PODER JUDICIáRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO WILDO

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1 INQUÉRITO Nº 2056/PE ( ) AUTOR : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL INDIC/INVDO : SEM INDICIADO INVDO : SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA INVDO : MARCOS ANTÔNIO FERREIRA DE SIQUEIRA INVDO : ERIVAN LOPES PEIXOTO INVDO : ELIANE DE OLIVEIRA LIMA ALVES DANIEL ADV/PROC : RENATO VASCONCELOS CURVELO INVDO : ARLINDO NEMÉSIO DE SIQUEIRA CAVALCANTI NETO ADV/PROC : MARCIA AMALIA RAMOS DA SILVA INVDO : JOSERALDO RODRIGUES BEZERRA ADV/PROC : ANA CRISTINA CAVALCANTE BELFORT RELATOR : DES. FED. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO (Convocado) RELATÓRIO O Sr. Des. Fed. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO (Convocado): Cuida-se de denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional da República 5ª Região, em face de SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA, JOSERALDO RODRIGUES BEZERRA, MARCOS ANTÔNIO FERREIRA DE SIQUEIRA, ERIVAN LOPES PEIXOTO, ELIANE DE OLIVEIRA LIMA ALVES DANIEL e ARLINDO NEMÉSIO DE SIQUEIRA CAVALCANTI NETO. Consta na denúncia que a Polícia Federal instaurou inquérito policial instruído com o Relatório de Demandas Especiais n / , elaborado pela Controladoria-Geral da União (CGU). O relatório decorreu de fiscalização destinada a verificar a existência de irregularidades na aplicação dos recursos repassados pelo Ministério da Saúde ao Município de Brejão/PE através, dentre outros, do Convênio n. 912/2002-FNS/MS (SIAFI n ), destinado à construção de sistema de abastecimento de água no Sítio Pau Ferro, localizado naquele município. Segundo o MPF, o Município de Brejão, representado pelo prefeito SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA, contratou a pessoa jurídica R. R. GALVÃO LTDA., administrada por ARLINDO NEMÉSIO DE SIQUEIRA CAVALCANTI, através de indevida dispensa de licitação, uma vez que não observadas as formalidades previstas no art. 26, parágrafo único, incisos II e III, e art. 38, parágrafo único, da Lei n /93, respectivamente: a) razão da escolha do executante; b) justificativa do preço; c) exame e aprovação pela assessoria jurídica do município. Por isso, o MPF acusa SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA e ARLINDO NEMÉSIO DE SIQUEIRA CAVALCANTI, bem assim os membros da Comissão Permanente de Licitação da Prefeitura (MARCOS ANTÔNIO FERREIRA DE SIQUEIRA, ERIVAN LOPES PEIXOTO e ELIANE DE OLIVEIRA LIMA ALVES DANIEL), da prática do crime tipificado no artigo 89 da Lei n /93. Também consta na denúncia que a dispensa da licitação fundou-se em estado de emergência decretado pelo prefeito SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA em razão da escassez de chuvas na região. O Decreto Municipal n. 130, de 19/11/2002, homologado pelo Decreto Estadual n , de 13/12/2002, tinha eficácia até 14/02/2003.

