Uma visão do Brasil sobre a África

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1 Uma visão do Brasil sobre a África Beluce Bellucci (*) [O texto é uma contribuição pessoal organizado a pedido da Secretaria Internacional do PT, para o III Seminário Brasil e China, ocorrido nos dias 4 e 5 de fevereiro de 2010, em Brasília - DF, realizado pelo PT e pelo PCCh. Não expressa necessariamente a posição oficial do governo brasileiro, nem a posição do Partido dos Trabalhadores] Apresentação As relações do Brasil com a África se confundem com a formação de nossa própria nação. É assim uma relação antiga e as políticas externas que balizaram esse relacionamento tiveram diferentes matizes e períodos ao longo dos séculos. A dificuldade em falarmos sobre a África ainda é grande no Brasil. Até muito recentemente, pouco se estudava e se sabia sobre as origens do nosso povo. Dizia-se que éramos, ou deveríamos ser, apenas europeus e tolerantes. Que não havia racismo entre nós, e que éramos o país da democracia racial e, até mesmo, da democracia social. Na colônia e no Império ignorávamos a África pois não se podia admitir que escravos pudessem ter história. Na República, nem sequer admitíamos que tivéssemos tido escravidão, como registra o próprio Hino da República: Nós nem cremos que escravos outrora, Tenha havido em tão nobre país. As visões coloniais da nossa sociedade, interna e externamente (o movimento negro vem se impondo muito recentemente na história nacional), e o colonialismo em África, prejudicaram a aproximação nos últimos 150 anos. O desconhecimento mútuo entre africanos e brasileiros tem levado a que cada movimento de aproximação de um, leve a constrangimentos, desarmonias e desconfianças do outro. É nesse contexto que se dão as políticas de relações africanas no Brasil. * Beluce Bellucci, é doutor em história econômica pela USP, licenciado em estudos do desenvolvimento econômico e social pela Université de Paris 1 Sorbonne. Trabalha há mais de 30 anos com a África. Residiu 12 anos em Moçambique, na coordenação de projetos de desenvolvimento. Pró-Reitor da Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro, e diretor do seu Centro de Estudos Afro-Asiáticos, onde coordena o curso de pós-graduação em História da África e do negro no Brasil. Autor de Economia contemporânea em Moçambique; Introdução à Historia da África e do Negro no Brasil. A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 1

2 1. Um pouco sobre a África O Brasil não conhece o Brasil, diz o poeta popular, mas desconhece mais ainda a África, terra originária de 50% da nossa população. A África é um continente com mais 30 milhões de km2 e se aproxima de um bilhão de habitantes. O deserto do Saara divide geograficamente o continente em duas grandes e distintas partes. A África do Norte, islamizada e de colonização árabe, com processo histórico mais homogêneo e relacionado ao mediterrâneo, econômica e politicamente. E a África sul-saariana, também conhecida como subsaariana ou África negra. Na parte sul-saariana as diversidades histórias, étnicas, culturais, econômicas, lingüísticas, são enormes, pese boa parte da população ter origem banta. Podemos, ainda, dividir o continente africano segundo as relações históricas de integração regional em: África do Norte, África Ocidental, África Central, África Austral, África Oriental e África Indica. 1 Em cada uma dessas regiões o Brasil vem se relacionando de forma diferenciada. Na África do Norte as prioridades tem se concentrado na Argélia. Na faixa atlântica, as prioridades são a Nigéria, a África do Sul e recentemente Angola. Tudo, entretanto, num vai e vem de intenções e ações pontuais. Com o governo Lula as políticas se modificaram e podem, se continuadas e aprofundadas, abrir espaço para relações mais amplas, menos seletivas, e mais duradouras, enfocando dimensões políticas, econômicas, sociais e culturais, em vez, simplesmente, das confissões de afinidades históricas e de interesses comercias de curto prazo. 1 Baseado em O continente africano. Perfil histórico e abordagem geopolítica das suas macroregiões, de José Maria Nunes Pereira, A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 2

3 As macrorregiões da África África do Norte A África do Norte, devido à predominância árabe e aos fatores históricos e linguísticos, é, muitas vezes, separada do resto do continente e agrupada ao estudo do Oriente Médio. Apresenta duas sub-regiões: a leste, o machrech, que inclui a Líbia e o Egito. A oeste, o magrebe (onde o sol se põe), compreende a Tunísia, a Argélia, o Marrocos, e o Saara Ocidental. Este é ocupado pelo Marrocos, desde 1975, com a saída da Espanha, e enquanto não se realiza o plebiscito pelas Nações Unidas para definir o status de país independente ou incorporado ao Marrocos, o povo sarauí luta pela sua própria independência. A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 3

4 Embora a África do Norte dispute a primazia geopolítica e econômica com a África Austral, no momento, ela apresenta vários indicadores de desenvolvimento econômico-social e posição estratégica (compartilha a bacia do Mediterrâneo com a Europa e o Oriente Médio) que a colocam em primeiro lugar do ranking africano. Seus cinco países estão entre os sete países africanos com maior PIB, grau de industrialização e escolaridade. Com mais de 150 milhões de habitantes, a região apresenta um número de árabes e muçulmanos maior que o Oriente Médio. É a região mais homogênea do continente: de modo geral, uma só religião, o Islã, uma só língua, o árabe, e alguns propõem uma só nação, a árabe. O perfil político é marcado pela presença de Estados antigos, alguns milenares, que permaneceram com a sua própria estrutura representativa durante a colonização, exemplo do Egito e do Marrocos. Já a Argélia só obteve coesão nacional a partir da guerra de independência ( ). Os países desta região foram os primeiros da África a obter a independência. O Egito em 1922; a Líbia em 1951; Tunísia e Marrocos em 1956 e Argélia em Quanto à colonização, a França dominou no magrebe. Houve colonização inglesa no Egito e italiana na Líbia. Argélia, Líbia e Egito são grandes exportadores de petróleo. As classes dominantes são antigas, como a mercantil e a fundiária, ou são apoiadas pelo Estado, como a industrial, de formação recente. Do ponto de vista das relações internacionais, todos os cinco países da região estão entre os quinze mais influentes do continente. África Ocidental A África Ocidental é composta por 16 países: Benin, Burkina-Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo. Três países, Burkina-Faso, Mali e Níger, não têm saída para o mar, e junto com a Mauritânia e o Chade (da África Central), compõem a faixa do Sael, com avançado processo de desertificação, e por isso é uma das regiões mais problemáticas da África. Do século X ao século XVI, importantes reinos e impérios se formaram. O reino de Gana, os impérios Mali e Songai, as cidades-estados Hauçás, e Iorubás, na Nigéria, tiveram seu apogeu. Foi área pioneira e de intenso tráfico de escravos para as Américas. Foram colônias inglesas: Serra Leoa, Gana, Gâmbia e Nigéria. Ao contrário do que aconteceu com as colônias de povoamento europeu na África Austral e Oriental, a Inglaterra praticou na região uma colonização de exploração, sem a expulsão dos camponeses de suas terras e com pequena, mas decisiva, presença do poder metropolitano. A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 4

