resgatar raízes. Raízes que criam laços. Laços que estabelecem pontes. Pontes que levam ao outro o ascendente, o parente, o contraparente numa sucessão de vínculos que se vão estendendo e acabam por abarcar a cidade em que se nasceu. 58

13 III Assim, é importante carrear tal potencial de identificação para os programas de educação patrimonial, incutindo em todos os cidadãos e comunidades, mas especialmente nas crianças e jovens, a ideia de que família e cidade se completam na formação de sua identidade. É tarefa a começar em casa e na escola. Alguns se contentarão com uma ou outra informação; outros irão além e buscarão estórias, papéis, retratos e objetos, para reconstituir a história de sua família. E descobrirão, quem sabe, bibliotecas e arquivos, sítios e tradições, e, com eles, a riqueza e a diversidade do Patrimônio Cultural de sua cidade. E aprenderão a dialogar com ela, não como estranhos, mas como herdeiros de um passado que lhes pertence. E mais: cada um verá, à medida que reconstitui a história dos seus, que o tempo em que eles viveram como que se faz e refaz, permitindo recolher, nos marcos que ficaram, um pouco de suas vidas. E, assim, cativo desse sortilégio, acabará descobrindo o verdadeiro significado do Patrimônio Cultural de sua terra e será mais um a lutar por ele. Victorino Coutinho Chermont de Miranda Advogado Membro do Conselho Estadual de Tombamento 59

14 2 H : $D ; ( ) : 2? :( 2@ ) ) :( % : ) : 2 G2 ) ) : 2 : ( ) 2 ( 2 : 2 9 GD ; ( 2 : < ) ) ) 2 ( 2 ( 2 = Z ) $% : 2 ) ( ) 2 :<8: : 2 : ) 2 2 ) 2 = ) 2 2 )? : ; ) < 2@ ) % ( 2? : : 2 % G 2 : ) $% 9 : : 2 : ) 2 9 : = ( : : : 2 ) A 2 ( :? ; % :( : 2 ) ) : : :< : B< ) : =[ ) 2 ) : 2 : 2 ( 2B ( 2 : B 2 ( 2 $D ) 2 2 V (? ; 2 V ( ) = 9 : * MNNJC M"!C : 9 ; 27 ) 3) 2 ( ) ) $% 8 9 : 2 ( 2 : 2 ) 2 ( ( 2 F = 2 3 : < : ) ) ) : ) ( ) ( := ( )F( <B )? ( ; A : 2 : 8 ) $% 2 : 2 ; $% ) 2 G2 ) ) 2 9 ) ) $D < 7 )? ;? (? 9 ) : : 2 ( ) 7 ) 2 ( = < 7 ) ( 9 ) : 9F )? ) 2 2 F ( )8, ^ : B 9 GF = &B 2 ) < 9 : $% 2 : ( ) 7 ) : ) 2 2 : : ( ) ) :( 2 ( ( )? ) : 9 $D 9 2? 2 9 : $D? ) : $% G2? 2 : < ) (2 $% ( $% 9 ) C - 27 MNNRC "PK! '"

15 :? ) $% ( 2 :> 2 : : 9 ) 2 ( ) ) )? A 9 : % = < V )? ) : 2 2 $% ( B ( : ( )? 2 : : : ) $% ; ) 2 G2 : ; 2 $D ) = )? 2 : ) : : ( ( 9 : 2 9 : $% = 4 9 : 2 ) 2? 8 ) : : ) : 2 2 : 2 $D ) ) 2 < 2 2? 2 < 3 ) :( G ; 2 : : $% 3 2 : 2 2 $%? ; ( : < $% ') 2 :( $%? < 2? ( 2 = 8: ) : : 9 2 $D 2 2 G( D G 2 :? ) : ) 2 :? ) 2 ( ( G( D 9 ) 7 ) = ) 2 : 8 ; ) : ( 2 2 : 9 ) ( : : ) : ) $%? ( ) : : ( $% ) :( 2 : 2 = Z H ) 2 2 ( 2 ; : ( ; ) 2 ) : C ) : ( 9? 2 < 2 \ ) : ) E \ ) : 2? ) : < < = H ) G : : ( (? 2? 28 ) : ( 2 : 2 = + < $ 2E: [= 2? MNNK! )!## '!!#!!!##!! #!#B (!*!! ) : 9!!! %!!!! %!! ' 4#! #! * < #!2! <!# < 5# <!# < ) $ ) B R )! :!!# #!2 *!4 :!!*! %!!! * #!#<!! :! 4# :!!# - # 4*!!$!!! * *!B < ( B 3 & T ) ( ) '!

16

17 2 2 ) ) : 3? F)? V ( ;? (? ) ) 2 ( ( = <A : 9 2 $% ( = :? ) $% 9 2 ( 9 ) 2 : 2 :<7 ) = ( 2 :> 8 ) 2 2 F ( < ( F : 2 : 2? : 2 : :(? 8 2 ; ) )? ; 7 ) : ) : = : ; 2? ; : 2 $% 2B 9 : ; ( $% 2 : 2 A : = # # '! # :!! %!! ## 9 %!! 6#!! % B T! #! %!!!!!< #!!!!!! < )!! $ %!#! 4) B!#!2 # #! #! * #! )! :! *9# # #9 #!##! B 6 A 8 :( ( ) $% = : :( V : ) :( G = )? )? ) G 97 9? ) 2? < )? A 9 2 < < 2%? ( G :(? : 2 E ) ) 2 ) 2 ( ( 9 ) : $% = ) ) % 9 : : ( 2 = ) $ ) 2? ; A ( : ( ; ) $%? ( B 2 3 : % : ) ) < 2? 2 ) : 2? : B )? A ) : 2 ( : :7 ) 2 ) : ; = ^ ( ) : 2 9 ) 2 ) ) = ) )? ; ; 2 : ) ) U ) ( < ) 2 )? 2 3 :( 2 2 ( ( $% < ) 2 :7 = : $% ) ) : 2 ( $ :( 2 2 ( ) 2 : ) 2 : 2 2 : ( 27 = (!!!!#: #! (! '$ 2 2

18 @ 9 IH ) 8 ) A 2 ) $D ) 2 : ) :? < 2 $D G( ) 2 : 2? ( ) = 2 2 : ) $% : 9 2 $% 9 ) 7 ) C ) 2 $% ) 2? 2 )? : )? 9 ) = 2 : ; 2 : 9 ) ) 2 ( ( ) : ; 2 : 2 ) : ; ( ) ) = G( % ) 2 ( ( : 2 3 3B? :< 2 3 ; G 2 : 2 2 ) 2 ; 2 A : ( ; ( : : ) 2 G2 2 ) >: ) ( )F9 ) I= H!, #! K n ( ) ( $% ) : : ) ;? 2 V ) : ) :( : 2 ) : ) 2 (? : 3 A : ) A ; 2 : : ; 2 : : ) ) %? 2 $% 2 ) $% ) 2? ) ) : ) $% : 2 ) 2 ) : 2B!? A : =? 2 ) ( ) 9 A 2 F2 ) 3 7 )? ; $% 2 <A 2 ( 9 G ( ) 2? ; 2 < )? G%? $D ) B V ) 2 $% : = 2 $% ) $% < - W O=JOK'OS! 9 2 ) )! ; ) ) ) )2 F 2 ) 9 : 2 - : D )? : 2 ) 2 ( ( 2 :> ) ) 2 < = $% 9 :? : 8 2? ; ( 2 ) ) : 2 V $% ) )2 F 2 ) 82 ) ) ( ) ; ) : 2 27 ) = A 2 F2 ) 3 7 )? ( 2 2? ) 2 F < ) ) 2 = U3? ) ( 2 ( 9 ) ) : 2 ; 9 )? ( ) 2 ( 2 ) ) : = &B : "OQO? ) H ) ) (? ; ( V : U ) ) =? + - H )? :? : :< "OOR? ; ( ) 2 2 -? : (F2 3 ;? 2 :<8: AB ) : ( B 9 MC Z ) 2 2 : 9 : ) : 2B ( ( A : 2 ) )? ) : 2 ( G : ( 9 : % 9 :? : % :( 2@ ) 9 : $% F I= :< ( ( 2 2% : 2 2 ) ) : ; ( ) 2 - ) : "OOS= 8: :< ;? AB : "OP"? : ( 2 : 2? 9 :? : B H )? * AB? : %? ) ( 9 C Ig===h % A : ; A :( 2 2 ( : $% '%

19 ) ) : ( 2 $% 9 ) 7 ) 2? ( ) ( : 2 :F 2 2F( ) = g===h ( 2 2 2F( )? 8 ( ) ; 2? : ( 2? ; - 7 ( 2 U C E)? G( % ) 2 2 ( ( 2? $ ( \ ( ) 2 A 2? ) A A )? <% ( ) :3 ( ) 9D 9D ( 2 ( 2 U ) ) \ <? ; 8 2 : 2 ) :> 9 3 < I= : 2 2 ) ) : 2 2 ) )? AB 9 : ( 9? : "OP"C I ===! ( 9 : 2 : 2 < 2 9 ) : ; G 2 ) = 2U: 9 ) ( ; 9 ) 9 ( ( ) 2 I= 2 2 < ) : : ) : ) B2 )? : ) ) %? 2 : ( 2 ) ( = A 2 F2 ) 3 7 )? ) 2 F ) : ( 2 ) ( $% 2? 2 ) 2 G2 27 ) 3) 2 : ) 2 ; ) % 8 E ) ) ; $% < < = ( : 2 :<8: 9 :? : )? 2 <? ) : 9 : : :( ) 2 = 2 ( ; 2 G2 ( 2 : ) < $% ( 9 G% )? 2 ) 2 : ) : ; ( : : 2 2 ) 2 ( ( ( ) ) 2? ) : $ 2 ) 2 A ( : $% 2 2 : ) : < ( 2 : $ ) 2 2% ) 9 ) = 2B 7 2 : ) : ) 2 $% : A 2 F2 ) 3 7 ) ; 9 2 : 2 : ) ; 2 ) 2? 2 ) :( : 2 : 2 2 ( ) ) 2 C ( 9? ; ( 28) )?? ( ) : ) : : 2 = " ( G : 3 :U 2? 8 ) 2 : ( 9 ) 2 : : ( ; < 2 : 9? ) : 9 )? ( G :( = ( 2 : 2 2 :> : 2? 2 <? : ( ) < ( )2 ; :( : ( 2 : 2 ) % ( ; 2 : ( ; < : 9 2 ) : 2 < : = N 9 ) ) 2 : 2 ( ) : $ 2 )? ) : 2 A 2F( )? 9 2? ( : 2 7 ) ; ( 2 ) : : : = : :<? 2 2 2? ; 9 ) 8 : 2 : ; = < : ( ) < : 2 : C 9 bo( ' o <? ( : ) 2 ; ) ) 2 < 2 ; ) : ) ) : 2 ; ) V ( : ( ( 9 :? : : 2 8 < $% 2 :B2 ) ' ( ( B2 ) = :? 3 3? 9 ) 2B :( ( 2? : : : ( ) < : = 2 ( 2 9 : 2 8 ( ; < : 2 C ( 2 ( '& - : (F 2 2 ) ( )