2 INQ 2056-PE (R-2) Nada obstante expiração da eficácia do aludido decreto, consta na peça acusatória que os denunciados SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA e JOSERALDO RODRIGUES BEZERRA, este último prefeito do Município de Brejão entre 2005 e 2008, assinaram vários aditivos ao contrato originário. Com isso, teriam violado o disposto no art. 24, IV, da Lei n /93, que veda a prorrogação de contratos firmados com base em dispensa de licitação por motivo de emergência ou calamidade pública. Assim, o MPF entende que esses denunciados cometeram o crime capitulado no art. 90 da Lei n /93. ARLINDO NEMÉSIO DE SIQUEIRA CAVALCANTI NETO apresentou defesa preliminar às fls O denunciado alegou, em síntese, que as irregularidades constatadas no procedimento de dispensa de licitação não podem ser a si atribuídas, uma vez que caberia tão somente à Administração Pública observar as formalidades próprias. Destacou serem unânimes os depoimentos no sentido de que foram praticados preços de mercado para a execução da obra, bem assim que a R. R. GALVÃO LTDA é empresa idônea. Quanto ao prazo de vigência do contrato, disse caber ao Poder Público deliberar acerca da viabilidade de prorrogação ou não dos contratos firmados. Por fim, pugnou pelo reconhecimento da improcedência das acusações formuladas em seu desfavor. As defesas preliminares de SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA (fls ), MARCOS ANTÔNIO FERREIRA DE SIQUEIRA (fls ), ELIANE DE OLIVEIRA LIMA ALVES DANIEL (fls ) e ERIVAN LOPES PEIXOTO (fls ), todas subscritas pelo mesmo defensor e de idêntico teor, sustentam, em resumo: (a) a inépcia da inicial por não ter sido individualizada as condutas dos acusados e por ter sido formulado pedido genérico de condenação, sem individualização da sanção a ser aplicada a cada um dos denunciados; (b) existência de litisconsórcio multitudinário que dificulta a defesa; (c) ausência de justa causa para a ação penal, uma vez que teriam sido aprovadas as contas do Convênio n. 912/2002-FNS/MS (SIAFI n ), inexistindo dano ao erário; (d) inexistência de provas de que cometidas irregularidades no processo licitatório; (e) ter se iniciado o procedimento licitatório em 19/12/2002, enquanto vigente o Decreto Municipal n. 130/2002, que tinha validade até 14/2/2003, não havendo irregularidade na dispensa de licitação, mormente quando se tinha em vista a premência da realização das obras para aproveitar a captação de água prevista no inverno vindouro; (f) que as limitações impostas às contratações por emergência, notadamente as previstas no art. 24, IV, da Lei n /93, devem ser interpretadas em face do interesse maior a ser tutelado, sendo possível a desconsideração desses limites se essa alternativa for indispensável a evitar o perecimento do interesse a ser protegido; e (g) que os serviços contratados foram realizados. Esses denunciados, alfim, postularam a rejeição da denúncia e a condenação do MPF nos ônus da sucumbência, incluindo honorários advocatícios fixados no patamar de 20% sobre o valor da causa.

3 INQ 2056-PE (R-3) JOSERALDO RODRIGUES BEZERRA, a despeito de regularmente notificado para apresentar reposta escrita aos termos da denúncia, quedou-se inerte (fl. 393), razão pela qual lhe foi nomeada defensora dativa. Em sua defesa preliminar (fls ), aduziu, em síntese, que a fraude ao caráter competitivo do procedimento licitatório que se teria ocorrido pelos aditamentos que prolongaram o contrato emergencial exigiria especial intento de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação, o que não existiu. Ademais, a prorrogação do contrato teria sido necessária porque a obra estava pendente de conclusão e não haveria nos autos provas bastantes para sua condenação. O MPF manifestou-se sobre as respostas preliminares apresentadas pelos acusados, ratificando integralmente a denúncia e impugnando os documentos acostados aos autos às fls pelo denunciado SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA, alegando ausência de autenticação e de utilização, por seu advogado, da faculdade prevista no art. 544 do Código de Processo Civil (fls ). É o relatório.

