DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE REFINARIA DE MATOSINHOS 2009
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- Ana Luiza Câmara di Azevedo
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1 DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE REFINARIA DE MATOSINHOS 2009
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3 GALP ENERGIA DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2009 REFINARIA DE MATOSINHOS
4 O Data Book da refinaria de Matosinhos apresenta o desempenho de Segurança, Saúde e Ambiente da refinaria de modo factual e directo, discutindo e analisando vários indicadores características da actividade e temas que suscitam o interesse do público, stakeholders e entidades públicas. Desejamos-lhes uma boa leitura. A REFINARIA DE MATOSINHOS NUM FLASH ,5Mt 465 ANO DE INÍCIO DE LABORAÇÃO CRUDE/ANO DE CAPACIDADE NÚMERO DE TRABALHADORES
5 GALP ENERGIA DATA BOOK DE AMBIENTE E SEGURANÇA 2009 REFINARIA DE MATOSINHOS 400ha ÁREA 00 Visão 01 Apresentação 02 Enquadramento Política de Segurança, Saúde e Ambiente da Galp Energia Apresentação da refinaria Dados do operador Localização e envolvente Resenha histórica Licenças Descrição da actividade Capacidade Descrição das principais matérias-primas Descrição dos Processos 03 Em Detalhe 04 Actividades, Acções e Projectos Destaques de 2009 Ciclos de Acções e Projectos Custos e Investimentos Formação em Segurança, Saúde e Ambiente 05 Em foco - Energia, uma prioridade na refinaria 06 Indicadores de actividade Nível de actividade Produção Expedições 07 Desempenho em Ambiente Consumo de recursos Consumo de água Consumo de energia Emissões atmosféricas Óxidos de Enxofre Óxidos de Azoto Partículas totais Dióxido de Carbono Emissões de Compostos Orgânicos Voláteis Monitorização em contínuo Impacte na qualidade do ar Efluentes líquidos Produção de águas residuais Monitorização da qualidade dos efluentes líquidos Resíduos Produção de resíduos Impacte decorrente da produção de resíduos Solos e Recursos Hídricos 08 Desempenho em Segurança e Saúde Sinistralidade Medicina do Trabalho Prevenção e Mitigação de riscos Avaliação da exposição ocupacional aos agentes químicos Ruído Avaliação da qualidade do ar interior Exercícios de simulação Inspecções de segurança OPAS Prevenção de Acidentes Graves envolvendo substâncias perigosas Programa de Segurança Segurança de Produtos Regulamento REACH Fichas de Dados de Segurança e Instruções de Manuseamento de Produtos 09 Relação com a Comunidade 10 As caras da Segurança, Saúde e Ambiente da refinaria 11 Glossário 12 Declaração de Conformidade
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7 VISÃO REFINARIA DE MATOSINHOS VISÃO Vontade de fazer sempre melhor. O Plano Estratégico 2008 / 2011 está alicerçado num desempenho de excelência ao nível da Segurança, do Ambiente e do Negócio foi o ano da Segurança. Foi neste ano que lográmos superar o desempenho das empresas petrolíferas nossas concorrentes. A metodologia seguida de Contágio Comportamental levou-nos a um posicionamento de referência. Ao nível Ambiental, a evolução foi também notável. Melhorámos em todos os indicadores e sustentámos a nossa política de melhoria de efi ciência na utilização de recursos. O nosso valor Ambiental já foi por todos nós integralmente interiorizado: O nosso compromisso com o Ambiente está para além das questões legais. Garantimos uma integração sustentada na envolvente ; Não estamos satisfeitos, queremos mais. A energia, que representa cerca de 75% dos nossos custos de operação, é a grande aposta que também todos estamos conscientes e mobilizados para ganhar. Até 2012 vamos baixar gradualmente e sustentadamente as nossas necessidades em 25%. Em 2012 seremos então uma refi naria de referência na utilização deste recurso escasso, cada vez mais caro e com um impacto determinante na redução de emissões de CO 2 e na nossa qualidade de vida. O nosso desempenho de excelência em Ambiente e Segurança permite-nos operacionalizar a nossa Visão: Liderança em custos em 2012 ; Como 3/4 dos nossos custos operacionais são encargos com energia, a excelência Operacional implica também a excelência em desempenho Ambiental. Os próximos dois anos serão os anos da Energia. O Ambiente e todos nós bem o merecemos. A Direcção da refi naria de Matosinhos 7
8 01 APRESENTAÇÃO A SUSTENTABILIDADE DA NOSSA ACTIVIDADE PRESSUPÕE A CONSIDERAÇÃO DA PROTECÇÃO DO AMBIENTE, SEGURANÇA E SAÚDE DOS COLABORADORES PRÓPRIOS E CONTRATADOS, CLIENTES E COMUNIDADE, COMO VALORES DA EMPRESA E PILARES ESSENCIAIS DA GESTÃO. DR. ANDRÉ RIBEIRO ADMINISTRADOR EXECUTIVO DA GALP ENERGIA 8
9 APRESENTAÇÃO APRESENTAÇÃO Completa-se com esta edição um ciclo de três anos de publicação do Data Book da refinaria de Matosinhos - agora denominado Data Book de Segurança, Saúde e Ambiente, fazendo justiça aos conteúdos que já constavam das edições anteriores e que continuamos a apresentar e a aperfeiçoar. O Data Book da refinaria de Matosinhos apresenta o desempenho em Segurança, Saúde e Ambiente da refinaria de modo factual e directo, discutindo e analisando vários indicadores característicos da actividade e temas que suscitam interesse do público, stakeholders e entidades públicas. A evolução dos indicadores, marcadamente positiva ao longo dos últimos anos , é reflexo do desenvolvimento cultural da Organização e do compromisso da Gestão, com tradução a nível de investimentos, estabelecimento de planos de