Crise: conceitos, histórico e indicadores

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Crise: conceitos, histórico e indicadores"

Transcrição

1 Crise: conceitos, histórico e indicadores

2 Crise: conceitos, histórico e indicadores Escrito por Luciana Brafman, jornalista, bacharel em economia e professora. Índice AFINAL, O QUE É UMA CRISE... 3 ALGUNS CONCEITOS... 4 UM POUCO DE TEORIA ECONÔMICA...5 GRANDES CRISES GLOBAIS...6 A CONJUNTURA BRASILEIRA...9 O QUE OLHAR EM TEMPOS DE CRISE INDICADORES: ECONÔMICOS...10

3 Afinal, o que é uma crise? A melhor maneira de começar a enfrentar uma crise é entendê-la. Uma das principais armas para vencê-la é a informação. 3

4 Alguns conceitos De modo amplo, crise é sinônimo de ruptura de equilíbrio. Ela pode se instalar de modo gradual ou repentino. As crises pressupõem um estado de dúvidas e incertezas. Na esfera econômica, uma crise pode ser local, regional ou global, de acordo com a abrangência. No mundo contemporâneo, em que a tecnologia e a informação exercem papel crucial, e as economias são interdependentes, as crises se alastram à velocidade da luz, muitas vezes com a força destrutiva de uma tsunami. Se é verdade que o capital não tem fronteiras, então as crises do capitalismo também não respeitam os limites geográficos. Há uma contaminação. Sob outra ótica, uma crise pode ser setorial ou generalizada, conforme seus impactos nos diversos ramos da atividade econômica. 4

5 Um pouco de teoria econômica Mesmo antes do advento do capitalismo, sempre houve desequilíbrios econômicos, originados por causas naturais (uma seca, por exemplo) ou sociais (uma guerra). Com a Revolução Industrial e a consolidação do sistema capitalista, as crises passaram a ser entendidas e estudadas no âmbito da economia. O filósofo Karl Marx previu, no século XIX, que haveria uma autodestruição do capitalismo. Segundo a teoria marxista, a concentração dos meios de produção nas mãos de poucos geraria desigualdades cada vez maiores e resultaria em crises de superprodução cíclicas. A crise final viria com a revolução do proletariado. A História tem mostrado que Marx estava errado, que o capitalismo vem conseguindo absorver o que seriam suas próprias contradições. O grau de participação do Estado - seja na gestão das economias nacionais, seja na geração ou na correção de crises - é tema polêmico entre as escolas de teoria econômica. Esse papel do Estado é ponto divergente entre as escolas liberais, que repelem a intervenção, e as não ortodoxas. Seja como for, o mundo vive, no longo prazo, períodos de expansão ou desenvolvimento e de contração ou recessão, que se alternam após certa duração e têm intensidades distintas. As crises econômicas ocorrem de forma cíclica, essas flutuações são parte da economia. Podem ter durações variadas e causas diversas. Segundo o economista Joseph Schumpeter, por exemplo, os ciclos econômicos cumprem as fases de boom, recessão, depressão e recuperação, movidos pela inovação tecnológica. Atualmente, a economia se torna, a cada dia, mais complexa, sobretudo tecnológica e financeiramente. As crises geram pânico e destruição de valor, mas movem oportunidades e geram novos ciclos. 5

6 Grandes crises mundiais Séc XVII: a crise das Tulipas, em Amsterdã - pode ser considerada a primeira crise financeira. A mania pela flor na Holanda levou investidores a gastarem fortunas em contratos futuros. Foi uma bolha especulativa que estourou quando um comprador não honrou seu compromisso, gerando pânico em cadeia e desvalorização da tulipa. Muitos perderam fortunas e foram à falência por causa dos bulbos de uma flor. 1939: com a Segunda Guerra Mundial, importantes economias do mapa, sobretudo na Europa, se viram devastadas. O Acordo de Bretton Woods, no fim da guerra, buscou desenhar as bases de convívio econômico no mundo. Foi criado um padrão cambial e o FMI. 1929: o crash da Bolsa de Nova York Wall Street vivia uma euforia, desproporcional à economia real. O crash da Bolsa, que perdeu 12% na terça-feira negra, gerou uma série de tragédias pessoais e marcou o início da Grande Depressão nos EUA e no mundo, com queda da produção e desemprego em massa. A política do New Deal daria início à recuperação. 6

7 Década de 80: com o choque, os juros subiram. As dívidas dos países em desenvolvimento se elevaram, e a moratória mexicana foi a primeira de uma série nos países na América Latina, incluindo o Brasil. Início dos 90: no início da década, uma fuga de capitais do México arrastou as economias latinas. Houve desvalorização cambial, desemprego recorde e recessão. Em 2000: foi a vez do estouro da bolha das empresas pontocom na Nasdaq. Os resultados das startups da Nova Economia não se sustentavam. 1973: veio o primeiro choque do petróleo, até então abundante e barato. A Opep passou a atuar com o corte da produção, afetando a oferta. Em 1979, veio o segundo choque. No período, o preço do barril disparou de US$ 3 para US$ : em outubro de 1987, o mundo vivia uma expansão acelerada do crédito e euforia nas bolsas. Um novo susto na Bolsa de Nova York, que caiu 22%, fez lembrar o crash de O BC americano agiu rápido, reduzindo os juros. Fins da década de 90: em tempo real, os anos de 1997, 1998 e 1999 trouxeram três crises em sequência, com fortes ataques especulativos: a asiática, a russa e a brasileira, respectivamente. No Brasil, houve a maxidesvalorização do real. Nesse período, os EUA também se mostraram vulneráveis tendo que socorrer um dos maiores fundos do país, o LTCM. 7

