Produto, taxa de juros e Regimes Cambiais
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- Beatriz Minho Dreer
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1 Produto, taxa de juros e Regimes Cambiais C A P Í T U L OS 20 e 21 Prof. Alexandre Nunes Esalq/USP slide 1
2 Produto, taxa de juros e taxa de câmbio A partir do modelo que é uma extensão para a economia aberta do modelo IS LM-BP (BP = TC + BK (Saldos)) que é conhecido como modelo de Mundell-Fleming (Capitulo 15, Prof. Bacha). Duas questões: O que determina a taxa de câmbio? Como os formuladores de política econômica poderiam usála em favor da economia? slide 2
3 Equilíbrio no mercado de bens O equilíbrio no mercado de bens pode ser descrito pelas seguintes equações: Y C Y T I Y r G IM Y X Y * ( ) (, ) (, )/ (, ) ( ) (, ) (, ) (, ) onde ε é taxa de cambio real (Rever capítulo 18, pg342, Blanchard) 1. Um aumento de Y aumenta as importações e um aumento de Y* (PIB estrangeiro) aumenta as exportações 2. Um aumento da taxa real de câmbio leva a uma queda das exportações líquidas. Aumento uma apreciação da moeda nacional em relação a moeda estrangeira (=o valor do câmbio nominal diminui) Importar fica mais atraente slide 3
4 Equilíbrio no mercado de bens Y C Y T I Y r G NX Y Y * ( ) (, ) (,, ) ( ) (, ) A implicação principal dessa equação é que tanto a taxa real de juros quanto a taxa real de câmbio afetam a demanda e, por sua vez, o produto de equilíbrio Y slide 4
5 Equilíbrio no mercado de bens Adotando duas simplificações: A taxa real de câmbio e a taxa nominal de câmbio variam juntas: P = P* = 1, logo Não há inflação nem efetiva, nem esperada. = E EP * P π e = 0, logo r = i + π e. Com essas duas simplificações, a equação torna-se: Y C Y T I Y i G NX Y Y E * ( ) (, ) (,, ) ( ) (, ) Taxa de juros nominal, i, e taxa de câmbio nominal E(Mais didático) slide 5
6 Equilíbrio nos mercados financeiros Na economia aberta, as pessoas têm a escolha entre títulos domésticos e títulos estrangeiros. Moeda versus títulos Escrevemos a condição de que a oferta de moeda seja igual à demanda por moeda como: M P YL( i) Podemos usar a equação para pensar sobre a determinação da taxa nominal de juros em uma economia aberta. slide 6
7 Equilíbrio nos mercados financeiros Títulos domésticos versus títulos estrangeiros Ao examinar a escolha entre títulos domésticos e títulos estrangeiros, os investidores procuram a taxa de retorno esperada mais alta. (Cap 18) O lado esquerdo dá o retorno, em termos de moeda nacional, de reter títulos domésticos. (Vamos considerar como doméstico os Estados Unidos e Brasil, estrangeiro, i*) O lado direito dá o retorno esperado, também em termos da moeda nacional, de reter títulos estrangeiros (brasileiros). No equilíbrio, em dólares, portanto, se os dois retornos esperados são iguais, você está indiferente. slide 7 Condição de Paridade 1 + i t = (1 + i t ) E t e E t+1
8 Equilíbrio nos mercados financeiros Títulos domésticos versus títulos estrangeiros 1 + i t = (1 + i t ) E t e E t+1 A presença de E t se deve ao fato que ao comprar títulos estrangeiros (brasileiros), você deve primeiro trocar a moeda nacional pela estrangeira, dólar por real. e A presença de E t+1 se deve ao fato que para vender os títulos brasileiros no período seguinte, você terá de trocar a moeda estrangeira (real) por moeda nacional (dólar) slide 8 Sua decisão de investir dependerá ENTÃO dos movimentos esperados da taxa de câmbio em relação ao país estrangeiro (no caso nosso, o Brasil) e das taxas de juros.