20 pesquisa com um tema definido, ou seja, que dentro do universo a ser pesquisado (folguedo, por exemplo), se escolha previamente um determinado tipo de folguedo (auto do boi, por exemplo) e não todos os folguedos populares ou os de determinada região do país. Um país de dimensões tão amplas como o nosso, apresenta manifestações em todo o seu território, com características próprias de cada região. O auto do boi, apresenta-se do norte ao sul, sob os nomes mais variados e com coreografias, enredos e atividades diferenciadas. Sugerimos que os professores encaminhem seus alunos primeiramente para um levantamento e estudo do folclore de seu município (rua, bairro, zona urbana, zona rural), e, a partir daí, estenda seu olhar para o nosso estado, para a região sudeste e para as demais regiões do Brasil. Por fim, sugerimos uma consulta ao Portal do Inepac: Lá os professores poderão encontrar uma grande variedade de informações relativas ao Folclore Fluminense (Módulo Patrimônio Imaterial), além de vasta e especializada bibliografia (Módulo Bibliografia/Patrimônio Imaterial). Departamento de Patrimônio Imaterial Mapa de Cultura do Rio de Janeiro / Diadorim Ideias/ Cris Isidoro 66 Pesca Artesanal Praia Grande - Arraial do Cabo

21 Educar para o Patrimônio Patrimônio, palavra que remete à herança dos pais. Aqueles que nos geraram nos legam um patrimônio genético e, possivelmente, histórico e afetivo. Os valores culturais de um povo são constituídos primeiramente pelas heranças deixadas por seus antepassados. Não há nação que não tenha constituído a sua história nem povo que não guarde na memória afetos e lembranças de indivíduos e grupos, ainda que de maneira fragmentada. Poderíamos afirmar que a memória é inescapável, cada indivíduo ou grupo está permeado por elas. Quanto à história, esta é a narrativa selecionada por historiadores e cronistas que capturam, por meio de textos e imagens, fatos e dramas de seu povo. A memória pode ser individual ou coletiva. Quando guardamos lembranças de nossa infância e adolescência, alguns momentos podem ter um registro particularmente importante: o presente especial recebido no aniversário, nosso primeiro dia na escola ou mesmo a lembrança traumática de um acontecimento. A memória coletiva se constitui quando algumas dessas lembranças são compartilhadas pelo grupo em uma comunidade ou entre vários grupos e comunidades. Maurice Halbwachs nos fala que: o conceito de memória coletiva refere-se a uma memória social, exterior ao indivíduo, estendida no tempo, que guarda eventos acontecidos há muito. Essa memória é o invólucro das memórias individuais e conserva os fatos acontecidos na sociedade à qual o indivíduo pertence ¹. A história, por outro lado, pertence ao campo dos pesquisadores que dedicam tempo e apuro selecionando fatos e documentos para fundamentar suas narrativas. Esta se constrói com técnica e precisão de documentos e testemunhos. A memória se revela na emoção, no calor dos fatos lembrados, é preenchida com as impressões que nos ocorreram no momento que vivemos os acontecimentos e as reminiscências que resistem ao tempo. A memória é sempre pessoal, mesmo sendo partilhada pelo grupo. A história, ao contrário, se pretende impessoal e objetiva, são narrativas desvestidas de emoção e subjetivismo, pelo menos assim esperam os historiadores. A história deve ser submetida a renovadas interpretações sempre que novos fatos, documentos e testemunhos se imponham. A memória é única, não pode ser desmentida, pois é forjada no calor da emoção do narrador, é uma verdade que se impõe pela singularidade do indivíduo. No espaço entre memória e história, o historiador francês Pierre Nora (1993) afirma que a memória perdura-se em lugares, como a história em acontecimentos (Nora, 1993, p.25). Os lugares para Nora são fragmentos onde se ancoram as lembranças. Segundo o autor, nossa necessidade de lugares de memória surge no mundo contemporâneo porque perdemos os meios de memória. O que era transmitido de geração em geração, numa narrativa oral que permitia manter viva a tradição de famílias e coletividades, perdeu-se em novos hábitos que não contemplam mais estas antigas formas de transmissão do vivido. Nossa necessidade de memória, da qual falaremos um pouco mais adiante, nos impõe acercarmo-nos de fragmentos de memória, objetos e lugares que nos remetam ao familiar, instâncias que nos ajudem a 67 1 Apud. Monastirsky, Leonel Brizola. Espaço urbano: memória social e patrimônio cultural. Terra Plural, Ponta Grossa, v3, n2, p , jul./dez.2009.

22 Pedra do Sal - Lugar de memória e celebração da cultura africana no Rio de Janeiro. Acervo Inepac fixar uma identidade, que nos ancorem no pertencimento. Assim surgem os lugares de memória, nos quais pequenos fragmentos de lembranças são encontrados. São objetos diversos: livros, medalhas, documentos, bandeiras ou grandes edifícios e monumentos que possam narrar nossas memórias e tradições. É preciso, portanto, acionar as lembranças de fatos e emoções que nos marcaram. O patrimônio cultural, nossos lugares de memória, são particularmente importantes em momentos de incerteza. Vivemos no tempo de mudanças vertiginosas, que nos dificultam a possibilidade de planejar o futuro. Um eterno agora se impõe, feito de milhares de fragmentos de fatos sem duração. Uma transição permanente se apresenta cotidianamente. O tempo, no dizer de Zygmunt Bauman, tornou-se líquido: vivemos tempos líquidos, nada é para durar. No rastro desta modernidade líquida e instantânea, os lugares também perderam fixidez e permanência. Ser cidadão do mundo pode ser muito excitante, mas implica também uma perda: a perda do lugar, do nosso lugar, familiar e afetivo, preenchido de reminiscências que nos dão identidade. O antropólogo francês Marc Augé nos fala que se um lugar se pode definir como identitário, relacional e histórico, um espaço que não pode se definir nem como identitário, nem como relacional, nem como histórico definirá um não lugar. O mundo globalizado parece ter nos subtraído o lugar ao qual pertencemos, aquele com o qual podemos nos identificar, reconhecer uma história, estabelecer uma relação mais duradoura. Tudo parece transformar-se em uma grande estação, um entreposto, onde estamos apenas e apressadamente de passagem. 68 Em um mundo que muda aceleradamente é urgente encontrar algo que permaneça, um lugar em que repouse minimamente a tradição. Não se trata de uma fuga para o passado, uma nostalgia idílica, trata-se de encontrar uma base, um ponto de partida para o futuro. É possível imaginar que este lugar, tecido pela memória, seja o patrimônio.

23 Nossa identidade depende do nosso patrimônio. A cor de nossos olhos, ou mesmo nossas emoções são frutos das primeiras heranças que recebemos. O comportamento, formas de pensar e agir dependem da base sobre a qual fomos educados, são heranças, portanto, das memórias e histórias de nossos educadores. Estes educadores não são apenas aqueles que nos devotaram tempo e empenho na lida cotidiana do aprender e ensinar, mas também as cidades, os bairros, as gentes, seus modos de ser e de fazer, as celebrações e ritos de todo tipo que nos atravessaram o caminho. Sobre esta base nos edificamos; sobre esta plataforma, saltamos, criando novos caminhos, memórias e histórias que constituirão o patrimônio de tantos outros. Recorremos então ao patrimônio, vestígios e fragmentos do passado: um objeto remanescente da infância, o bolo de tapioca da bisavó, ou ainda aquela praça em que brincávamos com os amigos. Restos materiais que avivam as memórias e recontam as histórias. A preservação destes vestígios do passado que constituem o patrimônio cultural é fundamental, mas não suficiente para podermos nos apropriar de seu sentido e importância. É necessário uma ação voltada para o despertar do olhar sobre o patrimônio. A educação para o patrimônio cultural se apresenta como uma via para este resgate, tanto no ensino formal quanto nas comunidades e museus. Educar para o patrimônio é avivar os sentidos, despertar o olhar para encontrar um lugar com o qual nos identificamos: um bairro, uma praia, um museu ou um monumento histórico. Este último pode parecer distante de nossa história e memórias imediatas, mas certamente faz sentido para a comunidade ou a nação à qual estamos ligados, ajudando a compreensão do momento presente a partir da história. Os bens culturais carregam a alma de seu povo, sua forma de ser, os conflitos, sua fé e sua razão. Consideramos patrimônio cultural tudo que testemunha um ou vários desses elementos. O patrimônio tem a propriedade de nos contar uma história. Sua linguagem pode ser arquitetônica, paisagística, ritual, palatável, sonora, enfim, há uma diversidade de modos em que um bem pode nos falar. Se pudermos compreender um pouco da linguagem do patrimônio, nos habilitaremos a um universo culturalmente rico de significados. Sergio Linhares/ Acervo Inepac 69 Antigo morador visita as ruínas da cidade de São João Marcos

24 Coreto do Jardim do Méier - Lugar de encontros, andanças e memórias Pedro Oswaldo Cruz/Acervo Inepac Paulo Freire nos inspira. De sua literatura pedagógica podemos nos valer para aprender um pouco do vocabulário patrimonial. A primeira lição que aprendemos com o mestre é sobre o diálogo no processo educativo. Uma ação de educação deve colocar frente a frente os diversos protagonistas desse processo. Educandos e educadores podem estabelecer um diálogo profícuo sobre o que é patrimônio, sobre os bens que devem ser preservados e por quê. Como sinaliza Freire, o diálogo deve ser a primeira condição na relação com quem aprende, porque ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. O mundo do patrimônio cultural configura-se como um conjunto rico de sentidos. São impregnados de símbolos de uma sociedade, valores do passado que ajudaram a configurar o presente e que podem oportunizar ao ser em formação mediações educacionais cruciais para a percepção sobre a sua sociedade, o seu território e sua cultura. O patrimônio cultural não está depurado, contudo, das contradições da sociedade à qual está ligado, ao contrário, é instrumento de expressão de todo o complexo histórico de um povo: quanto maior for a sua ressonância, maiores serão as contradições a que testemunha. A opressão e as guerras estão muitas vezes gravadas a ferro e pedra nos monumentos expostos em parques e praças. Por tudo isso, o patrimônio cultural de um povo deve ser preservado e revisitado. Os olhos do presente devem perscrutar o passado, revendo conceitos, fazendo novas escolhas a partir do vivido. 70 Quando um órgão público tomba um bem, fruto de uma demanda da população ou por iniciativa governamental, faz-se uma escolha. Perceber as motivações históricas, políticas, estéticas ou sociais que determinaram essa escolha, discordar e concordar com essa seleção, são intervenções críticas necessárias ao processo da educação patrimonial.