4 INQUÉRITO Nº 2056/PE ( ) AUTOR : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL INDIC/INVDO : SEM INDICIADO INVDO : SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA INVDO : MARCOS ANTÔNIO FERREIRA DE SIQUEIRA INVDO : ERIVAN LOPES PEIXOTO INVDO : ELIANE DE OLIVEIRA LIMA ALVES DANIEL ADV/PROC : RENATO VASCONCELOS CURVELO INVDO : ARLINDO NEMÉSIO DE SIQUEIRA CAVALCANTI NETO ADV/PROC : MARCIA AMALIA RAMOS DA SILVA INVDO : JOSERALDO RODRIGUES BEZERRA ADV/PROC : ANA CRISTINA CAVALCANTE BELFORT RELATOR : DES. FED. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO (Convocado) VOTO O Sr. Des. Fed. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO (Convocado): Conforme sumariado, em sede de preliminar, requereu o MPF requereu que os documentos de fls , apresentados com a defesa do acusado SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA, fossem desconsiderados, tendo em vista a inexistência de autenticação e por não ter o seu advogado se valido da prerrogativa prevista no art. 544 do Código de Processo Civil. A alegação de que os documentos não podem ser utilizados somente porque não autenticados é insuficiente para retirar-lhes a eficácia probatória. Penso como Nestor Távora e Rosmar Rodrigues Alencar 1, no sentido de que havendo dúvidas acerca da idoneidade de um determinado documento, o meio hábil para desentranhá-lo dos autos é a instauração do incidente de falsidade. A mera alegação genérica, baseada em aspecto puramente formal, que em nada interfere na essência dos documentos, não torna estes imprestáveis ao processo. É evidente que, acaso seja comprovada a falsidade de qualquer desses documentos no decorrer do processo, deve ser ela reconhecida, como não poderia deixar de sê-lo, até mesmo de ofício, em homenagem ao princípio da verdade real. O que não se pode é presumir a falsidade dos documentos simplesmente porque carentes de autenticação. Registro, apenas por curiosidade, que as cópias de documentos apresentadas pelo MPF com a denúncia também carecem de autenticação e que o Procurador Regional da República que subscreveu a peça pórtico não se valeu da prerrogativa prevista no art. 544 do Código de Processo Civil. SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA, MARCOS ANTÔNIO FERREIRA DE SIQUEIRA, ELIANE DE OLIVEIRA LIMA ALVES DANIEL e ERIVAN LOPES PEIXOTO, nas respectivas defesas, alegaram a inépcia da denúncia por dois fundamentos: não-individualização das condutas e pedido genérico de condenação. Basta uma leitura da inicial acusatória para se verificar que o MPF descreveu as condutas imputadas a cada um desses denunciados. Consta na denúncia: 1 TÁVORA, Nestor e ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 4ª edição. Revista, am pliada e atualizada. Ed. Juspodivm p. 324.

5 INQ 2056-PE (V-2) [...] de acordo com os depoimentos prestados pelos Membros da Comissão Permanente de Licitação da Prefeitura Municipal de Brejão(PE), os denunciados Marcos Antônio (Presidente), Erivan Lopes (Relator) e Eliane de Oliveira (Secretária), às fls. 33/34, 38/39 e 43/44, a dispensa de licitação se baseou no estado de emergência decretado pelo Prefeito Municipal à época e atualmente, Sandoval Cadengue Santana, em razão da escassez de chuvas na região. O referido decreto municipal, de nº 0130/2002, datado de , foi homologado pelo decreto estadual nº , de , e tinha seus efeitos válidos até o dia 14 de fevereiro de De todo modo, as investigações deixam claro que houve irregularidade no procedimento de dispensa de licitação, vez que esta foi realizada sem a observância das exigências previstas nos incisos II e III, do Art. 26 da Lei nº 8.666/93, quais sejam, não foram apontadas as razões da escolha do fornecedor e a justificativa dos preços praticados, culminando na contratação direta e indevida da referida empresa de construção. A referida irregularidade foi confirmada pelos próprios denunciados quando estes prestaram depoimento na Delegacia de Polícia Federal de Caruaru [...] Uma outra formalidade não observada, no que concerne à dispensa de licitação em tela, diz respeito ao fato de que o processo teria que ser instruído, obrigatoriamente, com manifestação da assessoria jurídica da prefeitura, nos termos do art. 38, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93, o que também não foi obedecido. Além disso, constam nas peças informativas que subsidiam a presente denúncia, que o denunciado Sandoval Cadengue Santana, além de haver homologado, indevidamente, a referida dispensa de licitação e contratado, irregularmente, a mencionada empresa para a execução do objeto conveniado, pelo prazo de 180 dias, ainda assinou 04 (quatro) termos aditivos ao referido contrato, em afronta ao disposto no inciso IV, do artigo 24, da Lei nº 8.666/93, que veda, expressamente, a prorrogação de avencas da natureza [...]. Como se dessume do excerto acima, foram atribuídas ao Prefeito SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA duas condutas: (a) homologar a dispensa de licitação realizada através de procedimento que não observou as formalidades necessárias; (b) promover sucessivas prorrogações contratuais, quando estas não seriam permitidas. Aos denunciados MARCOS ANTÔNIO FERREIRA DE SIQUEIRA, ELIANE DE OLIVEIRA LIMA ALVES DANIEL e ERIVAN LOPES PEIXOTO, membros da Comissão Permanente de Licitação, foi imputada a dispensa de licitação sem respeito às formalidades legais. As formalidades supostamente descumpridas também foram especificadas (exposição da razão da contratação do executante, justificativa do preço e aprovação pela assessoria jurídica). Com relação ao acusado ARLINDO NEMÉSIO DE SIQUEIRA CAVALCANTI NETO, penso que, de fato, o MPF não especificou a contento qual tenha sido a sua participação nos crimes narrados na denúncia. Com efeito, não há na peça acusatória uma linha sequer sobre as condutas praticadas pelo aludido denunciado, seja no que toca ao crime descrito no art. 89 da Lei n /93, seja quanto ao delito capitulado no art. 90 da mesma lei. ARLINDO NEMÉSIO, administrador da pessoa jurídica contratada pelo município (R. R. GALVÃO LTDA.), foi denunciado apenas pelo crime tipificado no art. 89, parágrafo único, da Lei 8.666/93, para o qual incorre na mesma pena prevista no caput aquele que, tendo