9 Equilíbrio nos mercados financeiros Títulos domésticos versus títulos estrangeiros Multiplique ambos os lados por E e t+1 e reorganize para obter E t 1 1 i i t t * E e t 1 slide 9 A condição da paridade de juros pode ser também escrita por: E 1 i Essa relação nos diz que a taxa E e de câmbio atual depende da 1 taxa de juros interna (EUA), da i * taxa de juros externa (Selic) e da taxa de câmbio futura esperada.
10 Equilíbrio nos mercados financeiros Títulos domésticos versus títulos estrangeiros Observaremos 3 efeitos: E 1 i * 1 i 1. Um aumento da taxa de juros interna (americana) levará a um aumento da taxa de câmbio (APRECIAÇÃO DA MOEDA NACIONAL EM TERMOS DA ESTRANGEIRA) No nosso caso, o dólar se fortalece (apreciação) e o real de desvaloriza E e Equivale dizer que a taxa de câmbio (medida em R$/US$) aumenta. Você precisa de mais reais para comprar 1 dólar. slide 10
11 Equilíbrio nos mercados financeiros Títulos domésticos versus títulos estrangeiros E 1 i * 1 i 2. Um aumento da taxa de juros externa (Selic) levará a uma diminuição da taxa de câmbio. E Ocorre uma depreciação da moeda nacional (americana) para nós, O real se fortalece e slide 11
12 Equilíbrio nos mercados financeiros Títulos domésticos versus títulos estrangeiros E 1 i * 1 i E e 3. Um aumento da taxa de câmbio futura esperada levará a um aumento da taxa de câmbio atual. - Vamos mostrar o impacto desse último caso slide 12
13 Equilíbrio nos mercados financeiros Títulos domésticos versus títulos estrangeiros Suponha que no EUA e no Brasil a taxa de juros seja de 5% para títulos dos dois países. (TAXAS DE JUROS IGUAIS) A taxa de câmbio atual no Brasil é de 3,85 (ontem) [R$ 2,5 (Nov/2014)] reais e a esperada também seja de 3,85 reais. Condição de paridade de juros satisfeita. Agora, considere que a taxa de câmbio (nominal) esperada será 10% maior, E e = 4,24 reais (1,05 0,95 NA EQUAÇÃO) Os títulos brasileiros continuam rendendo 5% mas o real, no entanto, valerá menos no futuro, O QUE FAZER??? slide i t = (1 + i t ) E t Ee t+1 é
14 Equilíbrio nos mercados financeiros Títulos domésticos versus títulos estrangeiros Em termos de dólares, o retorno do títulos brasileiros será de i=5% menos 10% (da depreciação do real), ou seja menos (- 5%). NOTA: títulos americanos são mais atraentes se o câmbio do pais estrangeiro (Brasil) se desvaloriza. (Devemos comparar na mesma moeda) Com a taxa de 3,85 reais (atual) e sabendo da depreciação cambial futura, 10%, investidores vão querem trocar títulos brasileiros por títulos americanos Eles devem vender esses títulos por reais, e depois trocar os reais por dólares, para comprar os títulos americanos. (mesma moeda) Como os investidores compram dólares, o dólar aqui no Brasil se aprecia slide (real 14 deprecia)...a pergunta é quanto?????????