8 Nos primeiros anos do século XXI: a Argentina foi o epicentro de uma nova turbulência que atingiu os países emergentes, com crise política e desvalorização cambial. Atentados de 2001: após um período de relativa calmaria e bonança, os ataques do 11 de setembro de 2001 geraram novo colapso, com perdas bilionárias. A Bolsa de NY ficou 4 dias sem operar. Os mercados desabaram no mundo todo. As economias reagiriam com queda nos juros para estimular a atividade. Como se não bastasse, no mesmo ano, foi revelado o escândalo de maquiagem contábil na gigante Enron. Subprime 2008: depois de um ciclo positivo, estourou a crise que teve origem nas operações conhecidas como subprime, concessão de crédito imobiliário de alto risco num ambiente de juros baixos. Só que os juros começaram a subir a partir de 2004, com efeitos na inadimplência. O marco foi o dia 15 de setembro de 2008, com a quebra do banco Lehman Brothers. As consequências devastadoras se espalharam rapidamente pelo mundo e são sentidas até hoje. A crise de 2008 foi a maior da História. A crise financeira desencadeou uma crise bancária (crédito) e, em seguida, uma crise produtiva. As principais economias mundiais gastaram trilhões de dólares com estímulos e subsídios a bancos. O mundo ainda tenta se recuperar. Os EUA vivem uma retomada lenta, com retirada dos estímulos. A Europa sente os impactos, com o euro em xeque, miséria e desemprego em várias nações. A China começou a desvalorizar sua moeda, na tentativa de acelerar a atividade, que dá sinais de enfraquecimento. Países em desenvolvimento, como o Brasil, estão mais frágeis. 8

9 A conjuntura brasileira O cenário mundial desfavorável aliado a questões internas conduziram o Brasil ao momento atual, de recessão econômica. Desde a crise de 2008, o governo elevou gastos e estimulou a demanda na economia brasileira. Apesar dos estímulos, o país vive, em 2015, uma recessão. Questões relativas à oferta ainda são um entrave ao desenvolvimento sustentável. O custo de se produzir aqui é elevado. O custo Brasil inclui carga tributária pesada, inclusive para cobrir um rombo gerado pelos gastos crescentes do governo; infraestrutura inadequada; incertezas regulatórias; economia relativamente fechada ao comércio; e um nível baixo de educação e produtividade. Escândalos políticos complicam o cenário. A percepção da corrupção generalizada, que infesta as esferas pública e corporativa, afetando a Petrobras, o governo e o Congresso, intensifica uma crise de confiança. Isso tudo afeta diretamente a governabilidade, afugentando investimentos e aprofundando a recessão. As medidas econômicas estão emperradas. 9

10 O que olhar em tempos de crise: indicadores econômicos Crescimento: a variação do PIB e sua evolução ou retração ao longo do tempo é um dos mais importantes indicadores para se avaliar uma crise, pois reflete a atividade econômica do país em questão. Inflação: a alta sucessiva de índices oficiais de inflação é, muitas vezes, um mau sinal, sobretudo se ficam além da meta estabelecida pelo governo. Indica uma alta generalizada no nível de preços, com efeitos nocivos à atividade, principalmente em países com histórico inflacionário. Juros básicos: se, por um lado, altas taxas de juros seguram a inflação, por outro são um entrave ao investimento e elevam o endividamento público. Desemprego e renda: quando a crise chega ao mercado de trabalho, seus efeitos são ainda mais perversos. O nível de desemprego se eleva, principalmente entre os jovens. A renda costuma despencar, com consequências graves não só no consumo, como na esfera social. Câmbio: a desvalorização da moeda nacional reflete todas as incertezas num momento de crise. A alta do dólar impacta os custos, a inflação e o comércio externo. A volatilidade é ruim. 10

11 Contas Públicas: quando a esfera pública gasta mais do que arrecada, os efeitos negativos surgem em cascata. Mas um ajuste fiscal, para transformar déficit em superávit, tem custos nem sempre aceitos pela sociedade. Com a meta fiscal comprometida, há sempre duas alternativas, normalmente combinadas, para mudar esse quadro: redução dos custos e aumento da receita, principalmente com alta de impostos. Dívida pública federal: inclui os endividamentos interno e externo do governo. Quando o indicador está em elevação sinaliza a dificuldade de se fechar as contas. Taxa de investimento: o ideal são taxas de investimento em torno de 25% do PIB. Quando a capacidade de poupança interna é baixa, a taxa de investimento fica aquém do necessário para uma retomada ou crescimento econômico. Rating: indicadores ruins somados a questões políticas fazem com que as agências classificadoras de risco reduzam as notas de determinado país. Essas notas são como selos de qualidade que balizam as decisões dos investidores mundo afora. Quando um país perde o chamado grau de investimento, a atração de recursos fica ainda mais complicada, agravando a situação. 11

12 Última atualização deste ebook em 09/2015..com.br As informações contidas neste ebook são de caráter meramente informativo, bem como não se trata de qualquer tipo de aconselhamento para a realização de investimento, não devendo ser utilizadas com este propósito, nem entendidas como tal, inclusive em qualquer localidade ou jurisdição em que tal oferta, solicitação ou venda possa ser contra lei. As informações deste ebook estão atualizadas até [...]. Atendimento: Ouvidoria:

Boletim Econômico Edição nº 52 dezembro de 2014. Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Boletim Econômico Edição nº 52 dezembro de 2014. Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Boletim Econômico Edição nº 52 dezembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Os desafios econômicos em 2015 1 Indicadores macroeconômicos ruins A Presidente Dilma Rouseff

Leia mais

Banco Central anuncia novo status da dívida externa brasileira

Banco Central anuncia novo status da dívida externa brasileira Banco Central anuncia novo status da dívida externa brasileira Resenha Economia & Comércio 2 Celeste Cristina Machado Badaró 05 de março de 2008 Banco Central anuncia novo status da dívida externa brasileira

Leia mais

Parte III: Abordagem Histórica da Economia Brasileira

Parte III: Abordagem Histórica da Economia Brasileira Parte III: Abordagem Histórica da Economia Brasileira Capítulo 12: O Brasil ao Longo do Século XX: alguns fatos estilizados Parte III Capítulo 12 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 2 Brasil ao longo do

Leia mais

Faculdade Pitágoras de Uberlândia. Disciplina Economia. Inflação. Inflação. Inflação e Desemprego. Conceito de inflação

Faculdade Pitágoras de Uberlândia. Disciplina Economia. Inflação. Inflação. Inflação e Desemprego. Conceito de inflação e Desemprego Profa. MS Juliana Flávia Palazzo da Costa Conceito de inflação pode ser definida como o aumento contínuo, persistente e generalizado do nível de preços. Quando o problema se torna crônico

Leia mais

Noções de Economia Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata

Noções de Economia Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata Noções de Economia Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata Prof. Francisco Mariotti CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 Microeconomia. 1.1 Demanda do Consumidor.1.1.1 Preferências. 1.1.2 Equilíbrio do consumidor.

Leia mais

DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO DECRESCENTE SIGNIFICA POLÍTICA FISCAL SOB CONTROLE?

DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO DECRESCENTE SIGNIFICA POLÍTICA FISCAL SOB CONTROLE? DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO DECRESCENTE SIGNIFICA POLÍTICA FISCAL SOB CONTROLE? Josué A. Pellegrini 1 A dívida líquida do setor público (DLSP) como proporção do PIB prossegue em sua longa trajetória

Leia mais

CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO CAI 2,3% NO TRIMESTRE

CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO CAI 2,3% NO TRIMESTRE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO CAI 2,3% NO TRIMESTRE O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) apresentou queda de 2,3% no trimestre finalizado em julho, em relação ao mesmo período do ano passado.

Leia mais

Crise financeira mundial e a América Latina Colóquio Internacional O Capitalismo com dominância financeira, IE-UNICAMP, outubro 2009

Crise financeira mundial e a América Latina Colóquio Internacional O Capitalismo com dominância financeira, IE-UNICAMP, outubro 2009 Crise financeira mundial e a América Latina Colóquio Internacional O Capitalismo com dominância financeira, IE-UNICAMP, outubro 2009 Luiz Fernando de Paula Professor da Universidade do Estado do Rio de

Leia mais

Unidade IV ECONOMIA E NEGÓCIOS. Prof. Maurício Felippe Manzalli

Unidade IV ECONOMIA E NEGÓCIOS. Prof. Maurício Felippe Manzalli Unidade IV ECONOMIA E NEGÓCIOS Prof. Maurício Felippe Manzalli Antecedentes da globalização Década de 1970 Período de crises e ajustes: Crise da inflação Ajustes monetários e produtivos Economia política

Leia mais

Economia e Negócios Internacionais MACROECONOMIA

Economia e Negócios Internacionais MACROECONOMIA Economia e Negócios Internacionais MACROECONOMIA Microeconomia x Macroeconomia Objetivos Teoria Microeconômica: Preserva em sua análise as características individuais de cada bem e cada fator de produção.

Leia mais

Desenvolvimento humano e objetivos do milênio. Disciplina: Geografia IFMG Campus Betim

Desenvolvimento humano e objetivos do milênio. Disciplina: Geografia IFMG Campus Betim Desenvolvimento humano e objetivos do milênio Disciplina: Geografia IFMG Campus Betim A grande heterogeneidade dos países em desenvolvimento Processo de descolonização da África e na Ásia gerou vários

Leia mais

INDX apresenta estabilidade em abril

INDX apresenta estabilidade em abril 1-2- 3-4- 5-6- 7-8- 9-10- 11-12- 13-14- 15-16- 17-18- 19-20- 21-22- 23-24- 25-26- 27-28- 29-30- INDX INDX ANÁLISE MENSAL INDX apresenta estabilidade em abril Dados de Abril/11 Número 52 São Paulo O Índice

Leia mais

Entenda o que está acontecendo na China e os reflexos nos mercados

Entenda o que está acontecendo na China e os reflexos nos mercados Entenda o que está acontecendo na China e os reflexos nos mercados Indústria Sem categoria 21 de outubro de 2015, 2 semanas ago 0 0 5 Aumentam os temores sobre a desaceleração da economia chinesa. A bolha

Leia mais

Perspectivas Econômicas. Pesquisa Macroeconômica Itaú Unibanco

Perspectivas Econômicas. Pesquisa Macroeconômica Itaú Unibanco Perspectivas Econômicas Pesquisa Macroeconômica Itaú Unibanco Fevereiro, 2016 Roteiro Internacional Bancos centrais reagem; riscos permanecem Os principais bancos centrais estão reagindo à turbulência

Leia mais

Políticas macroeconômicas para um crescimento robusto e sustentável

Políticas macroeconômicas para um crescimento robusto e sustentável Políticas macroeconômicas para um crescimento robusto e sustentável São Paulo, FGV-SP, 10º Fórum de Economia, 30/09/2013 Luiz Fernando de Paula Professor Titular da FCE/UERJ e ex- Presidente da AKB Email:

Leia mais

LEIS DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. Metas e Projeções Fiscais para Governo Central ( art. 4º, 1º da Lei Complementar nº 101, de 2000)

LEIS DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. Metas e Projeções Fiscais para Governo Central ( art. 4º, 1º da Lei Complementar nº 101, de 2000) LEIS DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS Metas e Projeções Fiscais para Governo Central ( art. 4º, 1º da Lei Complementar nº 101, de 2000) Discriminação 2001 2002 2003 Valor % PIB Valor % PIB Valor % PIB I. RECEITA

Leia mais

As teorias demográficas

As teorias demográficas As teorias demográficas Teoria malthusiana(thomas Malthus- séculos XVIII e XIX- Revolução Industrial) Nos países que se industrializavam, a produção de alimentos aumentou e a população que migrava do campo

Leia mais

10 anos de câmbio flutuante no Brasil. Senhoras e senhores,

10 anos de câmbio flutuante no Brasil. Senhoras e senhores, 10 anos de câmbio flutuante no Brasil Senhoras e senhores, 1. É uma honra participar hoje desta cerimônia que comemora o 10 o aniversário do regime de câmbio flutuante no Brasil. Ontem, dia 18 de janeiro,

Leia mais

Banco Central: Objetivos das Políticas Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações

Banco Central: Objetivos das Políticas Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações Banco Central: Objetivos das Políticas Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações Henrique de Campos Meirelles Setembro de 20 1 Prestação de Contas - LRF Objetivos das Políticas

Leia mais

LISTA 5A. 3) Financiamento do investimento: poupança 4) Poupança, crescimento econômico e sistema financeiro

LISTA 5A. 3) Financiamento do investimento: poupança 4) Poupança, crescimento econômico e sistema financeiro 1 LISTA 5A Conceitos importantes: 1) Produto potencial, produto efetivo e produtividade 2) Determinantes da produção e da produtividade de um país 3) Financiamento do investimento: poupança 4) Poupança,

Leia mais

Rumo a um Novo Ciclo de Desenvolvimento

Rumo a um Novo Ciclo de Desenvolvimento Rumo a um Novo Ciclo de Desenvolvimento Guido Mantega Presidente do BNDES Setembro 2005 A economia brasileira reúne condições excepcionais para impulsionar um novo Ciclo de Desenvolvimento Quais são as