6 comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebra contrato com o Poder Público..

7 INQ 2056-PE (V-3) O MPF não alegou, sequer genericamente, como o denunciado ARLINDO NEMÉSIO concorrera para a consumação das apontadas ilegalidades no procedimento de dispensa de licitação. Limitou-se, apenas, a dizer que o mesmo sócio-gerente da empresa R.R. Galvão Ltda., tendo concorrido para a consumação da ilegalidade em tela, beneficiou-se da dispensa ocorrida, celebrando contrato com o poder público municipal, incidindo, assim, no disposto no art. 89, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93. (fl. 06-A). Quanto a esse ponto não houve, portanto, a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, nos termos do art. 41 do Código de Processo Penal. Ao conceder o Habeas Corpus , relatado pelo Ministro Celso de Mello, a colenda Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu que a denúncia - enquanto instrumento formalmente consubstanciador da acusação penal - constitui peça processual de indiscutível relevo jurídico. Ela, antes de mais nada, ao delimitar o âmbito temático da imputação penal, define a própria res in judicio deducta. A peça acusatória, por isso mesmo, deve conter a exposição do fato delituoso, em toda a sua essência e com todas as suas circunstâncias. Essa narração, ainda que sucinta, impõe-se ao acusador como exigência derivada do postulado constitucional que assegura, ao réu, o exercício, em plenitude, do direito de defesa. Denúncia que não descreve, adequadamente, o fato criminoso e que também deixa de estabelecer a necessária vinculação da conduta individual de cada agente ao evento delituoso qualifica-se como denúncia inepta. Não se trata de exigir minuciosa descrição das condutas criminosas, o que nem sempre se apresenta possível ao órgão acusador no momento do oferecimento da denúncia, mas de um mínimo necessário à viabilização do pleno exercício do direito de defesa pelos denunciados. É que como os denunciados defendem-se dos fatos que lhe são imputados na denúncia, não há como estes exercerem o contraditório se a denúncia não descreve nenhum fato, limitando-se a indicar a norma incriminadora na qual estaria incurso. Nesse contexto, por não preenchimento dos requisitos enunciados no art. 41 do Código de Processo Penal, deve ser rejeitada a denúncia quanto ao acusado ARLINDO NEMÉSIO DE SIQUEIRA CAVALCANTI NETO. SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA, MARCOS ANTÔNIO FERREIRA DE SIQUEIRA, ELIANE DE OLIVEIRA LIMA ALVES DANIEL e ERIVAN LOPES PEIXOTO também alegaram a inépcia da denúncia em razão da formulação de pedido de condenação genérico, sem especificação das sanções a serem aplicadas a cada um dos denunciados, e que o litisconsórcio multitudinário constituído dificultará o amplo exercício do direito de defesa. O art. 41 do Código de Processo Penal dispõe que a denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. A individualização das sanções a serem aplicadas aos denunciados decorrente da atividade jurisdicional, em caso de sentença condenatória proferida ao cabo do processo-crime. Isso em nada prejudica o amplo exercício do direito de defesa, pois, como é cediço, os acusados defendem-se dos fatos que lhes são imputados, e não da qualificação jurídica atribuída na denúncia.