25 A pedagogia freiriana pode nos ajudar a mediar a relação do educando com o patrimônio cultural na apropriação e problematização deste frente aos símbolos e histórias que contêm. Freire determina três etapas para o desenvolvimento do método: as etapas de investigação, tematização e problematização. Na etapa da investigação, educadores e educandos buscam conjuntamente as palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive. Nessa fase, é preciso perceber com os alunos quais são e o que falam os bens que poderiam ser considerados patrimônio para cada um e para sua comunidade. A etapa da tematização é o momento da tomada de consciência do mundo, por meio da análise dos significados sociais dos temas e palavras. Perceber o patrimônio como um discurso político, ideológico, estético etc, é tomar consciência do seu significado e o que de fato representa para aquela comunidade. O Pelourinho, nome de um bairro na Cidade de Salvador, representa o símbolo da escravidão no país. A preservação desse sítio pode estar fundamentada na consciência dessa grande injustiça histórica. Suntuosas residências podem ser tão significativas como marcos da desigualdade social quanto pelo seu valor arquitetônico. Finalmente, a etapa da problematização, em que o educando é desafiado a superar a visão mágica e acrítica do mundo, para uma postura conscientizada. problematização do tema patrimônio histórico por parte dos atores deve ensejar uma reflexão sobre a identidade, sobre a memória e, no limite, sobre o poder envolvido nas iniciativas governamentais voltadas para a preservação do patrimônio cultural. Por quê? O quê? E para quem preservar o patrimônio? Quais os grupos sociais e históricos estão representados nos bens protegidos pelo poder público? Como superar as assimetrias identificadas no campo das representações sócio-históricas? A educação para o patrimônio cultural é uma proposta nascente e como tal, merece um aprofundamento em seus postulados. A pesquisa de pedagogos, sociólogos e historiadores, entre outros, deve ser incentivada, inclusive por órgãos governamentais de fomento. Cursos de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado podem contribuir para consolidação de um marco teórico que aprofunde a contribuição de práticas diversas implementadas por diversos atores dentro e fora da escola. Evandro Luiz de Carvalho Pesquisador Departamento de Pesquisa e Documentação do Inepac A 71

26 Referências bibliográficas AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas: Papirus, BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O Que é o método Paulo Freire? São Paulo: Editora Brasiliense,1986. CARVALHO, Evandro Luiz de. Os alunos do Colégio Estadual Souza Aguiar e a apropriação do patrimônio cultural da Lapa:um estudo de caso.[dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro. Fundação Getúlio Vargas CPDOC, FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro. Editora UFRJ; IPHAN, Antropologia dos objetos: coleções, museus e patrimônios. Rio de Janeiro: MINC/IPHAN, HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Tradução de Yara Aun Khoury. Revista do Programa de Estudos Pós-graduados em História do Departamento de História da PUC-SP. São Paulo, n. 10, p. 7-28, dez

27 Cidades Invisíveis Consideramos Cidades Invisíveis as ruínas de quatro cidades extintas do Estado do Rio de Janeiro. Percorremos os vestígios do que um dia foram igrejas, pontes, ruas, câmaras e residências. Por meio de fragmentos registramos a história dessas antigas vilas. Ativas entre os séculos XVIII e XX, Santo Antônio de Sá, São João Marcos, Vila de Iguassú e Vila de Estrela, importantes no processo de ocupação do solo fluminense, desapareceram em meio a crises econômicas, epidemias e o abandono dos portos depois do advento das estradas de ferro e o desrespeito à história e a memória. São João Marcos As Cidades Grande distrito cafeeiro no período imperial, São João Marcos surgiu quando João Machado Pereira, vindo de Resende, ali instalou uma fazenda. Logo em seguida abriu-se uma estrada pela qual pudessem transitar com segurança, os quintos de ouro com destino ao Rio de Janeiro. O mesmo fazendeiro mandou edificar uma capela dedicada a São João Marcos, em torno da qual aglomerou-se pequena população, surgindo assim um povoado, elevado a categoria de Freguesia em Em função do grande desenvolvimento do café, São João Marcos foi um dos municípios mais importantes do Estado do Rio de Janeiro no século XIX, ao lado de Resende, Valença, Vassouras e Paraíba do Sul. Com a decadência da cultura cafeeira fluminense, a região foi perdendo a importância. Seu centro histórico foi tombado pela Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), em 19 de maio de 1939, atual Iphan. São João Marcos já havia passado a distrito de Rio Claro, em 1938, e encontrava-se ameaçada pelo represamento das águas de Ribeirão das Lajes, solução encontrada pela Light para aumentar a geração de energia elétrica para o Rio de Janeiro. No ano seguinte, São João Marcos, considerada pelo Sphan Como raro exemplo intacto de conjunto de arquitetura colonial, deixou de ser monumento nacional pelo Decreto n 2269, de 3 de junho de 1940, assinado pelo então presidente Getúlio Vargas. 73 Ruínas de São João Marcos Sergio Linhares Acervo Inepac

28 Desapropriada, São João Marcos teve um fim dramático. Recusando-se a abandonar suas casas, mas irremediavelmente expulsos, os habitantes viram sua cidade ser implodida e demolida como forma de impedir qualquer tentativa de reocupação. Ainda assim, o local só foi inundado uma vez, pois as águas da represa subiram apenas alguns metros. Em um vale, na confluência dos antigos rios Araras e Panelas, fica tudo o que restou do antigo núcleo: trechos de caminhos calçados com pedras, vestígios de prédios dinamitados, muros em cantaria, muitos dos quais encobertos pela vegetação. Durante algum tempo depois da implosão dos principais monumentos e edificações, seus habitantes voltavam à cidade destruída, reunindo-se onde antes havia praças e rezando missas no local da paróquia. Atualmente na área, a Light administra o Parque Arqueológico Ambiental de São João Marcos. Vila de Estrela Durante o período colonial e até a metade do século XIX, Vila de Estrela contou com um dos mais ativos portos do território fluminense, o principal porto de escoamento da produção aurífera mineira no século XVIII e do café do Vale do Paraíba no século XIX, e de seus produtos agrícolas. Em 1846, Estrela foi elevada à categoria de vila, tornando-se sede do município de Estrela com as freguesias de Pilar, Guia de Pacobaíba, Inhomirim, Suruí e Petrópolis. Pedro Oswaldo Cruz Acervo Inepac Ruínas da Vila de Estrela Anualmente registravam-se embarque e desembarque de ouro vindo das Gerais, milhares de metros cúbicos de madeiras nobres, outros milhares de caixas de açúcar e pipas de aguardente e, após o período colonial, com o acentuado plantio do café no Vale do Paraíba, a produção representada por centenas de milhares de arrobas desse produto. Situado à margem direita do rio Inhomirim, quase na junção com o rio Saracuruna, o porto de Estrela possuía um extraordinário movimento. Estes dois rios formam o rio Estrela que deságua no litoral norte da baía de Guanabara. 74

29 O porto e as casas de comércio, fortemente abastecidas, constituíam verdadeiro empório que dava atendimento às necessidades das populações litorânea, ribeirinha e interiorana. O povoado era o portão de entrada para o atalho do Caminho Novo do Ouro, aberto em 1724, a variante do Proença, que reduzia a viagem em alguns dias, proporcionando mais segurança no trajeto da Corte para as Gerais. Com o advento da ferrovia e a construção da Estação inicial Guia de Pacobaíba no Porto de Mauá, a vila viu o fim de seu tempo de prosperidade, embora tenha mantido um trânsito regular. Com a mudança do sistema de transporte, ampliada pela Estrada de Ferro D. Pedro II, na década de 1860, o porto tornou-se obsoleto, o que motivou sua gradual desativação. Após a abolição da escravatura, já em plena decadência, a sede da vila foi transferida para a povoação de Raiz da Serra, elevada a Vila de Inhomirim, em A antiga vila, já em plena agonia, não mais podendo resistir como célula política, sucumbiu em 8 de maio de 1892, passando a fazer parte do 6º distrito de Magé. A crise, que já vinha atingindo grande parte da Baixada Fluminense, levou ao progressivo abandono do Porto de Estrela. Hoje, restam da antiga Vila de Estrela, a escada do porto, as ruínas da casa das três portas e da igreja de Nossa Senhora de Estrela dos Mares - fundada em 1650 por Simão Botelho, e, ao fundo da igreja encontra-se o que resta do cemitério. Vila de Iguassú Hoje conhecida como Iguaçu Velha, o povoado iniciado em 1699, com a construção da Capela de Nossa Senhora da Piedade de Iguassú, foi elevado à Vila de Iguassú e sede de município em 1833, à beira do velho caminho para a serra, numa região de vários engenhos de açúcar. Tendo crescido com o transporte de café do Vale do Paraíba, Iguassú se transformou num centro de comunicação se expandindo com o aumento do comércio na serra. A importante Estrada do Comércio, aberta para atender à exportação do café e a importação de produtos da Inglaterra, concluída em 1819 pela Real Junta do Comércio, pode ser considerada como um dos fatores de grande importância para a fundação do município. A vila era uma região de passagem e comércio da produção de ouro, café e vários produtos importados. vários produtos importados. Iguaçu Velha guarda vestígios da história da colonização do sertão fluminense. Dos vários portos construídos ao longo do rio Iguaçu destacavam-se os portos do Feijão, do Tejam e dos Saveiros. Durante o auge da produção cafeeira do Vale do Paraíba, Iguassú possuía grandes armazéns e estabelecimentos comerciais que faziam girar vultosos capitais. Ruínas da Vila de Iguassú Pedro Oswaldo Cruz Acervo Inepac 75