formação de colaboradores, definição de objectivos e metas, e, no fundo, resultado da integração holística do desempenho em Segurança, Saúde e Ambiente na performance da instalação. O formato do Data Book continua fi el ao da primeira edição, na medida em que a sua essência reside exactamente no modo de apresentação dos indicadores e demais tipologias de informação reportada - recorrendo privilegiadamente a esquemas, quadros, fotografi as e gráfi cos. Neste terceiro ano, e à semelhança do Data Book de 2008, favorece-se um desenvolvimento temático específi co, para o qual é consagrado o capítulo Em foco, numa lógica e formato de fascículo. Este ano o capítulo é subordinado ao tema da Energia, assunto essencial e actual, merecendo por isso devido destaque nesta edição. Conservando também a inovação da edição anterior, no Data Book de Matosinhos de 2009 descrevemos Em detalhe a Fábrica de Utilidades. Este tópico tem igualmente o formato de artigo/fascículo, sendo o seu objecto distinto em cada edição, com vista à promoção do conhecimento da refinaria por parte dos leitores. Estamos convictos de que as novidades e melhoramentos do Data Book vão de encontro à expectativa e interesse dos leitores, uma vez que estes incrementos decorrem dos inputs que recebemos, da experiência acumulada e da implementação das recomendações da Deloitte & Associados, sociedade responsável pela verifi cação dos conteúdos dos Data Books desde a sua primeira edição. É por isso com especial satisfação e apreço que o convidamos a servir-se deste documento como fonte fi dedigna de informação e como fi el reprodução da realidade e do desempenho da refi naria de Matosinhos. É COM ESPECIAL SATISFAÇÃO E APREÇO QUE O CONVIDAMOS A SERVIR-SE DESTE DOCUMENTO COMO FONTE FIDEDIGNA DE INFORMAÇÃO E COMO FIEL REPRODUÇÃO DA REALIDADE E DO DESEMPENHO DA REFINARIA DE MATOSINHOS. 9
10 02 ENQUADRAMENTO A CRESCENTE PREOCUPAÇÃO EM TERMOS DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE NA REFINARIA DE MATOSINHOS REFLECTE-SE POSITIVA E INEQUIVOCAMENTE NOS RESULTADOS QUE AGORA APRESENTAMOS COM ORGULHO E SATISFAÇÃO. ESTE É O NOSSO CAMINHO: GANHA O AMBIENTE, GANHAM AS PESSOAS E GANHA A EMPRESA. NÃO ESTAMOS MARAVILHADOS, ESTAMOS MOTIVADOS. ENGº MARTINHO CORREIA DIRECTOR DA REFINARIA DE MATOSINHOS 10
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12 ENQUADRAMENTO POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE DA GALP ENERGIA A Galp Energia entende que a protecção do Ambiente, a Segurança e a Saúde dos seus colaboradores, clientes e comunidade em geral, são valores essenciais para a sustentabilidade da Empresa e nessa medida, está consciente da sua responsabilidade na gestão do impacte das suas actividades, produtos e serviços na sociedade em que se insere. 12 A GALP ENERGIA ASSUME-SE, PORTANTO, COMO UMA EMPRESA SOCIAL E AMBIENTALMENTE RESPONSÁVEL, CONSTITUÍDA POR UMA EQUIPA MOTIVADA, COMPETENTE E INOVADORA, EMPENHADA EM PROTEGER O AMBIENTE, A SEGURANÇA E A SAÚDE DOS SEUS COLABORADORES, CLIENTES, PARCEIROS E DA COMUNIDADE, CONTRIBUINDO ACTIVAMENTE PARA O BEM ESTAR DA SOCIEDADE. Estabelece-se, assim, um compromisso de integrar a Segurança, Saúde e Ambiente (SSA) na estratégia e actividades da Empresa, bem como na melhoria contínua no seu desempenho, fazendo destes pilares da Gestão e contribuindo, dessa forma, para alcançar o desenvolvimento sustentável e a excelência empresarial. A Galp Energia compromete-se a: Consagrar a Segurança, Saúde e Protecção do Ambiente como valores fundamentais da Empresa; Assumir que a gestão da Segurança, Saúde e Ambiente é uma responsabilidade directa dos líderes e a prevenção de riscos uma responsabilidade de todos na Organização; Promover a formação de todos os colaboradores nesta matéria, envolvendo parceiros e demais partes interessadas, comprometendo-os com as questões de Segurança, Saúde e Ambiente para que actuem proactivamente dentro e fora do Ambiente de trabalho; Aplicar as melhores práticas de gestão e soluções técnicas disponíveis, para além do cumprimento da legislação, nas estratégias de prevenção contínua mediante a identifi cação, controlo e monitorização de riscos para garantir a Segurança, Saúde e protecção do Ambiente; Criar condições para que a Organização, como um todo, se mantenha permanentemente preparada para responder a emergências; Assegurar a sustentabilidade de projectos, empreendimentos e produtos ao longo do seu ciclo de vida, mediante a utilização de tecnologias, instalações, recursos e práticas que previnem ou minimizam consequências adversas; Estabelecer metas e objectivos desafi a- dores, medindo e avaliando os resultados obtidos e tomando as acções necessárias à sua prossecução; Assegurar a utilização efi ciente da energia e recursos e a incorporação de tecnologias seguras e inovadoras na gestão das suas actividades, minimizando o impacte, de forma a garantir a sustentabilidade da Empresa e a protecção do Ambiente; Informar e divulgar a presente Política, de forma responsável e transparente, às partes interessadas, comunicando o desempenho da Empresa a nível de Segurança, Saúde e Ambiente. A Galp Energia assume-se, portanto, como uma Empresa social e ambientalmente responsável, constituída por uma equipa motivada, competente e inovadora, empenhada em proteger o Ambiente, a Segurança e a Saúde dos seus colaboradores, clientes, parceiros e da comunidade, contribuindo activamente para o bem estar da Sociedade.
