Fls. DECISÃO. Agência Nacional de Aviação Civil - Brasil

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Luiz Eduardo Alcaide Farias
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1 DECISÃO Agência Nacional de Aviação Civil - Brasil Nº NI: 031/5TO7.1/2005 Nº PROC.: NOME DO INTERESSADO: GERSINO EGÍDIO TOMASETTO RELATOR: Edmilson José de Carvalho INSPAC ANAC nº A Mat nrº RELATÓRIO - Trata de recurso impetrado pela empresa supracitada por multa pecuniária imposta através de processo administrativo por infração aos preceitos da Lei nº de 19 de dezembro de 1986 que dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica CBAer >art. 289 ou de legislação complementar. - Em 17 de janeiro de 2005 a Divisão Técnico Operacional (5TO-1) do 5º Serviço Regional de Aviação Civil - SERAC 5 (atual 5ª Gerencia Regional de Aviação Civil GER5), (fls. 01) em Ficha de Comunicação de Ocorrência (F.C.O.), informa que após verificar registros do Diário de Bordo da aeronave marcas PT-NOY, confrontando com o registro de movimento de aeronave (Ofício nº 52/DTCEA-PA) constatou preenchimento com dados inexatos documentos exigidos pela fiscalização, conforme preceitua o item 5.4 da IAC 3151 e artigo 299 do CBAer; - Em março de 2005, o SERAC 5, através da Divisão Técnica Operacional deu inicio ao presente processo administrativo com a expedição da Notificação de Infração nº 031/5TO7.1/2005 (fls. 02) para o proprietário da aeronave marcas PT-NOY por permitir a operação em 28 de setembro de 2004 sem possuir autorização de translado, prevista em função do Resumo de não-conformidades apresentados após a Vistoria Técnica Especial, contrariando o item (a) da IAC /05/02; - Em março de 2005 proprietário apresenta Defesa Prévia (fls. 04) informando que posuia uma Certificado de Aeronavegabilidade (C.A.) Provisório com validade até 29 de setembro de 2004 e desconhecia que uma Vistoria Técnica Especial(V.T.E.) revogaria (C.A.) caracterizando aeronave não aeronavegável; - Em 18 de abril de 2005, através de parecer técnico (fls. 06), Defesa Prévia foi considerada improcedente, sendo preenchido em 20 de abril de 2005 uma Ficha de Proposta de Aplicação de Sanção (fls. 07); - Em 29 de novembro de 2006 foi imputada uma sanção pecuniária de R$500,00 (fls ) conforme previsto no CBAer, art. 302, inciso I, alínea d ( utilizar ou empregar aeronave sem os documentos exigidos ou sem que estes estejam em vigor. ); Eis o breve relatório. RESUMO DO RECURSO - Em 31 de janeiro de 2007 interessado impetra recurso (fls. 13), complementando as informações apresentadas na Defesa Prévia, que não houve má fé, pois os vôos foram efetuados na FIR sem adentrar TMA/CTR de Porto Alegre/RS, sem necessidade de notificação, no entanto o fez, o serviu de base para abertura do presente processo. - Menciona que o CBAer em seu artigo 319, determina prescrição do Comunicação de Multa por ter ultrapassado o prazo limite de 2(dois) anos da data de ocorrência do fato ou ato gerador. Página 1 de 5

multa pecuniária imposta através de processo administrativo por infração aos preceitos da Lei nº 7.565 de 19 de dezembro de 1986 que dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica CBAer >art.

2 ANALISE DO RECURSO - Em 03 de abril de 2007, em parecer em processo administrativo (fls. 16) o analista considera que houve assunção da infração na Defesa Prévia, e que poderia ter solicitado uma Autorização Especial de Vôo conforme legislação em vigor na data da ocorrência. - Em 24 de abril de 2007 o parecer foi confirmado pelo Gerente Geral de Fiscalização de Serviços Aéreos e decidido em 06 de maio de 2007 pela Superintendência de Serviços Aéreos (fls. 17). NOVO PEDIDO - Em 02 de julho de 2007 interessado protocola documento no órgão competente (fls. 22 a 32) alegando que: 1 Aplicação da penalidade foi realizado fora do prazo estabelecido pela Lei 9.784/99 em seu artigo nº 24 e da IAC , no item 6.2; 2 O processo está prescrito baseado no CBAer, em seu artigo nº 319; 3 O recorrente agiu de boa-fé realizando a inspeção antes do vencimento do C.A. com o objetivo de sanar as não-conformidades constatadas na V.T.E. (fls. 31); Pelo acima exposto requer que seja cancelada a sanção prevista no presente processo administrativo ou que seja transformada em advertência ou reduzido ao valor da multa, conforme previsão na IAC ANALISE DA REVISÃO - Em 20 de julho de 2007, em parecer em processo administrativo (fls. 34) o analista considerou como Revisão as novas informações, ratificando a decisão em fase recursal, negando provimento e mantendo a multa aplicada. - Em 22 de agosto de 2007 o parecer foi confirmado pelo Gerente Geral de Fiscalização de Serviços Aéreos (fls. 35). - Em 31 de agosto de 2007, o Superintendente de Serviços Aéreos encaminhou o presente processo para Secretaria-Geral da ANAC (fls. 36) para distribuição ao Diretor Relator. - Em 31 de a\gosto de 2007, a Secretaria-Geral encaminhou o presente processo para o Diretor- Presidente da ANAC (fls. 37). - Em 04 de setembro de 2007, o Chefe de Gabinete da ANAC encaminhou o presente processo para Procuradoria da ANAC (fls ). PROCURADORIA DA ANAC - Em 14 de setembro de 2007, em Parecer nº 234/2007/PROC/ANAC( (fls. 41 a 45) Procuradoria considerou improcedentes os argumentos apresentados pelo autuado, não havendo motivo legal para argüição de nulidade do ato praticado pela autoridade administrativa. - Em 05 de novembro de 2007, o Gerente Técnico da Superintendência de Serviços Aéreos (SSA) encaminhou o presente processo para Secretaria-Geral (fls. 48). Fls. Página 2 de 5