15 Equilíbrio nos mercados financeiros Títulos domésticos versus títulos estrangeiros A equação E = 1,05 1,05 E 1 i * 1 i E 4,24 = 4,24 e nos dá a resposta. Ou seja, a taxa de câmbio atual deve aumentar na mesma proporção da taxa de câmbio esperada. O dólar também se apreciará em 10% em relação ao real Você precisará de mais reais para comprar um dólar. slide 15
16 Equilíbrio nos mercados financeiros Títulos domésticos versus títulos estrangeiros OUTRO EXEMPLO alterando os juros Se a taxa de juros nos EUA aumentar para 8%, no BR continua em 5% e a taxa de câmbio futuro esperada continue em 3,85 reais, sem depreciação. Os títulos americanos continuam sendo muito mais atraentes slide 16
17 Equilíbrio nos mercados financeiros Títulos domésticos versus títulos estrangeiros MAS... Com uma taxa de câmbio esperada de 4,24, os investidores querem NOVAMENTE E AINDA MAIS trocar reais por dólares para comprar títulos americanos e ao fazer isso, o dólar se aprecia (portanto, a taxa de câmbio nominal do dólar será AINDA maior (apreciação), o real se deprecia). (mais reais para comprar um dólar.) Quanto???? E = 1,08 slide 17 FUGA DE 4,24 4,36 ( 13%) DÓLARES?? 1,05
18 Equilíbrio nos mercados financeiros Títulos domésticos versus títulos estrangeiros Existe uma relação entre a taxa de juros e a taxa de câmbio decorrente da paridade de Juros Não confundir. i sem * é juros americano no nosso exemplo. Dado a taxa de juros no Brasil de 5%, e com uma taxa de juros interna nos EUA maior, nosso exemplo, leva a uma taxa de câmbio maior uma apreciação do dólar em termos de reais ou uma depreciação do real em termo de dólares slide 18 Quando i = i*, E = E e
19 Equilíbrio nos mercados financeiros FUGA DE DÓLARES Fuga de dólares ocorre por medo de uma recessão mundial por uma economia doméstica mal conduzida Os investidores querem vender seus títulos brasileiros, mesmo se houver uma taxa de juros mais alta como acontece no Brasil atualmente. slide 19 Nos EUA, o juros é bem mais baixo mas o risco é menor Eles trocarão reais por dólares, o real se depreciará em relação ao dólar (aumenta a taxa de cambio nominal). Como parte do consumo depende de produtos importados, BC deve atuar vendendo dólares no mercado de câmbio--(aumentar a oferta) em relação ao real ao contrário do que gostaria a indústria
20 Equilíbrio nos mercados financeiros FUGA DE DÓLARES Aqui no Brasil o governo precisa de dinheiro para pagar suas próprias contas: slide 20 despesas de pessoal, custo da previdência, investimento em obras de estradas, saneamento, escolas, etc... O governo também precisa de dinheiro para "rolar" a dívida. Aliás, hoje em dia essa é a maior despesa que o governo tem.
21 Equilíbrio nos mercados financeiros FUGA DE DÓLARES Para obter esse dinheiro o governo brasileiro oferece uma taxa de juro das mais altas do mundo, não só isso (ex: controle da inflação). Quem tem dólares no exterior decide investir no Brasil, traz os dólares para cá porque ele se converte em muitos reais e ainda recebe um juro exorbitante. Pela teoria, o real deveria se apreciar pelo que vimos anteriormente. Atualmente, os juros no Brasil é de 11,25% ao ano e nos Estados Unidos é de 0,5% ao ano. O problema é a variação cambial que pode reduzir esse ganho, ou seja, se slide 21 o dólar subir, o investidor estrangeiro ganha menos dinheiro.
22 Equilíbrio nos mercados financeiros FUGA DE DÓLARES Suponha que um investidor traz 100 mil dólares para o Brasil. A taxa básica de juros Selic é 11,15% ao ano. Mas esse juro é pago em reais, portanto, é preciso converter os 100 mil dólares em reais, aplicar, resgatar em reais e depois converter para dólar na data do resgate. Se a taxa de câmbio é de 3,85, então temos R$ 385,000 + (11,25%) 428 mil. Mas SE um ano depois, dólar for de 3,0 reais, portanto, menor. slide 22
23 Equilíbrio nos mercados financeiros FUGA DE DÓLARES Então, os 428 mil valerão 142 mil dólares > 100 mil original. Mais gente trarão dólares ao pais. Isso gera um ciclo virtuoso, quanto mais dólares entram, mais o real se valoriza, mais rentável é a aplicação em reais, mais dólares entram no Brasil, realimentando o ciclo. POR OUTRO LADO SE a taxa de cambio subir, então, os 100 mil dólares diminuem depois de um ano. Reais estão se desvalorizando valendo menos dólares, quanto mais dólares querem sair do país, mais caro o dólar fica para nós. slide 23
