QUARTA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO, 2011 ANO 3 Nº 367 DIRETOR RICARDO GALUPPO DIRETOR ADJUNTO COSTÁBILE NICOLETTA R$ 3,00

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1 mobile.brasileconomico.com.br QUARTA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO, 2011 ANO 3 Nº 367 DIRETOR RICARDO GALUPPO DIRETOR ADJUNTO COSTÁBILE NICOLETTA R$ 3,00 Aumento no volume de transações entre empresas globalizadas pede novo modelo para órgãos nacionais de defesa da concorrência P30 Grife argentina La Martina, dirigida por Tomás Lanzillotta, revê estratégia e passa a comandar sua operação no Brasil P28 Murillo Constantino Multa por apagão de 2009 não vai garantir punição a Furnas Empresa deve contestar na Justiça a penalidade aplicada ontem pela Aneel. Investigação de blecaute de sexta ainda não começou Mais de um ano após o apagão que deixou 18 estados às escuras, foi definida a punição para Furnas, uma multa de R$ 43,3 milhões. Valor deve ser contestado na Justiça. As investigações pela interrupção do fornecimento de energia da última sextafeira, que atingiu oito estados do Nordeste, devem seguir o mesmo caminho. Cerca de 80% do polo petroquímico de Camaçari, na Bahia, ainda está parado. Em São Paulo, 2,5 milhões de pessoas ficaram 20 minutos sem energia ontem. P4 Descontos de R$ 1 milhão na conta de luz favoreceram recicladores do Rio e Ceará. P16 Divulgação Roger Alm, presidente da Volvo: Estamos preparados para crescer no país Inflação sobe e não se limita apenas ao preço dos alimentos Indicadores confirmam que a alta do custo de vida é resultado da demanda aquecida, e não apenas de fatores sazonais. P12 Genéricos vão movimentar R$ 600 milhões neste ano A quebra de patente de pelo menos 11 medicamentos vai estimular as vendas das indústrias do setor, que faturou R$ 6,2 bilhões em P15 Accor adota sistema de franquia para ser o fast-food dos hotéis Companhia faz adaptação da bandeira Formule 1 para um modelo voltado a cidades do interior e para o Nordeste do país. P20 Aposentadoria deixa de ser o objetivo da previdência privada Cerca de 80% dos poupadores no país acumulam recursos para outras finalidades, como aquisição de imóveis, veículos e viagens. P34 Volvo produzirá câmbio automatizado no Brasil Montadora sueca investirá R$ 25 milhões em uma nova fábrica para nacionalizar a produção da caixa de câmbio I-Shift. No ano passado, a tecnologia equipou 60% dos caminhões Volvo vendidos no país. P23 Mais 6 mil correntistas milionários Número de clientes do segmento conhecido como private banking aumentou 11% no último ano, para 63 mil pessoas, com aplicações acima de R$ 1 milhão. O volume de ativos chegou a R$ 371 bilhões. P32 INDICADORES TAXAS DE CÂMBIO COMPRA VENDA Dólar Ptax (R$/US$) Dólar comercial (R$/US$) Euro (R$/ ) Euro (US$/ ) Peso argentino (R$/$) 1,6703 1,6650 2,2791 1,3645 0,4154 1,6711 1,6670 2,2804 1,3646 0,4161 JUROS META EFETIVA Selic (a.a.) BOLSAS 11,25% VAR. % 11,17% ÍNDICES Bovespa - São Paulo Dow Jones - Nova York Nasdaq - Nova York S&P Nova York FTSE Londres Hang Seng - Hong Kong 0,63 0,59 0,47 0,42 0,67-0, , , , , , ,30

2 2 Brasil Econômico Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 NESTA EDIÇÃO Em alta Fotos: divulgação Harley-Davidson ganha velocidade Marcela Beltrão A grife das motos planeja atuação mais direta no Brasil, com a ampliação do número de revendas. Duas delas já foram nomeadas, em São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG), e iniciam as vendas dos veículos em março e abril. P18 País disputa nova unidade da Vulkan Filial brasileira da empresa alemã de motores navais e industriais reivindica recursos para erguer a nova fábrica e compete com suas congêneres da China e da Índia. A decisão deve ser anunciada em abril. P22 Accor oferece franquias do Formule 1 no interior do país O grupo, conhecido mundialmente pelos hotéis econômicos, adota nova estratégia no mercado brasileiro, com a oferta de 100 franquias da bandeira Formule 1 a investidores. O novo formato oferece edifícios menores, de 60 a 80 quartos, enquanto as unidades existentes contam com 200 a 300 acomodações. Queremos atender o interior do Brasil, que não comporta uma estrutura como a das grandes cidades, diz Abel Castro, diretor de desenvolvimento da Accor Brasil. A primeira unidade neste formato, com 88 quartos, será inaugurada neste semestre, em Piracicaba (SP). P20 São 150 mil brasileiros com mais de R$ 1 mi para investir Estimativa é de Celso Portásio, presidente do comitê de private banking da Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), levando em conta pessoas que disponham de quantias acima de R$ 1 milhão para aplicações financeiras. De acordo com os dados da Anbima, em um ano, o número de clientes do chamado private banking, área das instituições financeiras, que atende o público com disponibilidades naquela faixa, passou de 56,99 mil para 63,22 mil pessoas. Alguns bancos, inclusive, elevaram o limite para o private, como o Santander, cujo volume mínimo, agora, é de R$ 3 milhões. P32 Volvo nacionaliza caixas de câmbio Decisão, de acordo com Roger Alm, presidente da Volvo Latin America, se deve ao aumento da procura pelas caixas de câmbio automatizadas no país, que tinham participação de 3% em 2006, passaram para 40% em 2009 e encerraram 2010 com 60%. Serão investidos R$ 25 milhões na unidade. P23 Novo mínimo pode ser votado na terça Base governista e oposição se preparam para o primeiro embatenoplenáriocomavotaçãodoaumentodosalário mínimo. O Palácio do Planalto, que defende o piso de R$ 545, quer regime de urgência para a votação. P14 Fim de patentes agita área de genéricos São 11 medicamentos, cuja exclusividade acaba no decorrer deste ano, o que deve acirrar a concorrência num mercado que movimenta mais de R$ 6 bilhões e deve receber, no mínimo, mais R$ 600 milhões. P15 IP direciona produção para países da AL Com vendas líquidas de US$ 1 bilhão no ano passado, International Paper decide destinar a produção da unidade brasileira para os países da América Latina. Atualmente, metade é destinada ao mercado externo. P24 Marcela Beltrão Justiça deve se adaptar ao mundo on-line O espaço virtual não preenche mais as características tradicionalmente avaliadas, já que até agora sempre se pensou em termos territoriais. É um desafio para o direito de concorrência, afirma o prof. Tércio Sampaio, da USP. P30 La Martina planeja expansão no Brasil Grife argentina rompe com a representante e passa a atuar diretamente no mercado brasileiro, com planos de chegar 90 pontos de venda multimarcas e 15 unidades franqueadas até Não precisamos mais do que isso, diz Tomás Lanzillotta, diretor executivo. P28 Lixo rende desconto na conta de luz LogFashion cuida da logística da moda Whirlpool organiza-se para enfrentar a LG e a Samsung A empresa americana que detém as marcas Brastemp, Consul e Kitchen Aid, que enfrenta concorrentes tradicionais como Mabe e Electrolux, prepara-se também para a entrada das gigantes coreanas de eletroeletrônicos LG e Samsung no mercado brasileiro. Com a nova realidade econômica do país, as pessoas estão propícias a adquirir um novo produto e temos grandes oportunidades para crescer este ano, diz Claudia Sender, diretora de marketing da Whirlpool Latin America. A empresa aposta na recompra de bens duráveis por grande parcela da população, beneficiada pelo aumento da renda e facilidade de crédito. P26 Iniciativa é da Endesa Brasil, que através de suas controladas, as distribuidoras Coelce, no Ceará, e Ampla, no Rio, incentiva a população a recolher os materiais recicláveis. O próximo passo é atrair os shopping centers. P16 AFRASE Em ambos os casos seria catastrófico para o Egito Naguib Sawiris, líder empresarial egípcio, sobre a possibilidade de o clima político no país evoluir para a intervenção direta do Exército ou para a ascensão da Irmandade Muçulmana ao poder. Ele defende o afastamento negociado do presidente Hosni Mubarak e a convocação de eleições. Especializada no atendimento de empresas de tecnologia, quando se chamava Tecni Express, empresa troca este segmento por varejistas e grifes, como Menta, FatalSurf, ZorbaeHanes,entreoutras. P29 Shawn Baldwin/Bloomberg

3 Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 Brasil Econômico 3 EDITORIAL RENATO RUSSO, VICE-PRESIDENTE DE VIDA E PREVIDÊNCIA DA SULAMÉRICA Henrique Manreza Os apagões voltam à ordem do dia Uma das maldades cometidas por críticos da então ministra de Minas e EnergiaDilmaRoussefferadequehaviano ministério uma torcida permanente para que o país continuasse com baixas taxas de crescimento. É que projeções dos técnicos indicavam a possibilidade de um colapso no fornecimento de energia caso a economia registrasse expansão superior a 5%. Os comentários maldosos, agora engrossados por apoiadores de pré-candidatos presidenciais da oposição, aumentaram quando a então ministra, já no comando da Casa Civil, surgiu como a opção petista para suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Houve até quem insinuasse que a crise de 2008 teria ajudado a então précandidata, com a retração econômica de 2009 evitando a escassez energética. Mesmo com a economia ainda retraída, mas já revelando sinais de recuperação, cerca de 40% do território nacional foi atingido por um blecaute na noite de 10 de novembro daquele ano. Responsabilizada pelo episódio, Furnas Centrais Elétricas, controlada pela estatal Eletrobras, recebeu multa de R$ 53,7 milhões aplicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que ontem reduziu o valor para R$ 43,3 milhões, ainda assim o maior já aplicado pela agência reguladora. A presidente Dilma Rousseff decidiu assumir a linha de frente nas discussões sobre o apagão de sexta-feira É cada vez menor o número de aplicadores em planos de previdência complementar que destinam os recursos acumulados à aposentadoria, constata Renato Russo, vice-presidente da Vida e Previdência da SulAmérica. P34 Cálculos preliminares indicam um crescimento econômico de 7% a 8% em 2010, mas o fornecimento de energia aconteceu sem sobressaltos o ano todo para desespero dos mais maldosos. Na madrugada de sexta-feira, contudo, a gestão Dilma foi surpreendida pelo seu primeiro apagão, que atingiu oito estados nordestinos. Ontem, a falha de um transformador deixou 2,5 milhões de paulistanos sem energia por quase meia hora. O mini pagão aconteceu no momento em que os presidentes do Operador Nacional do Sistema Elétrico e da Empresa de Pesquisa Energética eram convocados às pressas pelo Palácio do Planalto. Uma indicação de que a presidente Dilma Rousseff decidiu assumir a linha de frente na solução do problema e, com isso, tentar evitar que surjam motivos para novas maldades. Presidente do Conselho de Administração Maria Alexandra Mascarenhas Vasconcellos Diretor-Presidente José Mascarenhas Diretor-Vice-Presidente Ronaldo Carneiro Diretores Executivos Alexandre Freeland, Paulo Fraga e Ricardo Galuppo redacao@brasileconomico.com.br BRASIL ECONÔMICO é uma publicação da Empresa Jornalística Econômico S.A. Redação, Administração e Publicidade Avenida das Nações Unidas, º andar, CEP , Brooklin, São Paulo (SP), Tel. (11) Fax (11) Diretor de Redação Ricardo Galuppo Diretor Adjunto Costábile Nicoletta Editores ExecutivosArnaldo Comin, Gabriel de Sales, Jiane Carvalho, Thaís Costa, Produção EditorialClara Ywata Editores Conrado Mazzoni (On-line), Fabiana Parajara (Destaque), Marcelo Cabral (Brasil), Márcia Pinheiro (Finanças), Rita Karam (Empresas) Subeditores Elaine Cotta (Brasil), Estela Silva, Isabelle Moreira Lima (Empresas), Luciano Feltrin (Finanças), Micheli Rueda (On-line) Repórteres Amanda Vidigal, Ana Paula Machado, Ana Paula Ribeiro, Bárbara Ladeia, Carolina Alves, Carolina Pereira, Cintia Esteves, Claudia Bredarioli, Daniela Paiva, Domingos Zaparolli, Dubes Sônego, Eva Rodrigues, Fabiana Monte, Fábio Suzuki, Felipe Peroni, Françoise Terzian, João Paulo Freitas, Juliana Rangel, Karen Busic, Luiz Silveira, Lurdete Ertel, Maria Luiza Filgueiras, Mariana Celle, Mariana Segala, Martha S. J. França, Michele Loureiro, Natália Flach, Nivaldo Souza, Paulo Justus, Pedro Venceslau, Priscila Dadona, Priscila Machado, Regiane de Oliveira, Ruy Barata Neto, Thais Folego, Vanessa Correia, Weruska Goeking Brasília Maeli Prado, Simone Cavalcanti Rio de Janeiro Daniel Haidar, Ricardo Rego Monteiro Arte Pena Placeres (Diretor), BettoVaz(Editor), Evandro Moura, Letícia Alves, Maicon Silva, Paulo Roberto Argento, Renata Rodrigues, Renato B. Gaspar, Tania Aquino (Paginadores), Infografia Alex Silva (Chefe), Anderson Cattai, Monica Sobral Fotografia Antonio Milena (Editor), Marcela Beltrão (Subeditora), Evandro Monteiro, Henrique Manreza, Murillo Constantino, Rafael Neddermeyer (Fotógrafos), Angélica Breseghello Bueno, Carlos Henrique, Fabiana Nogueira, Thais Moreira (Pesquisa) Webdesigner Rodrigo Alves Tratamento de imagem Henrique Peixoto, Luiz Carlos Costa Secretaria/Produção Shizuka Matsuno Departamento Comercial Paulo Fraga (Diretor Executivo Comercial), Mauricio Toni (Diretor Comercial),Júlio César Ferreira (Diretor de Publicidade), Ana Carolina Corrêa, Sofia Khabbaz, Valquiria Rezende, Wilson Haddad (Gerentes Executivos), Paulo Fonseca (Gerente Comercial), Celeste Viveiros, Mariana Sayeg (Executivos de Negócios), Jeferson Fullen (Gerente de Mercados), Andréia Luiz (Assistente Comercial) Projetos Especiais Márcia Abreu (Gerente), JoãoFelippe Macerou Barbosa, Samara Ramos (Coordenadores), Daiana Silva Faganelli (Analista), Solange Santos (Assistente Executiva) Publicidade Legal Marco Panza (Diretor de Publicidade Legal e Financeira), Marco Aleixo (Gerente Executivo), Adriana Araújo, Valério Cardoso, Carlos Flores (Executivos de Negócios), Solange Santos (Assistente Comercial) Departamento de Marketing Evanise Santos (Diretora), Rodrigo Louro (Gerente de Marketing), Giselle Leme, Roberta Baraúna (Coordenadores de Marketing). Operações Cristiane Perin (Diretora) Departamento de Mercado Leitor Nido Meireles (Diretor), Nancy Socegan Geraldi (Assistente Diretoria), Denes Miranda (Coordenador de Planejamento) Central de Assinantes e Venda de Assinaturas Marcello Miniguini (Gerente de Assinaturas), Helen Tavares da Silva (Supervisão de Atendimento), Conceição Alves (Supervisão) São Paulo e demais localidades Rio de Janeiro (Capital) (21) De segunda a sexta-feira - das 6h30 às 18h30. Sábados, domingos e feriados - das 7h às 14h. assinatura@brasileconomico.com.br Central de Atendimento ao Jornaleiro (11) Sucursal RJ Leila Garcia (Diretoria Comercial), Cristina Diogo (Gerente Comercial) Rua do Riachuelo, 359 5º andar - CEP Rio de Janeiro RJ - Tel.: (21) e Jornalista Responsável Ricardo Galuppo TABELA DE PREÇOS* Assinatura Nacional Trimestral Semestral Anual R$ 165,00 R$ 276,00 R$ 459,00 *Preços de assinatura com desconto de 13%, 27% e 39% para vigências trimestral, semestral e anual, respectivamente, em relação ao preço de capa Condições especiais para pacotes e projetos corporativos (circulação de segunda a sexta, exceto nos feriados nacionais) Auditado pela BDO Auditores Independentes Impressão: Editora O Dia S.A. (RJ) Nova Forma (SP) FCâmara Gráfica e Editora Ltda. (DF/GO)