13 ENQUADRAMENTO APRESENTAÇÃO DA REFINARIA Dados do operador A refinaria de Matosinhos é um activo da Petrogal, S.A., empresa do Grupo Galp Energia. O quadro seguinte apresenta os elementos relevantes: refinaria de Matosinhos Leça da Palmeira, Apartado 3015 Matosinhos Leça da Palmeira Telefone: Fax: CAE: Fabricação de Produtos Petrolíferos Refinados Data de Constituição: 26 de Março de 1976 Sede social: Rua Tomás da Fonseca Torre C Lisboa Telefone: Fax: Capital social: Euros Número de Contribuinte: Número de matrícula na CRC de Lisboa: 523 Refinaria de Matosinhos. Localização e envolvente A refinaria conta com uma boa rede veículos cisterna e garrafas, situa- de acessos rodoviários e com uma do a Nordeste da refinaria; ligação ao Terminal Petrolífero e uma monobóia, através do qual se Hospital Privado de Boa Nova; processa a recepção de matérias-primas e a expedição de produtos acabados. Fábricas de conservas, oficinas de reparação de veículos e garagens, a cerca de 150 m da vedação da Na envolvente da refinaria merecem refinaria; destaque as seguintes ocupações: Espaços urbanos com núcleos po Parque de Gás de Perafita, com pulacionais, nomeadamente Leça armazenagem de GPL (Gás de Pe- da Palmeira e Matosinhos a Sul, tróleo Liquefeito) e enchimento de Aldeia Nova, Poupas e Telheira a DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2009 REFINARIA DE MATOSINHOS A refinaria de Matosinhos localiza-se no Douro Litoral, entre a Boa-Nova e o Cabo do Mundo, nas freguesias de Leça da Palmeira e de Perafita, no concelho de Matosinhos. Ocupa uma área de aproximadamente 400 ha, a Noroeste da cidade do Porto e a cerca de 2 km do Terminal de Leixões. 13
14 ENQUADRAMENTO Norte e Almeiriga, Amorosa, Gonçalves e Avessada a Este; Espaços florestais e agrícolas e matos; NA ENVOLVENTE À REFINARIA NÃO EXISTEM ÁREAS DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. Espaços dunares, com vegetação típica. Na envolvente à refinaria não existem áreas de conservação da Natureza. Enumera-se de seguida os instrumentos de ordenamento de território em vigor na região que circunscreve a refinaria: Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Leça; Plano de Ordenamento da Orla Costeira Caminha-Espinho; Plano Regional de Ordenamento Florestal da área metropolitana do Porto e entre Douro e Vouga; O gráfi co anterior apresenta o histórico do Índice da Qualidade do Ar na região do Porto Litoral. Observa-se uma melhoria consistente da qualidade do ar. Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Norte; Plano Director Municipal de Matosinhos; Plano de Urbanização entre a Rua de Belchior Robles e a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra em Leça da Palmeira. Ainda que concorram diversos operadores para a qualidade do ar e dos recursos hídricos na região sob infl u- ência da refi naria de Matosinhos, e atendendo a que a refi naria realiza monitorização das emissões líquidas e gasosas de forma a controlar o impacte da sua actividade, é relevante apresentar informação acerca da qualidade destes descritores na envolvente. A nível de águas superficiais, a região é de transição entre as bacias hidrográficas do Rio Leça e do Rio Onda. Os cursos de água são temporários, com escoamento natural apenas na sequência de pluviosidade significativa. A Bacia do Leça apresenta elevado grau de poluição. Os recursos hídricos subterrâneos apresentam baixa vulnerabilidade à poluição. 14
15 ENQUADRAMENTO Resenha histórica 1966 Início do projecto de construção da refi naria de Matosinhos, com uma capacidade de processamento de 2Mt/ano de petróleo bruto Início dos trabalhos de construção em Setembro de Arranque progressivo das unidades processuais em Setembro Inauguração ofi cial da refi naria de Matosinhos, a 5 de Junho Entre Setembro e Dezembro 1º revamping para 4,5 Mt/ano, que consistiu na transformação da unidade de viscorredução e craqueamento térmico numa nova unidade de viscorredução, tendo o equipamento entretanto disponível sido aproveitado para implantação de uma nova destilação atmosférica Segundo revamping através da construção de uma nova linha de tratamento de petróleo bruto a 1982 Paragem de várias unidades de uma das linhas na sequência do choque petrolífero de 1973/74 e posterior arranque da refi naria de Sines, com diminuição drástica do tratamento de petróleo bruto na refi naria de Matosinhos Início da laboração na Fábrica de Aromáticos, com capacidade de 350 mil t/ano de Benzeno, Tolueno, Paraxileno, Ortoxileno e Solventes Aromáticos e Alifáticos A capacidade de processamento de petróleo bruto na refi naria passou a ser a de 4,5 Mt/ano Transformação de um platforming semi-regenerativo num CCR Continuous Catalyst Regeneration, de forma a manter as unidades de reformação catalítica com produção adequada em qualidade e quantidade Alterações na Fábrica de Óleos Base, no sentido de aumentar a sua capacidade de produção de 100 mil para 150 mil t/ano de óleos base. A produção de parafi nas e betumes passou de 5 mil e 30 mil para 10 mil e 130 mil t/ano, respectivamente Reactivação das unidades de unifi ning e platforming, devido à contratação de terceiros para tratamento de petróleo bruto. revamping da ETAR, em que a capacidade de tratamento aumentou de 150 para 450 m 3 /h Alterações para permitir a alimentação da unidade de Destilação de Vácuo com Resíduo Atmosférico proveniente do exterior Modifi cação das unidades de unifi ning e platforming, no sentido de aumento da sua capacidade e redução dos consumos energéticos. Paragem do unifi ning da linha Modifi cações à Parex, devido às exigências do mercado internacional relativamente à pureza e crescimento do consumo, que levaram a um aumento da produção global da Fábrica de Aromáticos para 440 mil t/ano Modernização da unidade de destilação de Vácuo da Fábrica de Óleos de Base e 1997 Construção de Estação de Enchimento de Carros Tanque por Baixo com Unidade de Recuperação de Vapores (VRU), de uma nova unidade de Dessulfuração de Gasóleo e ainda das instalações associadas: unidade de produção de enxofre, Stripper de águas ácidas e revamping de unidade de aminas e 1998 Instalação de monobóia ao largo do Porto de Leixões, no sentido de aumentar a operacionalidade da refi naria e a sua rentabilização Construção da unidade de hidrogenação de parafi nas e ceras de petróleo Entrada em laboração de uma nova unidade de Purifi cação de Hidrogénio Modernização do Parque de Resíduos Emissão do título de emissão de Gases com Efeito de Estufa nº Entrada em funcionamento dos novos pipelines de interligação da refi naria ao Terminal Petroleiro de Leixões. Entrada em funcionamento da monobóia Emissão da Licença Ambiental da refinaria de Matosinhos. Entrada em funcionamento das novas bacias de tempestade da ETAR. Paragem geral Início das obras de reconfi guração da refi naria de Matosinhos. Benefi ciação das antigas bacias de tempestade. Conclusão da Inspecção e Reabilitação de toda a extensão da rede de dreno oleoso Entrada em funcionamento do Precipitador Electrostático, nas caldeiras G e H, para redução das partículas emitidas na Fabrica de Utilidades. Entrada em funcionamento do sistema de remoção de cloretos nas correntes de LPG dos dois reformings U1300 e U3300. Entrada em funcionamento do sistema de remoção de ácido clorídrico nas correntes ricas em hidrogénio dos dois reformings U1300 e U3300. Instalação de queimadores de baixo NO x na caldeira H. Instalação de uma nova unidade de produção de azoto. Substituição dos analisadores de fumos nas fontes fi xas de emissão. 15
16 ENQUADRAMENTO Licenças A refinaria de Matosinhos, sendo uma instalação ao abrigo do diploma de Prevenção e Controlo Integrado da Poluição, detém uma Licença Ambiental, a LA número 190/2008, que sistematiza e reúne todos os requisitos legais em matéria de ambiente a que está obrigada. Esta Licença reflecte já as condições de cumprimento associadas à laboração das novas unidades do Projecto de Conversão da refinaria de Matosinhos. Por estar abrangida pelo Comércio Europeu de Licenças de Emissão, em Portugal substanciado no Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão (PNALE), actualmente no seu segundo período de cumprimento ( ), a refi naria possui um Título de Emissão de Gases com Efeito de Estufa, TEGEE número II, subjacente ao qual está a atribuição de Licenças de Emissão de CO 2. No actual período, a Fábrica de Aromáticos passou a estar incluída no âmbito do PNALE, razão pela qual do anterior para o actual período houve um acréscimo de Licenças de Emissão atribuídas. Não obstante o aumento, está inerente um esforço de redução, generalizado aliás a todos os sectores abrangidos no PNALE. DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE A refinaria de Matosinhos destaca-se pela sua produção de especialidades, designadamente, de lubrificantes e aromáticos. Capacidade 16 A refinaria de Matosinhos tem uma capacidade instalada de refinação de 4,5 milhões de toneladas de petróleo bruto por ano, produzindo uma gama diversificada de produtos comerciais refinados, nomeadamente: GÁS DE PETRÓLEO LIQUEFEITO; A capacidade de armazenagem da GASOLINAS; refi naria é de m 3 de petróleo bruto, perfazendo-se um total de NAFTA; JET/PETRÓLEO; m 3 de capacidade de armazenagem. GASÓLEOS; FUÉIS; ÓLEOS BASE; A gestão e os planos de produção da ÓLEOS LUBRIFICANTES; refi naria, com impacte ao nível da PARAFINAS; gestão da armazenagem, consideram SOLVENTES ALIFÁTICOS a necessidade de garantir a segurança do abastecimento do mercado de E AROMÁTICOS, BENZENO, TOLUENO E XILENOS; produtos petrolíferos. BETUMES.