Leia mais

LFG MAPS. Conceitos fundamentais 6 questões

LFG MAPS. Conceitos fundamentais 6 questões ECONOMIA Nível de importância Tema QTDE de Questões Porcentagem % 1 Conceitos fundamentais 6 27% 2 Estrutura de mercado 5 23% 3 Determinação das curvas de procura 3 14% 4 Política fiscal e monetária 2

Leia mais

N o 12 Junho 2012. PIB fraco mostra efeito prolongado da crise

N o 12 Junho 2012. PIB fraco mostra efeito prolongado da crise N o 12 Junho 2012 PIB fraco mostra efeito prolongado da crise A despeito das previsões de crescimento econômico para o Brasil em 2012, que estimavam um crescimento em torno de 3,3%, os números indicam

Leia mais

Resumo Aula-tema 06: O Setor Externo da Economia Brasileira

Resumo Aula-tema 06: O Setor Externo da Economia Brasileira Resumo Aula-tema 06: O Setor Externo da Economia Brasileira Esta aula-tema busca um maior entendimento da história do desenvolvimento do setor externo da economia brasileira a partir do ano de 1968, quando

Leia mais

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação 1ª PROVA PARCIAL DE GEOGRAFIA Aluno(a): Nº Ano: 8º Turma: Data: 26/03/2011 Nota: Professor: Edvaldo Valor da Prova: 50 pontos Assinatura do responsável: Orientações

Leia mais

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO A busca por oportunidades iguais de trabalho e renda entre homens e mulheres é o foco de discussão entre grupos feministas em todos os países. A discriminação no campo de

Leia mais

O Plano Plurianual do governo Lula (2004-2007)

O Plano Plurianual do governo Lula (2004-2007) O Plano Plurianual do governo Lula (2004-2007) Maria Lucia Fattorelli Carneiro - 2003 O PPA Plano Plurianual - foi instituído pela Constituição de 1988, com o objetivo de funcionar como o instrumento de

Leia mais

GONÇALVES, A. C. Porto, DEANE, Tatiana. Taxa de Juros e Crescimento Econômico. Rio de Janeiro: FGV, 10 p. Taxa de Juros e Crescimento Econômico

GONÇALVES, A. C. Porto, DEANE, Tatiana. Taxa de Juros e Crescimento Econômico. Rio de Janeiro: FGV, 10 p. Taxa de Juros e Crescimento Econômico GONÇALVES, A. C. Porto, DEANE, Tatiana. Taxa de Juros e Crescimento Econômico. Rio de Janeiro: FGV, 10 p. Taxa de Juros e Crescimento Econômico As taxas de juros vêm sendo apontadas, há algum tempo, como

Leia mais

Perspectivas da Economia Brasileira 2015-2019

Perspectivas da Economia Brasileira 2015-2019 Perspectivas da Economia Brasileira 2015-2019 Cláudio Hamilton Matos dos Santos Diretoria de Estudos e Pesquisa Macroeconômicas IPEA Apresentação no I seminário PPA 2016-2019 Brasília, 19/05/2015 A perspectiva

Leia mais

ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS

ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS EMENTA: O presente estudo tem por objetivo avaliar o impacto da evolução das operações de crédito para pessoas físicas sobre o orçamento das famílias,

Leia mais

LISTA 7 ANOTAÇÕES. Lista de Exercícios 7 Introdução à Economia 1

LISTA 7 ANOTAÇÕES. Lista de Exercícios 7 Introdução à Economia 1 LISTA 7 Conceitos importantes: Crescimento x Desenvolvimento Distribuição pessoal x Distribuição funcional Desigualdades na distribuição; o Brasil como um caso extremo Medidas absolutas e medidas relativas

Leia mais

OS FUNDAMENTOS DA ECONOMIA NO BRASIL

OS FUNDAMENTOS DA ECONOMIA NO BRASIL OS FUNDAMENTOS DA ECONOMIA NO BRASIL Pedro Jorge Ramos Vianna Professor Titular da UFC, aposentado Os economistas costumam descrever a situação do sistema econômico de um país, argumentando acerca dos

Leia mais

Por um melhor ambiente de negócios para o investimento em infraestrutura

Por um melhor ambiente de negócios para o investimento em infraestrutura 1 de dezembro de 2015, no Caesar Business Faria Lima Por um melhor ambiente de negócios para o investimento em infraestrutura Robson Gonçalves Fundação Getulio Vargas Realização Apenas quatro questões

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU CURSO DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO ECONOMIA II Exercícios - nº 1 2000/01

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU CURSO DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO ECONOMIA II Exercícios - nº 1 2000/01 ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU CURSO DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO ECONOMIA II Exercícios - nº 1 2000/01 I - Escolha a resposta correcta (ou mais correcta) para cada uma das seguintes questões:

Leia mais

Joias. Ativos da Petrobras à venda estão na lista dos 20 maiores campos produtores da ANP - Marcelo Carnaval / Agência O Globo

Joias. Ativos da Petrobras à venda estão na lista dos 20 maiores campos produtores da ANP - Marcelo Carnaval / Agência O Globo Petrobras tenta vender grandes campos em produção do pré-sal O Globo - Rio de Janeiro/RJ - HOME - 10/12/2015-06:00:00 - por Ramona Ordoñez / Bruno Rosa 10/12/2015 6:00 Joias. Ativos da Petrobras à venda

Leia mais

PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS E EXPECTATIVAS DE MERCADO

PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS E EXPECTATIVAS DE MERCADO PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS E EXPECTATIVAS DE MERCADO Realizada entre os dias 20 e 23 de junho de 2016 Analistas consultados: 24 PROJEÇÕES E EXPECTATIVAS DE MERCADO Pesquisa FEBRABAN

Leia mais

Ao crescer 6,9% em 2015, economia chinesa manteve a tendência de gradual desaceleração, com forte ajuste da indústria e do setor de construção

Ao crescer 6,9% em 2015, economia chinesa manteve a tendência de gradual desaceleração, com forte ajuste da indústria e do setor de construção INFORMATIVO n.º 47 JANEIRO de 2016 Ao crescer 6,9% em 2015, economia chinesa manteve a tendência de gradual desaceleração, com forte ajuste da indústria e do setor de construção Fabiana D Atri - Economista

Leia mais

Com mais empresas endividadas, pedidos de recuperação judicial aumentam 30%

Com mais empresas endividadas, pedidos de recuperação judicial aumentam 30% Com mais empresas endividadas, pedidos de recuperação judicial aumentam 30% O Globo - Rio de Janeiro/RJ - ÚLTIMAS NOTÍCIAS - 18/05/2015-06:00:00 SÃO PAULO - Contas apertadas e dificuldades para pagar as

