Administração AULA- 8. Macro Economia - Políticas. Prof. Isnard Martins. Bibliografia:
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- Rafaela Delgado Imperial
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1 Administração AULA- 8 Macro Economia - Políticas Prof. Isnard Martins Bibliografia: Rosseti J. Introdução à Economia. Atlas 2006 Garcia e Vasconcelos Fundamentos de Economia, Saraiva Isnard Martins Pag - 1
2 Macroeconomia x Microeconomia Diferença primordial : questão de ênfase e enfoque: Ao estudar a determinação de preços em um dados setor, na Microeconomia consideram-se constantes os preços (coeteris paribus) Na Macroeconomia, estuda-se o nivel geral de preços, ignorando-se as mudanças de preços relativos dos bens dos diferentes setores 2
3 Macroeconomia x Teoria do Desenvolvimento e Crescimento Econômico A teoria macroeconômica tradicional trata fundamentalmente das questões do desemprego e da inflação, considerados como problemas de curto prazo ou conjunturais. Nas teorias de desenvolvimento e crescimento incorporam-se questões estruturais que envolvem políticas cujos efeitos demandam um período maior de tempo para apresentação de resultados, envolvendo mudanças profundas na estrutura econômica do país. 3
4 Macroeconomia Objetivos da Política macroeconômica São os seguintes os objetivos de política macroeconômica: Alto nível de emprego Estabilidade de preços Distribuição de renda socialmente justa Crescimento econômico 4
5 Macroeconomia Política macroeconômica Questões Conjunturais: Curto Prazo: Inflação, emprego (denominadas políticas de estabilização) Longo Prazo: crescimento econômico, distribuição de renda. Equilíbrio do Balanço de Pagamentos (equikíbrio externo). 5
6 As Políticas do Governo As decisões do governo sobre quanto despender : nas formas de consumo, investimentos, subsídios transferências, sobre quanto tributar e ainda sobre que agentes e que transações os tributos incidirão, compõem os instrumentos fiscais com quais os gestores da política macroeconômica podem exercer influências sobre o desempenho geral da econômica. 6
7 A Política Fiscal ( - / + ) Os dispêndios do governo, de consumo e de investimentos, são dois importantes componentes da procura agregada. Decorrentes, sua contração ou expansão têm a ver com a sustentação do produto agregado e do nível de emprego. 7
8 A Política Fiscal Já os dispêndios com transferências incorporam-se à renda disponível das unidades familiares, aumentando sua capacidade efetiva de dispêndio ou de poupança. E os subsídios modificam preços de produtos finais, interferindo indiretamente nos níveis efetivos de dispêndios dos agentes privados. 8
9 A Política Fiscal A contrapartida fiscal destes dispêndios é a tributação direta ou indireta. Enquanto os dispêndios do governo exercem efeitos expansionistas sobre a renda, a produção e o emprego, a atividade tributária exerce efeitos contracionistas. ( - ) ( + ) 9
10 A Política Fiscal Um aumento de dispêndios pode ser, por exemplo, financiado por uma expansão equivalente na tributação As influências expansionistas dos dispêndios podem ser compensadas pelos efeitos contracionistas dos tributos. ( + ) ( - ) 10
11 A Política Fiscal Outras alternativas de composição do mix fiscal são os déficits ou os superávits orçamentários. O orçamento fiscal equilibrado é apenas uma entre as possíveis hipóteses. As formas de financiamento de déficits, juntamente com as decisões sobre o destino a ser dado a superávits completam o arsenal de medidas fiscais. 11
12 Instrumentos Fiscais São assim, em síntese, instrumentos fiscais: Os Dispêndios do Governo Consumo; Investimento; Transferências; Subsídios A Tributação Tributos diretos; Tributos indiretos. 12
13 Políticas Fiscais Estes instrumentos interferem em todos os objetivos macroeconômicos. Referem-se a todos os instrumentos que o governo dispõe para arrecadar tributos (política tributária) e controlar as suas despesas (política de gastos). São instrumentos também utilizados para inibir o consumo e conter o gastos da coletividade. 13