5 Cabo Verde e Guiné Bissau foram colônias portuguesas. Benin, Burkina-Faso, Costa do Marfim, Guiné, Mali, Mauritânia, Níger, Senegal e Togo foram colônias francesas. A Libéria foi formada por escravos libertos dos Estados Unidos da América, em meados do século XIX, não tendo conhecido a colonização. Excetuando a Nigéria, maior produtor africano de petróleo, a região conta com pouca produção mineral, embora os diamantes de Serra Leoa têm influência nos conflitos da região. No aspecto sociocultural, nota-se o peso político das classes mercantis oriundas da escravidão e uma presença marcante do islamismo, majoritário em alguns países. África Central A África Central é constituída por dez países: Burundi, Camarões, República Centro- Africana, Chade, Congo (Brazzaville), República Democrática do Congo (ex-zaire), Gabão, Guiné-Equatorial, Ruanda, e São Tomé e Príncipe. A região Congo-Angola é de onde vieram o maior número de africanos escravizados ao Brasil e a influência do reino do Congo foi fundamental para a formação da nação brasileira. Portugal colonizou as desabitadas Ilhas de São Tomé e Príncipe. A República Democrática do Congo (ex-zaire) foi colônia pessoal do rei Leopoldo da Bélgica, e depois de duas décadas entregue ao Estado Belga. O Camarões foi colônia alemã até a Primeira Guerra Mundial, sendo depois entregue à tutela da França e da Inglaterra pela Liga das Nações. O mesmo aconteceu com Burundi e Ruanda que foram colônias alemãs até a primeira guerra e depois passaram para a Bélgica. A Guiné-Equatorial foi a única colônia espanhola na África sul-saariana. Os quatro países restantes República Centro-Africana, Chade, Congo e Gabão - integraram a África Equatorial Francesa, com capital em Brazzaville, atual Congo. Congo (ex-zaire), Gabão e Camarões são ricos em minérios e petróleo. Situada em grande parte em zona equatorial, a região apresenta fraca densidade demográfica. No domínio das relações internacionais, a República Democrática do Congo, apesar das dificuldades internas de integração, há décadas em crise, é o país com maior importância geopolítica da região, por suas riquezas minerais, além de ser o mais extenso e populoso. Todas os países desta região tiveram a independência no início da década de 60, com exceção de São Tomé e Príncipe, em A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 5

6 África Oriental A África Oriental apresenta relações ancestrais com o mundo árabe e a região índica, e divide-se em duas sub-regiões: o Chifre da África e a Centro-oriental. O Chifre da África é formado por cinco países: Etiópia, Eritréia (independente da Etiópia em 1993), Djibuti (ex-colônia francesa), Somália, colonizada em partes separadas pela Itália e pela Inglaterra, e Sudão, administrado no tempo colonial pelo condomínio anglo-egípcio. É no Sudão que se localiza a região de Darfur, palco de conflitos no início do século XXI. Tem uma comunidade negra, cristã ao norte, e outra animista, no sul. A região guarda importância estratégica, pelo petróleo e proximidade com o Oriente Médio. A Etiópia é o país mais importante do Chifre, embora não faça mais parte dos 15 maiores PIB africanos por conseqüência de sua decadência econômica. Foi sede da Organização da Unidade Africana (OUA), e é sede da sua sucessora a União Africana. Tem o poder simbólico de Estado Milenar. A antiga Abissínia, expandiu-se às custas dos seus vizinhos, e nunca foi colônia de nenhuma potência, embora tenha sofrido ocupação militar italiana entre 1936 e A população se divide entre cristãos ortodoxos e muçulmanos. A África Centro-Oriental é formada pelas ex-colônias inglesas de Uganda, Quênia e Tanzânia (antiga Tanganica e ilha de Zanzibar) que, no período colonial, integravam a África Oriental Britânica. Região de cruzamento de povos árabes e asiáticos, formou a cultura suaíli, cuja língua mistura o banto e o árabe. No campo das relações internacionais, foi a primeira região do continente a propor a integração econômica, ainda na década de 1960, com a criação do Mercado Comum da África Oriental, Kenutan, formado pelos três países citados, que, entretanto, foi mal sucedido. Com o deslocamento político e econômico da Tanzânia para a África Austral, o Quênia consolidou posição de pólo econômico mais importante. Sem recursos minerais expressivos, como os restantes países da região, o Quênia tem excelente agricultura, turismo ecológico e a sua capital, Nairóbi, é a sede mundial da Organização do Meio Ambiente das Nações Unidas. No início do século XXI vem enfrentando problemas de governabilidade. A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 6