24 Equilíbrio nos mercados financeiros POR QUE O BANCO CENTRAL COMPRA DÓLARES NO MERCADO ABERTO DE CÂMBIO? O Banco Central, além de comprar dólares para financiar as importações, realiza operações de compra e venda de moeda estrangeira, principalmente o dólar, visando controlar a taxa de câmbio no País. Swaps cambiais O Banco Central visa controlar o preço do dólar para que as importações não fiquem muito caras para o país, e também para que as exportações não sofram com a valorização do real, tornando nossos produtos menos competitivos no mercado internacional. slide 24
25 Equilíbrio nos mercados financeiros O que é mercado de câmbio? No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente onde se realizam as operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central e entre estes e seus clientes O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central Incluem-se no mercado de câmbio brasileiro as operações relativas aos recebimentos, pagamentos e transferências do e para o exterior mediante a utilização de cartões de uso internacional, bem como as operações referentes às transferências financeiras postais internacionais, inclusive vales postais e reembolsos postais internacionais. slide 25
26 Colocando o mercado de bens e os mercados financeiros juntos O equilíbrio no mercado de bens implica que o produto depende, entre outros fatores, da taxa de juros e da taxa de câmbio: Y C Y T I Y i G NX Y Y E * ( ) (, ) (,, ) A taxa de juros, por sua vez, é determinada pela igualdade entre a oferta de moeda e a demanda por moeda: M YL () i P slide 26
27 Colocando o mercado de bens e os mercados financeiros juntos As versões de nossas conhecidas relações IS e LM para uma economia aberta: 1 i IS Y C Y T I Y i G NX Y Y E i LM * e : ( ) (, ),, 1 * M : YL( i) P Um aumento da taxa de juros tem agora dois efeitos: O primeiro efeito, que já estava presente em uma economia fechada, é o efeito direto sobre o investimento. O segundo efeito, que só está presente na economia aberta, é o efeito por meio da taxa de câmbio. Com um i maior, maior é a taxa de câmbio (apreciação) slide 27
28 Efeitos da política econômica em uma economia aberta Efeitos da política fiscal em uma economia aberta FIGURA 20.3 Efeitos de um aumento dos gastos do governo Um aumento dos gastos do governo leva a um aumento do produto, a um aumento da taxa de juros e a uma apreciação do real em relação ao dólar. Menos reais para 1 dólar Um aumento dos gastos do governo desloca a curva IS para a direita. Não desloca nem a curva LM, nem a reta da paridade de juros. slide 28
29 Efeitos da política econômica em uma economia aberta Efeitos da política fiscal em uma economia aberta Podemos dizer o que acontece com os vários componentes da demanda? O consumo e os gastos do governo claramente sobem. O efeito dos gastos do governo sobre o investimento (por causa do aumento do juros) era ambíguo na economia fechada e permanece ambíguo na economia aberta. (Qual é maior?) Difícil dizer. Tanto o aumento do produto quanto a apreciação combinam-se para diminuir as exportações líquidas. slide Mais 29 importações e menos exportações
30 Efeitos da política econômica em uma economia aberta Efeitos da política monetária em uma economia aberta FIGURA 20.4 Efeitos de uma contração monetária Uma contração monetária leva a uma diminuição do produto, a um aumento da taxa de juros e a também uma apreciação (aumento de E) Não confundir!! Uma contração monetária desloca a curva LM para cima. Não desloca nem a curva IS, nem a curva da paridade de juros. slide 30
31 Câmbio fixo O câmbio fixo é aquele em que o valor da moeda estrangeira (geralmente o dólar) é fixado pelo governo. Desta forma, a moeda nacional passa a ter um valor fixo em relação a essa moeda-lastro. Vantagem: possibilita um melhor controle sobre a inflação. Desvantagem: pode ocasionar a valorização excessiva da moeda nacional, provocando a diminuição das exportações e aumento de importações (no caso da moeda estrangeira mantida desvalorizada). slide 31
32 Taxas de câmbio fixas Os bancos centrais atuam com metas de taxa de câmbio implícitas ou explícitas e usam a política monetária para atingir essas metas. Atrelamento, minidesvalorizações e bandas Alguns países operam com taxas de câmbio fixas. Esses países mantêm uma taxa de câmbio fixa em termos de alguma moeda estrangeira. Alguns atrelam sua moeda ao dólar (Ex: Argentina). Alguns países operam sob minidesvalorizações (crawling peg). Esses países normalmente têm taxas de inflação que superam a taxa de inflação dos Estados Unidos. slide 32