8 INQ 2056-PE (V-4) Embora o litisconsórcio multitudinário possa ser limitado no processo cível quando em razão dele ficar dificultado o exercício do direito pelos réus (art. 46, parágrafo único, do CPC), não há previsão similar para o processo penal. Sequer se pode aplicar subsidiariamente a regra processual cível. No processo penal vige o princípio da indivisibilidade da ação penal, segundo o qual, em regra, todos os envolvidos no contexto delituoso devem ser processados conjuntamente. É evidente que o princípio da indivisibilidade pode ser mitigado, nos temos do art. 79, parágrafo único, e art. 80 do Código de Processo Penal. Neste caso, porém, nenhuma dessas regras é aplicável. O número de denunciados (seis) não é expressivamente alto e não compromete a rápida solução do processo-crime nem o pleno exercício do direito de defesa pelos acusados, principalmente porque quatro dos seis denunciados são representados pelos mesmos advogados. Nesse contexto, não se mostra necessário nem conveniente o desmembramento da ação penal. A falta de justa causa é sustentada com fundamento na aprovação da prestação de contas referente ao Convênio n. 912/2002-FNS/MS (SIAFI n ). No entanto, face ao princípio da independência das instâncias administrativa e penal não há essa vinculação. A aprovação das contas pelo órgão de controle administrativo não impede a instauração de processo-crime. Nesse sentido, é pacífica a orientação jurisprudencial de nossos Tribunais, inclusive do egrégio Superior Tribunal de Justiça, conforme se verifica no seguinte aresto: HABEAS CORPUS. DENÚNCIA RECEBIDA CONTRA PREFEITO, POR SUPOSTA DISPENSA IRREGULAR DE LICITAÇÃO. ART. 89, CAPUT DA LEI 8.666/93. INDEPENDÊNCIA DAS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVA E PENAL. PRECEDENTES DO STJ. SITUAÇÃO PECULIAR DO CASO EM EXAME: APROVAÇÃO DAS CONTAS DO MUNICÍPIO PELO TCE/RS, COM ANÁLISE ESPECÍFICA DA OPERAÇÃO REALIZADA DE COMPRA DE COMBUSTÍVEIS, AFASTANDO EVENTUAL IRREGULARIDADE NO PROCEDIMENTO. ORDEM CONCEDIDA PARA TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. 1. Conforme entendimento há muito firmado nesta Corte Superior, o fato de o Tribunal de Contas eventualmente aprovar as contas a ele submetidas, não obsta, em princípio, diante da alegada independência entre as instâncias administrativa e penal, a persecução criminal promovida pelo Ministério Público, bem como a correspondente responsabilização dos agentes envolvidos em delitos de malversação de dinheiros públicos. Precedentes do STJ. 2. Todavia, no caso em exame, quando da aprovação das contas da gestão do Prefeito Municipal pelo TCE/RS, houve específica análise da operação de compra de combustíveis, que constitui o núcleo da acusação, com decisão, ao final, favorável ao paciente, afastando eventual irregularidade. 3. Conforme a decisão emitida pela Corte de Contas Estadual, não há o que censurar na compra dos combustíveis, quando há um único posto de abastecimento na cidade; não poderia a Administração concordar que os veículos do Município se deslocassem a longas distâncias para efetuar o abastecimento., com visíveis prejuízos ao Erário. 4. Opina o MPF pela denegação da ordem. 5. Ordem concedida, para determinar o trancamento da ação penal. (HC , NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, STJ - QUINTA TURMA, 28/10/2008). Passo à análise da existência de provas da materialidade dos crimes e dos indícios de sua autoria, salvo em relação ao denunciado ARLINDO NEMÉSIO DE SIQUEIRA CAVALCANTI NETO, em relação ao qual a denúncia é inepta por falta de descrição de sua conduta.