30 Toda essa atividade começa a declinar já em 1854, quando o Barão de Mauá constrói a primeira via férrea ligando a Estação Guia de Pacobaíba, partindo do porto de Mauá, à margem da baía da Guanabara, à Estação de Fragoso, na Freguesia de Inhomirim. A navegação do rio Iguaçu foi decaindo e o caminho d'água, descuidado, assoreou-se com o aumento de pântanos que se alastraram por imensas superfícies. Com eles veio a malária, associada à epidemia de cólera-morbo de 1855, que assolou sua zona rural. Em 1858, foi construído o primeiro trecho da Estrada de Ferro D. Pedro II, do Rio de Janeiro a Queimados, seguindo logo para Belém, em Japeri, em direção ao Vale do Paraíba. E o que restava do esplendor comercial da antiga vila sumiu definitivamente. Em pouco tempo a Vila de Iguassú transformou-se num povoado abandonado. Em 1891, a sede do município foi transferida para a estação de Maxambomba, que se transformou em Nova Iguaçu. No final do século XIX e início do XX, os surtos frequentes de doenças tropicais provocaram a extinção da Vila de Iguassú. A paisagem atual é marcada pelas ruínas da Matriz de Nossa Senhora da Piedade de Iguassú, da qual resta apenas a torre sineira, de 1764, do muro do cemitério de Nossa Senhora do Rosário, pelos alicerces de antigas construções e vestígios do porto. Vila de Santo Antônio de Sá A cidade está soterrada em torno das ruínas do Convento de São Boaventura, conhecidas como ruínas do convento de Macacu, e da torre sineira da antiga Igreja Matriz de Santo Antônio de Sá. Envolvidas por um cenário natural de extrema beleza, as ruínas do convento se destacam majestosas onde existiu, no século XVIII, a antiga Vila de Santo Antônio de Sá. Em 1612, foi erguida a Capela de Santo Antônio de Sá, origem do povoado de mesmo nome. Em 1768, foi iniciada uma reforma na igreja, que lhe deu os contornos finais, finais, já com a torre sineira. A construção do convento e da igreja data do fim do século XVII. No século XVIII, em 1784,o convento e a igreja sofreram profundas 76 Ruínas da Vila de Santo Antônio de Sá Pedro Oswaldo Cruz Acervo Inepac

31 modificações, com a ampliação do convento para receber maior número de religiosos. Ainda nesse ano, iniciou-se a construção da igreja da Ordem Terceira, ao lado da Igreja de São Boaventura. Santo Antônio de Sá era um importante posto comercial, exportava a sua produção de madeira, farinha, açúcar e aguardente, utilizando o rio Macacu para alcançar a baía da Guanabara, e daí a cidade do Rio de Janeiro. Constituía também ponto de passagem da produção cafeeira, que descia de Nova Friburgo e Cantagalo, já no século XIX. O declínio de Santo Antônio de Sá começa em Tomada por uma forte epidemia, que dizimou a população até aproximadamente a década de 1850, a Vila perdeu em muito a sua importância com o abandono do convento pelos franciscanos. A origem das febres estaria ligada à obstrução dos rios e, consequentemente, à formação de brejos e pântanos. A Vila necessitava de obras urgentes para a manutenção do transporte fluvial, porém, com a inauguração do primeiro trecho da Estrada de Ferro Cantagalo, em 1860, ligando Porto das Caixas a Cachoeiras de Macacu, Santo Antônio de Sá perdeu a função de ponto de passagem de mercadorias. Em 1868, a sede administrativa de Santo Antônio de Sá foi transferida para Santana de Macacu. Em 1875, a Vila foi anexada ao município de Itaboraí. Em 1922 as ruínas do convento passaram aos beneditinos e, posteriormente, as terras foram vendidas a diversos proprietários. Atualmente, o que resta de Santo Antônio de Sá situa-se na área rural do município de Itaboraí, no delta do rio Macacu, próximo a Porto das Caixas. Nesta área a Petrobras está construindo o polo petroquímico do Comperj. Este estudo resultou no filme Cidades Invisíveis, de Beth Formaggini, realizado em 2009, com 32 minutos. A ideia do documentário surgiu por ocasião do início dos estudos de tombamento da Vila de Estrela, em Magé. Foi realizado nas ruínas de Santo Antônio de Sá, São João Marcos, Vila de Iguassú e Vila de Estrela. Produzido pelo Inepac, o filme percorre os vestígios da ocupação, ouvindo os antigos moradores (caso de São João Marcos) e seguindo o rastro dos cronistas que por ali passaram, as pegadas daqueles que por ali viveram, amaram, trabalharam e ajudaram a construir uma cultura rica como a nossa. Através destes fragmentos trazemos à vida essas cidades, fazendo ver a importância do tombamento dos bens fluminenses e a luta pela preservação de suas memórias. Elizabeth Versiani Formaggini Historiadora Departamento de Pesquisa e Documentação 77

32 Mapa de Cultura do Rio de Janeiro / Diadorim Ideias/ Isabela Kassow Quilombo São José da Serra, Valença Jongo no Sudeste: Patrimônio Cultural Imaterial. Registro Iphan, ano

33 O Patrimônio Cultural Imaterial: Conceitos e propostas para ações educativas Patrimônio cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos com um sentido de continuidade e identidade e promovendo o respeito da diversidade cultural e à criatividade humana. Unesco, Patrimônio Cultural Imaterial OPatrimônio Cultural Imaterial pode ser compreendido por meio das práticas e domínios da vida social, do cotidiano das comunidades e grupos, da organização social do trabalho e da religiosidade, da ocupação do território e das expressões e manifestações da sociedade em geral. Deve ser considerada a profunda relação existente de construção social e de criatividade humana, ou seja, a interdependência existente entre o patrimônio cultural imaterial e o patrimônio material cultural e natural. Quando falamos de Patrimônio Cultural Imaterial nos referimos às comunidades e aos detentores desse patrimônio, principalmente aos grupos sociais denominados povos tradicionais: Art. 3º I - Povos e Comunidades Tradicionais: culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição. (Decreto n 6.040, de 7 de fevereiro de Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais). A Constituição Federal, em seus artigos 215 e 216, amplia e define a noção de patrimônio cultural. O Estado então reconhece a existência de bens culturais tangíveis e intangíveis, estabelece outras formas de preservação: o Registro e o Inventário, além do tombamento como instrumentos de proteção. O Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 2000, que institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem o Patrimônio Cultural Brasileiro, define e determina a preservação do patrimônio cultural e da diversidade cultural. As definições de Patrimônio Imaterial segundo o Iphan são: Os Bens Culturais de Natureza Imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas). (Disponível em: A Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em 17 de outubro de 2003, ocorrida em Paris (disponível em define: 79

34 Para os fins da presente Convenção, 1. Entende-se por patrimônio cultural imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Este patrimônio cultural imaterial, que se transmite de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade e contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. Para os fins da presente Convenção, será levado em conta apenas o patrimônio cultural imaterial que seja compatível com os instrumentos internacionais de direitos humanos existentes e com os imperativos de respeito mútuo entre comunidades, grupos e indivíduos, e do desenvolvimento sustentável. 2. O patrimônio cultural imaterial, conforme definido no parágrafo 1 acima, se manifesta em particular nos seguintes campos: a) tradições e expressões orais, incluindo o idioma como veículo do patrimônio cultural imaterial; b) expressões artísticas; c) práticas sociais, rituais e atos festivos; d) conhecimentos e práticas relacionados à natureza e ao universo; e) técnicas artesanais tradicionais. 3. Entende-se por salvaguarda as medidas que visam garantir a viabilidade do patrimônio cultural imaterial, tais como a identificação, a documentação, a investigação, a preservação, a proteção, a promoção, a valorização, a transmissão essencialmente por meio da educação formal e não-formal - e revitalização deste patrimônio em seus diversos aspectos. Luciane Barbosa Acervo Inepac 80 Roda de Capoeira, Grupo Senzala, Mestre Toni Vargas. Cais do Valongo, Rio de Janeiro Reconhecida pela Unesco, em 26 de novembro de 2014, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Registro Iphan: Roda de Capoeira e Mestre de Capoeira, ano 2008

35 O Patrimônio Cultural Imaterial, após a Constituição Federal de 1988 e após o Decreto nº (de 04/08/2000), tem o reconhecimento do Estado Brasileiro e a definição de um plano de preservação instituído nos valores universais dos Direitos Humanos. Esse avanço do Estado e essa construção das ações dos órgãos de preservação do patrimônio cultural não devem ignorar o papel dos indivíduos e grupos que desempenham importante função na produção e na manutenção do patrimônio, na construção de suas identidades, contribuindo para enriquecer a diversidade cultural e a criatividade humana. Esses indivíduos e grupos são os detentores dos bens culturais. E esse Patrimônio, que é passado de geração a geração, são as tradições que se mantiveram vivas até os dias atuais pelo simples fato dos indivíduos e grupos preservarem o seu patrimônio cultural, reinventando e sobrevivendo, com seus valores e suas tradições ancestrais. O reconhecimento do Estado brasileiro é a legitimação e a garantia da defesa e da preservação do patrimônio cultural brasileiro, da valorização da diversidade étnica e regional, da preservação das formas de expressão, dos modos de criar, fazer e viver. Presentes em todo o território brasileiro e, sobretudo na imensidão do nosso território fluminense, nosso dever é garantir a permanência desse patrimônio vivo¹ nas nossas terras: culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, como formadoras da cultura fluminense. Mapa de Cultura do Rio de Janeiro / Diadorim Ideias/ Cris Isidoro Darci Tupã da Aldeia Indígena Tekoa Mboy-Ty Camboinhas, Niterói Como contribuição às ações pedagógicas para a formação de educadoras e educadores nas bases de uma educação para o patrimônio cultural sugerimos alguns pontos da prática educativa como fundamentais: - Estado laico; - Fim da intolerância religiosa; - Fim do preconceito à cultura popular; - Fim do racismo; - A Lei nº , de 2008, que inclui o artigo 26-A da LDBN 9.394/96 (ampliando o artigo 26 da LDBN instituído pela Lei nº , de 9 de janeiro de 2003) que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. - Importância das ações educativas no contexto escolar ao longo do ano letivo, ou seja, ações para além da Semana do Folclore, da Semana do Patrimônio Cultural, da Semana da Consciência Negra. Destacamos que a valorização do Patrimônio Cultural é todo o dia. Luciane Barbosa de Souza Pedagoga Diretora do Departamento de Patrimônio Imaterial 2 Indivíduos e grupos que preservam saberes e costumes, ou seja, o seu patrimônio cultural. Ver legislação estadual de preservação do Patrimônio Cultural dos estados de Alagoas, Ceará e Pernambuco. 81