Leia mais

Conselho de Administração do FMI Conclui a Consulta do Artigo IV de 2012 com o Brasil

Conselho de Administração do FMI Conclui a Consulta do Artigo IV de 2012 com o Brasil Nota de Informação ao Público (PIN) n 12/84 PARA DIVULGAÇÃO IMEDIATA 20 de julho de 2012 Fundo Monetário Internacional 700 19 th Street, NW Washington, D. C. 20431 EUA Conselho de Administração do FMI

Leia mais

a) Bens não duráveis de consumo; b) Serviços de consumo; c) Bens de consumo e investimento. Marque a alternativa que complete os espaços acima:

a) Bens não duráveis de consumo; b) Serviços de consumo; c) Bens de consumo e investimento. Marque a alternativa que complete os espaços acima: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GABARITO ECONOMIA E SEMINÁRIOS GRUPO: ECONOMIA E SEMINÁRIOS DATA: HORÁRIO: NOME DO CANDIDATO:

Leia mais

As despesas primárias fora de controle

As despesas primárias fora de controle POLÍTICA FISCAL E DÍVIDA PÚBLICA As despesas primárias fora de controle Jedson César de Oliveira * José Luis Oreiro ** Entre as questões mais preocupantes atualmente no que tange a condução da política

Leia mais

Políticas Econômicas

Políticas Econômicas Políticas Econômicas Sem Mobilidade de Capital Política monetária e política fiscal em regime de câmbio fixo e em regime de câmbio flexível http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Políticas monetária

Leia mais

Profª: Sabrine Viviane Welzel

Profª: Sabrine Viviane Welzel Geografia 9 ano Tigres Asiáticos 1- O Japão vem passando por uma crise econômica bastante séria. Em 1995 duas das maiores instituições de crédito do país faliram, ocorreram grandes escândalos na área política

Leia mais

Indicadores de Desempenho Dezembro de 2014

Indicadores de Desempenho Dezembro de 2014 Dezembro de 2014 PANORAMA CONJUNTURAL FIEA Perspectivas para a Economia Brasileira em 2015 As expectativas para o crescimento da economia brasileira em 2015 estão começando a convergir para um patamar

Leia mais

Análise Macroeconômica Brasileira

Análise Macroeconômica Brasileira Análise Macroeconômica Brasileira OUT/2013 Shotoku Yamamoto Fundamentos no Tripé: 1 - Superávit Primário; 2 - Meta de Inflação; 3 - Câmbio Flutuante 1 Superávit Primário Conceito: Diferença positiva entre

Leia mais

Economia brasileira: o futuro depende da reindustrialização.

Economia brasileira: o futuro depende da reindustrialização. Economia brasileira: o futuro depende da reindustrialização. Entrevista especial com José Luis Oreiro IHU on line, 25/01/2016 Teremos de encarar de modo muito sério a reindustrialização da economia brasileira.

Leia mais

Gilmar Ferreira Maio de 2010

Gilmar Ferreira Maio de 2010 Conceitos de déficits e divida pública ECONOMIA DO SETOR PUBLICO Gilmar Ferreira Maio de 2010 Conceitos acima da linha (calculado pelo Tesouro): a) Déficit Nominal: Gastos totais Receitas total b) Déficit

Leia mais

Relação Dívida/PIB, Ajuste Cambial e Pagamento de Juros 9.3 7.2 41.7 40. Juros nominais Ajuste cambial Dívida líquida total - saldo

Relação Dívida/PIB, Ajuste Cambial e Pagamento de Juros 9.3 7.2 41.7 40. Juros nominais Ajuste cambial Dívida líquida total - saldo 1 Introdução A composição e a duração da dívida afetam sua sustentabilidade? Que tipo de título emitido reduziria o risco de ocorrer, em algum momento no futuro, um período de insustentabilidade da dívida?

Leia mais

Aumento do emprego contrasta com desindustrialização em SP e RJ

Aumento do emprego contrasta com desindustrialização em SP e RJ 3 set 2007 Nº 35 Aumento do emprego contrasta com desindustrialização em SP e RJ Por Antonio Marcos Ambrozio Economista da SAE Vagas na indústria de transformação foram deslocadas para outras regiões do

Leia mais

Renda per capita do brasileiro diminui e se distancia de países emergentes

Renda per capita do brasileiro diminui e se distancia de países emergentes Renda per capita do brasileiro diminui e se distancia de países emergentes PIB brasileiro cai e mantém recessão 1 de 11 Alex Almeida 5.out.2008/Folhapress ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO 14/02/2016 02h00 Compartilhar

Leia mais

FUNDAMENTOS DE MACROECONOMIA. Prof. Eliezer Lopes DÉFICIT PÚBLICO E DÍVIDA PÚBLICA

FUNDAMENTOS DE MACROECONOMIA. Prof. Eliezer Lopes    DÉFICIT PÚBLICO E DÍVIDA PÚBLICA FUNDAMENTOS DE MACROECONOMIA Prof. Eliezer Lopes Email: lopes.eliezer@ig.com.br lopeseliezer1@gmail.com DÉFICIT PÚBLICO E DÍVIDA PÚBLICA NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO (NFSP): 3 CONCEITOS

Leia mais

RISCO DE CRÉDITO PESSOA FÍSICA

RISCO DE CRÉDITO PESSOA FÍSICA 8 DICAS PARA REDUZIR O RISCO DE CRÉDITO PESSOA FÍSICA M2M Escola de Negócios SELECIONAR CLIENTES QUE EFETIVAMENTE APRESENTEM CAPACIDADE DE PAGAMENTO PONTUAL DE SUAS DÍVIDAS É FUNDAMENTAL PARA A REDUÇÃO

Leia mais

GEOGRAFIA 8º ANO SEDE: EBS PROF. GABRIEL ROCHA. PERCURSO 4 Outras regionalizações do espaço mundial.