14 Instrumentos Fiscais As transações externas podem também ser afetadas pelos instrumentos fiscais: o governo tanto pode contrair quanto expandir seus próprios dispêndios com importações de mercadorias e serviços, interferindo no saldo das exportações líquidas 14
15 Instrumentos Fiscais O mix fiscal depende, assim, dos objetivos macroeconômicos definidos. Ele tanto pode ser mobilizado em direções tanto contracionistas, quanto expansionistas, interferindo sobre os objetivos nas direções que vierem a ser priorizadas. 15
16 Instrumentos Fiscais Política monetária - O instrumento básico é o controle da oferta de moeda, que define a liquidez da economia como um todo, atuando sobre a taxa de juros. O controle da moeda é complementado pelo contingenciamento das operações de crédito, que também exerce efeitos sobre a liquidez e os juros. 16
17 Suprimento Monetário Praticamente, todos os objetivos da política macroeconômica podem sofrer a influência do suprimento monetário, da oferta de crédito e da taxa de juros. A contração da moeda pode provocar a elevação real da taxa de juros, contraindo os dispêndios de consumo e de investimento dos agentes privados e refletindo-se nos níveis gerais de preços. 17
18 Suprimento Monetário A contração do crédito pode atuar da mesma direção. Contrariamente, a expansão real da oferta monetária, à medida que reduz os níveis reais dos juros, pode atuar em direção oposta, estimulando os níveis do dispêndio agregado, interno e externo, dos agentes privados. Este estímulo pode refletir-se nos níveis do produto agregado. Atua sobre os níveis agregados do emprego. 18
19 Política cambial e relações econômicas externas. Os instrumentos diretamente vinculados às transações externas são: A intervenção no mercado cambial Neutralidade cambial; Desvalorização da taxa de câmbio; Valorização da taxa de câmbio. A política de comércio. Fixação de quotas; Regime de proteções. Tratamento dado aos capitais externos de risco. Condições de ingresso. Remessa de proteções. 19
20 Política cambial e relações econômicas externas. Taxas de câmbio desvalorizadas, protecionismo e estímulo à entrada de capitais para investimentos geralmente estimulam a procura agregada e impulsionam para cima o nível geral do emprego. Mas tudo isto interfere também no nível geral de preços, podendo produzir focos inflacionários. 20
21 Política cambial e relações econômicas externas. - O câmbio valorizado - A maior abertura das fronteiras econômicas para entrada de produtos competitivos - O favorecimento seletivo de empreendimentos externos para atuação em mercado pouco concorridos internamente... podem ser instrumentos de estabilização de preços....podem comprometer os níveis internos de oferta agregada e de emprego. 21
22 Política Monetária O controle da base monetária é questão chave da política monetária. O controle é exercido com o suprimento primário de papelmoeda e com o efeito multiplicador da moeda escritural. A base monetária é constituída pelo papel-moeda e pelas reservas bancárias voluntárias e compulsórias. 22
23 Conceitos Depósito Compulsório Taxa fixada pela Autoridade Monetária Incide sobre os depósitos à vista realizados pelos bancos comerciais Os valores são recolhidos pelo banco Central que os aumenta ou reduz de acordo com os interesses econômicos Banco Central 23
24 Conceitos Mercado Aberto Denomina-se também empréstimos de liquidez, caracterizadas como contrapartida dos recolhimentos compulsórios. Banco Central São empréstimos que o Banco Central concede, redescontando títulos de crédito que o mercado descontou no sistema bancário. Representa uma operação de socorro aos bancos, embora realizadas com taxas punitivas. 24
25 Conceitos Mercado Aberto Operações Compra líquida de Títulos aumento das reservas bancárias, aumento da liquidez do mercado queda da taxa de juros primária Venda líquida de Títulos redução das reservas bancárias, redução da liquidez do mercado aumento da taxa de juros primária Banco Central 25