36 Referências bibliográficas BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras, BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Brasília. Disponível em: BRASIL. Lei nº , de 10 de março de Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº , de 9 de janeiro de Disponível em: BRASIL. Lei nº , de 09 de janeiro de Instituiu a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana no Currículo da Educação Básica. Disponível em: CAPUTO, Stela Guedes, Educação nos terreiros - e como a escola se relaciona com crianças de candomblé. Rio de janeiro, Pallas: 2012 FANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras Brancas. Salvador: UFBA, 2008 IPHAN. Patrimônio Imaterial: O Registro do Patrimônio Imaterial: Dossiê final das atividades da Comissão e do Grupo de Trabalho Patrimônio Imaterial. 2ª ed. Brasília: /Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN. Dossiê de Registro das Matrizes do Samba do Rio de Janeiro. IPHAN. Disponível em: IPHAN. Dossiê de Registro da Capoeira do Rio de Janeiro. IPHAN. Disponível em: IPHAN. Dossiê de Registro do Ofício das Baianas de Acarajé. IPHAN. Disponível em: IPHAN. Dossiê de Registro da Festa do Divino Espírito Santo de Paraty. IPHAN. Disponível em: LONDRES, Cecília [et al.] Celebrações e saberes da cultura popular: pesquisa, inventário, crítica, perspectivas. Rio de Janeiro: FUNARTE, Iphan, CNFCP, POLLAK. Michel. Entre Próspero e Caliban: colonialismo, pós-colonialismo e inter-identidade. Em: RAMALHO, Maria Irene; RIBEIRO, António Sousa. Entre Ser e Estar: raízes, percursos e discursos da identidade. Porto: Afrontamento, SILVA, Daisy Rafaela. Patrimônio cultural imaterial: antecedentes e proteção jurídico ambiental. Disponível em: UNESCO. Qué es el patrimonio cultural inmaterial? Patrimonio Cultural Inmaterial. Disponível em: VIANNA, Letícia C. R. Legislação e Preservação do Patrimônio Imaterial: perspectivas, experiências e desafios para a salvaguarda da cultura popular. Textos Escolhidos de Cultura e Artes Populares, vol. 1, n.1, YEMONJÁ, Mãe Beata de. Caroço de dendê - a sabedoria dos terreiros: como Ialorixás e Babalorixás passam conhecimentos a seus filhos. Rio de Janeiro: Pallas [1997]

PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL

PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL O Patrimônio Cultural é uma construção Será mais democrático e socialmente justo se resultar de um processo de construção coletiva. Constituição Federal de 1988 Artigo 216

Leia mais

GEOGRAFIA. PRINCIPAIS CONCEITOS: espaço geográfico, território, paisagem e lugar.

GEOGRAFIA. PRINCIPAIS CONCEITOS: espaço geográfico, território, paisagem e lugar. GEOGRAFIA { PRINCIPAIS CONCEITOS: espaço geográfico, território, paisagem e lugar. A importância dos conceitos da geografia para a aprendizagem de conteúdos geográficos escolares Os conceitos são fundamentais

Leia mais

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 RESOLUÇÃO Nº 3-CEPE/UNICENTRO, DE 5 DE JANEIRO DE 2011. Aprova o Curso de Especialização em Educação e Diversidade, modalidade regular, a ser ministrado no Campus de Irati, da UNICENTRO. O VICE-REITOR,

Leia mais

Aula 16 BENS CULTURAIS MATERIAIS. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima

Aula 16 BENS CULTURAIS MATERIAIS. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima Aula 16 BENS CULTURAIS MATERIAIS META Listar os principais bens culturais nacionais e sergipanos. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: Compreender a incidência do tombamento nos bens de pedra

Leia mais

A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. Silvia Helena Vieira Cruz

A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. Silvia Helena Vieira Cruz A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Silvia Helena Vieira Cruz INTRODUÇÃO Os ganhos decorrentes das experiências vividas pelas crianças em creches e pré-escolas dependem diretamente

Leia mais

Fundamentos da Educação Infantil

Fundamentos da Educação Infantil FAAC Faculdade Afonso Cláudio Pólo Tijuca Rio de Janeiro Pós-graduação em Educação Fundamentos da Educação Infantil Rosane Tesch rosanetesch@gmail.com Educação Infantil: Fundamentos e Métodos Zilma Ramos

Leia mais

Após anos 70: aumento significativo de recursos para restauração. Não se observa um aumento proporcional de

Após anos 70: aumento significativo de recursos para restauração. Não se observa um aumento proporcional de Aspectos sociais em projetos de restauração de áreas degradadas Maria Castellano CTR Campinas Gestão de recursos naturais Os recursos naturais são passíveis de serem utilizados por muitos indivíduos; É

Leia mais

Bases fundamentais. Convenção Relativa à Luta contra a Discriminação no Campo do Ensino

Bases fundamentais. Convenção Relativa à Luta contra a Discriminação no Campo do Ensino Bases fundamentais Lei 10.639/2003 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana O sucesso das políticas

Leia mais

Cadernos de Extensão: Cultura e Patrimônio Uma Apreciação ao Jaboatão dos Guararapes

Cadernos de Extensão: Cultura e Patrimônio Uma Apreciação ao Jaboatão dos Guararapes Cadernos de Extensão: Cultura e Patrimônio Uma Apreciação ao Jaboatão dos Guararapes P R O G R A M A D E A R T E E C U L T U R A E P A T R I M Ô N I O D A F A C U L D A D E D O S G U A R A R A P E S 1

Leia mais

governo do estado do paraná secretaria de estado da cultura ESPIRAIS Bens Tombados do Paraná

governo do estado do paraná secretaria de estado da cultura ESPIRAIS Bens Tombados do Paraná governo do estado do paraná secretaria de estado da cultura ESPIRAIS do Tempo Bens Tombados do Paraná curitiba paraná brasil 2006 ESPIRAIS DO TEMPO ESPIRAIS do Tempo Bens Tombados do Paraná 6 ESPIRAIS

Leia mais

EDUCAÇÃO, PEDAGOGOS E PEDAGOGIA questões conceituais. Maria Madselva Ferreira Feiges Profª DEPLAE/EDUCAÇÃO/UFPR

EDUCAÇÃO, PEDAGOGOS E PEDAGOGIA questões conceituais. Maria Madselva Ferreira Feiges Profª DEPLAE/EDUCAÇÃO/UFPR EDUCAÇÃO, PEDAGOGOS E PEDAGOGIA questões conceituais Maria Madselva Ferreira Feiges Profª DEPLAE/EDUCAÇÃO/UFPR EDUCAÇÃO prática social NÃO-ESCOLAR - fábrica - igreja - mídia - partido político - ONGs -

Leia mais

Proposta para a apresentação ao aluno. Alunos de 1ª a 4ª série

Proposta para a apresentação ao aluno. Alunos de 1ª a 4ª série Alunos de 1ª a 4ª série O QUE É ARQUEOLOGIA? Ciência que estuda a história humana através dos materiais usadas no dia a dia das pessoas no passado (ferramentas, utensílios e outras coisas antigas). Tipo

Leia mais

Aula 10 CAMINHOS DO PATRIMÔNIO EM SERGIPE. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima

Aula 10 CAMINHOS DO PATRIMÔNIO EM SERGIPE. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima Aula 10 CAMINHOS DO PATRIMÔNIO EM SERGIPE META Evidenciar a constituição do patrimônio cultural sergipano. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: conhecer que o patrimônio é uma narrativa construída;

Leia mais

Porto Alegre (RS) - Areal da Baronesa está perto de se tornar território quilombola

Porto Alegre (RS) - Areal da Baronesa está perto de se tornar território quilombola Porto Alegre (RS) - Areal da Baronesa está perto de se tornar território quilombola Origem de área quilombola remonta ao século XIX Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Foi publicado nesta quinta (18) no Diário

Leia mais

Levantamento Documental e Análise Histórica e Artística do Acervo Permanente do Museu de Arte Contemporânea de Jataí.

Levantamento Documental e Análise Histórica e Artística do Acervo Permanente do Museu de Arte Contemporânea de Jataí. Levantamento Documental e Análise Histórica e Artística do Acervo Permanente do Museu de Arte Contemporânea de Jataí. Flávio Ferreira Moraes Orientadora: Cleusa Gomes. Em 1995 houve a fundação do Museu

Leia mais

CONTEÚDOS DE FILOSOFIA POR BIMESTRE PARA O ENSINO MÉDIO COM BASE NOS PARÂMETROS CURRICULARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO

CONTEÚDOS DE FILOSOFIA POR BIMESTRE PARA O ENSINO MÉDIO COM BASE NOS PARÂMETROS CURRICULARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO DE FILOSOFIA POR BIMESTRE PARA O ENSINO MÉDIO COM BASE NOS PARÂMETROS CURRICULARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO GOVERNADOR DE PERNAMBUCO João Lyra Neto SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO E ESPORTES Ricardo Dantas SECRETÁRIA

Leia mais

QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DE PEDAGOGIA DA UFPE

QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DE PEDAGOGIA DA UFPE 1 QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DE PEDAGOGIA DA UFPE Edmilton Amaro da Hora Filho 1 Irene Kessia das Mercês do Nascimento 2 Maria da Conceição dos Reis 3 RESUMO O trabalho

Leia mais

A escravidão negra no sistema de ensino apostilado Aprende Brasil

A escravidão negra no sistema de ensino apostilado Aprende Brasil A escravidão negra no sistema de ensino apostilado Aprende Brasil Laura Laís de Oliveira Castro Unesp (Câmpus de Bauru) laura_laiscastro@hotmail.com Resumo O presente resumo expandido pretende analisar

Leia mais

Organização do Centro de Triagem da CPAD - TRT13 Análise e preservação dos processos findos

Organização do Centro de Triagem da CPAD - TRT13 Análise e preservação dos processos findos 1 PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 13ª REGIÃO Organização do Centro de Triagem da CPAD - TRT13 Análise e preservação dos processos findos Preservação e acesso à memória

Leia mais

Patrimônio em questão

Patrimônio em questão Patrimônio em questão Nova lei? Não, não estou sabendo. Ou: Ah, sim, estou sabendo por alto. Foi assim que alguns dos especialistas consultados pelo Vida & Arte responderam quando o assunto era a nova

Leia mais

SOBRE A IGREJA DE SÃO FRANCISCO/CONVENTO DE SANTO ANTONIO JOÃO PESSOA - PB

SOBRE A IGREJA DE SÃO FRANCISCO/CONVENTO DE SANTO ANTONIO JOÃO PESSOA - PB SOBRE A IGREJA DE SÃO FRANCISCO/CONVENTO DE SANTO ANTONIO JOÃO PESSOA - PB O conjunto arquitetônico da Igreja de São Francisco/ Convento de Santo Antônio é formado pelo Adro, Igreja, Convento e Cruzeiro,

Leia mais

O direito à participação juvenil

O direito à participação juvenil O direito à participação juvenil Quem nunca ouviu dizer que os jovens são o futuro do país? Quase todo mundo, não é verdade? Porém a afirmativa merece uma reflexão: se os jovens são o futuro do país, qual

Leia mais

COLÉGIO SANTA TERESINHA

COLÉGIO SANTA TERESINHA EU CONFIO COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 centro Tel. (33) 3341-1244 www.colegiosantateresinha.com.br PLANEJAMENTO DE AÇÕES DA 1ª ETAPA 2016 PROFESSOR (A):JulianaSilva Cordeiro PERÍODO DA

Leia mais

HISTÓRIA E PATRIMÔNIO CULTURAL

HISTÓRIA E PATRIMÔNIO CULTURAL Ensino Fundamental 2 Nome N o 5 a série História Prof. Caco Data / / Estudo do Meio nº 1 HISTÓRIA E PATRIMÔNIO CULTURAL A sua família guarda algum objeto muito especial que já pertenceu a seus parentes

Leia mais

O currículo do Ensino Religioso: formação do ser humano a partir da diversidade cultural

O currículo do Ensino Religioso: formação do ser humano a partir da diversidade cultural O currículo do Ensino Religioso: formação do ser humano a partir da diversidade cultural Prof. Ms. Henri Luiz Fuchs Pedagogo e teólogo. Professor no Centro Universitário La Salle, Canoas, RS. Integrante

Leia mais

OCUPAÇÃO E EMPREENDEDORISMO NAS REGIÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: uma análise a partir do Censo 2010

OCUPAÇÃO E EMPREENDEDORISMO NAS REGIÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: uma análise a partir do Censo 2010 OCUPAÇÃO E EMPREENDEDORISMO NAS REGIÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: uma análise a partir do Censo 2010 NOTA CONJUNTURAL DO OBSERVATÓRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, MAIO

Leia mais

PATRIMÔNIO. Antonio Castelnou

PATRIMÔNIO. Antonio Castelnou PATRIMÔNIO Antonio Castelnou CASTELNOU Introdução Uma das áreas de crescente interesse da arquitetura e urbanismo, no Brasil e no mundo, tem sido a PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO histórico, artístico e cultural.