17 ENQUADRAMENTO Descrição das principais matérias-primas A refinaria de Matosinhos refina dois tipos de crude: SOUR e SWEET, decorrendo esta designação do seu teor de enxofre. O crude provém maioritariamente da Líbia, Nigéria, Argélia, Arábia Saudita, Irão, Rússia e Mar do Norte Noruega e Reino Unido. O quadro ao lado apresenta as proporções de utilização de cada rama, bem como as principais características a estas associadas. A selecção dos tipos de crude atende a diversos factores comerciais, técnicos e ambientais, como sejam: qualidade, disponibilidade no mercado, cotação internacional, planos de produção da refi - naria e capacidade de armazenagem. Descrição dos processos TIPO DE RAMA INDICADOR Proporção de utilização (%) 68,20 66,90 71,10 69,80 62,00 SWEET Densidade da Carga (º API) 43,33 42,46 41,02 40,67 40,69 Enxofre (%m/m) 0,15 0,15 0,13 0,11 0,12 Proporção de utilização (%) 31,80 33,10 28,90 30,20 38,00 SOUR Densidade da Carga (º API) 33,21 33,17 32,94 33,23 33,18 Enxofre (%m/m) 1,87 1,87 1,96 1,86 1,70 A refinaria de Matosinhos desenvolve as seguintes actividades ao abrigo do diploma de Prevenção e Controlo Integrado de Poluição (PCIP): RUBRICA PCIP a) DESCRIÇÃO Instalações de combustão com potência calorífi ca de combustão superior a 50 MW refi narias de petróleo e fábricas de gás Instalações químicas destinadas à produção de produtos químicos orgânicos de base A imagem ao lado ilustra a confi guração da refi naria e as diversas actividades subjacentes à operação. O esquema ao lado, por sua vez, ilustra simplificadamente o processo produtivo: Light SB, EA, CPC, Forties,... FOB d.a. FCO destilação atmosférica de p.b. GPL Nafta Gasóleo Fuel tratamentos tratamentos FAR Parafinas Óleos base GPL Gasolinas Aromáticos Gasóleos e Jet Fuéis 17
18 03 EM DETALHE A FUT - FÁBRICA DE UTILIDADES, TEM COMO MISSÃO PRODUZIR E DISTRIBUIR AS UTILIDADES NECESSÁRIAS AO COMPLEXO DA REFINARIA DE MATOSINHOS, REGENDO-SE PELO ESTRITO CUMPRIMENTO DOS NORMATIVOS DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE, INTEGRANDO PROCEDIMENTOS E PRÁTICAS DE EXCELÊNCIA, CONVERGENTES PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. VENHA CONHECÊ-LA! 18
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20 EM DETALHE FUT - UMA VISITA GUIADA À FÁBRICA DE UTILIDADES A FUT - Fábrica de Utilidades tem como missão produzir e distribuir as utilidades necessárias ao complexo da refinaria de Matosinhos regendo-se pelo estrito cumprimento dos normativos de Segurança, Saúde e Ambiente, integrando procedimentos e práticas de excelência convergentes para um desenvolvimento sustentável. Fábrica de utilidades. 20 TODA A ENERGIA ELÉCTRICA É DISTRIBUIDA À REFINARIA POR DIVERSAS SUBESTAÇÕES LOCALIZADAS PELO COMPLEXO, ASSEMELHANDO-SE A UMA PEQUENA CIDADE... No núcleo da Fábrica de Utilidades existe a central termoeléctrica. Esta assenta num ciclo típico de Rankine, produção de vapor e Energia Eléctrica, cujo fl uido [água] circula em ciclo fechado. Assim, o vapor de alta pressão é produzido nos geradores de vapor, o qual é enviado para os turbogeradores, que por sua vez produzem energia eléctrica e vapor de média pressão. O vapor de média pressão designado como vapor de processo é utilizado na refi naria para aquecimento diverso e accionamento de turbinas. Retorna à central, já na forma de condensado ou vapor de baixa pressão fechando o ciclo água-vapor. No caso particular da refi naria de Matosinhos, a Central Termoeléctrica, está equipada com cinco geradores de vapor de alta pressão e três turbogeradores. Toda a energia eléctrica é distribuída à refi naria por diversas subestações localizadas pelo complexo, assemelhando-se a uma pequena cidade Existem ainda outras unidades complementares à Central Termoeléctrica: Unidade de desmineralização de água, que recorre a permutadores iónicos para remoção dos sais da água e promover o condicionamento químico da água que se destina a alimentar os Geradores de Vapor; Unidade de produção de água de arrefecimento que assegura o arrefecimento de processos e máquinas, através da recirculação fechada de água e torres de arrefecimento; Unidade de armazenagem de água bruta, que armazena em quatro tanques a água necessária ao funcionamento do complexo e é simultaneamente reserva a sinistros; Unidades de produção de ar comprimido utilizado para comando das válvulas de controlo e serviços gerais; Unidade de distribuição de combustíveis líquidos e gasosos para queima em fornalhas e caldeiras. A última década constitui uma forte apos-