7 África Austral Atualmente, a África Austral é região-chave do continente. Apresenta alta integração em termos de capital, mercadorias e pessoas, sem paralelos na África. Contém uma das maiores reservas minerais do mundo, alguns ainda estratégicos e indispensáveis à Europa e aos Estados Unidos. A fachada atlântica lhe confere proximidade e boa potencialidade de cooperação com o Cone Sul da América Latina. A fachada do Índico a coloca em contato com o Oriente Médio e com importantes países asiáticos, com quem têm longa história de comércio e influência mútua. Onze países a compõem: África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Malaui, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue. Seis não têm saída para o mar, fator que exige maior integração. A Tanzânia é situada na África Oriental, contudo, por razões políticas e econômicas, ela se australizou, e hoje faz parte de todos os organismos integrativos da região. O mesmo que Angola e a Zâmbia, que são países histórica e culturalmente pertencentes à África Central. É a região do continente com a mais antiga e maior colônia de europeus, iniciada em 1652, na região do Cabo. Foi a única colônia de povoamento europeu na África antes da Revolução Industrial. A integração começou com a Inglaterra se apossando das colônias bôeres (holandesas) do Cabo e Natal (1902), e de toda a União Sul-Africana, posteriormente República da África do Sul. Finalmente agregou a Rodésia do Sul, atual Zimbábue, depois a Rodésia do Norte (hoje Zâmbia) e a Niassalândia (atual Malaui). A Namíbia era uma colônia alemã (Sudoeste Africano) que, após a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial, foi entregue por mandato à África do Sul, que ilegalmente a incorporou. A outra colônia alemã, a Tanganica, foi entregue à Inglaterra, também por mandato, e constitui hoje a Tanzânia (após fusão com o Zanzibar). Angola e Moçambique tiveram colonização portuguesa, mas mantiveram-se sob dependência econômica inglesa durante muito tempo, assim como Portugal. Os enclaves de Botsuana, Lesoto e Suazilândia foram protetorados britânicos na época das guerras entre bôeres, zulus e ingleses. As independências aconteceram na década de 1960, porém Angola e Moçambique apenas em A Namíbia se tornou independente da África do Sul em O processo contemporâneo de maior impacto na região foi o desmantelamento político do apartheid na África do Sul e a realização em 1994 das primeiras eleições livres e gerais, do qual saiu vitorioso o ANC (Congresso Nacional Africano) com Mandela. Desde então o ANC A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 7

8 domina a arena política, mas as desigualdades sociais ainda representam um grande desafio. No campo econômico a SADC Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral agrega 14 países. Nove países tem o inglês como língua oficial e dois o português. A religião cristã é a predominante, e a região abriga o maior contingente de população de origem européia da África. África do Oceano Índico A África Índica é constituída pelas ilhas de Madagascar, Maurício, Reunião (esta integrada à França) e os arquipélagos de Comores e Seichelles. O Oceano Índico é espaço privilegiado de passagem entre o Ocidente e o Extremo Oriente. Por isso teve sempre um papel estratégico. Lugar de mistura de raças e civilizações, o Índico tornou-se, nas últimas décadas do século XX, um espaço de enfrentamento entre as grandes potências, sobretudo depois que as bases navais passaram a ter primazia sobre as terrestres. Madagascar foi ocupada pelos franceses no final do XIX. As ilhas Comores, Maurício e Seicheles são habitadas por povos de origem diversa árabes, africanos, indianos e europeus que deram origem a culturas-sínteses, crioulas, diferenciadas entre si. A República Maurícia é grande produtora de açúcar e de confecções de alta tecnologia. É considerado um novo país industrializado da África, e se distingue por sua estabilidade política. *** As fronteiras dos países africanos foram estabelecidas no processo de ocupação colonial da África, que teve início em meados do século XIX, e durou até a Primeira Guerra Mundial. Elas obedeceram aos princípios estabelecidos na Conferência de Berlim ( ) entre as potências coloniais, e agrupavam diferentes nações e etnias, ao mesmo tempo em que as dividiram e separaram. Após a Segunda Guerra Mundial, em função das mudanças na divisão internacional do capital e como resultado das lutas anticoloniais, a grande maioria das colônias alcançou a independência no início dos anos 60. A exceção foram as colônias portuguesas, cuja independência se deu em meados dos anos 70, depois de mais de uma década de luta armada. A OUA Organização da Unidade Africana, constituída em 1961, decidiu manter as fronteiras estabelecidas pelos colonialistas nos processos das independências. A língua oficial na maioria dos países recém independentes foi a língua do colonizador, utilizada como fator de integração nacional. Exceções são a Somália, que manteve seu único idioma anterior, o somali; a Eritréia, o tigrino. A Etiópia, nunca colonizada, mantém o amárico. A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 8

9 2. Antes do Governo Lula Houve uma influência recíproca entre o Brasil e a África durante muitos séculos. Mas dois fatos bloquearam essas relações e trouxeram um distanciamento e um desconhecimento mútuo entre nossos povos. O primeiro foi a permanência no Brasil, após o término da escravidão e o advento da república, de um sistema político compromissado com as grandes potências coloniais e imperialistas e, internamente, com o latifúndio. O segundo, foi o colonialismo que se instalou na África, nesse mesmo período, Do lado de cá do Atlântico, a questão da discriminação racial, da superexploração do africano, da discriminação, do negar-lhe a história e a cultura. Do lado de lá, o negar-se a nacionalidade, o trabalho compulsório e o cultivo obrigatório, e as outras mazelas do colonialismo. Essas ambigüidades em relação à África permearam a evolução das percepções brasileiras sobre as suas próprias identidades nacionais. Os períodos das relações Brasil-África Saraiva 2 propõem cinco períodos para a história das relações do Brasil com a África, antes do governo Lula: 1) Do período colonial até a independência (colônia-1822). 2) Da independência à segunda-guerra mundial ( ); 3) Da Segunda-Guerra ao início do Governo Jânio ( ); 4) De 1961 aos finais dos anos 1980 ( ); 5) Dos finais dos anos 80 ao início da era Lula ( ). O sexto período da política externa para a África se inicia com o Governo Lula (2003 -?), e será visto em ponto específico. Da Colônia à Indepêndencia (1822) O primeiro período é o colonial brasileiro, do século XVI ao XIX. As relações aqui eram fundamentadas na escravidão e no tráfico de escravos, mas expandiram-se em direção a outras formas de comércio, e incluíram o intercâmbio de idéias e de experiência políticas e institucionais. Valores civilizacionais atravessaram o mar e se instalarem nos portos e cidades. Foram de técnicas agrícolas a trocas de cultivos até a formação da língua portuguesa. Não foi apenas a força de trabalho escrava que atravessou o Atlântico. Toda uma economia, e valores societais, se articulou e se desenvolveu, envolvendo povos dos dois lados do Atlântico. 2 Os cinco períodos da política externa brasileira para a África estão em O lugar da África, de José Flávio Sombra Saraiva (1996). A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 9