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 07 / CONPRESP / 2016

RESOLUÇÃO Nº 07 / CONPRESP / 2016 RESOLUÇÃO Nº 07 / CONPRESP / 2016 O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo - CONPRESP, no uso de suas atribuições legais, e conforme decisão

Leia mais

III Pré-Conferência de Cultura do Município de São Paulo

III Pré-Conferência de Cultura do Município de São Paulo III Pré-Conferência de Cultura do Município de São Paulo Zona Oeste 28 de julho de 2013 PROPOSTAS Eixo 1 1. Definição de, no mínimo, 2% do orçamento da PMSP para a Cultura; 2. Criação do Fundo Municipal

Leia mais

Itapecerica Da Serra. Esse é o lugar em que vivemos... Uma cidade no meio da natureza, um povo simples, mas de enorme coração.

Itapecerica Da Serra. Esse é o lugar em que vivemos... Uma cidade no meio da natureza, um povo simples, mas de enorme coração. Itapecerica Da Serra Esse é o lugar em que vivemos Uma cidade no meio da natureza, um povo simples, mas de enorme coração. Itapecerica da Serra NOSSA HISTÓRIA Itapecerica da Serra tem sua origem no século

Leia mais

A realidade do SAB para as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. O acesso à Educação

A realidade do SAB para as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. O acesso à Educação 33 A realidade do SAB para as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. Quase 5 milhões de crianças e adolescentes, com idade entre 7 e 14 anos (18,8% da população da região) vivem no Semi-árido. No Brasil,

Leia mais

A Criação de Espaços Particulares. Paisagem, Lotes e Tecidos Urbanos

A Criação de Espaços Particulares. Paisagem, Lotes e Tecidos Urbanos A Criação de Espaços Particulares dos jardins aos espaços condominiais Paisagem, Lotes e Tecidos Urbanos Sílvio Soares MACEDO PAISAGISMO BRASILEIRO (São Paulo, 2012) EDUSP e EDUNICAMP A paisagem das cidades

Leia mais

ANO LETIVO 2012/2013 AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DO PRÉ-ESCOLAR

ANO LETIVO 2012/2013 AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DO PRÉ-ESCOLAR ANO LETIVO 2012/2013 AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DO PRÉ-ESCOLAR 1º PERÍODO Lamego, 14 de janeiro de 2013 INTRODUÇÃO Para uma eficaz monitorização das competências esperadas para cada criança, no final

Leia mais

O LIVRO DIDÁTICO DE GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL: PROPOSTA DE CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DO CONTEÚDO GEOGRAFIA FÍSICA DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

O LIVRO DIDÁTICO DE GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL: PROPOSTA DE CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DO CONTEÚDO GEOGRAFIA FÍSICA DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO O LIVRO DIDÁTICO DE GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL: PROPOSTA DE CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DO CONTEÚDO GEOGRAFIA FÍSICA DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO ALVES, Joselma Ferreira Universidade Estadual da Paraíba Joselmaferreira133@hotmail.com

Leia mais

IX SEMINÁRIO NACIONAL DIÁLOGOS COM PAULO FREIRE: Utopia, esperança e humanização. AFRICANIDADES E BRASILIDADES: somos todos igualmente diferentes

IX SEMINÁRIO NACIONAL DIÁLOGOS COM PAULO FREIRE: Utopia, esperança e humanização. AFRICANIDADES E BRASILIDADES: somos todos igualmente diferentes IX SEMINÁRIO NACIONAL DIÁLOGOS COM PAULO FREIRE: Utopia, esperança e humanização. AFRICANIDADES E BRASILIDADES: somos todos igualmente diferentes Elaine Smaniotto 1 Eliana Auler 2 Instituto Estadual de

Leia mais

DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL MÓDULO 04 PARTE I

DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL MÓDULO 04 PARTE I DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL MÓDULO 04 PARTE I CONCEITO DE REGIÃO REGIONALIZAR o espaço geográfico é dividi-lo em regiões, levando em conta as diferenças de paisagens e a organização socioeconômica das diversas

Leia mais

PGH 04 - TÓPICOS EM HISTÓRIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL

PGH 04 - TÓPICOS EM HISTÓRIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL DISCIPLINAS DO CURSO DE MESTRADO EM HISTÓRIA PGH 01 - METODOLOGIA DA PESQUISA EM HISTÓRIA O conhecimento histórico e sua produção em diferentes tradições historiográficas. Estratégias de construção dos

Leia mais

Prêmio Viva Leitura. Categoria Escola Pública. Projeto: Leitura como fonte de conhecimento e prazer

Prêmio Viva Leitura. Categoria Escola Pública. Projeto: Leitura como fonte de conhecimento e prazer COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DE LAGOA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PR 281 KM 20 - LAGOA FONE: 41-3674-1053 e-mail : colegioestadualdelagoa@gmail.com Prêmio Viva Leitura Categoria Escola Pública Projeto: Leitura

Leia mais

As Cores do Festejo Kalunga na Época de Seca do Cerrado. Colors of Kalunga Celebration at the Cerrado s Drought Times

As Cores do Festejo Kalunga na Época de Seca do Cerrado. Colors of Kalunga Celebration at the Cerrado s Drought Times As Cores do Festejo Kalunga na Época de Seca do Cerrado Colors of Kalunga Celebration at the Cerrado s Drought Times Júlia de Capdeville 1 Ao norte do estado de Goiás, no Sítio Histórico e Patrimônio Cultural

Leia mais

INVENTÁRIO DE PROTEÇÃO AO ACERVO CULTURAL

INVENTÁRIO DE PROTEÇÃO AO ACERVO CULTURAL I INVENTÁRIO DE P PROTEÇÃO AO A ACERVO C CULTURAL O presente trabalho faz parte das atividades desenvolvidas pelo município de Ouro Preto/MG para registrar e proteger o seu patrimônio cultural, além de

Leia mais

A RELEVÂNCIA DAS FONTES DOCUMENTAIS DOS SÉCULOS XVII E XVIII NA PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA REGIONAL DO SUL E EXTREMO SUL DA BAHIA. ¹

A RELEVÂNCIA DAS FONTES DOCUMENTAIS DOS SÉCULOS XVII E XVIII NA PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA REGIONAL DO SUL E EXTREMO SUL DA BAHIA. ¹ A RELEVÂNCIA DAS FONTES DOCUMENTAIS DOS SÉCULOS XVII E XVIII NA PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA REGIONAL DO SUL E EXTREMO SUL DA BAHIA. ¹ NUNES, Angélica Rejane da Silva. ² Orientadora: Stela Dalva Teixeira. ³

Leia mais

3º Trabalho de GI Análise DFD

3º Trabalho de GI Análise DFD 3º Trabalho de GI Análise DFD Problemas típicos da organização Diálogo com o exterior Mestrado de Gestão da Ciência, Tecnologia e Inovação 2000/2001 Cadeira : Prof.: GI-Gestão da Informação Luis Manuel

Leia mais

Encontro Baiano de Artesanato

Encontro Baiano de Artesanato Encontro Baiano de Artesanato Construindo um Plano de Ação e Políticas de Articulação Territorial para o Desenvolvimento do Artesanato na Bahia Mesa 5: Artesanato e Meio Ambiente foi o primeiro núcleo

Leia mais

ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM GONÇALVES LEDO

ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM GONÇALVES LEDO 1 ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM GONÇALVES LEDO SEMANA DA PÁTRIA: RESGATANDO VALORES IDEAIS IVINHEMA/MS - DISTRITO DE AMANDINA 2012 2 ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM GONÇALVES LEDO SEMANA DA PÁTRIA: RESGATANDO VALORES

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DELIBERAÇÃO Nº 99, DE 23 DE JULHO DE 2013 O DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO, tendo em vista a decisão tomada em sua 316ª Reunião Ordinária, realizada em 23 de julho de 2013, e o que consta

Leia mais

RELAÇÃO DE BENS TOMBADOS NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO

RELAÇÃO DE BENS TOMBADOS NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO RELAÇÃO DE BENS TOMBADOS NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO Em destaque os bens tombas pelo Município de Ouro Preto OURO PRETO (SEDE) Conjunto Arquitetônico e Urbanístico Caminho Tronco (bairros Cabeças, Rosário,

Leia mais

TÉCNICAS DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO

TÉCNICAS DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO Plano Geral da Disciplina Ementa: 1. Definição de ciência; 2. Tipos de conhecimento; 3. O processo de construção do conhecimento científico; 4. Tipos de trabalhos acadêmicos; 5. Classificação da pesquisa

Leia mais

Olhe os autistas nos olhos DIREITOS DE CIDADANIA, DEVER DA FAMÍLIA, DO ESTADO E DA SOCIEDADE.