4 4 Brasil Econômico Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 DESTAQUE ENERGIA Apagão de 2009 ainda está sem punição POLO PETROQUÍMICO DE Furnas deve contestar multa na Justiça. Blecaute de sexta tende a ter mesmo caminho Ricardo Rego Monteiro rmonteiro@brasileconomico.com.br Mais de um ano após o traumático apagão de 2009, que interrompeu o fornecimento de energia em quase dois terços do território nacional, a estatal Furnas Centrais Elétricas ainda luta contra a milionária punição aplicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ontem, a diretoria colegiada do órgão regulador reduziu em R$ 10 milhões o valor da multaaplicadanoanopassado de R$ 53,7 milhões, por responsabilidade no episódio. O valor, que agora deverá ser questionado pela estatal na Justiça comum, caiu para R$ 43,3 milhões, mas ainda representa a maior multajáaplicadadesdeacriação da Aneel, no fim da década de 90. Oimbróglio,deacordocom especialistas do setor, indica o roteiro que provavelmente deverão seguir as atuais discussões sobre as causas do apagão da madrugada da última sexta-feira, que interrompeu o fornecimento em oito estados do Nordeste. Ontem à tarde, dia seguinte à reunião de mais de quatro horas do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para discutir as causas da nova ocorrência, os presidentes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, foram chamados às pressas, para Brasília, para novo encontro, desta vez com a presidente Dilma Rousseff, que decidiu assumir a linha de frente das discussões. Com relação à multa aplicada a Furnas, a diretoria da estatal informou que só irá se pronunciar depois de comunicada oficialmente da decisão pelo órgão regulador. Fontes ligadas à companhia, no entanto, admitiram que a tendência é contestar judicialmente a punição, com argumento de que, em relatório, a própria Eletrobras, a holding do setor, isentou Furnas de responsabilidade na pane. Investigação conduzida pelo governo atribuiu o problema a um curto circuito em três circuitos supostamente causado porumraio daslinhasde transmissão de Itaipu para o municípiodeitaberá(sp). Relator do recurso de Furnas, Romeu Donizete Rufino, diretor da Aneel, baseou a decisão, no entanto, em três argumentos. Para ele, a empresa teria respon- Desde ontem, o ONS trabalha na versão preliminar do Relatório de Análise de Perturbação, que deverá indicar as causas do apagão de sexta-feira (dia 4). Com o documento, a Aneel iniciará um trabalho mais pormenorizado de investigação do problema sabilidade não só pelo desligamento das linhas de transmissão causadoras do apagão, mas também por não promover a manutenção adequada do equipamento e por demorar a recompor o sistema. Na visão da fiscalização, o valor da multa é compatível com a gravidade da infração, disse o relator. Tensão em Brasília O julgamento do recurso de Furnas voltou a ganhar importância não por causa do apagão da semana passada, que trouxe novamenteàtonaofantasmadeuma possível fragilidade do sistema elétrico brasileiro, e também pelo turbulento processo de substituição do comando das estatais do setor. O episódio só aumentou a tensão nos corredores do Ministério de Minas e Energia e das estatais da área energética. A tensão é tanta que o próprio ministro Edison Lobão, recomendou, durante o encontro, que os participantes evitassem falar com a imprensa nas próximas horas. Apenas o ministro ou o secretário executivo do Ministério, Márcio Zimmerman poderiam se pronunciar oficialmente. Relatório até o fim da semana Desde ontem técnicos e a diretoria do ONS trabalham na elaboração de uma versão preliminar do Relatório de Análise de Perturbação (RAP), que deverá indicar as causas do apagão de sexta-feira. A orientação do órgão é para encaminhá-lo até o fim da semana para a Central Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), a geradora estataldaregião,eparaasdistribuidoras dos oitos estados afetados. De posse do documento, as empresas poderão contestar detalhes do trabalho e também acrescentar informações. ApartirdoRAP,aAneeliniciará um trabalho mais pormenorizado de investigação do apagão, não só com recomendações de providências, mas também com eventuais punições. Diagnóstico preliminar do ONS, divulgado horas depois do incidente, indica falha no software que protege as operações da subestação de Luiz Gonzaga, da Chesf. O equipamento interpretou uma suposta falha no fornecimento e determinou o desligamento das linhas como forma de proteger o sistema. A explicação, no entanto, não teria convencido a presidente Dilma Rousseff, segundo interlocutores do setor. VENCEM EM 2015 Contratos de concessão seguem sem definição Com pelo menos 120 contratos de concessão com data de vencimento de 2015, o segmento elétrico conta apenas com a sinalização de Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, de que o assunto deve ser discutido ainda este ano. Para Elena Landau, diretora jurídica da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE), o governo já está atrasado. O prazo venceu no ano passado, diz. Ela explica queaausênciadedecisão impede um posicionamento das companhias, que, sem detalhes, não podem discutir internamente suas condições para a renovação. É o caso da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), em que as opiniões se dividem entre a defesa darenovaçãodecontratoseade nova licitação. Sem parâmetro para discutir o melhor cenário para suas associadas, a Abradee ainda não chegou a um consenso sobre qual será seu posicionamento. Nelson Leite, presidente da Abradee, diz que a instituição deve realizar reuniões ao longo do ano para que as concessionárias entrem em acordo. Weruska Goeking Associações se Priscila Machado pmachado@brasileconomico.com.br Enquanto o governo não sinaliza a política que irá adotar em relação a renovação das concessões no setor elétrico e adia a implementação do terceiro ciclo de revisão tarifária, as entidades do segmento vão à Justiça e ao Congresso para mudar algumas diretrizes da área de energia. A Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace) e outras associações estão batendo na porta dos parlamentares para evitar que a prorrogação da Reserva Global de Reversão (RGR) até 2035 seja mantida. O objetivo é reabrir o debate sobre o encargo e impedir que o projeto seja convertido em lei. De acordo com Carlos Faria, presidente da Anace, a RGR gera um custo adicional na conta de luz de aproximadamente R$ 2 bilhões ao ano na estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), esse valor é de R$ 1,66 bilhão e sua eliminação promoveria um desconto entre 1,5% e 3% na conta do consumidor final. Segundo ele, em linhas gerais, o recurso é destinado ao programa Luz Para Todos e à manutenção do sistema elétrico. O caixa da RGR, administrado pela Eletrobras, tem cerca de R$ 16 bilhões, esse recurso por si só é suficiente para terminar o Luz Para Todos, afirma Faria. Com este argumento, o presidente da Anace segue dizendoqueargr,criadaem 1957, é um encargo que perdeuarazãodeexistirequeos 23 tipos de impostos e 13 tipos

5 Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 Brasil Econômico 5 LEIA MAIS Aneel não exige valor detalhado aplicado em manutenção das redes de transmissão e ainda reduz multas aplicadas no ano passado em mais de 40%. Mais de 2 milhões de paulistanos ficaram 20 minutos sem luz ontem, por problema em transformador. Aeroporto de Congonhas manteve operação com geradores. Depois de comprar sete empresas da área de transmissão de energia, chineses devem estabelecer um novo cenário para o segmento, forçando queda de tarifas. Arestides Baptista/Folhapress CAMAÇARI ESTÁ PARADO DESDE O APAGÃO DA ÚLTIMA SEXTA-FEIRA Cerca de 80% do Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, que abriga empresas como Braskem, Dow e Dupont, está parado desde a madrugada da última sexta-feira, dia 4, em função do apagão que afetou oito estados do Nordeste. Segundo o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari, os prejuízos pelos dias parados ainda estão sendo calculados, e a estimativa é que a operação volte ao normal apenas na próxima semana. O fornecimento de energia no local foi retomado, mas oproblemaéque as empresas precisam fazer ajustes para retomar a produção com segurança, visto que ela foi interrompida abruptamente. Doscomplexosdopolo de Camaçari, apenas odaford,quevoltouà produção normal ainda nodia4.deacordo com a montadora, 400 automóveis Fiesta e EcoSport deixaram de ser produzidos, quase metade da capacidade diária da unidade. Fabiana Parajara unem contra fundo estatal do setor AFRASE Quem vai fazer investimento sem saber se, a partir de 2015, vai ter concessão? Carlos Faria, presidente da Anace de encargos embutidos na fatura dariam conta de atender a demanda de ajustes no segmento. Além da Anace, outras 13 associações estão em contato com deputados para evitar a lei. Algumas emendas à Medida Provisória, publicada no dia 31 de dezembro, já foram apresentadas. Divulgação Apagão Questionado sobre a retirada de um encargo que também é dirigido a reparos no sistema, dias após um apagão que deixou sete estados do Nordeste sem energia, Faria diz que o Brasil tem um sistema elétrico interligado, o que pode provocar problemas eventuais de desligamento. Para ele, a falha da última sexta-feira remete a questão das concessões. Quem vai fazer investimento se não sabe se a partir de 2015 vai ter a concessão?, questiona (leia mais ao lado). Segundo Faria, as empresas só farão neste momento a manutenção necessária. Ele destaca ainda a dificuldade de obter financiamento neste contexto. Outras ações O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor pediu à Aneel a restrição do sistema pré-pago de energia nos medidores inteligentes. Para a entidade, o fornecimentopré-pagoferealei de Concessão de Serviços Públicos e o Código de Defesa do Consumidor que diz que energia elétrica é um serviço essencial à população e, por isso, deve ser prestado com qualidade, eficiência e continuidade. A entidade alerta que o sistema de pré-pagamento, por proporcionar a desconexão automática dos consumidores sem prévio aviso, coloca o cliente em situação de vulnerabilidade. A Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate) também quer mudança na regulação do setor. A entidade vai entrar na justiça contra a metodologia aplicada pela Aneel na revisão dos contratos das tarifas cobradas pelas transmissoras. RGR Eletrobras administra caixader$16bilhões A Reserva Global de Reversão (RGR) é usada em vários projetos como o Luz para Todos. Os aportes deste encargo, criado em 1957, também são direcionados às obras de expansão do sistema elétrico, como a revitalização de parques térmicos. Na condição de gestora dos recursos oriundos da RGR, a Eletrobras administra um caixa que soma R$ 16 bilhões.