10 De 1822 à Segunda Guerra Mundial O segundo período vai da independência do Brasil, em 1822, até finais da Segunda Guerra Mundial no século XX. No século XIX, com a assinatura do Tratado de Reconhecimento da Independência do Brasil por Portugal em 1826, o Brasil se submeteu à ex-metrópole em relação ao controle dos territórios portugueses na África. Foi o início do período que bloqueou as relações políticas e intelectuais desenvolvidas até então entre a África e o Brasil, e quando as classes dominantes brasileiras deixaram clara a sua opção de exclusão do continente africano. Isso aconteceu, apesar dos movimentos em Angola pela anexação ao Brasil e do grande fluxo comercial e político do Brasil com a costa ocidental da África, e, de que o primeiro soberano a reconhecer a independência brasileira foi o Obá Osemwede, do Benin. Este reconhecimento, entretanto, fechou o período das relações. Nos finais do século XIX, com a extinção do tráfico de escravos, e a invasão européia na África, o Brasil ampliou a separação com o continente africano. Os interesses diplomáticos brasileiros dirigiram-se para a Europa, a America latina e os Estados Unidos da América. A frieza da relação com o continente africano prolongou-se até os finais da 2 a. Guerra Mundial. Da Segunda Guerra ao Governo Jânio ( ) O terceiro período é o da retomada gradual das relações do Brasil com o continente africano, e vai da segunda metade da década de 1940 até início dos anos Nesse período assistiu-se a agonia do processo colonial na África, e a ascensão dos movimentos nacionalistas. As novas relações com a aliança ocidental no pós-guerra permitiram a reconsideração das relações diretas entre o Brasil e o continente africano. A nova conjuntura internacional favorecia a presença dos novos Estados independentes na África, e impulsionava uma intervenção do Brasil. Estas relações entretanto, foram condicionadas pelas posições históricas em relação ao colonialismo português na África. Afloraram as contradições entre o discurso e a prática, e apareceram as ambigüidades da sua própria política africana, quer nas votações nas Nações Unidas, quer nas negociações comerciais. A política externa brasileira para a África foi então desenhada em torno de questões como o financiamento internacional para o desenvolvimento da América Latina e da África. Marcaram esse período, a competição entre produtos primários africanos e brasileiros no mercado internacional, a perspectiva da parceria brasileira com a África do Sul no contexto Atlântico, as relações especiais com Portugal, na formulação da Comunidade Luso- A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 10

11 Brasileira e as primeiras conseqüências do processo de descolonização da África sobre os interesses do Brasil na região atlântica. Particularmente, depois da Conferência de Bandung (1954), onde o Brasil participou como observador, com o diplomata Bezerra de Menezes. O discurso culturalista se desenvolveu nas décadas de 1960 e 70, e conviveu com outro que enfatizava os vínculos afetivos que unia brasileiros e portugueses e suas províncias de ultramar. A África se incluía como posto de manobra para interesses da inserção internacional do Brasil e sua afirmação no pós-guerra. O único país da região atlântica que o Brasil mantinha relações no logo pós-guerra, era a África do Sul. E esta era objeto de censura internacional pelo regime de segregação racial e pela dominação sobre o Sudoeste Africano (Namíbia). Contraditoriamente, o Brasil acompanhava as recomendações das Nações Unidas que condenavam a África do Sul, reconhecia os problemas, mas os considerava assuntos internos. Nesse período, a diplomacia brasileira estava a serviço do desenvolvimento. O Brasil oferecia segurança para as manipulações ideológicas e as operações militares dos países centrais, mas, em contrapartida, esperava obter financiamento para a sua industrialização. No segundo governo Vargas ( ) a concepção nacionalista produziu uma política externa mais elaborada e buscava maior autonomia relativa no cenário internacional. Insistia que o desenvolvimento econômico não poderia ser apenas para o Brasil, mas também para a África, embora esta fosse vista na permanência da colonização. Os anos do presidente Juscelino Kubitschek ( ) foram marcados por um abrandamento na guerra fria, pelo alento da Conferência de Bandung, e diversas conferências africanas em 1957, até a constituição em 1963 da OUA (Organização da Unidade Africana). A África que tinha um só país independente em 1939, passou a ter cerca de 50 na passagem para os anos O governo brasileiro, entretanto, assistiu a essa mudança com indesculpável indiferença, apesar da grande ação diplomática desenvolvida nestes anos. A África para Kubitschek, não tinha valor político. A importância central voltava-se para as relações econômicas entre Europa e a África, independente da superação, ou não, da situação colonial. As exportações brasileiras de café, cacau e algodão, principais produtos de exportação, poderiam ser ameaçadas pela concorrência, entendida como desleal, pelo protecionismo das metrópoles. A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 11