33 Taxas de câmbio fixas Atrelamento, minidesvalorizações, bandas Alguns países mantêm suas taxas de câmbio bilaterais dentro de determinadas bandas. Foi o caso do Brasil antes da crise da Ásia Cambio administrado e haviam bandas cambiais slide 33
34 Taxas de câmbio fixas Atrelamento da taxa de câmbio e o controle monetário Condição da paridade de juros: 1 + i t = (1 + i t ) E t e E t+1 Agora, suponha que o país atrele a taxa de câmbio (1 i ) (1 i ) i i t t * * Em outras palavras: Sob uma taxa de câmbio fixa, a taxa de juros interna deve ser igual à taxa de juros externa. t t slide 34
35 Taxas de câmbio fixas Atrelamento da taxa de câmbio e o controle monetário Essa condição tem mais uma importante implicação. Volte à condição de equilíbrio de que a oferta de moeda e a demanda por moeda são iguais. Agora que i = i*, essa condição torna-se slide 35 M YL i P * ( ) Resumindo: sob taxas de câmbio fixas, o Banco Central abre mão da política monetária como um instrumento de política econômica. Porque tudo orbita em torno do juros internacional
36 Taxas de câmbio fixas Política fiscal sob taxas de câmbio fixas Sob taxas de câmbio fixas, o produto aumenta de Y A para Y C. i = i* Moeda nao aprecia e o aumento do produto aumenta a demanda por moeda que deve ser compensado pelo aumento da oferta de moeda Sob taxas de câmbio flexíveis, uma expansão fiscal aumenta o produto de Y A para Y B. (juros aumenta e uma apreciação cambial, menos R$/US$) slide 36
37 Taxas de câmbio fixas Política fiscal sob taxas de câmbio fixas Sob taxas de câmbio fixas: a politica fiscal tem mais poder do que sob taxa de câmbio flexíveis Isso porque a politica fiscal desencadeia uma acomodação monetária. slide 37 Uma alteração na oferta de moeda pelas autoridades monetárias em resposta a uma alteração nos preços.
38 Taxas de câmbio fixas Política fiscal sob taxas de câmbio fixas Por que um país escolheria fixar sua taxa de câmbio? Será que é uma boa ideia??? Aparentemente não. O país abre mão de um poderoso instrumento para corrigir desequilíbrios comerciais ou mudar o nível de atividade econômica. (EX: MEXER NOS JUROS) Não apenas isso, mas o país deve acompanhar os movimentos da taxa de juros externa, com o risco de efeitos indesejáveis sobre sua própria atividade. slide 38
39 Taxas de câmbio fixas Política fiscal sob taxas de câmbio fixas Por que um país escolheria fixar sua taxa de câmbio? Será que é uma boa ideia??? Embora o país mantenha o controle da política fiscal, apenas um instrumento de política econômica não é o suficiente. slide 39 E um país que queira, por exemplo, diminuir seu déficit orçamentário não pode, sob taxas de câmbio fixas, usar a política monetária para compensar o efeito contracionista de sua política fiscal sobre o produto. Estamos falando de curto prazo
40 O médio prazo Argumentos a favor e contra a desvalorização Promover uma desvalorização pontual da taxa de câmbio. Para um dado nível de preços, uma desvalorização (um aumento da taxa nominal de câmbio) leva a um aumento do produto ATRAVÉS DE ESTIMULOS AS EXPORTAÇÕES Uma desvalorização do tamanho certo pode trazer o produto de volta ao nível natural de produto. slide 40
41 O médio prazo Argumentos a favor e contra a desvalorização Ajuste com uma Desvalorização Uma desvalorização do tamanho certo pode deslocar a demanda agregada para a direita, levando a economia para o ponto C. No ponto C, o produto está de volta ao nível natural de produto. slide 41
42 O médio prazo Argumentos a favor e contra a desvalorização Que a desvalorização do tamanho certo possa trazer o produto de volta ao nível natural de produto imediatamente parece bom demais para ser verdade e, na prática, é: Depreciação real sobre o produto não acontecem imediatamente. Efeito direto da desvalorização sobre o nível de preços. (inflação) se o país depende muito de importação Vivemos isso hoje. slide 42
43 Câmbio flutuante O sistema de câmbio flutuante é aquele em que o mercado estabelece os valores das taxas de câmbio. Este processo ocorre através da lei de oferta e procura. Neste sistema podem ocorrer grande variações das taxas de câmbio em intervalos curtos de tempo. Vantagem: o próprio mercado regula as taxas de câmbio, não ocasionando distorções cambiais na economia. Desvantagem: a desvalorização excessiva de moedas estrangeiras pode ocasionar inflação, enquanto a valorização destas slide 43 moedas pode ocasionar a diminuição 2011 Pearson das Prenticeexportações. Hall. Todos os direitos reservados.