6 6 Brasil Econômico Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 DESTAQUE ENERGIA Aneel não exige valor detalhado de manutenção FALHA EM SUBESTAÇÃO NA MARGINAL PINHEIROS PROVOCA QUEDA DE ENERGIA EM PARTE Ao prestar contas, empresas juntam novos investimentos com preservação de antigos Juliana Rangel jrangel@brasileconomico.com.br Apesar de o governo insistir que a manutenção da subestação de Luiz Gonzaga, em Pernambuco, estava em dia quando ocorreu o apagão do Nordeste na semana passada, a Eletrobras, estatal que abriga Chesf, Eletronorte, Furnas e Eletrosul, não detalha quanto do orçamento de suas empresas vai para preservação e reparo de equipamentos antigos. O bolo, divulgado sob a rubrica transmissão, inclui o total destinado a ampliação e construção de novas linhas. Segundo a empresa, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não exige a discriminação. O procedimento, na avaliação de técnicos, impede um acompanhamento acurado da qualidade dos investimentos e da preocupação das empresas com a manutenção de sistemas. Por , a assessoria de imprensa disse que, para levantar a informação, a Eletrobras teria que consultar cada contrato de obra e analisá-lo de maneira a separar o que é manutenção, manutenção relacionada à implantação de novas linhas e subestações novas e investimentos apenas em novas linhas de transmissão e subestações. No ano passado, Furnas aplicou 20% de seus investimentos totais, de R$ 1,245 bilhão, em transmissão de acordo com a Eletrobras. Ou seja, R$ 249 milhões que incluem tanto o que foi destinado à preservação de peças e equipamentos antigos quanto o que foi para a expansão da rede. No caso da Chesf, responsável pela região onde ocorreu o apagão na última sexta-feira, os investimentos totais em transmissão somam 58% do orçamentonoano,our$ 457,9milhões. Na Eletronorte, o valor foi equivalente a 84% do orçamento: R$ 351,4 milhões. E, na Eletrosul, 16%, ou R$ 100 milhões. Umtécnicodosetorquejá trabalhou para o governo acha que existe falta de transparência na fiscalização da Aneel e na imputação de multas (leia mais no box ao lado). Ele também ressalta que até hoje o Tudobemumsistema cair. Acontece. Mas deixar os estados sem luz por mais de três horas é totalmente absurdo Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe UFRJ apagão de Furnas em novembro de 2009 não foi esclarecido. A justificativa oficial foi de que um raio provocou a queda de energia em 18 estados. Na época, a presidente Dilma Rousseff estava às vésperas de lançar sua pré-candidatura pelo PT. Por ter sido ministra de Minas e Energia durante o primeiro mandato do Lula e crítica contumaz do racionamento energético na gestão Fernando Henrique Cardoso, em 2001, a avaliação entre os especialistas na áreaédequeumainvestigação mais profunda foi evitada para não prejudicar a candidata. Obstáculos De acordo com o mesmo técnico, que prefere não se identificar, os maiores gargalos estão na fronteira da rede básica formada por linhas e subestações acima de 230 mil volts. No fim de cada rede básica há uma conexão com sistemas de distribuição. Os problemas de hoje decorrem de fragilidade nessa fronteira ou de atraso na rede básica, explica. No caso da subestação Luiz Gonzaga, na avaliação dele, a cartela que desligou todo o sistema até poderia estar ruim. Mas, écomoseaplacadoseunotebook queimasse e isso estragasse todos os computadores em rede, diz. Cartela dá problema todo dia porque os componentes não têm vida eterna, só não podem provocar esse distúrbio. Ex-presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa diz que o sistema brasileiro não é seguro. Tudo bem ele cair. Mas deixar os estados sem luz por mais de três horas é totalmente absurdo. Pinguelli lembra que a rede de transmissão tem sido expandida e interligada. Hoje, está em torno de 100 mil quilômetros. Para ele, o sistema precisa de reforços, que vão do treinamento da mão de obra à adequação de equipamentos.

7 Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 Brasil Econômico 7 DE SÃO PAULO Antonio Milena ENTREVISTA CÉSAR DE BARROS PINTO Diretor executivo da Abrate Cerca de 2,5 milhões de paulistanos ficaram sem energia elétrica, na tarde de ontem, após falha de um transformador da subestação Bandeirantes, localizada na Zona Sul de São Paulo. O problema durou quase 30 minutos. A Companhia de Transmissão e Energia Elétrica Paulista (Cteep) responsável pela transmissão de energia na cidade diz que o sistema de segurança acabou desligando automaticamente os outros dois transformadores da unidade. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a falha teve início às 15h11 e a energia foi restabelecida às 15h34. Entre as regiões atingidas estavam a da Avenida Paulista, Pinheiros, Perdizes, Vila Leopoldina, Vila Mariana, Vila Olímpia, Brooklin, Jabaquara, Moema e Ibirapuera. O aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, também registrou falta de energia, mas as operações de pouso e decolagem não foram prejudicadas porque o terminal tem gerador. José Aníbal, secretário estadual de energia, marcou para hoje uma reunião com a direção da Cteep, representantes do Operador Nacional do Sistema (ONS) e da Aneel para descobrir as causas do problema e tomar as medidas cabíveis. Segundo Aníbal, a empresa pode ser multada. Weruska Goeking Com recursos, multas caem em 40% em 2010 Após avaliar recursos, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) última instância para empresas recorrerem de multas, reduziu as penalidades de 2010 em 40,9%. A Superintendência de Fiscalização de Serviços de Eletricidade da Aneel (SFE) imputou sobre as transmissoras 39 multas que somaram R$ 85,2 milhões no ano passado. Após as empresas recorrerem à própria SFE, o valor caiu para R$ 71,3 milhões. Na última instância, o total recuou para R$ 50,3 milhões, incluindo a multa de ontem aplicada a Furnas que sozinha foi penalizada em R$ 43,3 milhões. Em 2009, foram aplicadas 45 multas que somaram R$ 12 milhões. Após os recursos, elas baixaram para R$ 10,8 milhões na segunda instância e para R$ 10,4 milhões na última, uma queda de 13,9%. Em 2008, entre a primeira e a última instância, os valores caíram 7,16%. Em 2007, 31,17%; em 2005 e 2006, se mantiveram iguais. A maior redução foi em 2004: de 76,9%. J.R. Chineses irão mudar área de transmissão Com menor custo na produção de equipamentos, asiáticos terão tarifas mais competitivas Priscila Machado pmachado@brasileconomico.com.br Como diretor da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), Cesar de Barros Pinto prevê um novo cenário para o segmento com a entrada de grupos chineses, que compraram recentemente sete empresas brasileiras. Por terem menor custo de produção de equipamentos, esses concorrentes terão tarifas mais competitivas. O mercado de empresas que atuam em transmissão no Brasil está aquecido. Como a Abrate observa o interesse dos chineses pelo segmento? Os chineses compraram, de uma só vez, sete empresas, isso por si só irá provocar um rearranjo no segmento. Eles são enormes, insaciáveis e trabalham com custos baixos em todas as áreas. Poderão fazer disjuntores e outros equipamentos a custos muito mais baixos e oferecer uma tarifa menor. Eles são, tradicionalmente, compradores de commodities, de produtos que podem ser transportados para a China. Por que eles estão comprando ativos na área de energia? Eles podem estar interessados nestes ativos para ter garantida disponibilidade de energia aqui, para a fabricação de outros produtos. Eles irão levar essa energia para a China embutida nos produtores que poderão fabricar aqui. Quando se exporta alumínio, por exemplo, exporta-se também a energia usada no processo. Eoquetemmotivadoasaída dos espanhóis do segmento? Os espanhóis entraram firme no começo dos leilões, depois recuaram com a crise financeira mundial, que fez secar as principais fontes de subsídio na Espanha. Eles deixaram de ser tão competitivos nos leilões e outras empresas passaram a concorrer. Muitos também são apenas investidores e atuam apenas nos primeiros cinco anos. Depois que o dinheiro para de girar e entra na rotina de operação e manutenção, o negócio deixa de ser tão atrativo. Apesar de se tratar de um mercado aquecido, ainda há uma série de gargalos. Quais são os principais problemas enfrentados hoje pelas transmissoras? Barros Pinto: custos que Aneel usa como referência são inadequados Em março, vamos entrar na Justiça contra a metodologia usada na revisão tarifária. Vamos questionar o custo médio do capital e as comparações de eficiência entre as companhias A movimentação mais forte dos chineses na área de transmissão no Brasil se deu por meio da State Grid Corporation of China que adquiriu sete concessionárias de quatro acionistas espanhóis: Cobra, Elecnor, Isolux e Abengoa, por R$ 3,1 bilhões. A saída dos espanhóis do segmento se acentuou nos últimos dias. A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Divulgação Novas dificuldades estão surgindo, como a limpeza nas faixas de linhas de transmissão. Não pode ter qualquer construção ou árvores próximas à linha, mas para fazermos os reparos é necessário uma licença para supressão de vegetação quedemoraachegar.quando desligamos um equipamento para reparo, pagamos até 10 vezes a receita do período. Muitas vezes, quando pedimos o desligamento, o Operador Nacional do Sistema (ONS) não autoriza para não correr o risco de cair o fornecimento. Esses problemas têm dificultado a manutenção do sistema? Sim. A manutenção é cara e os custos que Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] usa como referência são inadequados. Em março, vamos entrar na Justiça contra a metodologia usada na revisão tarifária. Vamos questionar o custo médio do capital e as comparações de eficiência entre as companhias. Entre as empresas pode ter discrepâncias que a Aneel costuma usar maliciosamente. Chineses compram sete empresas de uma vez Paulista (Cteep) exerceu seu direitodepreferêncianacompra da Interligação Elétrica de Minas Gerais (IEMG), na parte que pertencia à Cymi Holding. A Eletrosul investiu R$ 163,8 milhões no aumento da sua participação acionária nas empresas Uirapuru e Artemis. O controle acionário de ambas as companhias até então era também da espanhola Cymi. P.M.