9 INQ 2056-PE (V-5) MARCOS ANTÔNIO FERREIRA DE SIQUEIRA, ERIVAN LOPES PEIXOTO e ELIANE DE OLIVEIRA LIMA ALVES DANIEL, membros da Comissão Permanente de Licitação, e SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA, Prefeito, são acusados de dispensarem licitação sem observância às formalidades legais, especificamente as previstas no art. 26, parágrafo único, incisos II e III, e art. 38, parágrafo único, da Lei n /93, respectivamente: a) exposição da razão da escolha do executante; b) justificativa do preço; c) exame e aprovação pela assessoria jurídica do município. Por isso, a denúncia pelo crime tipificado no art. 89 da Lei n /93, que assim prescreve: Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade: Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa. Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público. SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA e seu sucessor na chefia do Executivo Municipal, JOSERALDO RODRIGUES BEZERRA, são acusados de prorrogarem indevidamente o contrato firmado com dispensa de licitação decorrente de estado de emergência, em afronta ao art. 24, IV, da Lei n /93. O primeiro por ter assinado os Termos Aditivos n.s 001 a 004, de 23/06/2003, 23/12/2003, 23/06/2004 e 23/12/2004, respectivamente. O segundo por haver firmado os Termos Aditivos n.s 005 e 006, respectivamente de 23/06/2005 e 23/12/2005. Assim, entende o MPF que esses acusados praticaram o crime tipificado no art. 90 da Lei n /93, in verbis: Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação: Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. A materialidade dos fatos alegados pelo MPF está evidenciada nos autos apensos. No primeiro volume está cópia de todo procedimento administrativo da Prefeitura de Brejão, como o ato de dispensa de licitação, o contato social e certidões negativas da empresa, o contrato de execução da obra e seus termos aditivos, a ordem de serviço e o termo de recebimento definitivo da obra. Já o segundo volume do apenso é integrado pelo Relatório de Demandas Especiais n / , elaborado pela CGU, cujo item trata das irregularidades referentes à Dispensa de Licitação n. 005/2002 (fls ). Há fortes indícios de que a dispensa de licitação foi realizada sem observância de formalidades legais (exposição das razões da escolha do executante, justificativa do preço e análise e aprovação pela assessoria jurídica) e que a vigência do contrato emergencial foi prorrogada por seis vezes consecutivas, sendo cada prorrogação por 180 dias. Tais condutas, ao menos em tese, subsumem-se aos delitos previstos nos artigos 89 e 90 da Lei n /93. Afinal, algumas formalidades para dispensa de licitação não foram observadas e a prorrogação ilegal do contrato emergencial acabou por levar à não-realização de licitação para a execução da obra, cuja autorização para início foi dada apenas em 10/03/2004 (Ordem de Serviço fl. 50 do vol. 1 do Apenso), mais de um ano após a expiração da vigência do decreto de estado de emergência, que perdurou até 14/02/2003.

10 INQ 2056-PE (V-6) Também não há controvérsia quanto à autoria das condutas descritas na denúncia, tanto porque suas participações estão devidamente documentadas quanto porque os denunciados não negaram que praticaram os atos que lhes são atribuídos pelo órgão ministerial. Destaco que nenhum dos crimes imputados aos denunciados tem como elementar do tipo o prejuízo ao erário ou o enriquecimento ilícito. Também são bens jurídicos tutelados pelas normas penais a idoneidade do procedimento licitatório e a isonomia entre os potenciais interessados na contratação com o Poder Público, não apenas o patrimônio público. Por fim, ressalto que o MPF fez consignar na denúncia que os denunciados foram anteriormente presos por crimes de mesma natureza, oportunidades em que a empresa R. R. Galvão Ltda. também teria sido beneficiada. Ipsis litteris: Finalizar-se registrando que os denunciados Sandoval Cadengue de Santana e Marcos Antônio Ferreira de Siqueira, este último cunhado do primeiro, assumiram já haverem sido presos por irregularidades envolvendo procedimentos licitatórios no Município de Brejão, estando a responder, naquela Comarca, consoante evidenciam os documentos de fls. 102/216, pela prática de diversos atos de improbidade administrativa, com destaque para a demanda de fls. 177/199, que destaca a existência de outras dispensas indevidas de licitação, similares à tratada nesta peça acusatória inicial, beneficiando, mais uma vez, a empresa R.R. Galvão Ltda. (fl. 06-A). É verdade que esses fatos seriam insuficientes para a condenação dos denunciados, até porque o fato objeto da denúncia ofertada nestes autos é diverso. No entanto, não se pode deixar de ressaltá-los para corroborar a viabilidade da acusação, fundamentando o recebimento da denúncia, já que nesta fase processual prevalece o princípio in dubio pro societate. Diante do exposto: a) rejeito a denúncia proposta em face de ARLINDO NEMÉSIO DE SIQUEIRA CAVALCANTI NETO por ausência de descrição de sua participação nos crimes narrados na inicial acusatória; b) recebo a denúncia em face dos outros denunciados: SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA, JOSERALDO RODRIGUES BEZERRA, MARCOS ANTÔNIO FERREIRA DE SIQUEIRA, ERIVAN LOPES PEIXOTO e ELIANE DE OLIVEIRA LIMA ALVES DANIEL. É como voto.