Olhe os autistas nos olhos DIREITOS DE CIDADANIA, DEVER DA FAMÍLIA, DO ESTADO E DA SOCIEDADE. Olhe os autistas nos olhos DIREITOS DE CIDADANIA, DEVER DA FAMÍLIA, DO ESTADO E DA SOCIEDADE. A LEI BRASILEIRA DE PROTEÇÃO AOS AUTISTAS Fruto da luta das famílias pelos direitos dos seus filhos com autismo,

Leia mais

3ºAno. 1.3 HISTÓRIA E GEOGRAFIA 4º período 9 de dezembro de 2015

3ºAno. 1.3 HISTÓRIA E GEOGRAFIA 4º período 9 de dezembro de 2015 3ºAno 1.3 HISTÓRIA E GEOGRAFIA 4º período 9 de dezembro de 2015 Cuide da organização da sua prova. Escreva de forma legível. Fique atento à ortografia e elabore respostas claras. Tudo isso será considerado

Leia mais

Dispõe sobre a criação do Sistema Municipal de Cultura SMCRio e dá outras providências. Capítulo I. Das Definições e Princípios

Dispõe sobre a criação do Sistema Municipal de Cultura SMCRio e dá outras providências. Capítulo I. Das Definições e Princípios MINUTA de Projeto de Lei Municipal n º.../ 2014. Dispõe sobre a criação do Sistema Municipal de Cultura SMCRio e dá outras providências. Capítulo I Das Definições e Princípios Art. 1.º Fica instituído

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 70, DE 2015

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 70, DE 2015 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 70, DE 2015 Altera a redação dos arts. 32 e 36 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para inserir novas disciplinas obrigatórias

Leia mais

Os desafios para a educação dos trabalhadores e trabalhadoras: impasses e possibilidades de avanços

Os desafios para a educação dos trabalhadores e trabalhadoras: impasses e possibilidades de avanços Fundação Jorge Duprat Figueredo de Saúde e Medicina no Trabalho Fundacentro Ministério do Trabalho e Emprego PRESIDÊNCIA Os desafios para a educação dos trabalhadores e trabalhadoras: impasses e possibilidades

Leia mais

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n.º 9.394 de 20 de dezembro de 1996

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n.º 9.394 de 20 de dezembro de 1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei n.º 9.394 de 20 de dezembro de 1996 Tramitação 1988 Promulgação da Constituição Federal 1988 a 1991 Início de discussão do projeto Jorge Hage na Câmara

Leia mais

Projetos Selecionados da Educação Profissional

Projetos Selecionados da Educação Profissional Projetos Selecionados da Educação Profissional Território de Identidade do Litoral Sul Centro Estadual de Educação Profissional do Campo Milton Santos Arataca Eixos Tecnológicos: Ambiente e Saúde / Recursos

Leia mais

Mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas UNIFAP. Disciplina: Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Prof. Dr. Alan Cunha.

Mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas UNIFAP. Disciplina: Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Prof. Dr. Alan Cunha. Mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas UNIFAP. Disciplina: Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Prof. Dr. Alan Cunha. Mestrandos : Sabrina Verzola. Roberto José Nery Moraes. Introdução

Leia mais

Patrimônio Material e Imaterial. A seleção 'oficial' do que é Brasil

Patrimônio Material e Imaterial. A seleção 'oficial' do que é Brasil Patrimônio Material e Imaterial A seleção 'oficial' do que é Brasil Aula ministrada ao Curso de Direito do Entretenimento CEPED - UERJ Rebecca Guidi CNFCP/Iphan PPGA/UFF Foco: patrimônio como política.

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 703/X/4.ª. Elevação da povoação de A dos Francos a Vila

PROJECTO DE LEI N.º 703/X/4.ª. Elevação da povoação de A dos Francos a Vila PROJECTO DE LEI N.º 703/X/4.ª Elevação da povoação de A dos Francos a Vila Exposição de motivos I ENQUADRAMENTO HISTÓRICO A origem de A dos Francos é comummente encontrada nos alvores da fundação da nacionalidade.

Leia mais

Audiência Pública Capoeira no Brasil. Câmara dos Deputados no dia 25 de agosto de 2015

Audiência Pública Capoeira no Brasil. Câmara dos Deputados no dia 25 de agosto de 2015 Audiência Pública Capoeira no Brasil Câmara dos Deputados no dia 25 de agosto de 2015 Bem Cultural Nacional Marco: 20 de novembro de 2008 o IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA CULTURA UNIDADE DE FOMENTO E DIFUSÃO DA PRODUÇÃO CULTURAL RESOLUÇÃO SC Nº 14, DE 10 DE MARÇO DE 2015

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA CULTURA UNIDADE DE FOMENTO E DIFUSÃO DA PRODUÇÃO CULTURAL RESOLUÇÃO SC Nº 14, DE 10 DE MARÇO DE 2015 RESOLUÇÃO SC Nº 14, DE 10 DE MARÇO DE 2015 Estabelece procedimentos quanto aos limites dos valores de incentivo fiscal, previsto no artigo 24, I, do Decreto nº 54.275, de 27 de abril de 2009 e dá outras

Leia mais

A EDUCAÇÃO INDÍGENA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A EDUCAÇÃO INDÍGENA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES EDUCAÇÃO INDÍGENA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES Irene Jeanete Lemos Gilberto UNISANTOS Agência Financiadora: UNISANTOS A EDUCAÇÃO INDÍGENA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES Introdução As políticas educacionais voltadas

Leia mais

O profissional da informação e o papel de educador em uma Escola Técnica de Porto Alegre-RS

O profissional da informação e o papel de educador em uma Escola Técnica de Porto Alegre-RS Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) O profissional da informação e o papel de educador em uma Escola Técnica de Porto Alegre-RS Luciane Berto Benedetti (GHC) - lucianeberto@yahoo.com.br Resumo: Relata a experiência

Leia mais

Trabalho Sobre a Cultura Cientifíco-tecnológica

Trabalho Sobre a Cultura Cientifíco-tecnológica 1 P a g e Trabalho Sobre a Cultura Cientifíco-tecnológica Trabalho realizado realizado pelo aluno Paulo Joon nº2 da turma 2 do 11º ano do Colégio de S. Teotónio no âmbito da disciplina de Filosofia(2º

Leia mais

Palavras-chave: Paulo Freire. Formação Permanente de Professores. Educação Infantil.

Palavras-chave: Paulo Freire. Formação Permanente de Professores. Educação Infantil. FORMAÇÃO PERMANENTE DOS EDUCADORES EM UMA UNIDADE ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS NA PERSPECTIVA FREIREANA Ilka Campos Amaral Arnholdt Pontifícia Universidade Católica PUC/SP RESUMO Esta pesquisa tem

Leia mais

Projeto Crescer com as Árvores

Projeto Crescer com as Árvores Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Solum e Solum Sul Projeto Crescer com as Árvores Parcerias: Câmara Municipal de Coimbra Junta de Freguesia de St.º António

Leia mais

DECRETO No- 7.559, DE 1o- DE SETEMBRO DE 2011

DECRETO No- 7.559, DE 1o- DE SETEMBRO DE 2011 DECRETO No- 7.559, DE 1o- DE SETEMBRO DE 2011 Dispõe sobre o Plano Nacional do Livro e Leitura - PNLL e dá outras providências. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art.

Leia mais

Matriz de Ações 2013 As ações constantes neste relatório estão sendo executadas no Território da Cidadania: Curimataú - PB

Matriz de Ações 2013 As ações constantes neste relatório estão sendo executadas no Território da Cidadania: Curimataú - PB Matriz de Ações 2013 As ações constantes neste relatório estão sendo executadas no Território da Cidadania: Curimataú - PB Matriz de Ações 2013 1 Min. da Educação - MEC 1 Programa Mais Educação Campo Matriz

Leia mais

A Nação é uma sociedade política e o autor do nosso livro-texto, em sua doutrina, dispõe que a Nação se compõe de dois elementos essenciais:

A Nação é uma sociedade política e o autor do nosso livro-texto, em sua doutrina, dispõe que a Nação se compõe de dois elementos essenciais: Resumo Aula-tema 02: Teoria Geral do Estado. A Teoria do Estado foi construída pela nossa história, é uma disciplina nova, embora já existissem resquícios desde a Antiguidade, mas faz pouco tempo que ela

Leia mais

Jimboê. Geografia. Avaliação. Projeto. 3 o ano. 2 o bimestre

Jimboê. Geografia. Avaliação. Projeto. 3 o ano. 2 o bimestre Professor, esta sugestão de avaliação corresponde ao segundo bimestre escolar ou à Unidade 2 do Livro do Aluno. Projeto Jimboê Geografia 3 o ano Avaliação 2 o bimestre 1 Avaliação Geografia NOME: ESCOLA:

Leia mais

A Companhia de Jesus e os Índios na Capitania do Rio de janeiro. Séculos XVI XVII e XVIII.

A Companhia de Jesus e os Índios na Capitania do Rio de janeiro. Séculos XVI XVII e XVIII. A Companhia de Jesus e os Índios na Capitania do Rio de janeiro. Séculos XVI XVII e XVIII. Fichamento Lívia Uchôa * Referência Bibliográfica ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Metamorfoses Indígenas:

Leia mais

MENSAGEM Nº 11/2014. Senhor Presidente Senhores Vereadores PROJETO DE LEI LEGISLATIVA: 11/2014 JUSTIFICATIVA:

MENSAGEM Nº 11/2014. Senhor Presidente Senhores Vereadores PROJETO DE LEI LEGISLATIVA: 11/2014 JUSTIFICATIVA: Guaporé, 25 de Agosto de 2014. MENSAGEM Nº 11/2014 Senhor Presidente Senhores Vereadores dessa Câmara Municipal, a seguinte matéria: Para os efeitos legais estou submetendo à deliberação PROJETO DE LEI

Leia mais

HABILIDADES. Compreender a formação da população brasileira. Perceber as influências presentes na cultura brasileira.