GEOGRAFIA 8º ANO SEDE: EBS PROF. GABRIEL ROCHA. PERCURSO 4 Outras regionalizações do espaço mundial. GEOGRAFIA 8º ANO SEDE: EBS PROF. GABRIEL ROCHA PERCURSO 4 Outras regionalizações do espaço mundial. 1 Países desenvolvidos e subdesenvolvidos Após a Segunda Guerra Mundial, as expressões países desenvolvidos

Leia mais

Planos econômicos brasileiros a partir de 1985

Planos econômicos brasileiros a partir de 1985 Planos econômicos brasileiros a partir de 1985 esta quarta (15), o Plano Brasil Novo, também conhecido como Plano Collor, completou 19 anos Na ocasião, entrou em vigor o controverso plano econômico de

Leia mais

SUPERÁVIT PRIMÁRIO E GASTOS EM EDUCAÇÃO

SUPERÁVIT PRIMÁRIO E GASTOS EM EDUCAÇÃO SUPERÁVIT PRIMÁRIO E GASTOS EM EDUCAÇÃO José Lúcio Alves Silveira 1 Resumo: O trabalho demonstra a possibilidade do setor público reduzir os atuais superávits primários, o que liberaria mais recursos para

Leia mais

Cenário internacional e desempenho da economia brasileira

Cenário internacional e desempenho da economia brasileira Cenário internacional e desempenho da economia brasileira Marcio José Vargas da Cruz * Marcelo Luiz Curado ** RESUMO - A possibilidade de recessão da economia norte-americana tende a resultar na redução

Leia mais

Conta Financeira é Responsável por 96,6% da Entrada de Dólares em 2007

Conta Financeira é Responsável por 96,6% da Entrada de Dólares em 2007 Conta Financeira é Responsável por 96,6% da Entrada de Dólares em 7 Valorização Cambial não está relacionada ao setor real da economia Diante da superoferta de dólares com a qual convive a economia brasileira,

Leia mais

Análise Macroeconômica. AULA 1 Prof. Vladimir Fernandes Maciel

Análise Macroeconômica. AULA 1 Prof. Vladimir Fernandes Maciel Análise Macroeconômica AULA 1 Prof. Vladimir Fernandes Maciel Programação Estrutura da Disciplina Introdução O ciclo de negócios; Fluxo circular da renda; Variáveis macroeconômicas. Estrutura da Disciplina

Leia mais

IMPACTO DA CRISE NO MERCADO DE TRABALHO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO: UMA ANÁLISE DAS HORAS TRABALHADAS E DO EMPREGO

IMPACTO DA CRISE NO MERCADO DE TRABALHO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO: UMA ANÁLISE DAS HORAS TRABALHADAS E DO EMPREGO IMPACTO DA CRISE NO MERCADO DE TRABALHO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO: UMA ANÁLISE DAS HORAS TRABALHADAS E DO EMPREGO Marcelo de Ávila* 1 INTRODUÇÃO A crise hipotecária americana eclodiu em outubro de

Leia mais

Embraer diz que real desvalorizado ajuda, mas é preciso cuidado

Embraer diz que real desvalorizado ajuda, mas é preciso cuidado Embraer diz que real desvalorizado ajuda, mas é preciso cuidado Por Sergio Lamucci A desvalorização do real ajuda, mas não há uma panaceia para a Embraer, afirmou ontem o presidente da companhia, Frederico

Leia mais

Macroeconomia aberta: conceitos básicos

Macroeconomia aberta: conceitos básicos Macroeconomia aberta: conceitos básicos Roberto Guena de Oliveira USP 22 de outubro de 2012 Roberto Guena de Oliveira (USP) Macro aberta: conceitos básicos 22 de outubro de 2012 1 / 25 Sumário 1 Fluxos

Leia mais

Desemprego e Inflação 33. O Tradeoff, no Curto Prazo, entre Inflação e Desemprego

Desemprego e Inflação 33. O Tradeoff, no Curto Prazo, entre Inflação e Desemprego e 33. O Tradeoff, no Curto Prazo, entre e taxa natural de depende das características de cada tipo de mercado: Salário mínimo Poder dos sindicatos teoria dos salários eficientes facilidade, ou não, de

Leia mais

Finanças dos clubes brasileiros em 2014

Finanças dos clubes brasileiros em 2014 Finanças dos clubes brasileiros em 2014 Maio de 2015 Análise dos dados financeiros dos clubes de futebol em 2014. Estagnação das receitas, aumento substancial dos déficits e evolução do endividamento.

Leia mais

Perspectivas da Economia Brasileira

Perspectivas da Economia Brasileira Perspectivas da Economia Brasileira Aula Magna FGV/SP Ministro Guido Mantega São Paulo, 28 de março de 2014 1 Trajetória da Economia Mundial Crescimento do PIB mundial, em % a.a. 12,0 10,0 Mercados emergentes

Leia mais

Desenvolvimento Econômico Parte VI

Desenvolvimento Econômico Parte VI Desenvolvimento Econômico Parte VI Microcrédito Produtivo Cepal Consenso de Washington Prof. Antonio Carlos Assumpção Microcrédito Produtivo PNMPO: Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado

Leia mais

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, certas aflições por que passa a população brasileira são totalmente desnecessárias e

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, certas aflições por que passa a população brasileira são totalmente desnecessárias e Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, certas aflições por que passa a população brasileira são totalmente desnecessárias e contraproducentes. Esse é o caso da política de preços internacionais

Leia mais

II Semana Contábil e Fiscal de Estados e Municípios Estatísticas de Finanças Públicas Tesouro Nacional

II Semana Contábil e Fiscal de Estados e Municípios Estatísticas de Finanças Públicas Tesouro Nacional II Semana Contábil e Fiscal de Estados e Municípios Estatísticas de Finanças Públicas Tesouro Nacional De acordo com o material estudado, responda as seguintes questões a seguir. 1. Identifique nas frases

Leia mais

Conceito Âncoras Nominais e Metas de Inflação no Brasil

Conceito Âncoras Nominais e Metas de Inflação no Brasil Conceito Âncoras Nominais e Metas de Inflação no Brasil A combinação explosiva entre inflação e recessão verificada em nível mundial durante os anos 70 motivou um interesse crescente em entender a dinâmica

Leia mais

EXODUS Institucional -Junho/15

EXODUS Institucional -Junho/15 EXODUS Institucional -Junho/15 O contraditório poder das taxas A atividade econômica segue cambaleante. Apesar de a produção industrial ter subido levemente em maio, o índice é um dos menores desde abril/29.