12 Preconizava-se que o Brasil poderia melhor se relacionar com o continente africano, via Portugal. A suposta habilidade do povo português para administrar a interpenetração de raças, línguas e culturas, e de combinar os trópicos com o estilo europeu, davam sabor especial à política externa brasileira. Surgia a identidade brasileira, definida como racialmente democrática. Em 1953, o Brasil assinou um tratado com Portugal, no qual, em relação à colônias portuguesas, se subordinava aos interesses portugueses. Do Governo Jânio ao liberalismo (1990) O quarto período vai de 1961, com Jânio Quadros, até finais dos anos Nele se redimensionou a relevância Atlântica da política externa do Brasil. Foi um período extremamente ativo política e economicamente, no que se refere à aproximação com à África. Aumentaram-se os intercâmbios políticos, as trocas econômicas, tecnológicas e houve investimentos de capital nos dois sentidos. Uma nova cooperação se edificou, trazendo, conjuntamente, a exclusão da noção de militarização do Atlântico. Nesse período, a diplomacia brasileira, em articulação com a Nigéria e Angola, desativou a operação da África do Sul e da Argentina para a criação da OTAS, a Organização do Tratado do Atlântico Sul, destinada a ser uma OTAN do sul. O projeto fracassou e permitiu à iniciativa brasileira erigir o Atlântico afro-brasileiro como uma zona de paz e cooperação, e é considerado o ponto culminante da dimensão Atlântica da política externa brasileira. A Política Externa Independente teve início no governo Jânio Quadros (1/2/1960 a 25/8/1960), e foi desenvolvida por João Goulart (até marco de 1964). A política africana nela inserida, foi fato marcante da inserção brasileira no cenário internacional, e num período conturbado da história nacional. A nova política para a África, embora mantivesse os valores ocidentais, agregavam novas percepções para os espaços africanos e asiáticos. Buscava certa autonomia, em estratégia pragmática, para garantir a expansão econômica capitalista coordenada pelo Estado. O presidente Quadros acreditava que os Estados Unidos responderiam com concessões ao Brasil diante da instabilidade na América Latina pela revolução cubana, através de movimentos contraditórios, como a condecoração a Che Guevara, e o acompanhamento das posições norte-americana na crise cubana de A política externa nesse período, foi um instrumento contra o colonialismo e o racismo, e pelo apoio brasileiro ao principio da autodeterminação dos povos da América. O Brasil A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 12

13 tomou posição a favor da descolonização africana, mas não se alinhou automaticamente com nenhum bloco terceiro-mundista. Enquanto em 1960 o governo Kubistschek assistia às 17 independências africanas sem qualquer gesto, Quadros, em 1961, rompeu o silêncio e reaproximou o Atlântico do Brasil. Foi nesse período, em 1961, que se criou no Itamaraty a Divisão da África. Havia, entretanto, duas políticas para África. Uma de aproximação com o continente, particularmente com a África atlântica, sustentada pela abertura comercial e na solidariedade política à descolonização. E outra, que admitia a continuidade do colonialismo para as colônias portuguesas na África. A guerra de libertação nacional em Angola tomou proporções internacionais a partir de 1961 e, também aqui, a política externa para a África continuou ambígua. Criou-se, ainda em 1961, o Instituto Brasileiro de Estudos Afro-Asiáticos na Presidência da República, para se suprir as necessidades de conhecimento. Com o golpe militar de 1964, a política exterior para a África recuou. A África passou a ser, de local colonizado, para local sujeito ao comunismo. Retomou-se a Comunidade Luso- Brasileira e os discursos lusófonos. Abandonou-se o nacionalismo independente dos governos anteriores, e se alinhou aos Estados Unidos da América. O ocidente estaria ameaçado pelo comunismo, e a África não fazia parte do ocidente, à exceção da África do Sul. O Atlântico aparecia como espaço adequado para a construção de uma aliança política entre Brasília-Lisboa-Pretória, contra a ameaça comunista das demais nações africanas da África negra. A lógica de combate ao comunismo afastava o Brasil da África e o aproximava da África do Sul. Na década de 70, o contexto internacional passou por grandes modificações, com o choque do petróleo e a crise do dólar, e com ela houve redefinições na política externa. Deixou-se de lado o enfoque geopolítico para a região atlântica e se iniciou uma virada ao continente africano. A política exterior deixou de ter o alinhamento quase automático aos Estados Unidos, que era defendido no governo Castelo Branco, e preconizou a volta à política externa de Vargas, com orientação para a economia, o desenvolvimento e do crescimento industrial, organizados pelo Estado. Assim, buscou novos mercados e suprimentos de petróleo, tentou manter a influência brasileira no Atlântico por meios econômicos e política pacífica, sem os pactos de A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 13

14 segurança coletivos e sem a interferência externa. Manteve o discurso culturalista, mas abandonou a comunidade afro-lusa-brasileira. Construiu relações com nações que se tornaram independentes de Portugal, sem os embaraços anteriores. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola. Formulado conceitualmente pelo Governo Geisel ( ), o pragmatismo passou a ser a política internacional. Visava enfrentar os problemas do projeto de desenvolvimento, que se fundia ao nacionalismo autoritário para encontrar um novo lugar para a inserção brasileira no mundo. O pragmatismo que levou o Brasil à África foi o mesmo que o levou ao Japão, à Europa Oriental e ao Oriente Médio. As exportações brasileiras para o Terceiro Mundo passaram de 12% em 1967 para 25% no final dos anos 70. O continente africano tornou-se espaço privilegiado para a estratégia comercial brasileira. O país estava pronto para exportar bens, serviços e tecnologia ao continente africano. Por outro lado, a África tinha interesses por produtos, novas tecnologias e serviços que lhes eram considerados adequados. Gibson Barboza, então ministro das relações exteriores, realizou visita em 1972 a 9 países africanos, tendo assinado protocolos de intercambio com todos. O intercâmbio comercial Brasil-África mudou, e a África do Sul perdeu importância, ganhando peso a Nigéria, que passou a ser a primeira parceira do Brasil na África, seguidos do Congo, Gabão, Angola e o Zaire. Trocava-se petróleo por produtos industrializados. Na década de 90, as dificuldades econômicas, particularmente geradas pela crise da dívida externa, e pela ascensão das políticas neoliberais no mundo, retraíram as prospecções anteriores entre o Brasil e a África. As políticas desenvolvimentistas saíram de moda, no Brasil e na África. Em 1983, João Figueiredo ( ) foi o primeiro presidente brasileiro a visitar a África. Visitou Nigéria, Senegal, Guine Bissau, Cabo Verde e Argélia. O fato mais importante para a política africana do Brasil foi a construção da pax Atlântica. Resistindo às pressões norteamericanas pela montagem de um pacto de segurança coletiva para a região nos moldes da OTAN, a política externa brasileira articulou-se com a diplomacia africana para garantir que o Atlântico, ao sul do Equador, fosse um lugar de paz e de cooperação. A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 14