8 8 Brasil Econômico Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 DESTAQUE ENERGIA ENTREVISTA STEVE SAWYER Secretário-geral do Comitê Internacional de Energia Eólica Expansão das eólicas exigirá mais investimento em transmissão Para especialista, Brasil é o país com o maior potencial entre os emergentes e já atrai novas companhias Priscila Machado pmachado@brasileconomico.com.br Henrique Manreza Steve Sawyer, secretário-geral do Comitê Internacional de Energia Eólica (Gwec, na sigla em inglês), é hoje um dos principais especialistas em geração de energia a partir dos ventos. De passagem pelo país, onde participou ontem da terceira edição do Wind Forum Brazil, ele falou ao BRASIL ECONÔMICO sobre os principais desafios para a consolidação regional deste segmento. Como o Brasil se posiciona no mundo hoje no que se refere ao potencial de geração eólica? O Brasil hoje, entre emergentes como México, Chile, África do Sul, Coreia do Sul e Filipinas, é o país que apresenta maior potencial, ainda que partindo de uma base considerada pequena. Tem sido alvo de interesse de companhias de todos os segmentos da cadeia eólica. Eu venho ao Brasil desde 1988 e é a primeira vez que vejo com otimismoainserçãodaenergia eólica na matriz. As distribuidoras vão precisar rever seus métodos de trabalho, porque as centrais geradoras de energia eólica estão próximas dos grandes centros e será necessária uma melhor administração do consumo E o país está preparado para atender essa demanda crescente? Quais são os principais desafios a serem superados? Esse crescimento terá um impacto significativo. Os sistemas operados com base em energia eólica passarão a ter um peso maior na matriz energética. Será necessário criar novas práticas de administração do sistema elétrico para absorver essa nova fonte que passa a ser injetada na rede. À medida que a geraçãoeólicacresceeamplia sua participação, as fontes mais tradicionais irão reagir. Esses dois fatos, a inserção da energia eólicanosistemaeaconvivência com outras fontes devem estarconsolidadosemumperíodo de três a cinco anos. E o Brasil está estruturalmente preparado para isso? O sistema elétrico brasileiro de forma geral é robusto, preparado para lidar com grandes estruturas. Mas as transmissoras de energia, especialmente, terão que fazer investimentos. Se confirmado o crescimento em geraçãoeólicaesperadoparaa região Nordeste, será exigido um reforço no sistema atual. Para essa nova configuração, como ficam os segmentos de geração e distribuição? As principais discussões deverão deixar de ser referentes à geração e passarão a ser da distribuição, onde deverão ocorrer os maiores desafios. As distribuidoras vão precisar rever seus métodos de trabalho porque as centrais geradoras de energia eólica estão próximas dos grandes centros e será necessária uma melhor administração do consumo. Como se darão os preparativos? Não é por meio de obras estruturais, mas por softwares, redes inteligentes (smart grids). Também será necessário aprimorar os métodos de previsibilidade da geração por vento. Como a Gwec procura contribuir para o desenvolvimento da energia eólica no Brasil? Procuramos discutir questões técnicas, práticas e econômicas e colaboramos no intercâmbio de experiências. A instituição busca diminuir o preconceito que ainda existe em relação às energias renováveis de que o sistemaelétricosefazapenas com grandes obras. Aqui no Brasil temos um bom diálogo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). E quais são as principais demandas que o senhor Para Sawyer, gás natural não deve ser considerado fonte alternativa pretende apresentar aos membros do governo que participarão do Fórum de Energia Eólica [que está acontecendo em São Paulo]? Irei reforçar que o país não precisa de mais fontes fósseis no sistema e pedir a não inclusão do gás natural nos leilões de fontes alternativas. Apesar da questão ambiental, o aspecto econômico do gás natural e do pré-sal é muitoforte.comoargumentar em relação a esse fato? Mostrando que investir em energias renováveis também é importante para a economia.

9 Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 Brasil Econômico 9 Relatório da Administração Desempenho das Atividades (Em Milhares de Reais) Resultado e Patrimônio Líquido No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, o BES Investimento do Brasil S.A.- Banco de Investimento apresentou lucro líquido de R$ , correspondente à rentabilidade anualizada de 16,86% sobre o patrimônio líquido inicial de R$ Esse resultado foi 24,5% inferior quando comparado ao resultado de 2009, decorrente principalmente da redução de 38,9% do resultado não recorrente obtido pela sua controlada indireta em 2010 (R$ ) em relação a 2009 (R$ ), o qual está representado principalmente pela receita proveniente da venda das ações de emissão da BM&F Bovespa S.A., líquidas dos efeitos tributários. O patrimônio líquido atingiu R$ ao final do período, com crescimento de 13,0% em relação a dezembro 2009, após considerar o aumento de capital com subscrição de ações no montante de R$ e os lucros acumulados, deduzidos dos juros sobre o capital próprio no montante de R$ Para o segundo semestre, foi proposto o pagamento de juros sobre o capital próprio no montante de R$ Ativos O ativo total alcançou R$ ao final do período, com crescimento de 45,4% em relação a dezembro As aplicações interfinanceiras de liquidez e a carteira de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos atingiram R$ com crescimento de 47,5% em relação a dezembro A carteira de títulos e valores mobiliários atingiu R$ , correspondente a 73,7% dos ativos totais. Representada por 72,2% em títulos de emissão do Tesouro Nacional e 27,8% em títulos de emissão privada. Dessa carteira, o Banco classificou 31,7% dos títulos na categoria títulos mantidos até o vencimento, em razão da intenção da Administração e da capacidade financeira do Banco em mantê-los até o vencimento. O Banco manteve a sua posição de alta liquidez encerrando o período com uma carteira de títulos livres da ordem de R$ , correspondente a 5,2 vezes o patrimônio líquido final. A carteira de crédito atingiu o saldo de R$ ao final do período, com crescimento de 40,3% em relação a dezembro de Essa carteira, incluindo as fianças prestadas no montante de R$ , atingiu o saldo de R$ ao final do período, com crescimento de 50,6% em relação a dezembro de Merece destaque, a boa qualidade da carteira de crédito demonstrada pela concentração de 97,7% das operações classificadas entre os níveis de risco AA a C em conformidade com a regulamentação em vigor do Banco Central do Brasil. O saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 4.654, correspondente 0,62% da carteira de crédito, montante superior ao mínimo requerido pela Resolução BACEN nº 2682, sendo constituída de forma a apurar a adequada provisão em montante suficiente para cobrir riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de risco e os respectivos percentuais mínimos estabelecidos pela regulamentação do Banco Central do Brasil. Recursos Captados Os recursos captados totalizaram R$ , com crescimento de 42,3% em relação a dezembro de 2009, o que demonstra o bom conceito e prestígio que o Banco possui junto a seus clientes e instituições financeiras nos mercados doméstico e internacional. Esses recursos estavam representados por: R$ em depósitos interfinanceiros; R$ em depósitos a prazo; R$ em captações no mercado aberto; R$ em repasses do BNDES; R$ em títulos emitidos no exterior; R$ em letras financeiras e de crédito do agronegócio e R$ em CDB subordinado. Merece destaque, a captação através da emissão de títulos no exterior no montante de US$ 500 milhões ao final do primeiro trimestre, com vencimento em e juros de 5,625% a.a.. Impostos e Contribuições Os impostos e contribuições, inclusive previdenciárias, pagos ou provisionados, decorrentes das atividades desenvolvidas pelo Banco totalizaram R$ no ano. Agradecemos aos nossos clientes, funcionários e acionistas pela colaboração que nos permitiu alcançar os resultados registrados no período e a constante melhoria de nossos produtos e serviços. A ADMINISTRAÇÃO Destaques Econômicos e Financeiros (Em Milhões de Reais) Ativo Patrimônio Líquido Recursos Captados Lucro Líquido Balanço Patrimonial 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em Milhares de Reais) Demonstração de Resultado 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em Milhares de Reais) Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo Disponibilidades Aplicações interfinanceiras de liquidez Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Operações de crédito Provisão para créditos e outros créditos de liquidação duvidosa (4.654) (4.045) Outros créditos Outros valores e bens Permanente Investimentos Imobilizado de uso Intangível e diferido Total Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo Depósitos Captações no mercado aberto Recursos de emissão de títulos Relações de interdependência Obrigações por repasses do País - instituições oficiais Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Resultado de Exercícios Futuros Patrimônio Líquido Total Receitas da intermediação financeira Despesas da intermediação financeira ( ) ( ) Resultado Bruto da Intermediação Financeira Outras Receitas/Despesas Operacionais Receitas de prestação de serviços Despesas de pessoal e administrativas (61.669) (65.549) Resultado de participações em controladas Outras despesas operacionais (14.520) (657) Resultado Operacional Resultado não Operacional Resultado antes da Tributação sobre o Lucro e Participações Imposto de renda e contribuição social (8.567) (23.591) Participação dos empregados no lucro (9.642) (7.602) Lucro Líquido do Exercício Ratings BESI Brasil

10 10 Brasil Econômico Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 OPINIÃO José Sarney Presidente do Senado Roberto Jefferson Presidente do PTB Ciro Dias Reis Presidente da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom) 2010 versus 2011 Reforma política já! Oolhodofuracão O clima político em 2010 foi contaminado pela disputa eleitoral, num ano em que se escolhiam presidente, governadores e parlamentares. Aplicou-se a máxima de Lenine, de que o adversário é um inimigo a destruir. Isto repercutiu sobre toda a sociedade, afetando sobretudo o trabalho no Congresso Nacional, que se afastou das grandes reformas necessárias. Mas Lula fez um governo admirável e além do que realizou internamente na área social, com distribuição de renda e melhoria de vida das classes mais pobres, elevouobrasilaumpatamarinternacionalqueocoloca entre os mais importantes países do Ocidente, participando da formulação das políticas mundiais. Depois fez a sua sucessora, seu braço direito na administração pública ao longo de seu mandato. Assim, estamos vivendo acontinuidadesemcontinuísmoeapresidenteimprimindo, como era natural, o seu próprio estilo, marcado pela firmeza com que exerce sua autoridade. No Congresso, este ano de 2011 deve ser um ano em que as questões de fundo vão emergir para discussão, colocadas no centro das decisões. Dentre elas a prioridadeéareformapolítica,semprepostergadaenecessária para que haja melhoria no desempenho dos nossos costumes políticos. No Brasil, sempre tivemos, talvez como herança do Estado português presente em nossos hábitos desde a Colônia e muitos remanescentes até hoje, a cobrança pela melhoria dos nossos costumes políticos, que não davam legitimidade às eleições. Chegamos a ter uma reforma eleitoral, feita pelo Conselheiro Saraiva, pelos anos 1980 do século 19, que todos acreditavam iria resolver de vez essa questão. Criou-se o voto distrital que permaneceu até a República, sucedido pelo voto proporcional, reminiscência dos ideais positivistas do fim do século 19, implantado sob a inspiração de Assis Brasil. O voto proporcional uninominal que temos no Brasil é um modelo que praticamente desapareceu no mundo, e não é adotado em nenhum país com nossas características de extensão territorial e população. A fórmula ideal talvez seja o voto distrital misto, que reúne o sistema de distritos majoritários com o voto em listas partidárias, atendendo às necessidades de representatividade e construção de partidos fortes, programáticos. Outro problema que temos de atacar, saindo do sonho para o feijão, é a infraestrutura brasileira de portos, aeroportos e estradas Outro problema que temos de atacar, saindo do sonho para o feijão, é a infraestrutura brasileira de portos, aeroportos, estradas, todos afogados pelo nosso crescimento econômico e a necessidade de escoar a produção, não só para o consumo interno, como para a selva da disputa do mercado internacional, onde já somos presença importante, sobretudo na exportação de produtos agrícolas e minérios. Temos que dar atenção especial a nossas ferrovias, como já tive oportunidade de escrever aqui. Não podemos esquecer o trinômio educação, saúde e segurança, os problemas que mais preocupam os brasileiros, em que temos um atraso grave, que afeta diretamente o nosso futuro. Contabilizamos termos saído bemdacriseeconômicaeareduçãodapobreza.coma segurança da presidente, vamos buscar soluções brasileiras e avançar no caminho aberto por Lula. No período de transição do regime militar para a democracia e durante os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, era comum que as dificuldades e torpezas da vida política fossem atribuídas à falta de experiência. Era difícil encontrar quem discordasse. Afinal, é pura verdade que a história republicana foi marcada por rupturas institucionais, irregularidade nas eleições e vida partidária frágil. A República Velha era tudo, menos democrática. O sistema político instaurado após a redemocratização de 1945 não durou 20 anos e foi demolido e soterrado pelas duas décadas de governos militares com a política em liberdade condicional, quando muito. A atual Constituição, com seus 22 anos, ultrapassou a marca simbólica da maioridade e já é mais que evidente que não será com o andar da carreta que se arranjarão as abóboras políticas. Tampouco o será com um freio de arrumação. O sistema político eleitoral brasileiro é, atualmente, o que há de mais arcaico e ineficaz de todas as dimensões da vida nacional. Temos uma economia dinâmica, uma cultura rica, uma ciência e uma tecnologia que merecem reconhecimento internacional e uma população cada vez mais consciente de seus direitos e deveres, composta por pessoas que exercem sua cidadania. O Brasil deixou deoscilarentreocenáriodautopiaeopalcodafarsa. Quando defendo a urgência de uma reforma política profunda, nãoofaçocomofrancoatirador Nosso sistema político eleitoral, entretanto, é pior do que lamentável. É um tremendo estorvo, um corpo em acelerado processo de necrose que não pode mais ser tratado com band-aid, analgésico e homeopatia. É preciso uma intervenção cirúrgica. Não daquelas praticadas em hospitais de campanha a base de amputações sem anestesia, mas à semelhança dos excelentes hospitais e médicos com que contamos, ainda que infelizmente sem a abrangência necessária. Estamos no início do ano legislativo, de um novo governo e de uma nova legislatura. Volta-se a falar em reforma política e o cidadão que acompanha o noticiário, quando se dá ao trabalho de ouvir a íntegra das reportagens a respeito, dificilmente tem outra reação que a de desdém. Isso tem que mudar e tem que mudar já. Quando defendo a urgência de uma reforma política profunda, não o faço como um franco atirador, um crítico distante dos parlamentares e dos partidos, mas como alguém que fez da política a sua vida. Faço-o como um dos que tem o dever e a honra de assumir essa responsabilidade perante seus conterrâneos. A inércia não levará a nada, enquanto a colocação dos interesses particulares como medida e justificativa para endossar ou recusar propostas de mudanças em relação a questões como financiamento público de campanhas e posse de suplentes, para citar apenas dois, conduz ao pior dos mundos políticos, com o qual já flertamos em demasia. É preciso entender que, no tocante à reforma política, jánãoháespaçoparaadistinçãoentreinteressescoletivos, de grupos ou pessoais. Hoje, aquele que pensa que tem a ganhar no varejo está condenado a perder no atacado porque não fazer uma reforma política profunda já nãoéumaquestãodedar-seaoluxooudepagarum preço elevado. Ela é indispensável para que tenhamos instituições dignas dos brasileiros e para que não venhamosatersaudadesdomensalão. No Brasil, o verbo prevenir é conjugado menos do que seria desejável, inclusive no meio empresarial. As políticas corporativas capazes de integrar a leitura crítica de cenários, a identificação de riscos potenciais e o uso de sistemas de prevenção e gestão de crises não ocupam o topo da agenda da maioria dos executivos em posição de liderança nas grandes empresas. Frequentemente, o olhar do board está tão voltado para as metas de vendas, aumento da participação de mercado e retorno aos acionistas que outros tópicos não focados em performance acabam relegados a um segundo plano. Uma pesquisa mostra que as crises corporativas no Brasil somaram 397 ocorrências em 2007, subiram para 402 em 2008, alcançaram 502 em 2009 e caíram para 353 ocorrências em Uma análise cuidadosa mostra que pelo menos dois terços desses casos poderiam ter sido evitados ou ter seus impactos negativos diminuídos se as empresas tivessem à sua disposição mecanismos estruturados para prevenir situações limite e/ou lidar com seus efeitos negativos. O economista Nouriel Roubini foi um dos poucos que se arriscaram a prever uma terrível turbulência no sistema financeiro internacional nos longínquos anos de 2006 e Para ele, seu mérito consistiu em montar um quebra-cabeças cujas peças estavam disponíveis para quem quisesse ver e tivesse paciência de encaixar. Um dos principais gurus corporativos da atualidade, Jim Collins afirma que as empresas feitas para vencer não se concentram apenas no que fazer para alcançar excelência, mas também no que não fazer e no que parar de fazer. Esperar que a crise comece é abrir mão da responsabilidade de líder. Engana-se a liderança que se considera capaz de improvisar ou construir uma estratégia quando o olho do furacão já está próximo Crises podem ser evitadas se os radares corporativos estiverem regulados para captar e/ou repelir a aproximação de fator ou conjunto de fatores indesejáveis. A inclusão de tal atitude pró-ativa e protetora entre as prioridades dos executivos permite queotemapermeieaempresaesetransformeem ativo da cultura interna. Esse estado de alerta garante simultaneamente monitoramento de ameaças e identificação de novas oportunidades. Empresas que enfrentam situações indesejáveis ao sabor do improviso raramente obtêm os melhores resultados na defesa dos seus relacionamentos, seus negócios, sua imagem e reputação. Peter Drucker, referência do universo corporativo até sua morte em 2006, dizia: A tarefa mais importante do líder de uma organização é se antecipar às crises. Talvez não para evitá-las, mas a fim de estar de prontidão para encará-las e transpô-las. Esperar até que a crise comece é abrir mão da responsabilidade de líder. Engana-se a liderança que se considera capaz de improvisar ou construir uma estratégia quando o olho de furacão já está próximo.