Leia mais

TEXTO BÁSICO: CRISE DE 1929. Desestruturação da cadeia produtiva industrial europeia (alvos dos bombardeios durante a 1ª Guerra);

TEXTO BÁSICO: CRISE DE 1929. Desestruturação da cadeia produtiva industrial europeia (alvos dos bombardeios durante a 1ª Guerra); 1º BIMESTRE - 2016 Disciplina: História Série: 3º Ano Professor: Otto Terra TEXTO BÁSICO: CRISE DE 1929 ANTECEDENTES: Desestruturação da cadeia produtiva industrial europeia (alvos dos bombardeios durante

Leia mais

Antecipações, Especulação e Regulação das Taxas de Câmbio

Antecipações, Especulação e Regulação das Taxas de Câmbio Antecipações, Especulação e Regulação das Taxas de Câmbio Overshooting da taxa cambial Bolhas especulativas Regulação pelos Bancos Centrais http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Overshooting cambial

Leia mais

USO DO CRÉDITO NAS COMPRAS DE AUTOMÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS

USO DO CRÉDITO NAS COMPRAS DE AUTOMÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS USO DO CRÉDITO NAS COMPRAS DE AUTOMÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS Pesquisa realizada pelo SPC Brasil e a CNDL, divulgada recentemente, mostrou que há uma relação direta entre inadimplência e fatores característicos

Leia mais

CAPÍTULO 4 EUA: POTÊNCIA MUNDIAL PROF. LEONAM JUNIOR 9º ANO COLÉGIO ARI DE SÁ

CAPÍTULO 4 EUA: POTÊNCIA MUNDIAL PROF. LEONAM JUNIOR 9º ANO COLÉGIO ARI DE SÁ CAPÍTULO 4 EUA: POTÊNCIA MUNDIAL PROF. LEONAM JUNIOR 9º ANO COLÉGIO ARI DE SÁ ECONOMIA P. 57 Industrialização nos Grandes Lagos e porção nordeste: - Acúmulo de capital com a colonização de povoamento.

Leia mais

LISTA 5B GABARITO ANOTAÇÕES. Lista de Exercícios 5B Introdução à Economia 1

LISTA 5B GABARITO ANOTAÇÕES. Lista de Exercícios 5B Introdução à Economia 1 LISTA 5B GABARITO Conceitos importantes: 1) Macroeconomia keynesiana 2) Desemprego: modalidades e interpretações 3) Demanda agregada: consumo, poupança e gastos autônomos 4) Propensão Marginal a Consumir

Leia mais

Investimentos, Endividamento Público e Crescimento Econômico

Investimentos, Endividamento Público e Crescimento Econômico IPEA / DIMAC-GAP 05/2009 Roberto Pires Messenberg Investimentos, Endividamento Público e Crescimento Econômico I Aspectos Conceituais A questão da sustentabilidade da política fiscal deve ser avaliada

Leia mais

Rodrigo Leandro de Moura Gabriel Leal de Barros

Rodrigo Leandro de Moura Gabriel Leal de Barros TEXTO PARA DISCUSSÃO Nota Técnica: O Custo Público com Reprovação e Abandono Escolar na Educação Básica Rodrigo Leandro de Moura Gabriel Leal de Barros Pesquisadores de Economia Aplicada do FGV/IBRE Fevereiro

Leia mais

Educação e Escolaridade

Educação e Escolaridade Já existe certo consenso de que um dos grandes obstáculos para o crescimento da economia brasileira é a capacitação dos nossos trabalhadores, sendo que boa parte desse processo ocorre nas escolas e universidades.

Leia mais

Administração AULA- 8. Macro Economia - Políticas. Prof. Isnard Martins. Bibliografia:

Administração AULA- 8. Macro Economia - Políticas. Prof. Isnard Martins. Bibliografia: Administração AULA- 8 Macro Economia - Políticas Prof. Isnard Martins Bibliografia: Rosseti J. Introdução à Economia. Atlas 2006 Garcia e Vasconcelos Fundamentos de Economia, Saraiva 2007 1 Isnard Martins

Leia mais

EDIÇÃO 07 MARÇO 2015 ANO 3 IMPOSTO DE RENDA. Atenção à Declaração de 2015!

EDIÇÃO 07 MARÇO 2015 ANO 3 IMPOSTO DE RENDA. Atenção à Declaração de 2015! EDIÇÃO 07 IMPOSTO DE RENDA Atenção à Declaração de 2015! IMPOSTO DE RENDA 2015 Anualmente, entre os meses de março e abril, toda pessoa física não isenta de Imposto de Renda deve preencher e entregar à

Leia mais

REGIONALIZAÇÕES MUNDIAIS

REGIONALIZAÇÕES MUNDIAIS REGIONALIZAÇÕES MUNDIAIS Vivian Q. Pretti -Geografia- REGIONALIZAR é dividir, e ao mesmo tempo agrupar, áreas do território que possuem características semelhantes. Para regionalizar é necessário estabelecer

Leia mais

E as condições internas?

E as condições internas? A ECONOMIA CAFEEIRA: do escravismo colonial ao trabalho assalariado. Profa. Ms. Joseney Rodrigues de Queiroz Dantas Departamento de Economia/CAMEAM/UERN Condições Históricas (externas) para a Expansão

Leia mais

Paineiras Hedge FIC FIM

Paineiras Hedge FIC FIM Cenário Econômico e Perspectivas A performance do mercado no mês de setembro foi marcada pela aceleração descontrolada da taxa de câmbio no Brasil e o efeito desse movimento sobre os demais mercados locais.

Leia mais

Sobre o Jogo da Economia Brasileira

Sobre o Jogo da Economia Brasileira Sobre o Jogo da Economia Brasileira O Jogo da Economia Brasileira - pretende exercitar conceitos e mecanismos básicos que facilitem o entendimento do que vem acontecendo com a economia brasileira, a partir

Leia mais

Alguns Problemas Econômicos: - Por que a expansão da moeda e do crédito pode gerar inflação? - Por que o nordestino possui uma renda per capita muito

Alguns Problemas Econômicos: - Por que a expansão da moeda e do crédito pode gerar inflação? - Por que o nordestino possui uma renda per capita muito Alguns Problemas Econômicos: - Por que a expansão da moeda e do crédito pode gerar inflação? - Por que o nordestino possui uma renda per capita muito inferior à do paulista? - Como pode uma desvalorização

Leia mais

Considerações sobre a Lei da Partilha. Adriano Pires Junho de 2015

Considerações sobre a Lei da Partilha. Adriano Pires Junho de 2015 Considerações sobre a Lei da Partilha Adriano Pires Junho de 2015 Mudanças propostas Extinguir a obrigatoriedade da Petrobras de ter um mínimo de 30% dos campos do pré-sal que vierem a ser leiloados no