15 Dos anos 90 ao Governo Lula ( ) O quinto período vai do final da década de 1980 à eleição do Lula em Nele vamos encontrar uma forte redução da presença da África na agenda da política exterior brasileira. Apesar de não haver ruptura nos princípios formais da política, ela ficou sem conteúdo. A afro-pessimismo, corrente ideológica e política, que considera a África incapaz de resolver os seus problemas, tomou conta da diplomacia brasileira e dos empresários. A África passou a ser considerada inviável, terra do atraso, e deveria ser desqualificada como interlocutora das relações internacionais do final do século. Vieram os anos de desinteresse na África. Voltaram as teses de relações privilegiadas com os centros avançados da produção capitalista e o país fez opções seletivas no continente africano. O olhar brasileiro se voltou para a África Austral, e a África do Sul ressurgiu como área de interesse para a política externa brasileira dos anos 1990, como fora no imediato pós-guerra. A política externa brasileira para a África nos anos 90, foi uma política minimalista e eclética, constituída por opções seletivas e que produziu um distanciamento entre o Brasil e esse continente (Döpcke, 2003). Outro aspecto desse período, foram os limites do discurso culturalista, até então bandeira dos empresários e diplomatas. As fontes da desconstrução foram duas: a crítica da diplomacia africana sobre as contradições na questão dos afrodescendentes, e as manifestações dos movimentos negros, que desconstruíram o argumento culturalista da afinidade natural entre brasileiros e africanos. No período diminuiu-se o número de diplomatas brasileiros na África, e o comércio voltou aos níveis dos anos 50. A modernidade neoliberal do governo Collor ( ), definiu prioridades com os países do primeiro mundo e a África passou a ter um lugar diminuto. No governo Itamar Franco ( ), as políticas exteriores foram redirecionadas para formas mais realistas e mais conseqüentes com os desafios internacionais do Brasil no final do século. Porém, o MERCOSUL substituiu a importância estratégica que tinha a África nos anos 70 e parte dos 80. As relações, entretanto, continuaram, porém, de forma seletiva. Se concentraram, primeiramente, na África do Sul, com Mandela presidente e, em função de sua economia mais diversificada que os outros países africanos, aumentaram-se as troças comerciais. A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 15

16 A segunda opção seletiva do Brasil foi Angola. Desde ações políticas conjuntas, às missões de paz das Nações Unidas dedicadas à desmilitarização do país, até a participação em campanhas eleitorais. A terceira linha da ação política africana do Brasil no anos 90, foi a retomada das operações da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, com a entrada da África do Sul em E finalmente, a criação da CPLP Comunidade dos Países de Língua oficial Portuguesa, idéia vindo do governo Sarney com o Instituto Internacional da Língua Portuguesa, cujo maior sucesso até os dias de hoje é o acordo ortográfico. 3. A política do PT para a África Os documentos do partido aprovados na década de 1980, exceto o programa de governo de junho de 1989, eram omissos com relação aos temas africanos. O partido não aprofundou a compreensão sobre a situação africana, nem propôs políticas específicas para as relações bilaterais com o Brasil. 3 Nesse período, o PT estaria sobretudo empenhado no fortalecimento do conjunto de partidos de esquerda latino-americanos, meio ao clima de abertura e redemocratização regional, enquanto na África, até os anos 1990, a agenda política e militar continuava no contexto da Guerra Fria, e da qual o PT, não chegou a fazer parte. A opinião do professor Marco Aurélio Garcia, então Secretário de Relações Internacionais do PT, é significativa quanto ao despreparo do PT para a África, na primeira década de sua existência: Por razões históricas, o PT tinha abertura com alguns partidos social-democratas, comunistas e verdes, de alguns países da Europa. O mesmo se tentou, sem êxito, com partidos africanos. (...) Mas não houve grandes avanços. Houve esforços tópicos, alguns contatos, mas nunca conseguimos ter um relacionamento mais estável. (...) A idéia posterior, no partido, de uma política externa pró-africana era muito mais um conceito, uma idéia, um desejo, do que o resultado de uma prática mais concreta. Posso estabelecer uma diferenciação muito clara. Ocupei-me muito da política latino-americana. Ninguém se ocupou da política africana. (in Gala, 2007) 3 Os pontos (3) e (4) em A política externa do Governo Lula para a África. (2007), da conselheira Irene Vida Gala. A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 16

17 Os poucos africanistas do PT continuaram a desenvolver, à margem da diplomacia brasileira, um diálogo e cooperação com governos e lideranças africanas. Incluem-se aí, a organização das visitas ao Brasil de Sam Nujoma, líder da Organização dos Povos do Sudoeste Africano (SWAPO), e de Nelson Mandela e de atos de solidariedade com Angola e Moçambique. Os petistas que viveram na África praticamente não chegaram a estabelecer um diálogo com a militância negra do PT, quer sobre o continente africano, quer sobre as propostas para as relações entre o Brasil e a África. Ao longo dos anos 1990, não houve alterações significativas no comportamento do PT com relação à África, exceto o diálogo que se estabeleceu entre as lideranças sindicais do partido e seus homólogos da Confederação dos Sindicatos da África do Sul (COSATU) e se constitui, juntamente com o grupo de antigos exilados na África, no segundo fator de aproximação entre o PT e a África. A eleição de Mandela foi um marco da política internacional de forte significação para o PT, que inclusive passou a utilizar a expressão apartheid social, como bandeira de luta. Em 2002 havia entre os dirigentes do PT pouca intimidade com a realidade e lideranças africanas, exceto as sulafricanas, e também havia a percepção da África como o continente de populações oprimidas, com as quais o partido se solidarizava. Havia, igualmente, um desejo de aproximação, inspirado no entendimento de que brasileiros e africanos compartilhavam desafios e objetivos comuns, tanto no plano interno quanto internacional. A mudança começou efetivamente nas vésperas da campanha eleitoral de 2002, onde, a estas percepções, o PT irá incorporar novas idéias provenientes do movimento negro, que acabarão por construir a política externa do Governo Lula para a África. Com o primeiro Governo, acompanhado da mudança na conjuntura africana, e munido de uma nova concepção, o PT avança para uma nova fase de aproximação com o continente africano, colocando-se outros desafios a resolver, e definindo mais claramente a sua posição. A Resolução da Secretaria de RI para o 3 o. Congresso A Resolução da Secretaria de Relações Internacionais para o 3 o. Congresso do PT, de 2007, se posiciona abertamente em relação África, ao sinalizar os avanços do primeiro governo Lula: a aposta firme e consistente do Governo Lula na ampliação do leque de relações comerciais, investindo pesadamente em aumentar o intercâmbio com países da América Latina, África, Ásia e Oriente Médio. Essa política foi exitosa, não só pelo aumento A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 17