11 Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 Brasil Econômico 11 Toru Yamanaka/AFP Japoneses em busca do primeiro emprego Cheio de tradições que às vezes espantam os ocidentais, os japoneses podem ser ainda mais surpreendentes quando o assunto é trabalho. Ontem, 1,5 mil universitários recém-formados participaram de cerimônia em Tóquio para dar bons auspícios na procura do primeiro emprego. Com uma das economias mais atingidas pela crise mundial de 2008 e sofrendo um largo período de estagnação que se arrasta por quase duas décadas, só mesmo com muita fé energia para encarar o desafio de começar a carreira. Reuters CHEFE RAONI, ÍCONE INTERNACIONAL DO MOVIMENTO EM DEFESA DA AMAZÔNIA, EM PROTESTO CONTRA A USINA DE BELO MONTE Em Brasília, integrantes da comunidade indígena do Alto Xingu ameaçados por barragens ficaram concentrados durante o dia de ontem em frente ao Congresso Nacional em ato público contra a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, cuja construção poderá destruir pelos menos 400 mil hectaresdaflorestaeaexpulsarmaisde40milindígenaseribeirinhos.ocheferaoni,datribocaiapódaamazônia,integrouadelegação do movimento e entregou à Presidência da República uma agenda de reivindicações com mais de 500 mil assinaturas contra a hidrelétrica. Além de Raoni, símbolo internacional do movimento de defesa da Amazônia, mais de 100 índios da etnia Kayapó participaram do protesto. ENTREVISTA PEDRO JANOT Presidente da Azul Linhas Aéreas Azul identifica oportunidades no interior Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Araçatuba são algumas das cidades de interesse Fábio Suzuki fsuzuki@brasileconomico.com.br O presidente da Azul Linhas Aéreas, Pedro Janot, viajou recentemente dois mil quilômetros para prospectar negócios, identificou oportunidades em várias cidades do interior de São Paulo e considera que o Brasil tem muito ainda para crescer. Como avalia o momento atual da aviação brasileira? Não dá para falar de Brasil sem falar de oportunidades e a Azul tem isso comoconceito. Em 2010, foram 66 milhões de passageiros e podemos chegar a 200 milhões. Para isso temos que oferecer condições para que o brasileiro utilize uma aeronave como meio de transporte. Divulgação O cenário é muito favorável, com crédito, renda, mercado otimista... basta aproveitar as oportunidades Quais os planos de expansão daazulparaesteano? Tem cidades com energia econômica mas com falta de serviços aéreos. Recentemente, viajei dois mil quilômetros para analisar algumas regiões e as oportunidades são muitas. Cidades como Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Araçatuba, Marília... apresentaram crescimento de 10% a 12% no ano passado sobre 2009 e com ambientes favoráveis para negócios. Qual o balanço que o senhor faz da atuação da Azul? Depois de dois anos, estamos com26aeronavesevamosreceber mais 12 jatos da Embraer para fechar este ano com 38 aeronaves. Esta semana vamos atingir 7 milhões de passageiros,oquenosdá8%departicipação. Isso tudo sem roubar montes da concorrência e sim criando montes estimulando as pessoas a voarem. O cenário é muito favorável, com crédito, renda, mercado otimista... basta para a empresa aproveitar as oportunidades.

12 12 Brasil Econômico Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 BRASIL IPCA mostra pressão generalizada Índice confirma que elevação não se deve apenas aos alimentos e que surge na carona da demanda aquecida Eva Rodrigues evarodrigues@brasileconomico.com.br Os números da inflação oficial divulgados ontem acabaram com as dúvidas: a elevação de preços registrada ao longo dos últimos meses não é apenas uma variação sazonal, mas também consequência do aquecimento na demanda interna. Uma primeira análise dos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) elevaçãode0,83%nomêse 5,99% ao longo de 12 meses poderia levar a outra conclusão. Afinal, o fator que mais pesou na composição do indicador em janeiro foram os reajustes em transporte, um item que tradicionalmente sobe no início do ano (veja a reportagem ao lado). Mas a constatação da existência de uma inflação de demanda surgeapartirdaobservaçãoda média dos chamados núcleos, que expurgam do cálculo as maiores volatilidades: eles já estão próximos ou mesmo acima do índice completo. Além disso, outros fatorescomoaelevaçãodoíndicede difusão aquele que mede a quantidade de itens em alta para 69,3%, pior resultado desde maio de 2008, reforça a análise. Também entra no cálculo a alta do segmento de serviços (7,88%) no períodode12meses. Como não é um item submetido a importações e que é diretamenteligadoàmelhoranarenda do brasileiro, a inflação dos serviços é vista como o melhor sinal de que a inflação nacional não está restrita a fatores sazonais. O fato de não serem importáveis torna os serviços mais sensíveis ao excesso de demanda interna, diz o economista da Tendências Consultoria, Thiago Curado. Contágio Quem discorda da análise de que os preços dos alimentos são o grande vilão da inflação é a economista do Santander Tatiana Pinheiro. Ela observa que, mesmo com a desaceleração desse segmento em janeiro, o IPCA ainda manteve a tendência de alta. Isso é indicativo de que os ou- Mesmo com a desaceleração dos alimentos em janeiro, o índice total continua a exibir sinalização de alta, o que mostra um contágio da elevação para os demais preços da economia TRAJETÓRIA ASCENDENTE Evolução do IPCA, o índice oficial de inflação 4,59% Jan/10 ONDE A ALTA DE PREÇOS PESA NO BOLSO VARIAÇÃO ACUMULADA EM 12 MESES ARTIGOS DE RESIDÊNCIA SAÚDE E CUIDADOS PESSOAIS Fonte: IBGE HABITAÇÃO VESTUÁRIO TRANSPORTE DESPESAS PESSOAIS EDUCAÇÃO COMUNICAÇÃO Quais serviços e produtos ficaram mais caros ALIMENTOS E BEBIDAS 10,42% 1,17% tros grupos de preços aceleram e bastante, considerando-se que o grupo alimentos tem um peso maior (23%) no IPCA. Ou seja, a alta está se espalhando para outros preços da economia. Essa tendência de contágio se comprova por meio do índice de difusão, que mede a quantidade de itens que sobem dentro do IPCA. O indicador saiu de 48,7% em julho do ano passado para 2,5% 4,83% 3,36% 5,36% 5,18% 5,17% 6,26% 5,26% 7,32% 7,42% 5,22% 4,84% Jun/10 A despeito das influências sazonais, que afetam preços de transportes, por exemplo, a tendência ainda é de alta no custo de vida e na inflação oficial ,3% em janeiro. E, mesmo se excluirmos alimentos, ele sai de 48% em julho para 67,6% em janeiro. Ou seja, é um movimento generalizado de alta, reforça. A média dos núcleos de inflação calculada pela Tendências Consultoria é outra indicação nesse sentido. Ela fechou janeiro em 0,70% e em 12 meses registra alta de 5,72%, ligeiramente abaixo do IPCA (5,99%). Esse resultado é péssimo, considerando que a medida de núcleo serve justamente para eliminar as maiores volatilidades, pondera Curado, para quem já ficou claro que a inflação no Brasil ultrapassou questões de sazonalidade ou de choques de preços internacionais. A consequência mais imediata é que, além do aperto monetário via alta dos juros, o governo deverá ser levado adotar novas medi-