Leia mais

O mercado de trabalho para os engenheiros. Engenheiro Civil Valter Fanini

O mercado de trabalho para os engenheiros. Engenheiro Civil Valter Fanini para os engenheiros Engenheiro Civil Valter Fanini Formação do salário dos engenheiros O contexto macro-econômico O mercado de trabalho As informações do mercado (RAIS) As normas legais O contexto macro-econômico

Leia mais

O colapso vindo da Arábia Saudita

O colapso vindo da Arábia Saudita O colapso vindo da Arábia Saudita Por Nick Giambruno, Editor Sênior Eles se encontraram em segredo para planejar um ataque devastador Dois homens poderosos, em conluio, dentro de um palácio no Oriente

Leia mais

Fundo de Investimento Imobiliário FII BM Brascan Lajes Corporativas BMLC11B

Fundo de Investimento Imobiliário FII BM Brascan Lajes Corporativas BMLC11B Informativo Mensal Maio/2013 Fundo de Investimento Imobiliário FII BM Brascan Lajes Corporativas BMLC11B ConjunturaEconômica Atividade Econômica: O crescimento da atividade econômica do primeiro trimestre

Leia mais

Senhoras e Senhores. Assinatura de Contratos de Concessões de Usinas Hidrelétricas Leilão 12/2015. Brasília, 5 de janeiro de 2016

Senhoras e Senhores. Assinatura de Contratos de Concessões de Usinas Hidrelétricas Leilão 12/2015. Brasília, 5 de janeiro de 2016 Assinatura de Contratos de Concessões de Usinas Hidrelétricas Leilão 12/2015 Brasília, 5 de janeiro de 2016 Luiz Eduardo Barata Ministro Interino de Minas e Energia Lote E Jupiá e Ilha Solteira Senhoras

Leia mais

Empresas abertas ganham fôlego para investir

Empresas abertas ganham fôlego para investir 10 ago 2006 Nº 8 Empresas abertas ganham fôlego para investir Por Marcelo Machado Nascimento Economista da área de Planejamento Bom resultado, ajudou a reduzir a vulnerabilidade externa da economia Nos

Leia mais

AS INCERTEZAS MACROECONÔMICAS QUE AFETAM A COMPETIÇÃO ENTRE AS EMPRESAS NACIONAIS

AS INCERTEZAS MACROECONÔMICAS QUE AFETAM A COMPETIÇÃO ENTRE AS EMPRESAS NACIONAIS AS INCERTEZAS MACROECONÔMICAS QUE AFETAM A COMPETIÇÃO ENTRE AS EMPRESAS NACIONAIS Élcio Reginaldo Taveira Júnior Marcel Silva Barbosa Orientador: Prof. Ms. José Alfredo de Pádua Guerra. Resumo Analisando

Leia mais

1,04% foi a alta do Ibovespa em 2010, marcada pelas realizações de lucros de quem aplicou em 2009

1,04% foi a alta do Ibovespa em 2010, marcada pelas realizações de lucros de quem aplicou em 2009 Nº EDIÇÃO: 692 Fundos de ações 07.JAN - 21:00 Atualizado em 12.01-15:23 Os astros do picadeiro A bolsa premiou quem ficou nos bastidores em 2010, mas agora promete boas surpresas para quem subir no palco

Leia mais

O QUASE FINAL DA SAFRA DE GRÃOS 2010/11. E A CRISE?

O QUASE FINAL DA SAFRA DE GRÃOS 2010/11. E A CRISE? 1 O QUASE FINAL DA SAFRA DE GRÃOS 2010/11. E A CRISE? Fernando Homem de Melo 1 Professor Titular do Departamento de Economia da FEA-USP e Pesquisador da FIPE A safra de grãos, 2010/11 está terminando.

Leia mais

Aula 26 - TP002 - Economia 31 /05/2010 Capítulo 32 MANKIW (2007) continuação...

Aula 26 - TP002 - Economia 31 /05/2010 Capítulo 32 MANKIW (2007) continuação... Aula 26 - TP002 - Economia 31 /05/2010 Capítulo 32 MANKIW (2007) continuação... PASSOS PARA ACERTAR O QUE ACONTECE COM O MODELO QUANDO ALTERAMOS ALGUMA VARIÁVEL E IR BEM NA PROVA: 1- QUAL(IS) DA(S) CURVA(S)

Leia mais

Tabelas... 15 Figuras... 20 Prefácio à terceira edição brasileira... 21

Tabelas... 15 Figuras... 20 Prefácio à terceira edição brasileira... 21 Sumário Tabelas... 15 Figuras... 20 Prefácio à terceira edição brasileira... 21 Parte I: Perspectiva histórica 1. Introdução e aspectos gerais... 25 Cenário físico e demográfico... 27 Recursos naturais...

Leia mais

Vestibular CESAMA 2005/2 1 19/06/2005

Vestibular CESAMA 2005/2 1 19/06/2005 Vestibular CESAMA 2005/2 1 19/06/2005 Prova Tipo 2 16/12/2007 2 CONHECIMENTOS GERAIS 01. Uma das questões mais importantes para a economia de um estado é o conceito de valor agregado ou produto da economia.

Leia mais

Imperativos de uma participação bem sucedida de Portugal na UEM

Imperativos de uma participação bem sucedida de Portugal na UEM Imperativos de uma participação bem sucedida de Portugal na UEM Carlos da Silva Costa Governador 27 março 2014 Apresentação do livro A Economia Portuguesa na União Europeia: 1986-2010" Imperativos de uma

Leia mais

Perspectivas de la industria

Perspectivas de la industria Perspectivas de la industria i Brasil a mediano y largo plazo Fabio Trigueirinho Secretário Geral ABIOVE - Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais Rosario Argentina 14 de Setembro de 2011

Leia mais

Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) JOINVILLE

Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) JOINVILLE Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) JOINVILLE Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) JOINVILLE FECOMÉRCIO SC SUMÁRIO Endividamento em Joinville 7 Considerações

Leia mais

Regulação do Sistema Financeiro

Regulação do Sistema Financeiro Regulação do Sistema Financeiro Item 13 do Programa Bibliografia básica: Peter Howells & Bain (2001, cap.24) Joseph Stiglitz e Bruce Greenwald (2004, cap.9) Por que regular? 1. Questões Políticas ou de

Leia mais