18 expressivo, identificando novos mercados e novos fornecedores, mas também por que contribui para a chamada nova geografia comercial. Refere-se ainda especificamente, uma citação de ordem política sobre o apoio a constituição de um Estado livre e independente para o povo saaraui, a República do Saara Ocidental. E outra, quando define claramente como ponto específico no Plano de Trabalho , a intenção de: Ampliar as relações com a África. As outras citações são mais universais e estão agregadas com outros continentes ou países. A Resolução prioriza, corretamente, a América do Sul, a integração regional latino americana, e as relações sul-sul. Entretanto, cada vez, acompanhando o avanço do governo nessas relações, o PT caminha a passos largos na direção de aprofundar a visão estratégica em relação à África. 4. A política externa para a África do Governo Lula O presidente Lula outorgou prioridade à África. A política do atual governo brasileiro não procura apenas gerar oportunidades comerciais para o Brasil, mas também incrementar a relação política internacional, com vistas a fortalecer sua posição perante os países centrais nas negociações comerciais globais. Em Pretória, no primeiro discurso na África, em 2003, Lula expressou: Nós desejamos desenvolver uma política estratégica com o resto da África, com a China, a Rússia, a Índia e o México. No primeiro governo ( ) as relações com a África ganharam intensidade como nunca. O Presidente realizou 6 viagens ao continente africano, com escalas em 17 países, e os números do intercâmbio bilateral, passou de USD 5 bilhões, em 2002, para USD 13 bilhões em Voltar-se para a África foi um dos compromissos de campanha. E a justificativa repousava no fato do Brasil ser o segundo país com maior população negra no mundo. Menciona-se ainda o aprofundamento de relações com a África do Sul, por sua importância regional, juntamente com a Índia, China e Rússia, e a construção de uma nova política sobretudo com os países de língua portuguesa. Em 2002, o PT e coligados introduziram o debate sobre questões raciais e seu impacto na política externa brasileira, para a campanha eleitoral, ao fazerem a vinculação entre o elevado contingente populacional negro brasileiro, a luta contra o racismo e os objetivos desenvolvimentistas e universalistas da política externa brasileira, em particular o adensamento das relações com a África. É dessa forma que surgiu no Programa de A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 18

19 Governo, uma inédita vinculação entre a política externa brasileira para a África e a promoção da igualdade racial no Brasil. Voltar-se para a África Já em 2003, em seus discursos na África, o Presidente Lula dizia que a prioridade dada ao aprofundamento das relações com a África, tratava-se de um dever moral e a uma necessidade estratégica do Brasil. Sem dúvidas o dever moral era voltado para o público interno, enquanto a necessidade estratégica, para os parceiros internacionais, sobretudo os africanos. O dever moral seria conseqüência da dívida histórica com a África, a ser paga pelo estreitamento das relações bilaterais. Na política governamental para a África, destaca-se um objetivo comum, com vista a estender aos cidadãos do Brasil e da África os benefícios da cidadania plena; e duas metodologias: o estabelecimento de relações de cooperação bilateral, sobretudo com os PALOP; e o fortalecimento da ação conjunta nos organismos internacionais, com a valorização do multilateralismo, com vista à luta contra a exclusão social. A SEPPIR A importância do movimento negro no contexto da política externa, se verifica quando o próprio Presidente, em Angola, reconheceu a vinculação que seu Governo estabeleceu entre a política externa para a África e a questão racial no Brasil. Ali, referiu-se sobre a criação da SEPPIR, Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e sobre a Lei no , que determina a obrigatoriedade do ensino da História da África e da Cultura Afro-Brasileira nos currículos escolares brasileiros. Na área econômica e do comércio bilateral os prioridades deveriam estar orientados para aumentar os fluxos de comércio e buscar o equilíbrio na balança comercial. Nem a indústria do petróleo, nem as oportunidades comerciais e de cooperação relacionadas à exploração petrolífera, e nem mesmo a busca de um assento permanente no Conselho de Segurança das NU, são identificadas como interesses estratégicos da aproximação brasileira à África. Assim, não é correto se associar a noção de necessidade estratégica de aproximação à África à questão do petróleo, como se fez após o choque do petróleo, em 1973, com o Governo Médici. Entretanto, enquanto o dever moral, uma das justificativas de aproximação com a África, encontra raízes históricas, a necessidade estratégica, parece ser fruto de uma apreciação dinâmica, sobre o contexto internacional em que se desenvolvem as relações entre o Brasil A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 19