11 INQUÉRITO Nº 2056/PE ( ) AUTOR : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL INDIC/INVDO : SEM INDICIADO INVDO : SANDOVAL CADENGUE DE SANTANA INVDO : MARCOS ANTÔNIO FERREIRA DE SIQUEIRA INVDO : ERIVAN LOPES PEIXOTO INVDO : ELIANE DE OLIVEIRA LIMA ALVES DANIEL ADV/PROC : RENATO VASCONCELOS CURVELO INVDO : ARLINDO NEMÉSIO DE SIQUEIRA CAVALCANTI NETO ADV/PROC : MARCIA AMALIA RAMOS DA SILVA INVDO : JOSERALDO RODRIGUES BEZERRA ADV/PROC : ANA CRISTINA CAVALCANTE BELFORT RELATOR : DES. FED. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO (Convocado) EMENTA PROCESSUAL PENAL. AÇÃO PENAL PÚBLICA ORIGINÁRIA. CRIMES PREVISTOS NA LEI DE LICITAÇÕES. DENÚNCIA. FALTA DE DESCRIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DE UM DOS DENUNCIADOS. REJEIÇÃO PARCIAL. MATERIALIDADE COMPROVADA E INDÍCIOS DE AUTORIA QUANTO AOS DEMAIS ACUSADOS. RECEBIMENTO. - Acusação em desfavor do sócio-gerente da empresa contratada que não descreve, sequer genericamente, como o mesmo teria concorrido para que não tivessem sido observadas algumas formalidades previstas em lei para a dispensa de licitação em razão de estado de emergência. Desrespeito ao art. 41 do CPP. Denúncia parcialmente rejeitada. - Denúncia em face: (i) de membros da Comissão de Licitação e do prefeito do Município de Brejão por dispensarem licitação sem respeito a formalidades previstas na Lei de Licitações (exposição da razão da escolha do executante, justificativa do preço e aprovação pela assessoria jurídica); (ii) do prefeito que homologou a dispensa da licitação e de seu sucessor por prorrogarem seis vezes a vigência do contrato emergencial, em violação ao art. 24, IV, da Lei n /93. Imputação dos crimes previstos nos artigos 89 e 90 da Lei n /93, respectivamente. Denúncia que descreve as condutas praticadas por todos os acusados. - Não se exige que a denúncia especifique as penas a serem aplicadas a cada um dos denunciados. A fixação das sanções é tarefa do magistrado em eventual sentença condenatória. Inexistência de prejuízo para defesa, já que os réus defendem-se dos fatos que lhes são imputados, não da definição jurídica constante na denúncia. - A possibilidade de limitação do litisconsórcio multitudinário prevista no art. 46, parágrafo único, do CPC não se aplica do processo penal, no qual prevalece o princípio específico da indivisibilidade da ação penal. De mais a mais, não se pode reconhecer como excessivo o número de apenas seis réus, o que afasta a necessidade e a conveniência de desmembramento da ação penal (artigos 79, parágrafo único, e 80 do CPP). - Devido ao princípio da independência das instâncias administrativa e penal, a aprovação das contas pelo órgão competente não impede que o MPF ofereça denúncia por crimes licitatórios. Jurisprudência do STJ. - Denúncia parcialmente recebida.

12 INQ 2056-PE (acórdão) PODER JUDICIáRIO Vistos, etc. ACÓRDÃO Decide o Pleno do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por maioria, receber, em parte, a denúncia, nos termos do Relatório, Voto e notas taquigráficas constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Recife, 6 de julho de (Data de julgamento) Des. Fed. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO Relator Convocado

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