21 EM DETALHE ta nos compromissos ambientais em que a construção do Precipitador electrostático (ESP), a introdução do Combustível de gás natural e a substituição tecnológica para queimadores de elevada performance na redução de emissão de Óxidos de Azoto (Low NO x ) permitem um desempenho ambiental de nível Europeu. 40 Anos de laboração Ano de início da Construção da refi naria: Fábrica de Utilidades com quatro Geradores de Vapor, dois Turbogrupos e uma Chaminé a Construção da Fábrica de Combustíveis II e Fábrica de Aromáticos: Novos Geradores de Vapor, aquisição de um Turbogrupo de Contrapressão e construção da 2ª chaminé a Implementação do Sistema de Controlo Distribuído DCS Instalação do Sistema de Supervisão de Energia Eléctrica da rede eléctrica de Alta e Média Tensão. A ÚLTIMA DÉCADA CONSTITUI UMA FORTE APOSTA NOS COMPROMISSOS AMBIENTAIS Construção do Electrofiltro e o Posto de Redução e Medida de gás natural (PRM) Substituição para queimadores de elevada performance na redução de emissão de Óxidos de Azoto (Low NO x ). 2009/ Construção da nova central de cogeração: duas Turbinas alimentadas a gás natural e dois Geradores de Vapor de Recuperação [HRSG] (Produção de 2x42MW Energia Eléctrica e 2x130ton/h de Vapor de Alta Pressão) - Projecto de Flexibilização da Fábrica de Utilidades. Obras da central de cogeração. Futura central de cogeração A futura central de cogeração tem como objectivo o fornecimento de Vapor de Alta Pressão e de Energia Eléctrica à refinaria, beneficiando assim das vantagens da produção combinada de electricidade e vapor através da queima de gás natural. Esta tecnologia apresenta-se com maior eficiência energética. Em termos de emissões atmosféricas, de cogeração será o gás natural, ou as reduções face à actual situação mesmo as partículas, os óxidos de serão signifi cativas em elementos azoto e o dióxido de carbono, em como óxidos de enxofre, atendendo a que o combustível da unidade à energia particular na componente associada térmica. 21
22 04 ACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS ACREDITAMOS QUE A SUSTENTABILIDADE DA NOSSA REFINARIA SE ALICERÇA NAQUILO QUE SÃO OS NOSSOS VALORES FUNDAMENTAIS: A SUBORDINAÇÃO DAS NOSSAS ACTIVIDADES E DECISÕES À GARANTIA DA SEGURANÇA, DA SAÚDE E DO RESPEITO PELO AMBIENTE, PARA AS PESSOAS QUE AQUI TABALHAM E PARA A COMUNIDADE ENVOLVENTE. ESTA É A RAZÃO DE SER DO NOSSO TRABALHO. ENGº MANUEL BARREIRA, DIRECTOR AQS DA REFINARIA DE MATOSINHOS 22
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24 ACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS DESTAQUES DE 2009 Em 2009 o nível de actividade sofreu um decréscimo, por razões de natureza estratégica, facto que terá impacte na valoração absoluta de alguns indicadores. CUMPRIU-SE, EM 2009, OS PLAFONDS MÁSSICOS ATRIBUÍDOS ÀS GRANDES INSTALAÇÕES DE COMBUSTÃO PARA OS POLUENTES SO 2, NO X E PARTÍCULAS. Em 2009 foram substituídos os analisadores de efl uentes gasosos das fontes fi xas de emissão. Este projecto de renovação tecnológica permitiu dotar as fontes fi xas de emissão da refi naria de Matosinhos com equipamentos de monitorização das emissões mais modernos e mais fi áveis. A grande inovação deste projecto prende-se com a utilização da tecnologia de transmissão de dados via rádio - sistema wireless por meio de antenas. Esta opção demonstrou ser a mais adequada para a transmissão de informação de analisadores colocados em pontos altos. longo deste Data Book será visível a evolução positiva desse desempenho através da apresentação gráfi ca de diferentes indicadores. Destaca-se nesta rubrica o cumprimento dos plafonds mássicos atribuídos às Grandes Instalações de Combustão para os poluentes SO 2, NO x e Partículas. O ano de 2009 fechou com a emissão de menos 18% de emissões de CO 2 do que as previstas no Título de Emissão de Gases de Efeito Estufa da refi naria de Matosinhos. 24 Em 2009 foi consolidada a implementação na refi naria de Matosinhos, no âmbito do sistema de gestão ambiental, de uma importante norma de garantia de qualidade dos sistemas automatizados de medição, EN 14181, que exige vários níveis de garantia de qualidade (QAL1, QAL2 e QAL3) e AST (Ensaio de Verifi cação Anual). A instalação deste sistema de monitorização de última geração permitiu que o cálculo das emissões mássicas totais da refi naria passasse a ser efectuado automaticamente pela aplicação Sistema de Informação Ambiental Centralizada, com base na monitorização em tempo real, em substituição do cálculo das emissões mássicas com base no consumo de combustível de acordo com as fórmulas da Concawe (metodologia utilizada até Janeiro de 2009). O ano de 2009 foi um ano de consolidação e melhoria do desempenho ambiental da refi naria de Matosinhos. Ao A melhoria signifi cativa nestes dois casos, plafonds mássicos e emissões de CO 2, refl ecte o esforço efectuado pela refi naria de Matosinhos para atingir esses importantes objectivos. Em Janeiro de 2009 foi levada a cabo uma iniciativa designada por: 0 mês de Segurança, que se desenvolveu a partir de uma tomada de decisão estratégica, assumida pela Direcção da refi naria de Matosinhos. As diversas acções realizadas ao longo desse mês compreenderam todos os agentes (colaboradores, prestadores de serviço) envolvidos na actividade da refi naria, autoridades competentes e a comunidade da envolvente. Um dos grandes objectivos desta acção foi colocar o enfoque nas pessoas, relevando o factor humano como agente activo e determinante no processo de melhoria contínua e no desenvolvimento sustentado numa CULTURA DE SEGURANÇA.