20 e a África, (Gala, 2007). A necessidade estratégica, desdobra-se na busca de formação de alianças em torno de uma finalidade comum: A luta contra a exclusão social. Tema este, inicialmente concebido como plataforma de governo em nível nacional, mas ao qual se decidiu atribuir projeção internacional com iniciativas como a Ação contra a fome e a pobreza, cujo documento final foi endossado por mais de cem Chefes de Estado e Governo, em A necessidade estratégica de aproximação com a África está relacionada ao contexto multilateral e à reforma de suas principais instituições. A parceria com os africanos foi apresentada como modalidade de ação internacional que poderia viabilizar mudanças no sistema internacional, destinadas a assegurar a realização dos interesses do Brasil e de outros PEDs (países em desenvolvimento). No período , alguns dos eixos consagrados pela prática diplomática brasileira, como o diálogo político, a cooperação militar, a cooperação educacional e as relações comerciais, foram os mais dinâmicos no conjunto das relações bilaterais Brasil-África. A estes eixos tradicionais, somaram-se novos eixos, menos dinâmicos, mas que refletiram a renovação da política africana do Brasil à luz de seus novos pilares. Foram a assistência humanitária e a cooperação técnica, orientadas para a luta contra a exclusão social. Durante o primeiro Governo Lula, registrou-se um intenso calendário de visitas, missões e encontros entre autoridades brasileiras e africanas, em território brasileiro, africano ou à margem de reuniões internacionais, além de algumas importantes reuniões, dentre as quais o Fórum Brasil-África: política, cooperação e comércio, realizado em Fortaleza, Ceará, em 2003, organizado pelo MRE e pelo Grupo dos Embaixadores Africanos em Brasília. Como conseqüência, o intercambio de embaixadas aumentou. Só no primeiro governo, mais de uma dezena de representações diplomáticas foram abertas em Brasília e do Brasil no continente africano. A troca de embaixadas sinalizam o esforço recíproco de estreitamento de relações e a expectativa mútua de aprofundamento do diálogo político e da agenda de cooperação, em um ambiente caracterizado pela ênfase na cooperação Sul-Sul. A cooperação militar tem se valido de modalidades como a oferta de cursos para oficiais estrangeiros nas escolas militares brasileiras, a realização de visitas e missões no Brasil, promoção de feiras internacionais na área de defesa e segurança. Cresceram as demandas por maior presença brasileira e daí aumentaram as aditâncias militares brasileiras no continente africano. A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 20

21 No período , o intercâmbio comercial com a África cresceu de USD 5 bilhões, em 2002, para US$ 13 bilhões, em 2006, sem, entretanto, que houvesse mudanças estruturais. As exportações brasileiras cresceram 255,9%, e são financiadas pelo BNDES, quando necessário. A carência de transporte de carga e passageiros entre o Brasil e o continente africano, continua sendo um dos principais obstáculos à expansão dos contatos bilaterais. Outra questão estrutural diz respeito a financiamentos à exportação e a investimentos em infra-estruturas na África. Mas nem tudo são rosas. A inovação do governo para a política africana, que vinculava o interno com o externo, não alcançou inteiramente os objetivos propostos, na medida em que não se desenvolveu uma agenda específica capaz de responder plenamente à expectativa de que as relações com a África poderiam ser utilizadas a fim de promover, no Brasil, a igualdade racial e a luta contra o racismo. (Gala, 2007) A exceção a esse vazio na implementação foi a realização, em Salvador, Bahia, em 2006, da II CIAD, Conferência de intelectuais africanos da diáspora, organizada pelo governo brasileiro em parceria com a União Africana. As aspirações do movimento negro em relação a África, pouco se vincularam com as lutas antiraciais no Brasil e apresentaram suas limitações ao reconhecerem, o próprio movimento negro e, a então Ministra da SEPPIR, não disporem, no início do Governo, de pauta específica de diálogo para as relações com o continente africano, pois o que nutriu o espírito da volta à África foram tradicionalmente as formulações míticas e místicas acerca do continente. (Gala, 2007) Apesar da importância adquirida, na medida em que reverteu a visão colonizada e colonizadora do Brasil em relação à África, aos africanos e aos afro-descendentes, é momento de se rever os alcances dessa necessária vinculação, no âmbito da política brasileira para a África, à luz dos novos arranjos internacionais e do papel do Brasil e da África. 5. A África, a China e o Brasil Em 2007, o renomado sociólogo guineense Carlos Lopes, dizia: A China já é o terceiro parceiro comercial do Brasil e do continente africano. Mas o que há de espetacular nessa ascensão é que ninguém duvida que daqui a menos de duas décadas seja provavelmente o primeiro parceiro de ambos. Se isso é importante para nós, também parece ser importante A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 21

22 para o mundo. Esta previsão de Carlos Lopes, ficou ultrapassada em pouco mais de dois anos. A China já é a primeira parceira comercial do Brasil e da África. Apesar do esforço brasileiro dos anos 70 para a África, quando criou linhas de crédito, incentivou exportações, facilitou estabelecimento de ligações aéreas e marítimas, criou intercâmbios culturais, e ainda, quando iniciativas privadas amplificaram o relacionamento, e toda uma linha de ações culturais, os africanos não estavam seguros de que o interesse brasileiro tivesse emoção. (Lopes, 2007) A depressão econômica provocada pelo ajuste estrutural, e a crise de governabilidade conseqüente, pode explicar parcialmente os conflitos na África dos anos Entretanto, foi sobretudo o fim do controle indireto oferecido pela guerra fria que permitiu a atores infranacionais contestar os poderes estabelecidos centralmente, agora sem proteção. A insegurança passou a ser a primeira preocupação da maioria dos africanos. O final do século Na década de 80, os preços do café, do cacau, do algodão e do chá, principais produtos de exportação da África Subsaariana, caíram 50%. Nesse mesmo período, reduziu-se em 50% o investimento em capital (em base per capita), acrescido da pressão da dívida externa. A política de ajustamento da economia transformou-se em desajustamento da vida das populações. Entre 1980 e 1989, foram aplicados 241 programas de ajustamento estrutural, que se tornaram a ideologia do desenvolvimento para os países africanos sul-saarianos. Apesar do total cumprimento do Programa de Ajustamento Estrutural do FMI, os seus resultados foram dramáticos, a acumulação de capital tornou-se mais lenta na maioria dos países; o investimento público foi reduzido drasticamente; o investimento estrangeiro estagnou em níveis baixos; a cota da produção industrial no PIB só subiu em seis países entre 1982 e 1988; e só seis países aumentaram as exportações em mais de 5%. Com isso, deduz-se que, apesar de os países terem aplicado todas as medidas propostas, os resultados para eles não foram encorajadores. O objetivo central não era melhorar o nível de vida das populações, dotando-as de uma economia saudável, mas sim fazer que não necessitassem mais dos recursos externos e ainda concorressem para o envio de fluxos monetários para os Estados Unidos, em termos globais. Como conseqüência, a fome alastrou-se, o desemprego aumentou, a desorganização social atingiu as aldeias mais frágeis, enfim, a crise infiltrou-se por toda parte. E, mesmo assim, o FMI e o Banco Mundial se tornaram recebedores líquidos de recursos da África sul-saariana. A Visão do Brasil sobre a África por Beluce Bellucci 22

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