44 Escolha entre regimes de taxa de câmbio Será que os países deveriam escolher taxas de câmbio flexíveis ou taxas de câmbio fixas? No curto prazo, países que operam sob taxas de câmbio fixas e mobilidade perfeita de capitais abrem mão de dois instrumentos macroeconômicos a taxa de juros (Copom/BC) e a taxa de câmbio (operações do BC). Um argumento contra as taxas de câmbio flexíveis a taxa de câmbio pode oscilar muito e de difícil controle por meio da política monetária. slide 44
45 Escolha entre regimes de taxa de câmbio Em geral, as taxas de câmbio flexíveis são preferíveis. Há, contudo, duas exceções. 1. A primeira, quando um grupo de países já está estreitamente integrado, caso em que uma moeda comum pode ser a solução correta. O Euro 2. A segunda, quando não se pode confiar que o Banco Central adotará uma política monetária responsável sob taxas de câmbio flexíveis. slide 45 Nesse caso, uma forma forte de taxas de câmbio fixas, como o conselho monetário ou a dolarização, pode proporcionar uma solução. Ex: Argentina
46 Produto, taxa de juros e taxa de câmbio Tornou-se consensual, a visão de que a dificuldades iniciais do plano real, a exemplo de outros programas de estabilização baseados em âncora cambial, foram provocadas pela fixação do câmbio Mesmo para aqueles que defendiam a fixação temporária da taxa de câmbio para desindexar a economia (produtos eram ajustados pelo câmbio), o prolongamento do regime de câmbio administrado foi considerado a principal razão para os elevados custos que a estabilização impôs ao país, nos anos seguintes, na forma de juros elevados, fragilidade externa e baixo crescimento Dionisio Dias Carneiro e Thomas Wu slide 46
47 Produto, taxa de juros e taxa de câmbio Em 1997 e 1998: Déficit em transações correntes superior a 4% do PIB que precisava ser financiado por um superávit na conta de capital. Em 1994, as reservas internacional eram de US$ 43 bilhões Este superávit só poderia ser gerado por um entrada de investimentos Atualmente estão em torno de 350 bilhões. slide 47
48 Evolução do Câmbio no Brasil Taxa de câmbio - efetiva real - (média 2005 = 100) Crise do México Câmbio $3,27 Câmbio $3,20 Plano Real (jul/94) Câmbio $1,77 Crise da Ásia Regime de Metas Fonte: IPEADATA
49 Evolução do Câmbio no Brasil Crise do México Taxa de Juros (Selic) - % a.a Crise da Ásia (1997) e Regime de Metas Para manter o câmbio Apreciado necessita de juros altos. O Brasil foi muito além nos anos Crise da Rússia e Apagão energético Fonte: IPEADATA
50 A CURVA BP E O EQUILÍBRIO EXTERNO Saldo do Balanço de Pagamentos US$ (milhões) Fonte: IPEADATA (IBGE)
51 Na Grécia Manter-se na Zona do Euro traz todos os problemas associados à regimes de câmbio fixo em países em situação de desequilíbrio fiscal e de balanço de pagamentos. A Grécia vem apresentando constantes déficits em transações correntes. No início dos anos 2000, esse déficit já era da ordem de 7% do PIB. Com a crise de 2008, o déficit aumentou, superando 14% do PIB em 2009 e, mesmo tendo se reduzido, situou-se acima de 10% do PIB em slide 51
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