13 Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 Brasil Econômico 13 Ag. Vale Brasil terá US$ 350 bilhões para mineração O Brasil terá US$ 350 bilhões até 2030 para investir no setor de mineração, segundo projeção do Plano Nacional de Mineração 2030, apresentado ontem pelo Ministério de Minas e Energia. Os investimentos previstos são em pesquisa e exploração. A previsão é que desse total, US$ 64,8 bilhões sejam investidos pelo setor privado entre 2011 e 2015, dos quais dois terços serão de capital nacional. Em 2010, o setor faturou US$ 157 bilhões e foi responsável por 25% das exportações brasileiras. AGENDA DO DIA Saem os números da produção industrial regional de janeiro. IBGE divulga dados sobre a produção agrícola do país. Ipea lança estudo sobre como a população percebe a eficácia dos serviços de saúde. Sai a inflação pelo IPC-Fipe. nos preços Infografia Alex Silva sobre foto de Henrique Manreza Inflação menor, só a partir de marçoouabril 5,63% 5,20% 4,60% 4,70% 4,49% VARIAÇÃO EM JANEIRO ALIMENTOS E BEBIDAS 1,16% HABITAÇÃO 0,61% ARTIGOS DE RESIDÊNCIA 0,25% VESTUÁRIO 0,12% 5,91% 5,99% Jan/11 Em fevereiro, o reajuste das mensalidades escolares continua a pressionar o IPCA A expectativa de melhora na safra de alimentos e a consequente oferta maior pode resultar em mais estabilidade de preços nos próximos meses A inflação de 0,83% registrada pelo IPCA de janeiro o índice oficial do governo foi a maior desde abril de Esse resultado foi influenciado, principalmente, pelo aumento nos preços dos alimentos, bebidas e nos transportes, que juntos influenciam 67% do indicador. No caso específico dos transportes, cuja inflação foi de 3,47% no mês passado, a pressão veio dos reajustes das passagens aéreas (6,21%), do ônibus urbano (4,13%), ônibus interestadual (3,63%), ônibus intermunicipal (2,50%) e das corridas de táxi, que ficaram 2,03% mais caras. Com essas altas, os preços administrados subiram 0,94% em janeiro, o que é uma influência játradicionalnoprimeiromês do ano, diz o economista da Tendências, Thiago Curado. No caso dos alimentos e bebidas houve uma desaceleração nos preços em relação a dezembro, apesar desses produtos ainda terem influência negativa sobre os rumos da inflação. Além dos altos preços das commodities agrícolas no mercado internacional, as chuvas na região Sudeste do Brasil contribuíram para altas expressivas nos chamados alimentos in natura, caso do chuchu, que ficou 88,17% mais caro, do tomate (27,11%) e da cenoura (22,32%). Em fevereiro a produção de alimentos deve melhorar a oferta e, com isso, trazer mais estabilidade as preços, com possibilidade de queda a partir de março, avalia Curado. A precisão é semelhante a do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que minimizou ontem a aumento da inflação. O IPCA de janeiro já era esperado um pouco mais forte porque juntou a inflação de commodities, com o mês de janeiro, que costuma ter umapressãodetransportee educação, disse. Na visão de Mantega, os preços das commodities devem recuar ou se manter estáveis nos próximos meses. Isso significa que a tendência é de arrefecer a inflação. Não digo fevereiro, porque ainda tem uma pressão de transporte, mas a partir de março e abril, ponderou o ministro. E.R. com ABr TRANSPORTE 1,55% SAÚDE E CUIDADOS PESSOAIS DESPESAS PESSOAIS EDUCAÇÃO COMUNICAÇÃO 0,30% 0,29% das para o controle inflacionário, afirma o professor de macroeconomiadafundaçãogetuliovargas, Rogério Mori. Isso, apesar do otimismo manifestado ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Não devem ser descartadas novas medidas de cunho monetário (como compulsórios) ou de crédito, caso o Banco Central julgue adequado conter a expansão da oferta, analisa. 0,47% 0,83% 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 AFRASE Murillo Constantino Inflação oficial deve começar a diminuir a partir de março Guido Mantega, ministro da Fazenda FGV Inflação do varejo e do atacado tem alta de 0,98% em janeiro, mas deve arrefecer A inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou fortemente em janeiro, em razão de maiores custos, tanto no varejo quanto no atacado. Mas, na avaliação da Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pela pesquisa do indicador, a alta dos preços deve arrefecer nos próximos meses. Em janeiro, ainflaçãodoigp-difoide 0,98%, ante taxa de 0,38% em dezembro. A previsão dos analistas era de inflação de 0,9%. Houve uma aceleração depois de uma taxa muito baixa em dezembro que não tinha como persistir, diz o economista Salomão Quadros, da FGV. Em 2010, houve uma recuperação de preços que trouxe altas muito fortes que não devem se repetir esse ano. Vai ser uma desaceleração suave e ao longo do ano, acrescentou. O mês de janeiro refletiu impactos sazonais no varejo, altas de produtos alimentícios, especialmente das commodities, como milho e soja.

14 14 Brasil Econômico Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 BRASIL TRANSPORTE Senado prorroga MP que trata das garantias para o financiamento do trem-bala O Senado prorrogou por mais 60 dias a Medida Provisória (MP) que trata das garantias do financiamento para a construção do trem de alta velocidade (TAV), no trecho entre o Rio e Campinas (SP). A MP ganhou a adesão dos Correios, que pretende investir no projeto. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a participação dos Correios não altera o edital ou a data do leilão, prevista para 29 de abril. Carlos Eduardo Cardoso/Ag. O Dia CARNAVAL 2011 Prefeitura do Rio vai liberar R$ 3 milhões para escolas de samba afetadas por incêndio Um dia após um incêndio que destruiu fantasias e alegorias de três escolas de samba do Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PMDB), anunciou uma ajuda financeira de R$ 3 milhões para Portela, União da Ilha e Grande Rio, escolas que tiveram suas alegorias completamente destruídas. A Grande Rio, que investiu R$ 10 milhões no Carnaval e a mais afetada pelo incêndio do início da semana, vai receber R$ 1,5 milhão. Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Cândido Vaccarezza está na linha de frente na defesa de R$ 545 para o mínimo AGORA VAI? Aécio Neves assume comissão de reforma política no Senado O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), convidou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) para participar da comissão da casa que vai debater o projeto de reforma política. Convite aceito, Aécio já faz planos. Ele quer evitar que o projeto seja pretensioso demais, o que significaria mais uma temporada lenta no Congresso. O senador mineiro pretende priorizar alguns pontos específicos e que geram menos resistência: a cláusula de desempenho, que dificulta a vida dos partidos nanicos, o financiamento público de campanha e o voto distrital misto. P.V. Governo quer antecipar votação do mínimo para a próxima semana Planalto trabalha para que valor de R$ 545 seja votado com urgência; oposição vai batalhar por R$ 600 Pedro Venceslau pvenceslau@brasileconomico.com.br Umasemanadepoisdaposse dos novos parlamentares no Congresso Nacional, a oposição e a base do governo se preparam para o primeiro embate em plenário. A presidente Dilma Rousseff mobilizou ontem suas tropas para enfrentar o cabo de guerra em torno do reajuste no valor do salário mínimo. O Palácio do Planalto trabalha para que o projeto de elevar o mínimo para R$ 545 tramite em regime de urgência e seja votado no plenário da Câmara na próxima terça-feira. Antes, portanto, das medidas provisórias que estão trancando a pauta da Casa. Dessa Governo paulista deve anunciar hoje salário mínimo estadual com valor igual ou superior a R$ 600 forma, o novo valor do mínimo já estaria em vigor em março. A decisão foi comunicada ao líder do governo na casa, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que por sua vez repassou o recado para a bancada petista. A base governista na Câmara está unificada na proposta do governo de manter a política de valorização do salário mínimo para 2011 e dar o reajuste para R$ 545, afirmou Vaccarezza.Ogovernotambémpromete corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física com basenocentrodametadeinflação, que é de 4,5%. De Dacar, no Senegal, onde participa do Fórum Social Mundial, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, mandou um recado em nome do governo. Na questão do mínimo, nós entendemos que não há mais negociação. Contra-ofensiva No embalo da agitação governista, a oposição também começou a se manifestar. PSDB e o PPS que abraçaram a bandeira de José Serra na campanha presidencial defendemoaumentodomínimo para R$ 600, uma das proposta do então candidato. O movimento pretende trazer Serra de volta ao cenário. Quero que o Serra seja convidado para vir aqui explicar sua proposta, disse ao BRASIL ECONÔMICO o senador Itamar Franco (PPS-MG). É legítimo que o Serra seja o porta-voz dessa proposta, afirma o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ). Na Câmara, o PPS já apresentou uma proposta de salário mínimo de R$ 600. A decisão federal de acelerar o processo do salário mínimo refletiu em São Paulo. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve anunciar hoje que o piso salarial paulista vai subir para um valor igual ou superior a R$ 600. Se confirmada, a decisão terá impacto direto em Brasília e dará munição para a oposição, que usaria o exemplo para fustigar o governo. Isto ajuda a impulsionar nossa estratégia de R$ 600. A decisão de Geraldo Alckmin repercute em todo país, diz Imbassahy. Colaborou Rafael Abrantes

15 Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 Brasil Econômico 15 DIPLOMACIA Governo brasileiro decide não encaminhar nota de protesto ao governo egípcio O governo do Brasil recuou na decisão de encaminhar nota de protesto ao governo do Egito em decorrência do tratamento inadequado dispensado a jornalistas brasileiros e a um diplomata no país. Segundo o Ministério das Relações Exteriores a decisão foi tomada porque a Embaixada do Egito no Brasil se desculpou formalmente ao divulgar nota em que lamentou o caos a que os jornalistas brasileiros foram submetidos. Marino Azevedo DESASTRE NATURAL Prejuízo de empresários da região serrana do Rio de Janeiro chega a R$ 470 milhões O prejuízo dos empresários da região serrana do Rio com as fortes chuvas de janeiro chegaram a R$ 469,2 milhões, segundo cálculos da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ). A pesquisa mostra que 84% dos comerciantes da região foram afetados e que a recuperação deve durar cerca de dois anos. O maior prejuízo foi em Nova Friburgo, com perdas estimadas em R$ 211,1 milhões. Queda de patentes injetará R$ 600 mi no mercado de genéricos em 2011 Vencimento de 11 registros de marcas deve turbinar vendas do setor, que movimentou R$ 6,2 bilhões no ano passado Marcela Beltrão Ruy Barata Neto rneto@brasileconomico.com.br Divulgação Um total de onze medicamentos, cujas patentes expiram entre 2010 e 2011, estão sendo lançados como remédios genéricos nas farmácias e devem injetar no setor um montante de R$ 600 milhões, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-genéricos). Nesta lista estão drogas como a Abacept, com patente reservada a Bristol- Myers-Squibb, comercializada sob a marca Orencia e indicada para tratamento da artrite reumatóide. Mas ainda há medicamentos que estrearam nas prateleiras em 2010 e ainda passam por processo de consolidação das vendas. É o caso do Valsartana, versão genérica do anti-hipertensivo Diovan, lançado em janeiro pelo laboratório EMS depois de receber liberação de registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em dezembro do ano passado. SegundoopresidentedaPrógenéricos, Odnir Finotti, a demora na liberação dos registros para o lançamentos das versões de genéricos é um dos entraves para a expansão mais acelerada do setor. Pelos dados da Anvisa, existem 49 medicamentos cujas patentes estão vencidas, mas que ainda aguardam os registros para serem lançados como genéricos nas prateleiras. A lista soma um mercado a ser explorado de R$ 2,8 bilhões. Depois que o pedido para o lançamento dogenéricoéfeito,aanvisatem 90 dias para se manifestar. Mas esse processo tem durado até 15 meses, o que é um prazo longo, afirma Finotti. A ânsia dos laboratórios para lançar um medicamento como genérico se dá pela musculatura que este mercado ganhou depois do fim da patente de remédios conhecidos e bastante utilizados - caso do Viagra, liberado no ano passado. A droga contra impotência sexual chegouaomercadoemjunhode 2010 e, sozinha, deve responder por R$ 150 milhões em vendas. O medicamento contribuiu para turbinar os resultados do setor ao longo de 2010, considerado o Odnir Finotti Presidente da Pro-genéricos Os genéricos já representam 17% do negócio da indústria farmacêutica e a participação deve crescer com novos investimentos para ampliar capacidade de produção e em pesquisa e desenvolvimento melhor ano da história pela Pró- Genéricos. As vendas somaram R$ 6,2 bilhões no período, o que representa alta de 37,7 % em relação ao ano anterior (R$ 4,5 bilhões). Foi o maior crescimento desde 2002, que não conta portersidooprimeiroanoem que auferimos vendas e quando os genéricos passaram a ser efetivamente comercializados no Brasil, afirma Finotti. A queda das patentes somadas ao aumento da renda do trabalhador nos últimos anos foram responsáveis pelo bom resultado. Arecenteiniciativadogoverno federal em distribuir gratuitamente medicamentos para hipertensão arterial e diabetes devem inflar ainda mais o resultado deste ano. A expectativa é que o crescimento em 2011 não seja menor que 25%, diz Finotti. Some-se a isso a abertura de um novo mercado: o de medicamentos biológicos. A regulamentação está aprovada, mas dependemos dos registros da Anvisa, diz. O mercado potencial que se abre para o segmento é da ordem de R$ 3 bilhões, estima a Pró-Genéricos. VENDAS 444,3 mi foi o número de caixas de medicamentos genéricos comercializadas ao longo do ano passado. INVESTIMENTO R$ 1,5 bi éomontantedeinvestimento estimado para ampliação da produção dos laboratórios de genéricos nos próximos três anos. FARMÁCIA POPULAR R$ 150 mi éovalordoreembolsoanual do governo federal por meio do programa Farmácia Popular para a indústria de genéricos. Medicamentos genéricos: tendência de alta nas vendas deve continuar neste ano Elebrás Projetos S.A. CNPJ/MF nº / NIRE Ata da 2ª Assembléia Geral Extraordinária 1. Data, Hora e Local: Realizada no dia 27 de outubro de 2010, às 16:00hs, na sede da Companhia, na Rua Rua Mostardeiro, conjunto 501, Moinhos de Ventos, CEP , na Cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul. 2. Convocação e Presença: Presentes os acionistas que representam a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas da Companhia, em razão do que fica dispensada a convocação, nos termos do art. 124, 4º, da Lei nº 6.404/76, conforme alterada. 3. Mesa: Sr. António Manuel Barreto Pita de Abreu - Presidente; e Sra. Andréa Mazzaro Carlos De Vincenti - Secretária. 4. Ordem do Dia: Eleição de novo membro da Diretoria da Companhia. 5. Deliberações: 5.1 Os acionistas, por unanimidade dos presentes, elegeram para o mandato em curso, ou seja, até a data de 30/03/2013, o Sr. Renato Volponi Lício, brasileiro, casado, engenheiro, portador da Cédula de Identidade RG nº IFP/RJ, inscrito no CPF/MF sob nº , residente e domiciliado na Capital do Estado de São Paulo, com endereço comercial na Rua Joaquim Floriano, º andar - Itaim Bibi, Edifício Result Corporate Plaza, CEP São Paulo - SP, para ocupar o cargo de Diretor da Companhia. O Diretor ora eleito, neste ato e/ou por declaração própria, tomou ciência de sua eleição e a aceitou, declarando não estar incurso em nenhum crime que o impeça de exercer atividades mercantis. 5.2 Tendo em vista a deliberação acima, a Diretoria da Companhia passa a ter a seguinte composição, com mandato até a data de 30/03/2013: Diretor Presidente: Sr. Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas, português, casado, engenheiro, portador da cédula de identidade RNE nº V Y, inscrito no CPF/MF sob o nº , residente e domiciliado na Capital do Estado de São Paulo, com endereço comercial na Rua Bandeira Paulista, nº º andar, CEP ; Diretor: Sr. Carlos Emanuel Baptista Andrade, brasileiro, casado, economista, portador da Cédula de Identidade RG nº SSP/PE, inscrito no CPF/MF sob nº , residente e domiciliado na Capital do Estado de São Paulo, com endereço comercial na Rua Bandeira Paulista, nº 530-4º andar, CEP ; e Diretor: Sr. Renato Volponi Lício, brasileiro, casado, engenheiro, portador da Cédula de Identidade RG nº IFP/RJ, inscrito no CPF/MF sob nº , residente e domiciliado na Capital do Estado de São Paulo, com endereço comercial na Rua Joaquim Floriano, º andar - Itaim Bibi, Edifício Result Corporate Plaza, CEP: Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém a pediu, declarou encerrados os trabalhos e suspensa a assembléia pelo tempo necessário à lavratura desta ata, a qual, reaberta a sessão, foi lida, aprovada e por todos os presentes assinada. Presidente da Mesa: António Manuel Barreto Pita de Abreu. Secretária: Andréa Mazzaro Carlos De Vincenti. Acionistas: EDP - Renováveis Brasil S.A., representada por seu Diretor Presidente Sr. Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas e por seu Diretor Sr. Carlos Emanuel Baptista Andrade; e António Manuel Barreto Pita de Abreu. Declaro que a presente é cópia fiel extraída do original. Andréa Mazzaro Carlos De Vincenti - Secretária da Mesa. Registrada na JUCERGS sob o nº em sessão de 18/01/2011. Sérgio José Dutra Kruel - Secretário Geral.