HABILIDADES. Compreender a formação da população brasileira. Perceber as influências presentes na cultura brasileira. l COLÉGIO LA SALLE BRASILIA Associação Brasileira de Educadores Lassalistas ABEL SGAS Q. 906 Conj. E C.P. 320 Fone: (061) 3443-7878 CEP: 70390-060 - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL Disciplina: Geografia Período:

Leia mais

LEI N. 11.645, 10 de março de 2008 Obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena

LEI N. 11.645, 10 de março de 2008 Obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena LEI N. 11.645, 10 de março de 2008 Obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena Art. 26.A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados,

Leia mais

TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA

TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA Graduação 1 UNIDADE 5 A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA Esta unidade aborda o processo de construção de um importante instrumento da pesquisa: o projeto. Algumas unidades

Leia mais

que o nascimento do projeto foi motivado pela percepção da inexistência de oportunidades de inclusão social para a população

que o nascimento do projeto foi motivado pela percepção da inexistência de oportunidades de inclusão social para a população ações de cidadania Equipe Linha Direta Resgate, preservação e difusão cultural Fotos: Divulgação Instituição de João Pessoa se mobiliza em defesa da inclusão social Só somos capazes de realizar mudanças

Leia mais

O PIBID LETRAS PORTUGUÊS NO COLÉGIO ESTADUAL MAHATMA GANDHI: A LEITURA COMPREENSIVA E A APROXIMAÇÃO COM O TEXTO LITERÁRIO PARA O GÊNERO TEATRAL

O PIBID LETRAS PORTUGUÊS NO COLÉGIO ESTADUAL MAHATMA GANDHI: A LEITURA COMPREENSIVA E A APROXIMAÇÃO COM O TEXTO LITERÁRIO PARA O GÊNERO TEATRAL O PIBID LETRAS PORTUGUÊS NO COLÉGIO ESTADUAL MAHATMA GANDHI: A LEITURA COMPREENSIVA E A APROXIMAÇÃO COM O TEXTO LITERÁRIO PARA O GÊNERO TEATRAL Alessandra Silvestri (Bolsista do PIBID -CAPES UNICENTRO)

Leia mais

EIXOS TEMÁTICOS ENSINO RELIGIOSO

EIXOS TEMÁTICOS ENSINO RELIGIOSO EIXOS TEMÁTICOS ENSINO RELIGIOSO 1º ANO Sentir se amado e participante de um projeto de vida que engloba a família Abrir se à convivência com o outro, consigo mesmo e com os seres vivos Perceber na convivência

Leia mais

Currículo Referência em Artes Visuais

Currículo Referência em Artes Visuais Currículo Referência em Artes Visuais Bimestre Objetivos 6º ANO- ENSINO FUNDAMENTAL Conteúdos Conceitos Modalidades Expectativas Sugestão de Atividades em diferentes Modalidades 1º Bimestre Ressignificar

Leia mais

O IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Inventário do Patrimônio Material. Inventário do Patrimônio Imaterial

O IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Inventário do Patrimônio Material. Inventário do Patrimônio Imaterial O IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Inventário do Patrimônio Material SICG Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão A proposta do Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão

Leia mais

REFORMA DA LEI ROUANET

REFORMA DA LEI ROUANET REFORMA DA LEI ROUANET O que é a Lei Rouanet? Lei Rouanet Lei de incentivo fiscal Lei do mecenato Lei que institui o PRONAC Hoje, a maior parte dos recursos investidos em cultura no país vem por meio da

Leia mais

Urbanização Brasileira. Professora: Jordana Costa

Urbanização Brasileira. Professora: Jordana Costa Urbanização Brasileira Professora: Jordana Costa As cidades e a urbanização brasileira. Até os anos 1950 População predominantemente rural. Entre as décadas de 1950 e 1980, milhões de pessoas migraram

Leia mais

O Brasil cresceu porque a pobreza diminuiu. Já pensou quando acabarmos, de vez, com a miséria?

O Brasil cresceu porque a pobreza diminuiu. Já pensou quando acabarmos, de vez, com a miséria? O Brasil cresceu porque a pobreza diminuiu. Já pensou quando acabarmos, de vez, com a miséria? Ministério do esenvolvimento Social e Combate à Fome Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Leia mais

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA CRIANÇAS DE 6 MESES A 2 ANOS DE IDADE

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA CRIANÇAS DE 6 MESES A 2 ANOS DE IDADE 1 BERNADETE LOURDES DE SOUSA BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA CRIANÇAS DE 6 MESES A 2 ANOS DE IDADE SINOP 2010 2 BERNADETE LOURDES DE SOUSA BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Leia mais

Memória. História. Intangível (+ subjetividade) Pesquisas Entrevistas Documentos. + Tangível (+ objetividade) Análise e reflexão Projetos e produtos

Memória. História. Intangível (+ subjetividade) Pesquisas Entrevistas Documentos. + Tangível (+ objetividade) Análise e reflexão Projetos e produtos Memória Memória História Intangível (+ subjetividade) Pesquisas Entrevistas Documentos + Tangível (+ objetividade) Análise e reflexão Projetos e produtos Transformar a memória em história Transformar informação

Leia mais

Conceitos hist his óric óric

Conceitos hist his óric óric Conceitos históricos Conhecimento histórico Resgate de origens e processos de transformação; Estudo das experiências da humanidade ao longo do tempo; Compreensão dos acontecimentos do passado: sua importânciatemporal

Leia mais

Marta Lima Gerente de Políticas Educacionais de Educação em Direitos Humanos, Diversidade e Cidadania.

Marta Lima Gerente de Políticas Educacionais de Educação em Direitos Humanos, Diversidade e Cidadania. Marta Lima Gerente de Políticas Educacionais de Educação em Direitos Humanos, Diversidade e Cidadania. FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS DEMOCRACIA REGIME PAUTADO NA SOBERANIA POPULAR E NO RESPEITO

Leia mais

Balaio do Patrimônio 2013. Profª Drª Rita Sidmar Alencar Gil

Balaio do Patrimônio 2013. Profª Drª Rita Sidmar Alencar Gil Balaio do Patrimônio 2013 Centro Histórico de Belém, Obras de Landi e ensino da geometria Profª Drª Rita Sidmar Alencar Gil rita1gil@yahoo.com.br ¹ O PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO SETECENTISTA DE BELÉM EM SEU

Leia mais

PARA PENSAR O ENSINO DE FILOSOFIA

PARA PENSAR O ENSINO DE FILOSOFIA PARA PENSAR O ENSINO DE FILOSOFIA Rosevânio de Britto Oliveira UEPB e-mail: rosevaniobritto@hotmail.com Prof. Dr. Valmir Pereira UEPB e-mail: provalmir@gmail.com Introdução Temos consciência de que a educação

Leia mais

Museu e educação o programa educacional do Museu da Baronesa. Nossa época assiste ao incremento da criação de museus, à patrimonialização

Museu e educação o programa educacional do Museu da Baronesa. Nossa época assiste ao incremento da criação de museus, à patrimonialização Museu e educação o programa educacional do Museu da Baronesa Carla Gastaud Nossa época assiste ao incremento da criação de museus, à patrimonialização de elementos urbanos os mais diversos, ao inventário

Leia mais

OS FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO HUMANO

OS FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO HUMANO 1 A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO A psicologia do desenvolvimento estuda o desenvolvimento do ser humano em todos os seus aspectos: Físico-motor, intelectual, afetivo, emocional e social, ou seja, desde

Leia mais

Programas Sociais, Energia Elétrica e Engajamento Comunitário. Rio de Janeiro, 19 novembro de 2014

Programas Sociais, Energia Elétrica e Engajamento Comunitário. Rio de Janeiro, 19 novembro de 2014 Programas Sociais, Energia Elétrica e Engajamento Comunitário Rio de Janeiro, 19 novembro de 2014 Desenvolvimento Social Ampla e Coelce Os Programas Sociais das empresas de distribuição integram uma plataforma

Leia mais

Universidade de São Paulo. Escola de Comunicação e Artes, ECA-USP

Universidade de São Paulo. Escola de Comunicação e Artes, ECA-USP Universidade de São Paulo Escola de Comunicação e Artes, ECA-USP Qual a USP que queremos: A USP hoje e daqui a 20 anos Estela Damato NUSP 7693618 São Paulo 2014 Introdução Pensar no futuro de uma universidade

Leia mais

DESAFIOS PARA GARANTIR O TRABALHO DECENTE PARA OS/AS JOVENS, COM ESPECIAL ATENÇÃO ÀS QUESTÕES DE GÊNERO E RAÇA

DESAFIOS PARA GARANTIR O TRABALHO DECENTE PARA OS/AS JOVENS, COM ESPECIAL ATENÇÃO ÀS QUESTÕES DE GÊNERO E RAÇA DESAFIOS PARA GARANTIR O TRABALHO DECENTE PARA OS/AS JOVENS, COM ESPECIAL ATENÇÃO ÀS QUESTÕES DE GÊNERO E RAÇA FORUM NACIONAL TRABALHO DECENTE PARA OS JOVENS: FORTALECENDO A AGENDA NACIONAL DE TRABALHO

Leia mais

Este caderno, com oito páginas numeradas sequencialmente, contém cinco questões de Geografia. Não abra o caderno antes de receber autorização.

Este caderno, com oito páginas numeradas sequencialmente, contém cinco questões de Geografia. Não abra o caderno antes de receber autorização. 04/07/2010 Caderno de prova Este caderno, com oito páginas numeradas sequencialmente, contém cinco questões de Geografia. Não abra o caderno antes de receber autorização. Instruções 1. Verifique se você

Leia mais

A criança de 6 anos, a linguagem escrita e o ensino fundamental de nove anos

A criança de 6 anos, a linguagem escrita e o ensino fundamental de nove anos A criança de 6 anos, a linguagem escrita e o ensino fundamental de nove anos Organizadoras: Francisca Izabel Pereira Maciel Mônica Correia Baptista Sara Mourão Monteiro Estrutura da exposição 1. O contexto

Leia mais

«ANIVERSÁRIO DA CGD» O legado.

«ANIVERSÁRIO DA CGD» O legado. «ANIVERSÁRIO DA CGD» O legado. A 10 de abril comemora-se mais um aniversário da CGD. Com 136 anos de história, é notável a permanência da instituição na vida ativa do país, nomeadamente, na sua vertente

Leia mais

TÍTULO: A ARTE COMO PROCESSO EDUCATIVO: UM ESTUDO SOBRE A PRÁTICA DO TEATRO NUMA ESCOLA PÚBLICA.

TÍTULO: A ARTE COMO PROCESSO EDUCATIVO: UM ESTUDO SOBRE A PRÁTICA DO TEATRO NUMA ESCOLA PÚBLICA. Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: A ARTE COMO PROCESSO EDUCATIVO: UM ESTUDO SOBRE A PRÁTICA DO TEATRO NUMA ESCOLA PÚBLICA. CATEGORIA:

Leia mais

SENADO FEDERAL PARECER N 701, DE 2015

SENADO FEDERAL PARECER N 701, DE 2015 SENADO FEDERAL PARECER N 701, DE 2015 DA COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA, sobre a Mensagem nº 67, de 2015 (nº 273/2015, na origem), que submete à apreciação do Ssenado Federal o nome do Senhor LUIZ

Leia mais

SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM DE PORTUGUÊS PARA OS 6ºS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: ESPAÇO COMPLEMENTAR DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM DE PORTUGUÊS PARA OS 6ºS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: ESPAÇO COMPLEMENTAR DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA (X ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE

Leia mais

NAPE. Núcleo de Apoio PsicoEducativo. Divisão de Assuntos Sociais

NAPE. Núcleo de Apoio PsicoEducativo. Divisão de Assuntos Sociais NAPE Núcleo de Apoio PsicoEducativo Divisão de Assuntos Sociais Missão A missão do NAPE centra-se no combate ao insucesso e abandono escolar com intervenção dirigida preferencialmente aos alunos do pré-escolar

Leia mais