25 ACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS O programa integrou as mais diversas actividades, tais como: O contributo de todos, nesta iniciativa, consolidou uma das vertentes chave consubstanciada na Política da Galp Energia, assumindo que a Segurança, Saúde e Ambiente, são o primeiro elo a considerar no processo de criação de valor. CICLOS DE ACÇÕES E PROJECTOS O ano de 2009 caracterizou-se pelo arranque das obras de construção das novas unidades de vácuo/visbreaker (VUVB) e da nova unidade Claus, assim como do projecto de revamping das unidades de topping Un e da dessulfuração de gasóleo Un Da evolução dos trabalhos realizados em 2009 destaca-se o seguinte: Trabalhos de construção civil das unidades VUVB; Arranque dos trabalhos de metalomecânica (VUVB); Instalação das colunas de Soaker e de fraccionamento; Finalização dos estudos relativos aos modelos 3D da nova unidade Claus; 25
26 ACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS DE FORMA A GARANTIR A MELHORIA CONTÍNUA DOS SEUS DESEMPENHOS, ESTÁ EM CURSO A IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E DE SEGURANÇA, DE ACORDO COM A ISO 14001:2004 E A OSHAS 18001, INTEGRADO NO PLANO DE CERTIFICAÇÃO DA REFINARIA. Fase fi nal da engenharia relativa ao revamping da U3000 e da U3700: Finalização da construção e impermeabilização da nova bacia de tanques. A Galp Energia dedica grande parte dos seus investimentos de Segurança, Saúde e Ambiente ao alinhamento das suas instalações industriais com as Melhores Técnicas Disponíveis, no que respeita à produção e gestão operacional, no sentido de prevenir e reduzir o impacte da sua actividade. Os planos de acção defi nidos anualmente na refi naria refl ectem a estratégia de curto e longo prazo da Empresa e, concretamente, o alinhamento das instalações com as Melhores Técnicas Disponíveis (MTD s) é um factor de análise no âmbito de todos os projectos. De forma a garantir a melhoria contínua dos seus desempenhos, está em curso a implementação do Sistema de Gestão Ambiental e de Segurança, de acordo com a ISO 14001:2004 e a OSHAS 18001, integrado no plano de Certifi cação da refi naria. A Galp Energia, e em particular, a refi naria de Matosinhos, opera normalmente em ambientes que poderão ser defi nidos como de risco acrescido. Como tal, tem a responsabilidade de se diferenciar na gestão, salvaguardando a Segurança de Pessoas, Bens e Ambiente, para garantir a sua sustentabilidade. A necessidade de adequar os comportamentos e atitudes de todos na Empresa às melhores práticas mundiais em todas as actividades, é uma condição básica da sua sustentabilidade, e esteve na origem do Programa de Segurança da Galp Energia (PSGE). Desde 2008 que o PSGE tem promovido o compromisso a todos os níveis de gestão da Companhia para com os temas de Segurança, Saúde e Ambiente. Foi assim dada maior visibilidade a estes temas consolidados, com a aprovação de um conjunto de normas e procedimentos Corporativos, de aplicação a todo o Grupo Galp Energia, essenciais a qualquer Sistema de Gestão e que são fundamentais para tornar as actividades diariamente desenvolvidas mais seguras. Ressaltam, pela sua importância, os requisitos relativos às Autorizações de Trabalho e Procedimentos Prioritários, a Preparação e Resposta a Emergência, o Sistema de Gestão de Integridade Mecânica, assim como a Comunicação e Investigação de Acidentes. Para se alcançar a meta ZERO ACIDEN- TES, para além de existir um normativo consolidado e coerente, é necessário promover uma evolução cultural, razão pela qual foram desenvolvidas e aplicadas diversas ferramentas tais como as Observações Preventivas de Ambiente e Segurança, os Ganhos Rápidos e a divulgação de Alertas de SSA. O PSGE a decorrer, mantém vivos os princípios que estiveram na sua génese: O desenvolvimento e reforço de uma cultura de Segurança entre todos os colaboradores e parceiros da Galp Energia; A identifi cação e eliminação de riscos e comportamentos inseguros, promovendo a disciplina operacional, de modo a prevenir e evitar outros incidentes; O reporte e análise de todos os incidentes de Segurança, Saúde e Ambiente para garantir a sua não repetição. 26
27 ACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS CUSTOS E INVESTIMENTOS No gráfico seguinte apresentam-se os principais custos e investimentos em Ambiente. Os montantes reportados anualmente como investimentos de Ambiente reflectem o ciclo dos projectos. A sua evolução, por conseguinte, deve ser vista de modo integrado, constituindo etapas sucessivas para a consolidação de planos de investimentos. Nessa perspectiva, oscilações anuais não traduzem diferentes níveis de comprometimento na prossecução da melhoria do desempenho ambiental. No período em análise ( ) o acumulado de custos e investimentos em ambiente é de 92 milhões. Os investimentos no capítulo de Segurança, no ano de 2009 perfizeram um total de 5 milhões. Dos montantes apresentados anteriormente, o gráfico seguinte distingue custos de investimentos, evidenciando-se a preocupação da refinaria na renovação e prevenção da poluição. Precipitador eletrostático. NO PERÍODO EM ANÁLISE ( ) O ACUMULADO DE CUSTOS E INVESTIMENTOS EM AMBIENTE É DE 92 MILHÕES. 27
28 ACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS Examinando o cariz dos investimentos em matéria de protecção e gestão ambiental, conclui-se que há um esforço substancial da refi naria na aposta em tecnologias integradas para evitar e reduzir a poluição gerada, preterindo-se o investimento em medidas de fi m de linha, que visam a redução do impacte da poluição produzida. É de ressalvar que a adopção de tecnologias de fi m de linha traduz muitas vezes constrangimentos técnicos e estruturais que inviabilizam a implementação de tecnologias preventivas da poluição. FORMAÇÃO EM SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE A política de formação na Galp Energia baliza-se pelo desafio do desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais dos seus colaboradores, tanto no sentido do seu crescimento profissional, como da criação de valor, e, particularmente no que respeita estas matérias, em prossecução da redução do impacte ambiental e riscos associados a actividade. Para a refi naria de Matosinhos, garantir a Segurança e minimizar o impacte no Ambiente é uma prioridade, consagrando-se no quotidiano da instalação uma diversidade de acções e enquadrá-las na rotina dos seus colaboradores é contribuir decididamente para a sustentabilidade da actividade. Para a consecução de tais objectivos é essencial conceder aos colaboradores todas as competências necessárias. É nesse sentido que a formação em Segurança, Saúde e Ambiente é assumi- 28