16 16 Brasil Econômico Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 INOVAÇÃO & GESTÃO QUINTA-FEIRA SUSTENTABILIDADE SEXTA-FEIRA TECNOLOGIA Reciclagem é revertida em abono Iniciativa da Endesa Brasil já beneficiou 300 mil moradores do Rio de Janeiro e do Ceará. Desde o início do projeto A TROCA DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS É FEITA EM POSTOS DE COLETA Natália Flach nflach@brasileconomico.com.br A conta de luz de Rosângela Calvet diminuiu consideravelmente desde que a comerciante começou a separar materiais recicláveis e entregá-los no posto de coleta mais próximo de sua casa, em Niterói (RJ). À primeira vista, pode não fazer muito sentido trocar lixo por descontos na faturadeenergia.masaexplicação é simples: quem está por trás desta iniciativa éaempresa do setor elétrico Endesa Brasil. Desde que foi criado em 2008, o projeto já distribuiu R$ 1 milhão em descontos para 300 mil famílias do Rio de Janeiro e do Ceará estados onde a empresa atua e reciclou 9,5 milhões de toneladas de lixo. Tem gente que prefere doar o benefício para organizações não-governamentais cadastradas no programa, conta André Moragas, diretor de relações institucionais da companhia. A ideia do projeto surgiu de uma pesquisa realizada em 184 comunidades de baixa renda da Grande Fortaleza, disse o executivo. Constatou-se, na ocasião, que a maior parte dos moradores desses municípios depositava o lixo doméstico em locais impróprios e ainda detinha os maiores índices de inadimplência e furto de energia elétrica do estado. FoiaíqueaEndesaBrasil por meio de sua subsidiária Coelce fez uma parceria com A ideia do projeto surgiu de uma pesquisa realizada em 184 comunidades de baixa renda da Grande Fortaleza. Constatou-se, na ocasião, que a maioria dos moradores depositava o lixo doméstico em locais impróprios e ainda detinha os maiores índices de inadimplência e furto de energia do estado a Universidade de Fortaleza, a companhia Knowledge Networks and Business Solutions e a empresa de coleta de resíduos Organizações Gonçalves. O objetivo era desenvolver um sistema que fosse capaz de computar os bônus adquiridos com a troca dos materiais recicláveis. E assim foi criado o programa Ecoelce que, no ano seguinte, chegou ao Rio de Janeiro com o nome Ecoampla referência à subsidiária fluminense Ampla. Pelo programa, o morador recebe um cartão que armazena o quanto ele arrecadou com a coleta seletiva. Os créditos são enviados, por meio da tecnologiadetelefoniagprs,paraa central de processamento da empresa que trata os dados e os remete ao sistema de faturamento, que é responsável por transformar o crédito em desconto na conta de energia. Moragas afirma que a Endesa Brasil não tem ganhos financeiros com o programa. Ele explica que se um morador leva o equivalente a R$ 100 de lixo reciclável a um posto cadastrado, R$ 20 ficam com a empresa que faz a coleta. Já os R$ 80 restantes são encaminhados para a companhiadosetorelétricoeestevalor é descontado da conta de luz do cliente. Estamos tentando adequar o consumo à realidade das pessoas, diz. Próximos passos Os shoppings cearenses serão

17 Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 Brasil Econômico 17 SEGUNDA-FEIRA EDUCAÇÃO TERÇA-FEIRA EMPREENDEDORISMO na conta de luz em 2008, os descontos nas faturas totalizaram R$ 1 milhão RAFAEL TELLO Professor e pesquisador do Centro de Desenvolvimento da Sustentabilidade na Construção da Fundação Dom Cabral Fotos: divulgação No posto de coleta de Niterói (RJ), a comerciante Rosângela Calvet troca resíduos recicláveis por crédito na conta de luz. Ela é uma das 300 mil pessoas do Rio de Janeiro e do Ceará que já foram beneficiadas pelo projeto criado pela empresa do setor elétrico Endesa Brasil. A companhia tem planos de replicar o programa em outros países onde atua, como Peru e Colômbia. INVESTIMENTO Desde 2008, a Endesa Brasil já alocou no programa R$3,2 mi os próximos alvos do Ecoelce. De acordo com Moragas, a companhia vai instalar lixeiras nas praças de alimentação dos centros comerciais para atrair clientes das classes mais altas para o programa. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, a Ampla está de olho nos clientes corporativos. A ideia é instalar recipientes dentro de fábricas e empresas e fazer o recolhimento do material arrecadado periodicamente. O teste será feito com a fabricante de embalagens Itaquera, que fica em Magé. Temos ainda o projeto de levar postos itinerantes para cidades onde não há pontos de coleta. A ideia é deixálospordoismesesemcadamunicípio, acrescenta. BENEFÍCIOS Os descontos nas contas das 300 mil famílias somam R$1 milhão FORA DO BRASIL Projeto chega ao Chile e deve ir para o Peru Depois do sucesso no Brasil, a Endesa levou o projeto que faz a troca de lixo reciclável por descontos na conta de luz para o Chile, país onde também atua. Segundo André Moragas, diretor de relações institucionais da companhia, o programa Ecochilectra entrou em operação em setembro do ano passado, em uma região carente chamada Peñalolén, em Santiago. Cerca de 470 famílias já participaram e, no período, foram arrecadados 7,6 toneladas de resíduos. Pelos números obtidos até agora, acredito que será um RECICLAGEM O total reciclado pelo programa chega a (em t) 9,5 milhões sucesso. Estudamos agora levar o projeto para o Peru e Colômbia. O executivo acrescenta que o investimento no programa é feito pela Endesa e pelos parceiros que fazem a coleta dos materiais. Até hoje, a Ampla, subsidiária do Rio de Janeiro, já investiu no Ecoampla R$ 1,3 milhão. O estado possui 13 postos de coleta e conta com os parceiros Clin, Pakera, Mafis, Lopes Meriti e Coopreserva. Já o Ecoelce possui 55 postos de coleta no Ceará, sendo 33 fixos e22móveis,eacoelcejáinvestiu quase R$ 2 milhões no programa. E se a sustentabilidade se tornar rentável? Quando as novas alternativas de soluções de problemas ambientais são capazes de promover o desenvolvimento das empresas, há ganhos maiores para todos os envolvidos A empresa de energia Endesa, por meio da Coelce, sua distribuidora no estado do Ceará, desenvolveu uma engenhosa ação para promover a consciência sobre reciclagem. O Programa Ecoelce oferece crédito aos consumidores que levam resíduos selecionados para postos de coleta autorizados. Este valor pode ser debitado na conta de luz do depositante ou doado a instituições filantrópicas cadastradas. À primeira vista, este projeto parece um exemplo claro de sustentabilidade corporativa, já que a empresa promoveu melhorias ambientais, por estimular as pessoas a reciclarem seu lixo, e sociais, por distribuir recursos que beneficiam especialmente as classes com menor renda. No entanto, para ser caracterizada como sustentável, seria preciso que esta ação gerasse resultados econômicos positivos também para a empresa. É provável que, com o programa, a redução no índice de inadimplência e os ganhos com imagem possam ter superado os gastos com o programa. Mas é preciso refletir: um programa dessa natureza deve ser o objetivo de empresas que buscam uma atuação mais sustentável? É aí que entra a inovação. Apesar de o programa ser incontestavelmente inovador, ele está desatrelado do core business de uma empresaquegeraedistribui energia o setor mais vigiado por ativistas do clima. Nesse sentido, o recente trabalho do professor de Harvard Michael Porter, defendendo a geração de valor compartilhado, se torna uma grande inspiração para as empresas. Segundo Porter, elas precisam observar seu ambiente de atuação e buscar neles oportunidades de gerar soluções, que promovam simultaneamente lucros e ganhos para a sociedade. É preciso refletir sobre o valor das ações realizadas, ou seja, os ganhos gerados em relação aos custos incorridos. É possível imaginar algumas questões que irão afetar o negócio da Endesa. Atualmente, grande parte das organizações e da sociedade está refletindo sobre formas de reduzir o consumo de energia. O modelo de negócios da empresa está preparado para este ambiente? Quais as inovações necessárias na empresa e em sua cadeia produtiva para torná-lo rentável neste novo ambiente? Estas reflexões têm o potencial de explicitarem um conjunto de temas capaz de promover melhorias para a sociedade, por meio do desenvolvimento de novos negócios para a empresa. A Endesa demonstrou capacidade de inovação com seu programa de apoio à reciclagem, agora cabe a ela aproveitar a estrutura construída inovando também em áreas ligadas ao seu negócio. O sistema de créditos pode ser usado para financiamento de equipamentos de baixo consumo, promovendo eficiência energética e, assim, possibilitando que a empresa busque créditos de carbono. A inovação é a base do desenvolvimento, inclusive o sustentável. Novas alternativas para a solução de problemas ambientais, econômicos e sociais são sempre bem vindas. Porém, quando elas também são capazes de promover o desenvolvimento das empresas, há ganhos ainda maiores para todos os envolvidos.