- Em 24 de abril de 2007 o parecer foi confirmado pelo Gerente Geral de Fiscalização de Serviços Aéreos e decidido em 06 de maio de 2007 pela Superintendência de Serviços Aéreos (fls. 17).

3 - Em 04 de janeiro de 2008, o presente processo é restituído a Superintendência de Serviços Aéreos (SSA) para distribuição para relatoria do Diretor da ANAC (fls. 49). - Em 15 de fevereiro de 2008, o presente processo é encaminhado a Superintendência de Segurança Operacional (SSO) para distribuição para relatoria do Diretor da ANAC (fls. 50). MANISFESTAÇÃO DE VOTO DIRETORIA DA ANAC - Em 18 de setembro de 2008, o Diretor-Presidente da ANAC, com o devido respaldo da Diretoria colegiada, manifesta entendimento favorável à aplicação da multa (fls. 51). PARECER DO RELATOR PRELIMINARMENTE: - Assim reza a Resolução ANAC nº 22 de 01 de abril de 2008: Art. 4º. As Juntas Recursais irão deliberar sobre processos administrativos em 2ª instância, observando as normas em vigor, subsidiariamente, a Lei nº 9.784, de 1999, sem prejuízo dos recursos de competência da Diretoria. - Onde a Instrução ANAC nº 08 de 06 de junho de 2008, complementa: Art. 26. Cabe recurso à Diretoria Colegiada da ANAC, em última instância administrativa, quando houver voto vencido nas decisões proferidas pelas Juntas de Julgamento e Recursais e nas seguintes hipóteses: I implicar manutenção das penalidades de suspensão, cassação, interdição, intervenção, apreensão. II aplicar sanção de multas acima do valor de R$50.000,00 (cinqüenta mil). Art. 27. A admissibilidade do recurso à Diretoria Colegiada será aferida pela própria Junta Recursal que encaminhará o recurso à Secretaria Geral para distribuição aleatória. - Conforme disposto nos autos do presente processo foram cumpridos todas os estágios do devido processo legal com relação ao interessado, não restando na atual fase processual qualquer ação deste colegiado, pois não cabe análise de recurso (fls. 16) e nem juízo de admissibilidade (fls. 41 a 45), restando, s.m.j., encaminhamento à esfera competente. - Desta forma, pela ausência de competência legal desta Junta Recursal, voto por restituir o presente processo a Gerência Geral de Fiscalização de Serviços Aéreos, para as providências julgadas cabíveis. É o voto do Relator. Fls. Rio de Janeiro, 27 de julho de EDMILSON JOSÉ DE CARVALHO Membro da Junta Recursal da ANAC INSPAC ANAC nº A-0253 Matricula nº Página 3 de 5

MANISFESTAÇÃO DE VOTO DIRETORIA DA ANAC - Em 18 de setembro de 2008, o Diretor-Presidente da ANAC, com o devido respaldo da Diretoria colegiada, manifesta entendimento favorável à aplicação da multa

4 Agência Nacional de Aviação Civil - Brasil CERTIDÃO DE JULGAMENTO AUTUAÇÃO Nº NI: 031/5TO7.1/2005 Nº PROC.: NOME DO INTERESSADO: GERSINO EGÍDIO TOMASETTO RELATOR: Edmilson José de Carvalho INSPAC ANAC nº A Mat nrº PRESIDENTE DA SESSÃO: Alexandra da Silva Amaral ASSUNTO: Utilização de aeronave sem os documentos exigidos art. 302, I, d combinado com o RBHA (a). CERTIDÃO Certifico que Junta Recursal da AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL ANAC, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Junta, por unanimidade, votou por restituir o presente processo, no termos do voto do relator. Os Srs. Membros Alexandra da Silva Amaral e Sérgio Luis Pereira Santos votaram com o Relator. Rio de Janeiro, 30 de julho de ALEXANDRA DA SILVA AMARAL PRESIDENTE DA JUNTA RECURSAL Página 4 de 5

de aeronave sem os documentos exigidos art. 302, I, d combinado com o RBHA 47.145(a).

5 Agência Nacional de Aviação Civil - Brasil Encaminhe-se a Secretaria da Junta Recursal para as providências de praxe. Rio de Janeiro, 30 de julho de ALEXANDRA DA SILVA AMARAL PRESIDENTE DA JUNTA RECURSAL Página 5 de 5

praxe. Rio de Janeiro, 30 de julho de 2009.

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