29 ACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS da como de relevante importância. As formações a que assistem os colaboradores assumem o formato de sessões em sala, on the job ou de e-learning, acondicionando diversos processos de aprendizagem. Os gráfi cos seguintes apresentam, para 2008 e 2009, o número de horas de formação, o número de formandos e o número de acções de formação em Segurança, Saúde e Ambiente a que assistiram colaboradores da refi naria de Matosinhos: Número de formandos em acções de formação em Segurança, Saúde e Ambiente Número de horas em acções de formação em Segurança, Saúde e Ambiente Número de acções de formação em Segurança, Saúde e Ambiente Também de extrema importância é a garantia de que os colaboradores e os prestadores de serviços que executam trabalhos na refi naria estão alinhados com as melhores práticas de Segurança, Saúde e Ambiente, e com os procedimentos em vigor na instalação. Nesse sentido, as áreas de Ambiente e Segurança da refi naria ministram acções de formação, relativamente às quais se apresenta os seguintes gráfi cos: Número de formandos em acções de formação ministradas em Segurança, Saúde e Ambiente Número de acções de formação ministradas em Segurança, Saúde e Ambiente
30 05 EM FOCO - ENERGIA, UMA PRIORIDADE NA REFINARIA SE PENSARMOS QUE A MATÉRIA-PRIMA QUE É PROCESSADA É ENERGIA E QUE AO LONGO DO PROCESSO PRODUTIVO GASTA-SE, PERDE-SE, RECUPERA-SE E AINDA QUE A MAIORIA DOS PRODUTOS FINAIS SÃO ENERGIA, PERCEBE-SE PORQUE É QUE A GESTÃO DA ENERGIA ASSUME PARTICULAR IMPORTÂNCIA NA OPTIMIZAÇÃO DOS RESULTADOS DE UMA REFINARIA. SAIBA QUAIS SÃO AS APOSTAS DA REFINARIA DE MATOSINHOS. 30
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32 EM FOCO - ENERGIA, UMA PRIORIDADE NA REFINARIA EM FOCO ENERGIA, UMA PRIORIDADE NA REFINARIA A Energia é um dos bens essenciais para o desenvolvimento das comunidades, sendo a base da sociedade moderna. Actualmente, as necessidades energéticas de todo o mundo são supridas recorrendo maioritariamente à utilização de combustíveis fosseis como o carvão, petróleo, gás, etc. Na indústria petrolífera, a Energia constitui uma componente primária do processo. Se pensarmos que a matéria-prima que é processada é Energia e que ao longo do processo produtivo gasta-se, perde-se, recupera-se e ainda que a maioria dos produtos fi nais obtidos são energia, percebe-se porque é que a Gestão de Energia assume particular importância na optimização dos resultados de uma refi naria. CERCA DE 8% DO CRUDE PROCESSADO NA REFINARIA DE MATOSINHOS, É CONSUMIDO COMO COMBUSTÍVEL NA PRÓPRIA REFINARIA. Energia na refinaria de Matosinhos (RM) Sendo a refi nação de petróleos uma indústria de consumo intensivo de Ener- 60% dos custos operacionais; A energia é responsável por mais de gia, esta componente tem um grande peso nos custos variáveis e como tal, Cerca de 8% do crude processado na a sua contribuição para o custo industrial de produção, tem um peso muito como combustível na própria refinaria; refinaria de Matosinhos, é consumido signifi cativo. O combustível usado por ano para gerar Três pontos fortes podem ser apresentados sobre a relevância da energia poder laborar, é equivalente à carga de a energia necessária para o complexo nos custos operacionais da RM: 2 petroleiros. 32 EII - Posicionamento da RM 97,5 Matosinhos FUELS ,6 Matosinhos FUELS ,7 Matosinhos FUELS 2008 EII - O Benchmark para os consumos energéticos Para uma melhor análise da performance de uma refi naria, a comparação com outras refi narias semelhantes é essencial. 78,8 2 Melhores Hydroskimmings ,2 2 Melhores Ibéria ,4 2 Melhores Europa Ocidental 2008 Desde os anos 80, a refi naria de Matosinhos participa nos estudos Solomon, principal referência mundial para o benchmark do desempenho operacional das refi narias, efectuados de 2 em 2 anos. Relativamente aos consumos energéticos a Solomon defi ne um indicador EII Energy Intensity Index. Este indicador pode ser defi nido pela razão entre o combustível queimado numa refi naria e o somatório dos standards energéticos das unidades que constituem essa mesma refi naria.
33 EM FOCO - ENERGIA, UMA PRIORIDADE NA REFINARIA 2009-Mudança de atitude Em todas as fases da vida da RM, o consumo de Energia, constituiu sempre um parâmetro de produção a que todos os gestores deram grande importância, embora sempre ajustado à conjuntura nacional do mercado da Energia. Em 2008, assistiu-se a uma escalada dos preços dos combustíveis, que levou a que a Energia tivesse um papel ainda mais preponderante nos custos de operação da RM, e por isso levou a que a utilização racional da Energia fosse estabelecida como uma prioridade pela actual Equipa de Gestão. Durante o ano de 2009, para além dos elevados esforços no sentido de racionalização dos consumos energéticos, foram preconizadas diversas actividades relacionadas com este tema, que culminaram na elaboração de um documento, designado Master Plan da Energia, que visa complementar as medidas já em curso no Master Plan da refi naria. Os novos desafios Com a implementação do Master Plan e outros projectos adicionais na RM, o desempenho energético vai melhorar significativamente, de que se salienta os projectos mais importantes: Revamping das unidades 1200 Dessulfuração de Gasolina Pesada e Dessulfuração de Gasóleo; Construção da unidade de cogeração; Revamping da unidade de extracção de aromáticos; Mas a refinaria de Matosinhos quer ser ainda mais ambiciosa. O Master Plan de Energia, criado no final de 2009, terá grande enfoque e desenvolvimento ao longo de Com uma utilização racional de Energia cada vez mais eficiente e consequente redução de custos de operação, a refinaria de Matosinhos tem como objectivo ser uma refinaria de referência a nível energético, atingindo um EII que a posicione entre as melhores refinarias da Europa Ocidental, entre as duas melhores da Península Ibérica e seja a melhor com configuração de hydroskimming. No Master Plan de Energia estão programadas diversas actividades que se podem dividir em três grupos: Investimentos em curso; Pequenas medidas de implementação rápida; Novos investimentos. COM UMA UTILIZAÇÃO RACIONAL DE ENERGIA CADA VEZ MAIS EFICIENTE E CONSEQUENTE REDUÇÃO DE CUSTOS DE OPERAÇÃO, A REFINARIA DE MATOSINHOS TEM COMO OBJECTIVO SER UMA REFINARIA DE REFERÊNCIA A NÍVEL ENERGÉTICO. Revamping da Un Destilação atmosférica; Revamping da fornalha do Topping (H-3001); EII - Posicionamento futuro 100,7 Matosinhos FUELS Master Plan 5 Cogeração 3 Integração energética Este é sem dúvida, um objectivo muito ambicioso, e só possível de atingir com grande esforço, determinação e empenho de toda a equipa da refinaria de Matosinhos. 1 Un ,8 Pequenas e médias medidas 4 Novas medidas 74,9 Matosinhos FUELS ,8 2 Melhores Hydroskimmings ,2 2 Melhores Ibéria