26 Conceitos Taxa de Redesconto O Banco Central funciona como uma espécie de Banco dos Bancos Taxa de Redesconto é a taxa de juros cobrada pelo Banco Central nos empréstimos aos bancos comerciais A taxa de redesconto é sempre ligeiramente superior que as taxas de CDI (Certificado de Depósito Interbancário) Banco Central 26
27 Conceitos CDI - Certificado de Depósito Interbancário A taxa média apurada nas operações entre bancos Operações bancárias Captação sempre à taxa inferior ao CDI Aplicação Sempre à taxa superior ao CDI Banco Central 27
28 Conceitos Controle Seletivo de Crédito São intervenções diretas realizadas no mercado de créditos pela autoridade monetária. Trata-se de um instrumento de controle da oferta monetária de se diferencia dos instrumentos redesconto, compulsório e mercado aberto. Alcança operações ativas do mercado Intervém indiretamente nos custos e volumes das operações de mercado 28
29 Política Monetária Se os saldos de papel-moeda se expandem: contraem-se as reservas Os meios de pagamento se multiplicam Elevam-se os níveis gerais de liquidez da economia. Se os saldos primários de papel-moeda são contidos ou se expandem as exigências de recolhimentos compulsórios: A liquidez contrai-se Ampliam-se as reservas junto ao Banco Central 29
30 + Expansionista Autoridade monetária aumenta a liquidez da Economia injetando um volume maior de recursos nos mercados - Contracionista Autoridade monetária reduz a liquidez da economia, promovendo a retração da demanda e atividade econômica. 30
31 Injeção de moeda no Sistema Financeiro Troca de cédulas antigas por cédulas novas emitidas representa a emissão líquida Cédulas velhas saem... Cédulas novas entram... 31
32 + Expansionista Quando a emissão é realizada por um volume de cédulas novas acima do volume de cédula antigas Contracionista - Quando a emissão é realizada por um volume de cédulas novas abaixo do volume de cédula antigas 32
33 Procura por Moeda È definida por três motivos (1) Transação a moeda é uma provisão temporária de poder de compra empregada como meio de pagamento. É utilizada para satisfação de necessidades de bens e serviços de consumo, tanto de uso imediato, como de uso durável. 33
34 Procura por Moeda É definida por três motivos (2) Precaução destinado a atender incertezas do futuro. A preferência pela liquidez cobre as necessidades correntes e expectativas de dispêndios futuros. São fundos contingenciais destinados a suprir fluxos incertos, descontínuos e extraordinários. 34
35 Procura por Moeda É definida por três motivos (3) Especulação destinado a atender ganhos especulativos com a compra de ativos reais e financeiros. São definidos por oportunidade de negócios nos setores real e financeiro. A moeda destinada a esta finalidade é de índole especulativa. 35
36 Estrutura de Análise macroeconômica Compõe-se de cinco mercados: Os agregados macroeconômicos são determinados pelo encontro da oferta e procura em cada um desses mercados: Bens e Serviços Trabalho Monetário Títulos Divisas 36
37 Estrutura de Análise macroeconômica Bens e Serviços (consumidores, empresas, governo, setor externo) condição de equilíbrio : Oferta agregada de bens e serviços = demanda agregada de bens e serviços Variáveis determinantes nível de renda e produto nacional nível de preços poupança agregada investimentos agregados exportações totais Importações totais 37
38 Estrutura de Análise macroeconômica Mercado de Trabalho condição de equilíbrio : Oferta de mão de obra= demanda de mão de obra Variáveis determinantes Nível de emprego Taxa de salários monetários 38
39 Estrutura de Análise macroeconômica Mercado Monetário condição de equilíbrio : Oferta de moeda= demanda de moeda Variáveis determinantes Taxa de juros Estoque de moeda (meios de pagamentos) 39
40 Estrutura de Análise macroeconômica Mercado Títulos condição de equilíbrio : Oferta de títulos= demanda de títulos Variável determinante Preço dos títulos 40
41 Estrutura de Análise macroeconômica Mercado de Divisas condição de equilíbrio : Oferta de divisas= demanda de divisas (transações com o resto do mundo) Variável determinante Regime de flutuação da taxa de câmbio (fixa ou flutuante) 41
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