18 18 Brasil Econômico Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 ENCONTRO DE CONTAS LURDETE ERTEL Ronco grosso A Harley-Davidson prepara uma nova arrancada no mercado brasileiro em Depois de chegar a um acordo com o grupo HDSP/ Izzo, distribuidor exclusivo de suas motos no país até o ano passado e alvo de um processo judicial, a legendária marca americana começa a acelerar uma atuação mais direta no Brasil. A meta dos próximos meses é procriar revendas no país. Duas novas concessionárias Harley- Davidson já foram nomeadas uma em São Paulo (SP) e uma em Belo Horizonte (MG). Ambas começam a vender motos em março e abril, respectivamente. Ademais, novas lojas da marca oferecerão serviços de assistência técnica a partir de março no Rio (RJ), Curitiba (PR), Campinas (SP), Porto Alegre (RS) e Goiânia (GO. O lado lucrativo da força Mesmo sem novos filmes ou mesmo reprises, a saga Star Wars continua mostrando sua força para atrair cifras. As aventuras intergalácticas criadas por George Lucas faturaram US$ 510 milhões em 2010, com a venda de videogames inspirados na série. Foi um recorde absoluto para um ano sem lançamentos relacionados à epopéia. Para os especialistas, a chave deste sucesso está na série animada The Clone Wars, que permitiu uma nova geração de fãs conhecerem o fascínio do sabre de luz. Na cola vieram novos brinquedos da Lego e da Hasbro, marcas que já têm longa fidelidade ao clássico. Miguel Riopa/AFP O assédio parece ter inspirado a Fox Home Entertainment a tirar sua lasca da nova febre em torno de Star Wars. O estúdio prepara para setembro o lançamento da coleção completa da série em formato blu-ray. Será a primeira vez que a saga volta com os seis filmes de George Lucas. Troca de cilindradas A antiga concessionária da Harley-Davidson na Avenida dos Bandeirantes, em São Paulo, já trocou de bandeira. A megaloja da HDSP/Izzo, ex- distribuidor exclusivo da Harley no país, passou a abrigar uma revenda da marca austríaca KTM, que também tem grandes metas para o mercado brasileiro. A montadora de motos esportivas já anunciou planos de fabricar alguns de seus modelos de baixa cilindrada no Brasil. Entreeles,anovaDuke125. Pandeiro Começaram a ir abaixo nesta semana as paredes internas da antiga casa de shows Imperator, no Méier Rio de Janeiro. O prédio será reformulado para receber o Centro Cultural João Nogueira, investimento de R$ 21 milhões do município. O local abrigou no passado o maior cinema da América Latina o Cine Imperador, de Por favor, preciso de ajuda.me responda antes que seja tarde demais para os dois. Devo minha vida a você eestoua seu serviço, disposto a morrer por você. Não são só palavras Pradeep Manukonda, homem que tem atormentado o fundador do Facebook. Mark Zuckerberg acaba de conseguir ordem de afastamento na Justiça. Amos Gumulira/AFP Palavra dada não volta atrás A família da menina adotada por Madonna no Malawi está ameaçando entrar na Justiça contra a cantora. Eles alegam que a popstar não está cumprindo o acordo que fez no momento da adoção, em junho de Madonna teria prometido à família de Mercy James visitas periódicas à garota. Como a mãe biólogica de Mercy morreu cinco dias após o parto, a criança foi criada pelos avos e tios, sob os cuidados da Aldeia de Crianças Kondanani. Os avos biólogicos da menina garantem que, para levar Mercy, a cantora não só prometeu contato regular, como disse que a garota poderia voltar a viver com eles depois de adulta. Nós sabemos que Madonna deu um monte de dinheiro para o orfanato, e as pessoas nos convenceram a deixá-la levar a nossa menina. Nenhum de nós deseja uma briga judicial que possa prejudicar Madonna. Só que até agora só vimos fotos de Mercy em jornais. Nos sentimos enganados, e minha mãe é idosa e está sofrendo muito. Ela perdeu a filha e agora a neta, desabafou a tia de Mercy.

19 Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 Brasil Econômico 19 Reprodução Roubo real Um hacker britânico chamado Ashley Mitchell conseguiu entrar nos servidores do Zynga, os criadores do FarmVille para Facebook, e roubou nada menos que 400 bilhões de fichas virtuais de jogo, equivalentes, no mundo real, a cerca de R$ 20 milhões. Mitchell esperava conseguir cerca de U$ 300 mil com a venda das fichas no mercado negro, mas admitiu o roubo, e agora corre o risco de ser preso. MARCADO O ministro de Turismo da Argentina, Enrique Meyer, participa hoje do 3º Workshop Mundo Agaxtur, que a operadora turística promove no Expo Barra Funda, em São Paulo. encontrodecontas@brasileconomico.com.br Realeza por perto O Brasil virou queridinho de Mônaco e não apenas por conta das jovens princesas Charlotte e Andrea Casiraghi, e o príncipe Pierre, que se tornaram presença cativa no país desde que a primeira começou a namorar um brasileiro. O departamento de turismo do principado na Riviera Francesa vai instalar no Brasil o seu primeiro escritório de representação na América do Sul. O posto avançado deverá ser aberto em São Paulo até maio. Atualmente, a única cidade das Américas a contar com um escritório de Mônaco é Nova York. Bola no balcão O Vasco prepara a abertura de três lojas da bandeira oficial Gigante da Colina até março. Todas em shoppings do Rio de Janeiro. Hoje com apenas uma loja em São Januário, o clube pretende chegar a 15 até dezembro. A Francap, responsável pelo franqueamento, negocia a instalação de pontos em Vitória (ES), Manaus (AM) e Brasília (DF). Cutuco no para-choque Depois de ter seus comerciais suspensos pelo Conar no ano passado por queixa da concorrência, a montadora Nissan vai voltar à carga com mais uma campanha polêmica. A marca coloca na rua a partir de hoje novos anúncios que prometem cutucar os carros das rivais. Em setembro passado, a Nissan teve que suspender a veiculação de reclames provocativos emquecitavaasconcorrentes GM, Fiat e Honda. Marcelo Faustini De peito aberto Desembarca nas prateleiras das lojas da rede Hering Store nas próximas semanas a coleção 2011 da já clássica camiseta com o ícone azul da campanha O Câncer de Mama no Alvo da Moda. A nova linha, criada neste ano pela estilista Simone Nunes, foi apresentada durante a recente São Paulo Fashion Week, com a apresentadora Angélica como principal garota-propaganda. As estampas desenhadas por Simone têm cerca de 10 versões diferentes. Inspirada em uma iniciativa do estilista RalphLaurenem NovaYork,em1994, a campanha já teve a adesão de 19 famosos estilistas brasileiros, que deixaram suas marcas em modelos especialmente criados para a causa. GIRO RÁPIDO Para todos OprojetoCinema Nacional Legendado & Audiodescrito vaiexibirofilmeobem Amado, do diretor Guel Arraes, em sessões especiais paracegosesurdos que não podem desfrutar do cinema sem audiodescrição e legenda closed caption, nosdias12e13,noccbb-rio, no Rio de Janeiro. Nova casa A Hope acaba de inaugurar sua 15ª loja no estado de São Paulo. A unidade, no Shopping Eldorado, é a 55ª da rede. Para comemorar os 45 anos em 2011, a marca também está investindo em uma nova campanha com a top Gisele Bündchen. Fábrica de chocolate A Katz Chocolates se prepara para abrir 100 lojas até A fábrica, criada em Petrópolis (RJ), é reconhecida pela qualidade dos chocolates e biscoitos há mais de 50 anos. Surpresa Fotos: divulgação Bisturi virtual Mais um erro grave no uso do Photoshop conseguiu acabar com a perfeição geralmente vista nas fotos da modelo Marisa Miller. O braço da top foi completamente apagado em um catálogo da Victoria s Secret. A imagem em quealoira aparece de camiseta polo foi publicada no site da grife. Chega ao mercado em maio mais uma linha de acessórios para enlouquecer os Beatlemaníacos. A nova coleção da Acme Studio inclui uma edição limitada de canetas, relógios, caixasdecartãoecaixasdeóculosdosthebeatles. As canetas serão vendidas em caixas com quatro peças, uma de cada Beatle, ao preço de US$ 450. A Viva! Experiências, empresa nacional de caixas-presentes, deve espalhar mais de 100 pontos de venda até dezembro deste ano. A empresa fechou 2010 com faturamento de mais de R$ 4 milhões e venda de 40 mil caixas. Com Karen Busic kbusic@brasileconomico.com.br

20 20 Brasil Econômico Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 EMPRESAS Grupo Accor abre franquia para ser fast-food de hotéis Abel Castro, diretor de desenvolvimento: interior é novo ponto de atenção do grupo Rede francesa planeja levar a bandeira Formule 1 para o interior dos estados com a abertura de 100 unidades Amanda Vidigal Amorim, de Tanger* avidigal@brasileconomico.com.br A Accor já fez 150 contatos com investidores para apresentar o novo projeto e teve 91 cartas de intenção assinadas. A unidade modelo será inaugurada ainda neste semestre, no interior de São Paulo Depois de se consolidar como líder mundial no mercado de hospedagem econômica, o grupo Accor pretende dar impulso a um movimento de fast-food de hotéis. A mudança começa na presidência mundial da Accor. Denis Hennequin, atual comandante do grupo, é ex-presidente do McDonald s Europa, com vasta experiência em franquias. A mudança na direção reflete na nova postura da rede, que quer expandir sua atuação em novos nichos de mercado. Para o Brasil, o grupo lança uma estratégia agressiva vender 100 franquias da bandeira Formule 1 a investidores locais. Diferentemente do projeto já existente, onde são construídas unidades com 200 e 300 quartos, o novo formato oferece hotéis menores de 60 a 80 ocupações. Queremos atender o interior, cidades que não comportam uma estrutura como a das metrópoles. Fizemos uma reformulação no projeto arquitetônico e no custo da obra, diz Abel Castro, diretor de desenvolvimento da Accor Brasil. O investimento é baixo, se levado em consideração o custo de um Formule 1 nas grandes cidades. Enquanto ofereciam hotéis com o custo de R$ 65 mil por quarto, a nova franquia oferece quartos na mesma metragem por R$ 45 mil. As franquias variam de R$ 4 milhões a R$ 6 milhões o valor de construção e compra de lote, diz. O custo mais baixo foi conseguido com a mudança de acabamentos no hotel. Esquadrias, pisos e até portas são diferenciados atingindo um custo mais baixo do que o convencional. Os hotéis existentes no Brasil oferecem isolamento acústico e gerador para todo o edifício. As franquias não contam com esses diferenciais. Mas isso não assustou os investidores. Ao contrário, parece ter atraído. As 150 apresentações feitas a potenciais interessados renderam à empresa, emmenosdeummês,91cartas de intenção assinadas. Esses documentos ainda não são contratos, mas já assinalam o interesse do investidor em fechar a parceria, além de garantir prioridade no negócio. Aproximadamente 30% das cartas são para instalar unidades em municípios do Nordeste. Para mostrar como seria esse novo conceito, a empresa construiu com investimento próprio uma unidade em Piracicaba, interior de São Paulo. Com inauguração prevista para este semestre, o hotel contará com 88 quartos e terá a mesma estrutura vendida para as franquias. Como toda franquia, o franqueado pagará royalties para a Accor. Para marketing são cobrados 3% sobre a receita bruta e 2% para o uso da marca. Para ter a porcentagem de royalties sobre marketing reduzida para 2% é preciso atingir os critérios de excelência exigidos pela Accor. Todo hotel tem metas a cumprir, aqueles que atingirem essas metas ganham redução para pagamento dos royalties. Apesar de o grupo não possuir nenhuma bandeira em algumas capitais do país, Castro diz que esse projeto é direcionado apenas para cidades do interior. O Nordeste, que é uma região de pouca presença da Accor, também está na mira de Castro. Foi lá a primeira apresentação do projeto de franquia para investidores. Devemos inaugurarembreveumformule1emnatal. As bandeiras econômicas, como Ibis e Formule 1 são as que mais crescem no país e no mundo, mas novidades estão a caminho. Em março será inaugurado um hotel da bandeira Pullman, um cinco estrelas ainda inédito no país. O primeiro será em São Paulo, mas outros dois estão em negociação. *Viajou a convite DIÁRIA DA FRANQUIA R$ 80 é o preço que a Accor sugere para as novas unidades que serão franqueadas do Formule 1. O preço de diárias em capitais gira em torno de R$ 180. Segundo Abel Castro, cada cidade apresenta valores diferenciados dependendo de sua capacidade de ocupação e população. NOVAS UNIDADES 100 franquias Formule 1 serão abertas no Brasil. Com projeto mais horizontalizado, o que faz com que o gasto de ar-condicionado seja menor, custa de R$ 4 milhões a R$ 6 milhões. A primeira unidade é da própria Accor e será aberta ainda neste ano em Piracicaba (SP).

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