34 06 INDICADORES DE ACTIVIDADE PARA ALÉM DA IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES DA ACTIVIDADE PER SE, ENTENDEMOS QUE O DESEMPENHO EM AMBIENTE E SEGURANÇA DEVE SER VISTO NA SUA LIGAÇÃO COM A INTENSIDADE PRODUTIVA. POR ISSO, COMEÇAMOS POR APRESENTAR OS INDICADORES DE ACTIVIDADE! 34
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36 INDICADORES DE ACTIVIDADE NÍVEL DE ACTIVIDADE O gráfi co seguinte apresenta a carga tratada e o crude tratado na refi naria. A carga tratada inclui, não só o crude, mas também as matérias-primas e componentes tratados, ponderados por um factor de conversão em petróleo bruto que atende ao nível de processamento da referida carga. Nível de actividade (10 6 t) 4,1 4,0 3,6 3,5 3,8 3,4 4,9 4,2 4,1 3, Carga tratada Crude tratado O decréscimo de actividade do ano de 2009 face a 2008 deveu-se a paragens estratégicas das unidades processuais, influenciadas pelas oscilações entre a ofer- ta e a procura, resultantes da conjuntura económica mundial. A oportunidade criada pelas paragens permitiu a antecipação da realização de intervenções de manutenção. PRODUÇÃO O DECRÉSCIMO DE ACTIVIDADE DO ANO DE 2009 FACE A 2008 DEVEU-SE A PARAGENS ESTRATÉGICAS DAS UNIDADES PROCESSUAIS. No gráfi co seguinte apresenta-se a produção da refi naria de Matosinhos, excluindo-se o enxofre e parafi nas, por serem consideravelmente inferiores aos restantes produtos. 36
37 INDICADORES DE ACTIVIDADE Parque de Boa Nova. EXPEDIÇÕES O gráfi co seguinte apresenta as quantidades de produtos expedidos por veículo- -cisterna: Quantidades de produtos expedidos por veículo-cisterna (10 3 t) Betumes Químicos Pretos Brancos Ainda que haja outras formas de expedição, como por pipeline ou por navio, a cos as gasolinas, o jet e os gasóleos e Consideram-se como produtos bran- expedição por veículo cisterna é a mais como produtos pretos os fuéis. expressiva, uma vez que a refi naria de Matosinhos assegura o abastecimento De seguida, apresenta-se o gráfico relativo ao número de expedições por veícu- do Norte do país, sendo que, para isso, o veículo-cisterna é a via privilegiada. lo-cisterna, para cada tipo de produto: Expedições por veículo-cisterna Betumes Químicos Pretos Brancos
38 07 DESEMPENHO EM AMBIENTE NESTE CAPÍTULO RETRATA-SE O DESEMPENHO DA INSTALAÇÃO RECORRENDO A INDICADORES ABSOLUTOS, QUE A REFINARIA SE EMPENHA EM MELHORAR; E ANALISA-SE A EVOLUÇÃO DESSES MESMOS INDICADORES NORMALIZADOS, DESCONTANDO EFEITOS DE ESCALA DECORRENTES DOS DIFERENTES NÍVEIS DE INTENSIDADE DA ACTIVIDADE. VENHA VER COMO A REFINARIA SE TEM SUPERADO! 38
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40 DESEMPENHO EM AMBIENTE DESEMPENHO EM AMBIENTE Neste capítulo apresenta-se informações e indicadores relativos ao desempenho ambiental da refinaria de Matosinhos. Retrata-se o desempenho da instalação recorrendo a indicadores absolutos, que a refinaria se empenha em melhorar com vista a reduzir o seu impacte no Ambiente tendo o objectivo subjacente de superação contínua, num processo vivido diariamente na instalação. Apresenta-se também a evolução desses indicadores normalizados, ou seja, descontando efeitos de escala decor- rentes dos diferentes níveis de intensidade da actividade. Com efeito, o nível de actividade da instalação infere inevitavelmente na valoração absoluta dos indicadores, sem que por vezes a evolução absoluta constitua um bom retrato do desempenho e progresso da instalação. Por outro lado, a normalização dos indicadores permite também comparar o desempenho da refi naria com os pares europeus de referência no sector. CONSUMO DE RECURSOS Em virtude da significância da sua utilização e da sua relevância ambiental, apresenta-se neste capítulo informações e indicadores relativos ao consumo de água e de energia. Consumo de água 40 A refinaria de Matosinhos capta água bruta do Rio Ave, esporadicamente do Rio Cávado, e adquire água potável dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Matosinhos. Os gráfi cos seguintes apresentam o água que é reutilizada e a distribuição consumo total de água, bem como a dos consumos por fonte.
41 DESEMPENHO EM AMBIENTE Tanque de água bruta. Pode constatar-se que em termos absolutos se tem vindo a verifi car uma redução dos consumos de água. Como referido, o nível de actividade da refi - naria em 2009 diminuiu face a 2008 No entanto, é importante salientar que tanto no decorrer dos trabalhos da construção das novas unidades, como no plano de intervenção em tanques, foram realizados diversos testes hidráulicos que contribuíram signifi cativamente para o consumo global de água, o que demonstra que, apesar do acréscimo do consumo por nível de acdevido a razões de gestão estratégica, o que em termos de normalização com o nível de actividade se traduz num aumento ligeiro deste indicador, como evidenciado no gráfi co seguinte: tividade, foi efectuado um esforço por parte da refi naria para reduzir o consumo de água. Terá impacte ao nível da reutilização de água o investimento de 2009 relativo à construção de um tanque para a rede do Serviço de Incêndio, com água tratada recuperada da ETAR. 41
42 DESEMPENHO EM AMBIENTE Consumo de energia No que concerne ao descritor energia, é de destacar o consumo de Resíduo Processual Combustível (RPC) e gás (mistura de fuel gás enriquecido com gás natural), e o consumo de electricidade. Consumo de resíduo processual combustível (10 3 t) Decréscimo de 27% no consumo de RPC 158 legenda Os gráfi cos ao lado apresentam o consumo destes combustíveis na refi naria. Na refi naria de Matosinhos, até 2008, apenas se consumiam dois tipos de combustíveis: Resíduo Processual de Combustível (RPC) e fuel gás Consumo de gás (10 3 t) Com o intuito de melhorar o desempenho ambiental da refinaria no que diz respeito às emissões atmosféricas, em Setembro de 2008 foi introduzido um combustível mais limpo na pool de Combustíveis da refinaria: o gás natural. Em 2008, o gás natural foi apenas consumido nas caldeiras, sendo que a partir de Março de 2009 a refinaria passou a consumir uma mistura de fuel gás enriquecido com gás natural Para efeitos comparativos podemos dizer que o contributo do consumo de gás natural em 2008 foi de toneladas e que em 2009 o total de gás natural consumido directamente nas caldeiras, em Janeiro e Fevereiro, e a partir de Março misturado com fuel gás, foi de toneladas. No que respeita à electricidade, é de referir que, em função dos regimes de excedente ou carência, a refi naria vende ou adquire electricidade da rede. O gráfi co ao lado apresenta a electricidade produzida e consumida.
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